A REVOLUÇAO QUE PRECISA SER FEITA AREVOLUÇAO QUE PRECISA SER FEITA

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1 Henry Maksoud - A REVOLUÇAO QUE PRECISA SER FEITA - AREVOLUÇAO QUE PRECISA SER FEITA Idéias, ensaios, artigos e conferências publicados entre junho de 1979 e março de 1980 e alguns escritos anteriores São Paulo Editora Visão Ltda. 1980

2 OBRAS DO AUTOR: COLETÂNEA de editoriais publicados de setembro de 1974 a março de São Paulo, Ed. Visão, p. IDÉIAS para a nação progredir com liberdade e empreendimento; coletânea de editoriais, de abril de 1977 a abril de 1978, artigos, conferências e entrevistas. São Paulo, Ed. Visão, p. DEMARQUIA, um novo regime político, e outras idéias... ; 3~ coletânea de editoriais, artigos e entrevistas (fevereiro de 1978 a maio de 1979). São Paulo, Ed. Visão, p. EDITORA VISÃO LTDA. Rua Afonso Celso, 243 São Paulo - SP Brasil Primeira reimpressão: 1984 Impresso no Brasil Printed in Brazil Sumário 1. Sobre as revoluções que não aconteceram "On revolutions that didn't happen" <I) A tal liberdade sindical Como dissimular a inflação Inflação: mitos e remédios A prioridade das prioridades prioritárias Não adianta só falar Tributação de heranças: forma suave de extorsão O Presidente foi à feira O logro na linguagem política Impostura e equívocos dos imposteiros O sisudo Marx está rindo de nós Quem são os verdadeiros reacionários? Mais partidos ou mais comida? A nova roupagem do socialismo Socialismo e democracia: amálgama impossível O que é que você acha? Os intelectuais e suas liberdades Devemos ser pessimistas agora? 98 (1) Versão para o inglês, na íntegra, do ensaio "Sobre as revoluções que não aconteceram". 5

3 20. Somos todos extraordinários É demagogia, ideologia ou apenas retórica? Para que tanta escola de samba? A opinião e a lei na demarquia <2J O princípio da separação de poderes existirá efetivamente na demarquia Por que demarquia e não apenas democracia? Retrato em 3x4 da demarquia O arbítrio da taxação progressiva Ideologia do imposto progressivo As falácias do tributo progressivo Democracia, taxação e demarquia CIPs e SUNABs que nada resolvem Sindicalismo, mercado e as regras do jogo Perigos e inutilidade do sindicalismo sem lei Milagre Brasileiro-l/Ninguém sabia o que estava acontecendo Milagre Brasileiro-II/Não é possível fixar o rumo nem dosar o ritmo do progresso desejável Milagre Brasileiro-III/Será que não sabem o que fazem? O que é a inflação? Pode-se contê-la? , A meia-vitória que pode transformar-se numa perda total 178 Resumo dos artigos 185 Apresentação "A Revolução que precisa ser feita" é a quarta coletânea de escritos filosóficos, políticos e econômicos de Henry Maksoud. Ela dá seguimento a "Coletânea de editoriais publicados de setembro de 1974 a março de 1977", surgida em março de 1977, "Idéias para a nação progredir com liberdade e empreendimento", de março de 1978, e "Demarquia, um novo regime político, e outras idéias", de junho de 1979, todas elas editadas pela Editora Visão Ltda., de São Paulo. Esta quarta coletânea reúne os principais artigos e ensaios do autor divulgados na revista VISÃO entre junho de 1979 e março de 1980 e seu título deriva de ensaio que Henry Maksoud apresentou no I Encontro Internacional da Universidade de Brasília, em setembro de Neste trabalho, aqui reproduzido em português e inglês, Maksoud demonstra que as tristemente famosas "revoluções" latino-americanas possuem diminuto conteúdo revolucionário, não passando de insurreições, golpes ou rebeliões. As verdadeiras revoluções, como a Revolução Americana contra o domínio inglês, a implantação do comunismo na Rússia a partir de 1917 ou a implantação do comunismo em Cuba por Fidel Castro, são bem diferentes das revoltas e sublevações da América Latina, pois têm sempre profundo conteúdo ideológico, e causam sempre transformações permanentes, para o bem ou para o mal. Maksoud propõe também para as nações latino-americanas uma revolução de verdade: qão a que conduz para o mal, como a russa ou a cubana, mas aquela que trará o regime inequivocamente baseado na liberdade individual, com a decorrente instalação definitiva do progresso acelerado. Esta revolução ainda está por acontecer em qualquer dos países da América do Sul e Central, inclusive o nosso. Além de escritos nunca anteriormente agrupados em um único volume, esta quarta coletânea traz alguns já divulgados nas anteriores. Eles aparecem aqui com a finalidade de facilitar ao leitor a apreensão dó essencial do pensamento do autor a respeito de demarquia, tributação, sindicalismo, inflação e desenvolvimento econômico, sem que seja necessária a freqüente recorrência às outras três obras. (2) Os artigos de números 23 a 38 já apareceram em coletâneas anteriores do mesmo autor. 6 7

4 EXCERTOS O que se pode dizer é que, salvo uma ou duas exceções, as famosas 'revoluções' latino-americanas realmente não chegaram a acontecer. (... ) Talvez se possa dizer que tenham ocorrido diversos 'surtos' revolucionários, ou seja, violentos impulsos com a 'intenção' de produzir mudanças político-institucionais significativas e permanentes. A realidade, porém, é que esses surtos não balizaram novos rumos, não efetuaram mudanças permanentes; apesar de tudo que se passou e de todo o sacrifício realizado, as 'revoluções latinas' foram, até agora, nada mais que insurreições, rebeliões, revoltas ou sublevações ou, se se preferir, 'movimentos anti-revolucionários' -mas as revoluções que tantas vezes foram prometidas nos discursos insurrecionais não ocorreram na prática. Sobre as revoluções que não aconteceram, pág. 13 Os piquetes e as demais atividades coercivas sindicais são nada mais que absurdos e perversos instrumentos de intimidação de que os sindicatos lançam mão para forçar o consenso. Mostram que, em verdade, não existe a tão reclamada 'liberdade sindical'; ou, pelo menos, demonstram que essa liberdade só é solicitada para os que exercem o poder sindical. A tal liberdade sindical, pág. 39 Não é difícil dissimular a ação inflacionária. Basta dar asas à imaginação popular e deixar que os demagogos ou os economistas equivocados a ela insuflem nomes e conceitos falaciosos tais como os de que a inflação é 'a especulação altista dos preços', 'a ganância de intermediários', 'a ação dos "tubarões" ou "baleias" ', 'a velocidade de circulação do dinheiro', 'os lucros excessivos dos comerciantes', 'o aumento no custo de vida', 'o aumento generalizado no nível de preços', et cetera. A dissimulação é tão perfeita que poucos ficam sabendo quando estas coisas ocorrem, que elas são efeitos e não causas da inflação. São conseqüências, e não a própria inflação. 8 Como dissimular a inflação, pág. 45 9

5 Não adianta falar na importância da iniciativa privada, nem falar em combater a pobreza, nem falar de melhor distribuição de riqueza, nem falar em desestatização, nem falar em combate à inflação, nem falar em desburocratização, nem falar em prioridades para este ou aquele setor. Se o empreendedor - grande ou pequeno, da cidade ou do campo - não se sentir estimulado a 'pôr em marcha coisas novas' -o que só fará num regime político e econômico aberto bem definido que o estimule para tanto -, todas essas falas de nada valerão, porque não ocorrerão mudanças significativas e permanentes e portanto não haverá desenvolvimento de verdade. Não adianta só falar, pág. 57 Seja por equívoco, por tática política ou por simples logro político, a questão é que, no ambiente de esquizofrenia política e de total falta de cultura filosófica em que vivemos, não é difícil propagar que é possível o amálgama de dois elementos políticos totalmente incompatíveis e heterqgêneos: o do processo democrático, que só pode funcionar numa sociedade livre e aberta, com o do socialismo, cujo conceito é um só, a despeito da numerosa adjetivação de que dispõe e cuja natureza é sempre totalitária. Socialismo e democracia: amálgama impossível, pág. 89 Embora os usos que se podem fazer da liberdade sejam muitos a liberdade é uma só; ela é individual. No ambiente de confusão de linguagem em que vivemos, entretanto, a palavra 'liberdade' é usada para exprimir muitos conceitos equívocos e ambíguos. (...) Presume-se, por exemplo, a extensão do conceito de liberdade pessoal a grupos de pessoas como um todo, ao povo, como se i~so produzisse. um cert<;> tipo de 'liberdade coletiva'. Um povo hvre nesse sentido coletlvo, abstrato, não é, entretanto necessariamente um povo de homens livres. ' O logro na linguagem política, pág. 66 Ninguém questiona que, numa sociedade moderna e complexa todos os cidadãos devam contribuir financeiramente para que ~s governos possam cumprir com as funções que lhes são próprias. Os homens sabem há muitos séculos que a tributação é o meio adequado para levantar receitas governamentais. Eles sabem também (quando prestam atenção) que a aplicação de impostos pode transformar-se numa terrível arma de tirania, arbítrio e discricionariedade, principalmente quando a taxação adquire ideologia socialista, deixando de ser igual para todos e passando a funcionar, pela via do progressivismo fiscal, como artifício (totalmente falacioso, aliás) para a chamada redistribuição de renda. O filósofo italiano Giovanni Battista Vico ( ) já havia dito que "o homem se tornou tudo que é sem compreender o que aconteceu''. Esse pensamento significa muito, pois se refere à descoberta de um método que permite ao ser humano superar as limitações do conhecimento individual. A civilização moderna possibilitou ao homem poderes inimagináveis principalmente porque, sem compreender o que se passava, ele desenvolveu métodos de utilização de mais conhecimentos e recursos que os que poderiam estar contidos em qualquer mente individual. Todas as instituições voltadas a este tipo de possibilidade devem ser cultivadas, porque elas se basearão na liberdade e na espontaneidade e constituirão uma socieade -aberta. Milagre Brasileiro - l/ninguém sabia o que estava acontecendo, pág. 164 Impostura e equívocos dos imposteiros, pág

6 Sobre as revoluções que não aconteceram Ensaio apresentado no Primeiro Encontro Internacional da Universidade de Brasília, em setembro de As repúblicas da América Latina foram sempre vistas como países em que as mudanças de governo se realizam irregularmente, por processos explosivos, inesperados e geralmente pela força militar e a violência. Os historiadores e analistas políticos costumam ver e descrever esses países como áreas de contínua instabilidade política, de 'golpes' militares, de fortes paixões políticas, de líderes com forte carisma e de acentuada tendência caudilhista. O que tem sido lugar-comum nas análises dos fenômenos políticos na América Latina é a severa condenação das trocas de governo que se produzem ou são toleradas ou planejadas pelas forças armadas, que, por sua vez, se dizem representantes dos mais legítimos interesses do povo e da segurança nacional. É absoluta verdade que, em toda a história republicana das nações latinoamericanas, as sucessões governamentais sempre se fizeram e continuam a fazer-se, mais ou menos explicitamente, sob a mira das armas. O que não tem sido, porém, devidamente destacado é que as chamadàs 'revoluções latinas', tão acerbamente criticadas pelos entusiastas da democracia. possuem insignifiéante importância 'revolucionária' quando confrontadas com as verdadeiras revoluções, de profundo conteúdo ideológico, que se processam nas suas sombras. O que se pode dizer (deixando de lado uma maior preocupação semântica) é que, salvo uma ou duas exceções, as famosas 'revoluções' latino-americanas realmente não chegaram a acontecer. Não ocorreram transformações permanentes. como, por exemplo, se deu com Revolução Americana de 1776 ou com a implantação do comunismo em Cuba a partir de Não acontece" ram sequer, pelo menos, mudanças radicais com algum grau de permanência, como as efetuadas no Chile durante o período marxista-leninista de Salvador Allende ( ). Talvez se possa dizer que tenham ocorrido diversos 'surtos' revolucionários, ou seja, violentos impulsos com a 'intenção' de produzir mudanças político-institucionais significativas e permanentes. A realidade, porém, é que esses surtos não balizaram novos rumos, não efetua

7 ram mudanças permanentes; apesar de tudo que se passou e de todo o sacrifício realizado, as 'revoluções latinas' foram, até agora, nada mais que insurreições, rebeliões, revoltas ou sublevações ou, se se preferir, 'movimentos anti-revolucionários'- mas as revoluções que tantas vezes foram.prometidas nos discursos insurrecionais não ocorreram na prática. Quem tíver paciência e gosto, e a mente bastante esclarecida filosoficamente, por certo encontrará na análise das inumeráveis ocorrências 'revolucionárias' na América Latina muitas curiosas similaridades, coincidências e repetições ao longo das não muitas décadas < 1 > de vida republicana nesse continente. O que mais ressalta nestas coincidências e repetições é a preocupação dos condutores vitoriosos dos movimentos rebeldes pelo domínio do Poder Constituinte e das faculdades legislativas. Quando os autores da 'revolução' procuram ampliar a competência do presidente reduzindo a força do chamado poder legislativo e dos partidos políticos, resultam, normalmente, governos presidencialistas autocráticos e estatocráticos. No outro extremo, a 'revolução' enfatiza as idéias da representatividade popular e da 'antiautocracia' que conduz à onipotência (simultaneamente constituinte, legislativa e administrativa) das chamadas assembléias de representantes do povo. Em qualquer dos casos, a 'revolução', pelos seus comandantes, resolve legitimar-se por si mesma e, 'em cumprimento de sua missão histórica de salvaguardar os mais altos interesses do povo', escolhe fixar, ela mesma, 'os objetivos políticos da Nação'. Mas, mesmo com todo esse poderio legislativo e constitucional nas mãos, a quase totalidade dos 'movimentos revolucionários' na América Latina não resultou, de fato, no estabelecimento de novos rumos políticos - as Revoluções não se fizeram. Se não foram reais ocorrências revolucionárias, teriam sido então inevitáveis as tantas centenas de movimentos insurrecionais havidos desde que passaram a. existir, a partir do primeiro quarto do século XIX, as repúblicas latino-americanas, e que continuam ocorrendo até os tempos atuàis? E essas chamadas 'revoluções', com todo o poder constituinte e legislativo que assumiram, terão construído ou irão desenvolver bases institucionais suficientemente sólidas para salvaguardar as nações de outros períodos de estafa e de ameaças à liberdade? Criarão elas as condições que propiciem (1) Das 25 repúblicas latinas atuais, 11 têm entre 150 e 175 anos de vida republicana, 7 possuem entre 110 e 140 anos, o Brasil tem apenas 90 anos, o Panamá 76 e as demais, menos de 9 anos. 14 às jovens repúblicas escapar de;> inferno do subdesenvolvimento? Tudo indica que talvez nada pudesse ter sido feito para evitar a maior parte das reviravoltas políticas no ambiente latinoamericano: faltaram e, infelizmente, ainda faltam às relativamente jovens repúblicas os estames da vida constitucional -é chocante fazer constar que esses países nunca tiveram, de fato, uma filosofia política balizando claramente suas instituições governamentais; os sistemas de governo que pressupunham um regime político definido sempre foram nada mais que corpos estranhos transplantados e sujeitos a rejeição. Foram contínuos equívocos de enfoque político que fizeram com que essas nações supusessem estar desfrutando um estado de direito quando estavam, na verdade, num quase estado de anarquia. (E, por felicidade, por não saberem exatamente o que se passava, essas nações livraram-se de viver pior ainda do que viveram.) As Repúblicas da América Latina foram todas implantadas a partir de movimentos de libertação contra o colonialismo e a autocracia monárquica, similares na forma à Revolução que culminou com a independência dos Estados Unidos da América. ü que parece ter ocorrido após a implantação das diversas Repúblicas foi a intensificação de uma 'epidemia política' que poderíamos denominar 'democratite aguda', que é uma espécie de degeneração, pelo positivismo e pelo socialismo, dos ideais originais de democracia. Essa enfermidade política provém de um tipo de 'vírus psicossocial', geralmente ativado por intelectuais equivocados, demagogos, socialistas de todos os matizes e por fanáticos de todo tipo, que leva a um fenômeno de rejeição constitucional, seme~hante ao dos tecidos orgânicos frente a um transplante estranho. E um 'vírus' que existe endemicamente mesmo nos países que têm a felicidade de possuir sólidas tradições constitucionais, e de quem as nações mais jovens copiaram muitos de seus arranjos institucionais. Em realidade, são pouquíssimos os países que possuem uma tal profunda tradição constitucionalista: além dos Estados Unidos e de outros países de língua inglesa, somente mesmo as nações da Europa do Norte e a Suíça. Quase todos os demais países nunca preservaram uma constituição o tempo suficiente para torná-la uma tradição profundamente encravada nas suas instituições. A estes também falta, geralmente, todo o 'back-ground' de tradições e convicções que fez funcionar adequadamente as instituições naquelas nações venturosas mais evoluídas, a despeito de as suas constituições não explicitarem tudo que pressupunham ou de, como no caso da Inglaterra, nem sequer existirem em forma escrita. 15

8 A inexistência desse 'back-ground' político-cultural é flagrante nas repúblicas mais jovens e independentes da América Latina. Nelas a tradição nem de longe se equivale aos ideais políticos do Estado de Direito que certas nações da Europa e os Estados Unidos mantêm há tanto tempo. Acontece, porém, que esses países jovens, inclusive o Brasil, a Argentina, o Chile, o Uruguai, avenezuela, etc., passaram a adotar as instituições da democracia daquelas nações mais evoluídas politicamente, sem trazer com elas certos princípios e crenças fundamentais que sempre estiveram subentendidos nas mesmas. Os países mais jovens latino-americanos vêm copiando os sistemas constitucionais representativos das nações mais adiantadas do Ocidente simplesmente pelo transplante de certos órgãos ou arranjos institucionais mais aparentes dessas chamadas 'democracias ocidentais', deixando porém de considerar os princípios subentendidos e não explicitados mas que constituem a verdadeira base ideológica dos sistemas de governo daquelas nações. São justamente esses princípios que têm preservado até agora os regimes políticos çlas nações do Ocidente, a despeito do fortíssimo e persistente ataque de 'democratite socialista' que contra eles vem sendo perpetrado há bem mais de cem anos. Na América Latina, inúmeros e freqüentes são os exemplos de graves crises e insurreições que foram geradas sempre, no fundo, por falta de explicitação inequívoca, nas constituições, dos princípios político-filosóficos que dariam o suporte ideológico ao regime e dos arranjos institucionais que permitiriam tornar viável a realização de governos representativos que, a par de terem o endosso democrático (as graças do povo), representassem de forma insofismável um sistema de salvaguarda da liberdade do indivíduo. Os fenômenos políticos que ocorreram durante a história republicana latina nos períodos de livre funcionamento do aparelhamento democrático e nos chamados períodos de 'abertura' ou 'redemocratização' são bem característicos da falta dessa explicitação. As forças que acenderam os pavios das freqüentes e agudas crises institucionais sempre surgiram carregando bandeiras de reformas sociais radicais. Apresentando-se geralmente na forma de partidos ou facções minoritários, procuravam freqüentemente robustecer-se por meio de alianças, mesmo que precárias e eventuais, com o próprio poder governamental ou então com partidos mais solidamente estabelecidos (porém indefinidos ideologicamente e apaziguadores}, formando com estes 'frentes', 'comitês' ou 'movimentos' que se autodenominavam 'reformadores', de 'ação 16 democrática' 'revolucionários', de 'ação popular', etc. Essas alianças nun~a foram difíceis no ambiente latino-americano porque, devido a falsos conceitos de pluralismo democrático, ~multiplicidade de partidos ou facções sempre prevaleceu na região durante os períodos de 'abertura democrática' ou 'redemocratização' (em que os partidos não estavam banidos}, de mod~ qu~ s~m~ pre foi comum a formação de governos sustentados por maio~ias resultantes de coalizão partidária. Nesse ambiente de composição política, caracterizado pelo hibridismo em term~s de idéia~, as facções e os partidos mais radicais sempre c~nsegm~am mampul~r?~ mais conservadores por meio do falso dilema: reformas sociais ou instabilidade e revolução. Ou seja, para evitar a perda do poder governamental ou o derramamento de sangue e o caos social, teria que haver certas 'reformas de base'. Nem sempre porém essas 'reformas' foram levadas a termo pelos próprios 'reformadores'; elas, no entanto, não raro deram partida às freqüentes insurreições observadas na América Latina < 2 >. A pobreza a miséria e a frustração das 'classes menos favorecidas' foram se~pre os lemas de sustentação das teorias reformadoras. De acordo com elas, essas iniqüidades teriam que ser eliminadas por meio de medidas legislativas discricionárias e da intervenção do governo com o objetivo de realiz~ a ~efo~ma soci.al'. Além da sua missão original de fazer cumpnr a lei e dispensar JUStiça legal, os governos teriam que assumir (como efetivamente assumiram) o papel de redistribui dores da riqueza. e de reformador~s da sociedade, acrescentando para si a prerrogativa de elaborar leis de toda natureza. Essa situação caracteriza bastante bem a associação política das facções ou partidos 'progressistas', de 'ref~rma' ou 'revolucionários', por exemplo, com os democratas cnstãos em muitos países; o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Social Democrático (PSD) no Brasil; o Partido Socialista Cristão, o COPEI (Comité de Organización Política Electoral ln- (2) Assim aconteceu, por exemplo, no famoso 'Com~cio das l!;eformas' d~ 1~ de março de 1964, no Rio de Janeiro, em que o pres1dente Joao Goulart, mcltado por facções (pr!ncipalmente. si'!d!catos trabalhis~~s) ~ parti~?s ;;eformad?, res', classificou a v1gente Const1twçao de ~~46 de a~t~quada.'.,superada, "injusta" e "desumana" e que, por isso, era necessarw modij1ca-la profundamente para poder o governo efetuar as reformas de estrutura e (ie base ~~: gidas pelo povo e reclamadas pela naçã?" Foi ~gota de água que conduziu a sua destituição e substituição por um s1stema m1l1tar de governo,que p~sou a ser denominado 'Revolução de Março de 1964', que perdura ate os d1as presentes. 17

9 dependiente) e a Acción Democrática na Venezuela; e, também, embora soe paradoxal, com os governos militares (que geralmente destituíram os 'reformadores' mais radicais) da Argentina, Brasil, Peru, Cuba, Guatemala, Panamá, etc. A característica mais notável dos regimes militares nos últimos decênios na América Latina é o seu atrelamento a programas de ação social e previdenciária. Esse papel reformista foi adotado por eles por influência da onda socialista internacional e pela intensa atividade marxista e positivista nos meios político, religioso, militar e universitário. Dos programas de ação cívica e de repressão anticomunista, comuns nas etapas iniciais dos movimentos revolucionários, passaram as forças armadas governantes a acreditar em programas estatizantes, de bem-estar social, de distributivismo e no desenvolvimento econômico através de ação nacionalista, centralizadora, estatólatra e tecnoburocrática. Não encontrando solução para os problemas que se propuseram resolver com os movimentos 'revolucionários' e a fim de se manterem no poder, inclusive por não saberem como transferi-lo com segurança, os governos militares encaminharam-se para o populismo, muitas vezes usando métodos demagógicos para tentar ampliar sua força junto ao eleitorado nas ocasiões eventuais em que faziam funcionar o processo democrático. Daí se destacou um novo persodagem no mundo da política, o líder militar sócio-político que, na procura de uma imagem de estadista frente à história e de caminhos encurtados de distribuição de riqueza e de autarquia nacional, se envolve num emaranhado de equívocos e, às cegas, abraça programas marxistas, embora sob outros nomes e a despeito da tradicional hostilidade das forças armadas latino-americanas ao comunismo. Todos esses eventos políticos possuem causas com raízes profundas localizadas nos países com mais vivência política independente. Na Inglaterra, séculos atrás, quando o governo era representado apenas pela figura do monarca, o que os homens queriam era estabelecer uma limitação a seu poder absoluto. Conseguiram isso com o desenvolvimento de um sistema de governo constitucional representativo, baseado numa série de princípios, doutrinas e crenças, e, durante um certo tempo, desde o século XVIII até meados para o fim do século XIX, viveu aquela nação governada com base na doutrina da separação de poderes e sob a égide do ideal político do estado de direito fundado na liberdade individual, que nada mais era que um 'governo da lei e não de homens'. A ênfase dogmática à democracia, que surgiu quase que simultaneamente com a intensa pregação socialista em meados do século XIX, fez 18 com que se passasse a associar a idéia da soberania do povo, em substituição ao monarca soberano, à expressão organizada das carências desse mesmo povo, gerando daí um conceito de democracia ilimitada, uma espécie de 'democratismo', que tudo permitiria, inclusive a legislação arbitrária e discricionária positivista, q?a?do se tratasse de saciar a 'vontade popular' e de atender às elastlcas demandas de uma atávica 'justiça distributiva', hoje denominada 'justiça social'. O regime político que, na ~nglat~rra, ~<?s tempos do liberalismo clássico, possuía toda sua filosofia pohttca só em forma subjacente e não explícita 'contraiu', assi~, o vírus da 'democratite', como se 'pega' uma forte pneumoma. Com o democratismo virulento, a soberania autocrática do ditador ou do monarca é transferida para os 'órgãos representativos' do povo. O conceito de que 'todo o poder ~m.~na do po~o. e em seu nome é exercido' passou a traduzir uma Ideia de dommw supremo e ilimitado da maioria, profundamente enfática quanto à representatividade popular sindical nas entida,d~s do gover?o.' e com exagerado relevo ao partidarismo, ao sufrag~o co~?. ob]et)vo político autárquico e, principalmente, a uma am,big~a Ideia de pluralismo ideológico. A questão fundamental porem e a de q?e o democratismo não estabelecia qualquer balizamento que onentasse como os representantes do po~o. nos três po~e~es de,ve~iam legislar, julgar as disputas ou admimstrar os negocws pubhcos: Nem dava qualquer atenção aos atributos da estrutura _le~al do sis~em_a político subjacente. Pelo contrário: a representatividade,_ o smdi~ calismo o pluripartidarismo e a votação passaram a ser fms em SI mesmo;, como se fossem partes complementares e exclusivas da definição de um novo regime político (3)_ As leis (degeneradas em seu conceito original pelo consórcio do democratismo. com o socialismo e o positivismo legal) passaram a ser tudo aqmlo que fosse determinado pela vontade da coalizão majoritária eventual ou do poder dominante; tudo que era produzido pelas legislaturas ou (3) o pluripartidarismo, por exemplo, é às vezes colocado co:rz~ se houvesse no mundo um número infinito de opções de mteresses e objettvos humanos que deveriam ter representação partidária. Em realidade, o que se observa são uns tantos políticos, dirigentes e/assistas e afins que procuram. campo P_ara, mais que propriamente atender a legítimos anseios de seu elettorado, JOgar suas ambições pessoais de liderança no mercado do poder (ver "Precjsamos de novos partidos ou de um regime político?", R,. Maksoud, em_ ~!S"'!,O 1~-12-78, e em "Demarquia, um novo regime poltttco, e outras tdetas, Edttora Visão Ltda., São Paulo, junho, 1979, página 88). 19

10 m~smo pelos governos passou a ser chamado de 'lei'; essas 'leis' deixaram de ser normas gerais, prospectivas e abstratas de justa conduta, como devem ser as leis no verdadeiro estado de direito. (A corrupção do conceito original de Lei foi o mais fatídico efeito da aplicação equivocada do método democrático com fortes aderências socialistas e positivistas.). Quando os r.epresentantes do povo passaram a agir dessa maneira no executivo e no legislativo, como se tivessem herdado as prerrogat!~as reais, a sepa~ação de poderes desapareceu completam~n~e; ahas, ela sempre fm apenas formal. A verdade é que jamais existiu em lugar algum uma assembléia exclusivamente legislativa nos moldes da que tinham em mente os idealizadores da doutrin~ da separação de poderes; também nunca existiu um poder executivo governamental que não sofresse ação direta do órgão legislativo em suas atividades administrativas ou então que não atuasse como se fosse também uma entidade legislativa. A separação de poderes sempre existiu apenas formalmente, porque os fundamentos da doutrina original nunca passaram da teoria e esta foi completa!llente esquecida. Os órgãos legislativos concebidos pelos 1deahzadores do governo representativo constitucional como sendo e.nt!d.ades i~dependentes: sem atividade nem relação políticopart~dana, dedicadas exclusivamente à legislação e limitadas apenas, a. elabo!ação de normas universais de justa conduta (que são as umcas leis de verdade), foram convertidos em órgãos legiferantes COJ? poderes ilimitados que, em geral, se entrelaçam com os executivos governamentais, funcionando, praticamente, como se fo~se~ uma entidade ~nificada ( 4 l. De outro lado, observam-se, pnncipalme~te ~os regimes mais autocráticos, os executivos gover~amentms deixando para segundo plano as atividades administrativas que lhes são próprias, passando também a 'legislar' abundantes regulamento,s, ~alsas leis, decretos e 'políticas', principalme~te e!ll causa propna,.tornando-se cada vez mais poderosos e autarqmcos, com o crescimento exponencial do estatismo e tendendo gradualmente para o totalitarismo.. Esses 'arranjos governamentais' onipotentes, desenvolvidos no sew das democracias sem princípios definidos ou com falso balizam_ento, assumem prerrogativas discricionárias para aplicar ânus e tnbutos ou conceder benefícios expressos a grupos ou pessoas; (4) Essa situação pode ser visualizada com toda clareza nos sistemas parlamentares europeus, como por exemplo na Inglaterra, Itália, Espanha, etc. 20 adotam com freqüência medidas concretas referidas a casos específicos conhecidos, para atingir indivíduos, organizações, atividades, lugares ou objetos em particular; e autorizam a coerção a que tais decisões obrigam. Entidades assim ilimitadas, que se ocupam de 'construir' objetivos predeterminados e não de princípios gerais de conduta, não conseguem suas resoluções mediante genuínos acordos de maioria, mas somente através de coalizões majoritárias eventuais, obtidas mediante 'arreglos', 'chicanas' e 'barganhas', ou através da força. Constatações de degeneração como essas são fartas também na história política da América Latina. Os fatos obviamente não se repetem sistematicamente nem podem ser idênticos. Mas o cenário geral de equívocos de conceitos político-filosóficos se repete em suas linhas gerais como num círculo vicioso: a opinião pública, que num regime autocrático se torna influenciada por campanhas intelectuais constantes contra a onipotência presidencial, se inclina a favor da 'abertura política', representada pelo voto, pela participação, pelo sindicalismo, pela representatividade, pelo pluripartidarismo, pelo distributivismo, etc. Isso tudo, nas repúblicas latinas, desemboca num Congresso. Este, triunfante, assume o papel de salvador das liberdades públicas e, para manter-se na crista do poder, intensifica o fetichismo democrático procurando fazer crer ao povo que a destruição da autocracia onipoterite do executivo importaria automaticamente para a nação no começo de uma nova era de bem-estar, liberdade e justiça. A observação da realidade mostra, porém, o desenvolvimento de uma nova forma de tirania, representada, agora, pela onipotência dos Congressos, ou seja, dos grupos de interesses (p. ex., os sindicatos) ou dos partidos políticos que controlam, predominam ou formam blocos majoritários nessas assembléias de representantes do povo. Sem qualquer limitação por princípios e normas gerais de conduta, e por não haver uma real separação de poderes, o Congresso passa a produzir leis que não são leis de verdade (para que, em última análise, os grupos e as personalidades se mantenham no poder) e intervém cada vez mais na gestão governamental, chegando mesmo a querer confundir-se com o executivo, dando partida a um novo processo vicioso em que: a) ou os poderes legislativo e executivo se entrelaçam e tornam-se conjuntamente ilimitados; ou b) os dois poderes se chocam, resultando vitorioso e, pois, onipotente um ou outro deles. No primeiro caso, a liberdade individual passa a ser chamada de 'liberdade coletiva', a justiça passa a ser 'justiça social', deixa de existir a soberania da lei, voltando, como na autocracia, o 21

11 governo dos homens e não das leis, e a própria lei deixa de ser igual para todos e passa a ser arbitrária, discricionária e, até, de efeito retroativo. A nação não se verá mais feliz nem mais livre que antes, pois apenas se libertaria de uma situação de domínio de um senhor para cair na dependência de muitos. Tende rapidamente para o totalitarismo. No segundo caso pode ocorrer algum tipo de 'movimento revolucionário' que resulta normalmente num governo presidencialista autocrático, geralmente sustentado pelas Forças Armadas, e que "se legitima por si mesmo", pela força do poder, e assume, como sempre, em todas as supostas revoluções, o exercício de Poder Constituinte. Após algum tempo, o 'impulso revolucionário' se esgota sem que se tenha realizado qualquer revolução de verdade e o processo de 'abertura' tem início outra vez, como num círculo vicioso... Fenômenos como esses ocorreram, com leves variações e tonalidades locais, em praticamente todos os países latinos ao longo de toda sua história republicana. As grandes crises nacionais constituem, no fundo, verdadeiras crises de rejeição constitucional. São crises de reação imunizante aos arranjos e órgãos institucionais transplantados sem qualquer 'back-up' ideológico. São, pois, noutras palavras, crises decorrentes de tentativas de imposição de procedimentos democráticos num ambiente social praticamente desorientado em termos constitucionais, inclusive por não dispor 'a priori' de qualquer balizamento de tradições e convicções político-filosóficas. A adoção quase mecânica das instituições da democracia das nações ocidentais mais evoluídas politicamente, sem adotar também, explicitamente, certos princípios e crenças fundamentais, constitui a razão da incompatibilidade dos transplantes e a causa das rejeições. As falhas nas tentativas de transplante, entretanto, não provam que os conceitos básicos da democracia são inaplicáveis nas nações mais 'jovens' politicamente mas sim que aquelas crenças e aqueles princípios, subentendidos nas constituições dos países ocidentais mais evoluídos, devem ser tornados partes escritas das novas constituições como são as demais partes das mesmas. (Isso, principalmente por falta de tradições enraizadas dessas crenças e pela ocorrência moderna de tremenda pressão degeneradora atuando sobre os ideais originais da democracia.) É um grave e fatídico erro pensar que a democracia seja um regime político que contém objetivos próprios. A democracia é um método de tomada de decisões, sendo, por isso, incapaz de ser um fim em si mesma, independentemente de quais forem as decisões que ela venha produzir em determinadas condições históricas. É 22 um engano terrível, também, pensar que certos conceitos não devam ser devidamente estabelecidos, por escrito, na Constituição; muitas pessoas de boa fé costumam dizer que a democracia é um "estado de espírito e um estilo de vida", fazendo com que se creia que nas chamadas 'constituições democráticas' certos princípios são automaticamente subentendidos. Esta é, hoje, uma perigosa armadilha. E o estabelecimento nas constituições do 'capítulo das liberdades', também conhecido como 'capítulo dos Direitos e Garantias Individuais', geralmente copiado das constituições francesa e americana, não dá o conteúdo ideológico ou, mesmo, uma base libertária ao 'regime político' supostamente descrito na constituição; inclusive porque aquelas 'liberdades' são condicionadas a leis cujos atributos gerais não são definidos na constituição e que serão elaboradas e/ou modificadas aleatoriamente no futuro. Olhando através desse caleidoscópio político, qualquer pessoa sensata quer saber o que pode ser feito para mudar essa maré de insurreições, agitações e instabilidade constitucional que só serve para preservar o subdesenvolvimento e para manter a liberdade do indivíduo sob ameaça permanente. Já que o diagnóstico é o de um fenômeno de rejeição constitucional de causa ideológica, nosso primeiro passo será reconhecer a necessidade de conter a maré no 'front' ideológico. Isto significa que o estabelecimento e a preservação de um regime de liberdade exigem, em primeiro lugar, uma tarefa político-filosófica de reformulação das normas de organização dos nossos sistemas de governo. Para tanto, precisamos recuperar os conceitos perdidos na medida em que se fez mau uso dos princípios e ideais da separação dos poderes, do estado de direito e do governo subordinado à lei, que os teóricos e fundadores do sistema de governo representativo constitucional pretendiam transmitir às futuras gerações. Para salvar o que ainda não estiver perdido para o totalitarismo e para evitar a freqüente recorrência do violento processo de rejeição constitucional, é necessário corrigir os sistemas existentes naqueles aspectos que provocaram o desvirtuamento das idéias originais tanto da democracia quanto do constitucionalismo representativo, fazendo a revolução que até agora não aconteceu em qualquer república latino-americana. Isto levaria a uma reformulação constitucional realmente revolucionária, que permitiria o desenvolvimento de um novo sistema político, sensivelmente diferente dos que temos hoje nas chamadas democracias ocidentais < 5 >. As (5) "Demarquia, um nova regime política, e outras idéias". 23

12 duas atribuições distintas, a da legislação, no seu autêntico sentido clássico, e a do governo, no sentido de administrar, teriam que ser executadas, nesta nova estrutura, por duas entidades democráticas diferentes e totalmente independentes entre si, com funções inteiramente distintas e nitidamente separadas. Estas duas entidades não seriam só duas assembléias representativas separadas apenas formalmente, como ocorre hoje: seriam escolhidas e organizadas com base em dois princípios completamente diferentes, e, pela primeira vez, existiria uma verdadeira separação de poderes. A entidade executiva governamental seria algo mais ou menos no gênero dos congressos ou parlamentos existentes, cuja organização e maneira de proceder se conformam à necessidade de governar (administrar) e não à necessidade de legislar. Algo muito diferente seria necessário para a constituição de uma verdadeira assembléia legislativa. O que se quer é uma assembléia que não leve em conta as necessidades ou os interesses de determinados grupos ou facções mas. os princípios gerais permanentes sobre os quais estariam ordenadas as atividades da comunidade. Seus membros e resoluções representariam não grupos específicos e seus anseios particulares, mas a opinião predominante sobre o tipo de conduta considerado justo. Para estabelecer as normas que deveriam vigorar por muito tempo, e que seriam iguais para todos e sempre prospectivas, esta assembléia teria que ser 'representativa' ou reproduzir uma espécie de corte transversal das opiniões predominantes sobre o certo e o errado; seus membros não poderiam ser os porta-vozes de interesses particulares ou expressar a 'vontade' de um setor específico da população. Seriam homens e mulheres de elevada confiança e respeitados pelos traços de caráter demonstrados nos seus afazeres normais e não precisariam da aprovação de grupos específicos de eleitores ou partidos políticos. A disciplina partidária, necessária para a unidade de uma equipe governamental, é, entretanto, evidentemente indesejável num organismo legislativo que estabelece normas que limitam os poderes do governo. Pôr isso a eleição dos legisladores não teria qualquer relação partidarista (6). Algumas outras referências: a) "The Quest for an Ideology", H. Maksoud, trabalho apresentado na reunião geral da Mont Pelerin Society em Hong Kong, setembro, b) "A Ditadura Republicana, egundo Augusto Comte", Jorge Logarrigue, Porto Alegre, Brasil, c) "The Mirage of Social Justice", F.A. Hayek, in Vol. 2, "Law, Legislation and Liberty", Routledge and Kegan Paul, London, d) "The Politicai Order of a Free People", F.A. Hayek, in Vol. 3, "Law, Legislation and Liberty", Routledge and Kegan Paul, London, e) Constituições de diferentes países centro e sul-americanos. f) "Constitutions of the Countries of the World", Ed. A.P. Blaustein & G.H. Flanz, Oceana Publications, Inc., USA. (6) "Economic Freedom and Representative Government", F.A. Hayek, Londres,

13 On revolutions that didn't happen English version of the paper "Sobre as revoluções que não aconteceram'', presented at the First International Meeting of the University of Brasília, September, La~in American republics were aiways viewed as countries in wh1ch changes.of governments were accomplished irregularly, by s~dden, explos1ve processes and,generally, by military force and vwie~ce. Historians.and politicai analysts customarily see and descn.b.e these countnes as areas of continuai politicai instability, of ~1hta~y coups, of powerful politicai passions, of strongiy chansmat1c Ieaders and of accentuated 'caudillist' tendency. What has been commonplace in the analyses of these politicai phenomena in Latin America is the severe condemnation of the changes of government that are produced, planned or tolerated by the armed forces who, in tum, name themselves as the representatives of the most legitimate interests of the people and of the nationai security. It is absolutely true that throughout the republican history of the Latin American countries 1, governmentai successions have aiways been and continue to be made, more or less expiicitly, by means of force of arms. What has not, however, been duly emphasized is the fact that the so-calied 'Latin revolutions:, so bitterly criticized by enthusiasts of democracy, possess insignificant 'revolutionary' importance when confronted with the true revolutions, 1of profound ideological content, that are taking piace in its shadows. What may be said (leaving aside any special semantic concern) is that, save one or two exceptions, the famous Latin American revoiutions really never got to occur. Permanent politicai transformations have not resulted as was, for example, the consequence of the American Revolution ( 1776 ). or the impiementation of Communism in Cuba after ' Nor did radical changes occur even with some degree of permanence as in Chile during the Marxist-Leninist regime of Salvador AIIende ( ). Perhaps one couid say that severa! revolutionary 26 'attempts' have occurred, that is, violent impulses with the 'intention' of producing significant and permanent politicalinstitutional changes. The truth is, however, that these attempts did not establish new directions or effect permanent changes: despite everything that happened and ali the sacrifices made, the 'Latin revolutions' have been, until now, nothing more than insurrections, rebellions, revolts or uprisings, or, if one prefers, 'anti-revolutionary movements', but the revolutions so often promised in insurrectionary rhetoric did not take place in practice. If one is so inclined and has the patience anci a mind sufficiently enlightened philosophicaliy, he may certainly find,in analysis of the innumerable 'revolutionary' incidents that have oecurred in Latin America, many curious similarities, coincidences and repetitions throughout the not so many decades{ll of republican life on this continent. What is most outstanding in these coincidences and repetitions is the preoccupation of the victorious leaders of the rebel movements with.the domination of the Constituent Power and of legislative faculties. When the authors of the 'revolution' seek to expand the authority of the President by reducing the force of the so-calied legislative power and of politicai parties, the results usualiy are autocratic and statist governments. At the other extreme, the 'revolution' emphasizes the ideas of popular rt;presentativity and of 'anti-autocracy' that lead to the omnipotence (simultaneously constituent, legislative and administrative) of the so-calied peoples' representative assemt>lies. ln any of these cases, the 'revolution', through its leader, decides to legitimate itself and 'in fulfillment of its historie mission of safeguarding the highest interests of the people' chooses to establish, by itself, 'the politicai objectives of the Nation'. But even with ali this legislative and constituent power in its hands, practicaliy none of the 'revolutionary movements' in Latin America did, in fact, result in new politicai directions - the revolutions did not occur. If they were not real revolutionary accurrences, then would the many hundreds of insurrectionary movements, that took place since the Latin American republics carne into being in the first (1) Of the present 25 Latin republics, 11 h ave had republlcan forms of government for 150 to 175 years, 7 between 110 and 140 years, Brazilforonly 90 years, Panama for 76 years and the rest, less than 9 years. 27

14 quarter of the 19th Century and which are still taking place today, have been inevitable? And these so-called 'revolutions', with all the constituent and legislative power that they assumed, will they have constructed or will they develop sufficiently solid institutional bases to safeguard the nations from other periods of strife and threats to liberty? Will they create conditions that will permit the young republics to escape the hell of underdevelopment? All indications are that perhaps nothing could have been done to avoid the great number of politicai reversals in the Latin American environment: unfortunately, the relatively young republics have always lacked, and stilllack, the stamina of constitutionallife- it is shocking to have to state that these countries really never had a clearly guiding politicai philosophy in their governmental institutions; the systems of government that were supposed to have a defined politicai regime were always nothing more than foreign bodies, transplánted and subject to rejection. There were continuous mistakes in the politicai focusing that made it appear that these nations were under the Rule of Law, when in fact they were practically in a state of anarchy. (And, fortunately, by not knowing exactly what was happening, these countries freed themselves from a life even worse than that which they had led.) All of the Latin American republics were implemented as a restilt of liberation movements against colonialism and monarchical autocracy, similar in nature to the Revolution that culminated in the independence of the United States of America. What seems to have occurred after implementation of the various republics was the intensification of a 'politicai epidemie', which we could call 'acute democratitis', a type of degeneration, through positivism and socialism, of the original ideais of democracy. This politicai infirmity derives from a type of 'psycho-social vírus', generally activated by misguided intellectuals, demagogues, socialists of all shadings and all types of fanatics, who induce a phenomenon of constitutional rejection, similar to that which may occur in organic tissues subjected to a foreign transplantation. It is a 'vírus' that exists endemically even in those countries that have the good fortune of possessing solid constitutional traditions, and from whom the younger nations have copied many of their institutional arrangements. Actually, very few countries possess such a deep constitutional tradition: aside from the United States and other English-speaking 28 countries, only Switzerland and the nations in the north of Europe. Almost nane of the other countries preserved a constitutional form of government long enough to establish a deeply embedded democratic tradition in their institutions. These countries also generally lack all of the background of tradition and beliefs that made the institutions function adequately in those more fortunate developed nations, despite the fact that their constitutions did not spell out explicitly all that was presupposed, nor, as in the case of Great Britain, did even exist in written form. The inexistence of this cultural-politicai background is flagrant m the younger and independent republics of Latin America. ln these countries, tradition cannot even remotely approach the politicai ideais of the Rule of Law that some European nations and the United States have sustained for so long. It happens, however, that these young countries, such as Brazil, Argentina, Chile, Uruguay and Venezuela, began to adopt the democratic institutions of those more politically evolved nations, without bringing with them certain fundamental principies and beliefs that were always presupposed in them. The younger Latin American countries have been copying the constitutional representative system of the more advanced Western nations, simply by transplant of certain organs or more apparent institutional arrangements of these so-called 'Western Democracies', failing however to consider the subjacent and not spelled out principies which constitute the true ideological foundation of the governmental systems of those nations. It is exactly these principies that have preserved until now the politicai regimes of the Western nations, despite the powerful and persistent attacks of 'socialist democratitis' that has been perpetrated against them for more than a hundred years. Innumerable and frequent examples exist in Latin America of grave crises and insurrections that, basically, were always generated by a lack of unequivocal statement, in the constitutions, of the political-philosophical principies that would have given ideological support to the regime, and of the institutional arrangements which would make feasible the development of representative governments, which along with receiving a democratic endorsement (the blessing of the people), would represent, without any sophism, a system to safeguard individual freedom. The politicai phenomena that h~ve occurred throughout Latin republican history, in the periods of free functioning of the 29

15 democratic apparatus and in the so-called periods of 'redemocratization' and 'opening', are good indications of the lack of this statement of principies. The forces that kindled the flames of the frequent and acute ínstitutional crises always arose carrying the banner of radical social reforms. Presenting themselves generally in the form of parties or minority factions, they frequently seek to strengthen themselves by means of alliances, even though precarious and conditional, with the governmental power itself, or with more solidly established parties (although appeasing and ideologically undefined), combining to fonn 'fronts', 'committees' or 'movements' that call themselves 'reformers', of 'democratic action', 'revolutionaries', 'popular action', and so on. These alliances were never difficult in the Latin American environment because, due to false concepts of democratic pluralism, the multiplidty of parties or factions always prevailed in the region during the periods of 'democratic opening' or 'redemocratization' (when parties were not banned), so that it was common to witness the formation of governments sustained by 'majorities' resulting from party coalitions. ln this environment of 'politicai arrangements', characterized by hybridism in terms of ideais, the more radical factions and parties always managed to manipulate the more conservative by means of the false dilemma: 's"ocial reforms' or instability and revolution. That is, to avoid the loss of governmental power or bloodshed and social chaos, certain 'fundamental reforms' would have had to take place. These 'reforms',however, were not always carried out by the 'reformers' themselves; nonetheless, they not infrequently gave impetus to the in::~urrections so often observed in Latin America< 2 >. The poverty, misery and frustration of the 'less fortunate classes' have always been the basis of supporting slogans of reform theories. According to these theories, such iniquities would have (2) Thus it carne about, for exarnple, in the farnous 'Reforrn Rally' of March 13, 1964, in Rio de Janeiro, that President João Goulart, instigated by factions (rnainly labor unions) and reforrner parties, scorned the Constitution of 1946, then inforce, as "a.'ltiquated'; "outrnoded'; "injust"and "inhurnane'; and concluded that for this reason "it was necessary to rnodify it profoundly, to enable the governrnent to effect the structural and basic reforrns dernanded by the people and clairned by the nation ': It was the last straw which led to his deposition and substitution. by a rnilitary sistern of governrnent which carne to be denorninated the 'Revolution of March 1964', which has endured to this day. 30 to be eliminated through discriminatory legislative measures and government intervention with the intent of realizing 'social reform'. Beyond their original mission of enforcing the law and dispensing legal justice, the governments would have to assume (as they have effectively done) the role of redistributors of wealth and reformers of society, taking upon themselves the prerogative of enacting laws of all types. This situation is quite symptomatic of the politicai association of 'progressive', 'reform', or 'revolutionary' factions or parties with, for example, Christian democrats in. many countries; the Brazilian Labor Party (PTB) and the Social Democratic Party (PSD) in Brazil; the Christian Socialist Party, COPEI (Committee of Independent Electoral Politicai Organization) and the Democratic Action in Venezuela; and also, although it may sound paradoxical, with the military governments of Argentina, Brazil, Peru, Guatemala and Panama, among others (which usually have deposed the more radical 'reformers'). The most remarkable feature of Latin American military regimes over the last few decades has been their adherence to social action and welfare programs. This reformist role was adopted by them under the influence of the international socialist wave and of the intense marxist and positivist activity in the politicai, religious, military and university realms. From programs of civic action and anti-communist repression, common during the initial stages of the revolutionary movements, the armed forces.in power changed over to believing in state-oriented programs of social welfare, distributivism and economic development through nationalist, state-centralist and techno-bureaucratic action. Finding no solution for the problems which they proposed to solve by the 'revolutionary' movements, and to keep themselves in power (not knowing how safely to transfer this power), the military governments turned to populism, frequently using demagogic methods in an attempt to increase their strength with the electorate on the occasions in which the democratic process was made to function. Thence a new personage has arisen in the politicai world: the socio-political military leader who, in search of a statesman's image in history and shortcuts to distribution of wealth and national autarchy, becomes involved in a tangle of ambiguities and blindly embraces marxist programs, albeit with other names, despite the traditional hostility of Latin American armed forces towards Communism. 31

16 All of these politicai events have deeply rooted causes in countnes with greater independent politicai experience. ln the England of centuries past, when the government was represented only by the figure of the monarch, what men wanted was to establish a limit to his absolute power. They achieved this by developing a representative constitutional system of government based on a series of principies, doctrines and beliefs, and for a time, from the 18th to the middle o r towards the end of the 19th century, that nation enjoyed a government based on the doctrine of separation of powers and lived under the aegis of the politicai ideal of the rule of law founded on individual liberty, which was nothing more than a 'government of law, not of men'. The dogmatic emphasis on democracy which arose almost simultaneously with the intense socialist preaching of the mid-19th century, gave rise to the association of the idea of sovereignty of the people, replacing the sovereign monarch, with the organized expression of the wants of this sarne people, thereby generating a concept of unlimited democracy, a species of 'democratism', which would permit everything, including arbitrary and discriminatory positivist legislation, when dealing with the satiation of the so-called 'will of the people', and when attending the elastic demands of an atavistic 'distributive justice', today denominated 'social justice'. The politicai regime which, during the era of classical liberalism in England, contained its entire politicai philosophy merely in a subjacent, non-explicit form, 'contracted'in this way the virus of 'democratitis', as one 'catches' a bad case of pneumonia. With this virulent democratism, the autocratic sovereignty of the dictator or monarch is tranferred to the 'representative organs' of the people. The concept that 'all power emanates from the people and in its name is exercised' carne to translate the idea of supreme, unlimited majority rule, profoundly emphatic with respect to popular union representativity in government entities, and with exaggerated importance in partisanship, to suffrage as an autarchic politicai objective, and principally, to an ambiguous idea of ideological pluralism. The fundamental point, however, is that democratism did not establish any guidelines which would indicate how the representatives of the people in the three powers should legislate, judge disputes, or administer public affairs. Nor did it give any attention to the attributes of the legal structure of the underlying politicai system. Quite the contrary: representativeness, unionism, multi-partisanship and suffrage 32 became ends in themselves, as if they were the complementary and exclusive parts of the definition of a new politicai regime(3). The laws (degenerated in their original concept by the consortium of democratism with socialism and legal positivism) carne to be all that were determined by the will of eventual majority coalitions or of the dominant power; all that was produced by the legislatures o r even by the government executives carne to be called 'law'; these 'laws' were no longer general, prospective and abstract rules for just conduct, as laws should be in a true rule of law. (The corruption of the original concept of Law was the worst effect of the mistaken application of the democratic method with strong socialist and positivist adherences.) When the representatives of the people began to act in this manner in the executive and legislative bodies, as if they had inherited royal prerogatives, the separation of powers disappeared completely; indeed, it had always been a mere formality. The truth is that an exclusively legislative assembly has never existed anywhere in the mold which the idealizers of the doctrine of separation of powers had in mind; nor has there ever been a governmental executive power which has not been directly acted upon by the legislative organ in its administrative activities, or else which has not acted as if it were also a legislative entity. The separation of powers has always existed only formally, because the fundamentais of the original doctrine never went beyond theory, and this theory was completely forgotten. The legislative organs conceived by the idealizers of constitutional representative government as being independent entities without any politicalpartisan activity or relationship, dedicated solely to legislation and limited only to developing universal norms of just conduct (which are the only true laws), were converied into legiferous organs with unlimited powers which, in general, are intertwined with the governamental executive, functioning practically as if they were a (3) Multi-partisanship, for example, is at times seen as ifthere were in the wor/d an infinite number of options of human interests and objectives which should have partisan representation. ln reality, what is observed is a number of politicians, class /eaders and such, who, rather than really trying to attend the legitimate yearnings of their electorate, seek an area through which to throw their personal leadership ambitions into the politica/ power market. (See "Precisamos de novos partidos ou de um regime político?"- "Do we need new parties ora politica/ regime?", H. Maksoud, VISÃO, ) 33

17 unified entity< 4 >. At the sarne time it may be observed, particularly in the more autocratic regimes, that the governmental executives relegate to second place the administrative activities appropriate to them, passing also to 'legislate' regulations in abundance, false laws, decrees and 'policies', mainly for their own benefit, turning ever more powerful and autocratic, with an exponential growth of statism, tending gradually towards totalitarianism. These omnipotent 'governmental arrangements', developed in the bosom of democracies without defined principies or with false guidelines, assume discriminatory prerogatives to apply burdens and tributes upon, or to grant express benefits to groups or individuais; they frequently adopt concrete measures referring to knowingly specific cases to reach particular individuais, organizations, activities, places or objects, and authorize the coercion that such decisions oblige. Entities thus unlimited, which are concerned with 'constructing' predetermined objectives and not with general principies of conduct, do not achieve their resolutions through genuine agreements of the majority, but only through chance majority coalitions obtained through 'settlements', 'stratagems', and 'bargaining', or through force. Evidences of degenerations such as these are also plentiful in the politicai history of Latiu America. The facts obviously do not repeat themselves systematically nor can they be identical. But the general scenario of ambiguities of political-philosophical concepts does repeat itself along general lines as in a vicious circle: public opinion, which in an autocratic regime becomes influenced by constant intellectual campaigns against pres,idential omnipotence, is inclined in favor of 'politicai opening', represented by the ballot, by participation, by unionism, by representativity, by multi-partisanship, by distributivism, and so forth. All of this, in the Latiu American republics, emerges in a Congress. This, triumphant, assumes the role of s aviour of public liberties and, to maintain itself at the crest of power, intensifies the democratic fetishism seeking to make the people believe that the destruction of the omnipotent executive autocracy will automatically impart to the nation the initiation of a new era of well-being, liberty and justice. Realistic observation, however, identifies the development {4) This situation may be visualized with complete clarity in European parliamentary sistems, as, for example, in England, Italy and Spain. 34 of a new form of tyranny, represented now by the omnipotence of the Congresses, that is, of the interest groups (e.g., the unions) or the politicai parties which control, predominate or form majority blocs in these assemblies of the peoples' representatives. With no limitations imposed by principies or general rules of conduct, and by not having a real separation of powers, the Congress comes to produce laws that are not laws in fact (so that, in the final analysis the groups and politicai personalities are maintained in power) and increasingly interferes in governmental management, even wanting to be confused with the executive pranch, giving rise to a new vicious cycle in which: a) either the legislative and executive powers interlace and become jointly unlimited; o r, b) the two powers elas h and one o r the other, victorious, emerges omnipotent. ln the first case, individualliberty comes to be called 'collective freedom', and justice becomes 'social justice'; the sovereignty of law ceases to exist, the government of men and not of laws returning, as in the autocracy, and the law itself ceases to be equal for all and passes to be arbitrary, discriminatory and even ex post facto. The nation does not become happier or freer than before, because it is only liberated from the situation of being dominated by one lord to fali into dependency upon the many. It tends rapidly toward totalitarianism. ln the second case, some type of 'revolutionary movement' can occur, which normally results in an autocratic presidential government, generally sustained by the armed forces, and which "legitimatizes itself"by power of force and assumes, as always in all the supposed revolutions, the exercise of Constituent Authority. After some time, the 'revolutionary impulse' dissipates without having realized any true revolution and the 'opening' process starts again as in a vicious circle... Phenomena such as these have occurred, with slight variations and local shadings, in practically all the Latiu countries throughout their republican history. The great national crises constituted, basically, true crises of constitutional rejection. They are crises of immunizing reaction to the arrangements and institutional organs transplanted with no ideological back-up. They are, then, in other words, crises resulting from attempts to impose democratic procedures in a social environment practically disoriented in constitutional terms, including the absence of any a priori guidance by way of politico-philosophical traditions and convictions. 35

18 The almost mechanical adoption of democratic institutions of the more politically developed Western Nations, without also adopting explicitly certain principies and fundamental beliefs, constitutes the reason for incompatibility of the transplants and the cause for the rejections. The failures of the transplant attempts do not, however, prove that the basic concepts of democracy are inapplicable in the politically 'younger' nations but that those beliefs and principies, implied in the constitutions of the more evolved Western countries, must become written parts of the new constitutions as are its other parts. (This is especially true because of the lack of rooted traditions of these beliefs and due to the modem occurrence of tremendous degenerating pressure acting on the original ideas of democracy.) It is a serious and fatal error to think that democracy is a politicai regime with its own objectives. Democracy is a method for making decisions and is therefore incapable of being an end unto itself, independent of whatever decisions it may produce in certain historical conditions. It is a terrible mistake, also, to think that certain concepts should not be duly established, in writing, in the Constitution; many well-intentioned people have said that democracy is a "state of mind and a way of life", making believe that certain principies are automatically implied in the so-called 'democratic constitutions'. This is, today, a dangerous pitfall. And the establishment in the constitutions of a 'chapter of liberties', also known as the 'Chapter of Human Rights and Guarantees', generally copied from American and French constitutions, does not give ideological content, or even a libertarian base to the 'política! regime' supposedly described in the constitution, including because those 'liberties' are conditioned to laws whose general attributes are not defined in the constitution and which will be elaborated and/or randomly modified in the future. Looking through this politicai kaleidoscope, any sensible person would like to know what can be done to change this tide of insurrections, agitations and constitutional instability that serves only to preserve under-development and to pose a permanent threat to individualliberty. Since the diagnosis is one of a phenomenon of constitutional rejection of ideological cause, our first step will be to recognize the need to contain the tide on the ideological 'front'. This means that the establishment and preservation of a regime of liberty demands, 36 in the first place, a political-philosophical task of reformulation of the rules of organization of our systems of government. Therefore, we must recover the concepts that were lost by the misusage of the principies and ideals of separation of powers, of the rule of law and of government subordinated to the law, which the theoreticians and founders of the system of constitutional representative government intended to convey to future generations. To save that which is still not lost to totalitarianism and to prevent the frequent recurrence of the violent process of constitutional rejection, it is necessary to correct the existing system in those aspects that provoke the distortion of the original ideas of both democracy and representative cónstitutionalism, making the r.evolution that until now has not taken place in any Latin American republic. This will lead to a truly revolutionary constitutional reformation, which will permit the development of a new politicai system, appreciably different from those we have today in the so-called Western democracies< 5 >. The two distinct attributions, that of legislation, in its classical authentic meaning, and that of government, in the sense of administration, must be executed, in this new structure, by two different democratic entities, totally independent of each other with entirely distinct and clearly separated funcions. These two entities will not be only two representative assemblies separated just formally, as happens today: they will be chosen and organized based on two completely different principies, and, for the first time, a true separation of powers will exist. The government executive entity will be something more or less of the type of exísting congresses or parliaments, whose organization and manner of procedure is pursuant to the need to govern (administer) and not to the need to legislate. Something very different will be necessary for the institution of a true legislative assembly. What is wanted is an assembly that will take into account not the needs or interests of certain groups or factions but the permanent general principies upon which the community activities will be ordered. Its members and the resolutions which it (5) "Demarquia, um novo regime político, e outras i_déias". ('Demarch!, a new politica/ regime, and other ideas"), H. Maksoud- Edttora VISao Ltda., Sao Paulo, June,

19 formulates would represent not specific groups and their particular wishes, but the predominant opinion on the type of conduct considered just. To establish the norms that must be in effect for a long time, and which would be equal for ali and always prospective, this assembly would have to be 'representative' or reproduce a type of cross-section of the predominant opinions on right and wrong; its members could not be the spokesmen for special interests, or express the 'will' of a specific sector of the population. They would be men and women of high confidence, respected for the traits of character shown in their normal affairs, and would not need the approval of specific groups of electors or politicai parties. Party discipline, necessary for the unity of a government team, is, however, evidently undesirable in a legislative body which establishes rules that limit the powers of government. Therefore the election of legislators would have no party relationship.<6l (6) "Economic Freedom and Representa tive Government", F. A. Hayek, London, Some Other References: a) "The Quest for an ldeology", H. Maksoud, paper presented at the Mont Pelerin Society general meeting in Hong Kong, September, b) "A Ditadura Republicana, segundo Augusto Comte", by Jorge Logarrique, Porto Alegre, Brasil, c) "TheMirage of Social Justice", F. A. Hayek, in V o/. 2, "Law, Legislation and Liberty", Routledge and Kegan Paul, London, d) "The Politica/ Order oj a Free People", F. A. Hayek, in V o/. 3, "Law, Legislation and f;iberl)!", Routledge and Kegan Paul, London, e) Constitutions of various South and Central American countries. f) "Constitutions oj the Countries oj the Wor/d", Ed. A. P. Blaustein & G. H. Flanz, Oceana Publications, Inc., USA. 38 A tal liberdade sindical Dando continuidade aos 'treinamentos' visando a uma próxima ação nacional conjugada de todos os trabalhadores, coube a vez ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo organizar um exercício de greve. Quem leu os jornais _(que foram publicados a despeito da greve) na semana de 21 de maio de 1979, viu fotografias e noticiário sobre piquetes e outros atos de coerção levados a cabo contra os que, jornalistas ou não, preten dessem trabalhar, e para tentar impedir a produção e circulação dos jornais e revistas. Os piquetes, as greves secundárias ou paralelas de apoio, os boicotes e outras formas das chamadas 'atividades de organização' dos sindicatos são técnicas de coerção desenvolvidas pelos sindicatos contra os indivíduos, sindicalizados ou não, para obter a adesão total aos seus movimentos. A idéia subjacente é a da inadmissão da liberdade individual, que se subordinaria sempre a uma suposta vontade coletiva, representada, no caso, pelo poder sindical. Os piquetes e as demais atividades coercivas sindicais são nada mais que absurdos e perversos instrumentos de intimidação de que os sindicatos lançam mão para forçar o consenso. Mostram que, em verdade, não existe a tão reclamada 'liberdade sindical'; ou, pelo menos, demonstram que essa liberdade só é solicitada para_ os que exercem o poder sindical. A mera existência do piquete ind~ca que há trabalhadores que não querem submeter-se ao controle smdical e desejam ter o direito de escolher livre~ente se trabalham o_u não. A coação, entretanto, faz coin que mmtos deles se atemonzem ou sintam como se estivessem traindo uma causa absolutamente nobre sendo, em conseqüência, induzidos a proceder de maneira cont~ária a seus próprios interesses e a suas próprias crençu... Embora em alguns países mais adiantados do ocidente os piquetes e outru atividades de organização grevista sejam admitidos 39

20 por regulamentos específicos - o que, por serem países mais desenvolvidos, não quer dizer que estejam neste caso no caminho certo -, a verdade é que, no Brasil, eles são proibidos por lei, o que, outrossim, não quer dizer que estejamos, nesta questão, no caminho errado. A despeito de serem proibidos, entretanto, aí estão eles, amplamente noticiados e freqüenternente tolerados pelos que juraram fazer cumprir as leis. Isso tudo ocorre graças a um tipo de lavagem cerebral, uma espécie de persistente pressão meramente psicológica e moral, que fomenta e explora o grande equívoco que é o de que os sindicatos beneficiam a todos os trabalhadores < 1 1. Assim, funciona um instrumento dialético muito eficaz que lança mão do mito de que o rápido aumento do nível de vida da classe trabalhadora se deu devido à pressão sindical e que somente mediante a permanente pressão continuarão crescendo aceleradamente os salários. E, ao lograr-se criar uma opinião favorável à idéia de que cada trabalhador deve, por interesse de sua própria classe, apoiar incondicionalmente a ação sindical, a coação passa a ser aceita como meio 'legítimo' de obrigar os 'recalcitrantes individualistas' a cumprir com seu suposto dever. A auréola de legitimidade que costuma ter a ação sindical pelo f;;tto de seus objetivos gozarem geralmente de aprovação popular não consegue esconder o importantíssimo fato de que os instrumentos sindicais de coação (embora chamados de 'meios pacíficos' de persuasão) constituem mecanismos de repressão organizada contra a pessoa humana, usados por entidades privadas, os sindicatos, e que em uma sociedade livre de modo algum deveriam ser permitidos. Essas ações coercitivas somente são levadas à prática pelos sindicatos e pelos grevistas, ou porque a autoridade deixa de fazer cumprir a lei, ou porque a própria legislação, muitas vezes discricionária, isenta os grupamentos de trabalhadores da responsabilidade por atos efetuados em conjunto, eximindo-os da obediência às normas gerais de justa conduta aplicáveis às demais pessoas e associações civis. A tal 'liberdade sindical' de que se ouve falar com tanta ênfase e persistência por esse mundo afora é, portanto, algo que, em realidade, nada tem a ver com a própria liberdade. Quando os pregadores dogmáticos dizem que os trabalhadores têm o direito de for- (1) H. Maksoud, "Perigos e inutilidade do sindicalismo sem lei", em VISÃO, , e nesta obra. 40 mar livremente seus sindicatos, eles em verdade querem apenas que os sindicatos tenham o direito de existir indepe~dentemente da vontade dos próprios trabalhadores, quando considerados como indivíduos. E o fato inegável de que os sindicatos possam ~~r como um objetivo natural induzir todos os trabalhadores a filiar-~e- a eles tem sido interpretado por esses dogmatas como uma co~diçao em que os sindicatos tenham o direito d~ fa7er qu<l:lquer _cmsa que considerem necessária para lograr essa fmalidade, mclusive forçar a obediência cega a suas deliberaçõe~ ou obrig<l:r.à sindicaliz<~:çã~. Do mesmo modo, o fato de ser considerado legitimo que os ~mdicatos tratem de conseguir salários mais elevados é também mterpretado por essas pessoas como se lh:s fosse p~rll!itido fazer tudo que lhes pareça necessário para atingir seus objetlvos.,. E, já que a greve tem sido aceita cegamente co~? arma l~glt~ma dos sindicatos, faz-se crer que tudo deve ~er permlti~o aos ~m~ic~tos e aos grevistas para que uma greve tnunfe. Os lideres smdicais e os grevistas pedem imunidades para eles m<l:s ne~am-~as aos que querem trabalhar. Aos trabalhadores são pedidas Imumdades apenas na medida em que se vinculem a movirpentos de massa; como indivíduos não se reivindica para eles nenhuma salvaguarda a suas esferas de ação privada e não são, em especial, imunes às pressões do poder coercitivo sindical. _,.. A idéia distorcida que hoje se tem da expr~ss~~ liberdade si_ndical' chegou a um tal ponto que passou a sig~ificar que,. qu~isquer que sejam os métodos àu os meios qu~ ~onsiderem os, smdicatos como indispensáveis para seus propositos, ~stes meto?os e meios devem ser tidos como legítimos e automaticamente ajustados à 'legalidade'. Os métodos e meios coercitivos utilizados crescentemente p~l? sindicalismo moderno não são tolerados em nenhuma outra atlvidade numa sociedade livre. Eles ferem frontalmente o princípio indispensável da liberdade que pressupõe que o indiví?uo tenha assegurada uma certa esfera privada de ~odo que exista sempre um conjunto de circunstâncias no seu ambiente pessoal com o qual os outros não possam interferir. A liberdade, inclusive a liberdade sindical de verdade, somen~e existirá quando for impedida de maneira estrita toda coerção. A liberdade refere-se sempre à relação dos homens com outros homens; e a única violação a ela se dá pela coerção exercida pelos próprios homens, como indivíduos ou qua_ndo estes, como no caso dos sindicatos sem lei, se fazem confundir com o Estado. _Numa sociedade livre, a coerção só pode ser exercida pelas autondades 41

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