Consumo sustentável e a implantação da logística reversa de embalagens em geral. XI SEMINÁRIO ABES Brasília, agosto de 2014 Patrícia Iglecias
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- Maria Eduarda Campelo Arruda
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1 Consumo sustentável e a implantação da logística reversa de embalagens em geral XI SEMINÁRIO ABES Brasília, agosto de 2014 Patrícia Iglecias
2 Direito ao Meio Ambiente e Proteção do Consumidor Parâmetro interpretatório e concretizador: dignidade da pessoa humana (art. 1º, II e III, CF/1988) Pessoa humana (eixo das preocupações) Políticas públicas Destinação e disposição ambientalmente adequadas
3 Problemas Decorrentes da Produção e do Consumo Degradação e exaurimento dos recursos naturais. Poluição do ar e das águas. Resíduos e contaminação. Desmatamento e erosão. Mudanças climáticas.
4 Objeto Ações para a implantação do Sistema de Logística Reversa das Embalagens que compõem a fração seca dos resíduos sólidos urbanos ou equiparáveis (papel e papelão; plástico; alumínio; aço; vidro; embalagem cartonada longa vida). Excluem-se as embalagens perigosas.
5 Aspectos Relevantes Sociais Econômicos Jurídicos
6 Aspectos Sociais Catadores. Prioridade.
7 Capacitação de forma ampla Formação, legalização administrativa, ambiental e fiscal, administração e gerenciamento. Treinamento e capacitação. Diagnóstico técnico das demandas de adequação e melhoria de mobilidade, infraestrutura e processos de separação e valorização. Segurança, saúde e higiene no trabalho.
8 Novo galpão e adequação de galpão. Projetos de melhoria de produtividade. Fornecimento de esteiras e mesas de triagem, prensas, tambores, caminhões, carrinhos, computadores etc. Adequação de sistema elétrico e sanitário. Assessoria no gerenciamento de indicadores de produtividade.
9 Aspectos Econômicos Correção do mercado: internalização dos custos ambientais. Sistemas legais de compensação de externalidades: Sistema civil - propriedade e responsabilidade civil. Sistema de regulação estatal.
10 Gestão de Resíduos na PNRS Não geração. Redução. Reutilização. Reciclagem. Tratamento. Disposição final. Análise com base nos princípios da razoabilidade, da proporcionalidade e da precaução.
11 Aspectos Jurídicos Res derelictae. Bem socioambiental. Dupla titularidade. Bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania.
12 Responsabilidade Compartilhada
13 Responsabilidade Compartilhada: Objetivos Compatibilizar interesses entre agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, por meio de estratégias sustentáveis. Promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os à sua cadeia produtiva ou outras cadeias produtivas. Reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais.
14 Dano e Potencialidade de Dano Dano x Impacto? Limites de tolerabilidade. Ato lícito, ato ilícito e abuso de direito.
15 Geradores de Resíduos Pessoas naturais. Pessoas jurídicas, de direito público e de direito privado. Geradores de resíduos por meio das suas atividades.
16 Exigências Minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados. Reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida do produto. Padrões sustentáveis de produção e de consumo. Nos termos da lei.
17 Fabricantes e Importadores: Destinação ambientalmente adequada
18 Cadeia Produtiva Produtos Reutilização Reciclagem Outra destinação Destinação com menor quantidade de resíduo Recolhimento e logística reversa Informação e Participação
19 Comerciantes e Distribuidores
20 Consumidores
21 Titular de serviço público de limpeza e manejo de resíduos Lei /2007 I coleta, transbordo e transporte dos resíduos. II triagem para fins de reuso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem e de disposição final de rejeitos. III varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.
22 Art. 36 Lei /2010 Adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Estabelecer sistema de coleta seletiva. Articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.
23 Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso, mediante a devida remuneração pelo setor empresarial. Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos. Dar destinação e disposição ambientalmente adequadas aos resíduos e rejeitos oriundos dos serviços de limpeza urbana e manejo.
24 Logística Reversa Área que visa planejar, controlar e operacionalizar fluxos reversos de produtos não consumidos (pós-venda) ou de produtos já consumidos (pós-consumo). Paulo Roberto Leite, 2012 Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Lei /2010
25 Critérios Viabilidade técnica e econômica. Grau de extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente. Planejamento detalhado do retorno do resíduo.
26 Logística Reversa Organizada Clareza quanto aos objetivos estratégicos: limites de atuação das empresas, sistemas de controle, metas, áreas geográficas de interesse, nível tecnológico. Características dos produtos: riscos gerais, valores agregados, decisões sobre transporte. Planejamento da rede logística reversa: compartilhamento de soluções de rede. Mapeamento do processo. Sistemas de informação. Paulo Roberto Leite, 2009
27 Implementação Acordos Setoriais. Termos de compromisso. Regulamento.
28 Abrangência dos Acordos Setoriais Nacional, regional, estadual ou municipal. Prevalência dos compromissos firmados em âmbito nacional sobre os firmados em âmbito regional ou estadual, e estes sobre os firmados em âmbito municipal. Os acordos com menor abrangência geográfica podem ampliar, mas não abrandar, as medidas de proteção ambiental constantes daqueles com maior abrangência geográfica.
29 Acordo Setorial como Contrato Negócio jurídico bilateral ou plurilateral. Igualdade formal X igualdade material. Autonomia da vontade X disposições compulsórias: justificativa?
30 Metas Estabelecimento no instrumento de implementação da logística.
31 Modelo de Governança Acordo Setorial Poder Público Fabricantes/Importadores Comerciantes/Distribuidores Ações, investimentos e suporte técnico Estabelecimento de metas Desenvolvimento e implementação de projetos independentes, complementares ao sistema de coleta seletiva Associações Indústria Varejo Distribuidores Empresa de Auditoria Auditoria e publicação de resultados dos projetos independentes Resultados = > Metas: Resultados < Metas: X Ações de Melhoria Contínua Ações Corretivas
32 Visão dos Tribunais MP/RS: lâmpadas fluorescentes - problema do descarte (trabalho forense publicado na RDA 47). Estado do Acre (trabalho forense publicado na RDA 31): embalagens PET responsabilidade civil do Estado por não exigir plano de coleta e destinação final de embalagens no licenciamento. Precaução e inversão do ônus da prova: Recurso Especial (RS).
33 VI Jornada Conselho da Justiça Federal, 2013 Enunciado 565 Não ocorre a perda da propriedade por abandono de resíduos sólidos, que são considerados bens socioambientais, nos termos da Lei n /2010.
34 Obrigada! PATRÍCIA FAGA IGLECIAS LEMOS Professora Associada da Faculdade de Direito da USP Consultora Ambiental Rua Funchal, º andar - São Paulo/SP CEP: (+55 11)
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