Áreas Protegidas e Compensação Ambiental
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- Kevin Vilaverde Tomé
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1 Áreas Protegidas e Compensação Ambiental
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3 Percepção do Risco Ambiental 1. É uma percepção complexa, que excede a aprendizagem de probabilidades pois intervém dados cognitivos acerca da fonte de risco, dados espaço-temporais e muitos fatores pessoais, de experiência e motivação. 2. As certezas individuais relativas ao estado do clima e do meio ambiente condicionam a percepção dos riscos climáticos e socioambientais. 3. As pessoas respondem unicamente os riscos que percebem. 4. A deliberação sistemática e racional não é a base do nosso comportamento habitual.
4 Percepção que o Poder Público e as ONG s têm em geral sobre o S.E.B. 1. Hidrelétricas sempre degradam o meio ambiente (não importa os inúmeros programas e medidas de controle adotados. Os impactos ambientais que não puderem ser totalmente eliminados serão impactos residuais sem significação relevante e/ou que estão dentro dos limites permitidos pela legislação ambiental, que concilia o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente, ambos de vital importância para a vida da população); 2. O SEB tem grande poder econômico e pode subsidiar, além de suas obrigações, outras ações ambientais e sociais que caberiam ao Poder Público; 3. A aplicação de instrumentos econômicos sobre o SEB não acarretará maior ônus, já que o valor pago será repassado ao preço da energia elétrica; 4. O SEB é bem estruturado, organizado e pode ser mais facilmente monitorado e controlado;
5 Passivos Nacionais - SNUC 1. R$ 15 bilhões Passivo regularização fundiária(???) 2. R$ 450 milhões - Déficit infraestrutura UC s (???) 3. R$ 350 mihões/ano custos operacionais UC s (???) 4. R$ 2,0 milhões/uc nova a ser criada (???) 5. R$ 1,5 milhão/ano de custo operacional para cada nova UC (???) 6. 32,3% de Reserva de Contingência para o orçamento anual do MMA para 2011 (R$ 1,1 bilhão contingenciados de um total de R$ 3,4 bilhões) sendo de apenas 153 milhões para investimento; 7. O orçamento total do ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade para 2011 é de R$ 444,2 milhões sendo de apenas 26,5 milhões para investimento;
6 Outras fontes de receita para o SNUC 1. Receitas financeiras disponíveis a. Orçamento federal; b. Financiamentos internacionais (bi e multilaterais); c. Visitação; d. Co-gestão; e. Outros: concessão de serviços, doação, pagamento de royalties, CFPURH e conversão de multas; 2. Receitas potenciais a. Fundo de Áreas Protegidas (FAP); b. Concessões florestais; c. Pagamento por serviços ambientais: água e carbono (REDD); d. Bioprospecção; e. Extrativismo; 3. Mecanismos financeiros que colaboram indiretamente a. Fundo de Direitos Difusos (FDD); b. ICMS Ecológico; c. FPE Verde.
7 Sobreposições Compensatórias 1. Compensação ambiental da lei do SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação (art. 36, 47, 48 da Lei 9.985/00); 2. Medidas compensatórias no licenciamento ambiental (art. 12, parágrafo único, da lei 6.981/81); 3. Compensações financeiras e diversas oriundas de exigências de órgãos como prefeituras, Instituto Nacional do Patrimônio Histórico, Funai, órgãos de fiscalização e movimentos organizados por déficits de investimento público (não imputáveis aos empreendimentos); 4. Compensação florestal para supressão de vegetação da lei 4.771/65 (intervenção em APP) (art. 4, parágrafo 4º, do Código Florestal); 5. Compensação para supressão de vegetação em mata atlântica (arts. 17, 30, 31 e 32 da Lei /06);
8 Sobreposições Compensatórias 6. Compensações pelas emissões de GEE Gases de Efeito Estufa (IN IBAMA 12/10); 7. Compensações impostas por processos judiciais; 8. Constituição de Reserva Legal - RL de áreas alagadas em hidrelétricas e corredores de transmissão (sem previsão legal); 9. Recuperação de APP (nas áreas de influência, nas cabeceiras dos rios) e na faixa de proteção em reservatórios em propriedades de terceiros; 10. Compensações retroativas (compensação nos processos de renovação de LO) e sucessivas; 11. Criação de Unidades de Conservação cumulativamente com a compensação ambiental.
9 Prioridades de aplicação (Lei do SNUC) A aplicação dos recursos da compensação ambiental nas Unidades de Conservação existentes ou a serem criadas, deve obedecer à seguinte ordem de prioridade: 1. Regularização fundiária ou implantação de planos de manejo; 2. Elaboração, revisão ou implantação de plano de manejo; 3. Aquisição de bens e serviços necessários à implantação, gestão, monitoramento e proteção da unidade, compreendendo sua área de amortecimento; 4. Desenvolvimento de estudos necessários à criação de nova UC; 5. Desenvolvimento de pesquisas necessárias para o manejo da UC e área de amortecimento. I. A ordem de prioridades seria taxativa e compulsória? II. III. Por serem recursos públicos (não) poderiam ser executados pelo empreendedor? Sua fixação não exclui a imprevisibilidade: poderá ser revista até a conclusão da obra?
10 Desafios da compensação ambiental 1. Imprescritível e indisponível? 2. Retroativa (revisão do licenciamento ou processo civil) uma vez que se trata de responsabilidade civil? 3. Aberta a possibilidade de se rever os valores pagos de compensação ambiental dos empreendimentos já licenciados? 4. Poderá ser valorada de acordo com os impactos ambientais independentemente de ele ser mitigável ou não? 5. Recursos para a ampliação (PNAP) e manutenção das áreas protegidas no Brasil. 6. Licenças ambientais terão uma contrapartida, sendo usadas como moeda de troca para a criação e manutenção de Parques Ambientais e Unidades de Conservação (construirão com as UC s uma "muralha verde contra a destruição" na região do arco do desmatamento)?
11 Desafios da compensação ambiental 7. STF concluiu que é constitucional fazer a cobrança, mas não fixar o porcentual mínimo de 0,5%. Mas não ofereceu alternativa de valor; 8. STF reafirma a competência do órgão ambiental para definir o montante do recurso a ser pago pelo empreendedor a título de compensação ambiental, com base no grau de impacto causado pelo empreendimento; 9. É necessária uma relação de causalidade e proporcionalidade entre o valor a ser despendido pelo empreendedor e o efetivo impacto ambiental; 10. Órgão ambiental terá de fixar o montante da compensação através da análise caso-a-caso, com base na relação direta causal. 11. Necessidade de metodologia para o cálculo da compensação ambiental que expresse os impactos nos ambientais afetados e possa suportar uma regulamentação; 12. O Brasil não conta com uma tecnologia científica apta a valorar financeiramente danos ambientais como perda da biodiversidade, erosão de encostas, cadeias ecológicas etc.; 13. Essa tecnologia não existe em nenhum lugar do mundo.
12 Abraham S. Hewitt
13 Evolução das emissões de GEE
14 Evolução das emissões de GEE Crescimento de 93% (2005 até 2020)
15 IN 12/10 IBAMA 1. Revogação da IN 07/09 (reconhece a ilegalidade da mesma); 2. Exigência de medidas para mitigar ou compensar estes impactos ambientais em consonância com o Plano Nacional sobre Mudanças do Clima. 3. Para reduzir essas emissões de GEE no setor energético sem sacrificar o desenvolvimento econômico, as principais estratégias são: 1) substituir os combustíveis fósseis por outras fontes nãoemissoras, como hidreletricidade, energia solar, eólica e biomassa sustentável; e 2) conservar ou usar de forma mais eficiente todas as formas de energia disponíveis. (PNMC, pág. 32)
16 IN 12/10 IBAMA 4. Observa-se que a entrada em operação das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, de Belo Monte e das demais usinas da Região Norte, evitam, cumulativamente, uma emissão de 183 milhões de tco2e, ao substituírem por geração hidrelétrica a energia que seria produzida por usinas termelétricas que utilizam combustíveis fósseis. (PNMC, pag. 34) 5. UTEs à gás como parte da resposta na área de eficiência energética pela Petrobrás no Programa de Otimização do Aproveitamento do Gás, que busca a redução da queima e liberação para a atmosfera de gás natural em 24 plataformas. (PNMC, pag. 64) 6. Em função da disponibilidade de projetos hidrelétricos, com estudos em fase de conclusão para irem a leilão, e de fontes alternativas com custos de geração mais competitivos que os das termelétricas,... não foram indicadas neste Plano novos projetos termelétricos no horizonte de planejamento (PDE 2020, pág. 64). 7. Para as usinas movidas a óleo diesel e combustível...fatores de capacidade de 1% e 5%,... 32% para as usinas a gás, de 49% para as usinas a carvão mineral... de 85% para as centrais nucleares e de 89% para as usinas que utilizam gás de processo (PDE 2020, pág. 77).
17 IN 12/10 IBAMA o PDE 2020 foi formulado, tendo entre seus objetivos, atender a uma meta de emissões no setor energético compatível com a meta de redução voluntária da emissão global projetada para 2020, na forma estabelecida na Comunicação Nacional do Brasil em Copenhague e na Lei nº 2.187/09. (PDE 2020, pág. 281). 9. Podem ser citadas como exemplo de políticas e iniciativas de mitigação ou controle de emissões que estão implícita ou explicitamente consideradas neste PDE, o aumento na participação dos biocombustíveis na matriz de transportes; a expansão hidroelétrica; a expansão de outras fontes renováveis de energia, mantendo a participação das fontes renováveis na produção de energia elétrica, em particular, e na matriz energética como um todo, o estímulo à eficiência energética no consumo da energia elétrica e de combustíveis (PDE 2020, pág. 314).
18 IN 12/10 IBAMA pode-se afirmar que o cenário do PDE 2020 constitui um cenário de estabilização de emissões, devendo ser reconhecido como um cenário de mitigação ou intervenção na classificação do IPCC [226], porque atende às seguintes condições: a) incorpora meta específica de emissões de CO2-equivalente; b) compreende, explícita e implicitamente, políticas e medidas no sentido de viabilizar o atingimento da meta específica de emissões de GEE (PDE 2020, pág. 318) o cenário de expansão da oferta de energia deste PDE 2020 se enquadra nas regras específicas estabelecidas pela Junta Executiva do MDL [229] que, a ele aplicadas, caracterizam-no como uma Política E-. Isso significa que o cenário do PDE 2020 não deve ser considerado como linha de base para efeito de avaliação de políticas de redução de emissões. Com efeito, no caso de uma Política E-, o cenário de linha de base pode referir-se a uma situação hipotética sem a existência da política nacional/setorial ou regulação (PDE 2020, pág. 318).
19 Desafios da Sustentabilidade Energia Competitiva Segurança no abastecimento Sustentabilidade
20 Rede Energia Assessoria Especial de Meio Ambiente Fone: (11)
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