LOGÍSTICA REVERSA: ANÁLISE DO CASO DAS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "LOGÍSTICA REVERSA: ANÁLISE DO CASO DAS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS"

Transcrição

1 LOGÍSTICA REVERSA: ANÁLISE DO CASO DAS EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS Andriani Tavares Tenório Gonçalves Renato da Silva Lima Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG) Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) RESUMO Atualmente, os municípios brasileiros enfrentam um grande desafio na gestão adequada dos resíduos sólidos conforme determina a Lei Federal nº /2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, introduzindo novos conceitos, como a produção eficiente, a responsabilidade compartilhada e a logística reversa. O enfoque deste estudo foi a Logística Reversa, buscando analisar o processo aplicado às embalagens vazias de agrotóxicos no Brasil de acordo com as leis brasileiras, identificando as principais responsabilidades de todos os agentes envolvidos na cadeia produtiva agrícola e o processo da LR aplicado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV). Pode-se observar que a gestão deste processo não é simples, em virtude, da grande extensão do território brasileiro, da organização e divulgação junto à sociedade, existência de produtos clandestinos e principalmente a conscientização dos agricultores para retornarem as embalagens aos postos ou centrais de recebimento, pois é fundamental o comprometimento de todos os agentes envolvidos para o sucesso deste processo. ABSTRACT Nowadays, Brazilian cities face a big challenge searching for a correct way to management their urban solid waste (USW), according with Brazilian Federal Law No /2010, which established the national policy on solid waste, introducing new concepts such as efficient production, shared responsibility and reverse logistics. The focus of this study was to Reverse Logistics, trying to analyze the process used to empty packings of pesticides in Brazil, according to Brazilian law, identifying the main responsibilities of all those involved in agricultural production chain and the process of LR applied by the National Processing Empty Packings (INPEV). It can be observed that the management of this process is not simple, because of the continental size of Brazil, organization and dissemination to society, the existence of clandestine products and, especially, the awareness of farmers to return the packaging to posts or central receipt, it is the fundamental commitment of all stakeholders to the success of this process. 1. INTRODUÇÃO A partir da revolução industrial, os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) passaram a constituir um problema em todo o mundo. Ao consequente processo de urbanização, que gerou grande concentração populacional em algumas cidades, aliou-se o consumo de produtos menos duráveis, originando um aumento significativo da quantidade e diversidade desses resíduos. Tal quadro exige de todos os municípios urgentes e adequadas medidas para gerenciar os resíduos sólidos urbanos (RSU), minimizando, assim, os impactos que possam causar ao meio ambiente, como enchentes, poluição do ar, da água, do solo, deslizamentos de encostas, transmissão de doenças, entre outros. A gestão dos resíduos sólidos engloba um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que uma administração desenvolve para coletar, segregar, tratar e dispor adequadamente seus resíduos. Neste contexto, após dezenove anos de discussão, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº /2010) que, espera-se, irá contribuir de forma significativa para o gerenciamento adequado destes resíduos, introduzindo novos conceitos, como a produção eficiente, a responsabilidade compartilhada e a logística reversa. O enfoque deste trabalho está na Logística Reversa (LR), que pode ser definida como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento (em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos) ou outra destinação final adequada. A Logística Reversa pode ser considerada uma ferramenta

2 importante para minimizar os impactos sobre o meio ambiente através da reutilização e/ou reciclagem de materiais, reduzindo o uso de energia e também o uso de aterros para disposição de rejeitos. O objetivo desse trabalho é analisar a Logística Reversa de embalagens vazias de agrotóxicos no Brasil. Devido ao crescimento do setor de agronegócio, a indústria de defensivos agrícolas tem gerado grande quantidade de embalagens de agrotóxicos, que depois de serem utilizadas, se tornam resíduos perigosos, colocando em risco a saúde e meio ambiente. Será aqui apresentado um sistema de Logística Reversa de embalagens vazias de agrotóxicos desenvolvido pelo Instituto Nacional de Processamento de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV), no qual busca-se identificar as principais responsabilidades do fabricante e/ou usuários. O artigo está estruturado da seguinte forma: após essa breve introdução, apresenta-se a revisão bibliográfica com os temas abordados no presente estudo (seção 2). Posteriormente, a metodologia utilizada e o e o processo de coleta de dados são apresentados na seção 3. A análise do caso das embalagens vazias de agrotóxicos é apresentada na seção 4, seguida das considerações finais na seção 5 e da lista com as referências bibliográficas utilizadas. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A questão dos resíduos sólidos no Brasil O tratamento dado aos resíduos sólidos no Brasil pode ser avaliado a partir da própria dificuldade em se obter informações detalhadas e confiáveis sobre o tema. As informações existentes são escassas, falhas e algumas conflitantes. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) realizada pelo IBGE (2008), no Brasil 50,8% dos municípios destinam seus resíduos em lixões, 22,5% em aterro controlado e 27,7% em aterros sanitários. Embora este quadro venha se alterando nos últimos 20 anos, principalmente na Região Sudeste e Sul, o cenário da destinação dos resíduos sólidos no Brasil, ainda é considerado inadequado, exigindo providências urgentes para estruturação adequada do setor. Em 2010, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), (SNIS, 2012), elaborou o Diagnóstico do Manejo der Resíduos Sólidos Urbanos no Brasil, com intuito de retratar as características e a situação dos serviços de manejo de RSU ao longo daquele ano. Um questionário foi respondido por 2070 municípios, cerca de 37,2% do total do País, e onde vivem 72,8% da população urbana (117,2 milhões de habitantes). Os resultados mostraram que 74,9% desses municípios destinam seus resíduos para aterros sanitários, 17,7 % para aterros controlados, 5,1% para lixões e 2,4 % para unidades de triagem e compostagem. A partir dos resultados desse diagnóstico, estimou-se que no Brasil são coletados por ano 53 milhões de toneladas de resíduos. Através deste diagnóstico, também verificou-se o crescimento da recuperação de resíduos recicláveis, em um montante de um milhão de toneladas por ano, correspondendo a 6,3 % do total de recicláveis secos presentes na massa coletada (principalmente, papel, plástico, metal e vidro). Existem muitos outros estudos sendo realizados nos vários municípios brasileiros buscando o conhecimento das características dos resíduos sólidos gerados nas cidades. Um exemplo é o estudo de Gonçalves (2007), que apontou que 31,5% dos RSU do município eram potencialmente recicláveis (Figura 1).

3 FIGURA 1: Composição Física dos RSU de Itajubá MG (GONÇALVES, 2007) O inadequado destino dado aos resíduos sólidos no Brasil é proveniente da falta de recursos destinados ao setor, bem como do despreparo e desinteresse das administrações municipais, e não por ausência de normas e leis sobre o assunto. Conforme já citado, desde 2010 o Brasil possui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal nº /2010 e regulamentada pelo Decreto 7.404/2010. Resta agora a busca pela fiscalização e conscientização da população e do poder público. Já há também legislação específica que trata de punições aos crimes ambientais, tais como: (i) Lei de 12 de fevereiro de 1998 (BRASIL, 1998), que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências ; (ii) a Deliberação Normativa COPAM n 52 de 14 de dezembro de 2001 (MINAS GERAIS, 2001), que convoca os municípios para o licenciamento ambiental de sistema adequado de disposição final de lixo e dá outras providências. Assim, a situação da disposição dos RSU nos municípios brasileiros poderia ser melhor, caso fosse cumprido o mínimo da legislação ambiental vigente, já que as administrações municipais podem ser acionadas legalmente para executar de forma ambientalmente correta a limpeza urbana Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Discutida desde 1991 na esfera federal, foi instituída, em agosto de 2010, a Lei de nº /2010, que passou a ser conhecida como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Regulamentada pelo Decreto 7.404/2010, estabelece aos municípios diretrizes para a gestão integrada dos resíduos sólidos gerados em seus respectivos territórios, o que engloba o planejamento e a coordenação de coleta, transporte, tratamento e destinação final adequada, considerando os aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais envolvidos. Na gestão e gerenciamento dos RSU, conforme o art.9º, deve ser observado a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequado dos rejeitos. Espera-se que a PNS possa reestruturar as cadeias produtivas nacionais, introduzindo conceitos de produção eficiente, responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e logística reversa dos resíduos. Essa responsabilidade compartilhada (art. 30) visa a minimização da geração de resíduos sólidos e redução dos impactos à saúde humana e qualidade ambiental. Deve ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

4 De acordo com o art. 33 da PNRS, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I. agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos prevista em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, ou em normas técnicas; II. pilhas e baterias; III. pneus; IV. óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V. lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI. produtos eletroeletrônicos e seus componentes. O 1º estabelece que em regulamento ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemas de logística reversa serão estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. O 2º estabelece que a definição dos produtos e embalagens a que se refere o 1º considerará a viabilidade técnica e econômica da logística reversa, bem como o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. No 3º, sem prejuízo de exigências específicas fixadas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do SNVS, ou em acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens, tomar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo, podendo, entre outras medidas: I. implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados; II. III. disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis; atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos casos de que trata o 1º. No 4º consta que os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aos comerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens, e estes conforme 5º deverão encaminhar estes resíduos aos fabricantes ou aos importadores para o tratamento e disposição final adequada, segundo estabelecido 6º. Se o titular do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens, o 7º estabelece que as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma previamente acordada entre as partes. Finalmente, no 8º consta que com exceção dos consumidores, todos os participantes dos sistemas de logística reversa manterão atualizadas e disponíveis ao órgão municipal competente e a outras autoridades informações completas sobre a realização das ações sob sua responsabilidade.

5 2.3. Logística Reversa Para viabilizar a implementação da PNRS foi criado o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a implantação dos Sistemas de Logística Reversa. Leite (2009) define logística reversa como área da logística empresarial que planeja, opera, e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, logístico, de imagem corporativa, entre outros. Conforme essa definição, divide-se a LR em duas frentes de atuação (Figura 2): Logística de pós-venda: atua no equacionamento e operacionalização do fluxo físico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, os quais por diferentes motivos, como por exemplo, defeitos ou falhas no funcionamento, avarias no transportes, entre outros, retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta; Logística de pós-consumo: esta área atua igualmente no equacionamento e na operacionalização do fluxo físico e das informações correspondentes de bens que chegaram ao final de sua vida útil ou foram parcialmente usados com possibilidade de reutilização (embalagens, por exemplo). FIGURA 2: Logística reversa área de atuação e etapas reversas (Leite, 2009) A Logística Reversa é confundida por muitos com a Logística Verde, que são, a princípio, definições distintas. Segundo Guarnieri (2011), a Logística Verde tem como objetivo principal atender os princípios de sustentabilidade ambiental como o da produção limpa, onde quem produz deve responsabilizar-se também pelo destino dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental que eles causam, havendo um planejamento anterior a produção visando reduzir os resíduos e os danos ambientais. Já a Logística Reversa, operacionaliza o retorno dos resíduos após sua geração e sua revalorização e reinserção econômica, portanto, pode-se entender que a logística reversa é parte da logística verde e que ambas necessitam da conscientização do consumidor. Segundo Rogers e Tibben-Lembke (1999), A Logística Reversa é o processo de planejamento, implementação e controle, do fluxo de matérias-primas, da produção e do produto acabado, do ponto de consumo até a origem, com o fim de recapturar valor ou oferecer um destino ambiental adequado (Figura 3).

6 FIGURA 3: Processo Logístico: Direto e Reverso (Lacerda, 2002). A Figura 4 complementa a definição do processo logístico reverso, mostrando os canais reversos de revalorização dos resíduos de pós-consumo e pós-venda. Observa-se que a Logística Reversa utiliza-se das mesmas atividades da logística direta, e para isto, os resíduos devem ser coletados, embalados e expedidos, para posteriormente, serem destinados aos canais reversos de revalorização, tais como: retorno ao fornecedor, revenda, recondicionamento, reciclagem e por último o descarte possibilitando seu retorno ao ciclo produtivo e/ou de negócios como materiais secundários. Assim, conclui-se que através da aplicação da Logística Reversa no gerenciamento dos resíduos, pode-se gerar lucratividade, com a redução dos custos (por exemplo, economia de energia e matéria-prima), geração de emprego e renda, além da minimização dos impactos ambientais. FIGURA 4 Canais reversos de revalorização (ROGERS e TIBBEN-LEMBKE, 1999) Legislação sobre embalagens vazias de agrotóxicos As legislações existentes no Brasil sobre este assunto são: Lei Federal nº 7802/1989 (com as modificações da Lei Federal nº 9.974/2000): dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a

7 exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências; Decreto nº 4.074/2002: regulamenta a Lei Federal nº 7802/1989; Resolução CONAMA 334/2003: dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxico; Resolução ANTT 420/2004: descaracteriza embalagens vazias de agrotóxicos como resíduo perigoso para efeito de transporte em todo o país, desde que submetidas a processos de lavagem. Lei Federal nº /2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos 3. METODOLOGIA O presente trabalho foi realizado a partir de uma ampla revisão bibliográfica, na qual procurou-se informações na literatura acadêmica, técnica e normativa acerca dos temas centrais da pesquisa: Logística Reversa, Resíduos Sólidos Urbanos e embalagens vazias de agrotóxicos. Numa segunda etapa, foi feito um estudo de caso no Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) sobre o processo logístico aplicado as embalagens vazias de agrotóxicos no país. Finalmente, numa terceira etapa, os dados foram estruturados e analisados, buscando-se traçar um panorama acerca da logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos no país. 4. LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS VAZIAS DE AGROTÓXICOS As embalagens vazias de agrotóxico são consideradas resíduos perigosos, pois apresentam alto risco de contaminação humana e ambiental, se descartadas de forma inadequada. Em junho de 2000, com a criação da Lei Federal nº 9.974, o agricultor, o canal de distribuição, o fabricante e o poder público, passaram a ter responsabilidades na destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos, conforme a Tabela 1. E em 2002, foi criado no Brasil o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) de agrotóxicos, sendo uma entidade sem fins lucrativos, sob a responsabilidade dos fabricantes, com a função de conferir a destinação final (reciclagem ou incineração) às embalagens devolvidas pelos agricultores e para fomentar o desenvolvimento do sistema junto aos demais agentes co-responsáveis. No exterior, há instituições semelhantes, tais como: ACRC dos EUA (Agricultual Container Recycling Council ACRC,2013); Adivalor da França (ADIVALOR, 2013); Croplife do Canadá (CROPLIFE, 2013) e Pamira da Alemanha (PAMIRA, 2013). Atualmente, o INPEV possui 94 associados, sendo financiado exclusivamente por recursos destes associados, e 10 entidades, incluindo órgãos públicos, agricultores, revendedores, cooperativas, organizações não governamentais, associações de classe patronais e de trabalhadores envolvidos no processo. Este Instituto tem por missão oferecer apoio operacional e logístico para a implantação de um sistema ágil e eficiente de processamento de embalagens vazias de defensivos agrícolas, que são passíveis de reciclagem, buscando a sustentabilidade ambiental. O INPEV incentiva a instalação de Unidades de Recebimento de embalagens vazias e utiliza o princípio da Logística Reversa, que planeja, opera e controla o fluxo e as informações correspondentes ao retorno das embalagens ao ciclo produtivo, por meio da reciclagem. As Unidades de Recebimento são devidamente licenciadas para o

8 recebimento das embalagens e podem ser classificadas em postos ou centrais de acordo com o tipo de serviço prestado. Tabela 1: A responsabilidade de cada um na destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos PRODUTOR Lavar tríplice lavagem sob pressão Inutilizar evitando o reaproveitamento Armazenar - temporariamente na propriedade e depois Entregar - na unidade de recebimento indicada na nota até um ano após a compra, e manter os comprovantes de entrega das embalagens por um ano. RESPONSÁVEIS (LEI FEDERAL Nº 9.974/2000) CANAIS DE FABRICANTES DISTRIBUIÇÃO Informar indicar o local de entrega na nota fiscal Gerenciar Disponibilizar e gerenciar o local de recebimento Comprovar emitir comprovante de entrega Orientar Conscientizar o agricultor Recolher as embalagens vazias devolvidas às unidades de recebimento Destinar dar correta destinação final: Reciclagem ou Incineração Orientar Conscientizar o agricultor PODER PÚBLICO Fiscalizar o funcionamento do sistema de destinação final Licenciar emitir as licenças de funcionamento para as Unidades de Recebimento de acordo com os órgãos competentes de cada Estado. Educar e Conscientizar além de apoiar os esforços de educação e conscientização do agricultor quanto às suas responsabilidades dentro do processo. Os postos de recebimento devem ter uma área mínima construída de 80m², sendo geridas por uma associação de Distribuidores/Cooperativas e encaminham as embalagens para as centrais, estas por sua vez, devem ter uma área mínima de 160m², sendo geridas por uma associação de Distribuidores/Cooperativas com o co-gerenciamento do INPEV, e além de receberem as embalagens dos postos e dos agricultores, realiza a compactação das embalagens por tipo de material e emite ordem de coleta para o INPEV providenciar o destino final. Atualmente existem 112 centrais e 287 postos. Segundo os dados do INPEV, 95% das embalagens vazias de agrotóxicos são passíveis de reciclagem, sendo incineradas somente 5% das embalagens que não utilizam água como veículo de pulverização, como sacos plásticos, embalagens de produtos para tratamento de semente, entre outras. 4.1 Processo Logístico Diante às obrigações legais, o processo de destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos, adota o processo de logística reversa apresentado na Figura 5.

9 Figura 5: Processo logístico das embalagens vazias de agrotóxicos O INPEV atua em parceria com o operador logístico Luft Agro (2008), que é responsável pela coordenação logística da operação de retorno das embalagens vazias de agrotóxicos em todo o Brasil. Porém, nem todas as empresas fabricantes trabalham com este operador. O fluxo logístico da operação de retorno das embalagens vazias de agrotóxicos é o seguinte: 1. No ato da compra, o agricultor deve ser informado sobre os procedimentos de lavagem, acondicionamento, armazenamento, transporte e devolução das embalagens vazias. Segundo a Lei Federal nº 9.974/2000, as embalagens devem ser devolvidas no local indicado na Nota Fiscal de venda do produto, sendo este local normalmente uma Unidade de Recebimento de Embalagens (URE). Caso o agricultor, descumpra a legislação, e não devolva no local indicado, o mesmo fica passível de aplicação de multa pelos órgãos competentes; 2. O agricultor deve preparar as embalagens vazias para devolvê-las às URE. Como a maioria das embalagens é lavável, é fundamental a prática da tríplice lavagem ou lavagem sob pressão para destinação final correta. Caso o agricultor não realize a lavagem no momento em que o defensivo é usado, essa embalagem passa a ser classificada como contaminada, e sua destinação final é a incineração, devendo a mesma ser inutilizada com o fundo perfurado; 3. As embalagens vazias podem ser armazenadas temporariamente na Propriedade, com suas respectivas tampas e rótulos nas caixas de papelão originais, no mesmo local destinado ao armazenamento dos produtos cheios ou em local coberto, ventilado e ao abrigo de chuva. 4. O agricultor é responsável pelo transporte das embalagens vazias até a URE no prazo de até um ano da data da compra; 5. Na URE as embalagens são inspecionadas e classificadas entre lavadas e não lavadas. As embalagens contaminadas são segregadas em embalagens de resgate (big bags), sacos plásticos de 50 a 100 litros para acondicionamento e armazenamento em galpão separado. Já as embalagens lavadas são classificadas por tipo e matéria-prima, tal como: PEAD (Polietileno de Alta Densidade), PET, metálicas e papelão. Posteriormente, as mesmas são compactadas para serem encaminhadas a reciclagem. Por questões de segurança, as

10 contaminadas não prensadas, mesmo durante o transporte, continuam nos big bags fechados, de forma a evitar vazamentos em casos de acidentes; 6. O Instituto é responsável pelo transporte das embalagens dos postos para centrais. Alguns agricultores devolvem as embalagens diretamente, às centrais separadas em lavadas, não lavadas e não laváveis, de acordo com a legislação de transportes. As embalagens provenientes de postos também devem chegar às centrais separadas. A operação de transporte é desencadeada quando URE emite, via , uma ordem de coleta para a Luft Agro. Existem mais de 20 transportadores cadastradas pela Luft Agro, que mantém em São Paulo uma central de atendimento dedicada à operação. Assim, quando um posto ou central emite a ordem de coleta, a empresa aciona uma das transportadoras cadastradas e, ao mesmo tempo, contrata o destino final para autorizar a transferência. Às vezes, o ponto de recebimento não está preparado para receber a carga, isso pode ocorrer em função do alto volume em estoque, pois aquela unidade receptora atende apenas a um número específico de caminhões por dia; ou, no caso das incineradoras, por causa da capacidade do forno. A ordem só é emitida quando a URE tem uma carga completa. Quando o destino final não está pronto para receber, a prioridade é para UREs, que começam a chegar ao limite da capacidade de armazenamento; 7. O INPEV utiliza o Sistema de Informação de Centrais (SIC), que recebe e armazena dados de todo o país referentes às quantidades de embalagens vazias recebidas pelas centrais de recebimento. Este sistema integra informações como estoques, embalagens processadas por tipo de material, ordens de coleta, custos e despesas e possibilita a rastreabilidade das embalagens a partir do momento em que entram nas centrais até quando são recebidas no destino final. Todas as ordens de coleta para que as cargas sejam retiradas e enviadas ao destino final são emitidas via SIC; 8. As operações de transportes das embalagens das URE para o destino final são realizados utilizando o conceito de frete de retorno. O caminhão que deixa as indústrias para a entrega dos defensivos agrícolas aos distribuidores, cooperativas ou agricultores é o mesmo que, após a entrega, faz a viagem de volta com as embalagens vazias armazenadas nas unidades de recebimento; 9. As embalagens lavadas são enviadas para as indústrias recicladoras, que atuam em parceira com INPEV, que são recicladas desde embalagens de plástico até água utilizada no processo. As embalagens contaminadas são levadas para incineração. O Instituto somente envia o material reciclável para empresas recicladoras que atendam aos requisitos de segurança e meio ambiente estabelecidos pela legislação. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Na atualidade, a sociedade se depara com um grande desafio a ser mediado entre todos, no que concerne á gestão adequada dos seus resíduos sólidos. A partir da regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a logística reversa passou a ser obrigatória para determinados resíduos, atribuindo uma maior responsabilidade para as empresas quanto ao retorno e a destinação adequada de seus produtos, de forma a minimizar os impactos sobre o meio ambiente e saúde humana. Pode-se observar que após a revolução industrial houve um aumento significativo dos resíduos, em consequência da fabricação de produtos cada vez menos duráveis e da velocidade de mudança tecnológica, tornando-se cada vez mais necessário a implementação de sistemas eficientes de Logística Reversa, tal como o gerenciamento adotado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, de acordo com as recomendações da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

11 O gerenciamento adequado das embalagens vazias de agrotóxicos contribui significativamente para a preservação do meio ambiente, evitando a poluição do solo e dos recursos hídricos. A criação do INPEV pode ser considerada uma iniciativa pioneira no país, pois conseguiu unir em uma única entidade, esforços dos diversos elos representativos da cadeia produtiva agrícola. Observa-se que o INPEV possui uma administração eficiente na logística reversa, buscando uma gestão auto-sustentável na destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos. Este trabalho buscou identificar os principais processos existentes no retorno e destinação final das embalagens de agrotóxicos desenvolvidos pelo INPEV, sendo constatado que todos os elos da cadeia produtiva agrícola, conforme as legislações pertinentes são responsáveis pela operação da logística reversa e cada um desses agentes tem sua responsabilidade e arca com seus custos. O agricultor tem o custo de retornar as embalagens até a unidade ou ponto de devolução; o comerciante e o fabricante devem disponibilizar o local de recebimento das embalagens, e responsabilizar pelos custos de construção e administração destas unidades; o fabricante arca com os custos logísticos e destinação final; e o poder público deve participar em parceria na conscientização ambiental dos agricultores. A gestão de todo este processo não é uma tarefa simples, considerando alguns obstáculos a serem enfrentados, como o pequeno número de unidades de recebimento em relação a grande extensão do território brasileiro; organização e divulgação junto à sociedade, existência de produtos clandestinos e, principalmente, a conscientização dos agricultores para retornarem as embalagens aos postos ou centrais de recebimento. Ainda assim, o INPEV, com o comprometimento de todos os agentes da cadeia produtiva, vem se tornando um exemplo concreto de compromisso e respeito ao meio ambiente ao propiciar a retirada de toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos, desde 2002, da natureza. Este modelo deve ser seguido para a construção da logística reversa dos demais resíduos listados na Política Nacional de Resíduos Sólidos, visando o desenvolvimento sustentável, ou seja, o equilíbrio entre o interesse econômico e a preservação do meio ambiente. Agradecimentos Os autores agradecem ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e a FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), pelo apoio financeiro concedido a diversos projetos que subsidiaram o desenvolvimento desse trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Adivalor (2013). Déchets phytosanitaries. Disponível em: Acesso em: 04 de maio de Agricultural Container Recyclind Council (2013). End-use products. Disponível em: Acesso em: 26 abril Brasil (2000). Lei 9.974/2000. Altera a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989 e regulamenta a obrigatoriedade do recolhimento das embalagens pelas empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos. Brasil (2002). Decreto 4.074/2002. Regulamenta a Lei nº 7802, de 11 de julho de Brasil (2003). Resolução Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA 334/2003. Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Brasil (2004). Resolução da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) nº 420/2004. Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Brasil. (1989). Lei de Agrotóxicos. Lei 7.802/1989. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a

12 classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins e dá outras providências. Brasil. (1998). Crimes Ambientais: Lei de 12/02/1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Brasil. (2010). Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei de 02/08/2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605/1998, e dá outras providências. Croplife (2013). International code of conduct on the distribution and use of pesticides. Disponível em: Acesso em: 10 abril de Gonçalves, A.T.T. (2007). Potencialidade energética dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais do município de Itajubá/MG. Itajubá. 177 p. Tese (Mestrado) Universidade Federal de Itajubá/MG UNIFEI. Guarnieri, P. (2011). Logística Reversa: Em busca do Equilíbrio Econômico e Ambiental 1ª edição. Recife: Ed. Clube de Autores. home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb2008/pnsb_2008.pdf IBGE Instituto Brasileiro de Geografica e Estástica (2008). Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Disponível em: Leite, P. R. (2009). Logística Reversa Meio Ambiente e competitividade 2ª edição. São Paulo: Pearson Prentice Hall. Minas Gerais (2003). Deliberação Normativa nº 67 de 18/11/2003. Prorroga os prazos estabelecidos pelos artigos 1º e 2º da Deliberação Normativa nº 52 de 14 de dezembro de 2001 e altera a redação do inciso V do artigo 2º. Minas Gerais (2004). Deliberação Normativa nº 75 de 25/10/2004. Convoca os municípios com população entre e habitantes ao licenciamento ambiental de sistema adequado de destinação final de resíduos sólidos urbanos e altera os prazos estabelecidos pela Deliberação Normativa nº 52 de 14/12/2001. Minas Gerais. (2001). Deliberação Normativa nº 52 de 14/12/2001. Convoca os municípios para o licenciamento ambiental de sistema adequado de disposição final de lixo e dá outras providências. Pamira (2013). Return of agricultural packaging. Disponível em: Acesso em: 03 maio de Rogers, D.S; Tibben-Lembke, R.S. (1999). Going backwards: reverse logistics trends and practices. Universidade de Nevada. SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (2012). Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos Brasília: MCIDADES.SNSA.

Responsabilidade do Produtor na Política Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil

Responsabilidade do Produtor na Política Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil 1 Responsabilidade do Produtor na Política Nacional de Resíduos Sólidos do Brasil Carlos RV Silva Filho Abril 2017 APNRS e seus Avanços... Geração Total de RSU(t/dia) 225.000 220.000 215.000 210.000 205.000

Leia mais

A LO L GÍS Í T S I T C I A R EV E E V R E SA

A LO L GÍS Í T S I T C I A R EV E E V R E SA A LOGÍSTICA REVERSA NOS DIAS ATUAIS 21/11/2016 APRESENTAÇÃO Quais são os motivos que tornam a logística reversa um assunto tão relevante nos dias atuais? - a redução do ciclo de vida mercadológica dos

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010 - dispõe sobre: - princípios, objetivos e instrumentos; - diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

Leia mais

PNRS e a Logística Reversa. Free Powerpoint Templates Page 1

PNRS e a Logística Reversa. Free Powerpoint Templates Page 1 PNRS e a Logística Reversa Page 1 História Roma de Júlio Cesar e Augusto Page 2 História Geena Fogo eterno Page 3 História Cambridge 1338 São Paulo 1722 Rio de Janeiro 1850 Page 4 Novidades da PNRS Bloco

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lei Nº / Decreto Nº 7.404/2010

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Lei Nº / Decreto Nº 7.404/2010 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei Nº 12.305/2010 - Decreto Nº 7.404/2010 OS DOIS COMITÊS COMITÊ INTERMINISTERIAL C I (DECRETO Nº 7.404/2010) COMITÊ INTERMINISTERIAL

Leia mais

Influência dos Fertilizantes Organominerais sobre os organismos do solo. João Cezar M. Rando 05/04/2017

Influência dos Fertilizantes Organominerais sobre os organismos do solo. João Cezar M. Rando 05/04/2017 Influência dos Fertilizantes Organominerais sobre os organismos do solo João Cezar M. Rando 05/04/2017 VII FORUM E EXPOSIÇÃO ABISOLO APRESENTAÇÃO inpev I. inpev II. POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Leia mais

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL GESTÃO DE RESÍDUOS : INTERFACE DOS MUNICÍPIOS COM A LOGÍSTICA REVERSA

DEPARTAMENTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL GESTÃO DE RESÍDUOS : INTERFACE DOS MUNICÍPIOS COM A LOGÍSTICA REVERSA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL GESTÃO DE RESÍDUOS : INTERFACE DOS MUNICÍPIOS COM A LOGÍSTICA REVERSA LEGISLAÇÃO FEDERAL E ESTADUAL Lei federal nº 12.305/2010 Decreto federal nº 7.404/2010 Política Nacional

Leia mais

Logística Reversa no Brasil Cenário atual e futuro

Logística Reversa no Brasil Cenário atual e futuro Logística Reversa no Brasil Cenário atual e futuro M.Sc. Elcio Herbst SENAI - IST em Meio Ambiente e Química Política Nacional de Resíduos Sólidos Art. 33º - São obrigados a estruturar e implementar sistemas

Leia mais

Descarte de Medicament os. Responsabilidade compartilhada

Descarte de Medicament os. Responsabilidade compartilhada Descarte de Medicament os Responsabilidade compartilhada Descarte de Medicamentos Aspectos gerais Situação atual... No Brasil ainda não se tem uma regulamentação específica no âmbito nacional relacionada

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos Responsabilidades Fabricantes, Importadores e Comerciantes (Lei /2010 e Decreto 7.

Política Nacional de Resíduos Sólidos Responsabilidades Fabricantes, Importadores e Comerciantes (Lei /2010 e Decreto 7. Política Nacional de Resíduos Sólidos Responsabilidades Fabricantes, Importadores e Comerciantes (Lei 12.305/2010 e Decreto 7.404/2010) 3 Esferas de Responsabilidade: Plano de Gerenciamento Fabricação

Leia mais

EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012 Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei /10 e Decreto 7404/10

EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012 Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei /10 e Decreto 7404/10 EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012 Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei 12.305/10 e Decreto 7404/10 EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012 Torna público que a

Leia mais

EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012. Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei /10 e Decreto 7404/10

EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012. Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei /10 e Decreto 7404/10 EDITAL DE CHAMAMENTO Nº 01/2012 Convoca os setores empresariais a apresentar propostas de LOGÍSTICA REVERSA conforme Lei 12.305/10 e Decreto 7404/10 A SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

Leia mais

0 7 / F a b r i c i o D o r a d o S o l e r f a b r i c i o s o l e f e l s b e r g. c o m. b r

0 7 / F a b r i c i o D o r a d o S o l e r f a b r i c i o s o l e f e l s b e r g. c o m. b r 0 7 / 2 0 1 7 F a b r i c i o D o r a d o S o l e r f a b r i c i o s o l e r @ f e l s b e r g. c o m. b r Responsabilidade Compartilhada pelo Ciclo de Vida dos Produtos Responsabilidade compartilhada

Leia mais

Painel IV: Os Acordos Setoriais e PMGIRS Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Painel IV: Os Acordos Setoriais e PMGIRS Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Painel IV: Os Acordos Setoriais e PMGIRS Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Daniel Martini, Promotor de Justiça. Coordenador dos Centros de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Zilda Maria Faria Veloso

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Zilda Maria Faria Veloso MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA Zilda Maria Faria Veloso Diretora de Ambiente Urbano Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Urbano POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS PNRS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL. Sustentabilidade A sustentabilidade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº de 2010) Parte 2 Prof.

DIREITO AMBIENTAL. Sustentabilidade A sustentabilidade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº de 2010) Parte 2 Prof. DIREITO AMBIENTAL Sustentabilidade A sustentabilidade na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº Parte 2 Prof. Rodrigo Mesquita LOGÍSTICA REVERSA A LOGÍSTICA REVERSA é caminho inverso na cadeia de

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Sistema de Logística Reversa de Embalagens. Fabricio Soler

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Sistema de Logística Reversa de Embalagens. Fabricio Soler Política Nacional de Resíduos Sólidos Sistema de Logística Reversa de Embalagens Fabricio Soler fabriciosoler@felsberg.com.br Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Lei Federal 12.305/2010, regulamentada

Leia mais

RESÍDUOS SÓLIDOS : as responsabilidades de cada Setor

RESÍDUOS SÓLIDOS : as responsabilidades de cada Setor RESÍDUOS SÓLIDOS : as responsabilidades de cada Setor Disposição inadequada de Resíduos Sólidos! Panorama Paulista dos Resíduos Sólidos Urbanos ( RSU ) Resíduos gerados 55.742 t/dia Resíduos coletados

Leia mais

Recolhimento e Destinação de Embalagens de Sementes Tratadas Edivandro Seron

Recolhimento e Destinação de Embalagens de Sementes Tratadas Edivandro Seron Recolhimento e Destinação de Embalagens de Sementes Tratadas Edivandro Seron Foz do Iguaçu, 20 de junho de 2017 Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS Lei nº 12.305/10 e Decreto nº 7.404/10 De acordo

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : PNRS - A Visão da Indústria no Estado de São Paulo

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : PNRS - A Visão da Indústria no Estado de São Paulo POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS : PNRS - A Visão da Indústria no Estado de São Paulo 15.10.2013 Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos Base Legal: Lei Federal nº 12305, de 02.08.2010

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Coleta seletiva e inclusão social dos catadores, situação atual, perspectivas e desafios Zilda Maria Faria Veloso Diretora de Ambiente Urbano Senado Federal Brasilia, 23de abril

Leia mais

Instrumentos e Formas de Implantação da Logística Reversa - Estágio Atual

Instrumentos e Formas de Implantação da Logística Reversa - Estágio Atual Seminário -A Implantação das Políticas de Resíduos Sólidos Instrumentos e Formas de Implantação da Logística Reversa - Estágio Atual ÉlenDânia S. dos Santos Junho de 2013 Sumário 1. Introdução 2. Definições

Leia mais

PRODUTOS INSERVÍVEIS DO PÓS CONSUMO Encaminhamento para os produtos que no final da vida útil tornam-se resíduos sólidos, devendo retornar a cadeia pr

PRODUTOS INSERVÍVEIS DO PÓS CONSUMO Encaminhamento para os produtos que no final da vida útil tornam-se resíduos sólidos, devendo retornar a cadeia pr POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: principais avanços e gargalos Eng. Quím. Mário Kolberg Soares Junho/2016 PRODUTOS INSERVÍVEIS DO PÓS CONSUMO Encaminhamento para os produtos que no final da vida

Leia mais

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO Humberto Minéu IFTM/Câmpus Ituiutaba Doutorando em Geografia/UFU hmineu@gmail.com Ituiutaba, 15 de maio de 2014. Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei 12.305/2010

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Política Nacional de Resíduos Sólidos

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Política Nacional de Resíduos Sólidos MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS BASE LEGAL - AÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS AÇOES DE GESTÃO DE RESÍDUOS - BASE LEGAL Lei nº 11.107/2005 Consórcios Públicos Decreto nº 6017/2007

Leia mais

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA E LOGÍSTICA REVERSA: IMPLEMENTAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO

RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA E LOGÍSTICA REVERSA: IMPLEMENTAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO Patrícia Iglecias SETEMBRO, 2013 RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA E LOGÍSTICA REVERSA: IMPLEMENTAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO GESTÃO DE RESÍDUOS NA PNRS Não geração Redução Reutilização Reciclagem Tratamento

Leia mais

Seminário Consórcios Públicos

Seminário Consórcios Públicos Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos Instituto das Águas do Paraná Seminário Consórcios Públicos ABES PR outubro/2011 1 Lei Federal nº 12.305/2010 AGUASPARANÁ LOGÍSTICA REVERSA (Acordos

Leia mais

Sementes Tratadas não Comercializadas e suas Embalagens. Proposta de Destinação Ambientalmente Adequada

Sementes Tratadas não Comercializadas e suas Embalagens. Proposta de Destinação Ambientalmente Adequada Sementes Tratadas não Comercializadas e suas Embalagens Proposta de Destinação Ambientalmente Adequada Edivandro Seron Foz do Iguaçu, 09 de agosto de 2017 Tratamento Industrial de Sementes O tratamento

Leia mais

Lima, J. C. F a ; Avoleta, A. b ;Lima, O. F. c ; and Rutkowski, E. W. d

Lima, J. C. F a ; Avoleta, A. b ;Lima, O. F. c ; and Rutkowski, E. W. d Ecologia Industrial : contribuições tib iõ para a Logística Reversa de Pós Consumo Lima, J. C. F a ; Avoleta, A. b ;Lima, O. F. c ; and Rutkowski, E. W. d Universidade d Estadual lde Campinas, São Paulo,

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Responsabilidade Compartilhada. Seguro Ambiental. José Valverde Machado Filho

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Responsabilidade Compartilhada. Seguro Ambiental. José Valverde Machado Filho Política Nacional de Resíduos Sólidos. Responsabilidade Compartilhada. Seguro Ambiental. José Valverde Machado Filho 27.05.2013 Implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com foco em: I -

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos Breves Considerações Núcleo de Meio Ambiente CIESP Regional Jaú/SP

Política Nacional de Resíduos Sólidos Breves Considerações Núcleo de Meio Ambiente CIESP Regional Jaú/SP Política Nacional de Resíduos Sólidos Breves Considerações Pedro Paulo Grizzo Serignolli Advogado Especializado em Direito Ambiental Coordenador Adjunto do Núcleo de Meio Ambiente pedropaulo@serignolli.com.br

Leia mais

BOLETIM DO LEGISLATIVO Nº 15, DE 2012

BOLETIM DO LEGISLATIVO Nº 15, DE 2012 BOLETIM DO LEGISLATIVO Nº 15, DE 2012 A Política Nacional de Resíduos Sólidos Carmen Rachel Scavazzini Marcondes Faria Há duas décadas, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

Leia mais

P L O Í L TI T CA C A NA N C A I C ON O A N L A L D E D E R E R S E Í S DU D O U S O S SÓ S L Ó I L DO D S O S

P L O Í L TI T CA C A NA N C A I C ON O A N L A L D E D E R E R S E Í S DU D O U S O S SÓ S L Ó I L DO D S O S MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS PNRS RESÍDUOS SÓLIDOS RESÍDUOS SÓLIDOS: UM PROBLEMA DE CARÁTER SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO AÇÃO ADOTADA: TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

Leia mais

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO Humberto Minéu IFTM/Câmpus Ituiutaba Doutorando em Geografia/UFU hmineu@gmail.com Ituiutaba, 08 de maio de 2014. EMMAV CAIC 2 Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS PNRS RESÍDUOS SÓLIDOS RESÍDUOS SÓLIDOS: UM PROBLEMA DE CARÁTER SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO AÇÃO ADOTADA: TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

Leia mais

III SEMINÁRIO ESTADUAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL

III SEMINÁRIO ESTADUAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL III SEMINÁRIO ESTADUAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL Painel II: Resíduos Sólidos Urbanos Política Nacional, Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos. José Valverde Machado Filho 20.04.2012 Cenários e Evolução

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº /2010 DECRETO Nº 7.404/2010

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº /2010 DECRETO Nº 7.404/2010 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº 12.305/2010 DECRETO Nº 7.404/2010 TRAMITAÇÃO DA PNRS 1989 Projeto de Lei Nº 354/89 do Senado 1991 Projeto de Lei Nº 203/91 (na Câmara)

Leia mais

Resíduos eletro-eletrônicos. Identificação de Gargalos e Oportunidades na Gestão Adequada

Resíduos eletro-eletrônicos. Identificação de Gargalos e Oportunidades na Gestão Adequada Resíduos eletro-eletrônicos Identificação de Gargalos e Oportunidades na Gestão Adequada Junho de 2009 Alguns Modelos utilizados no mundo: Modelo Responsabilidade ampliada do Produtor - responsabiliza

Leia mais

Seminário A Evolução da Limpeza Pública

Seminário A Evolução da Limpeza Pública Seminário A Evolução da Rio de Janeiro Lei 12.305/10 POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Enfim a regulação do Setor de Resíduos Mudança de Paradigma Conceitos Inovadores Centro da discussão mundial,

Leia mais

AJUDE O PLANETA A PRESERVAR VOCÊ

AJUDE O PLANETA A PRESERVAR VOCÊ AJUDE O PLANETA A PRESERVAR VOCÊ PNRS Lei nº 12.305/10 (LOGÍSTICA REVERSA) EDSON LUIZ PETERS E-mail: edsonlpeters@gmail.com 1991: Projeto de Lei nº 203/91; 2006: Aprovação do Relatório Substitutivo ao

Leia mais

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE RESOLUÇÃO 469/2015 465/2014 452/2012 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Dispõe sobre os requisitos

Leia mais

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO Humberto Minéu IFTM/Câmpus Ituiutaba Doutorando em Geografia/UFU hmineu@gmail.com Ituiutaba, 30 de abril de 2014. Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei 12.305/2010

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei /2010. Flávia França Dinnebier

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei /2010. Flávia França Dinnebier POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Lei 12.305/2010 Flávia França Dinnebier - Alguns princípios da PNRS; TÓPICOS DA APRESENTAÇÃO - Responsabilidade compartilhada pela gestão e gerenciamento de resíduos;

Leia mais

21/08/2018. A questão ecológica e a Logística Reversa: riscos e oportunidades ENTENDENDO OS CANAIS REVERSOS DE DISTRIBUIÇÃO

21/08/2018. A questão ecológica e a Logística Reversa: riscos e oportunidades ENTENDENDO OS CANAIS REVERSOS DE DISTRIBUIÇÃO A questão ecológica e a Logística Reversa: riscos e oportunidades A crise socioambiental e sistêmica torna imperativo a adoção de estratégias de combate ao crescente tamanho da pegada ecológica. A pegada

Leia mais

Hsa GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Resíduos Sólidos. PROFa. WANDA R. GÜNTHER Departamento Saúde Ambiental FSP/USP

Hsa GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Resíduos Sólidos. PROFa. WANDA R. GÜNTHER Departamento Saúde Ambiental FSP/USP Hsa 109 - GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Resíduos Sólidos PROFa. WANDA R. GÜNTHER Departamento Saúde Ambiental FSP/USP E-mail: wgunther@usp.br Resíduos Sólidos Interrelação: Ambiente Saúde HOMEM MEIO AMBIENTE

Leia mais

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO

PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO PLATAFORMA ITUIUTABA LIXO ZERO Humberto Minéu IFTM/Câmpus Ituiutaba Doutorando em Geografia/UFU hmineu@gmail.com Ituiutaba, 24 de abril de 2014. Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei 12.305/2010

Leia mais

O QUE MUDA NA PRÁTICA COM A LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS?

O QUE MUDA NA PRÁTICA COM A LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS? O QUE MUDA NA PRÁTICA COM A LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS? Sesc Senac O que é a Logística Reversa de Lâmpadas? 1 2 3 Sou consumidor e tenho lâmpadas inservíveis, o que devo fazer com elas? veja o fluxo

Leia mais

Gestão de Resíduos Sólidos no Brasil: Situação e Perspectivas. Carlos R V Silva Filho ABRELPE

Gestão de Resíduos Sólidos no Brasil: Situação e Perspectivas. Carlos R V Silva Filho ABRELPE Gestão de Resíduos Sólidos no Brasil: Situação e Perspectivas Carlos R V Silva Filho ABRELPE maio/2010 Introdução A ABRELPE ABRELPE: Associação Nacional, sem fins lucrativos, fundada em 1976 e a partir

Leia mais

Prof. Me. Fábio Novaes

Prof. Me. Fábio Novaes Prof. Me. Fábio Novaes Classificação de resíduos sólidos NBR 10.004:2004 resíduos nos estados sólido e semi- sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar,

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Logística Reversa. 21 de Setembro de 2018

Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Logística Reversa. 21 de Setembro de 2018 Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Logística Reversa 21 de Setembro de 2018 Objetivos da Logística A logística reversa tem 4 motivadores principais por parte do governo: 1. compatibilizar interesses

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS BASE LEGAL - AÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS AÇOES DE GESTÃO DE RESÍDUOS - BASE LEGAL Lei nº 11.107/2005 Consórcios Públicos Decreto nº 6017/2007

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS CONTAMINANTES NO CONTEXTO DA POLÍTICA AMBIENTAL URBANA

REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS CONTAMINANTES NO CONTEXTO DA POLÍTICA AMBIENTAL URBANA REFLEXÕES SOBRE A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS CONTAMINANTES NO CONTEXTO DA POLÍTICA AMBIENTAL URBANA Autores: Márcia Rosane Frey mfrey@unisc.br Irineu Afonso Frey irineu.frey@ufsc.br REFLEXÕES

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS A VISÃO DO SETOR DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS A VISÃO DO SETOR DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS A VISÃO DO SETOR DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS Diógenes Del Bel Diretor Presidente Seminário Hospitais Saudáveis 19 / Novembro / 2010 PNRS - A Visão do Setor de Tratamento

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESÍDUOS SÓLIDOS: UM PROBLEMA DE CARÁTER SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO 1. CARACTERÍSTICAS NACIONAIS Brasil - um país de dimensões continentais

Leia mais

Resíduos Sólidos Desafios da Logística Reversa. Zilda M. F. Veloso 08abril2014

Resíduos Sólidos Desafios da Logística Reversa. Zilda M. F. Veloso 08abril2014 Resíduos Sólidos Desafios da Logística Reversa Zilda M. F. Veloso 08abril2014 I- CONSIDERAÇÕES GERAIS Objetivos POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERAÇÃO DE RESÍDUOS PANO DE FUNDO: Sem a PNRS, a geração

Leia mais

A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Carmen Rachel Scavazzini Marcondes Faria 1 Há duas décadas, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) adotou um programa de

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE P O L Í T I C A N A C I O N A L D E R E S Í D U O S S Ó L I D O S E L O G Í S T I C A R E V E R S A L E I N º 1 2. 3 0 5 / 2 0 1 0 D E C R E T O N º 7. 4 0 4 / 2 0 1 0 HIERARQUIA

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE DELIBERAÇÃO INEA Nº 15 DE 27 DE SETEMBRO DE 2010

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE DELIBERAÇÃO INEA Nº 15 DE 27 DE SETEMBRO DE 2010 GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE DELIBERAÇÃO INEA Nº 15 DE 27 DE SETEMBRO DE 2010 ESTABELECE O GERENCIAMENTO DE EMBALAGENS USADAS DE ÓLEO

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei Federal /10 e Decreto 7.404/10

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Lei Federal /10 e Decreto 7.404/10 Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei Federal 12.305/10 e Decreto 7.404/10 A estrutura da PNRS A logística reversa é apenas uma das vertentes da PNRS. Essa lei e seu decreto também dão ações para os

Leia mais

Logística Reversa para Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados

Logística Reversa para Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados Logística Reversa para Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Superintendência de Fiscalização do Abastecimento (SFI) São Paulo, 18/05/2017

Leia mais

RECICLAGEM: PROBLEMAS E SOLUÇÕES

RECICLAGEM: PROBLEMAS E SOLUÇÕES RECICLAGEM: PROBLEMAS E SOLUÇÕES INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS LEI 9.974/00 Criado em dezembro de 2001 Entidade sem fins lucrativos Sede em São Paulo Promove a correta destinação

Leia mais

VII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DA UNESP PRESIDENTE PRUDENTE - 26/09/2011

VII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DA UNESP PRESIDENTE PRUDENTE - 26/09/2011 LOGÍSTICA REVERSA Patrícia Guarnieri VII SIMPÓSIO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DA UNESP PRESIDENTE PRUDENTE - 26/09/2011 Mudanças no ambiente de negócios Globalização dos mercados Tecnologia Marketing Logística

Leia mais

PALESTRA DE SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES

PALESTRA DE SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES PALESTRA DE SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES Tema: Logística Reversa Lei 12.305/10 Local: CEIER - Centro Estadual Integrado de Educação Rural. Data do Evento: 08/10/2014 Horário: 19:00h às

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS SISTEMA CAMPO LIMPO INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS LEI 9.974/00 Criada em dezembro de 2001, o inpev é uma entidade sem fins lucrativos com sede em São Paulo Promove a correta

Leia mais

A Política Estadual de Resíduos Sólidos e os Termos de Compromisso da Logística Reversa

A Política Estadual de Resíduos Sólidos e os Termos de Compromisso da Logística Reversa A Política Estadual de Resíduos Sólidos e os Termos de Compromisso da Logística Reversa Fundação Estadual do Meio Ambiente Zuleika Stela Chiacchio Torquetti Presidente Novembro, 2014 Logística Reversa

Leia mais

Desafios da Gestão Municipal de Resíduos Sólidos

Desafios da Gestão Municipal de Resíduos Sólidos Desafios da Gestão Municipal de Resíduos Sólidos Cláudia Lins Consultora Ambiental Foi instituída pela Lei 12.305/10 e regulamentada pelo Decreto 7.404/10 A PNRS fixou obrigações para União, Estados e

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS SISTEMA CAMPO LIMPO INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS LEI 9.974/00 Criada em dezembro de 2001, o inpev é uma entidade sem fins lucrativos com sede em São Paulo Promove a correta

Leia mais

Lei / PNRS. São Paulo, 30 de Agosto de 2010

Lei / PNRS. São Paulo, 30 de Agosto de 2010 Lei 12.305/2010 - PNRS São Paulo, 30 de Agosto de 2010 PNRS Histórico: 1989: Senado Federal (PLS 354/89) 2006: Aprovação do substitutivo em Comissão Especial (Dep. Ivo José) 2007: Apresentação de Proposta

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS LEI 9.974/00 Criado em dezembro de 2001 Entidade sem fins lucrativos Sede em São Paulo Promove a correta destinação das embalagens vazias de defensivos

Leia mais

As Políticas Públicas Ambientais de Pernambuco e Resíduos Sólidos

As Políticas Públicas Ambientais de Pernambuco e Resíduos Sólidos As Políticas Públicas Ambientais de Pernambuco e Resíduos Sólidos Densidade populacional na Zona Costeira AP 2 hab.km -2 MA 29 hab.km -2 CE 252 hab.km -2 PB 373 hab.km -2 PE 913 hab.km -2 BA 96 hab.km

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS A ç õ e s d o M M A e G o v e r n o F e d e r a l Lei Nº 12.305/2010 - Decreto Nº 7.404/2010 Zilda Maria Faria Veloso Diretora de Ambiente

Leia mais

Logística Reversa de Embalagens. Gabriel Pedreira de Lima

Logística Reversa de Embalagens. Gabriel Pedreira de Lima Logística Reversa de Embalagens Gabriel Pedreira de Lima QUALIFICAÇÃO E EXPERIÊNCIA A Empresa A CGA geo é uma empresa de consultoria ambiental com sólida experiência em projetos voltados ao Gerenciamento

Leia mais

- TERMO DE REFERÊNCIA - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

- TERMO DE REFERÊNCIA - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - TERMO DE REFERÊNCIA - PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS APRESENTAÇÃO O presente Termo de Referência tem como finalidade orientar os geradores, assim definidos como pessoas físicas ou jurídicas,

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS LEI 9.974/00 Criado em dezembro de 2001 Entidade sem fins lucrativos Sede em São Paulo Promove a correta destinação das embalagens vazias de defensivos

Leia mais

Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente Conama

Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente Conama Legenda: Texto em vermelho: observações/comunicados/questionamentos Texto em azul: texto aprovado que necessita ser rediscutido Texto em verde: contribuições - texto não discutido Texto em preto: aprovado

Leia mais

Belo Horizonte, novembro de 2010

Belo Horizonte, novembro de 2010 POLÍTICAS ESTADUAL E NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS José Cláudio Junqueira Ribeiro Belo Horizonte, novembro de 2010 Resíduos sólidos Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades

Leia mais

Consumo sustentável e a implantação da logística reversa de embalagens em geral. XI SEMINÁRIO ABES Brasília, agosto de 2014 Patrícia Iglecias

Consumo sustentável e a implantação da logística reversa de embalagens em geral. XI SEMINÁRIO ABES Brasília, agosto de 2014 Patrícia Iglecias Consumo sustentável e a implantação da logística reversa de embalagens em geral XI SEMINÁRIO ABES Brasília, agosto de 2014 Patrícia Iglecias Direito ao Meio Ambiente e Proteção do Consumidor Parâmetro

Leia mais

SISTEMA CAMPO LIMPO. Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos. Eng. Agro. Mario Fujii 04/2018

SISTEMA CAMPO LIMPO. Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos. Eng. Agro. Mario Fujii 04/2018 SISTEMA CAMPO LIMPO Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos Eng. Agro. Mario Fujii 04/2018 LOGÍSTICA REVERSA Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

Leia mais

PNRS /10. 8 Anos da Lei Federal que Define a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Logística Reversa, Dificuldades e Perspectivas

PNRS /10. 8 Anos da Lei Federal que Define a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Logística Reversa, Dificuldades e Perspectivas PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS SECRETARIA MUNICIPAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS MP 8 Anos da Lei Federal que Define a Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS 12305/10 Logística Reversa, Dificuldades e Perspectivas

Leia mais

LOGÍSTICA REVERSA: DESAFIO DA IMPLEMENTAÇÃO EM SISTEMA METROFERROVIÁRIO

LOGÍSTICA REVERSA: DESAFIO DA IMPLEMENTAÇÃO EM SISTEMA METROFERROVIÁRIO LOGÍSTICA REVERSA: DESAFIO DA IMPLEMENTAÇÃO EM SISTEMA METROFERROVIÁRIO Mariko de Almeida Carneiro Roberto Acioli Furtado 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária Introdução Logística Reversa (LR): -

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS LEI 9.974/00 Criado em dezembro de 2001 Entidade sem fins lucrativos Sede em São Paulo Promove a correta destinação das embalagens vazias de defensivos

Leia mais

Aula nº. 36. Política nacional de resíduos sólidos.

Aula nº. 36. Política nacional de resíduos sólidos. Página1 Curso/Disciplina: Direito Ambiental Aula: 36 Professor(a): Luiz Jungstedt Monitor(a): Cristiane Gregory Klafke Aula nº. 36 Política nacional de resíduos sólidos. Matéria referente ao uso adequado

Leia mais

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Marisa Brasil Engenheira de Alimentos MBA em Qualidade, Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Responsabilidade Social Especialista em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico

Leia mais

ABAS Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários 1963 Fundação Associação Brasileira de Aerossóis 1996 Saneantes Domissanitários Missão Orientar e representar o setor, promovendo o desenvolvimento

Leia mais

CIESP DR Americana e 4 Reunião do Grupo Regional de Estudos Jurídicos / Consórcio PCJ. Eng. Jorge Rocco CIESP/Diretoria de Meio Ambiente

CIESP DR Americana e 4 Reunião do Grupo Regional de Estudos Jurídicos / Consórcio PCJ. Eng. Jorge Rocco CIESP/Diretoria de Meio Ambiente CIESP DR Americana e 4 Reunião do Grupo Regional de Estudos Jurídicos / Consórcio PCJ Eng. Jorge Rocco CIESP/Diretoria de Meio Ambiente DIRETORIA DE MEIO AMBIENTE MISSÃO PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Política Nacional de Resíduos Sólidos Política Nacional de Resíduos Sólidos Acordo Setorial de Lâmpadas POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ACORDO SETORIAL DE LÂMPADAS 1 BASE LEGAL Lei Federal 12.305/2010 e Decreto 7.404/2010 O QUE SÃO RESÍDUOS

Leia mais

Panorama e Política Nacional de

Panorama e Política Nacional de Panorama e Política Nacional de Resíduos SólidosS Seminário de Gestão Integrada e Sustentável de Resíduos Sólidos Regional Sudeste ABES, São Paulo Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano Dados

Leia mais

LEI MUNICIPAL Nº 687 DE 09 DE SETEMBRO DE 2013 LEI:

LEI MUNICIPAL Nº 687 DE 09 DE SETEMBRO DE 2013 LEI: LEI MUNICIPAL Nº 687 DE 09 DE SETEMBRO DE 2013 INSTITUI A POLÍTICA MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE FIGUEIREDO-AM. O PREFEITO MUNICIPAL DE PRESIDENTE FIGUEIREDO,

Leia mais

Responsabilidade das Empresas na Cadeia do Gerenciamento de Resíduos e na implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos

Responsabilidade das Empresas na Cadeia do Gerenciamento de Resíduos e na implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos Seminário: Responsabilidade Compartilhada no Gerenciamento dos Resíduos Sólidos REALIZAÇÃO: Responsabilidade das Empresas na Cadeia do Gerenciamento de Resíduos e na implantação da Política Nacional de

Leia mais

CONGRESSO ECOGERMA2017

CONGRESSO ECOGERMA2017 CONGRESSO ECOGERMA2017 Logística Reversa Da teoria aos acordos setoriais PROF. PAULO ROBERTO LEITE www.clrb.com.br clrb@clrb.com.br pauloroberto.leite@mackenzie.br http://meusite.mackenzie.br/leitepr MISSÃO

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Política Nacional de Resíduos Sólidos NOÇÕES DE AGENDA AMBIENTAL POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS O Brasil levou um longo período para normatizar as questões em torno do destino dos resíduos sólidos.

Leia mais

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS LEI / 08/ 2010 DECRETO 7.404/ 12/ 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS LEI / 08/ 2010 DECRETO 7.404/ 12/ 2010 Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS LEI 12.305 / 08/ 2010 DECRETO 7.404/ 12/ 2010 Cenário brasileiro de resíduos sólidos Aumento da: População nas cidades 50% mundial 85% Brasil (IBGE, 2010).

Leia mais

LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS EM GERAL

LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS EM GERAL LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS EM GERAL POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) Lei Federal nº 12.305 de 2010 Legislação ambiental que definiu diretrizes para o gerenciamento dos resíduos sólidos,

Leia mais

Seminário. de Vigilância em Saúde. a Agrotóxicos

Seminário. de Vigilância em Saúde. a Agrotóxicos Seminário de Vigilância em Saúde Seminário de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos de Populações Expostas a Agrotóxicos Brasília 06 e 07 de novembro de 203 Superintendência de Vigilância

Leia mais

1. OBJETIVO 2. CAMPO DE APLICAÇÃO

1. OBJETIVO 2. CAMPO DE APLICAÇÃO 1. OBJETIVO Estabelecer os critérios para utilização e preenchimento das planilhas de controle da comercialização de agrotóxicos (desinfestantes de uso profissional e fitossanitários), seus componentes

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESÍDUOS SÓLIDOS: UM PROBLEMA DE CARÁTER SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO Estrutura populacional dos municípios População dos municípios

Leia mais

SISTEMA CAMPO LIMPO Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos

SISTEMA CAMPO LIMPO Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos SISTEMA CAMPO LIMPO Destinação de Embalagens Vazias de Agrotóxicos Seminário: O Ministério Público e a Gestão de Resíduos Sólidos e Logística Reversa INSTITUTO NACIONAL DE PROCESSAMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS

Leia mais

Seminário GVcev Gestão de Resíduos e Pós-Consumo no Varejo. Reciclagem no setor de Informática Fabiola A. Vizentim

Seminário GVcev Gestão de Resíduos e Pós-Consumo no Varejo. Reciclagem no setor de Informática Fabiola A. Vizentim Seminário GVcev Gestão de Resíduos e Pós-Consumo no Varejo Reciclagem no setor de Informática Fabiola A. Vizentim Processo Produtivo Clássico Matéria Prima Energia Equipamentos Recursos Naturais... Processo

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA Procedência: 6º GT de EMBALAGENS USADAS Data: 14 de setembro de 2010 Processo n 02000.001078/2007-51 Assunto: Dispõe sobre Gerenciamento

Leia mais

Logística Reversa. A Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei nº /2010:

Logística Reversa. A Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei nº /2010: Logística Reversa A Política Nacional de Resíduos Sólidos Lei nº 12.305/2010: Instrumento de desenvolvimento econômico e social; Conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta

Leia mais