SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM PEQUENAS PROPRIEDADES NO MUNICÍPIO DE HULHA NEGRA

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1 UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA - URCAMP PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE (GESTÃO AMBIENTAL) SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM PEQUENAS PROPRIEDADES NO MUNICÍPIO DE HULHA NEGRA RODOLFO CÉSAR FORGIARINI PERSKE BAGÉ/RS, 2004

2 UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA - URCAMP PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE (GESTÃO AMBIENTAL) SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM PEQUENAS PROPRIEDADES NO MUNICÍPIO DE HULHA NEGRA Monografia apresentada ao curso de Pós Graduação em Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Gestão Ambiental) da Universidade da Região da Campanha, para obtenção do título de Especialista em Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Gestão Ambiental). RODOLFO CÉSAR FORGIARINI PERSKE ORIENTADOR PROF DR. ADILSON LOPES LIMA CO-ORIENTADOR PROF M.SC. CLÁUDIO MARQUES RIBEIRO BAGÉ/RS, NOVEMBRO DE 2004.

3 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos familiares, em especial a minha mãe Eline Maria Forgiarini Perske pelo estímulo, dedicação e acolhida. A minha namorada Paula Beatriz Zoppo Medran pela ajuda, compreensão e carinho.

4 AGRADECIMENTOS O autor expressa seus agradecimentos: Aos colegas da Emater/RS. Ao colega, professor e co-orientador Cláudio Marques Ribeiro pela dedicação, orientação e sugestões sempre de forma prestiva e objetiva. Ao professor e orientador Adilson Lima como orientador. Aos colegas da especialização pela amizade e coleguismo. Ao colega da Emater/RS, Engº Agrônomo Francisco Gonçalo, pelo auxílio nas informações. Aos produtores rurais do município que contribuíram prestando informações. Aos amigos que ajudaram e apoiaram. A Universidade da Região da Campanha. Aos professores do curso de Pós-graduação em Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Gestão Ambiental).

5 SUMÁRIO LISTA DE QUADROS... 6 LISTA DE FIGURA... 7 INTRODUÇÃO METODOLOGIA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Desenvolvimento rural sustentável Sustentabilidade Agroecossistema Agricultura familiar Assentamentos de reforma agrária Sistemas agroflorestais Características dos Sistemas Agroflorestais Vantagens dos Sistemas Agroflorestais Desvantagens dos Sistemas Agroflorestais Características das Espécies Florestais Desejáveis para o Sistema Agroflorestal A Floresta e suas Interações com o Meio Ambiente Alguns Exemplos de Sistemas Agroflorestais RESULTADOS E DISCUSSÕES O Município de Hulha Negra... 38

6 Solo Relevo Declividade Clima Localização e Coordenadas Geográficas Vegetação Original Fauna Nativa Hidrografia Dados Econômicos Distribuição Fundiária do município e principais produtos agropecuários Histórico de hulha negra A Formação e a Origem da Agricultura Familiar da Hulha Negra Agricultura familiar e o florestamento em Hulha Negra Objetivos do Projeto Condições do Projeto Locais de Implantação do Projeto Resultados Obtidos Continuidade do Projeto Avaliação dos Agricultores sobre o Projeto CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 64

7 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Nomes regionais, classificação e características dos solos do município de Hulha Negra Quadro 2 Dados de temperatura média, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica do período de Quadro 3 Participação de cada setor no ICMS do município Quadro 4 Número de propriedades por classe de área, área ocupada e percentuais do município Quadro 5 Projetos de Assentamentos criados entre 1989 e 1990 em Hulha Negra Quadro 6 Projetos de Assentamentos criados entre 2000 e 2002 em Hulha Negra Quadro 7 Custo para formação de um hectare de acácia negra Quadro 8 Estimativa de receita de um hectare de acácia negra Quadro 9 Número de famílias nas diferentes localidades de Hulha Negra

8 LISTA DE FIGURA Figura 1 Mapa do município de Hulha Negra em regiões... 39

9 INTRODUÇÃO O município de Hulha Negra está localizado na campanha gaúcha. Na região predomina o campo nativo com solos rasos e topografia suavemente ondulada. As matas nativas ocorrem quase que preponderantemente como matas ciliares e as exóticas, onde predomina o eucalipto, se limitam a capões pequenos como abrigo para o gado e produção de lenha. Historicamente, esta região se fundamentou em fazendas com grandes extensões de terra usadas para a criação de gado de corte e ovinos e mais recentemente o plantio de arroz nas várzeas. A maior parte do município é composta pela agricultura familiar e pecuária familiar, com grande número de projetos de assentamentos, limitando-se as áreas de pecuária de maior porte ao norte do município. Atualmente, os sistemas de produção que são desenvolvidos na região, estão com dificuldades econômicas. Apesar disso, o sistema produtivo da pecuária de corte tem contribuído para a manutenção do bioma local por suas características de pastejo do campo nativo. Na busca de novas alternativas para esta região, aparece a opção da diversificação. Na análise das possibilidades deve-se levar em consideração a sua viabilidade ambiental, além das questões econômicas e sociais, para que ocorra o desenvolvimento rural de uma maneira sustentável, evitando que o agroecossistema diminua a sua capacidade produtiva ao longo do tempo. Ou seja, o Desenvolvimento Rural Sustentável deve considerar a sustentabilidade do agroecossistema local no presente e no futuro para que as futuras gerações tenham as mesmas condições que as atuais. Neste quadro e por existir um mercado potencial de madeira a ser suprido e a possibilidade de atendê-lo com o plantio de árvores é que surgiu o interesse de estudar o Sistema Agroflorestal. Assim este trabalho aponta um sistema de produção que consorcia

10 9 culturas agrícolas, animais e árvores em uma mesma área, como um sistema sustentável de produção, chamado de Sistema Agroflorestal. O presente trabalho apresenta na sua primeira parte uma série de conceitos que permitem compreender melhor os aspectos teóricos sobre o tema. A seguir, apresenta-se uma abordagem sobre o município de Hulha Negra, seu histórico e sua formação, suas regiões homogêneas e suas características. Na seqüência se descreveu a experiência realizada através do Programa Municipal de Florestamento com os agricultores onde se realizou os plantios consorciados objeto deste trabalho denominado sistemas agroflorestais. Finalizando, o trabalho apresenta as principais considerações obtidas com a pesquisa e os seus principais resultados.

11 2 METODOLOGIA Na pesquisa bibliográfica foram consultadas várias literaturas relativas ao assunto em estudo, artigos publicados na internet e que possibilitaram que este trabalho tomasse forma para ser fundamentado. Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica. A pesquisa de campo foi realizada durante as visitas as propriedades rurais dos produtores que integram o Programa Municipal de Florestamento. Estas visitas foram em vários períodos para transmitir orientações técnicas, bem como para a elaboração de laudos. Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa de campo é uma forma de levantamento de dados no próprio local onde ocorrem os fenômenos, através da observação direta,entrevistas e medidas de opinião. As entrevistas foram realizadas em outubro e novembro de 2004 com o objetivo de colher informações específicas sobre o consórcio adotado por alguns produtores, os quais tiveram a oportunidade de acompanharem o sistema durante todo o momento, podendo contribuir com dados mais detalhados que os detectados pela visita do técnico na pesquisa de campo. Segundo Marconi e Lakatos (1985), a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.

12 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Desenvolvimento rural sustentável Segundo Vianna e Veronese apud Andrade et al. (2004), o Brasil, a partir da segunda metade deste século, vem sofrendo grandes transformações em função do crescimento demográfico e da modernização de suas bases de desenvolvimento. De um estágio econômico onde predominava a exportação de produtos agrícolas, sem beneficiamento, passou ao estágio de industrialização considerável, predominando produtos manufaturados em sua pauta de exportação. Esse acelerado ritmo de industrialização concentrou a população em áreas urbanas e passou a provocar profundos impactos no meio ambiente, tanto físicos como econômicos e sociais. A preservação do meio ambiente teve grande influência na década de 90, com as empresas buscando soluções para alcançar o desenvolvimento sustentável e ao mesmo tempo aumentar a lucratividade (Andrade et al., 2004). É possível notar que a preocupação com a questão ambiental teve impulso por uma necessidade detectada pelo próprio homem, conforme complementa Molina apud Guzmán, (1997) que o desenvolvimento sustentável surge para encarar a crise ecológica e tornar compatível os níveis de consumo que satisfazem as necessidades humanas dentro dos limites ecologicamente possíveis. Segundo Guzmán (1997), o conceito de desenvolvimento sustentável consiste essencialmente em potencializar o desenvolvimento com o objetivo de satisfazer as necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras para satisfazerem suas próprias necessidades, e não um crescimento econômico indiscriminado da região, seja uma área rural, um município, um país ou o conjunto da biosfera.

13 12 Almeida (1997) afirma que o conceito de desenvolvimento sustentável possui uma série de concepções e visões do mundo, sendo que a maioria das pessoas que entram no debate sobre o assunto são unânimes em concordar no avanço que o mesmo representa nas concepções de desenvolvimento e nas abordagens relativas à preservação dos recursos naturais. Schmitt apud Almeida (1997), relata que este termo, desenvolvimento rural sustentável, surgiu em função da insustentabilidade econômica, social e ambiental do padrão de desenvolvimento das sociedades contemporâneas. Relaciona isto à compreensão da finitude dos recursos naturais e a injustiça social provocada pelo modelo de desenvolvimento atual na maioria dos países. Almeida (1997) questionando a idéia de progresso e de desenvolvimento descreve que pode-se enriquecer às custas de um trabalho longo e penoso, que polui, degrada e encurta a expectativa de vida. Mas pode-se ganhar menos, vivendo-se melhor, com menos degradação ambiental e melhor qualidade de vida. Concluí que as crises ambientais, econômicas e sociais colocaram em cheque esta noção generalizadora e progressiva do progresso. Altieri e Masera (1997) entendem que o primeiro passo para operacionalizar o desenvolvimento rural sustentável é a criação de novos métodos e indicadores que avaliem os projetos e tecnologias, funcionando como um filtro para selecionar os projetos alternativos que devem ser reproduzidos em larga escala e que possuem uma enorme repercussão nas áreas rurais. Para que isso ocorra, é necessário um conjunto de indicadores socioeconômicos, ecológicos e culturais para melhorar a avaliação da viabilidade, adaptabilidade, durabilidade e sucesso de um projeto. Estes novos indicadores devem também permitir que os projetos em desenvolvimento sejam comparados em termos de capacidade produtiva adquirida, melhoramento na qualidade dos recursos locais, da preservação ambiental, da satisfação das necessidades humanas, da distribuição dos benefícios e do aumento da autoconfiança regional e local (Altieri e Masera, 1997). Os autores concluem que os métodos atuais de avaliação (custo-benefício) dão total ênfase a dimensão econômica não levando em consideração as mudanças ambientais irreversíveis, como a perda de solo fértil ou dos recursos genéticos. O desenvolvimento rural sustentável surge como uma possibilidade de estabelecer os limites ecológicos na geração das necessidades humanas. Também procura trazer justiça social, o que acarreta uma melhor auto-estima das pessoas. Os limites ecológicos que necessitam serem estabelecidos visam preservar os recursos naturais para as futuras gerações

14 13 ao mesmo tempo em que mantém a sustentabilidade do meio ambiente, além de propiciar o retorno econômico necessário à sobrevivência das pessoas. A distribuição eqüitativa da riqueza propicia atingir o equilíbrio entre os fatores econômicos, sociais e ambientais essenciais para o desenvolvimento sustentável. A agricultura é uma importante atividade desenvolvida pelo homem no meio rural e devido a sua crescente expansão em função do aumento populacional, possui grande importância social e econômica, sendo fundamental estabelecer os conceitos de agricultura sustentável e suas relações com o desenvolvimento rural sustentável mantendo e conservando os recursos naturais. Reijntjes et al. (1999), entende que agricultura sustentável é o manejo dos recursos para a agricultura de modo a satisfazer as necessidades humanas em transformação e, ao mesmo tempo, manter ou aprimorar a qualidade do meio ambiente conservando os recursos naturais. Em outras palavras, conforme afirma Gips (citado em Emater/RS, 1997), a agricultura é sustentável quando atende os requisitos de ser ecologicamente correta, economicamente viável, socialmente justa, humana e adaptável. O que significa que além da preocupação com a preservação dos agroecossistemas, importa a relação dos homens com o meio ambiente e dos homens entre si. Segundo Silva (1997), a principal contribuição do movimento por uma agricultura sustentável não está na criação de novas tecnologias ditas alternativas, mas na criação de uma nova consciência social a respeito das relações homem-natureza; na produção de novos valores filosóficos, morais e até religiosos e na gestão de novos conceitos jurídicos. Kaimowitz (1997) entende que agricultura sustentável é aquela que permite alimentar e vestir toda a população com um custo razoável, oferecendo um nível de vida aceitável para os que dependem do setor e degrada pouco a base dos recursos naturais. Segundo Gliessman (2000), a agricultura convencional não é sustentável porque as suas práticas tendem a comprometer a produtividade futura em favor de alta produtividade no presente. Os recursos agrícolas são explorados demais e degradados, os processos ecológicos globais são alterados e as condições sociais que conduzem à conservação de recursos são enfraquecidas e desmanteladas. O uso de insumos alternativos que procuram não prejudicar o meio ambiente, a utilização correta da tecnologia e a adoção de práticas de conservação do solo são instrumentos importantes na agricultura sustentável reduzindo os efeitos da atividade humana no agroecossistema e propiciando a sua sustentabilidade.

15 14 A dita agricultura moderna baseada no uso intensivo de insumos, em alguns casos, não tem contribuído para a sustentabilidade dos agroecossistemas. Um dos motivos que provoca a insustentabilidade é a diminuição da produtividade ocasionada pela falta de manutenção da base ecológica que o agroecossistema possuía quando inicialmente constituído. Já a agricultura sustentável propõe o manejo do ambiente de forma a conservar a base dos recursos naturais, procurando manter uma relação de harmonia do homem com a natureza ao mesmo tempo em que se mantém economicamente viável no decorrer do tempo. 3.2 Sustentabilidade O desenvolvimento rural deve necessariamente ser sustentável, Meyer et al. Apud Altieri (2002) definem sustentabilidade como a capacidade para manter um nível de produtividade através do tempo sem comprometer os componentes estruturais e funcionais do agroecossistema. Uma característica importante da sustentabilidade é a capacidade do agroecossistema de manter um rendimento que não decline ao longo do tempo, mesmo submetido a variadas condições. Segundo Gliessman (2000), a sustentabilidade é uma versão de produção sustentável ou a condição de ser capaz de perpetuamente colher biomassa 1 de um sistema, porque sua capacidade de se renovar ou ser renovado não é comprometida. A preservação da produtividade da terra agrícola, a longo prazo, requer a produção sustentável de alimentos. A sustentabilidade pode ser alcançada através de práticas agrícolas, que sejam orientadas pelo conhecimento em profundidade dos processos ecológicos que ocorrem nas áreas produtivas e nos contextos mais amplos dos quais elas fazem parte. A partir desta base, pode-se caminhar na direção das mudanças socioeconômicas que promovem a sustentabilidade de todos os setores do sistema alimentar (Gliessman, 2000). Segundo Kitamura (1994) na natureza a sustentabilidade ocorre espontaneamente, quando o ecossistema atinge o estado maduro. Em ecossistemas que ocorre intervenção do homem a sustentabilidade é conseguida através do manejo das condições artificializadas, onde há uma recomposição da arquitetura do sistema e a introdução de matéria e energia que mantém o estado de permanência no tempo. Conway apud Kimatura (1994) relata que o desenvolvimento sustentável da agricultura significa uma máxima produção conservando os recursos naturais e obedecendo 1 Biomassa: a massa de toda a matéria orgânica em um determinado sistema, em um dado momento no tempo.

16 15 aos aspectos de viabilidade econômica e de igualdade social na distribuição dos seus benefícios e custos. Segundo Reijntjes et al.(1999), na agricultura a palavra sustentabilidade se refere à capacidade de manter a produtividade, ao mesmo tempo em que se mantém a base de recursos. Reijntjes afirma que o Comitê de Aconselhamento Técnico do Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional em 1988 conceitua agricultura sustentável através do manejo bem sucedido dos recursos para a agricultura, de modo a satisfazer as necessidades humanas em transformação, mantendo ou melhorando, ao mesmo tempo, a qualidade do ambiente e conservando os recursos naturais. Gips apud Reijntjes et al., usa uma definição mais ampla e afirma que a agricultura é sustentável quando, é: Ecologicamente correta o que significa que a qualidade dos recursos naturais é mantida e a vitalidade do agroecossistema inteiro é melhorada, incluindo-se aí desde os seres humanos, as lavouras e os animais até os microrganismos do solo. Economicamente viável a viabilidade econômica é medida também pela conservação dos recursos e a minimização dos riscos, além do produto agrícola colhido. Isto significa que os agricultores podem produzir para a sua auto-suficiência e/ou uma renda suficiente e obterem uma renda para pagar o seu trabalho e cobrir os custos envolvidos. Socialmente justa significa que os recursos e o poder devem ser distribuídos para assegurar que as necessidades básicas de todos os integrantes da sociedade sejam atendidas e garantidas e que seja respeitado os direitos dos agricultores com relação ao uso da terra, o acesso ao capital, assistência técnica e oportunidade de mercado. Todas as pessoas devem ter a oportunidade de participar na tomada de decisões. Humana isto significa que todas as formas de vida (vegetal, animal e humana) são respeitadas. Deve haver o reconhecimento que a dignidade é fundamental para todos os seres humanos. As relações e instituições devem incorporar valores humanos básicos como confiança, honestidade, auto-respeito, cooperação e compaixão. Desta forma, a integridade cultural e espiritual da sociedade é preservada, cuidada e nutrida. Adaptável as comunidades rurais devem ser capazes de se adaptar as condições da agricultura, que está em constante transformação: pelo crescimento populacional, mudanças nas políticas governamentais, nas demandas de mercado, etc. Isso envolve novas tecnologias apropriadas, bem como inovações sociais e culturais. A sustentabilidade é a base para o desenvolvimento rural e para manutenção dos agroecossistemas. Qualquer sistema de produção rural que não se preocupe com a sustentabilidade do agroecossistema ao longo do tempo está condenado ao fracasso. Este é o

17 16 motivo pelo qual muitas áreas férteis se transformaram em desertos ou inapropriadas para a produção, tiveram diminuição da sua produtividade ou geraram desequilíbrios sociais, econômicos e humanos. 3.3 Agroecossistema Segundo Gliessman (2000) o conceito de agroecossistema é definido como o local de produção agrícola. Para entender os agroecossistemas, primeiro deve ser entendido o ecossistema natural, suas partes e as relações entre elas e o seu aspecto funcional. Gliessman (2000), descreve um agroecossistema sustentável como o que mantém a base de recursos da qual depende, conta com um uso mínimo de insumos artificiais vindos de fora do sistema de produção agrícola, maneja pragas e doenças através de mecanismos reguladores internos e é capaz de se recuperar de perturbações causadas pelo manejo e a colheita. Os agroecossistemas convencionais são geralmente mais produtivos, mas bem menos diversos, do que os sistemas naturais. A chave para a sustentabilidade é encontrar um meiotermo entre os dois sistemas, ou seja, um sistema que imite a estrutura e função do ecossistema natural e, ainda assim, produza uma colheita para uso humano (Gliessman, 2000). Altieri (2002) dá ênfase as interações entre pessoas, recursos de produção, de alimentos dentro de uma propriedade ou de uma área específica. Os agroecossistemas são sistemas abertos que recebem insumos do exterior, gerando como resultado produtos que podem ser exportados para fora dos seus limites. Os princípios básicos de um agroecossistema sustentável são a conservação dos recursos renováveis, a adaptação da espécie cultivada ao ambiente e a manutenção de um elevado e sustentável nível de produtividade. Desta forma, um ponto-chave no desenho de agroecossistemas sustentáveis é a compreensão de que existem duas funções no ecossistema que devem estar presentes na agricultura: a biodiversidade dos microrganismos, plantas e animais e a ciclagem biológica de nutrientes da matéria orgânica (Altieri, 2002). Os agroecossistemas naturais tendem à complexidade. Entretanto, na agricultura moderna ela é inibida pelas monoculturas 2 que se caracterizam por baixa diversidade 3 e baixo nível de complexidade (Altieri, 2002). 2 Monoculturas: plantio homogêneo de uma mesma espécie, feito repetidamente em uma mesma área. 3 Diversidade: número ou variedade de espécies em um local, comunidade, ecossistema ou agroecossistema.

18 17 A diversidade das espécies está relacionada com o ambiente físico. Um ambiente com uma estrutura vertical mais complexa abriga, em geral, mais espécies que um outro com uma estrutura mais simples. Assim, um sistema agroflorestal conterá mais espécies que um sistema baseado em cultivo de cereais (Altieri, 2002). Segundo Reijntjes et al. (1999) os agroecossistemas abrangem comunidades de plantas e animais, bem como seus ambientes físicos e químicos, que foram modificados pelos humanos para produzir comida, fibras, combustíveis e outros produtos para seu consumo e para processamento. Há um reconhecimento dos agroecologistas que o consorciamento da agrossilvicultura imita os processos ecológicos naturais e que a sustentabilidade de muitas práticas locais deriva dos modelos ecológicos que elas seguem. Sistemas agrícolas que imitam a natureza otimizam melhor a luz solar, os nutrientes do solo e a chuva. Os agroecologistas definem agroecologia como o estudo holístico dos agroecossistemas abrangendo todos os elementos humanos e ambientais, suas inter-relações e os processos nos quais estão envolvidos como, por exemplo, simbiose 4, competição, sucessão ecológica, etc. Os agroecossistemas são complexos e a síntese para a sua sustentabilidade é o manejo adequado de todos os seus componentes, seja o solo, a matéria orgânica, a água, a vegetação espontânea e a introduzida, a micro e mesofauna, etc. Um dos motivos que tem levado a insustentabilidade de alguns agroecossistemas que são manejados pelo homem é o manejo inadequado. O primeiro passo para introduzir uma cultura exótica em um agroecossistema seria um estudo para verificar da sua capacidade para suportar esta espécie e quais as alterações que se fariam necessárias sem comprometer a sustentabilidade. Isto pode ser chamado como vocação de uso do solo, procurando que a cultura introduzida possua uma boa relação com o agroecossistema. De acordo com as características e exigências da cultura é necessário saber quais as práticas serão necessárias para que se consiga manter a sustentabilidade para as futuras gerações, como a conservação do solo, a adubação, etc. As práticas de manejo se relacionam diretamente com os agricultores familiares e assentados, pessoas que trabalham e retiram o seu sustento e de sua família do agroecossistema local. É necessário que os produtores tenham a consciência que o solo é o seu patrimônio e de sua família, e que dele depende o seu sustento, de sua família e das gerações futuras. O sistema agroflorestal apresenta algumas características que procuram imitar o sistema natural, como a diversidade de espécies com características diferentes por exemplo, o que possivelmente 4 Simbiose: uma relação entre organismos diferentes que vivem em contato direto.

19 18 indique que este sistema possa ter maior sustentabilidade que o monocultivo, por aproveitar melhor o solo, a luz e a água. 3.4 Agricultura familiar Wanderley (1999), conceitua a agricultura familiar como aquela em que a família ao mesmo tempo em que é proprietária dos meios de produção assume o trabalho no estabelecimento produtivo. Blum (1999) cita o seguinte: A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação FAO e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária Incra definem a agricultura familiar com base em três características: a gerência da propriedade rural feita pela família; o trabalho é desempenhado na sua maior parte pela família; os fatores de produção pertencem à família (exceção, às vezes, à terra) e são passíveis de sucessão em caso de falecimento ou aposentadoria do gerente. Lodi apud Blum (1999) ressalta a identificação do sobrenome da família e a sucessão através da hereditariedade. Para se ter uma melhor definição, Blum (1999) recomenda que além da gerência ser realizada pela família, da renda agrícola ser de no mínimo 80% retirada da unidade e a contratação de trabalho assalariado permanente limitado a um funcionário, ou trabalho temporário limitado a quatro empregados, a observação da extensão territorial, que segundo o autor para o Brasil e para o Rio Grande do Sul não deveria ser maior que 100 hectares. Outro aspecto importante que cita é o da família morar e viver na comunidade rural participando de suas atividades socioeconômicas. Blum (1999), quando se refere às propriedades rurais afirma que, os conceitos recebem outras características devido às peculiaridades da agricultura. O Manual de Crédito Rural descrito em Brasil (2004) conceitua agricultor familiar para fins de financiamento ao Programa Nacional para Agricultura Familiar Pronaf, com base nos seguintes itens: - Sejam proprietários, posseiros, arrendatários, parceiros ou concessionários da reforma agrária. - Residam na propriedade ou em local próximo. - Detenham, sob qualquer forma, no máximo quatro módulos fiscais de terra, quantificados conforme legislação em vigor. - O trabalho familiar deve ser a base da exploração do estabelecimento.

20 19 Blum (1999), define propriedade familiar como aquela em que o imóvel rural é direta e pessoalmente explorado pelo agricultor e sua família, absorvendo toda a força de trabalho e garantindo a subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região, tipo de exploração eventualmente contando com a ajuda de terceiros. Siliprandi (1998) menciona que a partir de 1990 o termo agricultura familiar passou a ser utilizado devido ao tipo de mão-de-obra utilizado no estabelecimento e não pela área ocupada. Nesta mesma data, os movimentos sindicais se mobilizaram em um projeto de valorização da agricultura familiar, onde foram apontadas as seguintes razões para esta valorização: - A agricultura familiar pode ocupar um contingente maior de mão-de-obra por área contribuindo para a diminuição do desemprego; - É uma forma mais racional de utilização dos solos, pela tradição em diversidade, produzindo de forma mais eficiente e preservando o ambiente; - Pode obter produtividades altas, se contar com apoio técnico, pesquisa e recursos financeiros adequados; - É uma forma mais democrática de distribuir os recursos sociais, tendo como resultado a desconcentração da terra e do poder econômico, político e social; - Ela estimula a iniciativa dos membros da família na organização de suas vidas e de seu trabalho, em um amplo círculo de relações econômicas (bancos, comércio, cooperativas, etc). Segundo Brumer (1999), uma das alternativas existentes para a produção familiar em pequenos e médios estabelecimentos no Rio Grande do Sul é a diversificação produtiva, tanto no interior de cada estabelecimento agropecuário como entre unidades produtivas e entre regiões. Aparentemente, essa diversificação pode contribuir para o emprego em tempo integral de um número relativamente maior de membros da família, tendo em vista, que o trabalho pode ser mais bem distribuído durante todo ano e a produção pode ser competitiva em termos de mercado. Devido ao peso que a produção familiar representa na agricultura, a torna hoje, um setor único no capitalismo contemporâneo, não havendo atividade econômica em que o trabalho e a gestão estruturem-se tão fortemente em torno de vínculos de parentesco e onde a participação da mão-de-obra não contratada seja tão importante (Abramovay, 1992). A agricultura familiar possui características peculiares, como a utilização da mão-deobra que é preponderantemente formada pelos membros da família. Também é um fato, que vem a caracterizar a agricultura familiar a residência e participação econômica e social da família na comunidade onde se localiza a propriedade. Alguma propriedade de pequeno porte localizada em agroecossistemas frágil tem a sua situação complicada, às vezes,

21 20 principalmente em monocultivos. Alguns agricultores dizem que as lavouras de culturas anuais, são bastante suscetíveis à estiagem e isto, se traduz em frustração dos produtores por perderem o capital investido, se tornando um fator de insustentabilidade econômica e social. Isto está indicando que uma das opções é a diversificação na pequena propriedade como uma forma de utilizar a mão-de-obra disponível e usar o solo de acordo com sua aptidão e capacidade de uso, diminuindo o impacto ao meio ambiente e o risco que apenas um produto oferece pela estiagem ou preço de mercado. Nesse sentido o sistema agroflorestal se torna uma possibilidade na pequena propriedade, por diversificar e minimizar os efeitos da estiagem, consorciando árvores, cereais e animais. 3.5 Assentamentos de reforma agrária Segundo Bavaresco (1999), os assentados rurais existentes atualmente tem sua origem na luta de trabalhadores rurais pela posse da terra. Estes trabalhadores são filhos de pequenos agricultores, arrendatários, posseiros, meeiros, atingidos por barragens, empregados rurais, etc. Conforme Leite (2000), são bastante diversificados os beneficiários diretos dos assentamentos. Do ponto de vista da inserção no processo produtivo, encontram-se posseiros, com longa história de ocupação da terra; filhos de produtores familiares pauperizados que, frente às dificuldades financeiras para o acesso à terra, optaram pela ocupação como único caminho possível para se perpetuarem na tradição de produtores independentes; parceiros em busca de terra própria; pequenos produtores atingidos pela construção de hidrelétricas; seringueiros que passaram a resistir ao desmatamento que ameaçava o seu modo de vida; assalariados rurais, muitas vezes completamente integrados no mercado de trabalho; populações de periferia urbana, com empregos estáveis ou não, eventualmente com remota origem rural, mas que, havendo condições políticas favoráveis, se dispuseram à ocupação; aposentados que viram na terra a possibilidade de um complemento de renda, etc. O termo assentamento começou a ser usado a partir do final da década de 1950 e início de 1960, quando algumas políticas começaram a ser implantadas em resposta às intensas mobilizações sociais no campo, porém logo reprimidas pelo governo militar para ressurgirem na segunda metade da década de 1970 (Bergamasco e Norder,1996, apud Bavaresco). Araújo (2000) destaca que nos anos 90 a luta pela reforma agrária se recoloca num ambiente distinto. Uma característica importante, nesse novo contexto, é que o emprego na cidade começa a rarear (o que bloqueia a alternativa do êxodo rural). A reforma agrária

22 21 começa, então, a ser vista como a possibilidade de criar empregos (a custo menor que o emprego urbano). O Brasil é um país singular, em meio à crise mundial do emprego: tem terra disponível e pessoas dispostas a produzir na terra. Para os movimentos sociais, a viabilidade do assentamento se torna crucial. Daí a busca de formação de cooperativas, de desenvolvimento de agroindústrias, da busca de propostas de articulação entre a produção familiar do assentamento e outros agentes econômicos. Segundo Ranieri (2003), a concentração da posse da terra no Brasil tem suas origens na época do descobrimento. A expressão reforma agrária é utilizada para representar idéias de estímulo à produção agrícola, como assistência técnica, crédito agrícola, garantia de preços e outras intervenções similares. Gomes da Silva, citado por Ranieri (2003) considerou reforma agrária um processo amplo e imediato de redistribuição da propriedade da terra com vistas à transformação econômica, social e política do meio rural, com reflexos no conjunto da sociedade. Isso significa que o número de beneficiários do processo deve ser compatível com o universo dos trabalhadores rurais sem ou com pouca terra, e deve realizar-se num período, relativamente curto, de tal sorte que a atual geração seja alcançada. Segundo Ranieri (2003), a reforma agrária é um termo utilizado para descrever uma série de ações que têm como base a reordenação fundiária como mecanismo de acesso à terra e aos meios de produção agrícola aos trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra. O seu significado depende do ponto de vista que se tem em foco, o qual está relacionado ao grupo de interesse representado. Um processo de reforma agrária amplo e rápido traria para o Brasil impactos positivos nos setores social e político como também provocaria alterações significativas na esfera do poder político. Os reflexos seriam sentidos não só no campo, mas também nas grandes cidades, auxiliando no equacionamento do seu crescimento desordenado, diminuindo a competição por empregos e aumentando a oferta de produtos agrícolas para a população urbana. Nas regiões de maior atividade de reforma agrária, as opiniões do governo, trabalhadores rurais, movimentos sociais e dos pesquisadores são convergentes em indicar que os reflexos sociais (melhora de qualidade de vida) e econômicos (maior atividade econômica e maior retorno de benefícios para a comunidade regional) são positivos, gerando um cenário diferenciado e otimista em relação à situação anterior à intervenção fundiária. Essas perspectivas reforçam o potencial ainda latente da reforma agrária como sendo um meio eficiente e sustentável de combater a pobreza, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores rurais e da população urbana, gerando, também, desenvolvimento econômico e melhorando a distribuição de renda numa escala ampla e realista (Ranieri, 2003).

23 22 O mesmo autor menciona que as maiores divergências entre as opiniões do governo, trabalhadores rurais, movimentos sociais, meio acadêmico e da minoria que concentra a posse da maior parte das terras produtivas do Brasil, referem-se à definição e pertinência da reforma agrária no atual contexto histórico, político, social e econômico. Essa discordância básica tem reflexos na maneira como cada segmento avalia os resultados. Segundo Sparovek (2003), se reunirmos um grupo de cinco pessoas e passarmos um dia em qualquer um dos Projetos de Assentamento que existem no Brasil teremos, ao final do dia, cinco opiniões distintas, e, não raro, contraditórias e opostas. De maneira figurativa, a paisagem é uma só, mas cada pessoa a retrata, fotografando-a de uma posição diferente. Qualquer discussão sobre os motivos dessas diferenças que não considere a posição dos fotógrafos será totalmente inútil. Muitas famílias assentadas praticam a agricultura de subsistência, por possuírem uma família numerosa e possuírem uma área relativa a um lote de terra de normalmente um módulo rural. Nestas famílias o pouco excedente produzido, normalmente é vendido ou trocado por outro produto que a família não produz em seu lote. Reijntjes et al. (1999) afirma que a agricultura de subsistência e um sistema agrícola no qual grande parte do produto final é consumido pelo produtor. A maioria dos sistemas de subsistência envolve a produção de alguns animais ou plantas para venda, mas a relação entre produção para subsistência e para venda pode variar muito de ano para ano. A origem dos trabalhadores que reivindicam pela posse da terra através da reforma agrária é amplamente diversificado. Inicialmente o objetivo da reforma agrário era proporcionar estímulo a produção e transformação econômica, social e política do meio rural obtendo-se reflexos nas cidades. Esta reivindicação é antiga, porém mais recentemente, a reforma agrária tem sido vista, como uma possibilidade de criar empregos a um menor custo do que nas cidades, evitando que estas pessoas ao permanecerem nos meios urbanos ajudem a aumentar os problemas sociais e econômicos já existentes. A reforma agrária atualmente é um assunto polêmico na sociedade, há correntes defensoras e contrárias a sua efetivação. De um lado fazendeiros pressionados por grupos sociais, invasões de seus estabelecimentos e vistorias do Incra e de outro lado grupos organizados com objetivo específico de ampliar a reforma agrária da maneira que entendem seja necessária para a sua concretização. Um sistema de produção que pode ser usado tanto na agricultura familiar como por assentados de reforma agrária na produção de alimentos é o sistema agroflorestal que propicia diversificação da produção e se aproxima dos conceitos de sustentabilidade dos agroecossistemas. Pode ser uma importante ferramenta para o

24 23 desenvolvimento rural sustentável por propiciar alimentos, madeira e carne sem degradar o meio ambiente em um processo de inclusão social. 3.6 Sistemas agroflorestais Segundo Rockenbach e Anjos (1994) citando Backt, um sistema é um arranjo de componentes físicos, unidos ou relacionados de tal maneira que funcionam como uma unidade ou um todo. Altieri e Farrell (2002) conceituam sistema agroflorestal como um sistema sustentável de manejo e uso da terra e de plantas que procura aumentar a produção de forma contínua, combinando a produção de árvores (incluindo frutíferas e outras) com espécies agrícolas e/ ou animais, simultaneamente ou seqüencialmente, na mesma área, utilizando práticas de manejo que sejam compatíveis com a cultura da população local. É um sistema de baixo uso de insumos, pois otimiza os efeitos benéficos das interações entre árvores, culturas agrícolas e animais com a finalidade de obter uma produção comparável à obtida nos monocultivos, com os mesmos recursos. Reijntjes et al. (1999) apresenta vários conceitos: - Agrossilvicultura como o uso deliberado de espécies lenhosas perenes (árvores, arbustos, palmeiras, bambu) que dividem uma mesma unidade de manejo com culturas agrícolas, pastagens e/ou animais, seja em arranjos espaciais mistos, onde as espécies aproveitam o mesmo lugar ao mesmo tempo, seja numa seqüência ao longo do tempo. - Silvipecuária é um sistema agroflorestal no qual os animais se alimentam diretamente de árvores ou arbustos forrageiros ou recebem forragens obtidas dessas espécies, além de pastarem plantas de porte herbáceo. - Sistema agroflorestal é um sistema de uso da terra no qual se combina o cultivo de espécies agrícolas de porte herbáceo com o de espécies arbóreas ou arbustivas. - Sistema agropastoril é um sistema de uso da terra no qual há uma combinação entre agricultura e criação de animais em pastagens. Medrado (2000) apresenta os seguintes conceitos: sistema silviagrícola como aquele constituído de árvores e/ou arbustos mais culturas agrícolas; sistema silvipastoril aquele constituído de árvores e/ou arbustos mais pastagem e/ou animais e sistema agrossilvipastoril formado de árvores e/ou arbustos mais culturas agrícolas, mais pastagem e/ou animais.

25 24 Medrado (2000) afirma ainda que o sistema agroflorestal é considerado como um sistema de uso da terra, caracterizado conforme a localidade e descrito de acordo com a sua composição biológica e arranjo, nível técnico de manejo ou características socioeconômicas. Lima (1993) afirma que o sistema agroflorestal é um termo novo usado para uma prática bastante antiga de se cultivar e foi introduzido oficialmente no meio científico durante o VIII Congresso Florestal Mundial na Indonésia em É uma modalidade de uso integrado da terra para fins de produção florestal, agrícola e pecuária. É um sistema moderno e adequado de produção florestal social e ecologicamente mais equilibrada. O aspecto principal em um sistema agroflorestal é a presença do componente arbóreo para fins de proteção, de produção ou ambos simultaneamente. Ramos (1994) citando King, ao descrever um sistema agroflorestal usado na Ásia, denominado Taungya estabele o cultivo de floresta com cultivos agrícolas simultaneamente, podendo em alguns casos os cultivos agrícolas cobrirem os custos da floresta. Um dos objetivos do sistema agroflorestal é fazer com que ele funcione como uma unidade, imitando o sistema natural, para colher os benefícios presentes neste, principalmente no aspecto ambiental. Torna-se um sistema que visa proporcionar sustentabilidade nos agroecossistemas por requerer menos insumos, aproveitando os efeitos positivos que as interações entre as diferentes espécies proporcionam. Desta forma, o sistema se torna mais econômico, por diminuírem os custos, propiciando produções iguais ou superiores que os monocultivos Características dos Sistemas Agroflorestais De acordo com Altieri e Farrell (2002), os sistemas agroflorestais incorporam quatro características: Estrutura, Sustentabilidade, Aumento da produtividade e Adaptabilidade socioeconômica/cultural. Estrutura: durante séculos, os agricultores têm suprimido suas necessidades básicas, cultivando de forma conjunta, espécies anuais alimentícias, árvores e animais. Sustentabilidade: o sistema agroflorestal otimiza os efeitos benéficos das interações entre árvores, espécies anuais e animais. Usando as características ecológicas dos ecossistemas 5 naturais como modelo, espera-se que a produtividade em longo prazo possa ser mantida sem degradar a terra. 5 Ecossistemas: um sistema funcional de relações complementares entre organismos vivos e seu ambiente, com uma determinada área física.

26 25 Aumento da produtividade: estimulando as relações de complementação entre os componentes produtivos, melhorando as condições de crescimento e o uso eficiente dos recursos naturais (espaço, solo, água, luz) espera-se que a produção aumente no sistema agroflorestal em relação aos sistemas convencionais de uso da terra. Adaptabilidade socioeconômica/cultural: o potencial do sistema agroflorestal é particularmente reconhecido pelos pequenos produtores em áreas marginais dos trópicos e subtrópicos porque não possuem condições de adotar tecnologias caras, embora o sistema possa ser aplicado em uma ampla faixa de tamanhos de propriedades e condições sócioeconômicas. As árvores afetam o ambiente de um sistema agroflorestal de várias maneiras. Os efeitos variam conforme o tipo de sistema, dependendo de fatores como a altitude, chuvas anuais, padrões de vento, geografia, tipo de solo e espécies de árvores (Gliessman, 2000). O mesmo autor afirma que, à medida que o conhecimento dos processos ecológicos sobre o sistema agroflorestal é aperfeiçoado pode-se ver que os componentes do sistema tornam-se interdependentes. A cultura anual pode tornar-se dependente das árvores para captar nutrientes em maiores profundidades e abrigar insetos benéficos. A cultura anual pode deslocar as plantas invasoras que poderiam concorrer com as árvores. Os animais beneficiamse das plantas anuais e forrageiras, retornando os nutrientes no solo na forma de esterco e urina. As interdependências ecológicas são parte do quadro, visto que os seres humanos dependem das árvores para a obtenção de lenha, madeira para construção, forragem para animais, frutas e nozes, temperos e medicamentos. Os desenhos no sistema agroflorestal podem ser realizados de forma que desempenhem papéis importantes ecológica e economicamente. O arranjo espacial, ainda segundo Gliessman (2000) das árvores no sistema agroflorestal dependerá das necessidades do produtor, da natureza do agroecossistema e das condições ambientais e ecológicas locais. Quando o objetivo do produtor for atividades silvopastoris uma bordadura de árvores ao redor da pastagem pode ser o melhor desenho. Se a intenção é a produção de culturas e o vento é um problema, a solução é um sistema de quebraventos. Quando o componente árvore é destinado a fornecer cobertura morta de folhas caídas para favorecer a cultura anual, o sistema pode ser composto por fileiras de árvores entre faixas usadas para a agricultura. Segundo Couto (1990) o homem do campo, ao longo do tempo, sempre tem usado a consorciação de culturas com uma maneira de minimizar os riscos de uma perda total de sua produção. O aumento da produtividade, considerado como meta por muitos pode não ser o

27 26 beneficio mais importante proporcionado pela adoção de sistemas agroflorestais para a maioria dos proprietários rurais. As pesquisas na área de sociologia revelam que o homem do campo freqüentemente está interessado tanto na diversificação de culturas e redução de custos quanto no aumento da produção. Segundo Ribaski (2004), para que se tenha sucesso no sistema agroflorestal, precisa-se considerar o espaçamento da espécie florestal. Nesses sistemas normalmente são usadas menores densidades de plantio e diferentes arranjos espaciais das espécies florestais em campo. Plantios mais adensados resultam na produção de um elevado número de árvores com pequenos diâmetros, as quais normalmente são utilizadas para fins menos nobres como lenha, carvão, celulose, engradados e estacas para cercas. Espaçamentos amplos resultam em um número menor de plantas por unidade de área, tornando mais fácil o acesso de máquinas para o plantio e tratos culturais. Facilitam também a retirada da madeira e empregam menos mãode-obra, além de permitirem a produção de madeira de melhor valor comercial (postes, vigas, esteios e serraria). Como desvantagens há maior necessidade de tratos culturais e menor derrama natural. Práticas de manejo em eucalipto, caracterizadas por espaçamentos iniciais largos, desbastes precoces e pesados e podas altas, revelam-se superiores aos tradicionais, com a produção de madeira de boa qualidade, com bons resultados econômicos. Além disso, permitem a penetração de altos níveis de radiação no sub-bosque, o que, por sua vez, favorece o desenvolvimento satisfatório de outras espécies, também com valor econômico associadas (Ribaski, 2004). As características principais dos sistemas agroflorestais se baseiam no cultivo integrado de espécies anuais, árvores e animais. Estes sistemas procuram a sustentabilidade tentando imitar os processos que ocorrem no ecossistema natural. Também visa aumentar a produtividade pela complementação que uma espécie propicia a outra nas suas interações, usando de forma eficiente os recursos naturais. É um sistema que se aplica a um amplo leque de propriedades rurais. A distribuição ou desenho dos componentes depende do objetivo da produção e das características da propriedade rural. O produtor por sua vez tem interesse em diversificar e reduzir custos para obter aumento de produção. Para que o sistema funcione é necessário aumentar o espaçamento da cultura florestal para permitir a entrada de luz que favorece, desta forma, as culturas agrícolas e pastagens.

28 Vantagens dos Sistemas Agroflorestais Segundo Gliessman (2000) no sistema agroflorestal se obtém maior diversidade de produtos, diminui a necessidade dos insumos externos e reduz o impacto negativo das práticas agrícolas ao ambiente. O sistema otimiza os efeitos benéficos da interação entre o componente arbóreo, as culturas agrícolas e os animais e permitem explorar as vantagens da diversidade e do processo de sucessão 6 para obter alimentos e outros produtos agrícolas. Vilcahuaman et al. (2002) afirmam que a maioria das pequenas e médias propriedades possuem áreas inaproveitadas, declivosas e impróprias para o cultivo agrícola. Se constata nestas áreas que os produtores rurais estão com dificuldade de sobrevivência no meio rural e que o plantio florestal é uma alternativa de diversificação para agricultores familiares na sustentabilidade destas propriedades. Segundo Reijntjes et al. (1999) a integração de espécies lenhosas (árvores e arbustos) com culturas agrícolas pode contribuir para viabilizar o sistema. Elas não só possuem importância produtiva (produzem comida, forragens, combustível, fibras, madeira, remédios e pesticidas) como também reprodutivas, de proteção e social. Os produtos das espécies lenhosas podem ser usados para o consumo doméstico ou para ser vendido. Estas espécies podem fornecer reservas de capital para épocas ou estações adversas e protegendo os solos e as lavouras dos fluxos prejudiciais de radiação, vento ou água (criação de microclimas 7 e controle da erosão). Ao integrar espécies lenhosas em seus sistemas, os agricultores podem diversificar a produção e distribuir a demanda da mão-de-obra ao longo do tempo, diminuindo os riscos da atividade agrícola. As espécies lenhosas melhoram a fertilidade do solo através da absorção de nutrientes da área circundante e das camadas mais profundas do solo, fixando na sua biomassa perene e na camada superior do solo - reciclagem de nutrientes, aumento do teor de matéria orgânica na camada superior do solo, da interação com micorrizas e bactérias do solo - fixação de nitrogênio e solubilização de fosfatos (Reijntjes et al., 1999). Segundo Lima (1993), uma das funções que o sistema agroflorestal desempenha é a proteção adequada do solo, embora possa haver concorrência das raízes das árvores por água e nutrientes com as culturas agrícolas. O autor citando um experimento de Verinumbe e Okali que cavaram uma trincheira entre as linhas de milho e teca com a finalidade de impedir o crescimento das raízes das árvores, verificaram não haver diferenças na variação do conteúdo 6 Sucessão: o processo pelo qual uma comunidade cede lugar à outra. 7 Microclimas: as condições ambientais na vizinhança imediata de um organismo.

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