Escola Secundária Francisco Simões Ano lectivo 2009/2010 Professora: Ana Paula Reis 12º Ano. Desafio Bactéria. Realizado por: Biomaníacas
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1 Escola Secundária Francisco Simões Ano lectivo 2009/2010 Professora: Ana Paula Reis 12º Ano Desafio Bactéria Realizado por: Biomaníacas
2 Introdução Teórica Este trabalho encontra-se inserido num projecto, de nome Desafio Bactéria, que foi lançado aos alunos pela professora de Biologia. Este projecto consistia em analisar a resistência das bactérias Escherichia coli num meio com e noutro sem antibiótico, com a actuação da selecção natural. As E. coli podem ser aeróbias ou anaeróbias e são capazes de produzir todas as substâncias necessárias à sua sobrevivência e desenvolvimento. Habitam o lúmen intestinal dos seres humanos e de outros animais de sangue quente. A selecção natural tem como principal objectivo seleccionar os indivíduos mais aptos, e portanto, com as melhores características favoráveis ao meio, eliminando os menos aptos. Sobrevivendo apenas os mais resistentes às alterações do meio. Procedimento 1.Esterilizou-se e protegeu-se todo o material necessário com folha de alumínio. 2.Seleccionaram-se os tubos de ensaio. 3. Dividiram-se as placas que levarão nutriente Agár + AP em cinco cunhas iguais. 4. Colocou-se 3 gotas pequenas da cultura-mãe nas cunhas 2, 3 gotas do tubo 1 na cunha 3, 3 gotas do tubo 2 na cunha 4, 3 gotas do tubo 3 na cunha 5 e por fim, 3 gotas do tubo 4 na cunha Inoculou-se um tubo de 10 ml de meio LB com cultura-mãe. 6.Inoculou-se um tubo de 10 ml de LB + ampicilina, com a cultura. Obtém-se o tubo do grupo B. 7.Inoculou-se as placas e os tubos durante 24h a 30ºC 8.Prepararam-se as diluições e as inoculações em meio com e sem ampicilina. 9.Efectuaram-se novas inoculações com e sem ampicilina. 10.Contagem das colónias das placas.
3 Respostas às questões 1. Qual é a frequência de células resistentes na cultura-mãe? R: Na cultura mãe a frequência de células, quer na presença, quer na ausência de antibiótico, é elevada. 2. Qual é a frequência de células resistentes na cultura +AP? R: Na cultura +AP, nas cunhas observadas foi possível identificar um menor número de colónias de bactérias. 3. Porque é que existem células mais resistentes na cultura + AP, do que na cultura AP? R: Existem células mais resistentes na cultura +AP, pois estas células tiveram de desenvolver características que lhes fossem favoráveis para poderem sobreviver num meio com antibiótico, pelo que a sua resistência ao mesmo é maior. 4. O número total de células presentes nas culturas +AP e AP foi o mesmo? R: Apesar de não se ter conseguido obter um número exacto da quantidade de celulas presentes nos dois meios, foi possível perceber que nas culturas +AP existem uma menor quantidade de colónias de bactérias do que nas culturas -AP. 5. Porquê ou porque não? R: Este facto pode dever-se à necessidade que as bactérias tiveram em desenvolver características que lhes assegurassem a sua sobrevivência na presença daquela substância. Características essas que serão as mais favoráveis, tornando-os indivíduos mais aptos, e por isso, mais resistentes. 6. A cultura-mãe foi iniciada a partir de uma única célula; pensa que esta célula inicial era resistente à Ampicilina?
4 R: A célula inicial não era resistente à Ampicilina, pois o seu meio comum não continha essa substância, logo não necessitou de se adaptar a um meio que a contivesse. 7. Como é que explica que as células se tenham tornado resistentes? R: As bactérias podem adquirir resistência aos antibióticos através de mutações ou então a partir de outro microorganismo, por um processo de transferência de genes; podem ganhar a capacidade de degradar o antibiótico, ou poderá ocorrer uma mudança na permeabilidade da membrana celular que impede a entrada de antibiótico. 8. De que forma é que esta experiência constitui uma situação paralela à evolução das plantas e dos animais e de que forma é que é diferente? R: Esta experiência assemelha-se à evolução dos seres vivos na medida em que sobre eles actua o mecanismo da selecção natural, que como referido anteriormente, eliminam os mais frágeis e menos aptos, preservando aqueles que são mais aptos, mais fortes e portadores das melhores e mais propícias características. Diferem entre si, a experiência e a evolução dos seres vivos, num único aspecto, é que na Natureza, ela é a única responsável pela selecção dos organismos, enquanto nesta experiência, nós é que criámos os meios para estudar este fenómeno, influenciando a naturalidade dos acontecimentos, sendo estes induzidos com o propósito de satisfazerem as nossas dúvidas. Registo dos dados Culturas do dia 1 (sem selecção natural): Cultura Placa Mãe +AP n.a. n.a. n.a. n.a. Mãe -AP
5 Culturas do dia 2 ( após actuação da selecção natural- resistência à AMP): Cultura Placa A A B B +AP Difuso Difuso Difuso Difuso Difuso Difuso Difuso Difuso Difuso -AP AP n.a. n.a. n.a. n.a. -AP n.a. n.a. n.a. n.a Conclusão/Discussão dos dados obtidos Com esta experiência foi possível concluir que: No meio +AP, as colónias de bactérias desenvolveram-se em menor número devido à presença de antibiótico no meio. Tal aconteceu, pois ocorreu o mecanismo de selecção natural, em que apenas os mais aptos sobreviveram. No meio AP, as colónias de bactérias desenvolveram-se em maior número, dado que se encontravam no seu meio de sobrevivência e desenvolvimento ideal. As bactérias adquirem resistência aos antibióticos através de mutações, ou então a partir de outro microorganismo por um processo de transferência de genes. (meio +AP) (meio AP)
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