Boa-fé nas relações de consumo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Boa-fé nas relações de consumo"

Transcrição

1 BuscaLegis.ccj.ufsc.br Boa-fé nas relações de consumo *Ida Regina Pereira Leite O princípio da boa fé se traduz no interesse social da segurança das relações jurídicas onde as partes devem agir com lealdade e confiança recíprocas. Em sentido amplo a boa fé é o conceito essencialmente ético definido pela consciência de não prejudicar outrém em seus direitos, já em sentido estrito, é a mesma consciência de não lesar outrém com base no erro ou ignorância. O princípio da boa-fé está positivado nos artigos 4º, inciso III e 51, inciso IV do Código de Defesa do Consumidor e que cria três deveres principais: - a lealdade; - a colaboração, que é basicamente o bem de informar o candidato a contratante sobre o conteúdo do contrato; - e o de não abusar, ou até mesmo, de preocupar-se com a outra parte (dever de proteção). Como bem preleciona Clóvis V. do Couto e Silva: 'Os deveres resultantes do princípio da boa fé são denominados de deveres secundários, anexos ou instrumentais (...). A boa-fé dá o critério para a valoração judicial, não a solução prévia. Num sistema jurídico sem lacunas, a função do juiz resume-se em elaborar mecanicamente as soluções, esvaziando-se o direito de conteúdo vital. Num sistema jurídico concebido, não como uma Geschlossenheit, como um mundo fechado, mas sim como algo com aberturas por onde penetram os princípios gerais que o vivificam, não se poderá chegar a uma solução concreta apenas por processo dedutivo ou lógico matemático. Com a aplicação do princípio da boa fé, outros princípios havidos como absolutos serão relativados, flexibilizados, no contato com a regra ética.

2 Em sede de direito de relações de consumo, a boa-fé não se esgota em tais definições, vindo ainda esculpida em forma de Cláusula Geral de Boa-Fé, esta estabelecida no artigo 51, inciso IV do Código de Defesa do Consumidor, como a condição regedora de um contrato que pode inquinar sua invalidação uma vez desrespeitada. Caracteriza-se pois, na obediência às regras de conduta que devem ter as partes contratantes, segundo os padrões exigíveis de crença objetiva de comportamentos idealizados. Rui Rosado de Aguiar Júnior, eminente Ministro do Superior Tribunal de Justiça, a propósito da aplicação da cláusula geral da boa-fé, pontifica que as pessoas devem comportar-se segundo a boa-fé, antes e durante o desenvolvimento das relações contratuais. Esse dever, para ele, projeta-se na direção em que se diversificam todas as relações jurídicas: direitos e deveres. Os direitos devem exercitar-se de boa-fé; as obrigações têm de cumprir-se de boa-fé. Como bem Nelson Nery Junior em Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, 5ª Ed., FORENSE UNIVERSITÁRIA, Pág. 410/411 ensina: 'O Código adotou, implicitamente, a cláusula geral de boa-fé, que deve reputar-se inserida e existente em todas as relações jurídicas de consumo, ainda que não inscrita expressamente no instrumento contratual. O princípio é praticamente universal e consta dos mais importantes sistemas legislativos ocidentais, em leis e normas de proteção do consumidor. É o caso, por exemplo, do 9º da AGB-Gesetz alemã, já referida; do art. 16 do Decreto-Lei português nº 446/85;do art. 10, 1, c, da lei espanhola de proteção ao consumidor (Ley nº 20/1984, de 19 de julho). Cumpre ao magistrado pesquisar se as partes agiram com boa-fé para conclusão do negócio jurídico de consumo, a fim de verificar se a cláusula sob exame é ou não válida à luz do preceito legal sob comentário. A utilização da equidade, como técnica de julgamento no processo civil, é circunscrita nos casos autorizados por lei, segundo dispõe o art. 127 do CPC. A norma aqui analisada dá ao juiz a possibilidade de valoração da cláusula contratual, a fim de verificar se é ou não contrária à equidade e boa-fé. O juiz não julgará por equidade, mas dirá o que está de acordo com a equidade do contrato sob seu exame. Em função disto cabe se esclarecer que a boa-fé poderá ser subjetiva e boa-fé objetiva.

3 Boa-fé subjetiva é a falsa convicção acerca de uma situação pela qual o detentor do direito acredita na sua legitimidade porque desconhece a verdadeira situação. É portanto a crença interna de confiança, ou seja, em seu íntimo os sujeitos de uma relação jurídica devem pretender agir lealmente, sem visar prejudicar a outra parte. Tem profunda relação com a própria motivação da conduta sob a presunção de que o sujeito ignora o vício ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa, como no Direito das Coisas. Nela há uma convicção da legalidade ou validade do ato que se pratica, levando a pessoa a crer ser titular de um direito que somente existe na aparência. Como é conhecido, nosso Código Civil tutela a aparência em diversos momentos, para lhe dar validade e produzir efeitos jurídicos. Mesmo presente o erro do que crê na aparência, o ordenamento, atendendo à conveniência de imprimir segurança e celeridade ao comércio jurídico e à necessidade de dispensar proteção aos interesses legítimos, reconhece como válidos os atos desse modo praticados e efeitos jurídicos lhes atribui. O erro, destarte, é eliminado por força de lei e a vontade de quem assim errou é preservada, não mediante a anulação do ato como sucede com os casos comuns do erro-vício, mas mediante o reconhecimento da eficácia das declarações que do mesmo ato formam o conteúdo. Mas a proteção da boa-fé não deve ser confundida com a tutela da aparência, pois, embora para essa última seja invocada a boa-fé, ela exige, além dela, outros requisitos, vejamos: a) uma situação de fato induzidora do erro; b) que o erro seja escusável; c) que o direito ou o que se apresenta como seu titular pareça verdadeiro; d) que a situação de fato corresponda a uma normalidade aparente ou ao trato habitual dos negócios;

4 e) que o verdadeiro titular do direito, por culpa ou dolo, tenha descuidado da conservação de seu direito, bem como, não tenha alertado suficientemente a terceiros sobre a verdadeira situação, possibilitando assim o erro de quem acreditou na aparência; f) que seja uma demonstração da real necessidade de se proteger a segurança dos atos jurídicos, da eqüidade e da fé pública. Debate-se seja a boa-fé subjetiva um estado psicológico ou um estado ético, predominando o entendimento de que trata-se do segundo. No estado psicológico de boa-fé, alguém ignora a real situação que tem diante de si. Basta que a ignorância, para tanto, seja desculpável. No estado ético de boa-fé por sua vez, alguém tem a convicção de que pratica um ato legítimo e acredita sinceramente que ele não acarreta prejuízo a outrem. Mas erra a respeito disso, devendo seu erro ser, no mínimo, desculpável. Impõe-se uma valoração moral da conduta social do indivíduo no qual se presume a boa-fé. Para dela beneficiar-se, deve ter agido com diligência e cautela. A verificação da boa-fé, nesse caso, tem por parâmetro o cuidado que o comum das pessoas tem no trato dos negócios, salvo quando tratar-se de um especialista, que nesse caso terá por parâmetro o comportamento comum de um outro especialista. Dessa forma, ainda que o erro ou a ignorância seja meramente culposa, ter-se-á pela má-fé. Já a Boa-Fé Objetiva, também denominada boa-fé lealdade, apresenta-se como definidora de regras de conduta. Em nome da estabilidade e da segurança dos negócios jurídicos, bem como, para a tutela das legítimas expectativas daqueles que contraem direitos e obrigações, a boa-fé objetiva impõe comportamentos socialmente recomendados: fidelidade, honestidade, lealdade, cuidado, cooperação, etc.

5 Tutela-se, portanto, aqueles que numa relação jurídica acreditam que a outra parte procederá conforme os padrões de conduta exigíveis. A boa-fé objetiva diz respeito à regra de conduta dos indivíduos nas relações jurídicas obrigacionais. Essa regra de conduta recai no comportamento de uma parte em relação a outra. É sinônimo de confiança. As partes devem agir na exata medida do comportamento esperado. É relação reflexiva entre as partes conforme podemos observar a partir dos artigos que a contemplam. É portanto, a clara e coerente interpretação dos contratos que ocasione a honradez das obrigações, a honradez objetiva, a lealdade, honestidade ou probidade. Pode ser considerada um princípio geral de direito, não expresso no Código Civil, mas incorporado ao direito brasileiro como um todo, por força do artigo 4º da Lei de Introdução do Código Civil e ao Direito do Consumidor, pelo artigo 4º, inciso III, do respectivo Código. Segundo a consumerista Cláudia Lima Marques, o Código de Defesa do Consumidor impõe, para as relações de consumo, um patamar mínimo de boa-fé objetiva. Boa-fé significa um nível mínimo e objetivo de cuidados, de respeito e de tratamento leal com o consumidor e seus dependentes. Tal patamar de lealdade, cooperação, informação e cuidados com o patrimônio e a pessoa do consumidor é imposto por norma legal, tendo em vista a aversão do direito aos abusos praticados pelo contratante mais forte, o fornecedor, com base na liberdade contratual, assegurada pelo princípio da autonomia privada. A lei presume ser o consumidor a parte mais fraca na relação contratual (CDC, art. 4º, I) e, em decorrência, impõe aos fornecedores uma conduta conforme a boa-fé.

6 *Advogada em São Paulo, sócia do Pereira Leite e Ribeiro Advogados Associados. Pósgraduada em Direito de Relações de Consumo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC/SP, Direito Tributário, perante a Associação Paulista de Estudos Tributários e especializanda em Direito Civil pela Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil. Juíza Arbitral da Câmara de Comércio do Mercosul Disponível em: < Acesso em: 04 jun

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A BOA-FÉ OBJETIVA E OS SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS 02/05/2017. Fundamentos da atividade notarial e registral

INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A BOA-FÉ OBJETIVA E OS SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS 02/05/2017. Fundamentos da atividade notarial e registral A BOA-FÉ OBJETIVA E OS SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS Fundamentos da atividade notarial e registral Constituição Federal (art. 236) Lei 8.935/1994 Ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino Porto Alegre,

Leia mais

DIREITO CIVIL. Contratos emgeral. Noções eprincípios do Direito Contratual. Prof. Vinicius Marques

DIREITO CIVIL. Contratos emgeral. Noções eprincípios do Direito Contratual. Prof. Vinicius Marques DIREITO CIVIL Contratos emgeral Noções eprincípios do Direito Contratual Prof. Vinicius Marques Conceito clássico: é o negócio jurídico bilateral que visa à criação, modificação ou extinção de direitos

Leia mais

PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO DO PLANO DE SAÚDE

PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO DO PLANO DE SAÚDE Aula n. 67 PRINCÍPIO DA VULNERABILIDADE DO BENEFICIÁRIO DO PLANO DE SAÚDE 1 Políticas Nacional de Relações de Consumo Artigo 4º do CDC A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento

Leia mais

O PRINCIPIO DA BOA-FÉ E A FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS

O PRINCIPIO DA BOA-FÉ E A FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS O PRINCIPIO DA BOA-FÉ E A FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS Caroline Dias Raimundo 1 RESUMO: Este trabalho se propõe a levantar e analisar os conceitos que delineiam os princípios da boa-fé, a importância destes

Leia mais

A COMPREENSÃO CONTEMPORÂNEA DA BOA-FÉ OBJETIVA

A COMPREENSÃO CONTEMPORÂNEA DA BOA-FÉ OBJETIVA A COMPREENSÃO CONTEMPORÂNEA DA BOA-FÉ OBJETIVA CAPÍTULO 2 A COMPREENSÃO CONTEMPORÂNEA DA BOA-FÉ OBJETIVA A ideia de boa-fé no Direito surge, inicialmente, da fides romana, que era definida como ter palavra,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Breves Comentários sobre a Função Social dos Contratos Alessandro Meyer da Fonseca* O Código Civil, composto de uma parte geral e cinco partes especiais, estabelece as regras de

Leia mais

Obrigações e contratos

Obrigações e contratos Obrigações e contratos Prof. Rafael Mafei Deveres e obrigações O O Direito subjetivo deveres de terceiros Obrigações: deveres de natureza patrimonial O Dois sujeitos: credor e devedor O Objeto: prestação

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO. MARATONA DO PONTO FCC Prof. Luiz Lima

DIREITO ADMINISTRATIVO. MARATONA DO PONTO FCC Prof. Luiz Lima DIREITO ADMINISTRATIVO MARATONA DO PONTO FCC Prof. Luiz Lima MARATONA DO PONTO CESPE Foco na Banca FCC Estudo das Leis e seus principais artigos / atualização jurisprudencial Aulas ao vivo (1h40 min de

Leia mais

RESCISÃO CONTRATUAL DO PLANO DE SAÚDE POR INADIMPLÊNCIA

RESCISÃO CONTRATUAL DO PLANO DE SAÚDE POR INADIMPLÊNCIA AULA 54 RESCISÃO CONTRATUAL DO PLANO DE SAÚDE POR INADIMPLÊNCIA Função social do contrato Função social do contrato é a relação dos contratantes com a sociedade, pois produz efeitos perante terceiros.

Leia mais

OBRIGAÇÕES NO CÓDIGO CIVIL

OBRIGAÇÕES NO CÓDIGO CIVIL OBRIGAÇÕES NO CÓDIGO CIVIL Gabriel Engel DUCATTI¹ RESUMO: O presente artigo visa retratar os princípios que norteiam as relações contratuais no Código Civil Brasileiro, bem como a função social do contrato,

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte IX Prof. Francisco Saint Clair Neto CLÁUSULAS QUE OBRIGUEM O CONSUMIDOR A RESSARCIR OS CUSTOS DE COBRANÇA DE SUA OBRIGAÇÃO, SEM QUE IGUAL DIREITO LHE SEJA CONFERIDO CONTRA O

Leia mais

Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL

Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL Tassia Teixeira de Freitas CONTRATOS PARTE GERAL TÓPICOS AULA 01 INTRODUÇÃO CONCEITO FUNÇÃO SOCIAL E BOA-FÉ CONDIÇÕES DE VALIDADE CONTRATO DE ADESÃO CONTRATO: É a mais importante e mais comum FONTE DE

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos Individuais Direitos Constitucionais Penais e Garantias Const. do Processo Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Além dos direitos fundamentais, a CF/88 prevê uma série de garantias,

Leia mais

Seminário sobre Seguros. 27 DE Março 2013 CRISTIANO RODRIGUES AQUINO PROCON RS

Seminário sobre Seguros. 27 DE Março 2013 CRISTIANO RODRIGUES AQUINO PROCON RS Seminário sobre Seguros 27 DE Março 2013 CRISTIANO RODRIGUES AQUINO PROCON RS O mercado de Seguros O mercado segurador brasileiro deve fechar o ano de 2012 com arrecadação estimada em R$ 255 bilhões, representando

Leia mais

CONTRATOS DE CONSUMO. Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas

CONTRATOS DE CONSUMO. Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas CONTRATOS DE CONSUMO Aplicação do CDC aos contratos entre empresários Princípios da Tutela Contratual do Consumidor Cláusulas Abusivas APLICAÇÃO DO CDC AOS CONTRATOS ENTRE EMPRESÁRIOS O Código de Defesa

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte V Prof. Francisco Saint Clair Neto CLÁUSULAS QUE ESTABELEÇAM OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS INÍQUAS, ABUSIVAS, QUE COLOQUEM O CONSUMIDOR EM DESVANTAGEM EXAGERADA, OU QUE SEJAM INCOMPATÍVEIS

Leia mais

ALMEIDA GUILHERME Advogados Associados

ALMEIDA GUILHERME Advogados Associados Responsabilidades dos Diretores Estatutários e principais diferenças em relação aos Diretores empregados de uma Companhia por Luiz Fernando do Vale de Almeida Guilherme Sócio de Almeida Guilherme Advogados

Leia mais

I. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada, veio expor o que segue:

I. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada, veio expor o que segue: Processo de Parecer n.º 35/PP/2017-G Requerente: ( ) Relator: Dr. Pedro Costa Azevedo I. Por comunicação escrita dirigida ao Bastonário da Ordem dos Advogados, datada de ( ), a Sra. Dra. ( ), Advogada,

Leia mais

Prof. Me. Edson Guedes. Unidade II INSTITUIÇÕES DE DIREITO

Prof. Me. Edson Guedes. Unidade II INSTITUIÇÕES DE DIREITO Prof. Me. Edson Guedes Unidade II INSTITUIÇÕES DE DIREITO 5. Direito Civil Unidade II 5.1 Da validade dos negócios jurídicos; 5.2 Responsabilidade civil e ato ilícito; 5. Direito Civil 5.1 Da validade

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Princípios Gerais Parte V Prof. Francisco Saint Clair Neto PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA (ART. 4º, INC. III, DA LEI 8.078/1990) Constante da longa redação do seu art. 4º, inciso III.

Leia mais

Contrato de Casamento

Contrato de Casamento Contrato de Casamento Mariana Moura SHENEVIZ 1 RESUMO: São deveres de ambos os cônjuges a fidelidade recíproca; a vida em comum, no domicílio conjugal; mútua assistência; o sustento, guarda e educação

Leia mais

GEORGIOS ALEXANDRIDIS

GEORGIOS ALEXANDRIDIS GEORGIOS ALEXANDRIDIS Leiloeiro Oficial do Estado de São Paulo; Advogado; Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP; Especialista em Direito

Leia mais

Direito Empresarial. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Graduação Escola de Direito e Relações Internacionais.

Direito Empresarial. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Graduação Escola de Direito e Relações Internacionais. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Pró-Reitoria de Graduação Escola de Direito e Relações Internacionais Direito Empresarial Pessoa Jurídica Personalidade jurídica Responsabilidades da pessoa jurídica

Leia mais

Aula 5. Direito básico à segurança

Aula 5. Direito básico à segurança Página1 Curso/Disciplina: Direito do Consumidor Aula: Direito do Consumidor - 05 Professor (a): Samuel Cortês Monitor (a): Caroline Gama Aula 5 Direito básico à segurança Os consumidores têm o direito

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO 01 - PRINCÍPIOS. Prof. Dra. Nara Suzana Stainr Pires

DIREITO ADMINISTRATIVO 01 - PRINCÍPIOS. Prof. Dra. Nara Suzana Stainr Pires DIREITO ADMINISTRATIVO 01 - PRINCÍPIOS Prof. Dra. Nara Suzana Stainr Pires Regras que funcionam como parâmetros para a interpretação das demais normas jurídicas NORTEADORES/ORIENTADORES NÃO IMPÕEM UMA

Leia mais

O REFLEXO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES NA SOCIEDADE.

O REFLEXO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES NA SOCIEDADE. O REFLEXO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES NA SOCIEDADE. ANA CLÁUDIA DA SILVA CARVALHO TOLEDO: 3 TERMO TURMA A Resumo: O presente artigo busca vislumbrar sobre quem são os sujeitos passivos e ativos nas obrigações

Leia mais

PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO SUBSTANCIAL DA CONFIANÇA NO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO

PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO SUBSTANCIAL DA CONFIANÇA NO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO SUBSTANCIAL DA CONFIANÇA NO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO Rafael Maffini Editora Verbo Jurídico Porto Alegre 2006 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Maffini,

Leia mais

Capítulo I A TEORIA GERAL DO PROCESSO Capítulo II A UNIDADE PROCESSUAL... 41

Capítulo I A TEORIA GERAL DO PROCESSO Capítulo II A UNIDADE PROCESSUAL... 41 SUMÁRIO Capítulo I A TEORIA GERAL DO PROCESSO... 29 1. Teoria Geral do Processo: objeto e pressuposto... 29 2. A Teoria Geral como tronco dos diferentes ramos do processo... 30 3. Ensino da disciplina...

Leia mais

Benefícios Fiscais, Planejamento Tributário e Efeitos Concorrenciais. Rodrigo Maito da Silveira 01/08/2018

Benefícios Fiscais, Planejamento Tributário e Efeitos Concorrenciais. Rodrigo Maito da Silveira 01/08/2018 Benefícios Fiscais, Planejamento Tributário e Efeitos Concorrenciais Rodrigo Maito da Silveira 01/08/2018 Livre Concorrência e a sua Proteção Livre Concorrência: igualdade de condições Direito da Concorrência:

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA DOS TRABALHADORES DA CMVM. Artigo 1.º Objeto

CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA DOS TRABALHADORES DA CMVM. Artigo 1.º Objeto CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA DOS TRABALHADORES DA CMVM Artigo 1.º Objeto No exercício das suas funções, em particular nas relações com os restantes trabalhadores e com a CMVM, os trabalhadores da CMVM obedecem

Leia mais

Responsabilidade dos Administradores

Responsabilidade dos Administradores Responsabilidade dos Administradores Esferas de responsabilidade dos administradores ADMINISTRATIVA Aplicação de princípios gerais do Direito Penal Culpa do agente e infração à ordem pública SRF INSS INPI

Leia mais

Teoria Geral dos Contratos Empresariais

Teoria Geral dos Contratos Empresariais Teoria Geral dos Contratos Empresariais AULA 3. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO CONTRATUAL. INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS EMPRESARIAIS. CONTRATOS TÍPICOS E ATÍPICOS, UNILATERAIS, BILATERAIS E PLURILATERAIS,

Leia mais

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 7 Crimes Omissivos

Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 7 Crimes Omissivos Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 7 Crimes Omissivos 1. Conceito Jurídico-Penal De Omissão Omissão não é inércia, não é não-fato, não é a inatividade corpórea, não é, em suma, o simples não

Leia mais

Capítulo II A UNIDADE PROCESSUAL Concepção dualista Concepção unitária Em abono da unidade... 40

Capítulo II A UNIDADE PROCESSUAL Concepção dualista Concepção unitária Em abono da unidade... 40 SUMÁRIO Capítulo I A TEORIA GERAL DO PROCESSO... 25 1. Teoria Geral do Processo: objeto e pressuposto... 25 2. A Teoria Geral como tronco dos diferentes ramos do processo... 26 3. Ensino da disciplina...

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CLÁUSULAS GERAIS DOS CONTRATOS

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CLÁUSULAS GERAIS DOS CONTRATOS CLÁUSULAS GERAIS DOS CONTRATOS Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Aula 29 Contrato de adesão - resultado da contratação em massa - cláusulas gerais dos contratos. Direito Alemão (Teoria

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Vícios Redibitórios e suas fontes plúrimas. Antonio Toshio Sato* Desde sua entrada em vigor no cenário legislativo brasileiro, no ano de 1991, que o Código de Defesa do Consumidor

Leia mais

PRINCÍPIO DA BOA-FÉ: DA INTENÇÃO À CONDUTA EXIGÍVEL NO NOVO CÓDIGO CIVIL

PRINCÍPIO DA BOA-FÉ: DA INTENÇÃO À CONDUTA EXIGÍVEL NO NOVO CÓDIGO CIVIL PRINCÍPIO DA BOA-FÉ: DA INTENÇÃO À CONDUTA EXIGÍVEL NO NOVO CÓDIGO CIVIL Mônica A. R. L. Gonzaga O princípio da boa-fé inspira e norteia todo o direito privado, e, de forma particular, as obrigações. Princípio

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO

INSTITUTO NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO Protocolo de Cooperação entre o INA - Instituto Nacional de Administração, I.P. e a VELLOWSCIRE - Consultoria e Soluções Informáticas, Lda. Outubro 2011 DE ADMINISTRACÀO Entre: INA - Instituto

Leia mais

Carga Horária: 36 h/a Período: 5º

Carga Horária: 36 h/a Período: 5º Disciplina: Tópicos Temáticos V Ano Letivo: Carga Horária: 36 h/a Período: 5º Pré-requisito: Tópicos Temáticos IV EMENTA Contrato de prestação de serviços. Contrato de empreitada. Contrato de depósito.

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA ESCRITÓRIO LOBO CAVALCANTE ADVOCACIA

CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA ESCRITÓRIO LOBO CAVALCANTE ADVOCACIA CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA ESCRITÓRIO LOBO CAVALCANTE ADVOCACIA SUMÁRIO Palavra da Advogada... Pág. 3 Princípios éticos básicos... Pág. 4 Condutas institucionais... Pág. 6 Canal de denúncias... Pág.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Nulidades Prof. Gisela Esposel - Princípio do prejuízo: - Artigo 563 do CPP nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa

Leia mais

RAFAEL PANDOLFO MESTRE E DOUTOR EM DIREITO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC/SP;

RAFAEL PANDOLFO MESTRE E DOUTOR EM DIREITO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC/SP; RAFAEL PANDOLFO ADVOGADO E SÓCIO DO ESCRITÓRIO RAFAEL PANDOLFO ADVOGADOS ASSOCIADOS; MESTRE E DOUTOR EM DIREITO PELA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC/SP; INTEGRANTE DO CONSELHO ADMINISTRATIVO

Leia mais

Seus Direitos Relacionados A Danos Morais E Materiais

Seus Direitos Relacionados A Danos Morais E Materiais BuscaLegis.ccj.ufsc.br Seus Direitos Relacionados A Danos Morais E Materiais Adriano Martins Pinheiro Bacharelando em Direito Articulista e colaborador de diversos sites e jornais locais. Atuante em Escritório

Leia mais

AULA 21. Da subsidiariedade integral (art. 251 da Lei 6404/76)

AULA 21. Da subsidiariedade integral (art. 251 da Lei 6404/76) Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Empresarial Professora: Carolina Lima Monitor: André Manso AULA 21 Da subsidiariedade integral (art. 251 da Lei 6404/76) Art. 251. A companhia pode ser

Leia mais

PLANO DE APRENDIZAGEM

PLANO DE APRENDIZAGEM PLANO DE APRENDIZAGEM 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Direito Disciplina: Direito das Relações de Consumo Código: DIR81 Professor: Frank Land Ribeiro Bastos E-mail: frank.bastos@fasete.edu.br

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte III Prof. Francisco Saint Clair Neto Seguindo no estudo da categoria da desconsideração consumerista, o 2º, do art. 28, do CDC, enuncia que as sociedades integrantes dos mesmos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O Princípio Da Justiça Contratual E O Equilíbrio Nas Relações De Consumo Antonio Toshio Sato * O Código de Defesa do Consumidor introduz em sua norma um grande e poderoso instrumento

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COBRANÇA DE DÍVIDAS COBRANÇA DE DÍVIDAS Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor Artigo 42 do Código de Defesa do Consumidor Quando o fornecedor for cobrar algum débito do consumidor, não poderá expô-lo ao ridículo,

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULAS 11

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULAS 11 AULAS 11 Dos Atos processuais. Da forma dos atos processuais. Dos atos das partes. Dos Atos do escrivão ou chefe de secretaria. Do tempo e do lugar dos atos processuais. Atos Processuais do Direito Processual

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA DOS TRABALHADORES DA CMVM. Capítulo I Disposições gerais

CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA DOS TRABALHADORES DA CMVM. Capítulo I Disposições gerais CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA DOS TRABALHADORES DA CMVM Capítulo I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto No exercício das suas funções, em particular nas relações com os restantes trabalhadores e com a CMVM,

Leia mais

O Princípio da boa-fé objetiva na defesa do consumidor

O Princípio da boa-fé objetiva na defesa do consumidor seara jurídica ISSN 1984-9311 V.2 N. 10 Jul - Dez 2013 O Princípio da boa-fé objetiva na defesa do consumidor Sebastião Marques Neto 1* No Brasil, a partir dos anos 30 do século XX, começa a se desenvolver,

Leia mais

Direito do Consumidor

Direito do Consumidor Nathália Stivalle Gomes 38 Direito do Consumidor 2016 Resumos p conc v38 -Gomes-Dir Consumidor-1ed.indb 3 25/08/2016 12:12:44 Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR Leia a lei: Arts. 1º e 7º do

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DO PACIENTE: transfusão de sangue Artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros

Leia mais

PRINCÍPIOS BÁSICOS RELATIVOS À FUNÇÃO DOS ADVOGADOS

PRINCÍPIOS BÁSICOS RELATIVOS À FUNÇÃO DOS ADVOGADOS PRINCÍPIOS BÁSICOS RELATIVOS À FUNÇÃO DOS ADVOGADOS Adotados pelo Oitavo Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinquentes, realizado em Havana, Cuba, de 27 de agosto

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Princípios Gerais Parte I Prof. Francisco Saint Clair Neto A professora Claudia Lima Marques, a partir dos ensinamentos de Erik Jayme, propõe diálogos de interação entre o Código

Leia mais

Prescrição Decadência Case jurídico. Pós-Graduação em Direito do Consumidor

Prescrição Decadência Case jurídico. Pós-Graduação em Direito do Consumidor AULA 09 Prescrição Decadência Case jurídico Pós-Graduação em Direito do Consumidor 1 Considerações preliminares A violação do direito subjetivo cria para o seu titular a pretensão, ou seja, o poder de

Leia mais

Curso/Disciplina: Direito Empresarial Aula: Direito Administrativo Aula 120 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Analia Freitas. Aula nº 120.

Curso/Disciplina: Direito Empresarial Aula: Direito Administrativo Aula 120 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Analia Freitas. Aula nº 120. Página1 Curso/Disciplina: Direito Empresarial Aula: Direito Administrativo Aula 120 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Analia Freitas Aula nº 120. 1. Fontes do Direito Administrativo As fontes do

Leia mais

Instituições de Direito Público e Privado. Parte IX Contratos

Instituições de Direito Público e Privado. Parte IX Contratos Instituições de Direito Público e Privado Parte IX Contratos 1. Contratos Conceito Contrato é a convenção estabelecida ente duas ou mais pessoas, para constituir, regular ou extinguir entre elas uma relação

Leia mais

Aula 15 Dos Atos Ilícitos: Por Marcelo Câmara

Aula 15 Dos Atos Ilícitos: Por Marcelo Câmara Aula 15 Dos Atos Ilícitos: Por Marcelo Câmara Introdução: A responsabilidade civil surge pela prática de um ato ilícito que é o conjunto de pressupostos da responsabilidade civil. Surge assim, a responsabilidade

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO. Código de Ética e Conduta

CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO. Código de Ética e Conduta CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO Código de Ética e Conduta Índice 1. Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------2 2. Objeto--------------------------------------------------------------------------------------------------------3

Leia mais

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TÍTULO: DOLO BILATERAL E SUAS CONSEQÊNCIAS JURÍDICAS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES):

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA MUNICÍPIO DA POVOAÇÃO

CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA MUNICÍPIO DA POVOAÇÃO CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA MUNICÍPIO DA POVOAÇÃO Índice Preâmbulo... 3 CAPÍTULO I... 3 Disposições gerais... 3 CAPÍTULO II... 4 Princípios Gerais... 4 CAPÍTULO III... 6 Direitos e Deveres... 6 2 Preâmbulo

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COMPRA ON LINE. Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor (Aula de número 30)

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA COMPRA ON LINE. Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor (Aula de número 30) COMPRA ON LINE Curso de Pós-Graduação em Direito do Consumidor (Aula de número 30) Estrutura da Petição Inicial Competência (Juizado Especial Cível) Foro do domicílio do autor Aquisição de produto via

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CONTRATOS DE SEGURO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA CONTRATOS DE SEGURO CONTRATOS DE SEGURO Prof. Joseval Martins Viana 1 Contrato de Seguro-Saúde e Contrato de Plano de Saúde 1. Conceitos 2. Relação de Consumo - Regido pelo Código Civil e pelo Código de Defesa do Consumidor

Leia mais

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo

DIREITO CIVIL V. Prof. Claire Ines Gai Matielo DIREITO CIVIL V DA POSSE DA POSSE 1. Conceito: Não há conceito de posse Art. 1196. Posse é um fato DAS TEORIAS DA POSSE TEORIA SUBJETIVA DE SAVIGNY Posse corpus + ânimus domini Corpus - Apreensão física

Leia mais

PROTOCOLO DE BUENOS AIRES SOBRE JURISDIÇÃO INTERNACIONAL EM MATÉRIA CONTRATUAL

PROTOCOLO DE BUENOS AIRES SOBRE JURISDIÇÃO INTERNACIONAL EM MATÉRIA CONTRATUAL MERCOSUL/CMC/DEC Nº 1/94 PROTOCOLO DE BUENOS AIRES SOBRE JURISDIÇÃO INTERNACIONAL EM MATÉRIA CONTRATUAL TENDO EM VISTA: o Art. 10 do Tratado de Assunção, a Decisão Nº 4/91 do Conselho do Mercado Comum,

Leia mais

MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM. Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA

MATERIAL DE APOIO XVI EXAME DE ORDEM. Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA Curso: Intensivo Semanal Disciplina: Civil Aula: 06 Data: 10/02/2015 ANOTAÇÃO DE AULA EMENDA DA AULA 1. TEORIA GERAL DOS CONTRATOS. GUIA DE ESTUDO 1. TEORIA GERAL DOS CONTRATOS (Artigo 421 e seguintes

Leia mais

Enfoque constitucional da arbitragem em direito público (1)

Enfoque constitucional da arbitragem em direito público (1) Enfoque constitucional da arbitragem em direito público (1) Limites à arbitragem de direito público: aspectos gerais - O enfoque constitucional da arbitragem em direito público poderá colocar-se em três

Leia mais

TÍTULO: CLÁUSULAS GERAIS E PRINCÍPIOS JURÍDICOS INDETERMINADOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

TÍTULO: CLÁUSULAS GERAIS E PRINCÍPIOS JURÍDICOS INDETERMINADOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS TÍTULO: CLÁUSULAS GERAIS E PRINCÍPIOS JURÍDICOS INDETERMINADOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: DIREITO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO AUTOR(ES):

Leia mais

Código de Ética e Condita do PO CH. Agosto Programa Operacional Capital Humano

Código de Ética e Condita do PO CH. Agosto Programa Operacional Capital Humano Código de Ética e Condita do PO CH Agosto 2015 CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DO PROGRAMA OPERACIONAL CAPITAL HUMANO 1. DEFINIÇÃO O Código de Ética do PO CH é o instrumento no qual se inscrevem os valores e

Leia mais

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Sumário: Da obrigatoriedade de elaboração do auto de identificação, de relatório e da comunicação ao Ministério Público, bem como sobre o fundamento material da condução do cidadão à Esquadra para identificação.

Leia mais

SUMÁRIO. PREFÁCIO... vii NOTA DO AUTOR... ix CAPÍTULO I - A TEORIA GERAL DO PROCESSO... 1

SUMÁRIO. PREFÁCIO... vii NOTA DO AUTOR... ix CAPÍTULO I - A TEORIA GERAL DO PROCESSO... 1 SUMÁRIO PREFÁCIO... vii NOTA DO AUTOR... ix CAPÍTULO I - A TEORIA GERAL DO PROCESSO... 1 l. TEORIA GERAL DO PROCESSO: OBJETO E PRESSUPOSTO... 1 2. A TEORIA GERAL COMO TRONCO DOS DIFERENTES RAMOS DO PROCESSO...

Leia mais

42) Quanto aos elementos ou requisitos de validade dos atos administrativos não podemos afirmar:

42) Quanto aos elementos ou requisitos de validade dos atos administrativos não podemos afirmar: Finalmente, hoje, terminaremos os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 41) Analise as situações abaixo e assinale a alternativa correta: I Ronaldo é Auditor Fiscal da Receita Federal aposentado

Leia mais

INTRODUÇÃO 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL

INTRODUÇÃO 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL Sumário INTRODUÇÃO Capítulo 1 ARBITRAGEM E TUTELA JURISDICIONAL 1.1. Conflito de interesses 1.2. Métodos de resolução de conflitos 1.3. Direito de ação, tutela jurisdicional e arbitragem Capítulo 2 ASPECTOS

Leia mais

Improbidade Administrativa

Improbidade Administrativa Direito Administrativo Improbidade Administrativa Noção de probidade Agir com probidade é o que se espera do agente público. Probidade é um conceito ligado à honestidade, honradez, retidão de conduta,

Leia mais

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO PROJETO DE LEI Nº 1.277, DE 2015

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO PROJETO DE LEI Nº 1.277, DE 2015 COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO. PROJETO DE LEI Nº 1.277, DE 2015 (Apenso: PL 2117/2015) Altera o art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, para caracterizar como atos

Leia mais

NATUREZA JURÍDICA E A COMPLEXIDADE DO LATROCÍNIO (CP/40, art.157, 3º): A INCLUSÃO DO LATROCÍNIO NOS CRIMES CONTRA A VIDA.

NATUREZA JURÍDICA E A COMPLEXIDADE DO LATROCÍNIO (CP/40, art.157, 3º): A INCLUSÃO DO LATROCÍNIO NOS CRIMES CONTRA A VIDA. NATUREZA JURÍDICA E A COMPLEXIDADE DO LATROCÍNIO (CP/40, art.157, 3º): A INCLUSÃO DO LATROCÍNIO NOS CRIMES CONTRA A VIDA. Juliana de Souza Gonçalves j_jujuli@hotmail.com ANA CELUTA F. TAVEIRA Mestre em

Leia mais

A lei estabelece que estes devem satisfazer os fins a que se destinam a produzir os efeitos que se lhes atribuem. Essa qualidade deve ficar

A lei estabelece que estes devem satisfazer os fins a que se destinam a produzir os efeitos que se lhes atribuem. Essa qualidade deve ficar A lei estabelece que estes devem satisfazer os fins a que se destinam a produzir os efeitos que se lhes atribuem. Essa qualidade deve ficar assegurada durante algum tempo após a sua compra. Ex: Se comprar

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE As normas elaboradas pelo Poder Constituinte Originário são colocadas acima de todas as outras manifestações de direito. A própria Constituição Federal determina um procedimento

Leia mais

FASE DE FORMAÇÃO INICIAL. Programa Nacional de Deontologia e Ética Profissionais do Advogado DEONTOLOGIA PROFISSIONAL ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

FASE DE FORMAÇÃO INICIAL. Programa Nacional de Deontologia e Ética Profissionais do Advogado DEONTOLOGIA PROFISSIONAL ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA FASE DE FORMAÇÃO INICIAL Programa Nacional de Deontologia e Ética Profissionais do Advogado DEONTOLOGIA PROFISSIONAL E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 1º 1. A Deontologia Profissional. 2. A Deontologia no domínio

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA DA CÂMARA MUNICIPAL DE NORDESTE CAPÍTULO I

CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA DA CÂMARA MUNICIPAL DE NORDESTE CAPÍTULO I CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA DA CÂMARA MUNICIPAL DE NORDESTE O Código de Ética e Conduta profissional é um documento que define os modelos de comportamento a observar pelos profissionais do Município de

Leia mais

CNEF FASE DE FORMAÇÃO INICIAL PROGRAMA DE DEONTOLOGIA PROFISSIONAL E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

CNEF FASE DE FORMAÇÃO INICIAL PROGRAMA DE DEONTOLOGIA PROFISSIONAL E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA CNEF FASE DE FORMAÇÃO INICIAL PROGRAMA DE DEONTOLOGIA PROFISSIONAL E ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA 1º 1. A Deontologia Profissional: noção e análise comparativa com a Deontologia no domínio das demais profissões

Leia mais

OS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS

OS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS OS DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS SÓCIOS O contrato social é o regulador das relações obrigacionais entre os sócios, alicerçada na Constituição Federal, nas leis e nos princípios gerais do Direito, sendo os

Leia mais

Número:

Número: Justiça Federal da 3ª Região PJe - Processo Judicial Eletrônico 17/10/2018 Número: 5023434-14.2018.4.03.6100 Classe: MANDADO DE SEGURANÇA Órgão julgador: 13ª Vara Cível Federal de São Paulo Última distribuição

Leia mais

PROVA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS NÃO FORMAIS

PROVA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS NÃO FORMAIS PROVA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS NÃO FORMAIS Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO DO CONSUMIDOR DIREITO DO CONSUMIDOR Parte I Prof. Francisco Saint Clair Neto Entende-se como direitos básicos do consumidor os interesses mínimos, materiais ou instrumentais, relacionados a direitos fundamentais universalmente

Leia mais

Introdução ao Direito

Introdução ao Direito Introdução ao Direito PARTE II A relação jurídica O conceito de relação jurídica pode ser definido consoante dois sentidos: em sentido amplo e em sentido restrito. Em sentido amplo, a relação jurídica

Leia mais

Ética. Ética profissional e sigilo profissional. Professor Fidel Ribeiro.

Ética. Ética profissional e sigilo profissional. Professor Fidel Ribeiro. Ética Ética profissional e sigilo profissional Professor Fidel Ribeiro www.acasadoconcurseiro.com.br Ética ÉTICA PROFISSIONAL E SIGILO PROFISSIONAL Etimologia (do grego antigo ἐτυμολογία, composto de

Leia mais

AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente?

AULA 22. De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma ou incidentalmente? Turma e Ano: Regular/2015 Matéria / Aula: Direito Empresarial Professora: Carolina Lima Monitor: André Manso AULA 22 De que forma deve ser pedida a desconsideração da personalidade jurídica, por ação autônoma

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Atos, Termos e Prazos Processuais. Vícios dos Atos Processuais. Provas no Processo do Trabalho.

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Atos, Termos e Prazos Processuais. Vícios dos Atos Processuais. Provas no Processo do Trabalho. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Atos, Termos e Prazos Processuais. Vícios dos Atos Processuais. Provas no Processo do Trabalho. Prof ª. Eliane Conde Atos processuais O processo representa um complexo ordenado

Leia mais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores CLAUDIO GODOY (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E RUI CASCALDI.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores CLAUDIO GODOY (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E RUI CASCALDI. fls. 172 Registro: 2016.0000771313 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2138378-43.2016.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante é agravada AMIL

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

TJ/AM Programa Específico da Prova Oral

TJ/AM Programa Específico da Prova Oral TJ/AM Programa Específico da Prova Oral DIREITO CONSTITUCIONAL 1 Constituição. Supremacia da Constituição. A Constituição de 1988. Princípios constitucionais do Estado brasileiro e da República Federativa

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br A multa do art. 538, parágrafo único, do CPC, e a interposição de recursos no processo do trabalho Dennis José Martins* A multa do art. 538, parágrafo único, do CPC, e a interposição

Leia mais

CATARINA MONTEIRO PIRES

CATARINA MONTEIRO PIRES CATARINA MONTEIRO PIRES CENTRO DE INVESTIGAÇÃO DE DIREITO PRIVADO 04.03.2018 Informação entre órgãos de administração e de supervisão Informação dentro do órgão de administração Informação entre sócios

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DO MUNICÍPIO DE SALVATERRA DE MAGOS

CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DO MUNICÍPIO DE SALVATERRA DE MAGOS CÓDIGO DE ÉTICA E CONDUTA DO MUNICÍPIO DE SALVATERRA DE MAGOS 1 ÍNDICE Siglas... 3 1.Introdução... 4 2.Objeto... 4 3. Âmbito de aplicação... 4 4. Princípios gerais... 4 5. Princípios básicos.7 6. Disposições

Leia mais

TODO ACONTECIMENTO EM VIRTUDE DO QUAL COMEÇAM OU TERMINAM AS RELAÇÕES JURÍDICAS (CMSP) DIREITOS E OBRIGAÇÕES

TODO ACONTECIMENTO EM VIRTUDE DO QUAL COMEÇAM OU TERMINAM AS RELAÇÕES JURÍDICAS (CMSP) DIREITOS E OBRIGAÇÕES TODO ACONTECIMENTO EM VIRTUDE DO QUAL COMEÇAM OU TERMINAM AS RELAÇÕES JURÍDICAS (CMSP) DIREITOS E OBRIGAÇÕES FATO JURÍDICO Fato Jurídico - lato sensu todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico

Leia mais