LÍGIA MARIA JANUÁRIO SILVA O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO NO INQUÉRITO POLICIAL

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1 LÍGIA MARIA JANUÁRIO SILVA O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO NO INQUÉRITO POLICIAL Monografia apresentada ao curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Direito. Orientadora: Msc. Neide Aparecida Ribeiro Brasília 2012

2 Monografia de autoria de Lígia Maria Januário Silva, intitulada O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO NO INQUÉRITO POLICIAL, apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito da Universidade Católica de Brasília, em de de 2012, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Profa. Msc. Neide Aparecida Ribeiro Orientadora Direito - UCB Prof. membro da banca Direito - UCB Prof. membro da banca Direito - UCB Brasília 2012

3 Dedico este trabalho de conclusão da graduação à minha mãe, pela dedicação e confiança em todas as etapas que me trouxeram até aqui; à minha família e aos meus amigos, pelo apoio incondicional; à minha orientadora, pela paciência demonstrada no decorrer do trabalho e a todos que de alguma forma contribuíram para o percurso deste caminho.

4 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus por todas as oportunidades que me foram dadas ao longo da vida e por todas as bênçãos que me foram concedidas. Senhor, obrigada pelo fim de mais esta etapa. Considerando este trabalho de conclusão como resultado de uma caminhada iniciada antes da Universidade Católica de Brasília, agradecer pode não ser tarefa fácil. Por isso, agradeço de antemão a todas as pessoas que acreditaram e contribuíram, mesmo que indiretamente, para a realização deste sonho. E agradeço, particularmente, algumas pessoas pela contribuição na construção desta monografia: Aos meus pais, Jô e Emival, pela capacidade de acreditar e investir em mim, pelo amor e apoio incondicional e por serem meus maiores exemplos de pessoas honestas e trabalhadoras. Agradeço, sobretudo, a minha mãe, meu porto seguro, pelo extraordinário exemplo de amor e dedicação. Obrigada por ser tão companheira e amiga, por todo o incentivo e todas as horas, que mesmo cansada permaneceu ao meu lado, não me deixando desistir e me mostrando que sou capaz de chegar onde desejo. Meu maior orgulho, eu te amo demais; A minha vovó Maria, presença constante em meu coração, por estar sempre torcendo e rezando para que meus objetivos fossem alcançados; Ao meu padrinho Gilmar, a quem considero meu segundo pai, pela admiração depositada em mim, por todos os melhores conselhos e demonstrações de afeto e por ter sido tão dedicado em minha criação, meu imensurável agradecimento; Aos meus tios pelo carinho e força que me dão, por estarmos sempre juntos, e por ser possível sentir mesmo que às vezes de longe o amor e carinho que eles têm por mim; As minhas primas Isabela, Larissa e Ruanna por serem minhas irmãs de coração e não medirem esforços para me ajudar, pela admiração, já que esta me instiga a estar fazendo sempre o melhor para que sintam orgulho de mim e também aos meus primos Gilmar, Mateus e Rullyann por me ampararem e protegerem com todo o amor possível; Aos meus amigos, que além de confiança, me trazem a certeza de que nunca estarei só. Em especial a Jéssika e Marina que trilharam essa caminhada comigo, pelas madrugadas estudando, pelas preocupações compartilhadas, pela torcida mútua. A minha amiga Jéssika, por ser a presença mais surpreendente me concedida pela vida. Não me canso de agradecer ao destino por ter me trazido um anjo tão precioso. Por toda a compreensão, suporte e imenso carinho. Pelo sentimento puro e verdadeiro, pelo colo e pela força. E nesse momento em especial, por ter me acompanhado durante esta jornada, pelo cuidado no estágio, por todos os momentos juntas na Universidade. Obrigada por estar comigo sempre, por ser tão essencial e pela amizade forte e inabalável, imperfeita, mas completa. Eu te amo, minha Nen; A minha Sis, por ser a irmã de outra mãe que Deus me deu, pela companhia e por todo o carinho, por saber que eu tenho com quem contar, pela preocupação e por querer sempre o meu bem. Obrigada por entender minha ausência quando necessário, obrigada por ser a minha irmã e por todo esse amor recíproco; A minha amiga gêmula Bruna, por crescer comigo e por todos os momentos de convivência durante esses doze anos de amizade e, principalmente, por se manter presente ainda que morando tão longe;

5 Ao quarteto e as pontinhas (Bia, Pam, Rafa, Rê e Thau) por me mostrarem que nos momentos mais inesperados surgem pessoas com extremo significado em nossas vidas, obrigada pelo companheirismo, pela força, pelo amor e pelo zelo tão estimado comigo; Aos amigos de estágio, por iniciarem a minha formação profissional, pelas dicas e conselhos, tenho me espelhado em vocês. Em especial ao meu amigo Georges, por demonstrar diariamente que acredita em mim, torcendo e me incentivando de uma maneira incrível; A minha professora orientadora Neide Aparecida por ter me encorajado durante o decorrer deste trabalho, pelos ensinamentos e experiência partilhados e pela paciência e confiança depositadas em mim. Não podia deixar de mencionar aqui o meu fiel amiguinho Dudu, por estar ao meu lado durante os momentos em que estive elaborando a monografia, com toda a ternura e companheirismo de um cão melhor amigo.

6 RESUMO SILVA, Lígia Maria Januário. O princípio do contraditório no inquérito policial folhas. Monografia (Direito) Universidade Católica de Brasília, Brasília, O presente estudo analisa a aplicabilidade do Princípio do contraditório durante a fase investigativa, consolidado no artigo 5º, LV da Constituição Federal. A corrente majoritária e a doutrina predominante entendem ser a fase inquisitorial, no processo penal brasileiro, apenas mero instrumento investigatório acerca dos elementos e provas eventualmente colhidos. Entretanto, em razão dos valores e direitos fundamentais estabelecidos na nossa Constituição, é necessário que sejam avaliadas as garantias que o Princípio do contraditório proporcionariam aos indiciados na fase investigativa e as posições favoráveis. Nesse sentido, por ser alvo de várias discussões, inclusive com a nova abordagem atribuída pelo Anteprojeto de reforma do Código de Processo Penal, é de grande valia a análise das mudanças trazidas e a verificação do princípio constitucional do contraditório em todas as fases da instrução processual. É almejada uma compreensão aprofundada do referido princípio, principal objeto desta pesquisa, e das demais garantias estendidas ao investigado desde o início da acusação. Palavras-chave: Inquérito policial. Aplicação do Princípio do contraditório. Investigado. Garantias.

7 ABSTRACT This study analyses the applicability of the right to contradictory during the police investigation, consolidated by the article 5, lv of the 1988 Constitution. The current majority and prevailing doctrine regard the inquisitorial stage in the criminal brazilian proceedings, just mere instrument investigative about the evidences and the elements eventually obtained. However, due to the values and fundamental rights estabilished in our Constitution, it is important to evaluate the guarantees that the adversarial principle will provide to the defendants during the investigation and the favorable position. In this sense and because of the several discussions about this, including with the new approach given by the preliminary draft reform of the Criminal Procedure Code, it is valuable to analyze the changes brought about it and to study the applicability of the adversarial principle in all stages of procedural instruction. It is desired a deeper understanding of that principle, which is the main object of this research, and all the guarantees extended to the investigated since the beginning of the indictment. Key-boards: Police investigation. Aplication of the Adversarial principle. Investigated. Guarantees.

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO INQUÉRITO POLICIAL CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA CARACTERÍSTICAS INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL ENCERRAMENTO E ARQUIVAMENTO SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS SISTEMA ACUSATÓRIO SISTEMA INQUISITIVO SISTEMA MISTO SISTEMA PROCESSUAL ADOTADO NO BRASIL PRINCÍPIOS INERENTES AO PROCESSO PENAL BRASILEIRO PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS PROVAS ILÍCITAS PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO PROCESSO PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL OU INICIATIVA DAS PARTES PRINCÍPIO DA DURAÇÃO RAZOÁVEL DA PRISÃO CAUTELAR PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO PRINCÍPIO DA ORALIDADE PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO OU FAVOR REI PRINCÍPIO DA NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO PRINCÍPIO DA VERDADE REAL PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO O PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO NO INQUÉRITO POLICIAL A APLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO NA FASE INVESTIGATIVA CRIAÇÃO DO JUÍZO DAS GARANTIAS COM A APROVAÇÃO DO ANTEPROJETO DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 74

9 9 INTRODUÇÃO É certo que há na doutrina pátria divergências significativas no que se refere à aplicabilidade do princípio do contraditório na fase investigativa do processo penal. No instante em que ocorre a prática de uma infração penal surge para o Estado a pretensão punitiva, objetivada através da aferição da materialidade e da autoria. Desse modo, a fase inquisitorial é de considerável importância para que se colham informações e obtenham provas para uma justa e devida pretensão punitiva. Ocorre que, mesmo tendo como destinação primordial a colheita de informações previamente necessárias referentes à prática de uma determinada infração, no inquérito policial não é possível atualmente que estas sejam contraditadas. Diante disso, o que se observa é que não é garantido o princípio constitucional estabelecido no artigo 5º, LV, vale dizer, princípio do contraditório na fase investigativa. Entretanto, é oportuno destacar que além de constituir direito fundamental do indivíduo consagrado pela Magna Carta, a possibilidade de contraditar as acusações imputadas na fase pré-processual garantiria ao acusado o sustento da sua não autoria ou da materialidade do fato. Assim, o objetivo do presente estudo é a demonstração dos prejuízos gerados aos acusados, em virtude da não aplicabilidade do contraditório no momento investigativo, bem como a ofensa ao pleno exercício do direito de igualdade de condições a ambas as partes, em uma relação jurídica litigiosa, conferida pelo caráter unicamente inquisitivo do inquérito policial. A presença do contraditório já no inquérito policial tornaria mais rápida à prestação jurisdicional, uma vez que as provas produzidas já estariam aptas para uma absolvição ou condenação do acusado. O ponto central da discussão também surge em virtude do indivíduo, no momento da investigação criminal, ser previamente encarado como litigante, ou mesmo acusado. Portanto, no presente estudo será de grande valia analisar todos os meios de defesa que o princípio do contraditório confere ao indivíduo durante o momento em que as investigações são realizadas, assim como mostrar que o mero fato de não ser claramente expressa à contrariedade na fase inquisitorial no Código de Processo Penal atualmente em vigor, não é causa para que não seja aplicado o referido princípio. Além

10 10 disso, será apresentada a nova abordagem trazida pela aprovação do Anteprojeto do Código de Processo Penal a fase investigativa. Dessa forma, durante o decorrer desta pesquisa serão apresentadas posições doutrinárias favoráveis e contrárias à incidência desse princípio, assim como a atuação do advogado no curso do inquérito policial. No primeiro capítulo dessa pesquisa será abordado o inquérito policial, elencado nos artigos 4º a 23 do Código de Processo Penal, as características a ele inerentes, bem como o seu conceito, natureza jurídica, procedimento e finalidade. O estudo se desenvolverá ainda quanto ao conhecimento histórico do Inquérito Policial e a forma como é encerrado o procedimento investigativo e assim é iniciada a fase dita processual. Nessa ordem de ideias, em um segundo momento serão apresentados os sistemas processuais penais, suas principais peculiaridades e suas origens históricas, dando ênfase a análise do sistema processual adotado no Brasil, vale dizer, ao sistema acusatório. Por consequência, no terceiro capítulo serão elencados a aplicabilidade dos preceitos basilares constitucionais ao processo penal, de forma a apresentar todos os princípios inerentes ao direito processual penal brasileiro. Logo, nesse momento será explicado o princípio constitucional do contraditório e seus fundamentos decorrentes nas fases que se consolidam a ação penal. Diante do exposto, no último capítulo serão trazidas as vantagens da presença do contraditório já no inquérito policial, haja vista que à prestação jurisdicional seria dada de forma mais célere, uma vez que as provas produzidas já estariam aptas para uma absolvição ou condenação do acusado. Portanto, nesse momento serão expostos os entendimentos favoráveis sobre o emprego do aludido princípio na fase pré-processual e a posição da doutrina majoritária quanto a não aplicabilidade. É de grande valia que seja questionada a dicotomia presente na doutrina pátria quanto à incidência do princípio em comento, de modo que é benéfico que haja sintonia em todas as legislações, tendo como disposição maior o estatuído na Constituição Federal. Ademais, será abordada a nova aplicação do princípio do contraditório mediante a aprovação do anteprojeto do Código de Processo Penal, sendo que o que se espera com a novel lei é que seja, finalmente, oportunizada a resolução de questões que atualmente geram certa insegurança jurídica no ordenamento brasileiro.

11 11 Sendo assim, também será explanado o juízo das garantias que será aquele que presidirá e controlará os atos da autoridade judiciária e do próprio Ministério Público, garantindo o contraditório amplo as partes e tendo como função precípua a garantia na primeira fase da persecução penal dos direitos do indiciado. Na desenvoltura deste estudo foi utilizado o método dedutivo, identificando os motivos que geram a não aplicabilidade do contraditório na fase investigativa do processo penal atualmente, compreendendo os reais benefícios que seriam proporcionados com a aplicação do princípio. Para tanto, foi utilizado o método de procedimento comparativo e monográfico, mediante a utilização de pesquisa bibliográfica e documental. Além de doutrinas e textos serão utilizadas ferramentas tais como amparos jurisprudenciais, referências eletrônicas e demais referências impressas.

12 12 1 INQUÉRITO POLICIAL A verificação da autoria e materialidade de um delito é determinada por uma série de atos e procedimentos que, em conjunto, se constituem em uma investigação criminal. O Inquérito Policial caracterizado por espécie de investigação, embora não seja único, é o meio mais utilizado atualmente como objeto de apuração. No momento em que um determinado delito é praticado, surge para o Estado a pretensão punitiva, culminando com a aplicação da sanção cabível ao agente que infringiu a norma penal. Com a suspeita surge o apontamento de um possível autor do crime, caracterizado por indiciado. O Inquérito teve como primeira aparição em Atenas, na Grécia. Todavia, não possuía um objetivo criminalista, sendo usado para apurar o comportamento de candidatos à carreira de policial mediante uma investigação administrativa. Coube aos romanos a criação da Inquisitio, procedimento que dava início a apuração da autoria e materialidade de fato. Os magistrados então atribuíam aos familiares e conhecidos da vítima, bem como a ela própria, a função de coletar provas e dados, ouvindo testemunhas e realizando buscas. O contraditório nasce nessa espécie de procedimento realizado pelos romanos, cabendo ao acusado obter provas que o inocentassem. Observa-se que o procedimento nas mãos do particular era demasiadamente passional e a atribuição garantida ao poder estatal buscou encontrar um liame para a solução dos conflitos de forma justa, cabendo a esse o ius puniendi. O Inquérito Policial teve início na legislação brasileira em 20 de setembro de 1871, pela Lei nº , regulamentada pelo Decreto nº , de 22 de novembro de Tem previsão no Código de Processo Penal de 1941, sendo a polícia judiciária o 1 BRASIL. Lei nº , de 20 de setembro de Altera diferentes disposições da Legislação Judiciária. Secretaria de Estado dos Negócios da Justiça. Rio de Janeiro, RJ, 21 nov Disponível em: < Acesso em: 17 abril BRASIL. Decreto nº , de 22 de novembro de Regula a execução da Lei nº 2033 de 24 de Setembro do corrente ano, que alterou diferentes disposições da Legislação Judiciária. Palácio do Rio de janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 22 nov Disponível em: < Acesso em: 17 abril 2012.

13 13 órgão encarregado para a sua realização, através das autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e tendo por fim a apuração das infrações penais CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA Avena 4 : Cabe expor o conceito propriamente dito do Inquérito Policial por Norberto Por inquérito policial compreende-se o conjunto de diligências realizadas pela autoridade policial para obtenção de elementos que apontem a autoria e comprovem a materialidade das infrações penais investigadas, permitindo, assim, ao Ministério Público (nos crimes de ação penal pública) e ao ofendido (nos crimes de ação penal privada) o oferecimento da denúncia e da queixa-crime. A investigação policial é iniciada com o conhecimento espontâneo ou provocado de notícia de fato que supostamente contrarie a moral e os bons costumes, configurando fato delituoso. Neste sentido, Fernando da Costa Tourinho Filho 5 destaca que: É com a noticio criminis que a Autoridade Policial dá início às investigações. Essa notícia do crime pode ser de cognição imediata, de cognição mediata e até mesmo de cognição coercitiva. A primeira ocorre quando a Autoridade Policial toma conhecimento do fato infringente da norma por meio das suas atividades rotineiras. Diz-se que há noticio criminis de cognição mediata quando a Autoridade Policial sabe do fato por meio de requerimento da vítima ou de quem possa representá-la, requisição da Autoridade Judiciária ou do órgão do Ministério Público, ou mediante representação. Ela será de cognição coercitiva nas hipóteses de prisão em flagrante, visto que, nesses casos, ao tempo em que a Autoridade Policial toma conhecimento do fato criminoso, o seu autor lhe é apresentado, conduzido que foi sob coerção. (grifo do autor) Por ser este instaurado por autoridade policial, é instrumento utilizado para colher informações necessárias à averiguação da prática de crimes, bem como para coligar provas capazes de instruir a investigação. 3 BRASIL. Decreto-Lei nº , de 3 de outubro de Código de Processo Penal. Diário Oficial da União. Rio de Janeiro, RJ, 13 out art. 4º. Disponível em: < Acesso em: 17 abril AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 14 ed. São Paulo: Saraiva, p.119.

14 14 Nos dizeres de Eugênio Pacelli de Oliveira 6 : O inquérito policial, atividade específica da polícia denominada judiciária, isto é, a Polícia Civil, no âmbito da Justiça Estadual, e a Polícia Federal, no caso da Justiça Federal, tem por objetivo a apuração das infrações penais e de sua autoria (art.4º CPP). A denominação de polícia judiciária somente se explica em um universo em que não há a direção da investigação pelo Ministério Público, como é o brasileiro. (grifo do autor) A natureza jurídica da fase pré-processual é notadamente administrativa, com o intuito de colaborar na colheita de provas e informações pra a formação da convicção do Ministério Público na ação pública ou do ofendido na ação penal privada, bem como na colheita de provas surgidas após a infração, de caráter urgente. 1.2 CARACTERÍSTICAS Capez 7 : Por principais características, são observadas as seguintes: É tratado como procedimento escrito, visto que como estabelece Fernando Tendo em vista as finalidades do inquérito, não se concebe a existência de uma investigação verbal. Por isso, todas as peças do inquérito policial serão, num só processo, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. (CPP, art. 9º). Tem como forma de instauração a oficiosidade, já que independe de provocação, devendo ser instaurado ex officio, à medida que as autoridades policiais tenham conhecimento do fato delituoso. Quanto ao início do procedimento investigatório, são encontradas ressalvas apenas nos casos de crimes de ação penal pública condicionada à representação e de ação penal privada. A respeito daqueles em que haja incidências de ausência de culpabilidade, já se pronunciou Norberto Avena 8 : Observe-se, por oportuno, que a instauração do inquérito policial justifica-se diante da notícia quanto à ocorrência de uma infração penal, como tal considerada o fato típico. Desimportam, assim, aspectos outros como, por 6 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 16. ed. São Paulo: Atlas, p CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 16. ed. São Paulo: Saraiva, p AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p. 164.

15 15 exemplo, eventuais evidências de ter sido o fato praticado ao abrigo de causas excludentes de ilicitude ou de culpabilidade. Aliás, a respeito dessas questões, sequer no relatório, ao final do inquérito, franqueia-se o ingresso da autoridade policial, cabendo-lhe simplesmente relatar as diligências investigatórias realizadas e apontar a tipificação do fato apurado, se houver esse enquadramento. (grifo do autor) É também investigação criminal desenvolvida por autoridades competentes e, portanto, não cabe ao particular, nem ao ofendido a aferição do cabimento da necessidade da apuração. Logo, é atividade feita por órgãos oficiais, tratando-se de agentes integrantes dos cargos públicos, como expressamente estabelece a Carta Magna 9 em seu artigo 144, 4º: Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as Militares. Por se tratar de procedimento investigativo, ao Inquérito Policial é atribuída a inquisitoriedade, já que a aplicação de sanção ou reconhecimento de autoria não é objeto central e definitivo como meio de investigação. Para Guilherme de Souza Nucci 10 : O inquérito é, por sua própria natureza, inquisitivo, ou seja, não permite ao indiciado ou suspeito a ampla oportunidade de defesa, produzindo e indicando provas, oferecendo recursos, apresentando alegações, entre outras atividades que, como regra, possui durante a instrução judicial. (...) O princípio da indisponibilidade no Inquérito decorre do princípio da obrigatoriedade sendo, portanto, incabível à autoridade policial paralisá-lo ou arquivá-lo a seu critério. Uma vez instaurado o inquérito, não pode a autoridade policial, por sua própria iniciativa, promover o seu arquivamento, ainda que venha a constatar eventual atipicidade do fato apurado ou que não tenha detectado indícios que apontem o seu autor. Em suma, o inquérito sempre deverá ser concluído e encaminhado a juízo. 11 Quanto ao sigilo no inquérito é certo que ao indiciado, por meio de seu advogado, é assegurado o acesso aos autos e a todas as provas ali produzidas. Assim 9 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p. 167.

16 16 sendo, como estatui o art. 7º da Lei 8.906/94 12 : São direitos do advogado: (...) XIV examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos. Não é demais afirmar, ainda, que o sigilo no inquérito policial deverá ser observado como forma de garantia da intimidade do investigado, resguardando-se, assim, seu estado de inocência 13. Entretanto, não há concepção de investigação sem sigilo. A guarda do inquérito nada mais é que impedir a divulgação do fato criminoso, visando amparar e resguardar a sociedade e criar obstáculos à intervenção de terceiros. No art. 20 do CPP se consignou: A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Além do CPP, outros textos legais tratam do sigilo nas investigações policiais, como acontece com as Leis nºs /95 14, 9.296/ Cabe ressaltar entendimento doutrinário: Guilherme de Souza Nucci: Além da consulta aos autos, pode o advogado participar, apenas acompanhando, da produção das provas. É conseqüência natural da sua prerrogativa profissional de examinar os autos do inquérito, copiar peças e tomar apontamentos. Pode, pois, verificar o andamento da instrução, desde que tenha sido constituído pelo indiciado, que, a despeito de ser objeto da investigação e não sujeito de direitos na fase pré-processual, tem o específico direito de tomar conhecimento das provas levantadas contra sua pessoa, corolário natural do princípio constitucional da ampla defesa. Júlio Fabbrini Mirabete 16 : O inquérito policial é ainda sigiloso, qualidade necessária a que possa a autoridade policial providenciar as diligências necessárias para a completa elucidação do fato sem que se lhe oponham, no caminho, empecilhos para impedir ou dificultar a colheita de informações com ocultação ou destruição de provas, influência sobre testemunhas etc. 12 BRASIL. Lei nº 8.906, de 5 de julho de Dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Diário Oficial da União. Brasília, DF, 4 jul Disponível em: < Acesso em: 17 abril CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 16ª Ed. São Paulo: Saraiva, p BRASIL. Lei nº , de 3 de maio de Dispõe sobre a utilização de meios operacionais para a prevenção e repressão de ações praticadas por organizações criminosas. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 4 maio Disponível em: < Acesso em: 17 abril BRASIL. Lei nº , de 24 de julho de Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5º da Constituição Federal. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 25 jul Disponível em: < Acesso em: 17 abril MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo Penal. 18 ed. São Paulo: Atlas, p. 61.

17 17 Nessa ordem de ideias, trata-se de um conjunto de diligências estruturadas de forma documental pela autoridade policial, com o intuito de que sejam obtidas provas que permitam ao titular da Ação penal ingressar em juízo. 1.3 INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL O procedimento para instauração do Inquérito Policial tem características próprias e depende da natureza da infração praticada. Fernando da Costa Tourinho Filho 17 disciplina a respeito: [...] Para tanto, a Polícia Civil desenvolve laboriosa atividade, ouvindo testemunhas, tomando declarações da vítima, procedendo a exames periciais, nomeadamente os de corpo de delito, exames de instrumento do crime, determinando buscas e apreensões, acareações, reconhecimentos, ouvindo o indiciado, colhendo informações sobre todas as circunstâncias que circunvolveram o fato tido como delituoso, buscando tudo, enfim, que possa influir no esclarecimento do fato. [...] Como ensina Júlio Fabbrini Mirabete 18 : [...] nele se realizam certas provas periciais que, embora praticadas sem a participação do indiciado, contêm em si maior dose de veracidade, visto que nelas preponderam fatores de ordem técnica que, além de mais difíceis de serem deturpados, oferecem campo para uma apreciação objetiva e segura das conclusões. Nessas circunstâncias têm elas valor idêntico aos das provas colhidas em juízo. Conforme disciplina Eugênio Pacelli 19 : O inquérito policial tem prazo para a conclusão das investigações, devendo encerrar-se, em regra, em dez dias, quando preso o indiciado, ou em 30, quando solto. Na Justiça Federal, o prazo é de 15 dias, estando preso o acusado, podendo, todavia, ser prorrogado por mais 15, chegando, então a 30, nos termos do art. 66 da Lei nº 5.010/66. Se estiver solto, o prazo segue a regra comum, ou seja, será de 30 dias. 17 TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. 14 ed. São Paulo: Saraiva, p MARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal. Rio de Janeiro: Forense, v.3, p. 161 apud MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo penal. 18. ed. São Paulo: Atlas, p OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 16 ed. São Paulo: Atlas, p

18 18 Nos crimes de Ação penal pública incondicionada, a autoridade policial instaurará de ofício, mediante portaria, o inquérito, tal como estabelece o Código de Processo Penal em seu artigo 5º, inciso I. Nesse mesmo artigo, em seu parágrafo 3º, o Código ainda estipula que qualquer pessoa do povo poderá, verbalmente ou por escrito, comunicar à autoridade policial para que se instaure o inquérito, desde que tenha conhecimento da infração penal. Independe, dessa forma, de provocação para instauração, podendo, no entanto, ser comunicada a autoridade da ciência de um crime. Norberto Avena 20, acrescenta que, esta, subscrita pelo delegado de polícia, conterá o objeto da investigação, as circunstâncias conhecidas em torno do fato a ser apurado (dia, horário, local etc.) e, ainda, as diligências iniciais a serem realizadas. O artigo 40 do CPP dispõe sobre a instauração do Inquérito, Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação Pública, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao oferecimento da denúncia. Entretanto, é também cabível a requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público à autoridade policial para que se instaure o início das investigações, o que gera apenas obrigação de instauração do inquérito, não garantindo, contudo, às autoridades requisitantes, poder de desenvolvimento deste, seja o conduzindo ou dirigindo. Há ainda a possibilidade de início do inquérito por requerimento da vítima ou de seu representante legal, sendo devidamente expressa o intuito efetivo de apuração, mediante a composição do fato narrado, da individualização do agente e da conseqüente presunção de autoria e materialidade. Cabe salientar que, diferentemente da requisição pelo Ministério Público ou pela Autoridade Judiciária, no caso em comento não gera obrigatoriedade à autoridade policial, constituindo apenas notícia da possível ocorrência de uma infração, tratandose, portanto, de simples requerimento. Nos dizeres de Fernando Capez 21 : A delação anônima (notitia criminis inqualificada) não deve ser repelida de plano, sendo incorreto considerá-la sempre inválida; contudo, requer cautela 20 AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 16. ed. São Paulo: Saraiva, p. 81.

19 19 redobrada por parte da autoridade policial, a qual deverá, antes de tudo, investigar a verossimilhança das informações. Há entendimento minoritário sustentando a inconstitucionalidade do inquérito instaurado a partir de comunicação apócrifa, uma vez que o art. 5º, IV, da Constituição Federal veda o anonimato na manifestação do pensamento (STJ, RSTJ, 12/417). Como última forma de iniciação da apuração nos crimes de ação penal pública incondicionada está o auto de prisão em flagrante. Nesse caso, a lavratura do auto de prisão em flagrante será a primeira peça do procedimento de investigação. Ainda que enseje ao parquet a possibilidade de oferecimento de denúncia no próprio APF, não isenta a formulação do inquérito com os demais elementos necessários à eventual propositura da ação penal. Nos dizeres de Norberto Avena 22 : Note-se que é equivocada a praxe adotada em algumas delegacias no sentido de não procederem à instauração do inquérito policial quando se tratar de hipótese de flagrância. Considerando que o auto de prisão em flagrante é procedimento célere, formalizando o mínimo de elementos de convicção, ainda que possa o Ministério Público, com base nele, oferecer denúncia, mesmo assim deverá o inquérito ser realizado pela autoridade policial, aprofundando-se as investigações iniciadas com o APF. Nos crimes de ação penal pública condicionada, a representação do ofendido ou de quem legalmente a represente é requisito indispensável para que esta seja iniciada. É forma clara da manifestação de vontade, consubstanciando o princípio da oportunidade até que seja oferecida a denúncia, visto que, conforme artigo 25 do CPP, a representação será irretratável depois de oferecida esta. Logo, a autoridade judiciária e o Ministério Público só poderão requisitar a instauração do inquérito se fizerem encaminhar, junto com o ofício requisitório, a representação 23. Importante salientar que este direito é sujeito a decadência que, como dispõe o Código Civil, é de seis meses contados da ciência quanto à autoria do fato. É certo também que, no caso de menor ofendido, cabe ao seu representante legal a sua representação. A requisição da Autoridade Judiciária ou do Ministério Público, bem como a lavratura do auto de prisão em flagrante são também possíveis na ação penal pública condicionada. Todavia, nesta última, a vítima, acompanhada quando necessário de seu representante, deve estar presente no momento da formalização do APF. 22 AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 16. ed. São Paulo: Saraiva, p. 82.

20 20 Nessa ação, há também a possibilidade de requisição do Ministro da Justiça nas hipóteses de crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil, encontrando amparo no artigo 7º, 3º, b, do Código Penal; nos crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da República ou Chefe de Governo estrangeiro, de acordo com o artigo 141, I c/c o artigo 145, parágrafo único, ambos do Código Penal; nos crimes previstos na Lei nº 7.170/ (Lei de Segurança Nacional) e, ainda em casos previstos na Lei de Imprensa e no Código Penal Militar. Por fim, nos crimes de ação penal privada, o inquérito inicia-se também por requerimento da vítima ou de seu representante legal. É instaurada, nesse caso, a queixa-crime com os elementos constantes no artigo 5º, 1º do CPP. Deve também ser iniciada antes do prazo decadencial, que corresponde a seis meses, contados do dia da ciência da vítima ou demais legitimados. Quanto à requisição por parte do Juiz ou do Ministério Público, ainda que incabível nesta ação, há apenas uma exceção que ocorre quando o ofendido requeira ao juiz ou ao promotor de justiça diligências para que seja estabelecida a investigação policial. Neste caso, nada impede que procedam estas autoridades à requisição de inquérito, acostando o requerimento a elas endereçado ao ofício requisitório 25. Fernando Capez 26 acrescenta: Encerrado o inquérito policial, os autos serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal (CPP, art. 19). O inquérito policial deve ser instaurado em um prazo que permita a sua conclusão e o oferecimento da queixa antes do prazo decadencial do art. 38 do Código de Processo Penal. Se a autoridade policial indeferir o requerimento, nada impede que o ofendido, por analogia ao 2º do art. 5º do Código de Processo Penal, recorra ao Secretário da Segurança Pública. Ressalte-se que, para que seja instaurado o auto de prisão em flagrante na ação penal privada, assim como na ação penal pública condicionada, cabe a vítima ou a quem a represente legalmente, a ratificação da lavratura, pois a manutenção da prisão é 24 BRASIL. Lei nº , de 14 de dezembro de Define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social, estabelece seu processo e julgamento e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 15 dez Disponível em: < Acesso em: 21 abril AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, 2011, p CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 83.

21 21 condicionada a este procedimento, no decorrer do prazo de 24 horas contados do momento em que o acusado é preso. 1.4 ENCERRAMENTO E ARQUIVAMENTO Depois de encerradas as investigações, a autoridade policial deverá fazer relatório minucioso sobre tudo colhido e apurado durante o inquérito. Para Tourinho Filho 27 : Esse relatório não encerra, não deve nem pode encerrar qualquer juízo de valor. Não deve, pois, a Autoridade Policial, no relatório, fazer apreciações sobre a culpabilidade ou antijuridicidade. E se o fizer? Haverá mera irregularidade, sem qualquer consequência. Deverá limitar-se a historiar o que apurou nas investigações. No entanto, se por quaisquer circunstâncias outras testemunhas deixaram de ser ouvidas, poderá a Autoridade Policial, no relatório, indicá-las, mencionando o lugar onde poderão ser encontradas. (CPP, art. 10, 2º). Norberto Avena 28, em seu dizeres: O relatório é, ainda, o momento adequado para que o delegado de polícia proceda à classificação do crime, apontando o dispositivo penal violado pelo indiciado. Evidentemente, esse enquadramento não vincula o Ministério Público ou o querelante, nada impedindo, por exemplo, que o indiciado pela prática de furto seja denunciado pelo roubo. Há, enfim, completa e irrestrita desvinculação entre a capitulação atribuída em sede policial e a classificação atribuída na denúncia ou na queixa-crime. (grifo do autor) Sendo assim, embora não possam o Juiz ou o promotor exigirem a elaboração do relatório poderão, por outro lado, comunicar a falta à Corregedoria-Geral da Polícia Civil, que tomará as diligências necessárias e as medidas disciplinares adequadas. Quanto ao indiciamento, esse deve ser fundado em elementos colhidos durante o curso do inquérito, não podendo ser resultado da conduta arbitrária da autoridade policial, causando afronta ao dever de indenizar do Estado e a apuração da culpa. Para Norberto Avena 29 : 27 TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 14 ed. São Paulo: Saraiva, p AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p Ibidem, p. 213.

22 22 Em termos doutrinários, compreende-se que o indiciamento abrange as seguintes formalidades: despacho de indiciação, auto de qualificação, boletim de vida pregressa e, se ocorrentes as situações previstas na Lei /2009, prontuário de identificação criminal. Outra conseqüência do indiciamento é o registro da imputação nos assentamentos pessoais no indiciado, nos termos do art. 23 do CPP. (grifo do autor) Arremata ainda o autor 30 : A despeito do tratamento indistinto conferido por parte da doutrina e da ausência de uma definição explícita no âmbito do Código de Processo Penal, a nosso existe fundamental diferença entre as condições de indiciado e de investigado. Consideramos, enfim, que, no curso da investigação, existe simplesmente a figura do investigado, ou seja, o suspeito de ter praticado ou colaborado com a infração penal. Já o indiciado é nomenclatura apropriada àquele em relação ao qual o delegado, depois de concluir sobre a possibilidade de seu envolvimento na infração, tenha, expressamente, atribuído essa condição. (grifo do autor) O arquivamento do inquérito paralisa suas funções em razão de não estar apto a resultar em uma ação penal, suspendendo sua vitalidade por período indeterminado, dentro de certo limite. A finalidade social é que sejam aguardados novos fatos que podem resultar o seu desarquivamento e ao mesmo tempo limpar a imagem de quem esteja sob sua investigação. Quanto à ótica jurídica o arquivamento visa uma economia processual, já que a propositura da ação penal depende de elementos mínimos para que seja formada a peça inaugural, seja ela a denúncia ou a queixa-crime. Somente o Ministério Público, titular da ação penal, órgão para o qual se destina o inquérito policial, pode pedir o seu arquivamento, dando por encerradas as possibilidades de investigação 31. Logo, ao juiz não é cabível a determinação do arquivamento do inquérito policial, sem a prévia manifestação do Ministério Público, na forma do art. 129, I da CF. Ao ser arquivado, a investigação só poderá ser reaberta com a presença de novas provas. Caso não seja acolhido o pedido, os autos do inquérito deverão ser remetidos ao Procurador-Geral. Não se trata de uma avaliação de conveniência e oportunidade, mas de legalidade e justa causa para a ação penal AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6 ed. São Paulo: Editora dos Tribunais, p Ibidem, p.175.

23 23 Neste sentido, Súmula n. 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a cão penal ser inciada, sem novas provas. De outro lado, se o Procurador-Geral aderir à manifestação feita pelo órgão do parquet de primeira instância, o juiz é então obrigado a determinar o arquivamento do inquérito 33. Conforme ensinamento de Guilherme de Souza Nucci 34 : Preceitua o art. 12, XI, da Lei 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), que cabe ao Colégio de Procuradores de Justiça rever, mediante requerimento de legítimo interessado, nos termos da Lei Orgânica, decisão de arquivamento de inquérito policial ou peças de informação determinada pelo Procurador-Geral de Justiça, nos casos de sua atribuição originária. Tourinho Filho 35 acrescenta: Tratando-se de crime de alçada privada, não há excogitar de arquivamento: arquivado será se a pessoa com o direito de queixa deixar de intentar a ação penal. Nada obsta, entretanto, que a pessoa que possa exercer o direito de queixa requeira ao Juiz o arquivamento dos autos do inquérito (inquérito que diga respeito a crime de alçada privada, é lógico). Mas tal pedido de arquivamento equivale á renúncia, e, nesse caso, cumpre ao Juiz decretar a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, V, do CP. Há ainda a possibilidade de arquivamento indireto do inquérito policial que decorre da recusa do órgão do Ministério Público em propor demanda por considerar-se incompetente para o julgamento. Eugênio Pacelli 36 disciplina no seguinte sentido: É o que ocorrerá, por exemplo, no âmbito da Justiça Federal, quando o Procurados da República entender que o crime acaso existente não se inclui entre aqueles para os quais ele tem atribuição, ou seja, que a hipótese não configura, em tese, crime federal, e sim estadual. Acrescenta ainda Norberto Avena 37 : 33 OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 16. ed. São Paulo: Atlas, p NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 6 ed. São Paulo: Editora dos Tribunais, p TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de Processo Penal. 14 ed. São Paulo: Saraiva, p OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. 16. ed. São Paulo: Atlas, p AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p. 221.

24 24 [...] Se, contudo, o juiz discordar deste pedido de remessa feito pelo Ministério Público, por considerar-se competente, a solução encontra-se na aplicação analógica do art. 28 do Estatuto Adjetivo Penal, a fim de que o Chefe do Ministério Público dê a última palavra. Neste caso, ou o procurador-geral concorda coma tese do membro do Ministério Público e o magistrado deverá encaminhar os autos ao Juízo considerado como competente, ou acolhe o entendimento do magistrado e delega a outro membro do Ministério Público atuar no feito e oferecer denúncia. Segue entendimento dos tribunais: PROMOTOR PÚBLICO QUE ALEGA A INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO, REQUERENDO A REMESSA DOS AUTOS DO INQUÉRITO PARA AQUELE QUE CONSIDERA COMPETENTE - PONTO DE VISTA DESACOLHIDO PELO RESPECTIVO MAGISTRADO, QUE AFIRMA A SUA COMPETÊNCIA - INEXISTÊNCIA DE CONFLITO DE JURISDIÇÃO OU DE ATRIBUIÇÕES - MANIFESTAÇÃO QUE DEVE SER RECEBIDA COMO PEDIDO INDIRETO DE ARQUIVAMENTO. 1. Se o magistrado discorda da manifestação ministerial, que entende ser o juízo incompetente, deve encaminhar os autos ao procurador-geral de Justiça, para, na forma do artigo 28 do CPP, dar solução ao caso, vendo-se, na hipótese, um pedido indireto de arquivamento. 2. Inexistente conflito de competência, já que se declara cumulação positivo-negativa de jurisdições, o que não configura conflito, que ou é positivo, ou é negativo. 3. Igualmente não se vislumbra conflito de atribuições, se já jurisdicionalizada a discussão, onde um juiz se declarou competente e o outro não. 4. Conflito não conhecido. 38 CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES. JUIZ E MP FEDERAL. PEDIDO DE ARQUIVAMENTO INDIRETO (ART-28 DO CPP). A RECUSA DE OFERECER DENÚNCIA POR CONSIDERAR INCOMPETENTE O JUIZ, QUE NO ENTANTO SE JULGA COMPETENTE, NÃO SUSCITA UM CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES, MAS UM PEDIDO DE ARQUIVAMENTO INDIRETO QUE DEVE SER TRATADO À LUZ DO ART-28 DO CPP. CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES NÃO CONHECIDO. 39 PENAL. CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO. MINISTÉRIOS PÚBLICOS ESTADUAIS. NÃO-INCIDÊNCIA DE QUAISQUER DAS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 105, INCISO I, ALÍNEA G, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO OU DE COMPETÊNCIA. EVENTUAL ARQUIVAMENTO INDIRETO. CONFLITO DE ATRIBUIÇÃO NÃO-CONHECIDO. 1. O dissenso entre representantes ministeriais implica hipótese de conflito não-elencada no preceito constante do art. 105, inciso I, alínea g, da Carta da República. 2. Tratando-se de matéria eminentemente processual, incumbe aos representantes do Ministério Público indicar suas razões e opinar pela 38 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Conflito de Atribuição 1994/ , S3 terceira seção, Ministro Relator Anselmo Santiago, Brasília, DF, 4 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 14 maio BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Conflito de Atribuições nº 12-1, da 3ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado da Bahia, Relator Rafael Mayer, Brasília, DF, 9 de dezembro de Disponível em: < Acesso em: 14 maio 2012.

25 25 competência jurisdicional, cabendo à autoridade judiciária perante a qual atuam decidir sobre a questão. 3. Não sendo hipótese de conflito de atribuição, para que exista eventual conflito de competência, é necessário o pronunciamento controverso das autoridades judiciárias sobre a competência para conhecer do mesmo fato criminoso ou sobre a unidade de juízo, junção ou separação de processos. 4. Quando o órgão ministerial, por meio do Procurador-Geral de Justiça, deixa de oferecer denúncia em razão da incompetência do Juízo, entendendo este ser o competente, opera-se o denominado arquivamento indireto. 5. Conflito de atribuição não-conhecido. 40 (grifo meu) Nos crimes de menos potencial ofensivo, bem como nas contravenções penais, em que a pena máxima seja de até 2 (dois) anos de cerceamento de liberdade, cumulada ou não com multa, é um registro que funciona como um boletim de ocorrência e serve de peça informativa ao Juizado Especial Criminal. Norberto Avena 41 em seus dizeres: Todavia, mesmo ocorrendo a lavratura de termo circunstanciado, não é impossível que, em momento posterior, seja instaurado inquérito policial relativamente à mesma conduta que já foi objeto daquele procedimento simplificado. Isto poderá ocorrer quando, inexitosa a transação penal no curso de audiência preliminar, forem requisitadas pela autoridade judiciária ou pelo Ministério Público outras diligências investigatórias com o fim de serem angariados elementos que possibilitem o oferecimento de denúncia. Desse modo, nele se encontram a narrativa detalhada do fato registrado e autoridade policial que tiver como comunicada a ocorrência será também a competente para a lavratura. Impõe salientar também o entendimento da Súmula número 524 do Supremo Tribunal Federal, arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação ser iniciada sem novas provas. Por esse motivo, para que haja posterior oferecimento de denúncia relativa a um mesmo fato, faz-se necessária a presença de novas provas que denotem a autoria ou a materialidade do delito, de modo que, se ausentes, importam em insuficiência de justa causa para a propositura de outra ação penal. 40 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Conflito de Atribuição 225, terceira seção, Ministérios Públicos Estaduais de Minas Gerais, Ministro Relator Arnaldo Esteves Lima, Brasília, DF, 8 de outubro de Disponível em: < Acesso em: 14 maio AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal: esquematizado. 3. ed. São Paulo: Método, p. 225.

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