Desalinhamento Cambial, Contas Externas e Desindustrialização: Elementos para o debate a respeito da mudança na política cambial brasileira.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Desalinhamento Cambial, Contas Externas e Desindustrialização: Elementos para o debate a respeito da mudança na política cambial brasileira."

Transcrição

1 Desalinhamento Cambial, Contas Externas e Desindustrialização: Elementos para o debate a respeito da mudança na política cambial brasileira. José Luis Oreiro * O evento organizado pela FIESP e pelas Centrais Sindicais no dia 26 de maio passado na cidade de São Paulo colocou a taxa de câmbio no centro do debate econômico nacional. Os representantes da indústria e dos trabalhadores colocaram de forma clara para o governo que o nível atual da taxa real de câmbio irá levar ao inexorável desmonte do parque industrial brasileiro a médio prazo, condenando o Brasil a voltar a ser uma economia primário-exportadora. A resposta do governo, na figura do Ministro Pimentel, foi patética. Nas palavras do Ministro, o problema do câmbio valorizado não tem solução. A saída da indústria é se adaptar a esse ambiente de câmbio valorizado, investindo em modernização e ganhando competitividade por intermédio de redução de custos. A declaração do Ministro, embora infeliz uma vez que a teoria econômica e a experiência histórica dos países do sudeste asiático, como a China, mostram que a taxa real de câmbio é uma variável que pode ser controlada pela política macroeconômica ao menos revelou que o governo reconhece a existência de um problema crônico de sobre valorização cambial; embora não esteja disposto a incorrer no ônus político do seu enfrentamento. Trata-se de uma notável evolução no pensamento da equipe econômica do governo, o qual parecia ser guiado, até recentemente, por aquilo que denominei em outro artigo[i] de indiferença otimista. Segundo essa visão, num regime de câmbio flutuante, a intensificação dos desequilíbrios externos em função do movimento de apreciação da taxa real de câmbio levará, mais cedo ou mais tarde, a um movimento lento e gradual de desvalorização do câmbio devido a crescente escassez de divisas no mercado doméstico. Sendo assim, a perda de competitividade da indústria seria um fenômeno puramente temporário, sendo resolvido, à médio prazo, pela própria operação do regime de flutuação cambial. Além disso, a ocorrência de uma parada súbita da entrada de fluxos de capitais externos para a economia brasileira estaria descartada a priori pela própria lógica do regime de câmbio flutuante. Dessa forma, a permanência do regime de flutuação cambial seria condição necessária e suficiente para que o Brasil ficasse livre tanto do risco de uma crise cambial como do risco de desindustrialização. Atualmente a posição da equipe econômica do governo evoluiu para o que podemos denominar de realismo cínico. Segundo essa visão o câmbio se encontra, de fato, sobre valorizado, mas mudanças na política cambial seriam altamente custosas para o governo porque não só seria tecnicamente impossível fazer uma desvalorização administrada da taxa de câmbio; como ainda, e mais importante, a queda do salário real resultante de uma desvalorização cambial seria tão grande que tornaria a mesma inviável do ponto de vista político. * Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, Pesquisador Nível I do CNPq, Diretor de Relações Institucionais da Associação Keynesiana Brasileira e Líder do Grupo de Pesquisa Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento. joreiro@unb.br. Página pessoal:

2 Nesse contexto, a única opção restante para fazer-se o ajuste necessário da taxa de câmbio seria deixar o mesmo por conta do mercado ; ou seja, esperar até que a deterioração da conta de transações correntes do balanço de pagamentos minasse os fundamentos da economia brasileira a ponto de ocorrer uma parada súbita da entrada de capitais no Brasil. Essa parada súbita do financiamento externo produziria, num regime de câmbio flutuante, um ajuste instantâneo da taxa de câmbio, eliminandose de imediato a sobrevalorização cambial. Está claro que este ajuste do câmbio produziria uma queda do salário real; mas, nesse caso, a responsabilidade por essa queda seria atribuída pelos trabalhadores à crise cambial, e não ao governo. Além disso, o elevado nível de reservas internacionais à disposição do país atuaria no sentido de moderar o ritmo de desvalorização cambial, evitando assim o temido efeito de overshooting cambial e permitindo que o Banco Central adotasse uma política monetária menos restritiva, dado o menor impacto inflacionário do ajuste da taxa de câmbio. Para que possamos avaliar de forma técnica os fundamentos do realismo cínico é necessário estimar o tamanho do desalinhamento cambial prevalecente na economia brasileira, as consequências do mesmo sobre as contas externas, a viabilidade técnica e os efeitos sobre o salário real de uma desvalorização administrada da taxa de câmbio e os riscos da estratégia de deixar para o mercado o ajuste requerido da taxa de câmbio. A metodologia utilizada pelos economistas para calcular o desalinhamento cambial prevalecente numa economia consiste em estimar um nível hipotético de taxa real efetiva de câmbio que prevaleceria na economia no caso em que os movimentos da taxa de câmbio fossem inteiramente explicados pelos fundamentos, ou seja, por variáveis outras que não a própria psicologia do mercado. Em artigo escrito[ii] recentemente em conjunto com a Professora Eliane Araújo da Universidade Estadual de Maringá, esse exercício foi realizado para a economia brasileira com dados trimestrais do período 1995:3 2010:1. Como fundamentos da taxa de câmbio foram selecionados: índice de preços de commodities, termos de troca, taxa Selic, saldo da balança comercial como proporção do PIB e consumo do governo (dessazonalizado). Nesse contexto, rodamos uma regressão em mínimos quadrados da taxa real efetiva de câmbio contra as variáveis acima listadas, obtendo-se, a partir da mesma, uma série de valores para o que seria a taxa real efetiva de câmbio, determinada apenas pelos fundamentos. Essa série foi então comparada com os valores realizados da taxa real efetiva de câmbio. Ao se realizar essa comparação, constata-se que desde o primeiro trimestre de 2005 a economia brasileira convive com uma situação de sobre valorização cambial, a qual é temporariamente eliminada no último trimestre de 2008 em função da forte desvalorização cambial ocorrida no Brasil após a falência do Lehman Brothers. Após o primeiro trimestre de 2009, contudo, constata-se o ressurgimento do problema da sobre valorização cambial com a retomada do movimento de valorização do Real. No início de 2010, a taxa real efetiva de câmbio encontrava-se quase 20% abaixo do seu valor de referência determinado pelos fundamentos, conforme se verifica na figura 1 abaixo.

3 Figura 1: Taxa Real Efetiva de Câmbio (RER) e Taxa Real Efetiva de Equilíbrio (RÊR) no Brasil (1995/3T 2010/1T) Fonte: Oreiro e Araujo (2010) e IPEADATA. Qual o impacto dessa expressiva sobre valorização cambial sobre a situação das contas externas? Como é bem sabido, a partir de 2008, o Brasil voltou a exibir déficits em conta corrente após alguns anos de superávit nessa rubrica. Em 2008 e 2009 o déficit em conta corrente ficou em torno de 1,6% do PIB e em 2010 que o déficit se situou em torno de 2,5% do PIB. Nesse contexto a pergunta relevante a ser feita é saber em que medida esse comportamento resulta da sobre valorização cambial verificada após 2005, ou é simplesmente reflexo do crescimento mais acelerado que a economia brasileira vem experimentando nos últimos anos. Para responder a essa pergunta, Oreiro e Araujo (2010) calcularam a elasticidade de longo prazo do saldo em conta corrente (SCC) como proporção do PIB com respeito a taxa real de câmbio e ao PIB real (dessazonalizado) para o período Essas estimativas foram obtidas a partir de um teste de cointegração entre as variáveis em consideração. Os resultados mostraram que a elasticidade câmbio do SCC é 4,61 e a elasticidade renda é Esses números mostram que a sensibilidade do SCC a variações da taxa de câmbio é muito maior do que a sensibilidade a variações da taxa de crescimento. Dessa forma, a sobre valorização cambial verificada após 2005 tem uma contribuição maior para a deterioração das contas externas do que a aceleração do crescimento. A partir desses números podemos traçar um cenário bastante preocupante para o SCC até Considerando um crescimento médio de 5% para o PIB e a manutenção da sobre valorização cambial, o SCC irá alcançar -4,1% do PIB em Se o câmbio real continuar se valorizando e alcançar o mínimo observado durante o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, o rombo nas contas externas será ainda pior: -6,7% do PIB. No que se refere a viabilidade técnica de uma desvalorização administrada da taxa de câmbio, Oreiro e Marconi (2011) argumentam que a desvalorização cambial pode ser feita de maneira gradual, ao longo de vários meses, por intermédio da introdução de uma banda cambial móvel (e exógena) para a taxa de câmbio por parte do Banco Central. Nesse contexto, o Banco Central fixaria o valor máximo e mínimo para a taxa nominal de câmbio a cada mês, programando o ritmo de desvalorização de ambos ao

4 longo de uma sequencia de meses, até que a taxa nominal de câmbio alcance o valor requerido para eliminar a sobre valorização da taxa real efetiva de câmbio. Para garantir o funcionamento desse sistema, o Banco Central deverá atuar de forma ativa no mercado de câmbio, comprando moeda estrangeira toda a vez que o mercado forçar a taxa para baixo do preço mínimo, e vendendo moeda estrangeira sempre que o mercado forçar a taxa para cima do preço máximo. Os impactos das operações de compra/venda de moeda estrangeira sobre a base monetária e, portanto, sobre a taxa básica de juros e sobre a liquidez do sistema bancário, poderão ser adequadamente esterilizados por operações correspondentes de venda/compra de títulos públicos. Dessa forma, a lógica operacional do regime de metas de inflação e, consequentemente, a autonomia da política monetária, poderão ser mantidas. Deve-se ressaltar, contudo, que para evitar uma saída em massa de capitais do país em função da desvalorização administrada da taxa de câmbio a qual reduz o valor em moeda estrangeira das aplicações financeiras de não residentes em ativos denominados em Reais algum tipo de controle temporário a saída de capitais do Brasil deverá ser imposto até que o desalinhamento cambial seja eliminado. O efeito inflacionário da desvalorização do câmbio, por sua vez, será puramente temporário, se a mesma for acompanhada de medidas adicionais de desindexação da economia, com a extinção das cláusulas de indexação dos contratos dos preços administrados e da indexação dos títulos públicos a taxa Selic, e um ajuste fiscal mais forte, visando controlar a demanda agregada, com a introdução de um teto consideravelmente restrito para o crescimento dos gastos de consumo e custeio do governo. Nesse contexto, o simples alongamento do prazo de convergência da inflação para a meta de 4,5% a.a (de 12 meses para 24 ou 36 meses), em conjunto com tais medidas, permitiria um ajuste da taxa de câmbio sem comprometer a estabilidade da taxa de inflação a médio prazo. Para avaliar o custo político de uma desvalorização do câmbio, Oreiro e Marconi (2010) estimaram um modelo econométrico no qual o salário real foi regredido contra a taxa real efetiva de câmbio e a taxa de desemprego, a primeira com uma defasagem de 12 meses e a segunda com defasagens de 6 e 7 meses. O período analisado foi de março de2003 ajaneiro de Os resultados do modelo mostraram que a elasticidade do salário real com respeito à taxa de câmbio varia entre -0,18 e -0,24, dependendo do número de períodos de defasagens utilizado para a taxa de desemprego. Isso significa que, segundo estas estimativas, uma desvalorização de 30% da taxa real de câmbio geraria, no pior cenário, uma queda de 6,5% do salário real após um ano e, no melhor cenário, uma queda de 4,8% do salário real. Dessa forma, o impacto de curto-prazo da desvalorização cambial sobre o bem-estar econômico da classe trabalhadora seria razoavelmente pequeno. No longo-prazo, contudo, a desvalorização cambial permitiria um crescimento mais robusto da economia brasileira ao eliminar o estrangulamento externo, o que viabilizará um crescimento mais forte dos salários reais. Quanto à premissa do realismo cínico de que as reservas internacionais podem amortecer os efeitos de uma parada súbita de financiamento externo, deve-se observar que uma parcela não desprezível das mesmas foi financiada com capital de curto-prazo e empréstimos. Com efeito, entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2011, as reservas tiveram um acréscimo de cerca de US$ 268 bilhões. No mesmo período, o acumulado do saldo

5 em conta corrente e IED alcançaram US$ 163 bilhões. Isso significa que cerca de 40% do acumulo de reservas foi financiado com investimento de portfólio e empréstimos externos de curto e longo-prazo. Em outras palavras, uma parcela não-desprezível das reservas é, de fato, propriedade de estrangeiros. Logo, num cenário de parada súbita, o Brasil pode perder em poucas semanas uma fração expressiva de suas reservas internacionais e a possibilidade de over-shooting da desvalorização cambial e aceleração acentuada da inflação não pode ser descartada. Esse razoado aponta para a possibilidade de o custo político e econômico do ajuste súbito via mercado ser muito superior ao do ajuste gradual via mudança na política cambial, ainda mais quando se constata que a sobre valorização cambial está na raiz do processo de desindustrialização vivenciado pela economia brasileira nos últimos 25 anos. Na literatura econômica o termo desindustrialização foi originalmente cunhado para denominar a perda relativa do emprego industrial nos países desenvolvidos verificada a partir da década de Mais recentemente, o conceito foi ampliado para indicar uma perda relativa tanto do emprego quanto do valor adicionado da indústria. Inicialmente, o processo de desindustrialização era visto como um fenômeno natural na dinâmica do desenvolvimento, pois à medida que os países aumentavam de forma consistente a sua renda per capita, a elasticidade renda da demanda por produtos industrializados se reduzia, o que levava a uma diminuição relativa da demanda por esses produtos. Além disso, o forte crescimento da produtividade no setor industrial, comparativamente aos demais setores, acarretaria uma queda nos preços relativos dos produtos manufaturados, levando assim a uma redução da participação do setor industrial no valor agregado e no emprego total. Atualmente, no entanto, sabe-se que a desindustrialização pode ser precoce, ou seja, pode se iniciar num patamar de renda per-capita inferior ao registrado nos países desenvolvidos quando os mesmos iniciaram o seu processo de desindustrialização; além do que pode ser causada por falhas de mercado como a doença holandesa. A desindustrialização, especialmente quando precoce, tem efeitos negativos sobre o potencial de crescimento os países. Isso porque a indústria é o motor de crescimento de longo-prazo dessas economias haja vista que é o setor onde prevalecem as economias estáticas e dinâmicas de escala, onde os efeitos de encadeamento pra frente e pra trás na cadeia produtiva são mais fortes, onde ocorre a recepção e difusão do progresso tecnológico e onde a elasticidade renda das exportações é mais elevada (Thirwall, 2002). A análise da literatura brasileira recente sobre o tema da desindustrialização parece deixar pouca margem para a dúvida a respeito da ocorrência efetiva desse processo na economia Brasileira (Oreiro e Feijó, 2010). Com efeito, uma vez aceita a definição ampliada de desindustrialização torna-se inquestionável que esse processo vem ocorrendo no Brasil, com maior ou menor intensidade, de forma linear ou não, desde o final da década de 1980 (Vide Figura 2).

6 Figura 2 Fonte: Almeida (2006). O debate tem sem concentrado mais sobre as causas desse processo, e suas possíveis consequências sobre o crescimento de longo-prazo, do que sobre a ocorrência histórica desse fenômeno. Dessa forma, no debate brasileiro recente sobre o tema podemos identificar duas hipóteses em disputa. A primeira hipótese estabelece que o processo de desindustrialização no Brasil não é natural; mas resulta, em larga medida, da política macroeconômica adotada nos últimos 20 anos, a qual tem mantido uma taxa de câmbio sobre valorizada, afetando negativamente as exportações de manufaturados e induzindo um processo de substituição de produção doméstica por importações. A segunda hipótese estabelece que o processo de desindustrialização brasileiro é similar ao ocorrido nos países desenvolvidos sendo, portanto, um processo natural e independente da gestão da política macroeconômica. Soares, Mutter e Oreiro (2011) realizaram recentemente um estudo sobre as causas do processo de desindustrialização da economia brasileira por intermédio de uma análise empírica dos determinantes desse processo no período compreendido entre 1996 e Para tanto, utilizamos a metodologia empregada por Rowthorn e Ramaswamy (1999) com o intuito de verificar se a perda relativa do emprego e do valor agregado na indústria pode ser explicada por fatores internos, como nos países desenvolvidos, ou por fatores externos como a globalização e a nova divisão internacional do trabalho. Algumas modificações foram introduzidas na metodologia em consideração para levar em conta, de um lado, a disponibilidade de estatísticas e, de outro, a influência de fatores como a apreciação cambial ao afetar direta e indiretamente o produto e emprego. Com base na metodologia dos determinantes diretos e indiretos da desindustrialização, foram observadas algumas similaridades com os resultados obtidos por Rowthorn e Ramaswamy. Para eles, os fatores internos, representados pelo crescimento mais rápido da produtividade na indústria e, consequentemente, pela queda dos preços relativos, explicam em larga medida a redução do emprego no setor. No caso brasileiro, também se verificou uma relação positiva entre o crescimento do produto e o aumento da produtividade do trabalho na indústria. Além disso, verifica-se que o crescimento da

7 produtividade gerou uma queda expressiva dos preços relativos, contribuindo assim para a redução relativa do valor adicionado e do emprego da indústria. Com relação aos efeitos das variáveis investimento e saldo comercial no produto e emprego relativos verificou-se que ambas têm efeito positivo sobre as variáveis em consideração. Dessa forma, podemos afirmar que a queda da taxa de investimento e a deterioração do saldo da balança comercial a partir de meados da década de 1990 são causas importantes do processo de desindustrialização no Brasil, ambas relacionadas com a condução da política macroeconômica no período em consideração. Com efeito, ao analisarmos os efeitos indiretos do câmbio sobre o saldo da balança comercial como proporção do PIB e a taxa de investimento, constatamos que, para a primeira variável, a relação é positiva e, para a segunda, negativa. Dessa forma, a tendência a sobre valorização da taxa de câmbio observada no período contribuiu para desestimular o investimento e, consequentemente, a participação relativa do emprego e do valor adicionado pelo setor industrial na economia brasileira. A partir dos valores encontrados das elasticidades do produto e de emprego relativos com respeito a taxa real de câmbio, podemos constatar, contudo, que a desvalorização cambial teria maior efeito sobre o produto do que sobre o emprego. Uma evidência mais direta da relação entre o dinamismo da indústria e o comportamento da taxa real efetiva de câmbio pode ser visualizada na figura 3 abaixo. Conforme se observa nessa figura, onde são apresentadas as taxas de crescimento da indústria de transformação e do PIB, bem como a taxa real efetiva de câmbio, no período , apenas em três anos a taxa de crescimento da indústria superou a da economia, a saber: 2000, 2003 e Nos demais anos, o PIB cresceu a frente do valor adicionado da indústria de transformação. Verificamos também que a forte apreciação da taxa real efetiva de câmbio no período foi acompanhada pela perda de dinamismo da indústria de transformação com respeito ao resto da economia brasileira. De fato, entre 2005 e 2008 a taxa de crescimento do valor adicionado da indústria de transformação ficou sistematicamente abaixo da taxa de crescimento do PIB. Esse movimento foi acompanhado por uma forte apreciação do câmbio real.

8 Figura 3: Taxa de crescimento do PIB e da Indústria de Transformação (%) e Taxa Real Efetiva de Câmbio ( ) A argumentação aqui apresentada aponta para a factibilidade (técnica e política) e a necessidade de uma mudança na política cambial, com vistas a se eliminar, num período razoável de tempo, o problema de sobre valorização da taxa real de câmbio prevalecente na economia brasileira. Se essa mudança não for feita nos próximos dois anos, a economia brasileira corre um sério risco de sofrer uma forte crise de balanço de pagamentos, com consequências desastrosas para a inflação e o nível de atividade econômica e de emprego. Além disso, a continuidade do atual estado de sobre valorização cambial põe em risco a sobrevivência a médio prazo da indústria nacional, podendo levar a um processo irreversível de desindustrialização da economia brasileira. Referências Bibliográficas Almeida, J.S.G. (2006). Política Monetária e Crescimento Econômico no Brasil. Seminário do PSDB, 16 de fevereiro. OREIRO, J. L.; Araújo, E. (2010). Câmbio e Contas Externas: análise e perspectivas. Valor Econômico, São Paulo, p. A12 A12, 18 out. OREIRO, J.L; FEIJÓ, C. (2010). Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro. Revista de Economia Política, Vol.30, n.2. OREIRO, J.L; MARCONI, N. (2011). Câmbio: adiar o ajuste pode sair caro. Valor Econômico, São Paulo, p. A15 A15, 13 mai. Rowthorn, R; Ramaswany, R (1999). Growth, Trade and Deindustrialization. IMF Staff Papers, Vol. 46, N.1. Soares, C; Mutter, A; Oreiro, J.L (2011). Uma análise empírica dos determinantes da desindustrialização no caso brasileiro ( ). Artigo aprovado para o XVI Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Política. Uberlândia. Thirwall, A. (2002). The Nature of Economic Growth. Edward Elgar: Aldershot

O Brasil Pode Mais: Uma Agenda de Reformas Macroeconômicas para o Crescimento Sustentado com Estabilidade de Preços

O Brasil Pode Mais: Uma Agenda de Reformas Macroeconômicas para o Crescimento Sustentado com Estabilidade de Preços O Brasil Pode Mais: Uma Agenda de Reformas Macroeconômicas para o Crescimento Sustentado com Estabilidade de Preços José Luis Oreiro Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília Pesquisador

Leia mais

Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro

Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro Desindustrialização: conceituação, causas, efeitos e o caso brasileiro José Luís Oreiro Publicado por jlcoreiro em 22 Dezembro 2009 Nos últimos meses tem-se observado uma preocupação crescente entre os

Leia mais

Restrições Macroeconômicas ao Crescimento da Economia Brasileira Diagnósticos e algumas proposições de política

Restrições Macroeconômicas ao Crescimento da Economia Brasileira Diagnósticos e algumas proposições de política Restrições Macroeconômicas ao Crescimento da Economia Brasileira Diagnósticos e algumas proposições de política José Luis Oreiro (UnB/CNPq) Lionello Punzo (Univeridade de Siena) Eliane Araújo (IPEA-RJ)

Leia mais

Sustentabilidade da dívida pública: uma proposta de longo prazo José Luís Oreiro * e Luiz Fernando de Paula **

Sustentabilidade da dívida pública: uma proposta de longo prazo José Luís Oreiro * e Luiz Fernando de Paula ** Sustentabilidade da dívida pública: uma proposta de longo prazo José Luís Oreiro * e Luiz Fernando de Paula ** As escolhas em termos de política econômica se dão em termos de trade-offs, o que significa

Leia mais

Apesar dos estímulos dados pela política monetária e fiscal, a expansão do crédito pelo BNDES e bancos públicos e a desvalorização da taxa real de

Apesar dos estímulos dados pela política monetária e fiscal, a expansão do crédito pelo BNDES e bancos públicos e a desvalorização da taxa real de José Luis Oreiro Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Pesquisador Nível IB do CNPq Presidente da Associação Keynesiana Brasileira Apesar dos estímulos dados pela

Leia mais

O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008

O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008 NIVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2008 Guilherme R. S. Souza e Silva * RESUMO - O presente artigo tem o objetivo de apresentar

Leia mais

Unidade III ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin

Unidade III ECONOMIA E MERCADO. Prof. Rodrigo Marchesin Unidade III ECONOMIA E MERCADO Prof. Rodrigo Marchesin Introdução Macroeconomia: Grandes questões econômicas; Comportamento global do sistema; Análise dos grandes agregados econômicos. Estrutura básica

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA.

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA. NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA. Marcelo Curado * I. Atividade Econômica A análise dos indicadores macroeconômicos sobre a evolução recente da atividade econômica corrobora a noção de

Leia mais

Setor Externo: Ajuste Forçado e Retomada da Economia Brasileira

Setor Externo: Ajuste Forçado e Retomada da Economia Brasileira 7 Setor Externo: Ajuste Forçado e Retomada da Economia Brasileira Vera Martins da Silva (*) A economia brasileira está saindo do fundo do poço, mas muito mais lentamente do que o desejado pela grande massa

Leia mais

A Macroeconomia do Crescimento Sustentado e suas Implicações sobre a Distribuição de Renda. José Luís Oreiro 1 Marcelo Luiz Curado 2

A Macroeconomia do Crescimento Sustentado e suas Implicações sobre a Distribuição de Renda. José Luís Oreiro 1 Marcelo Luiz Curado 2 A Macroeconomia do Crescimento Sustentado e suas Implicações sobre a Distribuição de Renda José Luís Oreiro 1 Marcelo Luiz Curado 2 O atual modelo de política macroeconômica adotado Brasil é constituído

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Uma avaliação dos indicadores da economia brasileira em 2007

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Uma avaliação dos indicadores da economia brasileira em 2007 NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Uma avaliação dos indicadores da economia brasileira em 2007 Lucas Lautert Dezordi * Guilherme R. S. Souza e Silva ** Introdução O presente artigo tem

Leia mais

Estabilização, Reformas e Desequilíbrios Macroeconômicos: Os anos FHC (Primeira Parte)

Estabilização, Reformas e Desequilíbrios Macroeconômicos: Os anos FHC (Primeira Parte) Estabilização, Reformas e Desequilíbrios Macroeconômicos: Os anos FHC (Primeira Parte) José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília O Governo FHC Eleições

Leia mais

Brasil: Do Espetáculo do Crescimento a Estagnação Secular?

Brasil: Do Espetáculo do Crescimento a Estagnação Secular? Brasil: Do Espetáculo do Crescimento a Estagnação Secular? José Luis Oreiro * No final do segundo mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as perspectivas da economia brasileira pareciam extremamente

Leia mais

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO CENÁRIO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: 2010- Abril de 2010 Grupo de Conjuntura do Instituto de Economia da UFRJ PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES ECONÔMICAS

Leia mais

SIMPÓSIO - O PAC e os requerimentos necessários ao crescimento econômico O PAC e a performance da economia brasileira 1.

SIMPÓSIO - O PAC e os requerimentos necessários ao crescimento econômico O PAC e a performance da economia brasileira 1. SIMPÓSIO - O PAC e os requerimentos necessários ao crescimento econômico O PAC e a performance da economia brasileira Antonio Luis Licha Maria Andréa Santichio 1. Introdução Os fundamentos macroeconômicos

Leia mais

UMA ANÁLISE CRÍTICA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO EM 2004 Marcelo Curado *

UMA ANÁLISE CRÍTICA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO EM 2004 Marcelo Curado * UMA ANÁLISE CRÍTICA DO CRESCIMENTO ECONÔMICO EM 2004 Marcelo Curado * O crescimento de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2004 constitui-se numa mudança importante no sinal do comportamento do produto,

Leia mais

QUESTÕES DE MACROECONOMIA. CONCURSOS BACEN 2005, 2009 e 2003 ÁREA GERAL CESPE

QUESTÕES DE MACROECONOMIA. CONCURSOS BACEN 2005, 2009 e 2003 ÁREA GERAL CESPE QUESTÕES DE MACROECONOMIA CONCURSOS BACEN 2005, 2009 e 2003 ÁREA GERAL 2013 - CESPE Julgue os próximos itens, relativos aos regimes cambiais e seus efeitos sobre a economia. 45 Em um regime com cambio

Leia mais

Recessão brasileira: origens, determinantes e condições de saída

Recessão brasileira: origens, determinantes e condições de saída Recessão brasileira: origens, determinantes e condições de saída Fernando Ferrari Filho Professor Titular da UFRGS e Pesquisador do CNPq http://www.ppge.ufrgs.br/ferrari e ferrari@ufrgs.br e fernandoferrarifilho@gmail.com

Leia mais

Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências

Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências Março/2015 Desindustrialização no Brasil Diagnósticos, Causas e Consequências Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1 Estrutura da Apresentação Diagnósticos do Processo de Desindustrialização

Leia mais

9 Ver em especial o site:

9 Ver em especial o site: O desempenho recente dos principais indicadores da economia brasileira Lucas Lautert Dezordi * Guilherme R. S. Souza e Silva ** Introdução Esta seção do boletim Economia & Tecnologia irá discutir cinco

Leia mais

Cenário Macroeconômico 2006 Janeiro de 2006

Cenário Macroeconômico 2006 Janeiro de 2006 Cenário Macroeconômico 2006 Janeiro de 2006 1 Cenário Econômico Regra básica: Cenário Internacional é dominante. Oscilações de curto prazo são determinadas exogenamente. 2 Cenário Internacional União monetária

Leia mais

O DESCOMPASSO É CAMBIAL

O DESCOMPASSO É CAMBIAL O DESCOMPASSO É CAMBIAL 09/Setembro/2008 Sumário Executivo O descompasso entre oferta e demanda existente na economia brasileira é uma definição contábil atualmente muito utilizada pelos analistas econômicos.

Leia mais

O crescimento brasileiro é sustentável?

O crescimento brasileiro é sustentável? O crescimento brasileiro é sustentável? Adalmir Marquetti * RESUMO - O presente texto discute as condições necessárias para a continuidade da retomada do crescimento nos próximos anos. Aponta-se que há

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Novembro 2015

CENÁRIO ECONÔMICO. Novembro 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Novembro 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (moderado) da economia americana, bom desempenho da China e melhora (discreta) da Zona do Euro são os

Leia mais

Agenda Brasil 2022: Resolver os Desequilíbrios Macroeconômicos e a Disfuncionalidade Institucional do Regime de Política Macroeconômica no Brasil

Agenda Brasil 2022: Resolver os Desequilíbrios Macroeconômicos e a Disfuncionalidade Institucional do Regime de Política Macroeconômica no Brasil Agenda Brasil 2022: Resolver os Desequilíbrios Macroeconômicos e a Disfuncionalidade Institucional do Regime de Política Macroeconômica no Brasil José Luis Oreiro Professor do Departamento de Economia

Leia mais

Para além da política macroeconômica. Geraldo Biasoto Junior

Para além da política macroeconômica. Geraldo Biasoto Junior Para além da política macroeconômica Geraldo Biasoto Junior Agosto de 2010 Política econômica no Brasil Cisão entre a macro e a microeconomia Taxa de juros = instrumento exclusivo de política econômica

Leia mais

Inflação, nível de atividade e setor externo: o desempenho dos principais indicadores da economia brasileira

Inflação, nível de atividade e setor externo: o desempenho dos principais indicadores da economia brasileira NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Inflação, nível de atividade e setor externo: o desempenho dos principais indicadores da economia brasileira Guilherme R. S. Souza e Silva * RESUMO - O

Leia mais

Por que um limite para a dívida da União?

Por que um limite para a dívida da União? Por que um limite para a dívida da União? José Luis Oreiro Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Pesquisador Nível IB do CNPq Presidente da Associação Keynesiana Brasileira (2013-2015)

Leia mais

Nível de Atividade: Finalmente Economia em Recuperação

Nível de Atividade: Finalmente Economia em Recuperação 10 análise de conjuntura Nível de Atividade: Finalmente Economia em Recuperação Vera Martins da Silva (*) Normalmente se pensa em atividade econômica como cíclica e vem à mente o ciclo matemático, ou seja,

Leia mais

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego

Boletim de. Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego Julho de 2015 Recessão avança com diminuição lenta da inflação em 2015 Inflação e desemprego No primeiro semestre do ano de 2015, a inflação brasileira acumulou variação de 8,1% ao ano, superando em mais

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Setembro 2015

CENÁRIO ECONÔMICO. Setembro 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Setembro 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (moderado) da economia americana, bom desempenho da China e melhora (discreta) da Zona do Euro são os

Leia mais

PERSPECTIVAS Antonio Carlos Borges

PERSPECTIVAS Antonio Carlos Borges PERSPECTIVAS 2005 O QUE ESPERAR DE 2005 1. Nível de investimentos mais elevado: 24% do PIB 2. Demanda interna ganha importância na manutenção do ritmo de crescimento 3. O final do ano pode ser mais complexo

Leia mais

Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas

Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas Indústria e Desenvolvimento: desafios e perspectivas para os economistas > Lia Hasenclever (IE/UFRJ) Aula Inaugural Instituto de Economia Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de Janeiro, 31/08/2016

Leia mais

PERSPECTIVAS ECONÔMICAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR EM 2017/2018

PERSPECTIVAS ECONÔMICAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR EM 2017/2018 PERSPECTIVAS ECONÔMICAS PARA O COMÉRCIO EXTERIOR EM 2017/2018 Profa. Ma. Patricia Tendolini Oliveira de Melo Economista e Coordenadora do Curso de Relações Internacionais Unicuritiba COMO CHEGAMOS ATÉ

Leia mais

Novo-Desenvolvimentismo, Câmbio Real e Poupança Doméstica: uma réplica a Samuel Pessoa.

Novo-Desenvolvimentismo, Câmbio Real e Poupança Doméstica: uma réplica a Samuel Pessoa. JLCoreiro, 9 de agosto de 2016 Novo-Desenvolvimentismo, Câmbio Real e Poupança Doméstica: uma réplica a Samuel Pessoa. Por: José Luis Oreiro Samuel Pessoa escreveu uma crítica interessante ao Novo- Desenvolvimentismo

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA. Os principais indicadores da economia brasileira: atividade econômica e política monetária

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA. Os principais indicadores da economia brasileira: atividade econômica e política monetária NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Os principais indicadores da economia brasileira: atividade econômica e política monetária Lucas Lautert Dezordi * Guilherme R. S. Souza e Silva ** Introdução

Leia mais

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA

PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA PERSPECTIVAS DA ECONOMIA BRASILEIRA Gustavo Loyola XII CONGRESSO BRASILEIRO DE FOMENTO COMERCIAL Foz do Iguaçu (PR), abril de 2016 Estrutura 2 Cenário Internacional Cenário doméstico Conclusão Cenário

Leia mais

Impactos da Crise Mundial sobre a Economia Brasileira

Impactos da Crise Mundial sobre a Economia Brasileira Impactos da Crise Mundial sobre a Economia Brasileira Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP Campinas (SP) 29 de julho de 2009 1 CIESP Campinas - 29/07/09 Crise de 2008 breve histórico Início:

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Junho 2015

CENÁRIO ECONÔMICO. Junho 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Junho 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (moderado) da economia americana, bom desempenho da China e melhora (discreta) da Zona do Euro são os principais

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Agosto 2015

CENÁRIO ECONÔMICO. Agosto 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Agosto 2015 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (moderado) da economia americana, bom desempenho da China e melhora (discreta) da Zona do Euro são os

Leia mais

Uma análise dos principais indicadores da economia brasileira

Uma análise dos principais indicadores da economia brasileira NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Uma análise dos principais indicadores da economia brasileira Guilherme R. S. Souza e Silva * RESUMO - O presente artigo tem o objetivo de apresentar e

Leia mais

Nota Informativa. Comparação entre as décadas de 1980 e Comparando o crescimento do PIB nas décadas de 1980 e atual

Nota Informativa. Comparação entre as décadas de 1980 e Comparando o crescimento do PIB nas décadas de 1980 e atual Em 2018, o PIB cresceu 1,1% em termos reais, repetindo a taxa observada no ano anterior. O ritmo de recuperação da atividade econômica após a profunda recessão de 2014-16 tem se revelado muito lento: ao

Leia mais

Retração do PIB apresenta tímida melhora

Retração do PIB apresenta tímida melhora Retração do PIB apresenta tímida melhora No boletim de Conjuntura Econômica do mês de Jun./16 os dados do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre de 2016, divulgados pelo Instituto Brasileiro

Leia mais

Nova queda do PIB não surpreende mercado

Nova queda do PIB não surpreende mercado Nova queda do PIB não surpreende mercado Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) nesta primeira semana de março mostram a tendência

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 Guilherme R. S. Souza e Silva * Introdução Este artigo pretende apresentar e discutir

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre de 2013

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre de 2013 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre de 213 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de Planejamento

Leia mais

Por que o Brasil pode ser um dos primeiros países a sair da recessão?

Por que o Brasil pode ser um dos primeiros países a sair da recessão? Por que o Brasil pode ser um dos primeiros países a sair da recessão? Luciano Luiz Manarin D Agostini * RESUMO Observa-se tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento quedas generalizadas do crescimento

Leia mais

Macroeconomia Fernando Honorato Barbosa. Economista-Chefe Diretor DEPEC

Macroeconomia Fernando Honorato Barbosa. Economista-Chefe Diretor DEPEC 11 Informação Esta apresentação pode conter informações sobre eventos futuros. Tais informações não seriam apenas fatos históricos, mas refletiriam os desejos e as expectativas da direção da companhia.

Leia mais

SIMPÓSIO - Fundo de Riqueza Soberano O Fundo Soberano é uma boa estratégia de política cambial?

SIMPÓSIO - Fundo de Riqueza Soberano O Fundo Soberano é uma boa estratégia de política cambial? SIMPÓSIO - Fundo de Riqueza Soberano O Fundo Soberano é uma boa estratégia de política cambial? José Luis Oreiro * Luiz Fernando de Paula ** A violenta apreciação cambial observada nos últimos dois anos

Leia mais

CENÁRIO ECONÔMICO. Outubro 2016

CENÁRIO ECONÔMICO. Outubro 2016 CENÁRIO ECONÔMICO Outubro 2016 CENÁRIO ECONÔMICO Internacional - Destaques Mercados globais: avanço (modesto) da economia americana, bom desempenho(ainda) da China e melhora (discreta) da Zona do Euro

Leia mais

Os benefícios do câmbio desvalorizado para o saldo da Balança Comercial

Os benefícios do câmbio desvalorizado para o saldo da Balança Comercial Os benefícios do câmbio desvalorizado para o saldo da Balança Comercial O superávit na balança comercial brasileira deveu-se mais à diminuição de importações do que ao aumento das exportações Marcelo de

Leia mais

Macroeconomia Aberta. CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre.

Macroeconomia Aberta. CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre. Macroeconomia Aberta CE-571 MACROECONOMIA III Prof. Dr. Fernando Nogueira da Costa Programa 1º semestre http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ PARTE I: Determinantes da taxa de câmbio e do balanço

Leia mais

ANEXO 9.B. Análise Gráfica do Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP)

ANEXO 9.B. Análise Gráfica do Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP) ANEXO 9.B Análise Gráfica do Modelo Mundell-Fleming (IS-LM-BP) A apresentação gráfica desse modelo de macroeconomia aberta com concepção keynesiana ajuda a entender passo-a-passo as dezesseis situações

Leia mais

Seminário na FGV/EPGE. Ajuste fiscal: o que significa para o Brasil? Felipe Salto

Seminário na FGV/EPGE. Ajuste fiscal: o que significa para o Brasil? Felipe Salto Seminário na FGV/EPGE Ajuste fiscal: o que significa para o Brasil? Felipe Salto Rio de Janeiro, 21 de junho de 2018 Hiato do produto PIB no curto prazo o As estimativas de mercado para o PIB de 2018 obtidas

Leia mais

Conjuntura Econômica do Brasil Agosto de 2013

Conjuntura Econômica do Brasil Agosto de 2013 1 Conjuntura Econômica do Brasil Agosto de 2013 Profa. Anita Kon 1 Último dado Dado Anterior Tend. PIB pm (1990=100) 2004 I. 13* 1,9 1,4 I. 13** 0,6 0,6 Expectativas de mercado (% de crescimento 2013 2,49

Leia mais

SIMULADO PROVA DE MACROECONOMIA. 19/07/2012 Quinta-Feira HORÁRIO: 08:00h às 10:15h

SIMULADO PROVA DE MACROECONOMIA. 19/07/2012 Quinta-Feira HORÁRIO: 08:00h às 10:15h SIMULADO PROVA DE MACROECONOMIA 19/07/2012 Quinta-Feira HORÁRIO: 08:00h às 10:15h QUESTÃO 01 Sobre as contas nacionais, avalie as proposições: (0) A remessa de dinheiro de brasileiros que residem no exterior

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE CÂMBIO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

REFLEXÕES SOBRE CÂMBIO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR REFLEXÕES SOBRE CÂMBIO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR Fernando J. Ribeiro Economista-chefe chefe da FUNCEX Workshop CINDES Rio de Janeiro 5 de agosto de 2011 09/08/2011 VISÃO MACROECONÔMICA DA BALANÇA

Leia mais

Mudança de rumo? Cenário macroeconômico Junho Fernanda Consorte

Mudança de rumo? Cenário macroeconômico Junho Fernanda Consorte Mudança de rumo? Cenário macroeconômico Junho 2013 Fernanda Consorte Atividade econômica Desaceleração do PIB e da demanda doméstica, com alguma recuperação recente Demanda em % a/a; contribuição dos componentes

Leia mais

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA. O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2006

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA. O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2006 NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA O desempenho dos principais indicadores da economia brasileira em 2006 Lucas Lautert Dezordi * Guilherme R. S. Souza e Silva ** Introdução Esta seção do

Leia mais

O que esperar da Selic e do câmbio nominal nos próximos meses? Uma visão pelo modelo VAR com restrição Luciano D Agostini * José Luís Oreiro **

O que esperar da Selic e do câmbio nominal nos próximos meses? Uma visão pelo modelo VAR com restrição Luciano D Agostini * José Luís Oreiro ** O que esperar da Selic e do câmbio nominal nos próximos meses? Uma visão pelo modelo VAR com restrição Luciano D Agostini * José Luís Oreiro ** Segundo a Ata da última reunião do Copom, divulgada em 16

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2014 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de

Leia mais

DESENVOLVIMENTO COM EXCESSO

DESENVOLVIMENTO COM EXCESSO DESENVOLVIMENTO COM EXCESSO DE DIVISAS? CONTA CORRENTE, FINANCIAMENTO EXTERNO E O FUTURO DA ECONOMIA BRASILEIRA André Martins Biancareli Cecon-IE-Unicamp andremb@eco.unicamp.br Seminário Desenvolvimento

Leia mais

A Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento e o Novo- Desenvolvimentistmo

A Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento e o Novo- Desenvolvimentistmo A Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento e o Novo- Desenvolvimentistmo José Luís Oreiro Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Pesquisador Nível IB do CNPq

Leia mais

Nota Informativa Efeito da reforma da previdência no crescimento do PIB

Nota Informativa Efeito da reforma da previdência no crescimento do PIB Especial O descontrole das contas públicas está na raiz da grave crise econômica pela qual o país vem passando. A deterioração fiscal é explicada principalmente pelo aumento dos gastos do governo com benefícios

Leia mais

8 Professor do Departamento de Economia da UFPR, Diretor do Centro de Pesquisas Econômicas (CEPEC) da

8 Professor do Departamento de Economia da UFPR, Diretor do Centro de Pesquisas Econômicas (CEPEC) da A Macroeconomia do crescimento sustentado José Luís da Costa Oreiro 8 Marcelo Luiz Curado 9 Fábio Dória Scatolin 10 José Gabriel Porcile Meirelles 11 Luciano Nakabashi 12 Breno Pascualote Lemos 13 Rodrigo

Leia mais

Brasília (DF), 28 de janeiro de 2016.

Brasília (DF), 28 de janeiro de 2016. Brasília (DF), 28 de janeiro de 2016. Pronunciamento do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central do Brasil, na 44ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social

Leia mais

Brasil Crescer Mais Com Estabilidade

Brasil Crescer Mais Com Estabilidade O Que É Necessário Para o Brasil Crescer Mais Com Estabilidade Yoshiaki Nakano Escola de Economia de São Paulo Fundação Getulio Vargas 30 de Agosto de 2010 O Que É Necessário Para o Brasil Crescer Mais

Leia mais

Fatores Determinantes do

Fatores Determinantes do Fatores Determinantes do Balanço de Pagamentos Abordagem pela Absorção Abordagem pelos Movimentos de Capital Abordagem Monetária http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Contabilidade das relações externas

Leia mais

Ajustando o Balanço de Pagamentos

Ajustando o Balanço de Pagamentos Alicia Ruiz Olalde Ajustando o Balanço de Pagamentos Desvalorização cambial Elevação das tarifas de importação Estabelecimento de cotas de importação Concessão de subsídios às exportações Controle de capitais

Leia mais

Seminário de Economia Europeia

Seminário de Economia Europeia UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA Faculdade de Economia Seminário de Economia Europeia Ficha de Revisão de Conceitos Ano lectivo 2007-2008 Nome: Número: Leia com atenção e seleccione a alternativa que lhe parece

Leia mais

Plano Real: Concepção e Prática. José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília

Plano Real: Concepção e Prática. José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília Plano Real: Concepção e Prática José Luis Oreiro Professor Associado do Departamento de Economia da Universidade de Brasília Fases do Plano Real Primeira fase: Ajuste fiscal Eliminação do que era visto

Leia mais

Formulário de Referência CIA LOCAÇÃO DAS AMÉRICAS Versão : 3

Formulário de Referência CIA LOCAÇÃO DAS AMÉRICAS Versão : 3 4.2. Descrever, quantitativa e qualitativamente, os principais riscos de mercado a que o emissor está exposto, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de juros. O governo brasileiro exerceu e

Leia mais

CEMAP. Carta. Centro de Macroeconomia Aplicada FGV-EESP

CEMAP. Carta. Centro de Macroeconomia Aplicada FGV-EESP Carta CEMAP Carta Centro de Macroeconomia Aplicada FGV-EESP economia Setembro de 2014 Taxa de Câmbio no Brasil: Contas externas explicam boa parte do desalinhamento cambial. 1 O objetivo desta Carta consiste

Leia mais

Universidade Federal do Piauí UFPI Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Centro de Ciências Humanas e Letras CCHL Departamento de Ciências

Universidade Federal do Piauí UFPI Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Centro de Ciências Humanas e Letras CCHL Departamento de Ciências Universidade Federal do Piauí UFPI Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Centro de Ciências Humanas e Letras CCHL Departamento de Ciências Econômicas - DECON Bairro Ininga, CEP-64049-550 Teresina,

Leia mais

Debate sobre Política Fiscal no Conselho Federal de Economia (COFECON)

Debate sobre Política Fiscal no Conselho Federal de Economia (COFECON) Debate sobre Política Fiscal no Conselho Federal de Economia (COFECON) Gabriel Leal de Barros Diretor da IFI Brasília, 02 de dezembro de 2017 Estrutura da apresentação¹ 1. Evolução do resultado primário

Leia mais

Nível de Atividade: Redução da Atividade Econômica no Início de 2015 e Futuro Ainda Muito Nebuloso (Especialmente Para o Setor Automobilístico)

Nível de Atividade: Redução da Atividade Econômica no Início de 2015 e Futuro Ainda Muito Nebuloso (Especialmente Para o Setor Automobilístico) 6 análise de conjuntura Nível de Atividade: Redução da Atividade Econômica no Início de 2015 e Futuro Ainda Muito Nebuloso (Especialmente Para o Setor Automobilístico) Vera Martins da Silva (*) Como esperado,

Leia mais

Os sérios desafios da economia. Econ. Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Maio/2016

Os sérios desafios da economia. Econ. Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Maio/2016 Os sérios desafios da economia Econ. Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Maio/2016 1 Os números da economia brasileira que o novo governo precisa enfrentar 11,089 milhões Número de desempregados no Brasil,

Leia mais

Junho/2015. Apresentação ECO034 - Macro

Junho/2015. Apresentação ECO034 - Macro Junho/2015 Apresentação ECO034 - Macro Macroeconomia Características: Análise da determinação e comportamento de grandes agregados. Abordagem global. Busca compreender as interações entre os mercados de

Leia mais

Perspectivas para a indústria brasileira uma proposta baseada na exportação de manufaturados

Perspectivas para a indústria brasileira uma proposta baseada na exportação de manufaturados Perspectivas para a indústria brasileira uma proposta baseada na exportação de manufaturados Apresentação preparada para o Seminário Perspectivas para a economia brasileira nos próximos anos, na FIESP

Leia mais

Banco de Dados Nov/10

Banco de Dados Nov/10 Banco de Dados Nov/10 Movimento mundial de desvalorização do dólar. Enfraquecimento da moeda americana. Moedas asiáticas Tailândia, Malásia, Cingapura. Moedas dos países do leste europeu: Hungria, Polônia,

Leia mais

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013 Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 1º trimestre de 2013 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN SN de Planejamento Financeiro

Leia mais

O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - SETEMBRO DE 2002

O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - SETEMBRO DE 2002 O DESEMPENHO DO SETOR EXTERNO - SETEMBRO DE 22 No mês de setembro, as transações correntes registraram novamente superávit (US$ 1,2 bilhões), diminuindo o déficit acumulado no ano para US$ 7,3 bilhões.

Leia mais

Setor Externo: Nebulosidade e Turbulências à Frente

Setor Externo: Nebulosidade e Turbulências à Frente análise de conjuntura 7 Setor Externo: Nebulosidade e Turbulências à Frente Vera Martins da Silva(*) O resultado atual das contas externas, analisado sob a ótica das Transações Correntes, um dos principais

Leia mais

Exterior. Ano II Jul/14. Rafael Lima Batista André Ribeiro Luciano Nakabashi

Exterior. Ano II Jul/14. Rafael Lima Batista André Ribeiro Luciano Nakabashi No segundo trimestre de 2014, o Brasil apresentou um saldo na balança comercial de US$ 3,504 bilhões. No total foram exportados US$ 59,706 bilhões e importados US$ 56,202. Esse desempenho positivo se deve,

Leia mais

A Lógica e o detalhamento das nossas premissas fundamentais

A Lógica e o detalhamento das nossas premissas fundamentais 994 99 996 997 998 999 6E A Lógica e o detalhamento das nossas premissas fundamentais Crescimento real do PIB A recessão que esperamos no biênio -6 será a primeira desde a década de 93, o que dá a dimensão

Leia mais

Pesquisa FEBRABAN de Projeções e Expectativas de Mercado Realizada entre os dias 12 e 13 de junho de 2008 Divulgada em 17 de junho de 2008

Pesquisa FEBRABAN de Projeções e Expectativas de Mercado Realizada entre os dias 12 e 13 de junho de 2008 Divulgada em 17 de junho de 2008 Pesquisa FEBRABAN de Projeções e Expectativas de Mercado Realizada entre os dias 12 e 13 de junho de 2008 Divulgada em 17 de junho de 2008 Os bancos ampliaram o teto de taxa de juros para 2008. Os resultados

Leia mais

10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial

10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial 25 10. Em Foco IBRE: A Fragilidade do Superávit da Balança Comercial Com o superávit da balança comercial em março, o déficit acumulado no primeiro trimestre deste ano (-US$ 5,5 bilhões) foi inferior ao

Leia mais

Economia Brasileira Curso DSc - BNDES

Economia Brasileira Curso DSc - BNDES Economia Brasileira Curso DSc - BNDES Parte 4 O 1º Governo FHC: Plano Real Prof. Antonio Carlos Assumpção As 3 Fases do Real 1) ortodoxia - ajuste fiscal PAI (Plano de Ação Imediata 1993) corte de gastos

Leia mais

O Brasil no Sistema Monetário Internacional

O Brasil no Sistema Monetário Internacional O Brasil no Sistema Monetário Internacional Roteiro da Apresentação O Brasil no Padrão-Ouro e no sistema de Bretton Woods. A Dívida Externa e as Crises de Balanço de Pagamentos. A Abertura Financeira dos

Leia mais

Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil

Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil Vulnerabilidade externa estrutural do Brasil Reinaldo Gonçalves Professor titular UFRJ 1 Sumário 1. Conceitos-chave 2. Vulnerabilidade externa estrutural 3. Perspectivas 2 1 Conceitos-chave Modelo liberal

Leia mais

Análise CEPLAN Clique para editar o estilo do título mestre. Recife, 17 de novembro de 2010.

Análise CEPLAN Clique para editar o estilo do título mestre. Recife, 17 de novembro de 2010. Análise CEPLAN Recife, 17 de novembro de 2010. Temas que serão discutidos na Análise Ceplan: O Brasil no contexto internacional; Conjuntura do Brasil, do Nordeste e de Pernambuco; Informe especial sobre

Leia mais

Ilan Goldfajn. Economista-chefe e Sócio Itaú Unibanco. Novembro,

Ilan Goldfajn. Economista-chefe e Sócio Itaú Unibanco. Novembro, IBEF Perspectivas Econômicas Ilan Goldfajn Economista-chefe e Sócio Itaú Unibanco Novembro, 2015 1 Roteiro Crescimento resiliente no mundo. China: atividade melhor no segundo semestre traz alívio. Estabilização?

Leia mais

A economia brasileira em 2013 Guido Mantega Ministro da Fazenda

A economia brasileira em 2013 Guido Mantega Ministro da Fazenda A economia brasileira em 2013 Guido Mantega Ministro da Fazenda Encontro Nacional dos Novos Prefeitos e Prefeitas Brasília, 30 de janeiro de 2013 1 Crescimento do PIB acelerando PIB, crescimento anual,

Leia mais

Sobre a qualidade do superávit primário

Sobre a qualidade do superávit primário Sobre a qualidade do superávit primário Manoel Carlos de Castro Pires * Desde a derrocada do regime de câmbio fixo, em janeiro de 1999, a política macroeconômica brasileira tem se apoiado no tripé câmbio

Leia mais

Brasil, conjuntura e perspectiva

Brasil, conjuntura e perspectiva Brasil, conjuntura e perspectiva Fevereiro de 2016 Rodolfo Margato rodolfo.silva@santander.com.br Área de Pesquisa Macroeconômica Santander Brasil Estrutura da Apresentação: 1) Conjuntura Macroeconômica

Leia mais

III. Política Monetária Os sinais contraditórios da política monetária do governo Lula

III. Política Monetária Os sinais contraditórios da política monetária do governo Lula III. Política Monetária Os sinais contraditórios da política monetária do governo Lula José Luís Oreiro No início do segundo semestre de 2004, o Banco Central do Brasil iniciou um processo de elevação

Leia mais

É o Fim do Novo Normal? Desafios para o Ambiente Econômico-Financeiro Global e as Implicações para o Brasil 2013/14

É o Fim do Novo Normal? Desafios para o Ambiente Econômico-Financeiro Global e as Implicações para o Brasil 2013/14 É o Fim do Novo Normal? Desafios para o Ambiente Econômico-Financeiro Global e as Implicações para o Brasil 2013/14 Apresentação - Conceituar o que é o Novo Normal - Balanço do atual ambiente externo -

Leia mais

Brasil em 40 anos: Mudanças e semelhanças

Brasil em 40 anos: Mudanças e semelhanças Seminário APIMEC 40 anos O Mercado de capitais em novos patamares Brasil em 40 anos: Mudanças e semelhanças 1970-2010 Eduardo Pereira Nunes - Presidente do IBGE epnunes@ibge.gov.br Brasilia, 17 de maio

Leia mais

PIB. PIB Trimestral 3,9% 2,6% 2,3% 2,3%

PIB. PIB Trimestral 3,9% 2,6% 2,3% 2,3% PIB O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou nesta última sextafeira, 29 de Maio, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao primeiro trimestre de 2015. Análise preliminar

Leia mais