Paisagem Imaginária - Seguindo uma linha. Fabian Albertini

Transcrição

1 Ministério da Cultura apresenta: Paisagem Imaginária - Seguindo uma linha Fabian Albertini Primeiro livro de arte/fotografia a ser realizado para deficientes visuais através da Plataforma Daisy (Digital Accessible Information System), reconhecida mundialmente como ferramenta para auxiliar o processo de informação e conhecimento para pessoas com necessidades especiais. Direção Geral Apoio Institucional

2 O Projeto: Realizar uma exposição de fotografias, em São Paulo. A exposição contará com áudio-guia e com um plano de acessibilidade motora e comunicacional que será realizado pela Fundação Dorina Nowill. Organizar, produzir um livro que contenha não somente as fotos da exposição, mas todos os registros fotográficos. O livro também será produzido na Plataforma Daisy *(Digital Accessible Information System) e serão distribuídos pela Fundação Dorina Nowill em 1000 centros de atendimento a pessoas com visão reduzida e cegos do Brasil. Livro Daisy (Digital Accessible Information System): De uma forma geral um livro Digital Acessível é uma solução fundamental para ampliar o acesso à informação, ao conhecimento e a cultura para as pessoas com deficiência visual. Por intermédio de um cuidadoso trabalho de análise de conteúdo, as informações são transmitidas a pessoas com deficiência pela voz e quando o conteúdo apresenta imagens complexas, como no caso do Livro Acúmulos, um minucioso processo de descrição das obras é empreendido, processo que conta fundamentalmente com o apoio do artista e de uma equipe de profissionais. O resultado é o acesso. Enquanto uma pessoa que enxerga pode se deleitar com um livro de arte, se o mesmo está acessível, uma pessoa com deficiência visual também da mesma forma poderá ler o mesmo livro com as descrições das obras e todas as informações ali contidas. Transformar um livro de arte em livro digital acessível é prova do pioneirismo desse projeto que tende a ser um dos primeiros a lançar um livro de arte totalmente acessível às pessoas com deficiência visual. Pioneirismo estético, ético e cidadão! Que outros editores e produtores de livros de arte se inspirem nessa grande iniciativa.

3 PRÓLOGO Uma das belezas de se trabalhar em prol de pessoas com deficiência visual está em observar o quanto são elas humanas na mais ampla acepção do termo; sofrem como todos, apiedam-se de si mesmas como todos, desejam como todos, e superam suas dificuldades como todos. Apreciam a arte e o belo, como todos. É verdade que podemos extrair muitas lições de vida de suas experiências extraordinárias, mas, pensando bem, o mais frequente e gratificante está em observar pequenas conquistas: a habilidade de fazer coisas por si mesmas, a capacidade de locomover-se pela cidade, ou o desfrutar de uma obra de arte, de uma fotografia. Parece incrível que não tenhamos em mente que podemos traduzir o mundo das artes também para as pessoas que não enxergam. Ao seu modo, elas veem, e com muito senso crítico, aquilo que lhes é apresentado. Quando um editor publica um livro de arte, sua intenção é traduzir ao público, leigo ou especializado, as nuanças e aspectos técnicos das obras apresentadas; nem todos se lembram, entretanto, de traduzir o próprio livro para pessoas que não podem enxergá-lo. É um erro, um equívoco e uma crueldade, que, ao final, exclui da apreciação da arte uma parte significativa da espécie humana que ama, pensa e interage com a obra. No fundo, excluir é uma espécie de mutilação; mutilamos da obra de arte parte do público que lhe confere significado. Este projeto, concebido para ser acessível, vem mostrar que é possível superar essa mutilação. É um exemplo do que há de realmente admirável na humanidade: a sua capacidade de solidarizar-se e incluir.

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6 Paisagem Imaginária / Seguindo uma linha Fabian, aplica a sua capacidade de compor imagens procurando um modo diferente de retratar a natureza, buscando além de sublinhar as características estéticas, mas abstraindo as formas do contexto real. Nas fotografias muitas vezes observamos detalhes que compõe imagens em qual a intenção não é a mera descrição, mas a procura da harmonia, onde a forma prevalece sobre o conteúdo, e em uma evidente referência à fotografia straight dos mestres como: Edward Weston, somando à composição uma escala de cores que em contemporânea. completa a imagem e a transforma As obras evidenciam relações entre a imagem fotográfica e a ampliação dos dispositivos narrativos. As estruturas geométricas são instalações que dão origem a uma nova paisagem: Paisagem Imaginaria.

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12 Artista: FABIAN ALBERTINI Começou sua carreira como fotógrafa de moda em 1995, nasceu em Montecchio Emilia, Italia. Desde 2001 vive e trabalha no Rio de Janeiro. Publicou 7 livros: The Documentary, sobre a Cultura Budista Tibetana Itália 2000, Silent Music Itália 2002, Corpi all infinito Itália 2005, Moto Sospeso Itália 2006, EYE Itália 2007, AMA+ZONIA Brasil 2009, RIO Arte corpo movimento, Brasil Desde 2000 tem participado de diversas exposições: Residência na Bienal de arte de Londres (2004) Galeria Anita Schwartz no Rio de janeiro: Silent music (2003) e Corpos (2005), MUSEU MAC Niterói Video, Corpi all infinito (2005), Galeria Mônica Filgueiras em São Paulo: Suportes (2006), ganhou o prêmio Sole24Ore com Eye em colaboração com Max Mara e Aterballetto: expôs por toda a Europa e Corea do Sul (2007). Ganhou o Prêmio Um Bosco Per Kyoto 2010 com o livro Ama+zônia, oferecido pelo Alto Patronato do Presidente da República Italiana, Roma Participou do Foto Rio, CCJF Centro Cultural da Justiça Federal no Rio de Janeiro, Ama+zônia Participou da 54ª Bienal de Veneza Pavilhão Italia, Arsenale,curadoria Vittorio Sgarbi com Ama+zônia Italia

13 Curadoria: MARCO ANTONIO PORTELA Direção Geral: ELAINE MAZZARO Graduado em História e Mestre em Ciência da Arte pela UFF/RJ. Artista visual, curadoro independente, professor, pesquisador, fotógrafo e laboratorista. Participou de várias exposições coletivas e individuais, dentre elas: Sangue Novo no Museu do Bispo do Rosário, Foto Frame na Galeria Durex, Séria Migrações na Galeria da Uff, O corpo inventado no Conjunto Cultural da Caixa de São Paulo, Emtorno do Entorno no Museu do Ingá, Que segredos tem o Castelo?,no Castelinho do Flamengo, As que alimentam, Lana Botelho ArtesVisuais, Elas, Galeria LGC, Da paixão, Galeria do Ateliê da Imagem. Têm obras em coleções como: Joaquim Paiva, Carlos Barroso, Walton Hoffmann, Revista Arte Nexus, Miami, EUA, Centro Cultural de Bellas Artes, Lima, Peru, Fundação Cultural de Blumenal. Coordenou a Galeria Meninos de Luz no Pavão/Pavãozinho de 2009 / 2011,e coordena o evento de arte pública: Galeria do Poste - Sucursal Rio. Gerente de projetos com experiência em projetos nacionais e internacionais. Produtora independente, trabalhou no Festival Internacional de Campos do Jordão, RVA Cultural, Gaia Brasil Gestão Cultural, Instituto Plantar e atualmente é diretora executiva na empresa Elaine Mazzaro Eventos e Marketing. Gerenciou projetos usando recursos da Lei Rouanet, como a Mostra Invasões do artista Lúcio Carvalho apresentada em Milão (2013) e Montecchio Emília (2014), além de Concertos do instrumentalista argentino Alejandro Brittes (2013 e 2014) e Projeto Brazil S/A que acontece durante o Fuori Salone de Milão, Itália. Em 2015, gerenciou o Primeiro Congresso Internacional de Paisagem Urbana, viabilizado com recursos do Banco Itaú e da Cidade de Ilhabela.