RAIMUNDO ANTONIO DA ROCHA LIMA: A PALAVRA-AÇÃO EM PUNHO DO GLADIADOR DO PENSAMENTO NA CIDADE DE FORTALEZA

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1 RAIMUNDO ANTONIO DA ROCHA LIMA: A PALAVRA-AÇÃO EM PUNHO DO GLADIADOR DO PENSAMENTO NA CIDADE DE FORTALEZA Ariane Bastos Gonçalves de Araujo * A vida de Raimundo Antonio da Rocha Lima não foi o que está escrito sobre ele, e nem o será nas escritas futuras. Acredito no que escrevo, por isso escrevo uma verdade sobre Rocha Lima. Como disse Certeau, A escrita da história traz de volta os mortos, reinscrevendo-os na vida a partir de sua transformação em matéria prima de uma narrativa (CERTEAU, 1982: ). A narrativa compreende um ato de exteriorização de eventos sucessivos. O universo da narrativa está rigorosamente delimitado pela existência de uma personagem e uma ação. Narrar é expor um acontecimento num tempo e lugar, marcado por uma intriga e ações secundárias que dão movimento à ação principal, ação que significa o acontecimento e valoriza a personagem, podendo ser um sujeito, ou um objeto, ou até um sentimento ou ideia 1. A narrativa possibilita o retorno do morto ao historiador, paradoxalmente o esconde entre o jogo das estratégias discursivas. O processo de interpretação exige intérpretes que: [...] são veículos de lógicas sociais e de estratégias individuais [ ] exprimemse através de modelos discursivos e fazem-se eco das crenças e valores (e respectivos combates) próprios do seu tempo [ ] apesar disso, a interpretação que produzem não se esgota necessariamente na interacção das lógicas com as temporalidades e as dinâmicas interpretativas. (MAURÍCIO, 2005: 12) A interpretação é um processo de revelar e esconder sentidos, de (re)criar sujeitos históricos. A escrita do historiador não é um inventário frio que relata os acontecimentos como objetos vazios de experiências e significados. A escrita é sempre escolha. Modos de elaboração, argumentação. Historiar um acontecimento é também organizar um discurso, uma narrativa, selecionando o que deve e o que não deve ser escrito. Essa narrativa é fundamentada numa estrutura explicativa, a qual significa o acontecimento e cria um efeito de verdade, uma representação do passado. Rocha Lima existiu. Cearense, nasceu em Fortaleza, 1855, filho póstumo de * Mestranda do Programa de Pós-graduação em História e Culturas (UECE) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 1 História da doença, do beijo, das sensibilidades, das estruturas etc. 1

2 Raimundo Antonio da Rocha Lima e de Maria Amália de Albuquerque (NOBRE, 1965: 11-17). Cresceu entre três senhoras viúvas: D. Antônia Felismina, a avó; D. Maria Amália, a mãe; e D. Francisca Xavier de Albuquerque, a tia e preceptora, professora e dona da casa na Rua da Misericórdia defronte ao Passeio Público onde todos moravam e funcionava uma escola para meninas, na qual Rocha Lima iniciou seus estudos (ABREU, 1968: 71). Os estudos secundários foram feitos no Atheneu 2 e no Liceu, respectivamente, em 1865 e Em 1870 funda com João Lopes Ferreira Filho, Fausto Domingos da Silva e Manoel do Nascimento Castro e Silva a associação Fênix Estudantal sob o patrocínio de Luís de Gonzaga, e em 1871 à custa de muitos esforços e auxiliada pela província, sua mãe pôde mandá-lo para Pernambuco. Separado dos seus, Rocha Lima continuou ali o mesmo sistema de vida (ABREU, 1968: 72) de dedicar todo o seu tempo livre para leituras na biblioteca do Convento do Carmo, onde foi morar. Retornando à Fortaleza no mesmo ano, devido sua condição de saúde. Em 1872 inicia reuniões para leitura e debate de ideias e autores ora em sua casa, ora na de Pompeu Filho, denominadas de Academia Francesa passando à historiografia como um movimento lítero-filosófico ocorrido na cidade de Fortaleza entre os anos de 1873 e 1875, tendo como membros Raimundo Antonio da Rocha Lima, Capistrano de Abreu, Pompeu Filho, João Lopes Ferreira Filho, Dr. Melo, Xilderico de Farias, Araripe Júnior, Varela, Felino Barroso e França Leite. Inicia sua participação no editorial do jornal Fraternidade 3,, em 1873, depois de ser-lhe garantida a mais ampla liberdade de idéias e movimentos (ABREU, 1968: 76) e em 31 de maio de 1874 funda, juntamente com João Lopes Ferreira Filho, Joaquim Hermano de Castro e Silva e Joaquim Lino de Oliveira, a Escola Popular direcionada ao ensino gratuito de operários e desvalidos (CÂMARA, 1999). Em 2 de fevereiro de 1876, Rocha Lima chega ao Rio de Janeiro para assumir uma posição de lente no Colégio Aquino. Entretanto retorna à Fortaleza dois meses depois, devido à morte de sua tia D. Francisca Xavier de Albuquerque. Desde então, continuou seus afazeres de 2 Em todas as citações neste projeto respeitamos a ortografia original e não recorremos ao uso do sic por considerarmos que pela imensa quantidade prejudicariam a leitura. 3 O jornal maçom FRATERNIDADE circulava as terças feiras na cidade de Fortaleza. O primeiro exemplar circulou em 04 de novembro de 1873 e o último em 27 de abril de Os exemplares microfilmados da Biblioteca Pública Menezes Pimentel do Ceará informam serem seus redatores: Thomas Pompeu Filho, Araripe Júnior, João Lopes Ferreira Filho, Xilderico de Farias e João Brígido dos Santos; e colaboradores: Rocha Lima, Dr. Basson e o Pe. Senador Thomas Pompeu. 2

3 amanuense com horas extras a cumprir na Biblioteca Pública até 1878, quando faleceu vítima de beribéri em Maranguape. Seus restos mortais jazem no cemitério João Batista, em Fortaleza. Fim da Academia Francesa enquanto ideal. A Academia Francesa não foi uma instituição formal com registros documentais de sua formação e funções a cumprir. Foi muito mais um símbolo a unir jovens letrados num ideal de transformar e construir um projeto de sociedade num período de fortes confrontos de ideais na cidade de Fortaleza, o que para história legitimou-se como a moderna geração de 1870, década marcada na historiografia principalmente pelos confrontos entre liberais e conservadores católicos (CORDEIRO, 1997), pela revoada de ideias novas que chegavam do velho continente europeu construindo um repertório de leituras, condicionando um tipo de intelectual (OLIVEIRA, 2002), pelas sociabilidades maçônicas (ABREU, 2009) e de oposição entre os velhos e os modernos (CORDEIRO, 1997) assim como a moda e os costumes considerados civilizados. Preocupações com salubridade e principalmente a segurança devido às grandes levas de retirantes que a partir da grande seca de 1877 chegavam à Fortaleza. Neste ambiente social e cultural evocamos o morto Raimundo Antonio da Rocha Lima, apontado como centro convergente das ações da Academia Francesa, para compreender a partir de sua escrita e outros vestígios de sua trajetória de vida, o ideal de construir a Acrópole Ideal e formar o cidadão a viver nesta cidade. Sendo a cidade, por excelência, o lugar do homem (PESAVENTO, 1999: 9), a Acrópole Ideal seria o lugar desejado por Rocha Lima. Nem barro, nem pedra ou o areal, ou os anseios da modernidade que despertavam na cidade de Fortaleza em fins do século XIX, movimentavam sua metaforização do social ( ). Ou seja, as representações da cidade tendem a assumir uma forma metafórica de expressão, com apelo a palavras e coisas que, associadas ao conceito de cidade, lhe atribuem um outro sentido (PESAVENTO, Id.). O sentido colocado por Rocha Lima (de)marcava um lugar de ações humanas solidárias em prol de realizar, o febril sonho do éden perdido pela culpa de Adão (ROCHA LIMA, 1968: 339), a construção da cidade ideal, um paraíso terreno no tempo presente para toda a sociedade. Concretizada por uma legião de anjos revoltados ( ) em um Estado que seja o templo da justiça, erguido em uma sociedade que seja a Jerusalém da ordem e da liberdade (ROCHA LIMA, 1968: Id.). Sua cidade era social e política, nascida das relações sociais e da participação de seus 3

4 habitantes. Para tanto, era preciso fornecer o instrumento necessário para a formação do cidadão ideal: o conhecimento, produto da inteligência humana. A palavra dorme quieta, pelo olhar ela desperta 4. O historiador desperta mortos, transformando-os em matéria-prima de sua narrativa histórica. Rocha Lima existiu. Seu retorno é possível pela escrita da história que aqui é tomada como uma presença física do ausente, um campo narrativo que produz sentidos, entretanto é incapaz de apreender o sujeito em todas as suas manifestações. O passado chega ao olhar do historiador deformado, sua leitura é distorcida pela distância entre o que observa e o que é observado. Cabe ao historiador criar um lugar e um sentido que justifique o retorno do morto. A operação historiográfica concretiza esse retorno ao possibilitar uma certa prática, um procedimento científico, um fazer histórico. Optamos por trazer Rocha Lima através da análise de sua escrita, de compreender os sentidos, os rastros deixados por ele em seus discursos, críticas e textos. Por compreendemos a escrita enquanto uma prática social, um produto cultural, portadora de uma poética cultural, ou seja, de marcas sócio-culturais: ideias, imagens, imaginários, costumes que circulam em determinada época histórica. A perspectiva do estudo da Cultura Escrita permite-nos uma aproximação e compreensão não apenas do que um escritor/autor quis dizer ou disse, como também compreender quais as condições sociais e culturais possibilitaram e influenciaram a sua escrita; as relações entre seus escritos e o meio social em que atuava. Permite-nos ainda representar práticas de leitura e escrita, modos de perceber e expressar o mundo num dado espaço e momento. Nossa pesquisa intitulada Raimundo Antonio da Rocha Lima: a palavra-ação em punho do Gladiador do Pensamento na cidade de Fortaleza objetiva analisar os escritos de Rocha Lima para compreender seu pensamento e seu ideal de constituição da Acrópole Ideal. Eis o âmago do pensamento e das ações de Rocha Lima, a Acrópole Ideal sintetiza, a nosso ver, o seu ideal de civilização. Na qual, as sociedades humanas seriam movidas por sentimentos e ações solidárias em busca da felicidade e do bem comum. Ponto problematizador das leituras feitas por Rocha Lima, e de como essas leituras foram apropriadas e utilizadas em sua escrita. Os conceitos de palavra-ação e gladiador do pensamento contemplam reflexões 4 Inspirado no poema No Livro de Maria da Graça Landell de Moura. 4

5 do próprio Rocha Lima em seus escritos. Trabalhamos o recorte temporal de 1874 a 1878 por ser o período de produção escrita de Rocha Lima, referentes a discursos, estudos e críticas à autores e livros publicados nos jornais: Constituição 5, Cearense 6 e Fraternidade 7, sendo postumamente reunidos na obra Crítica e Literatura 8. Uma vez que, esses escritos nos possibilitam mapear, analisar e compreender o pensamento e o ideal de Rocha Lima. Mesmo os textos classificados como de análise literária, são fundamentais porque serve de pano de fundo para Rocha Lima estar discutindo a sociedade e o indivíduo; o cidadão, o Estado e a política; a ciência, a moral, o conhecimento e o papel do pensador; enfim, todos os conceitos que fundamentam sua análise e os métodos possíveis para a construção da Acrópole Ideal. Djacir Menezes percebeu esta característica de escrita em Rocha Lima: a intuição filosófica predomina de tal maneira nas críticas de Rocha Lima que os autores criticados são muitas vezes pretextos para a explanação de suas idéias (MENEZES, 1968: 51-52). Acompanhemos seu discurso pronunciado perante o Gabinete Cearense de Leitura, na sessão solene do 2º aniversário, a 2 (dois) de dezembro de 1877 sobre as ações humanas de construir uma civilização: ( ) a [ação] que fazemos hoje, começou no dia da primeira interrogação desassombrada do pensamento ao problema do universo, e só terminará com o último lampejo do cérebro, com o último alento dos músculos, com o derradeiro clarão do sentimento. Na turma dos seus operários encontra-se o pensador com a síntese e o artífice com a ferramenta, o sábio com a experiência e o artista com a inspiração, o filósofo com o método e o escritor com o estilo, ao lado da mulher com o amor, e da criança com a inocência. E tôda essa legião de anjos revoltados contra a imperfeição de sua natureza, a invadir as escolas, as oficinas, os museus, as bibliotecas, os laboratórios, a refundir nesses crisóis o ouro de suas idéias e sentimentos, para com êle firmar o trono de sua divina majestade, em um Estado que seja o templo da justiça, erguido em uma 5 Jornal Constituição ( ), órgão conservador adiantando, em oposição às ideias pregadas pelo jornal Pedro II, também conservador, oriundo do rompimento de Domingos Jaguaribe e Joaquim da Cunha Freire do jornal Pedro II. Cf. FERNANDES, Ana Carla Sabino. A Imprensa em pauta: jornais Pedro II, Cearense e Constituição. Fortaleza: Museu do Ceará/SECULT, 2006: Jornal Cearense ( ), órgão liberal, fruto do jornal Vinte e Três de Julho, de 1840, órgão político fundado para comemorar a ascensão liberal à presidência cearense, com a posse do senador Alencar. A partir de 1846, com a cisão do partido Liberal cearense, passa a ser chamado de Cearense. Id. Ibid. p O semanário Fraternidade circulava as terças feiras na cidade de Fortaleza. O primeiro exemplar circulou em 04 de novembro de 1873 e o último em 27 de abril de Trazia na abertura de sua página: "Fraternidade, Fortaleza, Ceará, Organ dedicado a causa da Humanidade, propriedade da Aug Loj Frat Cearense. ORLO AB CAHAO. Typografia Brazileira", Impresso por Francisco Perdigão. 8 Publicada no Maranhão em

6 sociedade que seja a Jerusalém da ordem e da liberdade: - eis a cidade do futuro, onde cada habitante terá no cérebro um foco de luz, no coração um lago de amor! Nessa acrópole ideal, a dominar todos os espíritos, sob a hegemonia da verdade e da justiça realizaremos, nós o febril sonho do éden perdido pela culpa de Adão, segundo a lenda bíblica, e que as religiões prometem além do túmulo, à custa de martírios sofridos neste mundo. (ROCHA LIMA, 1968: ) Dentre os anjos revoltados evocados em seu discurso, acreditamos que Rocha Lima considerava-se o filósofo com o método, responsável pela palavra-ação: o pensar reflexivo e o como fazer. Com uma linguagem argumentativa e poética, expôs em seus artigos os seus ideais de moral, ciência, política, sociedade, progresso, civilização, verdade e amor. Seus discursos giravam em torno do uso da inteligência como guia da conduta social do cidadão, da construção da acrópole ideal, baseada na liberdade, igualdade e fraternidade. Os escritos de Rocha Lima são fragmentos de um texto maior, o seu ideal, que em conjunto formam um plano de ação. O fim é a felicidade humana neste mundo, compartilhada na Acrópole Ideal. Os meios são efetivados pela inteligência e pela vontade, marcadas por uma sociedade solidária e participativa. Observa-se que as palavras inteligência e vontade funcionam como pontos irradiadores que interligam as ideias defendidas por Rocha Lima, assim como pontos de conexão entre todos os seus escritos. As compreendemos enquanto palavra-ação, ou seja, expressão do pensamento-ação. Por exemplo: inteligência, enquanto palavra-ação, tem o papel de movimentar/modificar as práticas sociais, pois para Rocha Lima a inteligência possibilita a construção de uma moral baseada na razão e na experiência social, liberta da ignorância, do medo e da inércia. Vós, Srs. do Gabinete, empreendeis destruir o obstáculo ( ) da ignorância. Aniquilando-o, aniquilareis todos os males, pois a ignorância protege a inércia nos músculos, o vício na consciência, o crime na sociedade, como a treva protege as feras nas cavernas e os salteadores nas estradas. (...) Examinai, portanto, essas vantagens para poderdes concertar o vosso plano de ataque. Vêde-a: a ignorância possui o exército imenso dos ociosos: seus soldados alimentam-se de preconceitos, fardam-se de arrogância, vivem escondidos na trincheira da inércia para só saírem a batalhar no campo da rotina, tendo por armas a indiferença e por tática a intolerância. Ainda com tôdas essas superioridades vós podeis vencê-la. (ROCHA LIMA, 1968: ) Rocha Lima, um gladiador do pensamento, buscou através dos círculos que congregou em torno de si: Fênix Estudantal, Academia Francesa e Escola Popular os 6

7 meios de realizar seu plano de vida, que tem como início o ano de Capistrano de Abreu afirma que neste ano ocorreu um fato, o mais importante da vida de Rocha Lima, no retiro do Jacarecanga, onde ao chegar de Recife fora convalescer, diante da esfinge da morte constituiu o seu plano: Sob os cajueirais hoje mirrados como uma caravana de múmias, naqueles areais brancos ( ) antolhou-se o problema da vida em tôda a sua eloqüência. A visão aterrorizou-o, mas êle não procurou fechar os olhos à esfinge nem afugentá-la com esconjuros e exorcismos: ao contrário olhou-a em face e jurou vencê-la. Data daqui o seu plano de vida, êste plano a que sempre foi fiel, mais fiel à medida que mais fortes se tornavam as tentações. Uma vez disse-me: quando fui para Jacarecanga tinha 16 anos, quando voltei tinha cinqüenta. (ABREU: 72-73) A Academia Francesa é um ponto-chave para compreensão da atuação de Rocha Lima, a consideramos como símbolo e materialização do seu plano de vida. Consideramos que o ano de 1871 também marca o início da Academia Francesa, e o ano de 1878, o seu fim com a morte de Rocha Lima. Desta forma, tencionamos as balizas da historiografia e a história literária que consideram o período de atuação entre 1873 e 1875, coincidindo e justificando seu término com o fim da Questão Religiosa e da circulação do jornal maçom Fraternidade. Capistrano de Abreu informa sobre o fim de uma existência em comum do grupo, mas não sobre o fim a Academia Francesa: Era na casa de Rocha Lima que reuniam-se os membros do que chamávamos Academia Francesa. Quanta ilusão! Quanta fôrça, quanta mocidade! ( ) Essa existência em comum durou até princípios de Então uns retiraram-se da província; outros entraram em carreiras e ocupações contraditórias com a essência da Academia, outros acharam que a comédia se prolongara por demais, e lançaram para longe a máscara a que deviam a introdução no santuário. O isolamento a que Rocha Lima desde esta época se condenou foi um sofrimento bem doloroso para a sua alma sonhadora e meiga. (ROCHA LIMA: 78-79) Refletir sobre o lugar social do Rocha Lima, assim como, a sua formação e a convivência com os amigos dos círculos formados por ele permitem compreender a ação da Academia Francesa, o seu pensamento e o seu sentimento de ataraxia devorante que o tomou, citado por Capistrano de Abreu ao expor o momento de isolamento e sofrimento de Rocha Lima a partir de 1875: O círculo da família em que era tão amado não lhe bastava. Os estudos a que se entregava com avidez cada dia maior não podiam satisfazê-lo, e preocupações positivas chamavam-no a uma realidade torpe, que feria todos os seus instintos. 7

8 Possuía-o, pois, um desengano gélido, uma ataraxia devorante que escondia estoicamente, mas que por mais de uma vez irrompe em suas cartas e confidências. Julgou que o estado cessaria com a mudança para o Rio de Janeiro. Eis como se exprime em uma carta: creio em sua fé e redenção, nos seus milagres e profecias. Pretendia fazer para ti o jornal de minhas crenças psíquicas, porém vejo ser uma inutilidade: desde tua partida só analiso uma idéia, só palpito por um sentimento, só me alimento de uma esperança, só sonho com um ideal! (ABREU, 1968:79-80) Eis a frase que (de)marcou o início de nossa busca: só sonho com um ideal!. Compreender os escritos de Rocha Lima significa aproximarmos do seu mundo, de suas experiências de vida, da cidade de Fortaleza vista, percebida e imaginada (PESAVENTO, 2007) por ele. Sua escrita possibilita, problematiza e tensiona as certezas historiográficas de um Rocha Lima positivista, intelectual determinado e justificado pela sua época. Entendendo a construção biográfica como um jogo de estratégias narrativas, uma metabiografia (MAURÍCIO, 2005), no lugar de fabricar uma coerência biográfica, buscamos compreender as experiências vividas por Rocha Lima, assim como seu pensamento, suas práticas sociais e seu ideal de construção da Acrópole Ideal através do estudo de seus escritos e nos demais vestígios. Nosso olhar indiciário busca desviar momentaneamente da explicação das grandes estruturas sociais e culturais, e lançar luzes nas razões práticas e simbólicas de um sujeito histórico articulado as diversas dinâmicas sociais. Ressaltando a visão de que podemos nos aproximar da realidade vivida por Rocha Lima, considerando que os sujeitos falam de um lugar social, coletivo e histórico, negociando o que pode e deve ser dito. Somente nesse lugar constituinte, o discurso/a leitura/a escrita vai ter um dado efeito de sentido e verdade. Ainda não conseguimos reproduzir na escrita, o que se consegue na música: harmonizar diferentes notas musicais, sem perder suas características individuais. Reconhecer nossa fragilidade em reger as várias vozes do passado e do presente, e as teorias que as (re)significam é o primeiro passo ao diálogo franco e aberto. É aceitar o fato de que somos atingidos de modos diferentes pelas ideias e pensamentos, mas não devemos negar, silenciar o que nos contradiz, o que nos ameaça, enquanto "fazedores" de uma verdade histórica. 8

9 Referências Bibliográficas ABREU, Berenice. Intrépidos Romeiros do Progresso: maçons cearenses no império. Fortaleza: Museu do Ceará/Secult, ABREU, João H. Capistrano de. Raimundo Antonio da Rocha Lima. In: ROCHA LIMA, R. A. da. Crítica e Literatura. 3ªed. Fortaleza: UFC, ARAUJO, Ariane Bastos G. de. Itinerários Historiográficos: análise da constituição de narrativas historiográficas sobre a Academia Francesa. Monografia. Fortaleza: Universidade Estadual do Ceará, AZEVEDO, Sânzio. A Academia Francesa do Ceará ( ). Fortaleza: Casa José de Alencar/ Imprensa Universitária, CÂMARA, J. A. Saraiva. Capistrano de Abreu: uma tentativa biobibliográfica. 2ª ed. Fortaleza: Casa José de Alencar, UFC, CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense Universitária, CORDEIRO, Celeste. Antigos e modernos no Ceará Provincial. São Paulo: Annablume, GONÇALVES, Adelaide. Muitos Tipos na Educação para os Pobres: imprensa e instrução no Ceará de fins do século XIX aos anos In: Documentos. Revista do Arquivo Público do Ceará: história e educação n2. Fortaleza: Arquivo Público do Estado do Ceará, MAURÍCIO, Carlos. A Invenção de Oliveira Martins: Política, Historiografia e Identidade Nacional no Portugal Contemporâneo ( ). Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, MENEZES, Djacir. Rocha Lima e a ideologia cearense de In: ROCHA LIMA, R.A. da. Crítica e Literatura. 3 ed. Prefácio de Capistrano de Abreu. Introdução e notas de Djacir Menezes. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, NOBRE, Geraldo. Rocha Lima (desfazendo equívocos). Revista do Instituto do Ceará. Fortaleza: RIC, OLIVEIRA, Almir Leal de. Universo Letrado em Fortaleza na década de In: SOUZA, Simone e NEVES, Frederico de Castro(orgs). Intelectuais. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha,

10 PESAVENTO, Sandra Jatahy. O imaginário da cidade: visões literárias do urbano Paris, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Porto Alegre: ED. Universidade/UFRGS, Cidades visíveis, cidades sensíveis, cidades imaginárias. Revista Brasileira de História, vol. 27, nº 53. Jun, RAMOS, José Tinhorão. A província e o Naturalismo. Edição fac-similar de Fortaleza: NUDOC-UFC, ROCHA LIMA, R. A. da. Crítica e Literatura. Prefácio de Capistrano de Abreu. Introdução e notas de Djacir Menezes. 3ªed. Fortaleza: UFC, SIRINELLI, Jean-François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René (org.) Por uma história política. Rio de Janeiro: Editora UFRJ,

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