Capítulo 3: Equilíbrio. Prof a Alessandra Smaniotto. QMC Química Analítica Curso de Graduação em Farmácia Turmas 02102A e 02102B

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Capítulo 3: Equilíbrio. Prof a Alessandra Smaniotto. QMC Química Analítica Curso de Graduação em Farmácia Turmas 02102A e 02102B"

Transcrição

1 Capítulo 3: Equilíbrio Químico Prof a Alessandra Smaniotto QMC Química Analítica Curso de Graduação em Farmácia Turmas 02102A e 02102B

2 Soluções Soluto Reações Químicas Solvente Solução produto homogêneo obtido quando se dissolve uma substância (soluto) em um solvente. Solução aquosa quando o solvente éa água.

3 A importância das soluções aquosas Mais de 2/3 do planeta écoberto por água; Substância mais abundante no corpo humano; Propriedades físico-químicas únicas; Solvente para uma ampla variedade de substâncias, sendo considerado como solvente universal; Diversas reações bioquímicas, que garantem o adequado funcionamento do organismo humano, envolvem substâncias dissolvidas em água; Inúmeras reações químicas conhecidas ocorrem em meio aquoso.

4 Eletrólitos litos e não-eletr eletrólitoslitos Eletrólitos são substâncias químicas que formam íons quando dissolvidas em água ou outro solvente e assim produzem soluções que conduzem a corrente elétrica. Eletrólitos Corrente elétrica

5 Conduz eletricidade Corrente elétrica Não conduz eletricidade Sofrem modificações Eletrólitos Não se modificam Não - Eletrólitos Substâncias inorgânicas (ácidos, bases e sais) Substâncias orgânicas (glicose, glicerina etc.)

6 Química Analítica Clássica

7 Teoria de dissociação eletrolítica tica Teoria de Arrhenius moléculas dissociam-se reversivelmente em átomos ou grupamentos de átomos carregados que conduzem corrente elétrica. Teoria de Debye-Hückel explica porque a condutividade molar de soluções de eletrólitos fortes é maior quando as soluções são mais diluídas.

8 Processo de solvatação Solubilização Composto iônico NaCl Na + + Cl - CH 3 OH Dissociação eletrolítica Dissolução

9 Dissociação eletrolítica de substâncias inorgânicas NaCl Na + + Cl - MgSO 4 Mg 2+ + SO 4 2- CaCl 2 Ca Cl - Na 2 SO 4 2Na + + SO 4 2- Cargas positivas = cargas negativas nºde cargas do íon = valência

10 Grau de dissociação α = nº de moléculas dissociadas nº total de moléculas α = α = 0 1 Não hádissociação Dissociação Total Eletrólitos fortes se ionizam completamente; Eletrólitos fracos se ionizam parcialmente.

11 Eletrólito fraco Ex: ácido acético (CH 3 COOH) Eletrólito Forte Ex: cloreto de sódio (NaCl)

12 FORTES 1.Ácidos inorgânicos como HNO 3, HClO 4, *H 2 SO 4, HCl, HI, HBr, HClO 3, HBrO 3 2. Hidróxidos alcalinos e alcalino-terrosos; 3.A maioria dos sais. *H 2 SO 4 é completamente dissociado para formar os íons HSO 4 - e H 3 O + e, por essa razão, é considerado um eletrólito forte. Deve-se observar, entretanto, que o íon HSO 4 - é um eletrólito fraco, sendo apenas parcialmente dissociado para formar SO 4 2- e H 3 O +. FRACOS 1. Ácidos inorgânicos, incluindo H 2 CO 3, H 3 BO 3, H 3 PO 4, H 2 S, H 2 SO 3; 2. A maioria dos ácidos orgânicos; 3. Amônia e a maioria das bases orgânicas; 4. Haletos, cianetos e tiocianatos.

13 Equilíbrio Químico As reações químicas não resultam na completa conversão de reagentes em produtos; As reações químicas tendem a um estado de equilíbrio químico, descrito como a condição de reação em que a razão entre as concentrações de reagentes e produtos é constante; A constante de equilíbrio químico de uma dada reação é a expressão algébrica da razão entre as concentrações de reagentes e produtos. 2 H 2 2 ( g ) + O 2 ( g ) 2 H O ( g ) 2 2 H 2( g) + O2 ( g) 2H O( g)

14 Todas as reações tendem a alcançar o equilíbrio químico; A posição de equilíbrio químico relacionaas concentrações de reagentes e produtos no estado de equilíbrio, independentemente do caminho pelo qual o estado de equilíbrio foi alcançado (reações reversíveis). As reações químicas não cessam quando o estado de equilíbrio químico éatingido: as quantidades de reagentes consumidos e produtos formados são constantes, pois as velocidades das reações direta e inversa são idênticas; O equilíbrio químico não é alcançado instantaneamente. Segundo o Princípio de Le Châtelier, o equilíbrio químico pode ser perturbado (deslocado).

15 Considerando uma reação lenta, hipotética: A+B C+D reagentes produtos t 0 : reagentes A+B A+B t 1 : diminuição na concentração dos reagentes A+B (foram gastos parcialmente) e houve formação de alguns produtos C+D A+B C+D t 2 : o equilíbrio já está estabelecido, a formação de C+D é compensada pela formação de A+B A+B C+D

16 t 0 : A+B t 1 : A+B C+D t 2 : A+B C+D A B C ou D t0 t1 t2 t

17 Lei da ação a das massas O deslocamento da posição de equilíbrio químico decorrente da variação da quantidade de uma ou mais espécies químicas participantes de um sistema échamado de Efeito da Ação das Massas. Equilíbrio químico:estado dinâmico no qual as velocidades das reações direta e inversa são idênticas.

18 Expressão da constante de equilíbrio químico ww + xx yy + zz V 1 = k 1 x [W] w x [X] x V 1 = V 2 V 2 = k 2 x [Y] y x [Z] z [ ] y[ ] z Y Z [ W ] w [ X ] x k1 Forma aproximada da K = = k 2 termodinâmica K éa constante de equilíbrio da reação. constante de equilíbrio [W], [X], [Y], [Z] concentração molar ou pressão parcial (atm) Se W, X, Y ou Z forem um sólido ou um líquido puro, as concentrações destas espécies não serão incluídas na equação.

19 Constantes de equilíbrio químico

20 Energia livre de Gibbs e equilíbrio químico As equações das variações de energia livre de Gibbs e de energia livre de Gibbs padrão são, respectivamente, G= H-T S G = H - T S É importante compreender as condições em que estas equações são aplicáveis e que tipo de informação podemos obter a partir de Ge de G.

21 Considerando a seguinte reação: Reagentes Produtos A variação da Energia Livre de Gibbs padrão édada por: G = G (produtos) G (reagentes) G representa a variação da energia livre de Gibbs quando os reagentes no seu estado padrão são convertidos em produtos também no estado padrão. Assim que a reação tiver início, deixa de ser válida a condição de estado padrão para os reagentes e para os produtos, pois nenhum deles permanece em solução com uma concentração padrão.

22 Quando o sistema não estiver em condições padrão, é empregado G em vez de G para prever a direção da reação. A relação entre Ge G é: em que: G= G + RTln Q R constante dos gases (8,314 J K -1 mol -1 ) T temperatura absoluta em que ocorre a reação (K) Q quociente reacional No equilíbrio, G= 0 e Q= K, então: 0 = G + RTln K G= -RTln K

23 Reação não espontânea Gº (produtos) Gº = Gº(produtos) Gº(reagentes) > 0 Gº > 0, pois Gº produtos > Gº reagentes Gº (reagentes) A reação não é espontânea. Os reagentes são favorecidos em relação aos produtos.

24 Reação espontânea Gº (reagentes) Gº< 0, Gº = Gº(produtos) Gº(reagentes) < 0 pois Gº produtos < Gº reagentes A reação éespontânea. Os produtos são favorecidos em relação aos reagentes. Gº (produtos)

25 Reaçãoem Equilíbrio Químico Gº= 0 Os produtos e os reagentes são igualmente favorecidos no equilíbrio.

26 K ln K Gº Comentários > 1 Positivo Negativo A reação é espontânea. Os produtos são favorecidos em relação aos reagentes. = Os produtos e os reagentes são igualmente favorecidos. < 1 Negativo Positivo A reação não éespontânea. Os reagentes são favorecidos em relação aos produtos.

27 Lei da ação das massas: as concentrações podem ser expressas pelas concentrações estequiométricas, o que não é rigorosamente verdadeiro (termodinâmica). A expressão exata da constante de equilíbrio é dada por: K a y a z Y Z = Constante de equilíbrio a w a x termodinâmica W X em que a Y, a z, a w e a x são as atividades das espécies Y, Z, W e X. A atividadede uma espécie química, uma grandeza termodinâmica, permite contabilizar os efeitos de eletrólitos sobre os equilíbrios químicos; A atividade ou concentração efetiva de uma espécie química depende da força iônicado meio.

28 Em equilíbrios iônicos, a atividadede uma espécie química e sua respectiva concentração podem ser significativamente diferentes; Os equilíbrios também podem ser afetados por eletrólitos presentes na solução, mesmo que não estejam participando efetivamente da reação; O efeito de um eletrólito ocorre devido àatração eletrostáticaque se estabelece entre os íons do eletrólito e os íons da espécie química reagente de carga oposta (efeito salino ou efeito de blindagem). Eletrólitos que produzem íons de carga simples, como o NaCl e o KNO 3, promovem efeitos similares, independentemente da natureza química do eletrólito, ou seja, o efeito está associado à valência. Quando apenas espécies neutras estão presentes, o efeito do eletrólito praticamente não é percebido no equilíbrio. A magnitude do efeito do eletrólito é tanto maior quanto maior a carga.

29 Atividade, coeficiente de atividade e concentração O coeficiente de atividade éuma grandeza que permite relacionar a atividade e a concentração da espécie química no meio. a = [ X ] γ X X a X éa atividade da espécie X [X] é a concentração molar; γ X éuma grandeza adimensional chamada coeficiente de atividade, que varia com a concentração e, no caso de íons, com a carga do íon

30 Força iônica do meio reacional O coeficiente de atividade é o mesmo para todas as soluções iônicas de mesma força iônica; Em uma faixa de concentração considerável do eletrólito, o efeito do eletrólito depende apenas de um parâmetro de concentração chamado FORÇA IÔNICA, µ, que depende da quantidade e do tipo de espécies iônicas em solução. µ=1/2 ([A]Z A2 + [B]Z B 2 + [C]Z C2...) [A], [B], [C] concentração molar dos íons em solução Za, Zb, Zc carga dos íons Para soluções com µ 0,1 O efeito do eletrólito nãodepende do tipodos íons, depende de µ.

31 Propriedades do coeficiente de atividade (γ) γ é uma medida de quanto a espécie influencia o equilíbrio do qual participa: Soluções diluídas µémínima γ=1 a X =[X] µmoderada (µ< 0,1) γ < 1 altas µ(µ> 0,1) γpode ser maior que 1 (a interpretação docomportamento da solução é mais difícil) Em soluções não muito concentradas: γ independe do TIPO do eletrólito γ depende apenas de µ γ 1, para molécula não carregada (independentemente da força iônica); Para uma determinada µ γde íons de mesma carga são aproximadamente iguais, pequenas variações são atribuídas ao tamanho do íon hidratado. γ de um determinado íon descreve seu comportamento em todos os equilíbrios em que ele participa.

32 a) Àmedida que: µ zero γ 1 a X [X] O efeito da força iônica µ sobre os coeficientes de atividade γ b) Para uma determinada µ, o coeficiente de atividade se distancia cada vez mais da unidade à medida que a carga da espécie iônica aumenta. c) µ γ

33 O coeficiente de atividade para uma molécula não carregada é aproximadamente unitário, independente da força iônica. Em uma dada força iônica, os coeficientes de atividade dos íons de mesma carga são aproximadamente iguais. As pequenas variações que existem tem relação com o diâmetro efetivo dos íons hidratados. O coeficiente de atividade de uma dada espécie descreve o comportamento efetivo da espécie em todos os equilíbrios em que ela participa. Por exemplo, em uma dada força iônica, o coeficiente de atividade do cianeto (CN - ) descreve dessa espécie em qualquer um dos equilíbrios: HCN + H 2 O H 3 O + + CN - Ag + + CN - AgCN (s) Ni CN - Ni(CN) 4 2

34 Equação de Debye-Hückel Permite calcular o coeficiente de atividade de íons a partir suas cargas e de seu tamanho médio de íon hidratado. 2 0,51Z X µ logγ X = 1 + 3,3α µ X para µ 0,1 mol L -1 γ X = coeficiente de atividade da espécie X; Z X = carga da espécie X; µ= força iônica da solução; α X = diâmetro efetivo do íon X hidratado em nanômetros (10-9 m) 0,51 e 0,33 constantes (para soluções aquosas a 25 0 C)

35 Atividade e coeficientes de atividade para íons a 25 0 C Íon Coeficiente de atividade a µ indicadas α X, nm 0,001 0,005 0,01 0,05 0,1 H 3 O + 0,9 0,967 0,933 0,914 0,86 0,83 Li +, C 5 H 5 COO - 0,6 0,965 0,929 0,907 0,84 0,80 Na +,IO 3-,HSO 3-, HCO 3-, H 2 PO 4-, H 2 AsO 4-, OAc -, 0,4-0,45 0,964 0,928 0,902 0,82 0,78 OH -, F -, SCN -, HS -, ClO 3-, ClO 4-, BrO 3-, IO 4-, MnO - 4 0,35 0,964 0,926 0,900 0,81 0,76 K +, Cl -, Br -, I -, CN -, NO 2-, NO 3-, HCOO - 0,3 0,964 0,925 0,899 0,80 0,76 Rb +, Cs +, Tl +, Ag +, NH + 4 0,25 0,964 0,924 0,898 0,80 0,75 Mg 2+, Be 2+ 0,8 0,872 0,755 0,69 0,52 0,45 Ca 2+, Cu 2+, Zn 2+, Sn 2+, Mn 2+, Fe 2+, Ni 2+, Co 2+, ftalato 2-0,6 0,870 0,749 0,675 0,48 0,40 Sr 2+, Ba 2+, Cd 2+, Hg 2+, S 2-0,5 0,868 0,744 0,67 0,46 0,38 Pb 2+, CO 2-3, SO 2-3, C 2 O 2-4 0,45 0,868 0,742 0,665 0,46 0,37 Hg 2+ 2, SO 2-4, S 2 O 2-3, CrO 2-4, HPO 2-4 0,40 0,867 0,740 0,660 0,44 0,36 Al 3+, Fe 3+, Cr 3+, La 3+, Ce 3+ 0,9 0,738 0,54 0,44 0,24 0,18 PO 3-4, Fe(CN) 3-6 0,4 0,725 0,50 0,40 0,16 0,095 Th 4+, Zr 4+, Ce 4+, Sn 4+ 1,1 0,588 0,35 0,255 0,10 0,065 Fe(CN) 4-6, 0,5 0,57 0,31 0,20 0,048 0,021

36 Equilíbrio Químico e o Princípio de Le Chatelier Quando um sistema no equilíbrio ésujeitado a uma perturbação, a composição do sistema se ajusta de modo a minimizar o efeito da perturbação. São exemplos de perturbações variações de temperatura, pressão ou concentração de reagentes ou produtos. Princípio de Le Chatelierdiz que a posição de um equilíbrio químico sempre édeslocada no sentido que alivia ou minimiza a perturbação que éaplicada a um sistema.

37 1. Variação de temperatura aplicada a um sistema em estado de equilíbrio químico: A adição ou remoção de calorpode deslocar o equilíbrio em reações endo e exotérmicas; Um aumento de temperatura favorece reações endotérmicas; Uma diminuição de temperatura favorece reações exotérmicas.

38 A formação de amônia a partir de seus elementos éuma reação revesível: N 2 (g) + 3H 2 (g) 2NH 3 (g) A formação da amônia éacompanhada pelo desprendimento de calor, ou seja, é uma reação exotérmica; A reação reversa, no entanto, absorve calor, ou seja, éuma reação endotérmica; Se a temperatura do sistema em equilíbrio éaumentada, a reação que absorve calor seráfavorecida, promovendo decomposição da amônia atéatingir novo estado de equilíbrio químico; Se resfriarmos o sistema, favoreceremos a formação da NH 3.

39 Processo Haber: Síntese S de NH 3 N 2 (g) + 3 H 2 (g) 2 NH 3 (g) Condições ótimas: - pressão elevada; - temperatura baixa. Na indústria : Temperatura + catalisador: velocidade da produção (cinética).

40 2. Variação de pressão aplicada a um sistema em estado de equilíbrio químico: O aumento ou diminuição de pressãodesloca equilíbrios (especialmente quando reagente(s) ou produto(s) são gasosos). Variando-se a pressão em um sistema em equilíbrio, em fase gasosa, o sistema evolui espontaneamente de acordo com o Princípio de Le Chatelier, isto é, de tal forma que tende a minimizar a perturbação introduzida. Uma vez que a pressão de um gás depende do número de moléculas desse gás no recipiente, as reações químicas cujo número de moléculas de reagentes for estequiometricamente igual ao número de moléculas de produtos não são afetadas por variações de pressão.

41 EXEMPLO: A formação de iodeto de hidrogênio a partir de seus elementos é uma reação revesível em fase gasosa: 1H 2 (g) + 1I 2 (g) 2HI(g) Os coeficientes estequiométricos das moléculas em cada lado da equação são iguais, ou seja, mesmo número de mol de reagentes e de produtos: não existe variação de volume quando se forma o HI. Nessa condição, se ocorrer um aumento de pressão, ambos as reações direta e inversa serão afetadas, ou seja, a composição da mistura no equilíbrio químico permanece constante.

42 EXEMPLO: Se avaliarmos a reação para a formação da amônia, o número de mols dos reagentes équatro enquanto que do produto é dois: 1N 2 (g) + 3H 2 (g) 2NH 3 (g) Isto significa que há diminuição de volume quando a amônia é formada. Um aumento da pressão favoreceráa formação da amônia, ou seja, favoreceráa formação de substâncias que ocupam um volume menor. Lembre que aumentando a pressão, diminui o volume.

43 3. Adição de reagentes ou produtos a um sistema em estado de equilíbrio químico. adição de reagentes: resulta na formação de produtos remoção de produtos: resulta no consumo de reagentes adição de produtos: resulta na formação de reagentes remoção de reagentes: resulta no consumo de produtos

44 EXEMPLO: Considerando a reação: 1H 2 (g) + 1I 2 (g) 2HI(g) Adicionando-se uma quantidade de hidrogênio àmistura em estado de equilíbrio químico, observa-se aumento da quantidade de iodeto de hidrogênio quando o novo equilíbrio químico é atingido, ou seja, o sistema reagiu para remover parte do hidrogênio adicionado e deslocou a posição de equilíbrio para a formação de HI.

45 Altitudes elevadas e a produção de hemoglobina Os alpinistas precisam de semanas ou mesmo meses para se ambientarem antes de escalarem montanhas de elevada altitude como o Monte Everest. Como explicar este fato? A elevada altitude pode causar dores de cabeça, náuseas, fadiga não usual e outros incômodos. São sintomas de hipoxia, uma deficiência na quantidade de O 2 quando chega aos tecidos do corpo. No entanto, uma pessoa que vive a altitude elevada durante semanas ou meses habitua-se ao teor do conteúdo de O 2 na atmosfera.

46 Consideremos o seguinte sistema em equilíbrio, que representa a combinação do O 2 com a molécula de hemoglobina: Hb (aq) + O 2 (aq) HbO 2 (aq) em que HbO 2 é a oxi-hemoglobina, o composto que transporta o O 2 para os tecidos. A constante de equilíbrio é: K c = [HbO2] [Hb][O ] 2 De acordo com o Princípio de Le Châtelier, como evoluirá o sistema se a ocorrer uma diminuição da concentração de O 2?

47 De acordo com o Princípio de Le Chatelier, uma diminuição da concentração de O 2 deslocará o sistema da direita para a esquerda. Hb (aq) + O 2 (aq) HbO 2 (aq) Esta variação elimina a oxi-hemoglobina, causando hipoxia. Desde que se dê tempo suficiente, o corpo écapaz de se defender desta adversidade produzindo mais moléculas de hemoglobina. O equilíbrio desloca-se então gradualmente da esquerda para a direita novamente, favorecendo a produção de oxi-hemoglobina.

48 Resumo geral PERTUBAÇÃO Variação à medida que a mistura retorna ao equilíbrio Efeito sobre o equilíbrio Efeito sobre K Aumento da temperatura Energia térmica é consumida Deslocamento na direção endotérmica Varia Queda da temperatura Energia térmica é gerada Deslocamento na direção exotérmica Varia Adição de reagente Parte do reagente adicionado é consumida Aumenta a concentração de produto Não varia Adição de produto Parte do produto adicionado é consumida Aumenta a concentração de reagente Não varia Diminuição de volume, aumento da pressão Diminuição da pressão Variação da composição para diminuir o número total de moléculas Não varia Aumento do volume, diminuição da pressão Aumento da pressão Variação da composição para aumentar o número total de moléculas Não varia Catalisador acelera - -

Química Aplicada EQUILÍBRIO QUÍMICO

Química Aplicada EQUILÍBRIO QUÍMICO Química Aplicada EQUILÍBRIO QUÍMICO Equilíbrio Químico Todas as reações tendem alcançar o equilíbrio químico Quando as velocidades das reações direta e inversa forem iguais e as concentrações dos reagentes

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE IFRN Campus Mossoró. Equilíbrio Químico. Albino O.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE IFRN Campus Mossoró. Equilíbrio Químico. Albino O. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE IFRN Campus Mossoró Equilíbrio Químico Albino O. Nunes SUMÁRIO OBJETIVOS; INTRODUÇÃO; DEFINIÇÃO; CONCEITOS BÁSICOS DE EQUILÍBRIO;

Leia mais

Aula: Equilíbrio Químico 2

Aula: Equilíbrio Químico 2 ACH4064 LQRQ 2 Aula: Equilíbrio Químico 2 (Cap. 9, 10 e 11 - Atkins Cap. 16, 17 e 18 vol.2 - Kotz) Káthia M. Honório 2 º semestre/2017 Equílibrio Químico Parte 2 1. Princípio de Le Châtelier 2. Equilíbrio

Leia mais

Revisão da aula anterior

Revisão da aula anterior Revisão da aula anterior Cinética química Velocidade de reação Estabelecimento do equilíbrio químico Equilíbrio químico Cálculos de equilíbrio Fatores que afetam o equilíbrio químico Constante de equilíbrio

Leia mais

Universidade Federal do ABC. Disciplina: Transformações Químicas. Equilíbrio Químico. Hueder Paulo M. de Oliveira. Santo André - SP 2018.

Universidade Federal do ABC. Disciplina: Transformações Químicas. Equilíbrio Químico. Hueder Paulo M. de Oliveira. Santo André - SP 2018. Universidade Federal do ABC Disciplina: Transformações Químicas Equilíbrio Químico Hueder Paulo M. de Oliveira Santo André - SP 2018.1 EQUILÍBRIO QUÍMICO Transformação Química: É o processo de mudança

Leia mais

EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei

EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei EQUILÍBRIOS: QUÍMICO E IÔNICO Profº Jaison Mattei Reações completas ou irreversíveis São reações nas quais os reagentes são totalmente convertidos em produtos, não havendo sobra de reagente, ao final da

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 10ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 10ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 10ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) EQUILÍBRIO QUÍMICO T 1 T 2 T 2 > T 1 N 2 O 4 (g) 2NO 2 (g) EQUILÍBRIO

Leia mais

2ª SÉRIE roteiro 1 SOLUÇÕES

2ª SÉRIE roteiro 1 SOLUÇÕES 2ª SÉRIE roteiro 1 SOLUÇÕES 1.1) Os íons Íons são elementos químicos que possuem carga elétrica resultante, positiva ou negativa. O íon positivo é denominado cátion (Na +1, Ca +2...). O íon negativo é

Leia mais

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. DISCIPLINA: Química Geral. Assunto: Equilíbrio Químico Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS. DISCIPLINA: Química Geral. Assunto: Equilíbrio Químico Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DISCIPLINA: Química Geral Assunto: Equilíbrio Químico Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran 1 1. Introdução Existem dois tipos de reações: a) aquelas em que, após determinado

Leia mais

Reações Químicas GERAL

Reações Químicas GERAL Reações Químicas GERAL É o processo no qual 1 ou mais substâncias (reagentes) se transformam em 1 ou mais substâncias novas (produtos). Formação de ferrugem Combustão de um palito de fósforo Efervescência

Leia mais

Introdução à Química Analítica. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva

Introdução à Química Analítica. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva Introdução à Química Analítica Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva INTRODUÇÃO À QUÍMICA ANALÍTICA O QUE É QUÍMICA ANALÍTICA???? É o ramo da química que envolve a separação, identificação e determinação das

Leia mais

PAG Química Equilíbrio Químico 1. Para o equilíbrio gasoso entre NO e O 2 formando NO 2 (2 NO (g) + O 2 (g) 2 NO 2 (g)), a constante de equilíbrio é

PAG Química Equilíbrio Químico 1. Para o equilíbrio gasoso entre NO e O 2 formando NO 2 (2 NO (g) + O 2 (g) 2 NO 2 (g)), a constante de equilíbrio é 1. Para o equilíbrio gasoso entre NO e O 2 formando NO 2 (2 NO (g) + O 2 (g) 2 NO 2 (g)), a constante de equilíbrio é Kc = 6,45 x 10 5. a) em que concentração de O 2 as concentrações de NO 2 e de NO são

Leia mais

PAGQuímica 2011/1 Exercícios de Equilíbrio Químico

PAGQuímica 2011/1 Exercícios de Equilíbrio Químico PAGQuímica 2011/1 Exercícios de Equilíbrio Químico 1. Para o equilíbrio gasoso entre NO e O 2 formando NO 2 (2 NO (g) + O 2 (g) 2 NO 2 (g)), a constante de equilíbrio é Kc = 6,45 x 10 5. a) em que concentração

Leia mais

Ácidos fracos. Ácidos fracos são apenas parcialmente ionizados em solução. Reagem com o solvente (H 2 O) doando um próton.

Ácidos fracos. Ácidos fracos são apenas parcialmente ionizados em solução. Reagem com o solvente (H 2 O) doando um próton. Ácidos fracos Ácidos fracos são apenas parcialmente ionizados em solução. Reagem com o solvente (H 2 O) doando um próton. Existe uma mistura de íons e ácido não-ionizado em solução em quantidades significativas

Leia mais

QUÍMICA 3 - APOSTILA 4. Prof. Msc João Neto

QUÍMICA 3 - APOSTILA 4. Prof. Msc João Neto QUÍMICA - APOSTILA Prof. Msc João Neto A (g) B (g) C (g) D (g) Em um sistema fechado, o equilíbrio é atingido quando: as propriedades macroscópicas ficam inalteradas; no estado final, coexistem reagentes

Leia mais

FCAV/ UNESP Jaboticabal

FCAV/ UNESP Jaboticabal FCAV/ UNESP Jaboticabal Disciplina: Química Geral Assunto: Equilíbrio Químico Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran 1 1. Introdução Existem dois tipos de reações: a) aquelas em que, após determinado

Leia mais

FCAV/ UNESP. Assunto: Equilíbrio Químico e Auto-ionização da Água. Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran

FCAV/ UNESP. Assunto: Equilíbrio Químico e Auto-ionização da Água. Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran FCAV/ UNESP Assunto: Equilíbrio Químico e Auto-ionização da Água Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran 1 1. Introdução Existem dois tipos de reações: a) aquelas em que, após determinado tempo, pelo menos

Leia mais

Departamento de Física e Química Química Básica Rodrigo Vieira Rodrigues

Departamento de Física e Química Química Básica Rodrigo Vieira Rodrigues Departamento de Física e Química Química Básica Rodrigo Vieira Rodrigues Equilíbrio Químico Todas as reações tendem alcançar o equilíbrio químico Quando as velocidades das reações directa e inversa forem

Leia mais

FACULDADES OSWALDO CRUZ QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA CURSO BÁSICO 1ºS ANOS

FACULDADES OSWALDO CRUZ QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA CURSO BÁSICO 1ºS ANOS FACULDADES OSWALDO CRUZ QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA CURSO BÁSICO 1ºS ANOS Prezados Alunos Conforme orientação da Diretoria Geral, o reinício das aulas, teoria e laboratório, ocorrerá no dia 17 de agosto.

Leia mais

LCE-108 Química Inorgânica e Analítica. Equilíbrio Químico. Wanessa Melchert Mattos

LCE-108 Química Inorgânica e Analítica. Equilíbrio Químico. Wanessa Melchert Mattos LCE-108 Química Inorgânica e Analítica Equilíbrio Químico Wanessa Melchert Mattos Equilíbrio Químico Estalactites: CaCO 3 (s) + CO 2 (aq) + H 2 O (l) Ca 2+ (aq) + 2 HCO 3- (aq) Estalagmites: Ca 2+ (aq)

Leia mais

EXPERIÊNCIA 9 PRINCÍPIO DE LE CHATELIER E EQUILÍBRIO QUÍMICO

EXPERIÊNCIA 9 PRINCÍPIO DE LE CHATELIER E EQUILÍBRIO QUÍMICO EXPERIÊNCIA 9 PRINCÍPIO DE LE CHATELIER E EQUILÍBRIO QUÍMICO 1. OBJETIVOS No final desta experiência o aluno deverá ser capaz de: Dada a equação química de um equilíbrio, escrever a expressão para a constante

Leia mais

Equilíbrio Químico 01/02/2013

Equilíbrio Químico 01/02/2013 01/02/2013 EQUILÍBRIO QUÍMICO Plano de Aula Objetivos Compreender a natureza e as características dos equilíbrios químicos; Compreender o significado da constante de equilíbrio, K; Compreender a utilização

Leia mais

N 2 O 4(g) 2NO 2(g) incolor castanho

N 2 O 4(g) 2NO 2(g) incolor castanho Equilíbrios Químicos Conceito de equilíbrio químico Primeira experiência N 2 O 4(g) 2NO 2(g) incolor castanho Análise microscópica N 2 O 4(g) 2NO 2(g) incolor castanho Pela reação: 1 mol de N 2 O 4 2 mols

Leia mais

Reações Químicas GERAL

Reações Químicas GERAL Reações Químicas GERAL É o processo no qual 1 ou mais substâncias (reagentes) se transformam em 1 ou mais substâncias novas (produtos). Formação de ferrugem Equações químicas: representação gráfica, informa

Leia mais

Equilíbrio Químico. Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação

Equilíbrio Químico. Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação Equilíbrio Químico 1 Equilíbrio Químico Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação Equilíbrio dinâmico: as reações direta e inversa ocorrem

Leia mais

Equilíbrio Químico. Considerando as duas reações (direta e inversa) como processos elementares, podemos escrever:

Equilíbrio Químico. Considerando as duas reações (direta e inversa) como processos elementares, podemos escrever: Em um sistema fechado, um estado de equilíbrio entre reagentes e produtos sempre tende a ser atingido. Trata-se de um equilíbrio dinâmico entre duas reações reversíveis: uma direta e outra inversa. No

Leia mais

CURSINHO ETWB 2012 Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda

CURSINHO ETWB 2012 Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda CURSINHO ETWB 2012 Componente Curricular: Química Professor: Ricardo Honda Data: Terça-feira, 11/09/2012 Tema da aula: Deslocamento de equilíbrios químicos (Princípios de Le Chatelier) Quando um sistema

Leia mais

Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier

Disciplina de Química Geral Profa. Marcia Margarete Meier Soluções 1 Propriedades gerais das soluções Os materiais são feitos geralmente de misturas de substâncias mais simples. Ex.: ar, sangue, água do mar, ligas metálicas, perfumes, etc As composições precisam

Leia mais

Química C Extensivo V. 6

Química C Extensivo V. 6 l HCl O N GABARITO Química C Extensivo V 6 Exercícios 01 18 01 Errada S 8 é substância pura simples (formada por um único elemento 0 Certa 0 Errada São exotérmicas, ΔH negativo, com liberação de calor

Leia mais

Equilíbrio é um estado em que não há mudanças observáveis, com passar do tempo.

Equilíbrio é um estado em que não há mudanças observáveis, com passar do tempo. Equilíbrio Químico Equilíbrio é um estado em que não há mudanças observáveis, com passar do tempo. Equilíbrio químico é alcançado quando: as taxas das reações direta e inversa são iguais e não são iguais

Leia mais

Reações envolvendo substâncias em solução aquosa: (reações por via úmida) e reações por via seca (substâncias não dissolvidas em solventes)

Reações envolvendo substâncias em solução aquosa: (reações por via úmida) e reações por via seca (substâncias não dissolvidas em solventes) Reações envolvendo substâncias em solução aquosa: (reações por via úmida) e reações por via seca (substâncias não dissolvidas em solventes) OBJETIVO: é possível fazer generalizações a respeito da ocorrência

Leia mais

BC Transformações Químicas

BC Transformações Químicas Transformações Químicas BC0307 Prof. Anderson O. Ribeiro http://www.andersonorzari.com BC 0307 Transformações Químicas ANDERSON ORZARI RIBEIRO Bloco B, 10º andar - Sala 1043 www.andersonorzari.com Transformações

Leia mais

Efeito do Íon Comum. H + (aq) + NO 2. Descreva o que acontece com o equilíbrio quando acrescenta-se a ele uma solução aquosa de:

Efeito do Íon Comum. H + (aq) + NO 2. Descreva o que acontece com o equilíbrio quando acrescenta-se a ele uma solução aquosa de: Efeito do Íon Comum É o deslocamento de equilíbrio provocado quando acrescentase um íon que participa do equilíbrio estudado. Exemplo: Considere o sistema em equilíbrio: Descreva o que acontece com o equilíbrio

Leia mais

10/22/2013. Segunda Avaliação (20/11): Precipitações Fracionadas. - Precipitações Fracionadas. - Auto-Ionização da Água

10/22/2013. Segunda Avaliação (20/11): Precipitações Fracionadas. - Precipitações Fracionadas. - Auto-Ionização da Água Segunda Avaliação (20/11): - Precipitações Fracionadas - Auto-Ionização da Água - Equílíbrio Químico Tratamento Sistemático - Equilíbrio Ácido-Base e cálculos de ph - Sistemas Tamponantes - Hidrólise 1

Leia mais

Reações de identificação dos cátions dos grupos 1 e 2

Reações de identificação dos cátions dos grupos 1 e 2 Reações de identificação dos cátions dos grupos 1 e 2 Na, K e NH 4 São os maiores cátions do período que pertencem, possuem carga pequena e estrutura de gás nobre. O íon amônio está incluído porque apresenta

Leia mais

Ocorrência das Reações

Ocorrência das Reações Ocorrência das Reações Efervescência Mudança de Cor Ocorrência das Reações Formação de Precipitado Reação x Equações Químicas Classificação 1. De acordo com a complexibilidade Adição ou síntese ou composição:

Leia mais

Os sais são neutros, ácidos ou básicos? Íons como Ácidos e Bases

Os sais são neutros, ácidos ou básicos? Íons como Ácidos e Bases Os sais são neutros, ácidos ou básicos? Sais são compostos iônicos formados pela reação entre um ácido e uma base. 1. NaCl Na + é derivado de NaOH, uma base forte Cl é derivado do HCl, um ácido forte NaCl

Leia mais

Introdução à Química Analítica. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva

Introdução à Química Analítica. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva Introdução à Química Analítica Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva INTRODUÇÃO À QUÍMICA ANALÍTICA O QUE É QUÍMICA ANALÍTICA???? É o ramo da química que envolve a separação, identificação e determinação das

Leia mais

QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim

QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim (mcoutrim@iceb.ufop.br) DISSOCIAÇÃO ÁCIDO/BASE Constante de dissociação de ácido: K a O ácido nitroso (HNO 2 ) é um ácido fraco, então Enquanto

Leia mais

INTRODUÇÃO. Podem ocorrer também modificações só perceptíveis a sensores colocados no meio reacional:

INTRODUÇÃO. Podem ocorrer também modificações só perceptíveis a sensores colocados no meio reacional: REAÇÕES INORGÂNICAS INTRODUÇÃO Uma reação química ocorre quando uma ou mais substâncias interagem de modo a formar novas substâncias. A ocorrência de uma reação pode ser detectada através de evidências

Leia mais

CONCEITO DE ÁCIDOS E BASES 1

CONCEITO DE ÁCIDOS E BASES 1 CONCEITO DE ÁCIDOS E BASES 1 1. Conceito de Arrhenius A primeira definição de ácidos e bases foi dada pelo químico sueco Svante Arrhenius ao redor de 1884: Substâncias ácidas são aquelas que em solução

Leia mais

Equilíbrio Profº Jaison

Equilíbrio Profº Jaison Equilíbrio Profº Jaison Equilíbrio Químico Todas as reacções tendem alcançar o equilíbrio químico Quando as velocidades das reacções directa e inversa forem iguais e as concentrações dos reagentes e dos

Leia mais

3ª Série / Vestibular. As equações (I) e (II), acima, representam reações que podem ocorrer na formação do H 2SO 4. É correto afirmar que, na reação:

3ª Série / Vestibular. As equações (I) e (II), acima, representam reações que podem ocorrer na formação do H 2SO 4. É correto afirmar que, na reação: 3ª Série / Vestibular 01. I _ 2SO 2(g) + O 2(g) 2SO 3(g) II _ SO 3(g) + H 2O(l) H 2SO 4(ag) As equações (I) e (II), acima, representam reações que podem ocorrer na formação do H 2SO 4. É correto afirmar

Leia mais

QUÍMICA ANALÍTICA EQUILÍBRIO. Profa. Dra. Renata P. Herrera Brandelero 2012

QUÍMICA ANALÍTICA EQUILÍBRIO. Profa. Dra. Renata P. Herrera Brandelero 2012 QUÍMICA ANALÍTICA EQUILÍBRIO QUÍMICO E CONSTANTES DE EQUILÍBRIO Profa. Dra. Renata P. Herrera Brandelero 2012 EQUILÍBRIO QUÍMICO As reações químicas ocorrem até que o estado de equilíbrio seja alcançado,

Leia mais

E Q U I L Í B R I O Q U Í M I C O E E X T E N S Ã O D A S R E A Ç Õ E S Q U Í M I C A S

E Q U I L Í B R I O Q U Í M I C O E E X T E N S Ã O D A S R E A Ç Õ E S Q U Í M I C A S E Q U I L Í B R I O Q U Í M I C O E E X T E N S Ã O D A S R E A Ç Õ E S Q U Í M I C A S REAÇÃO COMPLETA - Reação em que pelo menos um dos reagentes se esgota na reação. Nestes casos, o símbolo usado para

Leia mais

Equilíbrio de Precipitação

Equilíbrio de Precipitação Capítulo 4 Equilíbrio de Precipitação Prof a Alessandra Smaniotto QMC 5325 - Química Analítica Curso de Graduação em Farmácia Turmas 02102A e 02102B Introdução Os equilíbrios ácido -base são exemplos de

Leia mais

Equilíbrio Químico. Capítulo 14

Equilíbrio Químico. Capítulo 14 Capítulo 14 Equilíbrio Químico Conceito de Equilíbrio e de Constante de Equilíbrio Expressões para a Constante de Equilíbrio Relação entre Cinética Química e Equilíbrio Químico Que Informação nos Dá a

Leia mais

QUÍMICA. Equilíbrio Químico. Sistemas Homogêneos: Solubilidade dos Sais, Hidrólise dos Sais e Curvas de Titulação - Parte 2. Prof ª.

QUÍMICA. Equilíbrio Químico. Sistemas Homogêneos: Solubilidade dos Sais, Hidrólise dos Sais e Curvas de Titulação - Parte 2. Prof ª. QUÍMICA Equilíbrio Químico - Parte 2 Prof ª. Giselle Blois HIDRÓLISE SALINA É a reação entre o sal e a água produzindo o ácido e a base correspondentes. * O processo é reversível, logo deve ser estudado

Leia mais

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO

CONSTANTE DE EQUILÍBRIO EQUILÍBRIO QUÍMICO CONSTANTE DE EQUILÍBRIO A maneira de descrever a posição de equilíbrio de uma reação química é dar as concentrações de equilíbrio dos reagentes e produtos. A expressão da constante de

Leia mais

Equilíbrio Químico. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Processos Reversíveis e Irreversíveis

Equilíbrio Químico. Prof. Alex Fabiano C. Campos. Processos Reversíveis e Irreversíveis Equilíbrio Químico Prof. Alex Fabiano C. Campos Processos Reversíveis e Irreversíveis Algumas reações são irreversíveis, ou seja, uma vez obtidos os produtos não há previsão espontânea de regeneração dos

Leia mais

Lista de Exercícios Revisão AA6 4º Bimestre Prof. Benfica. dizer qual é o efeito de cada um dos seguintes fatores sobre o equilíbrio inicial:

Lista de Exercícios Revisão AA6 4º Bimestre Prof. Benfica. dizer qual é o efeito de cada um dos seguintes fatores sobre o equilíbrio inicial: Lista de Exercícios Revisão AA6 4º Bimestre Prof. Benfica 1) Para a reação em equilíbrio: PCl 3(g) + Cl 2(g) PCl5(g) dizer qual é o efeito de cada um dos seguintes fatores sobre o equilíbrio inicial: a)

Leia mais

EQUILÍBRIO QUÍMICO. Profa. Loraine Jacobs DAQBI.

EQUILÍBRIO QUÍMICO. Profa. Loraine Jacobs DAQBI. EQUILÍBRIO QUÍMICO Profa. Loraine Jacobs DAQBI lorainejacobs@utfpr.edu.br http://paginapessoal.utfpr.edu.br/lorainejacobs EQUILÍBRIO IÔNICO DA ÁGUA Equilíbrio Iônico da Água Ácido e Base de Arrhenius H

Leia mais

Ácidos e Bases. Funções Inorgânicas

Ácidos e Bases. Funções Inorgânicas Ácidos e Bases Funções Inorgânicas Funções Inorgânicas As substâncias podem ser classificadas em duas classes: Substâncias orgânicas: aquelas que contém carbono. Substâncias inorgânicas: aquelas formadas

Leia mais

Equilíbrio Químico. 1 Equilíbrio propriamente dito. Miguel Almeida

Equilíbrio Químico. 1 Equilíbrio propriamente dito. Miguel Almeida Equilíbrio Químico Miguel Almeida 1 Equilíbrio propriamente dito É provável que você já tenha ouvido alguém dizer alguma vez as coisas vão se equilibrar em um momento de incerteza sobre a vida. Geralmente

Leia mais

AULA 10 EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE

AULA 10 EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE Fundamentos de Química Analítica (009) AULA 10 EQUILÍBRIO DE SOLUBILIDADE OBJETIVOS Definir solubilidade do soluto. Definir solução saturada, não saturada e supersaturada. Conhecer as regras de solubilidade.

Leia mais

FCAV/ UNESP. Assunto: Equilíbrio Químico e Auto-ionização da Água. Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran

FCAV/ UNESP. Assunto: Equilíbrio Químico e Auto-ionização da Água. Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran FCAV/ UNESP Assunto: Equilíbrio Químico e Auto-ionização da Água Docente: Prof a. Dr a. Luciana M. Saran 1 1. Introdução Existem dois tipos de reações: a) aquelas em que, após determinado tempo, pelo menos

Leia mais

Capítulo by Pearson Education

Capítulo by Pearson Education QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Aspectos adicionais dos equilíbrios aquosos David P. White O efeito do íon comum A solubilidade de um sal parcialmente solúvel diminui quando um íon comum é adicionado.

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 3ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 3ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 3ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) Massa / Mol Massa é uma medida invariável da quantidade de matéria

Leia mais

Reações Químicas. Equação química É a representação simbólica e abreviada de uma reação química

Reações Químicas. Equação química É a representação simbólica e abreviada de uma reação química Reações Químicas Reações Químicas Equação química É a representação simbólica e abreviada de uma reação química Fórmulas (ex: H 2, O 2, H 2 O) Indicam quais são as substâncias participantes da reação

Leia mais

AULA 3. Tratamento Sistemático do Equilíbrio Químico

AULA 3. Tratamento Sistemático do Equilíbrio Químico AULA Tratamento Sistemático do Equilíbrio Químico Objetivos Escrever as equações químicas que descrevem as reações químicas. Escrever as expressões de constante de equilíbrio para as reações químicas.

Leia mais

3. ATIVIDADE IÔNICA. solução de sacarose 0,5 mol L -1 contém 0,5.6, moléculas de sacarose em um litro de solução

3. ATIVIDADE IÔNICA. solução de sacarose 0,5 mol L -1 contém 0,5.6, moléculas de sacarose em um litro de solução 3. ATIVIDADE IÔNICA Quando preparamos uma solução 0,1 mol L -1 de K 2 SO 4 podemos deduzir de imediato que a concentração do íon potássio, K +, é 0,2 mol L -1. Lembrando do número de Avogadro, poderíamos

Leia mais

06) Considere a aparelhagem desenhada a seguir, empregada para testes de condutividade elétrica. O teste deu positivo com qual dos líquidos?

06) Considere a aparelhagem desenhada a seguir, empregada para testes de condutividade elétrica. O teste deu positivo com qual dos líquidos? TEORIA DE ARRHENIUS 01) (Puc-SP) Dados os compostos A: CH 3 COONa (Sal: acetato de sódio) B: CH 3 COOH (ácido acético) C: CH 3 CH 2 OH (álcool etílico) D: C 6 H 12 O 6 (glicose) Pede-se: a) Quais os que

Leia mais

Soluções. CO 2 dissolvido em água Álcool dissolvido em água Gelo seco (CO 2 sólido) dissolvido em (sublimado em) N 2

Soluções. CO 2 dissolvido em água Álcool dissolvido em água Gelo seco (CO 2 sólido) dissolvido em (sublimado em) N 2 Soluções Tipo de solução Soluções gasosas Gás dissolvido em gás Líquido dissolvido em gás Exemplo O 2 dissolvido em N 2 CHCl 3 dissolvido em (evaporado em) N 2 Soluções líquidas Gás dissolvido em líquido

Leia mais

CURSO ABSOLUTO VESTIBULARES - ISOLADO DE QUÍMICA EQUILÍBRIO IÔNICO Prof.: Mazzei

CURSO ABSOLUTO VESTIBULARES - ISOLADO DE QUÍMICA EQUILÍBRIO IÔNICO Prof.: Mazzei 01. O ácido cianídrico tem ampla aplicação industrial, sendo matéria-prima para a fabricação de vários bens de consumo. Entretanto, ao trabalhar-se com essa substância deve-se tomar o devido cuidado. Esse

Leia mais

Funções da Química Inorgânica I

Funções da Química Inorgânica I Funções da Química Inorgânica I Introdução às funções e Ácidos. Química 1ª Série Profº Edilzo Filho Natal, Setembro de 2015. Introdução às funções inorgânicas Funções Orgânicas versus Funções Inorgânicas.

Leia mais

Fundamentos de Química Profa. Janete Yariwake

Fundamentos de Química Profa. Janete Yariwake Soluções. Equilíbrio químico em solução aquosa Equilíbrio químico: ácidos e bases 1 ácidos e bases cf. Arrhenius Exemplo: Preparo de uma solução de HCl em água HCl (aq) + H 2 O H 3 O + (aq) + Cl (aq) íon

Leia mais

2005 by Pearson Education. Capítulo 04

2005 by Pearson Education. Capítulo 04 QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Capítulo 4 Reações em soluções aquosas e estequiometria de soluções David P. White Propriedades gerais das soluções aquosas Propriedades eletrolíticas As soluções aquosas

Leia mais

1º Questão: Escreva a distribuição eletrônica dos elementos abaixo e determine o número de valência de cada elemento: a) Fe (26):.

1º Questão: Escreva a distribuição eletrônica dos elementos abaixo e determine o número de valência de cada elemento: a) Fe (26):. FOLHA DE EXERCÍCIOS CURSO: Otimizado ASS.: Exercícios de Conteúdo DISCIPLINA: Fundamentos de Química e Bioquímica NOME: TURMA: 1SAU 1º Questão: Escreva a distribuição eletrônica dos elementos abaixo e

Leia mais

Prática 09 Princípios de Equilíbrio Químico

Prática 09 Princípios de Equilíbrio Químico UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC Disciplina: Química Geral Experimental QEX0002 Prática 09 Princípios de Equilíbrio Químico 1. Introdução

Leia mais

Professor Haroldo. Equilíbrio Químico

Professor Haroldo. Equilíbrio Químico Professor Haroldo Equilíbrio Químico - Irreversibilidade de Processos: Um processo irreversível é aquele que só ocorre em um sentido. A B Exemplo: Papel cinzas. - Reversibilidade de Processos: Um processo

Leia mais

Experiência 10: Estudo do equilíbrio cromato-dicromato

Experiência 10: Estudo do equilíbrio cromato-dicromato 1 UFSC Departamento de Química QMC 5119 Introdução ao Laboratório de Química 2015/1 Experiência 10: Estudo do equilíbrio cromato-dicromato 1. Equilíbrio químico Muitas reações químicas são reversíveis,

Leia mais

Equilíbrio Químico. Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação

Equilíbrio Químico. Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação Equilíbrio Químico 1 Equilíbrio Químico Estágio da reação química em que não existe mais tendência a mudar a composição da mistura de uma reação Equilíbrio dinâmico: as reações direta e inversa ocorrem

Leia mais

Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 128 / IQG ELETRÓLISE

Departamento de Química Inorgânica IQ / UFRJ IQG 128 / IQG ELETRÓLISE 10. ELETRÓLISE I. INTRODUÇÃO Como já mencionado na aula prática de reações de oxirredução, a eletricidade também pode ser usada para realizarmos reações de transferência de elétrons não espontâneas. Por

Leia mais

Reações em Soluções Aquosas

Reações em Soluções Aquosas Reações em Soluções Aquosas Classificação Reações sem transferência de elétrons: Reações de precipitação; Reações de neutralização. Reações com transferência de elétrons: Reações de oxirredução. Reações

Leia mais

QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim

QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim QUI219 QUÍMICA ANALÍTICA (Farmácia) Prof. Mauricio X. Coutrim (mcoutrim@iceb.ufop.br) SOLUÇÕES AQUOSAS Equilíbrios químicos A água e os eletrólitos (solutos que forma íons quando dissolvidos em água):

Leia mais

Eletrólitos e Não Eletrólitos

Eletrólitos e Não Eletrólitos Introdução Introdução Introdução Eletrólitos e Não Eletrólitos Tipos de Eletrólitos Tipos de Eletrólitos Tipos de Eletrólitos Reações Inorgânicas Reações O QUE É UMA REAÇÃO QUÍMICA? É processo de mudanças

Leia mais

Ocorrência das Reações

Ocorrência das Reações Ocorrência das Reações Efervescência Mudança de Cor Ocorrência das Reações Formação de Precipitado Reação x Equações Químicas Classificação 1. De acordo com a complexibilidade Adição ou síntese ou composição:

Leia mais

Aula EQUILÍBRIO QUÍMICO METAS

Aula EQUILÍBRIO QUÍMICO METAS EQUILÍBRIO QUÍMICO METAS Apresentar o conceito de equilíbrio químico; apresentar a constante de equilibrio; apresentar o princípio de lê Châtelier; apresentar atividade e coeficiente de atividade. OBJETIVOS

Leia mais

LCE0182 Química Analítica Quantitativa. Equilíbrio Químico. Wanessa Melchert Mattos

LCE0182 Química Analítica Quantitativa. Equilíbrio Químico. Wanessa Melchert Mattos LCE0182 Química Analítica Quantitativa Equilíbrio Químico Wanessa Melchert Mattos Equilíbrio Químico Estalactites: CaCO 3 (s) + CO 2 (aq) + H 2 O (l) Ca 2+ (aq) + 2 HCO 3- (aq) Estalagmites: Ca 2+ (aq)

Leia mais

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula /

QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula / QUI109 QUÍMICA GERAL (Ciências Biológicas) 4ª aula / 2016-2 Prof. Mauricio X. Coutrim (disponível em: http://professor.ufop.br/mcoutrim) REAÇÃO EM SOLUÇÃO AQUOSA São reações envolvendo compostos iônicos

Leia mais

Capítulo II. Métodos Instrumentais para Análise de Soluções -Mªde Lurdes Gonçalves. Química Analítica Geral - J. J. R.

Capítulo II. Métodos Instrumentais para Análise de Soluções -Mªde Lurdes Gonçalves. Química Analítica Geral - J. J. R. Capítulo II Condutividade Eléctrica de Soluções IónicasI Métodos Instrumentais para Análise de Soluções -Mªde Lurdes Gonçalves Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa Química Analítica Geral - J. J. R. Fraústo

Leia mais

Cinética e Eq. Químico Folha 10 João Roberto Fortes Mazzei

Cinética e Eq. Químico Folha 10 João Roberto Fortes Mazzei 01. Em um recipiente de 500 ml, encontram-se, em condições de equilíbrio, 10 mol/l de H 2 (g) e 0,01 mol/l de I 2 (g). Qual é a concentração do HI(g), sabendo-se que, nas condições do experimento, a constante

Leia mais

Capítulo by Pearson Education

Capítulo by Pearson Education QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição Equilíbrio químico David P. White Conceito de equilíbrio Considere o N 2 O 4 congelado e incolor. À temperatura ambiente, ele se decompõe em NO 2 marrom: N 2 O 4 (g)

Leia mais

Prática 3 Determinação do Teor de Bicarbonato de Sódio em Comprimidos Efervescentes

Prática 3 Determinação do Teor de Bicarbonato de Sódio em Comprimidos Efervescentes Universidade Federal do ABC Disciplina: Laboratório de Transformações Químicas Prática 3 Determinação do Teor de Bicarbonato de Sódio em Comprimidos Efervescentes Hueder Paulo M. de Oliveira Santo André

Leia mais

P4 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 28/11/09

P4 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 28/11/09 P4 - PROVA DE QUÍMICA GERAL - 8/11/09 Nome: GABARITO Nº de Matrícula: Turma: Assinatura: Questão Valor Grau Revisão Dados gerais: 1 a,5 a,5 3 a,5 4 a,5 Total 10,0 G o = H o - T S o G = - n F E o RT E =

Leia mais

GOIÂNIA, / / PROFESSORA: Núbia de Andrade. ALUNO(a): Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:

GOIÂNIA, / / PROFESSORA: Núbia de Andrade. ALUNO(a): Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações: GOIÂNIA, / / 2015 PROFESSORA: Núbia de Andrade DISCIPLINA:QUÌMICA SÉRIE: 3º ALUNO(a): Entrega dia 16/09/2016 No Anhanguera você é + Enem Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes

Leia mais

Equilíbrio de Precipitação

Equilíbrio de Precipitação Universidade Federal de Juiz de Fora Instituto de Ciências Exatas Departamento de Química Disciplina Química das Soluções QUI084 I semestre 2017 AULA 05 Equilíbrio de Precipitação Profa. Maria Auxiliadora

Leia mais

EQUILÍBRIO QUÍMICO CURCEP UNIDADE 09 QUÍMICA B

EQUILÍBRIO QUÍMICO CURCEP UNIDADE 09 QUÍMICA B EQUILÍBRIO QUÍMICO CURCEP UNIDADE 09 QUÍMICA B 01 - (UFPR) O íon cromato (CrO 4 ) de cor amarela e o íon dicromato (CrO7 ) de cor laranja podem ser utilizados em processos de eletrodeposição para produzir

Leia mais

QUÍMICA. Substâncias Inorgânicas: dissociação iônica e ionização, conceitos de ácido-base Parte 1. Prof a. Giselle Blois

QUÍMICA. Substâncias Inorgânicas: dissociação iônica e ionização, conceitos de ácido-base Parte 1. Prof a. Giselle Blois QUÍMICA Substâncias Inorgânicas: dissociação iônica e ionização, Parte 1 Prof a. Giselle Blois Arrhenius, ao realizar diversos experimentos relacionados com a passagem ou não de corrente elétrica através

Leia mais

REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO

REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO REAÇÕES DE ÓXIDO-REDUÇÃO A Química Analítica moderna tem por base a medida dos Sinais Analíticos, relacionados às transformações de propriedades dos materiais ao longo de uma Análise Química. Entre estes

Leia mais

1º BIMESTRE. Série Turma (s) Turno 3º A B C D E F G H MATUTINO Disciplina: QUÍMICA Professor: CHARLYS FERNANDES Data: / / 2017 Aluno (a): Nº

1º BIMESTRE. Série Turma (s) Turno 3º A B C D E F G H MATUTINO Disciplina: QUÍMICA Professor: CHARLYS FERNANDES Data: / / 2017 Aluno (a): Nº 1º BIMESTRE Visto do Professor Nota (Fuvest) A uma determinada temperatura, as substâncias HI, H2 e I2 estão no estado gasoso. A essa temperatura, o equilíbrio entre as três substâncias foi estudado, em

Leia mais

1- Reação de auto-ionização da água

1- Reação de auto-ionização da água Equilíbrio Iônico 1- Reação de auto-ionização da água A auto- ionização da água pura produz concentração muito baixa de íons H 3 O + ou H + e OH -. H 2 O H + (aq) + OH - (aq) (I) ou H 2 O + H 2 O H 3 O

Leia mais

Reações Químicas. Profº André Montillo

Reações Químicas. Profº André Montillo Reações Químicas Profº André Montillo www.montillo.com.br Definição: É o processo no qual 1 ou mais substâncias (regentes) se transformam em 1 ou mais substâncias novas (produtos). Estão presentes em todos

Leia mais

REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS E ESTEQUIOMETRIA. Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral QM81A Turmas Q13 e Q14

REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS E ESTEQUIOMETRIA. Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral QM81A Turmas Q13 e Q14 REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS E ESTEQUIOMETRIA Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral QM81A Turmas Q13 e Q14 CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS Reações em soluções aquosas

Leia mais

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA IC QUÍMICA ANALÍTICA II EQUILÍBRIO IÔNICO. Textos de apoio bibliográfico

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA IC QUÍMICA ANALÍTICA II EQUILÍBRIO IÔNICO. Textos de apoio bibliográfico UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA IC 610 - QUÍMICA ANALÍTICA II EQUILÍBRIO IÔNICO Textos de apoio bibliográfico Cristina Maria Barra/Otavio

Leia mais

REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS E ESTEQUIOMETRIA. Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral I QM81B Turmas Q13 e Q14

REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS E ESTEQUIOMETRIA. Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral I QM81B Turmas Q13 e Q14 REAÇÕES EM SOLUÇÕES AQUOSAS E ESTEQUIOMETRIA Prof. Dr. Cristiano Torres Miranda Disciplina: Química Geral I QM81B Turmas Q13 e Q14 CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES EM SOLUÇÕES Sem transferência de elétrons AQUOSAS

Leia mais

Soluções, equilíbrios e solubilidade

Soluções, equilíbrios e solubilidade Soluções, equilíbrios e solubilidade Por Victor Costa Índice 1. Soluções Solução Soluto Solvente Propriedades eletrolíticas Solução insaturada Solução saturada Solução supersaturada Unidades de concentração

Leia mais

Reações de oxirredução

Reações de oxirredução LCE-108 Química Inorgânica e Analítica Reações de oxirredução Wanessa Melchert Mattos 2 Ag + + Cu (s) 2 Ag (s) + Cu 2+ Baseada na transferência de elétrons de uma substância para outra Perde oxigênio e

Leia mais

EQUILÍBRIOS IÔNICOS ÁCIDO-BASE SAIS POUCO SOLÚVEIS ÍONS COMPLEXOS

EQUILÍBRIOS IÔNICOS ÁCIDO-BASE SAIS POUCO SOLÚVEIS ÍONS COMPLEXOS EQUILÍBRIOS IÔNICOS ÁCIDO-BASE SAIS POUCO SOLÚVEIS ÍONS COMPLEXOS Eletrólitos Fortes Fracos Ionizam/Dissociam completamente Ionizam/Dissociam parcialmente Ex: HCl, NaNO 3 Ex: HF, BaSO 4 EQUILÍBRIOS ÁCIDO-BASE

Leia mais