Índice. Censo Samba Paulistano 2011

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1 Índice Censo Samba Paulistano 2011 Abre Alas... 6 Como foi feito o Censo do Samba... 7 Quais são as divisões de escolas de samba e blocos... 8 Quantos componentes desfilam nas escolas e blocos Qual é o investimento no espetáculo artístico O impacto econômico dos investimentos no Carnaval Situação de quadras e barracões Sambódromo 20 anos Projetos sociais moldam-se às necessidades da comunidade A arte de criar e recriar a vida a cada Carnaval O perfil do profissional de escola de samba O perfil do turista no Carnaval no Sambódromo Grupo Especial Grupo de Acesso UESP Grupo UESP Grupo UESP Grupo UESP Grupo UESP Blocos Especiais ABBC Afoxés Abasp Bandas Carnavalescas...121

2 Censo 2011 samba paulistano

3 O Carnaval é um dos eventos que mais envolve a cidade, com dezenas de milhares de pessoas no Sambódromo e em mais quatro regiões da cidade Centro, Vila Esperança, Butantã e Interlagos, além das bandas e seus itinerários por vários bairros. Uma festa que faz parte da alma do brasileiro. A Prefeitura Municipal de São Paulo construiu uma relação de respeito, admiração e amizade com as comunidades envolvidas com cada uma das quase cem agremiações carnavalescas da nossa cidade. Uma relação transparente, baseada no respeito mútuo e compreensão do papel de cada um. Nosso Carnaval cresceu, as escolas de samba passaram a ser mais bem estruturadas. Ao final, ganham os cidadãos e os turistas que visitam a nossa cidade, com mais conforto nas quadras e um espetáculo cada vez mais grandioso nas passarelas. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Censo Samba Paulistano : São Paulo : São Paulo Turismo, Vários colaboradores. 1. Carnaval - São Paulo (SP) 2. Censo 3. Escolas de samba - São Paulo (SP) 4. Samba -São Paulo (SP) 5. Turismo - São Paulo, SP I. Sales, Luiz CDD Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo Índices para catálogo sistemático: 1. Censo Samba Paulistano : 2011 : Cultura carnavalesca : São Paulo : Cidade : Sociologia

4 Expediente Prefeito de São Paulo: Gilberto Kassab São Paulo Turismo Caio Luiz de Carvalho Vice-presidente: Tasso Gadzanis Diretor de Eventos: Everaldo Teixeira Dourado Junior Diretor de Marketing e Vendas: Milton Longobardi Diretor Administrativo Financeiro e de Relacionamento com os Investidores: Egydio Bianchi Diretor de Representação dos Empregados: João Batista de Godoy Diretor de Turismo e Entretenimento: Luiz Sales Diretor de Infraestrutura: Felipe Andery Censo do Samba Paulistano Coordenação: Luiz Sales Análise e Banco de Dados: Thelma Ghobril Textos: Luiz Sales Projeto gráfico e diagramação: Rene Perol Mapa base: Fabio Montanheiro Fotos: Jefferson Pancieri, Caio Pimenta, José Cordeiro, Priscilla Vilariño e Wanderlei Celestino, Uesp (Cláudio Lira, Book Brasil / Nagê, Luis Carlos / João Carlos), ABBC Equipe técnica: Mário La Torre Filho, Andrezza Serra, Sérgio Porto Estagiários: Carol Matsubara, Lyvia Passareli, Camila Ochoa, Pedro Henrique Caldeira e Marília Ferlin Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo Coordenação: Beatriz Lage Av. Olavo Fontoura, Portão 35 - Parque Anhembi - Santana - São Paulo - SP Tel.: (11) pesquisa@spturis.com E m cinco anos o relacionamento entre as escolas de samba e poder público evoluiu mais que durante décadas. Uma afirmação desse tipo, feita por alguém da Prefeitura poderia não ter razão de ser. Dita, como foi várias vezes, por presidentes e representantes de diversas escolas de samba, grandes e pequenas, é um fato que nos enche de orgulho e sentimento de dever cumprido. No início de 2005, faltando 30 dias para o Carnaval a nova gestão assumiu sem que houvesse um centavo para apoiar o evento. Passados cinco anos, praticamente todo o investimento para 2011 já havia sido feito até dezembro de 2010, além de diversas outras vitórias, como desenvolvimento de projetos de cunho social, estruturação turística de diversas quadras e promoção das escolas de samba como mais um item do rico estoque de experiências memoráveis da cidade de São Paulo. O Censo do Samba Paulistano, trabalho inédito e rico em informações é mais um passo dessa parceria vitoriosa. Caio Luiz de Carvalho Presidente da São Paulo Turismo Visite: e O objetivo da São Paulo Turismo S/A é promover a cidade de São Paulo de forma independente e sem nenhum vínculo com estabelecimentos mencionados. As informações que constam nesse material, vigentes em dezembro de 2010, estão sujeitas a atualizações e/ou revisões posteriores.

5 Foto: Sambódromo do Anhembi Parque. Abre Alas Quantas escolas de samba há em São Paulo? Quantas pessoas desfilam no Carnaval? Qual é o investimento global no evento? Quantas escolas possuem quadras para os ensaios? Onde ficam os barracões? Quais são os projetos sociais mais comuns? Para responder a estas e outras questões, o Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, da São Paulo Turismo, realizou o Censo do Samba, trabalho inédito e cujos principais resultados você está recebendo nesta edição 2010/11. Durante dez meses e contando com a ajuda das entidades representativas e das próprias escolas de samba, blocos carnavalescos, bandas e afoxés foi possível realizar esta radiografia do samba paulistano, analisado agora sob vários aspectos e, principalmente, com o objetivo de mapear e identificar a sua real grandeza e importância. Nesta edição foram consideradas apenas as agremiações escolas de samba e blocos carnavalescos principalmente cujos registros são oficiais: a participação, por meio de contrato com a São Paulo Turismo ou vinculada a uma entidade, do Carnaval de Devido a terem uma proposta diferente de evento, foram considerados parcialmente as bandas carnavalescas e os afoxés, assim como as escolas e blocos que fazem parte da Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos do Município de São Paulo ABBC que participam do chamado pré-carnaval. Como foi feito o Censo do Samba? Para o desenvolvimento deste trabalho o Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, da São Paulo Turismo, procurou o contato direto com cada um dos blocos e escolas de samba. Quando isso não foi possível, contou com a ajuda das entidades que representam o segmento. A base da coleta de informações foi um formulário, respondido pela internet e diretamente pelos responsáveis das escolas ou blocos, com cinco grandes grupos de informações: dados cadastrais (endereço, diretoria, utilização de área pública etc), dados culturais (resumo histórico, ano de fundação e fundadores etc), os resultados da escola ou bloco nos últimos concursos e os títulos conquistados, o Carnaval de 2010 (número de componentes, investimento etc), e os projetos sociais desenvolvidos nos últimos dois anos. Foram respondidos 95 formulários, com cobertura de 100% das escolas de samba e blocos. Para a materialização deste trabalho contamos com a ajuda da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, da Superliga das Escolas de Samba de São Paulo, da União das Escolas de Samba Paulistanas Uesp, da Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos do Município de São Paulo ABBC e da Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp). 6 Censo Samba São Paulo 7

6 Como estão divididas as escolas de samba e blocos? Uesp São Paulo, com 11 milhões de habitantes, tem em pleno funcionamento 95 escolas de samba e blocos carnavalescos, divididos em nove grupos ou categorias. As mais conhecidas, é natural, são as que estão no chamado Grupo Especial e que têm seus desfiles apresentados pela emissora que detém os direitos de transmissão. Neste grupo estão 14 escolas, sendo que sete desfilam na sexta-feira e outras sete no sábado. Há também o chamado Grupo de Acesso, que se apresenta no sambódromo aos domingos e é composto por oito escolas. E na seqüência os Grupos 1, com 12 escolas, 2 com 12 escolas, 3 com 12 escolas, e o 4, mais conhecido como vaga aberta, com 11 escolas. Além destes, há ainda o Grupo de Blocos Especiais, com 14 integrantes. Com exceção do Grupo 4, todos os demais recebem recurso financeiro da Prefeitura Municipal de São Paulo para a realização de seus desfiles. Os grupos Especial e Acesso (22 escolas) estão organizados em duas entidades: Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (15) e Superliga das Escolas de Samba de São Paulo (7). Já os grupos de Blocos Especiais e 1,2,3,4 de escolas de samba fazem parte da União das Escolas de Samba Paulistanas Uesp. Fora estes, há ainda seis escolas de samba e seis blocos que não participam de disputa, não recebem apoio individual da Prefeitura, e apenas fazem apresentações no chamado pré-carnaval, organizado pela Associação das Bandas, Blocos e Cordões Carnavalescos do Município de São Paulo ABBC. São Paulo tem ainda dois afoxés (filiados à Liga), que fazem a abertura das noites de desfile do Grupo Especial, e nove bandas carnavalescas, reunidas na Associação das Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp). Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos Fonte: Uesp, Liga, Superliga, ABBC e Abasp Liga e Superliga Grupo Especial: 14 Grupo de acesso: 8 Afoxés: 2 Total geral = 95 escolas e blocos 9 grupos ou categorias Escolas: 6 Blocos: 6 ABBC Abasp Grupo 1: 12 Grupo 2: 12 Grupo 3: 12 Grupo 4: 11 Blocos especiais: 14 Escolas e bandas: 9 =1entidade 8 Censo Samba São Paulo 9

7 Número Médio de Integrantes Por grupo Fonte: Uesp, Liga, Superliga, ABBC e Abasp =100 integrantes Grupo 1 Média por escola: 974 Total na Categoria: Grupo 2 Média por escola: 566 Total na Categoria: Grupo 3 Grupo 4 Média por escola: 446 Total na Categoria: Média por escola: 322 Total na Categoria: Blocos especiais Média por escola: 440 Total na Categoria: Grupo Especial Média por escola: Total na Categoria: Quantos componentes as escolas levam para os desfiles? Grupo De Acesso Média por escola: Total na Categoria: * incluindo escolas e blocos da ABBC Total geral = 107 mil integrantes de escolas ou blocos* Se fosse uma montagem teatral, o Carnaval Paulistano teria mais de 107 mil personagens em suas passarelas. Este é o total de componentes durante os seis dias do evento incluindo aí não apenas os desfiles que ocorrem no feriado propriamente dito, de sexta à terça-feira, mas também o pré-carnaval, que acontece no final de semana anterior. Não são consideradas as bandas carnavalescas. Esse total leva em conta os cinco locais de desfile atuais: o Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo, mais conhecido como Sambódromo, os bairros da Vila Esperança, Butantã, Interlagos e Centro. O Carnaval tem seus extremos. Enquanto uma escola do grupo Especial leva para o Sambódromo até 4500 componentes, uma escola do grupo 4, que se apresenta na Vila Esperança, tem por obrigação apresentar-se com pelo menos 300 integrantes tudo com a devida fiscalização, já que o descumprimento do número mínimo, em qualquer dos casos, acarreta a perda de pontos. Entre estes dois pólos, contudo,há uma ligação genética: para chegar à elite do Carnaval de São Paulo e conquistar, além de um investimento financeiro maior também o estrelato pela transmissão da tevê,uma escola de samba que fosse aberta hoje deveria cumprir todo o périplo e conquistar boas colocações (campeão ou vice, dependendo do regulamento do ano) em cada um dos grupos. O mesmo pode acontecer e acontece no caso de maus resultados: uma escola pode deixar o Grupo Especial e ser rebaixada para as outras categorias. 10 Censo Samba São Paulo 11

8 Qual é o investimento no espetáculo artístico? Juntas, as 14 escolas de samba do Grupo Especial investiram R$ 27 milhões para a montagem do Carnaval Paulistano de Considerando serem apenas três dias além da sexta-feira e do sábado, também a sexta-feira seguinte, quando as campeãs se apresentam é possível afirmar que o carnaval é uma das mais caras montagens artísticas do mundo. Para não fazer feio no concurso, uma escola de samba do principal grupo do Carnaval investe perto de R$ 2 milhões, ainda que isso não elimine o risco de um rebaixamento de categoria que inevitavelmente é acompanhado por uma diminuição de suas possibilidades de atração de parceiros e patrocinadores. No Grupo de Acesso o investimento cai bastante: média de pouco mais de R$ 700 mil por escola, totalizando R$ 5,6 milhões. Além do investimento público, feito pela Prefeitura Municipal de São Paulo por meio da São Paulo Turismo, as escolas de samba mais bem O impacto econômico do Carnaval Para que o evento Carnaval aconteça em toda a cidade considerando apenas o calendário oficial são injetados na economia cerca de R$ 45,4 milhões entre os investimentos públicos e o despendido pelas próprias escolas de samba e blocos. Isso sem contar as montagens e venda de camarotes especiais (que não são de alvenaria) no Sambódromo. Subvenção da Prefeitura, venda de ingressos, comercialização de fantasias, direitos de arena, exploração merchandising são as principais fontes de financiamento do evento. As escolas e blocos, em alguns casos, podem também explorar suas quadras (cobrança de ingressos nos ensaios, venda de camarotes e serviço de bar) e estruturadas têm outras fontes importantes, sendo as mais expressivas a venda do chamado direito de arena pago pela emissora de tevê a bilheteria do espetáculo, patrocinadores e parceiros, exploração de suas quadras (onde acontecem os ensaios), a venda de fantasias e os shows e eventos ao longo do ano. Daí a importância de a escola manter uma regularidade em suas apresentações, visando naturalmente sempre manter-se nos grupos de maior visibilidade, com destaque para o Especial. Somado o investimento médio de todos os grupos, as apresentações das escolas e blocos carnavalescos envolvem o investimento de R$ 36,8 milhões na preparação do espetáculo que é apresentado na pista não incluídos nesta conta as necessidades de investimentos em infraestrutura, montagens de camarotes especiais no sambódromo, exploração de merchandising e outros investimentos relacionado à montagem do espetáculo. vender shows, para empresas ou eventos. A Prefeitura Municipal de São Paulo é o principal patrocinador do Carnaval. Em 2010 o investimento foi de R$ 22,7 milhões, divididos entre o cachê para as escolas de samba, blocos e afoxés (74 agremiações), investimentos em infraestrutura (obras de manutenção e melhorias no Sambódromo, contratação de ônibus para o transporte dos componentes, sistema de som e iluminação, maquinário necessário para a montagem de alegorias, montagem da infraestrutura nos bairros etc) e eventos extras. Se for colocado na mesma conta o impacto no turismo os gastos dos turistas o total ultrapassa R$ 90 milhões. Investimento para fazer o desfile Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) R$ Grupo 1 R$ R$ Grupo Especial Média: R$ 1,93 milhão / Total na Categoria: R$ 27 milhões Grupo De acesso Média: R$ 708 mil / Total na Categoria: R$ 5,66 milhões Média: R$ ,00 / Total na Categoria: R$ 1,645 milhão Grupo 2 Média: R$ ,00 / Total na Categoria: R$ 823,5 mil Grupo 3 Média: R$ ,86 / Total na Categoria: R$ 590,2 mil Grupo 4 ** Não informado Blocos Especiais Média: R$ 72,2 mil / Total na Categoria: R$ 1.164,5 milhão Escolas de samba ABBC Não informado BLOCOS de samba ABBC * * Não informado * *** * Computado apenas o pagamento de cachê por parte da PMSP/SPTuris ** Não recebem repasse da PMSP/SPTuris *** Valor médio, uma vez que houve diferenciação em 2010 de acordo com a classificação de 2009 R$ R$ Total geral* = R$ ,00 milhões 12 Censo Samba São Paulo 13

9 Situação de quadras e barracões As escolas de samba e blocos ocupam 126 espaços na cidade, sendo 89 áreas públicas e 37 privadas (próprias ou alugadas). Áreas públicas em boas condições (entenda-se: localização e não apenas tamanho) são cada vez mais raras; e nas áreas privadas, além de a cada dia mais caras, os proprietários dão preferência a outros empreendimentos, como lojas, estacionamentos, edifícios residenciais ou comerciais etc. Hoje são 95 escolas de samba ou blocos, e só metade delas com quadras, 48, sendo 13 em áreas privadas; e 78 barracões, 24 em áreas privadas. Das 14 escolas de samba do Grupo Especial que possuem quadras de ensaio, 10 ocupam áreas públicas, três pagam aluguel (áreas privadas) e apenas uma é dona do imóvel. Situação pior vivem as escolas que, mesmo com décadas de existência e muitos integrantes, não têm quadra para as suas reuniões, ensaios e desenvolvimento de projetos sociais. O resultado, em muitos casos, é uma diminuição do número de componentes e a permanência, quase que como prova de resistência, nas categorias inferiores do Carnaval. No caso de barracões a situação não é muito diferente. Das 14 escolas do Especial, 13 ocupam áreas públicas, com limitações de uso ou de regularidade, e uma paga aluguel. Como em São Paulo há cinco locais de desfiles oficiais Sambódromo, Centro, Interlagos, Vila Esperança e Butantã há naturalmente uma concentração de demanda nestas regiões ou nas imediações das sedes de escolas e blocos. No Sambódromo, por exemplo, desfilam 34 escolas de samba (os três principais grupos) fazendo com que os terrenos do seu entorno sejam os mais disputados. Mapa do samba paulistano* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, * endereço oficial ou quadra Zona Oeste: 15 espaços Zona Sul: 18 espaços Sambódromo 20 anos Em 2011 o Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo, mais conhecido como sambódromo, completa 20 anos. Desfilarão pela passarela do samba, cujo nome oficial é Passarela Adoniran Barbosa, três grupos de escolas: Grupo Especial, com 14 agremiações que se apresentam na sexta-feira (sete escolas) e no sábado (mais sete); Grupo de Acesso, com oito escolas, no domingo, e o Grupo 1 da União das Escolas de Samba Paulistanas (UESP), com outras 12 escolas de samba. MAPA DO SAMBÓDROMO Fonte: SP Turis (2010) 12 Av. Marginal Tietê 13 Saída das escolas Entrada de serviço Torre de jurados Alimentos e bebida Sanitários fixos M/F Área para cadeirantes Catracas Setor turistas 4 5 E F 31 Dispersão D C B G A H Recuo Bateria Pista de desfile I 20 J 21 R. Prof. Milton Rodrigues TORRE DE JURADOS ALIMENTOS 1 2 E BEBIDA SANITÁRIOS FIXOS M/F ÁRES PARA CADEIRANTES SETOR I CAMAROTE OFICIAL CAMAROTE BRAHMA Locais de desfile Fonte: SP Turis (2010) SEGURANÇA POLÍCIAS MILITAR DEATUR GUARDA CIVIL METROPOLITANA JUIZADO DE MENORES (SETOR B 1 o PISO) 5 ATENDIMENTO MÉDICO CATRACAS SETOR G TURISTAS 1 (SETOR B TÉRREO) Sambódromo ESTACIONAMENTO 1 IMPRENSA 2 Praça da 35 Luz VAGAS 3 Av. Escola ACESSO RESTRITO ESTACIONAMENTOS Politécnica 4 Av. Alvinópolis 2 A VAGAS CORTE DO CARNAVAL 5 Autódromo PORTÕES de Interlagos Concentração (Arena) Imprensa Corte do Carnaval Camarote oficial Segurança (Polícias Militar, DEATUR, Guarda civil, Metropolitana, Juizado de menores) CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO DE SERVIÇO FECHAMENTO VISUAL Av. Olavo Fontoura Entrada das escolas Atendimento médico Estacionamentos 1 a 5 Portões Circulação Circulação de serviço Fechamento visual 14 Censo Samba Paulistano

10 Situação de quadras e barracões As escolas de samba e blocos ocupam 126 espaços na cidade, sendo 89 áreas públicas e 37 privadas (próprias ou alugadas). Áreas públicas em boas condições (entenda-se: localização e não apenas tamanho) são cada vez mais raras; e nas áreas privadas, além de a cada dia mais caras, os proprietários dão preferência a outros empreendimentos, como lojas, estacionamentos, edifícios residenciais ou comerciais etc. Hoje são 94 escolas de samba ou blocos, e só metade delas com quadras, 48, sendo 13 em áreas privadas; e 78 barracões, 24 em áreas privadas. Das 14 escolas de samba do Grupo Especial que possuem quadras de ensaio, 10 ocupam áreas públicas, três pagam aluguel (áreas privadas) e apenas uma é dona do imóvel. Situação pior vivem as escolas que, mesmo com décadas de existência e muitos integrantes, não têm quadra para as suas reuniões, ensaios e desenvolvimento de projetos sociais. O resultado, em muitos casos, é uma diminuição do número de componentes e a permanência, quase que como prova de resistência, nas categorias inferiores do Carnaval. No caso de barracões a situação não é muito diferente. Das 14 escolas do Especial, 13 ocupam áreas públicas, com limitações de uso ou de regularidade, e uma paga aluguel. Como em São Paulo há cinco locais de desfiles oficiais Sambódromo, Centro, Interlagos, Vila Esperança e Butantã há naturalmente uma concentração de demanda nestas regiões ou nas imediações das sedes de escolas e blocos. No Sambódromo, por exemplo, desfilam 34 escolas de samba (os três principais grupos) fazendo com que os terrenos do seu entorno sejam os mais disputados. Mapa do samba paulistano Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Zona Oeste: 15 espaços Zona Sul: 18 espaços Centro: 7 espaços Zona Leste: 18 espaços 1 A Bruxa tá Solta 2 Acadêmicos de São Jorge 3 Acadêmicos do Ipiranga 4 Acadêmicos do Jaraguá 5 Acadêmicos do Tatuapé 6 Acadêmicos do Tucuruvi 7 Águia de Ouro 8 Amizade Zona Leste 9 Barroca Zona Sul 10 Boêmios da Vila 11 Brinco da Marquesa 12 Camisa Camisa Verde e Branco 14 Caprichosos da Zona Sul 15 Caprichosos do Piqueri 16 Chorões da Tia Gê 17 Colorado do Brás 18 Combinados de Sapopemba 19 Dom Bosco 20 Dragões da Real 21 Dragões da Vila Alpina 22 Em Cima da Hora 23 Ermiliense 24 Estação Invernada 25 Estrela do Terceiro Milênio 26 Explosão da Zona Norte 27 Extravazza 28 Filhos da Mamãiss 29 Flor da Vila Dalila 30 Flor da Zona Sul 31 Flor de Liz 32 Folha Verde Zona Norte: 30 espaços 33 Garotos da Vila Santa Maria 34 Gaviões da Fiel 35 Imperador do Ipiranga 36 Imperatriz Paulicéia 37 União Imperial 38 Império de Casa Verde 39 Império Lapeano 40 Inajar de Souza 41 Iracema Meu Grande Amor 42 Lavapés 43 Leandro de Itaquera 44 Malungos 45 Mancha Verde 46 Me engana que eu gosto 47 Med Pholia 48 Mocidade Alegre 49 Mocidade Amazonense 50 Mocidade Independente da ZL 51 Mocidade Robruense 52 Mocidade Unida da Mooca 53 Monalisa Paulistana 54 Morro da Casa Verde 55 Não Empurra que é Pior 56 Navio Negreiro 57 Nenê da Vila Matilde 58 Os Bambas 59 Pas so de Ouro 60 Pavilhão Nove 61 Pérola Negra 62 Portela da Zona Sul 63 Primeira da Aclimação 64 Principe Negro 65 Prova de Fogo 66 Raizes de Vila Prudente 67 Rosas de Ouro 68 Sai da Frente 69 Quilombo 70 Só Vou se Você For 71 T U P 72 Tom Maior 73 Torcida Jovem Santista 74 Tradição Albertinense 75 Uirapuru da Mooca 76 União da Trindade 77 União Independente Zona Sul 78 Unidos de Santa Bárbara 79 Unidos da Melhor Idade 80 Unidos da Vila Carmosina 81 Unidos de Guaianases 82 Unidos de São Lucas 83 Unidos de São Miguel 84 Unidos de Vila Maria 85 Unidos do Abaeté 86 Unidos do Guaraú 87 Unidos do Pé Grande 88 Unidos do Peruche 89 Unidos Venceremos 90 Vai Vai 91 Unidos do Vale Encantado 92 Valença Perus 93 União da Vila Albertina 94 Vovó Bolão de Pirituba 95 X 9 Paulistana 14 Censo Samba São Paulo

11 Grupo Especial* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Grupo De Acesso* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Grupo Especial 6 Acadêmicos do Tucuruvi 7 Águia de Ouro 34 Gaviões da Fiel 38 Império de Casa Verde 45 Mancha Verde 48 Mocidade Alegre 57 Nenê da Vila Matilde 61 Pérola Negra 67 Rosas de Ouro 72 Tom Maior 84 Unidos de Vila Maria 88 Unidos do Peruche 90 Vai Vai 95 X 9 Paulistana Grupo de Acesso 5 Acadêmicos do Tatuapé 13 Camisa Verde e Branco 20 Dragões da Real 35 Imperador do Ipiranga 43 Leandro de Itaquera 54 Morro da Casa Verde 73 Torcida Jovem Santista 75 Uirapuru da Mooca * endereço oficial, de correspondência ou quadra * endereço oficial, de correspondência ou quadra 16 Censo Samba São Paulo 17

12 Uesp Grupo 1* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Uesp Grupo 2* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Grupo 1 9 Barroca Zona Sul 12 Camisa Combinados de Sapopemba 19 Dom Bosco 25 Estrela do Terceiro Milênio 31 Flor de Liz 37 União Imperial 52 Mocidade Unida da Mooca 63 Primeira da Aclimação 65 Prova de Fogo 82 Unidos de São Lucas 91 Unidos do Vale Encantado Grupo 2 11 Brinco da Marquesa 24 Estação Invernada 29 Flor da Vila Dalila 62 Portela da Zona Sul 64 Principe Negro 70 Só Vou se Você For 71 T U P 74 Tradição Albertinense 78 Unidas de Santa Bárbara 83 Unidos de São Miguel 92 Valença Perus 93 União da Vila Albertina * endereço oficial, de correspondência ou quadra * endereço oficial, de correspondência ou quadra 18 Censo Samba São Paulo 19

13 Uesp Grupo 3* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Uesp Grupo 4* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Grupo 3 3 Acadêmicos do Ipiranga 17 Colorado do Brás 26 Explosão da Zona Norte 39 Império Lapeano 41 Iracema Meu Grande Amor 42 Lavapés 44 Malungos 51 Mocidade Robruense 58 Os Bambas 59 Pas so de Ouro 77 União Independente Zona Sul 81 Unidos de Guaianases 22 Grupo 4 2 Acadêmicos de São Jorge 4 Acadêmicos do Jaraguá 8 Amizade Zona Leste 10 Boêmios da Vila 21 Dragões da Vila Alpina 22 Em Cima da Hora 23 Ermiliense 30 Flor da Zona Sul 32 Folha Verde 36 Imperatriz Paulicéia 68 Sai da Frente * endereço oficial, de correspondência ou quadra * endereço oficial, de correspondência ou quadra 20 Censo Samba São Paulo 21

14 Uesp Blocos Especiais* Fonte: entidades, blocos, escolas e SP Turis (2010) Base cartográfica: Digibase, 2010 Organização: Fabio Montanheiro e Pedro Henrique Abdala. São Paulo Turismo, Projetos sociais moldam-se às necessidades da comunidade Blocos especiais 14 Caprichosos da Zona Sul 15 Caprichosos do Piqueri 16 Chorões da Tia Gê 33 Garotos da Vila Santa Maria 46 Me engana que eu gosto 49 Mocidade Amazonense 50 Mocidade Independente da ZL 55 Não Empurra que é Pior 60 Pavilhão Nove 76 União da Trindade 80 Unidos da Vila Carmosina Das 24 maiores escolas de samba presentes nos grupos Especial e de Acesso nos carnavais de 2009 e 2010, apenas quatro não informaram sobre a existência de projetos sociais desenvolvidos em suas quadras. De modo geral, em maior ou menor grau, as escolas mantêm estas atividades como forma de agregar componentes, manter uma política de boa vizinhança ou mesmo, pelo acesso que têm a esferas empresariais ou políticas, atender demandas dos moradores de suas regiões ou freqüentadores de suas quadras. Escolinha de futebol (em oito escolas), bateria mirim ou adulta e percussão (11 escolas), mestre sala e porta bandeira (nove escolas), capoeira (cinco escolas) e atividades para a melhor idade (seis escolas) são os mais comuns. Há, contudo, projetos de cunho assistencial importantes e desenvolvidos em parceria com órgãos do governo como distribuição de leite (Viva Leite; seis escolas) e outros que contam com parcerias com empresas privadas ou mesmo universidades, como alfabetização de adultos. Estas atividades sociais são influenciadas pela comunidade na qual a escola está inserida. A postura da direção da escola também é fator determinante, assim como a sensibilidade de integrantes que, em melhores condições, decidem colaborar com os mais carentes, muitas vezes com trabalho voluntário. Os departamentos sociais ou culturais das escolas são ainda uma boa via de transmissão de informações fundamentais como os riscos das drogas e das doenças sexualmente transmissíveis. Cursos e/ou palestras sobre beleza e cidadania, informática, reforço escolar e atividades nas férias também aparecem entre as opções. Há escolas, contudo, que, mais bem estruturadas e experientes sobre como formar parcerias públicas ou privadas conseguem promover ações mais elaboradas, como atendimento odontológico gratuito ou cursos como marketing pessoal, informática, postura profissional, liderança e fotografia. As escolas também apóiam campanhas regulares, como doação e recolhimento de agasalhos e arrecadação de alimentos para socorrer comunidades atingidas por catástrofes. Também são comuns os eventos de calendário, como festa junina, Dia das Crianças, Dia das Mães e Natal. Entre os projetos em planejamento, aparecem principalmente os de inclusão digital e instalação de consultório dentário. A manutenção de uma quadra de ensaios, mais sério problema das escolas paulistanas, é o fator de maior influência na implantação de projetos sociais. Escolas que precisam mudar de endereço ou que por algum período ficam sem um local para suas atividades acabam vivendo um afastamento natural de seus integrantes. Projetos sociais são encontrados também em escolas de categorias de base, como os grupos 2,3 ou 4 da Uesp ou então o especial de blocos, porém já em menor número e sem a mesma variedade. 86 Unidos do Guaraú 87 Unidos do Pé Grande 94 Vovó Bolão de Pirituba * endereço oficial, de correspondência ou quadra 22 Censo Samba São Paulo 23

15 A arte de criar e recriar a vida a cada Carnaval Estudo traça o perfil do profissional de escola de samba Transformar ferro e madeira em estruturas móveis com 12, 13 metros de altura; moldar blocos de isopor e deles libertar pássaros, anjos, demônios, fadas, personagens, cobras e lagartos; manusear material reciclado e criar de favelas a palácios; bordar, costurar, colar, lixar, pintar. Para que uma escola de samba ou bloco possa sair bem na avenida, um batalhão de mais de 4300 pessoas precisa colocar a mão na massa e ganhar por este trabalho. Em média, uma escola do Grupo Especial gera 173 empregos diretos durante o desenvolvimento do seu carnaval. São pessoas que chegam a trabalhar até oito meses na mesma agremiação (fonte: Plan- Teq, 2006) e outras, a maioria, que se integra ao trabalho na medida do seu desenvolvimento. O número de empregos diminui na medida em que a escola participa das categorias inferiores. São desde carnavalescos e intérpretes, normalmente contratados por empreitada (um valor fechado para o período) até simples ajudantes que atuam em praticamente todas as tarefas dentro de um barracão. Os dados do censo levam em conta apenas as informações das escolas e blocos, sem considerar os empregos gerados pela realização do evento Carnaval. Quantas pessoas trabalham na produção do carnaval Fonte: entidades, blocos, escolas Em 2006, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, junto com a São Paulo Turismo e as escolas de samba sediadas na Zona Norte da cidade desenvolveram um estudo sobre a cadeia produtiva do samba na região. O levantamento identificou também o perfil dos profissionais envolvidos para preparação o Carnaval. 41,1% dos entrevistados ganham (ganhavam em 2006) até R$ 350,00 39,9% dos entrevistados trabalham apenas para as escolas de samba, ou seja muitas vezes o sustento pessoal e/ou de famílias vem daquela atividade. 51,2% são do sexo feminino, o que é influenciado principalmente por atividades como costura, bordados e acabamentos mais detalhados. $ Principais características Fonte: Planteq, 2006 Entre os que têm outras atividades profissionais fora das escolas de samba, as maiores incidências são: 8,2% são costureiras, 5,8% são recepcionistas, 5,3% cabeleireiros, 4,8% são auxiliares administrativos e 4,3% são seguranças e agentes escolares. Entre os que têm outras atividades profissionais fora das escolas de samba, as menores incidências são: 2,5% são metalúrgicos, motoristas e professores, 1,9% modelistas, vitrinistas e eletricistas. Grupo Especial Média por escola: 173 Total na Categoria: 2430 Grupo 3 Média por escola: 10 Total na Categoria: 120 Grupo De acesso Média por escola: 111 Total na Categoria: 894 Grupo 4 Média por escola: 11 Total na Categoria: 121 Grupo 1 Média por escola: 45 Total na Categoria: 543 Blocos especiais Média por escola: 10 Total na Categoria: 137 = 5 empregados Grupo 2 Média por escola: 12 Total na Categoria: 146 Total geral* = 4391 empregos 8 0,5% dos entrevistados não fizeram nenhum curso específico ou preparatório para a atividade exercida, o que leva a crer na necessidade de aprimoramento e/ou investimento em reciclagem profissional com impacto imediato sobre o espetáculo carnavalesco. 29,4% trabalham para escolas de samba há mais de oito anos, demonstrando além da assiduidade, algum grau de especialização na função (não necessariamente exercida para a mesma escola) 28,8% trabalham mais de oito meses por ano em escolas de samba. 46,6% dos entrevistados trabalham mais de oito horas por dia, o que indica (mas não confirma) a existência de rotinas e processos produtivos. Entre as funções desenvolvidas nas escolas de samba, as de maior incidência são: 28% aderecistas, 12,2% costureiras e 11,7% auxiliares. Quanto ao local de trabalho, 50% atuam na quadra da escola, 21,2% no barracão, 14,5% em ateliês e 12,2% na própria casa. 24 Censo Samba São Paulo 25

16 O perfil do turista do Carnaval no Sambódromo Desde 2005, a São Paulo Turismo, por meio do Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo, vem aplicando pesquisas para identificar o perfil socioeconômico do público que assiste aos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial no Sambódromo. Os principais indicadores estão representados na tabela abaixo. Principais características Fonte: Observatório do turismo da cidade de São Paulo Sexo feminino; Entre 30 e 49 anos; Ensino médio ou superior completo; Em 2010, constatou-se que 29% do público do Carnaval é composto por visitantes e, desses, 24,5% são estrangeiros; Dentre os visitantes entrevistados, 25% frequentam a cidade ao menos uma vez por mês; No período entre 2005 e 2010, o levantamento apresentou as características predominantes no perfil dos entrevistados ao lado. Assalariados; Renda média mensal entre 1 a 10 salários mínimos; R$ 1.300,00 foi o gasto médio dos visitantes durante a permanência na cidade. Os principais gastos relacionam-se com maior participação em compras (37%), lazer (20%) e hospedagem (15%); Os equipamentos e serviços com melhor avaliação do público do Carnaval de São Paulo são: hospedagem, atrativos culturais e gastronomia. Já os itens apontados como aqueles que necessitam de melhorias são: transporte público e limpeza. Cidades do estado de São Paulo, como Campinas, Mogi das Cruzes e Santos, e países da América Latina, como Argentina, Uruguai e Chile, respectivamente, são os principais emissores de turistas nacionais e internacionais para o Carnaval de São Paulo; Perfil socioeconômico dos turistas Carnaval de são paulo / sambódromo Fonte: Observatório do Turismo da Cidade de São Paulo Gênero Feminino 60,7% Feminino 55,5% Grau de instrução Médio 39,6% Superior 36,5% Ocupação profissional Assalariado 35,8% Assalariado 41,4% Faixa etária (anos) De 30 a 39 24,6% De 30 a 39 24,8% Renda mensal (SM) De 1 a 5 35,7% De 1 a 5 36,3% Horpedagem em hotel/flat 31,0% 43,8% Hospedagem em casa de amigos/parentes 54,0% 46,4% Frequência de visita Mensal 26,0% Mensal 28,0% Gasto médio na viagem 1.052, ,93 Pernoites 5,8 6,4 Visitantes 24,8% 25,6% Estrangeiros 19,8% 25,6% Feminino 61,3% Feminino 64,5% Feminino 62,5% Feminino 63,6% Superior 35,2% Médio 40,0% Superior 43,3% Médio 38,9% Assalariado 39,5% Assalariado 42,9% Assalariado 36,0% Assalariado 44,3% De 40 a 49 22,2% De 30 a 39 21,7% De 40 a 49 23,2% De 30 a 39 23,5% De 6 a 10 32,7% De 1 a 5 36,8% De 6 a 10 29,3% De 6 a 10 28,5% 29,3% 27,8% 37,1% 32,6% 59,0% 61,1% 42,3% 55,8% Mensal 23,3% Mensal 34,2% Mensal 22,3% , , , ,82 6,7 6,8 5,8 5,3 26,2% 28,5% 29,2% 29,4% 19,4% 20,8% 19,7% 24,6% 26 Censo Samba São Paulo 27

17 Grupo especial HIstórico Grupo especial Acesso Especial G.R.E.S. Aguia De Ouro...30 Carna-cardiograma Grêmio Gaviões Da Fiel Torcida...32 G.R.C.S.E.S. Império De Casa Verde G.R.C.E.S Mancha 2006 Verde G.R.C.E.S. Mocidade Alegre...38 G.R.C.E.S. Nenê De Vila Matilde...40 G.R.S.C.E.S. Pérola Negra...42 G.R.C.S.E.S. Unidos Do Peruche...44 Sociedade Rosas De Ouro...46 G.R.E.S. Tom Maior...48 G.R.C.S.E.S. Acadêmicos Do Tucuruvi...50 G.R.C.S.E.S. Unidos De Vila Maria...52 G.R.C.S.E.S. Vai-Vai...54 G.R.C.E.S. X-9 Paulistana Censo Samba São Paulo 29

18 Grupo especial G.R.E.S. AGUIA DE OURO HIstórico Nos anos 70, lá na Vila Anglo Brasileira, um batuque diferente começava a chamar a atenção. Entre uma partida e outra, os integrantes do time de futebol amador Faísca de Ouro recebiam a visita de sambistas ex-integrantes da escola de samba Pérola Negra. Fazendo um samba de qualidade e comandados por Gilson Carriuolo Antonio e contando com o experiente Maíco, crescia a cada dia a roda de samba. Decidiram então fundar em 09 de maio de 1976 o G.R.E.S. Águia de Ouro. A partir daí, começaram a se organizar, visando levar sua Escola para a avenida já no ano seguinte. Com as dificuldades normais de uma agremiação iniciante, fizeram sua estréia no ano de 1977 no Grupo IV, com o Enredo A Bahia de Jorge Amado com samba de Ditinho numa tarde de sol forte na Avenida Tiradentes. Conseguem o vice-campeonato, conquistando o direito de desfilar no Grupo III no ano seguinte e dando início a uma história hoje escrita no Grupo Especial. Data de fundação: 9/5/1976 Fundador: Carlos de Morais, Raimundo Januario Neto Cores oficiais: Azul e Branco Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, Vila Pompeia (11) / (11) carriuolo@terra.com.br Sidnei Carriuolo Antonio Elizete Rosa Trindade e Denize Carvalho Enredo 2011: Com todo gás, a Águia de Ouro é fogo. Carna-cardiograma o Acesso Especial 7 o 6 o 7 o 11 o 8 o 10 o 7 o 13 o 11 o 1 o 30 Censo Samba São Paulo 31

19 Grupo especial GRÊMIO GAVIÕES DA FIEL TORCIDA HIstórico Gaviões da Fiel iniciou sua história no Carnaval em 1975, aceitando um novo desafio. A Com integrantes que até então participavam de uma ala da Vai Vai, formou um bloco e participou do último desfile de carnaval realizado na Av. São Joao. Nesse carnaval, 1976, conquistou seu primeiro título e foi a primeira torcida organizada a participar do Carnaval Paulistano. A partir daí estabeleceu-se uma hegemonia da torcida corinthiana na categoria de Blocos Especiais, quebrada apenas em 1980, com vice-campeonato, 1 ponto a menos do bloco vencedor. Até 1988 foram 12 títulos em 13 disputados. Em 1989 transformou-se em escola de samba, participando do Grupo 1 e, com o vice-campeonato, ascender ao Grupo Especial; no ano seguinte voltou ao Grupo 1 e, como campeã, retornou à elite em Conquistou os títulos máximos do carnaval paulistano em 1995, 1999 e 2002 e No carnaval de 2010 trouxe para o sambódromo a história de seu time e razão de existir, cantando os 100 anos do Corinthians. Data de fundação: 1/7/1969 Fundador: Flavio Garcia La Selva, Alcides Jorge de Souza Piva(Joca), Carlos Marino Chagas(Manchinha), Francisco Malfitani(Chico), Roberto Daga, entre outros Cores oficiais: Preto, Branco, Amarelo e Vermelho Endereço: Rua Cristina Tomás, Bom Retiro (11) secretaria@gavioes.com.br Eduardo de Araújo Fontes Raimundo de Freitas Costa Junior, Claudimir Antônio Teixeira, José Carlos Pirassa Enredo 2011: Do mar das pérolas e das areias do deserto à cidade do futuro - Dubai, o sonho do Rei Maktoum. Acesso Especial Carna-cardiograma o 4 o 1 o 1 o 16 o 15 o 1 o 1 o 4 o 5 o 11 o 32 Censo Samba São Paulo 33

20 Grupo especial G.R.C.S.E.S. IMPÉRIO DE CASA VERDE HIstórico Em 1993, algumas pessoas do bairro procuraram o Sr. Francisco Plumari Júnior, o Chico Ronda, conhecido empresário do bairro para criarem uma nova escola de samba. Foi assim que em 27 de fevereiro de 1994, numa reunião na Rua Ouro Grosso, no escritório do Seu Chico, surgiu o Império de Casa Verde. A ata de fundação foi assinada por 105 pessoas. O nome foi escolhido pelo Seu Chico, pois o objetivo era formar uma escola de samba que fosse além da avenida, com projetos sociais e culturais para essa comunidade, uma escola de samba que fosse um verdadeiro Império. As cores foram escolhidas por ser o azul a cor do céu e o branco por ser a cor que simboliza a paz. O tigre é o símbolo da agremiação por ser o signo do Seu Chico no horóscopo chinês. É por isso que a quadra leva o nome de Quadra Chico Ronda e ainda hoje nos sambas há alusão ao eterno patrono, afinal também de memória é feito o samba. Data de fundação: 27/02/1994 Fundador: Chico Honda Cores oficiais: Azul e Branco Endereço: Av. Eng. Caetano Álvares, Casa Verde (11) contato@imperiodecasaverde.com.br www. imperiodecasaverde.com.br Alexandre Plumari Junior Marques Enredo 2011: Samba Sabor Cerveja! Admirada há milênios, a mais nova sensação nacional. Acesso Especial Carna-cardiograma o 1 o 3 o 5 o 9 o 5 o 7 o 11 o 2 o 3 o 4 o 34 Censo Samba São Paulo 35

21 Grupo especial G.R.C.E.S. MANCHA VERDE Enredo 2011: Uma idéia de gênio HIstórico Nasceu como bloco, fundado em 18 de outubro de 1995, a partir da decisão dos membros da torcida em abraçar, além do futebol, mais uma paixão nacional: o samba. Permaneceu assim até 1999 e, junto com o novo milênio, em 2000 surge o G.R.C.E.S. Macha Verde, entidade que, quatro carnavais depois, já estaria na elite do Carnaval Paulistano. Seu nome e seu símbolo máximo fazem referência a um personagem que praticamente virou sinônimo de torcida. Sua estréia no Grupo Especial foi em 2005, trazendo como enredo uma homenagem ao Estado do Mato Grosso. Em 2006 e 2007 participou do Carnaval no chamado grupo de escolas de samba oriundas de torcidas. Com nova mudança no regulamento, vem apresentando belos espetáculos desde de 2008, sendo que em 2010 alcançou o seu melhor resultado, a quarta colocação, quando trouxe para o sambódromo um enredo no qual fazia várias homenagens aos mestres, entre eles personagens da história de diversas outras escolas de samba. Carna-cardiograma Data de fundação: 18/10/1995 Fundador: Paulo Rogério de Aquino, Moacir Bianchi, Aquiles Inácio de Carvalho, Marcos Luis Curti, Marco Aurélio Ferreira, Alex Miranda da Silva, Antonio Pereira Barbosa, Flavio Marcos dos Anjos, Roberto Carlos Teixeira Baroni, Ricardo Raphael Rodrigues, Sérgio Luciano Pellegrini, Luis Antonio Kokai, Mario Carapello Ferraz da Silva Cores oficiais: Verde, Branco e Vermelho Endereço: Avenida Doutor Abraão Ribeiro, Barra Funda (11) / (11) manchaloja@ig.com.br Paulo Rogério de Aquino Rogério Carneiro, Marcelo de Assis Gomes, Valmir Panosso, Reginaldo Pereira dos Santos, Paolo Bianchi, Ricardo Raphael Rodrigues, José Curti, Sergio Pellegrini e Anderson de Assis * o 1 * o 4 o 7 o Acesso Especial 3 o 1 o 11 o 10 o 36 Censo Samba São Paulo 1 o UESP G1A * Campeã do Grupo de agremiações esportivas 37

22 Grupo especial G.R.C.E.S. MOCIDADE ALEGRE HIstórico Foi fundada no dia 24 de setembro de 1967 por um grupo de amigos liderados por Juarez da Cruz. Carinhosamente conhecida como a Morada do Samba, sua história se confunde com a modernização do carnaval em São Paulo. Nesses mais de 40 anos, a vermelho e verde do Bairro do Limão (Zona Norte) coleciona sete títulos, conquistados nos anos de 1971, 1972, 1973, 1980, 2004, 2007 e A principal característica da Mocidade Alegre é o seu ambiente familiar e acolhedor. Escola de perfil jovial e inovador, sempre proporciona novidades ao público. Informa ter sido a primeira agremiação paulistana a introduzir destaques sobre os carros alegóricos, adereços de mão e alas coreografadas, muito comuns nos desfiles até hoje. Informa também ter sido a primeira Escola de Samba a ser convidada pelo Ministério da Cultura para representar a Cultura da Raiz Paulistana na Europa, em viagem para a Ilha da Madeira, Portugal. Data de fundação: 24/09/1967 Fundador: Juarez da Cruz, Salvador da Cruz, Carlos Augusto Cruz Bichara, José Maria do Nascimento, Ademar Nunes, Antônio Ciulada, Airton de Paula e José Carlos Garcia Cores oficiais: Vermelho e Verde Endereço: Avenida Casa Verde, Bairro do Limão (11) / (11) mocidadealegre@mocidadealegre.com.br Solange Cruz Bichara Rezende Marcos Rezende dos Santos Nascimento, Adriana Cruz Bichara, Rosa Moreira Cruz Bichara, Alberto Alves, João Lolla Junior e Carlos Alberto Farias Enredo 2011: Carrossel das ilusões Carna-cardiograma o 1 o 1 o 2 o 2 o 2 o 3 o 3 o 3 o 7 o 8 o Acesso Especial 38 Censo Samba São Paulo 39

23 9 o 11 o Grupo especial G.R.C.E.S. NENÊ DE VILA MATILDE HIstórico Foi fundada por um grupo de sambistas que na década de 40 faziam rodas de samba no Largo do Peixe, na Vila Matilde, Zona Leste da cidade. Em 1º de janeiro de 1949, ao tentar registrar e assinar a ata de fundação, perceberam que tinham esquecido de escolher um nome. Estavam todos muito nervosos com a situação e surgiram nomes como Unidos do Marapés e Primeiro de Janeiro. Até que o homem que trabalhava no cartório perguntou quem era aquele que, enquanto todos discutiam o nome, tocava o seu pandeiro tranquilamente. Responderam-lhe que era o Nenê. O funcionário então sugeriu que o nome da escola fosse Nenê. Já nasceu como escola de samba e passou a competir em Ganhou o primeiro título em 1956, quando trouxe o samba-enredo Casa Grande e Senzala; e logo depois o seu primeiro tricampeonato, em 1958, 1959 e Foi campeã ainda 1963, 1965, 1968, 1969 e 1970 (segundo tricampeonato). Em 1985, com o enredo Quando o cacique rodou a baiana, aí, ó, conquista o décimo título, e é convidada para desfilar ao lado de Mocidade Independente de Padre Miguel e Beija-Flor de Nilópolis durante o desfile das campeãs do Rio de Janeiro, na Marquês de Sapucaí. Data de fundação: 1/1/1949 Fundador: Seo Nene Dina haihai Julião Tokio Cores oficiais: Azul e Branco Endereço: Rua Julio Rinaldi, Vila Salete, Penha (11) nenepresidencia@yahoo.com.br Presidente de honra: Alberto Alves da Silva Rinaldo José Andrade Vice- Alberto Alves da Silva Filho Diretoria: Alberto Alves da Silva Filho (Betinho), Edléia dos Santos e Evandro Garcia Enredo 2011: Salis Sapientiae - Uma história do mundo Carna-cardiograma o 3 o 4 o 4 o 4 o 7 o 8 o Acesso Especial zona 13 o de rebaixamento 1 o 40 Censo Samba São Paulo 41

24 Grupo especial G.R.S.C.E.S. PÉROLA NEGRA HIstórico Do sonho e da união de sambistas do G.R. Escola de Samba Acadêmicos de Vila Madalena e Bloco Boca das Bruxas surge a Escola de Samba Pérola Negra. O nome veio da visão de seus fundadores por ser a Pérola Negra uma jóia rara, usando a alusão de A Jóia Rara do Samba. Outra versão é que seu nome é sugestão de seu fundador, que observava uma garrafa da cerveja Pérola Negra. Sua estréia no Carnaval Paulistano ocorreu no ano de 1974, levando para a avenida São João o tema enredo Piolim, Alegria, Circo, História. Resultado: Pérola Negra campeã do Grupo III. A escola tem 15 participações no Grupo Especial. Esteve pela primeira vez em 76, quando ficou ininterruptamente até 81. As outras participações se deram em 83, 90, 96, 01 e em 2007, 2008, 2009 e Tem forte identificação com a Vila Madalena, bairro boêmio e com marcante viés cultural. Data de fundação: 7/8/1973 Fundador: Carlinhos Moraes, Pasqual, Joca, entre outros Cores oficiais: Vermelho, Preto, Azul e Branco Endereço: Rua Girassol, Vila Madalena (11) marketing@gresperolanegra.com.br Edilson Carlos Casal (Nego) Aldo Blankeburg, Sheila Monaco, Carlos Eduardo Rocha, Odair Alvarenga e Isidro S. Falcão Branco Enredo 2011: Abraão, o patriarca da fé Carna-cardiograma o 10 o 10 o Acesso Especial 13 o 1 o 3 o 2o 3o o 4 6 o 12 o 42 Censo Samba São Paulo 43

25 Grupo especial G.R.C.S.E.S. UNIDOS DO PERUCHE HIstórico Tudo começou nos anos 50, quando na área do Parque Peruche e Vila Espanhola havia vários sambistas que desfilavam em diversas escolas de samba, como a Lavapés, Rosas Negras, Garotos do Itaim, além de cordões como o Campo Elísios e Paulistano da Glória. Um grupo de amigos que freqüentava a Lavapés, primeira escola de samba paulistana, entre eles Carlos Alberto Caetano, o Carlão, juntou-se para formar uma entidade na região da Casa Verde. Em 1954, eles já faziam parte do Bloco Morro do Bico Doce e em 1955 nascia a Peruche, registrada oficialmente apenas em 04 de janeiro de 1956, com o nome de Sociedade Esportiva Recreativa Beneficente Unidos do Parque Peruche, a primeira a possuir uma quadra para ensaios. O local se chamava Terreiro do Caqui. As primeiras reuniões eram feitas no Bar Sergipe e na casa do Luizinho. Os instrumentos utilizados eram poucos e emprestados pelos times de futebol, como Monte Azul, Ponte Preta do Morro e Estrela do Sul, todos da região. A Peruche já nasceu como Escola de Samba e começou a desfilar em 1956 pela II categoria, com mais ou menos 300 componentes. Data de fundação: 4/1/1956 Fundador: Carlos Alberto Caetano (Sr. Carlão) Cores oficiais: Verde, Amarelo, Azul e Branco Endereço: Avenida Ordem e Progresso, Limão (11) secretaria@unidosdoperuche.org.br Rodolpho Pricoli Filho Marcelo Scassi, Rodolpho Pricoli Neto e Rodrigo Teixeira Enredo 2011: Abram as cortinas, o espetáculo vai começar! 100 anos do Teatro Municipal de São Paulo, Peruche vai apresentar. Bravo! Bravíssimo! Acesso Especial Carna-cardiograma o 11 o 12 o 13 o 13 o zona 14 de rebaixamento 15 o 2 o 2 o 2 o 1 o 44 Censo Samba São Paulo 45