CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA MUNICÍPIO DA POVOAÇÃO
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- João Henrique Olivares Almada
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1 CÓDIGO DE ÉTICA E DE CONDUTA MUNICÍPIO DA POVOAÇÃO
2 Índice Preâmbulo... 3 CAPÍTULO I... 3 Disposições gerais... 3 CAPÍTULO II... 4 Princípios Gerais... 4 CAPÍTULO III... 6 Direitos e Deveres
3 Preâmbulo O Código de ética e de Conduta do Município da Povoação pretende ser um documento de fácil leitura e interpretação de forma a criar meios fundamentais ao bom desempenho profissional dos seus colaboradores, prestigiando dessa forma os munícipes e demais cidadãos. Baseado na Carta Ética da Administração Pública e no Código Europeu de Boa Conduta Administrativa e na proposta de Código de Conduta Administrativa apresentada pelo Provedor de Justiça, através da Recomendação n.º1/b/2012 este código visa ser um instrumento de defesa dos valores democráticos e da promoção de boas práticas administrativas no Município da Povoação. CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1 º Objeto 1. Este Código de Ética assenta-se nos princípios democráticos, nas normas sociais e na ética profissional e contribuir para um entendimento comum sobre o comportamento expectável por parte dos colaboradores ao serviço do Município da Povoação, é o seu principal objetivo. 2. A aplicação deste código e a seu cumprimento não impede a aplicação de outros códigos, regulamentos e manuais relativos a normas de condutas específicos para determinadas funções, atividades e/ou grupos profissionais. Artigo 2º Âmbito de aplicação 3
4 1. O presente Código de Ética aplica-se a todos os colaboradores ao serviço da Câmara Municipal da Povoação, qualquer que seja a natureza do seu vínculo, incluindo dirigentes e prestadores de serviços. 2. O Código visa, igualmente, dar a conhecer ao cidadão o grau de exigência interna adotado pela Câmara Municipal da Povoação clarificando as normas éticas que determinem a atuação e comportamento dos seus colaboradores. CAPÍTULO II Princípios Gerais Artigo 3º Prossecução do interesse público 1.Os colaboradores municipais, no exercício das suas funções, devem estar em serviço exclusivo da comunidade e do interesse público, tal como definido pelos órgãos competentes do Município, com respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos e pessoas coletivas. 2. Os trabalhadores municipais devem abster-se de qualquer prática e recusar qualquer influência que implique a sua subordinação a interesses privados. Artigo 4º Legalidade Os colaboradores municipais, ao exercer as suas funções, devem atuar em conformidade com os princípios constitucionais e de acordo com a lei e o direito. Artigo 5º Justiça e Imparcialidade Os trabalhadores municipais, ao executar as suas funções, devem atuar segundo os princípios de neutralidade, tratando de forma justa e imparcial todos os cidadãos. 4
5 Artigo 6º Igualdade Nenhum cidadão pode ser beneficiado ou prejudicado, pelo colaborador, em função da sua ascendência, sexo, raça, língua, convicção política, ideológicas ou religiosas, situação económica ou condição social. Os cidadãos devem ser tratados, pelos colaboradores, de forma justa e imparcial. Artigo 7º Proporcionalidade Os colaboradores desta camara municipal, no exercício da sua atividade, só podem exigir aos cidadãos o indispensável à realização da atividade administrativa. Artigo 8º Colaboração e boa fé No exercício da sua atividade, os funcionários, devem cooperar com os cidadãos, segundo o principio da boa fé, tendo em vista a realização do interesse da comunidade e fomentar a sua participação na realização da atividade administrativa. Artigo 9º Informação e qualidade As informações e/ou esclarecimentos, prestados pelos colaboradores aos cidadãos, devem ser dados de forma clara, simples, cortês, rápida e destacar os dados relevantes. Artigo 10º Lealdade Os Colaboradores no desempenho das suas funções, devem agir de forma leal, solidária e cooperante. 5
6 Artigo 11º Integridade Os funcionários regem-se segundo critérios de honestidade pessoal e de integridade de caráter. Artigo 12º Competência e responsabilidade Os colaboradores agem de forma responsável e competente, dedicada e crítica, empenhando-se na valorização profissional. CAPÍTULO III Direitos e Deveres Artigo 13º Obediência 1. Os trabalhadores municipais devem cumprir as ordens e instruções emanadas em matéria de serviço pelos seus legítimos superiores hierárquicos, sem prejuízo do direito de delas reclamar e de exigir a sua transmissão por escrito. 2. O dever de obediência cessa quando o cumprimento das ordens ou instruções implique a prática de qualquer crime. Artigo 14º Confiança 1. No exercício das suas funções, os trabalhadores municipais devem agir de modo a inspirar confiança aos cidadãos e pessoas coletivas que com eles contatam, contribuindo para transmitir do seu serviço uma imagem de legalidade, imparcialidade, prossecução 6
7 do interesse público e respeito pelos direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadãos e das pessoas coletivas. 2. Os trabalhadores municipais devem, em todas as circunstâncias, agir de forma a preservar a imagem institucional do Município e dos seus órgãos e serviços. Artigo 15º Colaboração 1. No exercício das suas funções, os trabalhadores municipais devem manter uma atitude de colaboração com os seus colegas e com os superiores ou subordinados hierárquicos. 2. A colaboração implica, nomeadamente, a partilha da informação relevante dentro do serviço ou com outros serviços, a chamada de atenção dos superiores hierárquicos para as situações que possam implicar a tomada de providências, designadamente de natureza legislativa ou regulamentar, e a sugestão das medidas preventivas e corretivas que entendam adequadas e de melhorias nos processos de trabalho. Artigo 16º Serviço ao público 1. No exercício das suas funções, os trabalhadores municipais devem atuar com espírito de serviço ao público, nomeadamente prestando aos cidadãos ou pessoas coletivas informação correta e atempada sobre os processos em que sejam interessados, nos termos previstos na lei, bem como sobre os seus direitos e os meios para os salvaguardar. 2. Os trabalhadores municipais devem respeitar o direito de reclamação, em especial como forma de recurso perante más condutas ou más práticas, e mostrar disponibilidade para ouvir os cidadãos e as pessoas coletivas que demandam os serviços. Artigo 17º Integridade 1. Os trabalhadores municipais não devem retirar vantagens pessoais do exercício das suas funções, nomeadamente através da utilização de informação interna, do uso de 7
8 recursos públicos e da aceitação de presentes ou de quaisquer outros benefícios concedidos por cidadãos ou pessoas coletivas. 2. Os trabalhadores municipais não devem tomar decisões ou participar em procedimentos quando em relação a essa decisão ou a esse procedimento se encontrem em situação que envolva, direta ou indiretamente, qualquer conflito de interesses, nos termos previstos na lei. 3. Independentemente do disposto no número anterior, os trabalhadores municipais devem sempre declarar, em todos os procedimentos em que participem, quaisquer relações com o objeto desses procedimentos, ou com os respetivos interessados ou outros intervenientes, suscetíveis de criar dúvidas sobre a imparcialidade da sua atuação. 4. A declaração prevista no número anterior abrange, designadamente, a participação em sociedades com os interessados no procedimento, seus mandatários ou quaisquer outras pessoas que lhes tenham prestado serviços relacionados com esse procedimento, bem como qualquer outra ligação, direta ou indireta, a essas sociedades. Artigo 18º Transparência 1. Os trabalhadores municipais devem abster-se de toda a atuação que possa, por qualquer forma, impedir ou dificultar a publicitação e a acessibilidade das suas decisões ou dos procedimentos respetivos, salvas as exceções expressamente previstas na lei. 2. Os trabalhadores municipais devem fundamentar as suas decisões, bem como elaborar os seus pareceres ou outros documentos, de forma que seja clara e perfeitamente compreensível para os interessados nos procedimentos e para o público em geral. Artigo 19º Sigilo legal 1. Os trabalhadores municipais devem salvaguardar, em todas as situações, e quando tal for imposto pela lei, o sigilo relativamente a matérias de que tomem conhecimento no exercício das suas funções, abstendo-se de divulgar essas matérias e tomando ou 8
9 propondo, consoante os casos, as providências adequadas para a proteção da respetiva confidencialidade. 2. O sigilo abrange especialmente os dados pessoais, informatizados ou não, detidos pelos serviços municipais. Artigo 20º Eficiência, eficácia e economia 1. No exercício das suas funções, os trabalhadores municipais devem assegurar a utilização mais eficiente, eficaz e económica dos recursos públicos, nomeadamente executando as suas tarefas de forma diligente, praticando os atos e tomando as decisões com celeridade e em tempo útil e evitando todos os tipos de desperdício e dilação. 2. Os trabalhadores municipais devem atuar de forma a respeitar a utilização mais eficiente, eficaz e económica dos recursos privados, na medida em que seja compatível com a prossecução do interesse público. Artigo 21º Responsabilidade Os trabalhadores municipais devem assumir a responsabilidade pelos seus atos e decisões, designadamente identificando sempre de forma clara a respetiva autoria. 9
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