AULÃO LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS PROFESSORES: TOM DANTAS E PAULO LOBÃO
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- Laura Canário Rosa
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1 AULÃO LINGUAGNS, ÓDIGOS SUAS TNOLOGIAS PROFSSORS: TOM DANTAS PAULO LOBÃO stas questões serão resolvidas no programa do dia 10/09/2016, das 9h às 10h30min. O programa será transmitido ao vivo pela FBTV: fariasbrito.com.br Participe: -mail: vestibularnoar@fariasbrito.com.br WhatsApp: Participe e ganhe prêmios. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; m cismar sozinho, à noite Mais prazer eu encontro lá; Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá. XRÍIOS Oswald de Andrade Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu inda aviste as palmeiras Onde canta o Sabiá. Habilidade 15 stabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político. Texto Literário + ontexto 01. Texto A ANÇÃO DO XÍLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. DIAS, G. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Aguilar, Texto B ANTO D RGRSSO À PÁTRIA Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas quase tem mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas u quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que eu veja a rua 15 o progresso de São Paulo ANDRAD, O. adernos de poesia do aluno Oswald. São Paulo: írculo do Livro. s/d.
2 02. Os textos A e B, escritos em contextos históricos e culturais diversos, enfocam o mesmo motivo poético: a paisagem brasileira entrevista a distância. Analisando-os, conclui-se que: a) o ufanismo, atitude de quem se orgulha excessivamente do país em que nasceu, é o tom de que se revestem os dois textos. b) a exaltação da natureza é a principal característica do texto B, que valoriza a paisagem tropical realçada no texto A. c) o texto B aborda o tema da nação, como o texto A, mas sem perder a visão crítica da realidade brasileira. d) o texto B, em oposição ao texto A, revela distanciamento geográfico do poeta em relação à pátria. e) ambos os textos apresentam ironicamente a paisagem brasileira. A poesia modernista NA O canivete voou o negro comprado na cadeia statelou de costas bateu coa cabeça na pedra ANDRAD, O. Pau-brasil. São Paulo: Globo, O Modernismo representou uma ruptura com os padrões formais e temáticos até então vigentes na literatura brasileira. Seguindo esses aspectos, o que caracteriza o poema ena como modernista é o(a): a) construção linguística por meio de neologismo. b) estabelecimento de um campo semântico inusitado. c) configuração de um sentimentalismo conciso e irônico. d) subversão de lugares-comuns tradicionais. e) uso da técnica de montagem de imagens justapostas. ompetência 1 Adélia Prado Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida Habilidade 3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. Função Social de Gêneros Textuais A DIVA Vamos ao teatro, Maria José? Quem me dera, desmanchei em rosca quinze kilos de farinha tou podre. Outro dia a gente vamos Falou meio triste, culpada, e um pouco alegre por recusar com orgulho TATRO! Disse no espelho. TATRO! Mais alto, desgrenhada. TATRO! os cacos voaram sem nenhum aplauso. Perfeita. PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto A diva: a) narra um fato real vivido por Maria José. b) surpreende o leitor pelo seu efeito poético. c) relata uma experiência teatral profissional. d) descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora. e) defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral. Procedimentos de construção do texto literário A DSPROPÓSITO Olhou para o teto, a telha parecia um quadrado de doce. Ah! falou sem se dar conta de que descobria, durando desde a infância, aquela hora do dia, mais um galo cantando, um corte de trator, as três camadas de terra, a ocre, a marrom, a roxeada. Um pasto, não tinha certeza se uma vaca e o sarilho da cisterna desembestado, a lata batendo no fundo com estrondo. 2 Linguagens, ódigos e suas Tecnologias
3 01. Quando insistiram, vem jantar, que esfria, ele foi e disse antes de comer: Qualidade de telha é essas de antigamente. PRADO, A. Bagagem. Rio de Janeiro: ivilização Brasileira, A poesia brasileira sofreu importantes transformações após a Semana de 1922, sendo a aproximação com a prosa uma das mais significativas. O poema da poeta mineira Adélia Prado rompe com a lírica tradicional e se aproxima da prosa por apresentar: a) travessão, estrutura do verso com pontuação comum a orações e aproximação com a oralidade, elementos próprios da narrativa. b) uma estrutura narrativa que não segue a sequência de estrofes nem utiliza de linguagem metafórica. c) personagem situado no tempo e espaço, descrevendo suas memórias da infância. d) discurso direto e indireto alternados na voz do eu lírico e localização espacial. e) narrador em primeira pessoa, linguagem discursiva e elementos descritivos. Ferreira Gullar Habilidade 17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional. Valores presentes no texto literário AÇÚAR O branco açúcar que adoçará meu café Nesta manhã de Ipanema Não foi produzido por mim Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. m lugares distantes, Onde não há hospital, Nem escola, homens que não sabem ler e morrem de fome Aos 27 anos Plantaram e colheram a cana Que viraria açúcar. m usinas escuras, homens de vida amarga dura Produziram este açúcar Branco e puro om que adoço meu café esta manhã m Ipanema. GULLAR, F. Toda Poesia. Rio de Janeiro: ivilização Brasileira, (Fragmento) 02. A Literatura Brasileira desempenha papel importante ao suscitar reflexão sobre desigualdades sociais. No fragmento, essa reflexão ocorre porque o eu lírico: a) destaca o modo de produção do açúcar. b) exalta o trabalho dos cortadores de cana. c) explicita a exploração dos trabalhadores. d) descreve as propriedades do açúcar. e) se revela mero consumidor de açúcar. Habilidade 15 stabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político. Texto literário + ontexto MU POVO, MU POMA Meu povo e meu poema crescem juntos omo cresce no fruto A árvore nova No povo meu poema vai nascendo omo no canavial Nasce verde o açúcar No povo meu poema está maduro omo o sol Na garganta do futuro Meu povo em meu poema Se reflete omo espiga se funde em terra fértil Ao povo seu poema aqui devolvo Menos como quem canta Do que planta FRRIRA GULLAR. Toda poesia. José Olympio: Rio de Janeiro, O texto Meu povo, meu poema, de Ferreira Gullar, foi escrito na década de Nele, o diálogo com o contexto sociopolítico em que se insere expressa uma voz poética que: a) precisa do povo para produzir seu texto, mas se esquiva de enfrentar as desigualdades sociais. b) dilui a importância das contingências políticas e sociais na construção de seu universo poético. c) associa o engajamento político à grandeza do fazer poético, fator de superação da alienação do povo. d) afirma que a poesia depende do povo, mas esse nem sempre vê a importância daquela nas lutas de classe. e) reconhece, na identidade entre o povo e a poesia, uma etapa de seu fortalecimento humano e social. Linguagens, ódigos e suas Tecnologias 3
4 larice Lispector 01. (nem/2013) Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou. nquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. omo começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos sou eu que escrevo o que estou escrevendo. Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes. omo eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. omo que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo como a morte parece dizer sobre a vida porque preciso registrar os fatos antecedentes. LISPTOR,. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, (Fragmento) A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de larice Lispector, culminada com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador: a) observa os acontecimentos que narra sob uma ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens. b) relata a história sem ter tido a preocupação de investigar os motivos que levaram aos eventos que a compõem. c) revela-se um sujeito que reflete sobre questões existenciais e sobre a construção do discurso. d) admite a dificuldade de escrever uma história em razão da complexidade para escolher as palavras exatas. e) propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e metafísica, incomuns na narrativa de ficção. ompetência 6 ompreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. Habilidade 18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. Processos oesivos 02. (nem/2010) Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. resciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. omo um lavrador. la plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas. LISPTOR,. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas: a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto. b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase. c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase. d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor. e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso. João abral de Melo Neto 4 Linguagens, ódigos e suas Tecnologias
5 01. (nem/2011) Texto I Texto II O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. omo há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias, mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. omo então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? MLO NTO, J.. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, (Fragmento) João abral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o apibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens. SHIN, A. João abral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, (Fragmento) om base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta omo então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da: a) descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador. b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação. c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição. d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise existencial. e) descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias. 02. (nem/1999) Leia o que disse João abral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; Falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; Falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste. Para João abral de Melo Neto, no texto literário, a) a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores. b) a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido. c) o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor. d) a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores. e) a linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor. GABARITOS XRÍIO OSWALD D ANDRAD XRÍIO ADÉLIA PRADO B XRÍIO FRRIRA GULLAR XRÍIO LARI LISPTOR XRÍIO JOÃO ABRAL D MLO NTO A A OSG.: /16 AN Rev.: KM Linguagens, ódigos e suas Tecnologias 5
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