Língua portuguesa: ultrapassar fronteiras, juntar culturas

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1 AS CIRCUNSTÂNCIAS NO UNIVERSO DA FÍSICA: UM ESTUDO DA TRANSITIVIDADE NA PERSPECTIVA DA LSF Wellington Vieira Mendes 1 RESUMO A Gramática Tradicional sempre reservou aos adjuntos adverbiais um papel acessório, tendo em vista não ser um complemento do verbo, desempenhando papel secundário num sistema de transitividade dicotômico: verbos transitivos versus verbos intransitivos. Na perspectiva da Lingüística Sistêmico-Funcional (LSF), o contexto e as escolhas é fundamental à construção do sentido e, desse modo, os sintagmas adverbiais passam a ter papel que vai além de simplesmente conferir esta ou aquela circunstância ao verbo (HALLIDAY, 1985; EGGINS, 1995). Este trabalho objetiva, pois, analisar o valor que essas circunstâncias desempenham no sistema de transitividade concebido pela LSF, notadamente em textos das ciências ditas exatas. Para tanto, o primeiro capítulo do livro O universo numa casca de noz, de Stephen Hawking (2002), constitui o corpus a partir do qual se faz a análise das circunstâncias do sistema de transitividade. Como em tal texto há um relevo para a função ideacional (HALLIDAY, 1985), constatou-se que as circunstâncias de localização temporal e espacial ocorrem com maior freqüência no corpus, considerando-se que tal produção, ao representar experiências abstratas e/ou de mundo, configura relações que somente poderiam ser materializadas mediante a presença de tais circunstâncias. PALAVRAS-CHAVE: blog, transitividade, circunstâncias. 1. Considerações iniciais Este artigo, apresentado no simpósio Gramática e construção discursiva: estudos da língua portuguesa em uso, do II Simpósio Mundial de Estudos em Língua Portuguesa, em Évora/PT., discute as circunstâncias do sistema de transitividade, concebido pela Linguística Sistêmico-funcional e tem, desse modo, duas motivações 1 Universidade do Estado do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Campus Avançado Profa. Maria Eliza de Albuquerme Maia CAMEAM/Departamento de Letras Programa de Pós-graduação em Letras. Rua Dr. Luís Carlos, 3465 Apto. 6 D. Elizeu, em Assu/RN Cep: Brasil. E- mail: wvmendes@hotmail.com 118

2 principais: primeiramente se sugere uma reflexão acerca da construção de sentidos em texto de ciência ditas exatas; depois, implica que o sentido pretendido pelos produtores/interlocutores deste ou daquele texto decorre de uma série de conhecimentos, de habilidades e de condições em que o as circunstâncias de leitura/produção textual parecem ser essenciais. Na verdade, esse jogo da linguagem verbal tem papel de destaque na vida humana, sobretudo porque é através dela que se pode expressar o pensamento (ou mesmo construí-lo), interagir, criar, dar sentido às coisas do mundo interior e do mundo exterior. Assim, embora tenha sido a linguagem objeto de interesse e de curiosidade em diversos e contínuos períodos da experiência humana, os estudos de caráter científico sobre esse tema datam da segunda década do Século XX. Mais recentemente, as diversas incursões pelos estudos da linguagem têm trazido importantes contribuições para o trabalho de reflexão e compreensão dos fenômenos ligados à comunicação verbal. Neste estudo, todavia, não há interesse em discutir o universo de tais fenômenos, inclusive porque não haveria tempo (e/ou espaço) para tanto, ou pior ainda não se chegaria a nenhum concluso, em razão da generalidade que tal discussão poderia configurar. Logo, o intuito aqui é mais específico e remete diretamente ao título que se mostra destacado e à discussão sugerida no início destas considerações: Como o sentido é construído no texto? Que papel as circunstâncias desempenham nos textos de física? Para não responder estas (e outras) perguntas de maneira apressada e imprudente, é importante, neste ponto, situar o leitor sobre a organização do estudo, que se apresenta no curso destas poucas páginas, e poderá tratar com mais propriedade as indagações antes explicitadas e/ou surgidas a posteriori. 119

3 Como o objetivo do trabalho proposto é analisar o valor que as circunstâncias desempenham no sistema de transitividade concebido pela LSF, notadamente no livro O universo numa casca de noz, de Stephen Hawking (2002), o texto está dividido em duas partes principais, quais sejam: a) discussão teórica sobre a transitividade na perspectiva da Lingüística Sistêmico-Funcional (LSF); b) análise de ocorrências das circunstâncias do sistema de transitividade presentes no corpus, constituído pelo primeiro capítulo do referido livro. Embora a transitividade na LSF englobe outros aspectos como processos e participantes, neste trabalho, tais aspecto serão analisados em função das ocorrências e do valor das circunstâncias. Para bem apresentar as questões teóricas aqui levantadas, o texto faz referência às concepções de Halliday (1985), Butt (2001), Halliday & Matthiessen (2004), bem como, à recente publicação de Furtando da Cunha & Souza (2007) e Ghio & Fernández (2008). 2. Transitividade e circunstâncias no universo da física: um pouco de teoria Esta seção, como já foi dito antes, abordará a noção de transitividade na perspectiva da LSF. Além disso, também se apresentará o livro O universo numa casca de noz, de Stephen Hawking (2002), de modo que o leitor melhor compreenda o escopo pretendido para análise. Para tanto, a seção está organizada em dois itens: a transitividade e o recorte selecionado para análise. 2.1 Transitividade na Linguística Sistêmico-Funcional (LSF) 120

4 A gramática tradicional compreende a transitividade como sendo uma propriedade exclusiva do verbo, estando associado a esse processo a noção de regência, e de valência. Em outras palavras, os verbos que regem sintagmas nominais são classificados como transitivos e, nos casos em contrário, são considerados intransitivos (quando a enunciação não vai além do verbo), e os advérbios e/ou adjuntos adverbiais são classificados como termos acessórios. O funcionalismo norte-americano, entretanto, compreende a transitividade como sendo um processo que engloba toda a oração, não se limitando apenas à ação perpetrada pelo sintagma verbal. Compreende ainda que tal processo possa ser escalar, de forma que uma oração venha a ser considerada mais ou menos transitiva, como se pode depreender da proposta da Lingüística funcional norte-americana (HOPPER E THOMPSON, 1980). Na perspectiva da LSF, a transitividade é concebida como uma base de organização semântica, em que a classificação não se limita à oposição já apresentada e conhecida da gramática tradicional entre verbos transitivos e intransitivos. Nessa concepção, as orações são classificadas em tipos que denotam diferentes transitividades, a partir da identificação de três papéis de transitividade, a saber: i) processos; ii) participantes; iii) circunstâncias (BUTT et al., 2001). Se se desejasse fazer uma analogia mais próxima da Gramática Tradicional, poder-se-ia dizer que esses papéis correspondem aos verbos, substantivos e advérbios, respectivamente. A partir de então, segue-se uma breve explanação acerca de cada um deles. Os processos são classificados, nessa noção de transitividade, em seis tipos (materiais, mentais, relacionais, verbais, comportamentais e existenciais) e, de modo 121

5 geral, configuram ações, estabelecem relações, expressam sentimentos, denotam o dizer e o ser, tendo em vista sua materialização através dos verbos. No entender de Furtado da Cunha & Souza (2007): O mundo das experiências é altamente indeterminado e essa indeterminação reflete-se no modo como a gramática constrói seu sistema de tipos de processos. Assim, em um mesmo texto podemos ver experiências construídas no domínio da emoção com um processo mental (...); ou no domínio da classificação (...). (p. 56) A análise do entendimento das autoras citadas permite vislumbrar a concepção defendida por Halliday e Matthiessen (2004) de que há um continuum entre os processos, que por sua vez, fundamenta-se no princípio da indeterminação semântica, no qual os processos são tidos como indistintos. Essa observação se faz importante porque, deste ponto em diante, será apresentada a classificação dos processos, a partir das concepções dos autores mencionados há pouco: I) materiais processos responsáveis pela expressão de ações de mudanças perceptíveis (processos do fazer). II) mentais processos ligados às crenças, aos valores humanos, ao modo de perceber o mundo (processos do sentir). III) relacionais processos que estabelecem relações entre entidades, seja identificando, seja classificando. IV) verbais processos que expressam o dizer e situam-se entre os relacionais e mentais. V) existenciais processos que representam a existência de algo e se exprimem frequentemente através dos verbos haver e existir. 122

6 VI) comportamentais processos responsáveis pela expressão dos comportamentos humanos (caracteres físicos e psíquicos). É importante ainda registrar que os três primeiros processos são tidos como principais, e os últimos como secundários, no entender de Halliday e Matthiessen (2004). E, embora tais processos tenham sido apresentados sem os participantes, não se pretende de modo algum oferecer ao leitor uma visão cartesiana da transitividade na perspectiva funcionalista. Assim, por uma questão de apresentação, os participantes passam a ser conceituados a partir de agora. Em breves linhas, pode se dizer que participantes são os elementos que se realizam através dos sintagmas nominais, podendo associar-se aos processos de forma obrigatória ou não. Os processos materiais são o que comportam um maior número de participantes: ator (obrigatório); meta, extensão e beneficiário (opcionais). Para sintetizar, a Tabela 1 apresenta os participantes associados a cada tipo de processo, como também o faz Furtado da Cunha e Souza (2007): Tabela 1: Processos e Participantes Participantes Processo Obrigatórios Opcionais Material Ator Meta, Extensão e Beneficiário Mental Experienciador e Fenônemos - Relacional Portador e Atributivo / Característica e Valor - Verbal Dizente e Verbiagem Receptor Existencial Existente - Comportamental Comportante Behaviour Fonte: (FURTADO DA CUNHA & SOUZA, 2007, p. 60, adaptado para este artigo) O último componente do sistema de transitividade são as circunstâncias. Esse componente remete às condições de realização dos processos, podendo ocorrer 123

7 livremente em todos eles. Geralmente expressam extensão temporal, localização espacial ou temporal, modo, entre outros. Na Gramática Tradicional, correspondem aos advérbios ou locuções adverbiais. Para melhor compreender a classificação proposta por Eggins (1995), abaixo se reproduz o quadro de Furtado da Cunha & Souza (2007): Tabela 2 Tipos de circunstâncias Tipo de circunstância Significação Exemplos De extensão - Duração espacial Constroem desdobramentos do processo em espaço (a distância no espaço no qual Nadou 4 quilômetros Caminhou por sete horas - Distância temporal o processo ocorre) e tempo (a duração no tempo durante a realização do processo) De causa Constrói a razão pela qual o processo se Não fui ao trabalho por causa De localização - Tempo - Lugar De assunto De modo De papel De acompanhamento atualiza Constroem a localização espacial e temporal na qual o processo se realiza Relaciona-se aos processos verbais e é um equivalente circunstancial da verbiagem Constrói a maneira pela qual o processo é atualizado Constrói a significação de ser ou tornarse circunstancialmente É uma forma de juntar participantes do processo e representa os significados de adição, expresso pelas preposições com ou e, ou de subtração expresso pela preposição sem Fonte: (FURTADO DA CUNHA & SOUZA, 2007, p. 61) da chuva Pedro acordou às sete horas Mauro caminha na praia Discutiam sobre política Almoçamos tranqüilamente Vim aqui como amigo Amélia foi ao cinema com o namorado João saiu sem o filho As circunstâncias, de acordo com Ghio & Fernández (2008, p. 101), é o papel menos obrigatório nas construções de processos materiais. Na verdade, quando tratam desse elemento, as autoras o fazem como se este fosse um apenas um participante restrito a esse tipo de processo. A classificação apresentada é feita através de exemplos que se realizam apenas nos processos materiais e, quando explicam os demais processos, as circunstâncias, embora presentes vez ou outra, não são mencionadas como papel passível de ocorrência diversa em todos os processos. 124

8 Butt et al. (2001, p. 64), por outro lado, compreendem as circunstâncias como sendo responsáveis por iluminar os processos de alguma forma, podendo, entre outras coisas, localizar o processo no tempo ou no espaço, sugerir o modo como o processo se realiza, ou oferecer informações sobre a causa do processo. De acordo com os autores, esse papel do Sistema de Transitividade se realiza através de grupos adverbiais, grupos nominais e frases preposicionais. Em linhas mais gerais, a transitividade nesta perspectiva considera os três aspectos antes explicitados: a) processos; b) participantes; c) circunstâncias. A seleção de cada um dos elementos desse conjunto imprime a compreensão das experiências que, por conseguinte, permitem a construção dos sentidos (FURTADO DA CUNHA & SOUZA, 2007). 2.2 As circunstâncias em O universo numa casca de noz: justificando escolhas O interesse pelo material selecionado para este trabalho decorreu principalmente da necessidade de compreender como as circunstâncias do sistema de transitividade da LSF contribuem para a construção de sentidos em textos de ciências que são convencionalmente tratadas como exatas. Ora, como sentidos nos textos de física, por exemplo, remetem frequentemente a situações delimitadas especial e temporalmente, a realização de circunstâncias, mais do que simplesmente conferir um papel acessório ao valor semântico do verbo, podem configurar sentidos que somente se recuperam através de tais circunstâncias. 125

9 Assim, a escolha de O universo numa casca de noz, de Stephen Hawking (2002), intenta, a título de experimentação, comprovar/refutar essa proposição de que, nos textos de física, as circunstâncias desempenham papel fundamental à construção de sentidos, não sendo possível sua omissão. O livro de Hawking está organizado em sete capítulos que tratam especialmente da teoria da relatividade geral (em detrimento da relatividade restrita), bem como, da teoria dos quanta, ambas relacionadas às descobertas de Albert Einstein. Para análise, selecionou-se apenas o primeiro capítulo do livro Uma breve história da relatividade, que dá conta de explicar como Einstein estabeleceu os fundamentos das teorias apontadas há pouco. Tal seleção decorreu da necessidade de definir uma amostra representativa de todo o texto de Hawking (2002). Esse recorte, portanto, apresenta mais de 34 mil palavras e 658 ocorrências de circunstâncias, cuja análise se apresenta, brevemente, na seção a seguir. 3. Transitividade e circunstâncias no universo da física: um pouco de prática A transitividade na perspectiva da LSF, como já foi afirmado ao longo deste texto, é entendida como responsável pela materialização da experiência humana, quer seja no plano real/material, quer seja no plano da consciência. Assim, o enfoque não está direcionado apenas ao verbo (como se vê na gramática tradicional), mas, ao contrário, para toda a construção sintática, tendo em vista ser a transitividade a gramática da oração, capaz de expressar conteúdos ideacionais e cognitivos (FURTADO DA CUNHA & SOUZA, 2007). 126

10 Para exemplificar esse sistema de transitividade, já descrito no primeiro item da seção anterior, foram analisadas as ocorrências de circunstâncias no primeiro capítulo do livro O universo numa casca de noz, de Stephen Hawking (2002). Mais de 96% das circunstâncias no corpus estão associadas aos processos materiais, ou seja, aqueles que são responsáveis pela expressão de ações de mudanças perceptíveis, que ocorrem no plano concreto, no plano das experiências do mundo, ou também no plano de fenômenos abstratos. 3.1 Circunstâncias de localização temporal e espacial Como foi anteriormente apontado, as circunstâncias de localização temporal e espacial como o próprio termo já indica, expressam ou situam, no tempo e no espaço, a realização dos processos (verbos). O intuito aqui é justamente compreender como esse tipo de circunstância se apresenta nos críticas texto de física. Na primeira parte do capítulo em análise, todas as circunstâncias são de localização especial e temporal. Como o texto, nesse primeiro momento, dá conta de narrar a trajetória do cientista Albert Einstein, o valor dessas circunstâncias é essencial para a construção dos sentidos pretendidos pelo autor. Tabela 3 Exemplos de circunstâncias de localização no corpus Ocorrências no corpus Processo/Participantes Circunstâncias Albert Einstein [...] nasceu em Ulm, Alemanha, em 1879 Material /ator: Albert Einstein localização espacial/ localização temporal [...] sua família mudou-se para Material/ator: sua família, extensão espacial Munique meta: sua família Em 1894, [...] a família mudou-se para Milão. Material/ ator: a família Localização temporal/ extensão espacial Seus pais acharam que ele deveria A segunda oração é uma Localização espacial 127

11 ficar em Munique... Mais tarde, ele completou sua educação em Zurique, Suíça, graduando-se pela prestigiosa Escola Politécnica Federal [...], em Dois anos depois, ele enfim obteve uma vaga de assistente no departamento suíço de patentes, em Berna. oração projetada de um processo mental achar Material/ator: ele, meta: sua educação Material/ ator: ele, meta: uma vaga de assistente Localização temporal, localização espacial, Localização temporal, localização espacial Nas ocorrências analisadas, os processos expressam ações concretas, perceptíveis no plano físico. Logo, a exigência das circunstâncias decorre dessa necessidade de situar (espaço/tempo) os processos/participantes em questão, não sendo, portanto, possível atribuir às circunstâncias um papel meramente acessório. É importante ainda observar que, nesse texto, algumas circunstâncias desempenham outro papel, além daquele que lhe é factualmente atribuído, dentro do fluxo dos acontecimentos: seqüenciador/organizador textual (mais tarde, dois anos depois sistema temático). A segunda parte do texto apresenta o percurso dos estudos de Einstein, apontando para o surgimento da teoria da relatividade geral, e sua contribuição para os estudos sobre a origem do Universo. Nessa parte, os processos que ocorrem são, a exemplo do que ocorre na parte anterior, em grande frequência materiais: [1]...o aparato se move através do éter com velocidade e direção variáveis. Em [1] o processo mover apresenta duas circunstâncias, a saber: extensão espacial e modo, respectivamente. Embora o processo remeta frequentemente a ações 128

12 perceptíveis no mundo material, as circunstâncias, nesse caso, também configuram ações físicas que são, até certo ponto, abstratas. A gramática tradicional atribui aos advérbios e adjuntos adverbiais um caráter acessório. E mais, Ghio & Fernández (2008, p. 101) reforçam essa posição quando afirmam que La circunstancia es el menos obligatorio de los roles participantes en los processos materiais. Todavia, o sentindo, no recorte a seguir, seria possível sem a presença de circunstâncias (em negrito)? [2] Esperava-se que a luz se movesse com uma velocidade fixa/ através do éter, mas, se você se movesse através do éter/ na mesma direção da luz, ela pareceria mais lenta, e, se você se movesse na direção oposta/ à da luz, ela pereceria mais rápida. Neste trecho, as circunstâncias de localização e modo são essenciais à compreensão do texto, afinal todas as ações expressas pelos processos (sublinhados) somente são ampliadas pela determinando do onde, quando, como ocorrem as ações. 3.2 A forma das Circunstâncias: os sintagmas terminados em -mente É necessário observar que os sintagmas adverbais terminados em mente nem sempre podem ser considerados como circunstâncias no sistema de transitividade da LSF (cf. FURTADO DA CUNHA & SOUZA, 2007 e GHIO & FERNÁNDEZ, 2008), comportando-se como recurso avaliação/apreciação no sistema de modo (metafunção interpessoal), conforme se verifica a seguir: [3] Einstein modificou precipitadamente as equações originais

13 [4] Ela foi confirmada espetacularmente em Em [3] e [4] o que seria considerado como adjunto adverbial pela tradição gramatical, ou seja, como modificador do verbo, expressa, pela concepção do modelo funcionalista, avaliação no sistema de modo, já que o locutor expressa claramente sua apreciação (espetacularmente) ou mesmo depreciação (precipitadamente), através desses sintagmas, geralmente derivados de adjetivos/qualificadores. Nesses casos, os sintagmas não podem ser considerados circunstanciais, tendo em vista não modificarem a materialização dos processos e, ao mesmo tempo, modificarem toda a oração. Tal afirmação não implica, por outro lado, que todos os sintagmas terminados em mente expressem sempre avaliação. Na ocorrência a seguir, o processo é modificado pela circunstância totalmente : [5] A teoria da relatividade é agora totalmente aceita pela comunidade científica [...] O processo aceitar implica a forma como a teoria da relatividade é tratada pela comunidade científica, no texto de Hawking (2002). O emprego da circunstância expressa essa relação, não funcionando como modificadora de toda a oração, como ocorria em [3] e [4]. Aqui, a circunstância também não tem a mobilidade que é possível nos casos. Assim, talvez seja possível afirmar que as circunstâncias, diferentemente dos adjuntos modais terminados em mente (no sistema de modo), são mais bem expressas depois dos processos (ou no meio, em caso de tempo composto). Isso poderia, inclusive, ser aspecto capaz de distinguir expressão modalizadora, expressando avaliação, de circunstância, ampliando a materialização das ações. 130

14 4. Considerações finais Os estudos mais recentes compreendem a transitividade não como um processo que tem seu ponto de partida e de chegada no verbo. Aliás, esse entendimento reducionista presente na Gramática Tradicional não dá conta da diversidade de sentidos que se podem apresentam nos enunciados, cuja classificação se limita a transitivo ou intransitivo. Em decorrência dessa importância dada aos verbos, os sintagmas adverbiais são classificados como acessórios. Nos mais variados gêneros discursivos, uma gama particular de sentidos pode advir do uso, das escolhas, das funções que determinado termo denota no contexto de uso real da linguagem. Assim, o objetivo maior deste trabalho foi analisar o valor que as circunstâncias desempenham no sistema de transitividade concebido pela LSF, especialmente em textos de física. O papel desse sistema de transitividade, já explorado em gêneros como o editorial (SOUZA, 2006), cumpre a função de externar as experiências mundanas, vividas tanto no plano interior, quanto exterior; e contribuiu para a construção do sentido em diversos gêneros discursivos. Os tipos de circunstâncias encontradas no corpus indicam, entre outras coisas, a necessidade de localizar espacial e temporalmente a materialidade das ações, que são frequentemente expressas através de processos materiais. No caso das circunstâncias de localização espacial, é possível dizer que mais do que demarcar uma posição física, indicam por vezes a posição ocupada por leitor/escritor. 131

15 Por último, convém afirmar que as diversas maneiras de expressar significados ideacionais, materializadas pelos tipos de processos, participantes, sugerem que as circunstâncias têm papel preponderante na construção de sentidos nos textos de ciências exatas. Referências BUTT, D. et al. Using Functional Grammar: An Explorer s Guide. Sydney: Macquarie University, 2001, p EGGINS, S. Na introduction to Systemic Funcional Linguistics. London: Pinter Publishers, FURTADO DA CUNHA, M. A.; SOUZA, M. M. de. Transitividade e seus contextos de uso. Rio de Janeiro: Lucerna, GHIO, Elsa; FERNANDEZ, Maria Delia. Lingüística Sistêmico-Funcional: aplicaciones a la lengua espanola. Santa Fé: Wladhurter Editores, HALLIDAY, M. A. K. An introduction to functional grammar. London: Edward Arnold,

16 . & MATTHIESSEN, C. M. I. M. Introduction to Functional Grammar. London: Arnold, third edition, 2004, p HAWKING. S. O universo numa cazca de noz. Trad.: Ivo Korytowski. 5 ed. São Paulo: Arx, 2002 HOPPER, P. & THOMPSON, S. Transitivity in grammar and discourse. Language 56(2), p MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. Trad.: Cecília P. de Souza-e- Silva, Décio Rocha. 4 ed. São Paulo: Cortez, SOUZA, M. M. de. Transitividade e construção de sentido no gênero editorial. Recife: UFPE, Pós-Graduação em Letras, (Tese de doutoramento). 133

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