HÉLIO OITICIA. A direção é de César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio e o curador de todo o acervo do artista.

Transcrição

1 HÉLIO OITICIA Chega aos cinemas no dia 31 de julho o documentário Hélio Oiticica único filme brasileiro até o momento a ganhar o prêmio Caligari no Festival de Berlim, depois de ter passado por mais de 22 festivais internacionais e ter recebido também os prêmios FIPRESCI (também em Berlim 2013), melhor documentário no Festival do Rio em 2012 e o Prêmio Especial do Júri no FILAF (Festival de Filme e Livro de Arte) em Perpignam na França. A direção é de César Oiticica Filho, sobrinho de Hélio e o curador de todo o acervo do artista. O mosaico cinematográfico de filmes de arquivo usado por Cesar Oiticica Filho é uma narrativa frenética de imagens, movimentos, texturas, cores, ritmos e sons. O filme usa a posição de vanguarda de Oiticica que trabalhou em diversas vertentes entre o cinema e a

2 arte, entre pintura, escultura e experiências físicas como o princípio formal central. Diferentes materiais, em parte heterogêneos, colidem um com o outro e organicamente se entrelaçam de filmes a arquivos de som, a fotografias, de desenhos e esboços, a frames de filmes granulados e arranhados a superfícies limpas e digitais. Hélio Oiticica é um filme musical não apenas pela boa música escolhida que podem ser ouvidas no filme, mas o filme ele próprio é determinado por ritmos e mudanças de tempos musicais. O filme muitas vezes apenas flui para mudar novamente numa abundância com planos orgânicos através das instalações e salas com obras do artista que se alternam por rápida sequências de fotos. O filme é narrado pelo próprio Helio Oiticica. Sua narrativa vai muito além dos limites da biografia de um artista, as favelas do Rio de Janeiro, o movimento tropicalista como alternativa a repressão política da ditadura militar, a produção artística em Londres e a ociosidade em Nova York: Oiticica perambula através da vida urbana como também na musica brasileira, e a cena de filmes underground de Nova York. Novamente ele divide com um abandono literal seus múltiplos interesses, influências e encontros, falando da beleza e dos perigos da rua a iniciação sexual e o samba e a cocaína, a intensa relação de Jimi Hendrix com sua guitarra, a possessão carnavalesca, os

3 labirintos da arquitetura das favelas e a habilidade de navegação das formigas. Hélio Oiticica é uma historiografia anti- acadêmica (arte) e uma refutação do trabalho administrativo curatorial sem alegria. Mais recentemente, o artista apelidou seu método criativo como "Delirium Ambulatório" - seja lá o que isso possa significar, o próprio Hélio Oiticica é um convite para ser infectado por ele. Sinopse Oiticica e Bressane falam da ideia de fazer um filme de tapes históricos, ou como disse Haroldo de Campos, Heliotapes: fitas K7 em que Hélio dialoga e envia proposições a amigos pessoais como Wally Salomão, Carlos Vergara, Antônio Dias, entre outros. O documentário junta tais tapes históricos a filmes do próprio Hélio e de outros que o filmaram com suas obras, criando esse delírio ambulatório no qual o próprio artista nos conta sua vida num caleidoscópio da cultura dos anos 60 e 70 e que nos permite, finalmente, sermos apresentados a Hélio Oiticica por ele mesmo. Sobre o diretor - Cesar Oiticica Filho Cesar Oiticica Filho, nascido no Rio de Janeiro, em 1968, iniciou seus estudos sobre imagem em um curso técnico de fotografia em Manaus. Aos dezesseis anos já integrava o catálogo da 1ª Fotonorte, mostra nacional realizada pela FUNARTE, e em 2005, foi apontado pela revista Photo francesa como uma das revelações da nova geração de fotógrafos brasileiros.

4 Sua primeira exposição individual foi no Teatro Amazonas, em Manaus, em 1996, e a última, Quântica, em 2011, no Rio de Janeiro. Em 2003, realizou o filme Cosmocápsula e realizou a Exposição Cosmococa Programa In Progress. Foi responsável pela colocação de Hélio Oiticica no Tate Modern, em 2007, e curador da exposição Penetráveis, de Hélio Oiticica, em Em 2010, realizou o curta Invenção da Cor, onde Hélio Oiticica fala de seus projetos para espaços públicos, em particular da Magic Square, que hoje está no Centro de Arte INHOTIM em Minas Gerais. Trabalha atualmente com multimeios. Inventou uma nova técnica que transita entre a pintura e a fotografia e que foi apresentada em 2004 na exposição "A Dança da Luz", no Museu Nacional de Belas Artes. Há 15 anos é curador do Projeto Hélio Oiticica e junto com Fernando Cocchiarale da exposição Hélio Oiticica, Museu é o Mundo, que gerou um livro, do qual é Organizador. Finalizou em 2012 o documentário Hélio Oiticica. Ficha Técnica Direção Cesar Oiticica Filho Roteiro Cesar Oiticica Filho Pesquisa de Imagem Antonio Venancio Empresa produtora Guerrilha Filmes Produção Executiva João Villela, Juliana Carapeba, Felipe Reinheimer e Cesar Oiticica Filho Fotografia Felipe Reinheimer Figurino Julia Ayres

5 Montagem Vinicius Nascimento Supervisão de montagem Ricardo Miranda Música Original Daniel Ayres e Bruno Buarque de Gusmão Assessoria de Imprensa Primeiro Plano Anna Luiza Muller/ Mariana Dratovsky mariana@primeiroplanocom.com.br /