UNIVERSO UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Direito Civil V DIREITO DE FAMÍLIA

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1 DIREITO DE FAMÍLIA I CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Antes de mais nada, é preciso consignar a existência dos seguintes princípios constitucionais informadores do Direito de Família (Carlos Alberto Bittar): - princípio da família como base da sociedade; - princípio da igualdade entre homens e mulheres na sociedade conjugal; matrimonial; filhos; - princípio da dissolubilidade do vínculo - princípio da igualdade de direitos entre - princípio da identificação de direitos fundamentais da criança, do adolescente e do idoso; família. - princípio da proteção à entidade familiar - princípio do casamento como formador da A propósito, a Constituição Federal de 1988 reconhece a família como base da sociedade e considera como entidade familiar não somente aquela formada pelo casamento, como também a resultante de união estável entre o homem e a mulher (an 226, 3 ) e a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Diante disso, pode-se Classificar a família em: I - legítima ou matrimonial- resultante do casamento; II - natural ou não matrimonial - resultante da união estável; III monoparental - resultante da comunidade formada por qualquer dos pais e seus filhos. II - DO CASAMENTO 1 CONCEITO: É o ato solene pelo qual um homem e uma mulher se unem, de conformidade com a lei, a fim de legitimarem suas relações sexuais, prestarem mútuo auxílio espiritual e material,

2 procriarem e educarem a prole comum. Gera a família legítima ou matrimonial. Segundo o Código Civil, "o casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges", sendo "defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família". 2- NATUREZA JURÍDICA: - Teoria contratualista ou individualista - originária do direito canônico, considera o casamento como um contrato civil; - Teoria institucionalista ou supra-individualista - adotada por Maria Helena Diniz e por Amoldo Wald - considera o casamento como uma instituição social, retratando uma situação jurídica que surge da vontade dos nubentes, sujeita, entretanto, às normas, forma e efeitos preestabelecidos em lei; - Teoria eclética ou mista - adotada por Sílvio Rodrigues - considera o casamento como um ato complexo, que se caracteriza como um contrato em sua formação e como uma instituição no seu conteúdo. 3 - CARACTERES: - liberdade de escolha do nubente; - solenidade do ato nupcial; - caráter público da legislação respectiva; exclusividade de união; - permanência da união (diferente de indissolubilidade). 4 - ESPONSAIS, PROMESSA DE CASAMENTO OU NOIVADO. É o "compromisso de casamento entre duas pessoas desimpedidas, de sexo diferente, com o escopo de possibilitar que se conheçam melhor, que aquilatem suas afinidades e gostos" (Antônio Chaves, citado por MHD). Anteriormente, nosso ordenamento jurídico atribuía natureza contratual aos esponsais, cujo inadimplemento resolvia-se em perdas e danos. Entretanto, a Lei de Casamento Civil de 1890, o Código Civil de 1916 e o novo Código Civil deixaram de regulamentar expressamente o instituto. Não obstante isso admite-se, excepcionalmente, a responsabilidade extracontratual ou aquilina, no caso de rompimento

3 dos esponsais e desde que verificados os requisitos para tanto, dentre os quais pode-se citar os seguintes: 1 - livre formalização da promessa de casamento pelo noivo responsável pelo rompimento; 2 recusa deste em cumprir tal promessa; 3 - ausência de motivo justo; 4 - ocorrência de um dano. Essa recusa culposa ou dolosa ao cumprimento da promessa de casamento, embora não se caracterize como inadimplemento contratual, pode, em casos excepcionais, acarretar conseqüências como a devolução dos presentes trocados e a indenização por danos morais e materiais ao não responsável pelo rompimento dos esponsais. 5 - CASAMENTO CIVIL E RELIGIOSO Atualmente, por força do disposto na Constituição e na legislação infraconstitucional, "o casamento é civil" (art. 226, 1 ) e "o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei" (art. 226, 2 ), ou seja, desde que atenda às exigências legais para a validade do casamento civil. O casamento religioso, para que tenha tal efeito, deve se realizar por uma das seguintes formas: 1 - mediante prévia habilitação, seguida da celebração pela autoridade eclesiástica e de sua comunicação (pelo celebrante ou por qualquer interessado) ao ofício competente, no prazo de 90 dias a contar da realização. Após esse prazo, o registro dependerá de nova habilitação; 2 - sem habilitação anterior à celebração, devendo o casal requerer o registro do casamento religioso no registro civil, a qualquer tempo, após a necessária habilitação perante a autoridade competente. O requerimento de registro, neste caso, deve ser feito no prazo de eficácia da habilitação. Em qualquer caso, o registro produzirá efeitos jurídicos a contar da celebração do casamento (art , CC/2002). De acordo com o art , 3, do Código Civil, será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil. 6 - DO PROCESSO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO

4 O casamento, dada a importância social de que se reveste, encontra-se sujeito a diversas formalidades prescritas em lei, razão pela qual é considerado por muitos autores como um dos atos mais solenes que existem em nosso ordenamento jurídico. Dentre essas formalidades pode-se citar a prévia habilitação matrimonial, que se destina a constatar a capacidade para o casamento e a inexistência de impedimentos matrimoniais, bem como a dar publicidade à pretensão dos nubentes. O requerimento respectivo deve ser assinado de próprio punho por ambos os nubentes, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: 1 - certidão de nascimento dos noivos ou documento equivalente; 2 - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; 3 - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento, que os iniba de casar; 4 - declaração do estado civil, do domicilio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos (memorial), sendo que o Ministério Público pode exigir a apresentação de atestado de residência firmado pela autoridade policial ou outro elemento de convicção admitido em direito; 5 - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio; 6 - certificado de exame pré-nupcial, no caso de casamento entre colaterais do 3 grau (Decreto-lei nº 3.200/41). Tal requerimento deve ser dirigido ao cartório do domicílio de ambos os nubentes ou, se domiciliados em municípios ou distritos diversos, perante o Cartório de Registro Civil de qualquer deles, publicando-se, entretanto, o edital em ambos. É dever do oficial do registro esclarecer os nubentes a respeito dos fatos que podem ocasionar a invalidade do casamento, bem como sobre os diversos regimes de bens. Apresentada tal documentação e estando ela em ordem, o oficial extrairá o edital (proclamas), que se afixará, durante quinze dias, nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver. Após as demais formalidades necessárias, dentre as quais se incluem a oitiva do MP, o decurso do prazo de 15 dias a contar da

5 expedição dos editais, o julgamento de eventuais impugnações e oposições de impedimentos. Em seguida, verificada a inexistência de fato obstativo, o oficial do registro extrairá o certificado de habilitação. A eficácia da habilitação será de 90 dias, a contar da data em que for extraído o certificado (prazo de caducidade). A não realização do casamento em tal prazo impõe a renovação do processo de habilitação matrimonial, para que seja possível celebrá-lo posteriormente. Nessa fase da habilitação, o Juiz só se pronunciará se houverem impugnações. Caso contrário, após a oitiva do MP e demais formalidades acima, o oficial já poderá emitir o certificado de habilitação. Admite-se a justificação de fato necessário à habilitação para o casamento (art. 68 da LRP), cujos autos devem ser anexados ao processo de habilitação matrimonial.. Havendo urgência, admite-se a dispensa de proclamas pela autoridade judiciária competente. OBS: A V Jornada de Direito Civil realizada em 2011 estabeleceu o entendimento de que o Juiz pode dispensara apenas o prazo das proclamas, mas não a publicação. O Código Civil assegura a gratuidade da celebração do casamento e, para as pessoas cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei, também da habilitação, do registro e da primeira certidão. 7 - IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS E CAUSAS SUSPENSIVAS - Conceito - "Impedimento matrimonial é a ausência de requisito ou a existência de qualidade que a lei articulou entre as condições que invalidam ou apenas proíbem a união civil" (Pontes de Miranda). Segundo Maria Helena Diniz, "a causa suspensiva da celebração do matrimônio é denominada por alguns autores de impedimento impediente ou meramente proibitivo ou, ainda, de impedimento suspensivo. Mas, na verdade, não se trata de impedimento, visto ser fato suspensivo do processo de celebração". - Distinção entre incapacidade e impedimento/causa suspensiva Incapacidade é a proibição de a pessoa casar-se com quem quer que seja, ao passo que o impedimento e as causas suspensivas consistem na proibição de casar-se com determinada ou determinadas pessoas. O impedimento e a causa suspensiva estão ligados à idéia de falta de legitimação. O Código Civil faz tal diferenciação, arrolando os impedimentos matrimoniais no art ,

6 tratando das causas de incapacidade no capítulo da "invalidação do casamento" e intitulando como "causas suspensivas" os anteriormente chamados impedimentos impedientes ou proibitivos (arts e s.). - Incapacidade para o casamento - O homem e a mulher com 16 anos (idade núbil) podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Se houver divergência entre os pais, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo. Até a celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil, para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal (admite-se a interpretação extensiva, para aplicar a regra mesmo diante da possibilidade de imposição ou cumprimento de medida sócioeducativa) ou em caso de gravidez. Entretanto, em todos esses casos em que houver necessidade de suprimento judicial, será obrigatório o regime da separação de bens. - Impedimentos matrimoniais - Correspondem aos anteriormente denominados impedimentos dirimentes públicos ou absolutos e têm por base razões éticas, baseadas no interesse público. Sua inobservância acarreta a nulidade do casamento. São os seguintes casos: a) Resultantes do parentesco: - Impedimento de consangüinidade: ascendentes com descendentes, no caso de parentesco natural; os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais até o terceiro grau inclusive. Neste último caso, admite-se o casamento entre colaterais do terceiro grau, desde que dois médicos os examinem e lhes atestem a sanidade, afirmando não ser inconveniente, sob o ponto de vista da saúde de qualquer deles e da prole, a realização do casamento. Sobre o assunto, leciona Maria Helena Diniz: "o impedimento entre colaterais de 3 grau, isto é, entre tios e sobrinhas, não é mais invencível ante os termos dos arts. 1 a 3 do Decreto-lei n.3.200, de 19 de abril de 1941, norma especial, que dispõe sobre a organização e proteção da família, e, por isso, recepcionada pelo novo Código Civil, apesar de anterior a ele. - Impedimento de afinidade: os afins em linha reta. - Impedimento de adoção: ascendentes com descendentes, no caso de parentesco civil; o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem foi cônjuge do adotante; o adotado com o filho do adotante;

7 casadas; b) Resultantes de vínculo: as pessoas c) Resultantes de crime: o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio (doloso) ou tentativa de homicídio contra o seu consorte. Não mais estão impedidos de se casarem o cônjuge adúltero com o seu co-réu, por tal condenado. - Causas suspensivas do casamento. Correspondem aos anteriormente denominados impedimentos impedientes ou proibitivos, sendo estabelecidas no interesse da prole do leito anterior; ou no propósito de evitar a confusio sanguinis, em caso de segundas núpcias; ou então, no interesse do nubente, presumivelmente influenciado pelo outro cônjuge. Sua inobservância gera apenas alguns efeitos (ex.: obrigatoriedade do regime de separação de bens e hipoteca legal em conformidade com o art. 1489, II, CC/2002), mas não invalida o casamento. Os casos são os seguintes: - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou por ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal, salvo se provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo; - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados, ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas; Nos três últimos casos, é permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; Não mais se veda o casamento do juiz, ou escrivão e seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com órfão ou viúva, da circunscrição territorial onde um ou outro tiver exercício.

8 As restrições que se caracterizavam como impedimentos dirimentes relativos ou privados na vigência do CC/1916 agora são apenas causas de anulabilidade do matrimônio, conforme se verá adiante. 8 - DA OPOSICÃO DOS IMPEDIMENTOS E DAS CAUSAS SUSPENSIVAS É o ato praticado, antes da celebração do casamento, pelo qual a pessoa a que a lei atribui legitimidade, noticia a existência de impedimento matrimonial ou causa suspensiva do matrimônio ao oficial do Registro Civil perante o qual se processa a habilitação ou à autoridade competente para celebrar o casamento: Os impedimentos podem ser opostos, até o momento da celebração do casamento, por qualquer pessoa capaz. Se o juiz, ou o oficial de registro tiver conhecimento da existência de algum impedimento, será obrigado a declará-lo. Por sua vez, as causas suspensivas da celebração do casamento somente podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins, dentro do prazo de 15 dias dos editais de proclamas. Carlos Roberto Gonçalves, contudo, esclarece: "Entende Pontes de Miranda que se deve admitir, também, a oposição do que fora casado com a mulher que quer novamente se casar antes dos trezentos dias, em caso de nulidade ou anulação de casamento, porque tal causa suspensiva (art. 183, XIV, do CC/1916, correspondente a art , II, do atual) tem por fim evitar a turbatio sanguinis (Tratado de direito de família, 3. ed., 1947, v. /, 25, n. 4)". Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas devem ser opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas. Havendo a oposição de impedimento ou de causa suspensiva, a habilitação ou a celebração devem ser imediatamente suspensas, só prosseguindo após decisão favorável aos nubentes. O oficial do registro dará aos nubentes ou, a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu. Podem os nubentes requerer

9 prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados. Em seguida, o oficial remeterá os autos a juízo; produzidas as provas pelo oponente e pelos nubentes, no prazo de 10 dias, e ouvidos os interessados e o Órgão do MP em 5 dias, decidirá o juiz em igual prazo. Conforme esclarece Maria Helena Diniz, "a decisão no processo de habilitação não faz coisa julgada, logo, não obsta à propositura da ação de nulidade baseada no mesmo impedimento argüido". Podem os nubentes promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé. 9 DA CELEBRACÃO DO CASAMENTO - Formalidades essenciais: a) petição dos nubentes dirigida à autoridade que houver de presidir o ato, acompanhada da certidão de habilitação, a fim de que designe data, hora e local para o ato; a solenidade realizar-se-á, em regra, na sede do cartório, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular; b) publicidade do ato nupcial, que deve ser celebrado a portas abertas; c) presença simultânea dos nubentes, em pessoa ou por procurador especial, das testemunhas, do oficial do registro e do presidente do ato; d) afirmação dos nubentes de que pretendem casar por livre e espontânea vontade; e) declaração pelo presidente do ato de que se encontra efetuado o casamento, nos seguintes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados". Pelo art do Código Civil, o casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados; f) lavratura do assento de matrimônio no livro de registro, a ser assinado pelo presidente do ato, pelos cônjuges, pelas testemunhas e pelo oficial de registro - esta formalidade tem objetivo meramente probatório.

10 - Casos de suspensão: a) se algum dos contraentes recusar a solene afirmação de sua vontade, declarar que esta não é livre e espontânea ou manifestar-se arrependido. OBS: O nubente que, por algum desses fatos, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia; b) oposição séria de impedimento; c) retratação do consentimento dos pais, tutor ou curador, cuja autorização for necessária; d) revogação da procuração, no caso de o casamento ser realizado mediante a apresentação da mesma. - Número de testemunhas: a) se o casamento for realizado na casa de audiências - duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes; b) se o casamento for realizado em casa particular e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever- quatro testemunhas; c) se o casamento for realizado no local onde se encontrar um dos nubentes, por estar acometido de moléstia grave - duas testemunhas que saibam ler e escrever; d) casamento nuncupativo - seis testemunhas que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau; Outras formas de casamento: Casamento por procuração - O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, que outorgue poderes especiais ao mandatário para receber, em nome do outorgante, o outro contraente. A eficácia do mandato não pode ultrapassar 90 dias. Pode o mandato ser revogado apenas por instrumento público e, neste caso, não necessita chegar ao conhecimento do mandatário. Entretanto, se houver revogação e o casamento mesmo -assim for celebrado sem que o mandatário ou o outro contraente dela tenham ciência, responde o mandante por perdas e danos, além de se tornar anulável o matrimônio, salvo, quanto a este último efeito, se tiver sobrevindo coabitação- entre os cônjuges. OBS: Sendo o casamento realizado no Brasil, pode o estrangeiro casar mediante procuração, ainda que a lei de seu país seja omissa ou contrária a esse casamento (art. 7, 1, da LlCC).

11 Casamento no caso de moléstia grave de um dos contraentes - O presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, e, sendo urgente, ainda à noite, perante duas testemunhas, que saibam ler e escrever. A falta ou o impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer de seus substitutos legais, e a do oficial do registro civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. O termo avulso que o oficial ad hoc lavrar será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado. Casamento nuncupativo ou in extremis vitae momentis ou in articulo mortis - Quando um dos nubentes se encontrar em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou/na colateral, em segundo grau. O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de que foram convocadas por parte do enfermo, que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo, e que, em sua presença, declararam os contraentes, livres e espontaneamente, receber-se por marido e mulher. Se as testemunhas não comparecerem espontaneamente, poderá qualquer interessado requerer a sua notificação. Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá as diligências para verificar se os contraentes podiam terse habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias. Se o Juiz que colher as declarações não for o competente, deve encaminhá-las, depois de autuadas, à autoridade que o for, para a adoção das aludidas providências. Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às partes. Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no livro de Registro de Casamentos. O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração.

12 Serão dispensadas as aludidas formalidades, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro. Sobre o assunto, leciona Carlos Roberto Gonçalves: "Não se trata de novo casamento, mas de confirmação do já realizado. Essa ratificação faz-se por termo no livro de Registro de Casamentos, devendo vir assinada também pelo outro cônjuge e por duas testemunhas. Antes da lavratura do termo, exige-se os documentos do art e o certificado do art , comprobatório da inexistência de impedimentos. Se, porém, o restabelecimento - ocorrer após já efetuado o registro, não se faz necessária a ratificação". Casamento perante autoridade diplomática ou consular - "O casamento de estrangeiros pode celebrar-se perante as autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes". Valerá no Brasil, como se tivesse sido realizado no exterior. Sendo ambos os nubentes brasileiros, poderá o casamento ser realizado perante nosso cônsul, desde que a legislação local reconheça efeitos aos casamentos assim celebrados. Todavia, este casamento deve ser registrado no Brasil PROVAS DO CASAMENTO: - Diretas: a) Específicas: 1. casamento celebrado no Brasil- certidão do registro (sistema da prova pré-constituída); 2. casamento celebrado fora do Brasil - de acordo com a lei do país onde se celebrou (locus regit actum), devendo o documento estrangeiro ser autenticado, segundo as leis consulares para produzir efeitos no Brasil; 3. casamento contraído perante agente consular brasileiro - certidão do assento no registro do consulado. Entretanto, o casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em 180 (cento e oitenta) dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir. b) Supletórias: qualquer outra espécie de prova, se restar justificada a falta ou a perda do registro civil.

13 c) Indiretas: posse do estado de casado - "É a situação ostensiva de duas pessoas de sexo diverso que vive como marido e mulher, no propósito de figurar como tal aos olhos de todos" (SR). c.1) Requisitos: - nomen - uso pela mulher do nome do marido; - tractatus - serem os cônjuges tratados como casados; e fama - reconhecimento pela sociedade de sua condição de cônjuges. Em regra o matrimônio não se presume. Somente excepcionalmente se admite a prova do casamento pela "posse do estado de casado", desde que estejam satisfeitos os seguintes requisitos: impossibilidade de os cônjuges manifestarem vontade, inclusive no caso de terem falecido; comprovação exclusivamente em benefício da prole comum; ausência de prova direta do casamento; e ausência de certidão do Registro Civil que prove que já era casada alguma daquelas pessoas, quando contraiu o casamento impugnado. A "posse do estado de casado" também se presta a autorizar o julgamento em favor do casamento, quando os cônjuges viverem ou tiverem vivido em tal situação e houver dúvida nas provas favoráveis e contrárias. In dubio pro matrimonio. Alguns autores vislumbram na "posse do estado de casado" um elemento saneador de eventuais defeitos de formação do casamento. Entretanto, Caio Mário da Silva Pereira leciona.que a regra in dubio pro matrimonio, sugerida pela posse de estado, é acolhida para dirimir a incerteza se ocorreu ou não o ato de sua celebração, mas é inidôneo para convalescer um vício que o invalida. - Prova da celebração de casamento resultante- de processo judicial- o registro da sentença no livro do Registro Civil produzirá todos os efeitos civis desde a data do casamento, tanto no que tange aos cônjuges como no que diz respeito aos filhos DEFEITOS DO CASAMENTO - Casamento Inexistente - não previsto no Código Civil e criticado por alguns autores. Pode-se citar, dentre outros, os seguintes casos: a) casamento entre pessoas do mesmo sexo; b) inexistência de celebração;

14 nubentes. c)inexistência de manifestação de vontade dos - Efeitos: Em princípio, dispensa ação judicial para sua desconstituição, eis que não há o que desconstituir. Entretanto, havendo registro ou sendo necessária a produção de provas, pode se tornar necessária a propositura de ação judicial para a desconstituição deste (registro), em obediência aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Não se convalida pela ratificação ou pela prescrição, nem admite declaração de putatividade. - Casamento nulo - Casos: a) contraído com infringência de impedimento. Efeitos: a) podem requerer a declaração da nulidade, através de ação direta, qualquer interessado e o Ministério Público; b) não se encontra sujeito a prazo prescricional ou decadencial, não podendo ser suprido ou ratificado; c) admite a declaração de putatividade; d) requer pronunciamento judicial para sua invalidação, não podendo ser decretada de oficio pelo juiz; e) a sentença que decretar a nulidade do casamento retroagirá à data da sua celebração (efeitos ex tunc), sem prejudicar a aquisição de direitos, a título oneroso, por terceiros de boa-fé, nem a resultante de sentença transitada em julgado. Ressalvam-se, ainda, algumas conseqüências que não são prejudicadas pelo efeito ex tunc da decretação da nulidade, tais como: comprovação da filiação, proibição do casamento nos 10 meses subseqüentes à dissolução da sociedade e do vínculo conjugal pela sentença que decreta a nulidade, etc.; coletividade; f) é decretada no interesse de toda a g) ainda que nenhum dos cônjuges esteja de boa-fé ao contrair o casamento, seus efeitos civis aproveitarão aos filhos comuns; h) quando o casamento é anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorre na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente e na obrigação de cumprir as promessas, que lhe fez, no contrato antenupcial; i) admite prévia separação de corpos

15 - Casamento anulável: Casos: De quem não completou a idade mínima para casar. Têm legitimidade para requerer a anulação do casamento nesta hipótese: o próprio cônjuge menor, seus representantes legais e seus ascendentes. Entretanto, não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez. Não bastasse isso, o menor que não atingiu a idade núbil pode, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial. O prazo decadencial para pleitear a anulação em tal caso é de 180 dias,a contar, para o menor, do dia em que perfizer 16 anos e, para seus representantes legais ou ascendentes, da data do casamento. Do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal. Contudo, não se anulará o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovação. O casamento do menor em idade núbil; quando não autorizado por seu representante legal, só pode ser anulado se a ação for proposta em 180 dias, por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-io, de seus representantes legais ou de seus herdeiros necessários. Tal prazo é contado do dia em que cessar a incapacidade, caso a ação seja proposta pelo incapaz; do dia do casamento, se proposta por seus representantes legais; e da morte do incapaz, se, proposta por seus herdeiros necessários. Por vício de vontade, se houver por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. O prazo decadencial para pleitear a anulação no caso sub examine é de três anos, a contar da celebração do casamento. Considera-se erro essencial quanto à pessoa do outro cônjuge: 1) o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal, que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; 2) a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal; 3) a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de por em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 4) a ignorância, anterior ao casamento, de

16 doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum do cônjuge enganado: Por vício de vontade, se o casamento for contraído em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares. O prazo decadencial nessa hipótese é de quatro anos a contar da celebração. Do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento. A anulação, neste caso, deve ser pleiteada no prazo de 180 dias a contar da celebração do casamento. Realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges. Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada. Neste caso, o prazo para pleitear a anulação é de cento e oitenta dias, a partir da data, em que o mandante tiver conhecimento da celebração. Por incompetência da autoridade celebrante.todavia, subsiste o casamento celebrado por aquele que, sem possuir a competência exigida na lei, exercer publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no Registro Civil. O prazo decadencial para se pleitear a anulação do casamento neste caso é de dois anos, a contar da celebração. Efeitos: a) a anulabilidade do casamento pode ser alegada apenas por algumas pessoas; b) O casamento anulável encontra-se sujeito a prazos decadenciais relativamente exíguos, podendo ser confirmado, tacitamente, pelo decurso do tempo; c) admite a declaração de putatividade; d) requer pronunciamento judicial para sua invalidação, não podendo ser decretada de ofício pelo juiz; um grupo de pessoas; e) produz efeitos ex nunc; f) é decretada no interesse da vítima ou de g) ainda que nenhum dos cônjuges esteja de boa-fé ao contrair o casamento, seus efeitos civis aproveitarão aos filhos comuns;

17 h) quando o casamento é anulado por culpa de um dos cônjuges, este incorre na perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente e na obrigação de cumprir as promessas, que lhe fez, no contrato antenupcial. - Casamento irregular - contraído com infração a causa suspensiva. do casamento; separação de bens. Efeitos: a) não acarreta a nulidade ou a anulabilidade b) acarreta a obrigatoriedade do regime da - Casamento putativo - Casamento nulo ou anulável contraído de boa-fé por um ou por ambos os cônjuges, o qual produz todos os efeitos civis, quanto àquele ou àqueles que se encontravam de boa-fé e aos filhos, até o dia da sentença anulatória. A ignorância do vício que macula o casamento pode decorrer de erro de fato ou de direito, devendo aquela (ignorância) existir ao tempo da celebração. O casamento nulo ou anulável produz todos os efeitos em relação aos filhos comuns, ainda que nenhum dos cônjuges esteja de boa-fé ao contrair o matrimônio. - Ação de anulação ou de nulidade - Sujeitase ao procedimento ordinário, com intervenção do MP. Admite prévia separação de corpos e arbitramento de alimentos provisionais. A sentença que declarar a nulidade ou anular o casamento, depois do trânsito em julgado, deve ser averbada no livro de casamento e não mais se sujeita ao reexame necessário, em virtude da alteração introduzida no art. 475, I, do CPC pela Lei n , de 26/12/ DAS RELAÇÕES DE PARENTESCO 1 - CONCEITO É a relação vinculatória existente entre pessoas que descendem, umas das outras ou de um mesmo tronco comum (parentesco por consangüinidade ou natural), entre um cônjuge ou companheiro e os parentes do outro (por afinidade) e a resultante da adoção ou outra origem (civil). O art do novo Código Civil estabelece que "o parentesco é natural ou civil, conforme resulte da consangüinidade ou outra origem".

18 2 - CONTAGEM DOS GRAUS DE PARENTESCO - Consangüíneo: Em linha reta - pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de gerações que separa um parente do outro. Em linha colateral, ou transversal - pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem umas das outras, até o quarto grau. Contam-se, na linha colateral, os graus de parentesco pelo número de gerações, subindo, porém, de um dos parentes até o ascendente comum, e descendo depois, até encontrar o outro parente. - Por afinidade: Em linha reta - Contam-se os graus da mesma forma que no parentesco por consangüinidade. Não há limite de grau. Saliente-se que a afinidade, na linha reta, não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável que a originou. Em linha colateral - Somente em segundo grau (irmãos do cônjuge ou companheiro), no caso de parentesco por afinidade. Contam-se os graus da mesma forma que no parentesco por consangüinidade. Extingue-se com a dissolução do casamento. - Nenhum vínculo de afinidade existe entre os parentes de um cônjuge ou companheiro e os parentes do outro; - Os afins de cada cônjuge não são afins entre si. Os concunhados não são parentes. - Os afins do primeiro casamento não se tornam afins do cônjuge tomado em segundas núpcias. - Um cônjuge não é afim do outro. Marido e mulher não são parentes. - DO PODER FAMILIAR 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS - Os filhos, enquanto menores, encontram-se sujeitos ao poder familiar, que é "o conjunto de direitos e obrigações, quanto à pessoa e bens do filho menor não emancipado, exercido pelos pais, para que possam desempenhar os encargos que a norma jurídica lhes impõe, tendo em vista o interesse e proteção do filho" (MHD).

19 - É irrenunciável, inalienável, imprescritível e incompatível com a tutela. - Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar aos pais. - A separação judicial, o divórcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos, senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos. - O pai ou a mãe que contrai novas núpcias, ou estabelece união estável, não perde, quanto aos filhos do relacionamento anterior, os direitos ao poder familiar, exercendo-os sem qualquer interferência do novo cônjuge ou companheiro. Igual regra se aplica ao pai ou à mãe solteiros que casarem ou estabelecerem união estável. - O poder familiar é exercido, em igualdade de condições e em comum, pelo pai e pela mãe, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência o filho, não reconhecido pelo pai, fica sob poder familiar exclusivo da mãe; se a mãe não for conhecida ou capaz de exercê-lo, dá-se tutor ao menor. Na falta ou impedimento de um dos genitores, o outro exercerá o poder familiar com exclusividade. - Sempre que no exercício do poder familiar colidir o interesse dos pais com o do filho, a requerimento deste ou do Ministério Público o juiz lhe dará curador especial. - DO EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR - Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: I - dirigir-lhes a educação e a criação; II - tê-los em sua companhia e guarda; III - conceder-lhes, ou negar-lhes consentimento para se casarem; IV - nomear-lhes tutor, por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais lhe não sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; V - representá-los até os 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, até a maioridade ou serem emancipados, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; VI - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha, através da ação de busca e apreensão;

20 VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. - DA SUSPENSÃO E EXTINCÃO DO PODER FAMILIAR: Casos de extinção: I - morte dos pais ou do filho; II - emancipação; III - maioridade; IV - adoção; V - por decisão judicial que implique em sua perda, nas seguintes hipóteses: castigo imoderado do filho; abandono; prática de atos contrários à moral e aos bons costumes; reiteração das faltas que podem ensejar a suspensão. Casos de suspensão: I abuso de autoridade no exercício do poder familiar, faltando aos deveres inerentes a tal poder ou arruinando os bens do filho; OBS: Nestes casos, cabe ao Juiz, a requerimento de algum parente ou do Ministério Público, adotar a medida reclamada pela segurança do menor e seus haveres, inclusive suspendendo o poder familiar quando convier. II - condenação por sentença irrecorrível em virtude de crime cuja pena exceda a dois anos de prisão. - A falta ou carência de recursos materiais não constitui, por si só, motivo suficiente para a suspensão ou perda do poder familiar, devendo o menor, se não concorrer outro motivo que autorize a decretação da medida, ser incluído em programas oficiais de auxílio. - O procedimento da suspensão e da perda do poder familiar serão analisados em Direito da Criança e do Adolescente. BIBLIOGRAFIA - DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro; Direito de Família. São Paulo: Saraiva; - idem, Código Civil Anotado. São Paulo: Saraiva; - FÜHRER, Maximilianus Cláudio Américo. Resumo de Direito Civil.

21 São Paulo: Malheiros; - GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil: Curso de Direito de Família. São Paulo: Saraiva; - GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil: Direito de Família. Sinopses Jurídicas. São Paulo: Saraiva; - MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil; Direito de Família. São Paulo: Saraiva; - NEGRÃO, Theotônio. Código Civil e legislação civil em vigor. São Paulo: Saraiva; - NEGRÃO, Theotônio. Código de Processo Civil e legislação processual em vigor. São Paulo: Saraiva; - NERY Júnior, Nelson e Rosa Maria de Andrade Nery. Novo Código Civil e Legislação Extravagante Anotados; São Paulo: Revista dos Tribunais; - PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil, vol. V. Rio de Janeiro: Forense; - RAFFUL, Ana Cristina. A Reprodução Artificial e os direitos da Personalidade; São Paulo: Themis Livraria e Editora; - RODRIGUES, Sílvio. Direito civil; Direito de Família. São Paulo: Saraiva; - VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil; Direito de Família. São Paulo: Atlas; - WALD, Amoldo. Curso de Direito Civil Brasileiro; Direito de Família. São Paulo: Revista dos Tribunais.

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