GEOPOLÍTICA, GEOECONOMIA E INTEGRAÇÃO REGIONAL NA AMÉRICA LATINA UM OLHAR SOBRE OS RECURSOS ENERGÉTICOS

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1 GEOPOLÍTICA, GEOECONOMIA E INTEGRAÇÃO REGIONAL NA AMÉRICA LATINA UM OLHAR SOBRE OS RECURSOS ENERGÉTICOS Claudete de Castro Silva Vitte (Professora do Depto. de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geociências da Unicamp. Pesquisadora do CNPq. clavitte@ige.unicamp.br) Resumo: Na América Latina há países com grandes reservas de petróleo e gás e importantes empresas estatais do ramo energético. O objetivo principal deste artigo é contribuir na discussão sobre a geopolítica e geoeconomia dos recursos energéticos na América Latina por meio de um estudo sobre a produção e consumo de petróleo e gás natural na América Latina, destacando o papel das políticas energéticas dos principais países produtores e consumidores no sub-continente, das principais empresas energéticas atuantes na América Latina, em especial as empresas estatais, contribuindo na reflexão sobre os avanços e limites das tentativas de institucionalizar uma integração regional energética, em especial nesta primeira década do século XXI, quando ocorreu, em um primeiro momento, uma forte valorização das commodities energéticas, mas seguido de forte crise internacional, com reposicionamentos no âmbito geopolítico e geoeconômico. Foi feito um levantamento de dados e informações sobre a produção e consumo de petróleo e gás, em especial em sites especializados; uma breve análise das principais políticas energéticas dos principais países produtores e do papel das principais empresas do ramo. Nos resultados da investigação foram observados que a América Latina é uma região exportadora de petróleo e grande produtora de gás, mas a distribuição de recursos é desigual. No geral, a produção interna não é suficiente para todos os países se auto-abastecerem; mas há um superavit na produção em relação o consumo, apontando para um potencial exportador, que tende a diminuir frente às perspectivas de aumento de consumo interno. Nota-se também um marcante papel de empresas de cunho estatal e certo uso político desses recursos. As diferentes realidades dos países permitem aventar benefícios com uma coordenação regional energética que já vem sendo discutida no âmbito da UNASUL. Este trabalho é uma apresentação de uma reflexão preliminar de pesquisa de Bolsa Produtividade do CNPq. 1

2 Palavras-chaves: Recursos energéticos, América Latina, Geopolítica, Geoeconomia, Integração Regional. INTRODUÇÃO: RECURSOS ENERGÉTICOS NA AMÉRICA LATINA Há uma inquietude sobre a seguridade energética no mundo, considerada cada vez mais precária por causa do esgotamento das reservas de petróleo. A América Latina tem países com grandes reservas de petróleo e gás e importantes empresas estatais do ramo energético. Na década de 1990 diversos países na América Latina sofreram com as exigências do receituário do Consenso de Washington, com pressões para adotar políticas neoliberais, entre as quais se sobressai a exigência de reforma do Estado e privatizações. O setor energético foi um dos alvos prioritários das pressões dos organismos internacionais pelas privatizações das empresas estatais e a desregulamentação do setor. As reformas propugnavam a retirada do caráter estratégico dos recursos naturais, focando apenas como bem econômico, transformando os hidrocarbonetos em meras commodities de exportação (cf. D. MANSILLA, 2008). Nos anos 1990, apenas dois países permitiram a internacionalização total de seus hidrocarbonetos: a Argentina e a Bolívia. Nos demais países ocorreram mudanças, com aumento da participação de capitais privados, mas manteve-se o controle estatal (cf. D. MANSILLA, 2008). Em contexto internacional, por cerca de duas décadas os preços mantiveram-se baixos e as reservas abundantes favoreceram primeiramente as empresas privadas. Mas os tempos mudaram e os preços dos combustíveis já no final da primeira década do século XXI ficaram elevados, em especial antes da crise de Nesse cenário, o fenômeno do nacionalismo em relação aos recursos energéticos retorna, gerando debates e com alguns especialistas defendendo que as nacionalizações e maior controle levam a uma queda na produção, situação que até o momento não se está verificando. Tem havido um agravamento da disputa mundial pelo controle das reservas de combustíveis não renováveis. Governos como os da Venezuela, Rússia e Bolívia, por exemplo, reforçam o controle estatal sobre a produção em busca de ganhos políticos estratégicos. No caso do gás, os principais pontos de atritos geopolíticos aparecem no traçado dos dutos de gás, nas vias marítimas e nas reservas oceânicas do Ártico e da Antártida. 2

3 Quanto às empresas petrolíferas, no após 2ª. Guerra Mundial, as principais empresas multinacionais eram as chamadas Sete Irmãs (Exxon, Royal Dutch Shell, Texaco, Mobil, Gulf Oil, British Petroleum e Chevron/Standard Oil of California/SOCAL) que dominavam o mercado mundial de petróleo. Posteriormente, as empresas Texaco, Mobil, Gulf e Socal foram incorporadas pelas demais. Recentemente, as sete principais companhias petrolíferas internacionais (Exxon, British Petroleum, Royal Dutch Shell, Total, Chevron, Conoco-Phillips e ENI) controlam 9% das reservas globais (cf. J.P. SÉRÉNI, 2007). Já as companhias nacionais de petróleo (NOCs) detêm a maior parte das reservas, pelo menos 80% delas. Entre as NOCs (National Oil Companies) destacam-se; Petrochina, Gazprom (Rússia), Sinopec (China), Petrobras, Rosneft (Rússia), Pemex, Aramco e outras (cf. PFC ENERGY 50 REPORT, 2010). 1. A PARTICIPAÇÃO DA REGIÃO NO MERCADO INTERNACIONAL E O PAPEL PROTAGONISTA DAS EMPRESAS ESTATAIS DE PETRÓLEO A América Latina e Caribe concentram 11% das reservas provadas de petróleo mundial. O Brasil concentra importantes reservas (a terceira na região, sem contar as reservas prováveis dos novos campos da bacia de Santos), mas é um dos grandes consumidores mundiais. A previsão é de que o consumo se incrementará até 2025 no Brasil e região (cf. A.R.CARO, 2007). Primeiramente, a partir dos anos 1990 formou-se um novo ambiente institucional na América Latina ainda sob influência do neoliberalismo. A YPF argentina foi totalmente privatizada pela Repsol espanhola, assim como a YPFB da Bolívia. A empresa estatal argentina YPF (Yacimientos Petroliferos Fiscales) foi fundada em 1922, pelo General Enrique Mosconi, financiada exclusivamente com o petróleo que extraia sob monopólio estatal. Foi a primeira estatal no subcontinente e o modelo para a criação de diversas outras, como a do México (1938), Colômbia, Brasil (1953), Bolívia (1936) e Uruguai (cf. F. BERNAL, 2008). De fato, a participação de empresas transnacionais é pequena na região. Apesar das reformas liberalizantes, a participação de empresas estrangeiras é pequena, principalmente nas atividades 3

4 upstream (exploração e produção), com a exceção da companhia espanhola Repsol-YPF que opera em 14 países da América Latina (cf. A.R. CARO, 2007). Esta companhia recebe muitas críticas de ONGs ambientalistas e de defesa de direitos humanos pela forma com que opera no subcontinente. Ela é questionada por violações de direitos humanos, em especial de indígenas, por causar poluição ao ambiente, fraudar dados para se favorecer, por causar perda de biodiversidade e desmatamento onde opera. Há indícios de que quer se desfazer de seus ativos no subcontinente, que pode ser absorvido por empresas argentinas ou chinesas (que parecem ter se desinteressado posteriormente) (cf ). Em 2004 o governo argentino (governo Kichner) criou a Enarsa, empresa estatal argentina, em reação à perda de controle da YPF, pretendendo aumentar a participação do Estado nos negócios energéticos (cf. A. GHIRARDI, 2008b). A Petrobras, empresa brasileira, apesar de perder o monopólio sobre o setor no país em 1997, buscou diversificar-se para manter sua posição. Em meados dos anos 1990, com o aumento interno dos derivados de petróleo a Petrobras recobrou rentabilidade interna e viabilizou a exploração de seu enorme potencial produtivo em águas profundas acompanhada do necessário avanço tecnológico. Note-se a mudança institucional com a criação da ANP (Agência Nacional de Petróleo), em 1998, órgão regulador, fiscalizador e executor da política nacional para o setor. É conduzida por uma diretoria colegiada que também tem a função de resolver pendências entre agentes econômicos e consumidores (cf. A. FURTADO, 2002). Seus críticos sempre afirmam seu caráter entreguista e pouco estratégico, operando sempre com uma lógica mercadológica de aumentar as exportações, sem pensar em preservar reservas para um futuro incerto. Com o fim do monopólio, as empresas estrangeiras aportaram de forma tímida no Brasil. Na ocasião, preferiram investir em outros países considerados mais prioritários em seus planos de negócios e quase todas as jazidas descobertas após 1997 devem-se à Petrobras. Fez parceria para exploração e produção em alguns blocos e se há participação de empresas estrangeiras, a Petrobras continua líder, concentrando-se na busca e na produção de áreas offshore, principalmente em águas profundas, o que exige forte esforço em P&D, o que sinaliza para viabilidade econômica em um cenário de elevados preços. 4

5 O grosso dos investimentos é em segmentos upstream (exploração e refino), apontando para seu interesse por manter liderança. Observe-se também o esforço para aumentar sua participação relativa no mercado mundial, concorrendo com outras empresas do subcontinente como a PVDSA. O fato é que o esforço da empresa permitiu a autosuficiência em 2006 e a descoberta de reservas muito promissoras na plataforma continental do país no campo Tupi, na bacia de Santos em final de Espera-se que tal descoberta não gere a síndrome da doença holandesa. Muito se tem falado no modelo norueguês de criação de um fundo de aplicação de parte das receitas de petróleo para uma política industrial com setores selecionados para serem fomentados. Petróleo sob a terra ou mar é apenas uma riqueza potencial, o desafio é transformá-lo em riqueza real e equânime. Um aspecto fundamental a ser considerado é o ritmo da exploração, ou seja, se tal descoberta é considerada valiosa pelo Estado e sociedade brasileira a velocidade ideal de exploração deverá ser lenta para um uso estratégico do recurso no território (postulado de Hotteling, 1931 apud A. GHIRARDI, 2008). Observe-se que a Convenção Sobre os Direitos do Mar das Nações Unidas considera que além de 360 quilômetros da costa se está em alto mar e aquela parte dos oceanos é patrimônio comum da humanidade, fora da jurisdição brasileira. Como se sabe de evidências de que há petróleo no subsolo deste trecho, o Brasil reivindica a anexação de uma área de km² ao mar brasileiro, o que exige um relatório científico a ser apresentado à ONU. Neste contexto é preocupante que os EUA reativaram a sua Quarta Frota Naval, inoperante desde a década de 1940, encarregada de controlar o Caribe e o Atlântico Sul, pois apesar de alegarem missão de paz e combate ao narcotráfico (cf. J.G.B. de OLIVEIRA, 2008), mas, considerando-se que territórios ricos em petróleo sempre foram motivos de cobiça e manobras diplomáticas, é melhor o Brasil se precaver. No aspecto territorial, há um crescente controle da Petrobras sobre as redes logísticas da América do Sul. Muito se comenta sobre o forte papel do BNDES e os interesses da Petrobras e de outras empresas brasileiras na integração da infra-estrutura da América do Sul, em um quadro de transferência de riquezas naturais, de superexploração do trabalho e degradação ambiental, com conseqüências sobre a vida social dos povos mais pobres (caso das operações na reserva da biosfera Yasuní no Equador), falando-se em um sub-imperialismo do Brasil e fortalecimento de suas empresas multinacionais (cf. H. GOMES, 2006). 5

6 A Venezuela é um caso inequívoco de país que tende a ganhar no subcontinente com a alta de petróleo. Cabe apontar a relação econômica da Venezuela com os EUA que gira em torno do petróleo. Aproximadamente 15% do petróleo importado pelos EUA é originado na Venezuela. Os EUA tem aceitado a contragosto a retórica anti-americana do presidente venezuelano Hugo Chavez, com pragmatismo, já que os negócios entre os dois países seguem em ritmo constante. Cabe assinalar a proposta do presidente Hugo Chavez de criar uma estatal petrolífera da América do Sul (Petrosur) ou, melhor explicando, uma empresa supra-estatal, o que não provoca entusiasmo no Brasil, que almeja uma trajetória mais independente e expansionista para a Petrobras (cf. M.A. WEISSHEIMER, 2008). Segundo Frédéric Monié, no México a exploração comercial de petróleo começou na primeira década do século XX (governo Porfirio Diaz, de , conhecido por suas políticas de modernização conservadora). A indústria de petróleo operava sob domínio de firmas anglo-saxônicas e operava voltada para a exportação. Nos anos 1930, o governo de Lázaro Cardenas fez programa de nacionalização de petróleo e a PEMEX, empresa estatal, foi criada em Nas décadas seguintes, o petróleo permitiu a modernização das estruturas produtivas e financiou a industrialização e a montagem da infra-estrutura. A produção voltou-se para o mercado interno. No entanto, para alguns analistas, a Pemex era mal administrada e muito autônoma em relação ao Estado mexicano. Com esgotamento do nacional-desenvolvimentismo piorou a crise da petrolífera. Mas em seguida, nos anos 1970, a descoberta de novas reservas no istmo de Tehuantepec aumentou as reservas e produção e houve investimentos na capacidade de refino. Mas, a nova conjuntura não foi aproveitada para reestruturar o setor e aumentou o poder da empresa frente ao Estado e do sindicato de petroleiros. Nos anos 1980 manifestou-se uma aguda crise da economia mexicana e os governos não conseguiram potencializar os efeitos desencadeadores da renda petrolífera, de forma que a doença holandesa não deve ser descartada (cf. F. MONIÉ, s/d). No final da década, com a diminuição dos preços do petróleo, o governo federal tentou re-estruturar o setor e diminuir o peso da Pemex na cadeia setorial e na política. Tentou-se dividir a companhia em quatro sociedades especializadas (exploração e extração; refino; gás e petroquímica, a 6

7 serem coordenadas por um órgão central). Foram feitas parcerias com grupos privados estrangeiros (Shell e Repsol) por contratos de serviços. Mas a sociedade mexicana resistiu às mudanças, bem como a burocracia da Pemex e o governo foi obrigado a mudar a re-engenharia da empresa, aliado ao fato do governo voltar a ter interesse na captura da renda petrolífera em contexto de crise econômica. Por isso a Pemex acabou não sendo privatizada e mantém como uma das maiores produtoras de petróleo do mundo, com base estatal, mas sem grande capacidade de financiamento. 2. O GÁS NATURAL NA AMÉRICA DO SUL A integração regional do gás natural enfrenta desafios que envolvem os países consumidores e os produtores. Há divergências de entendimentos a começar pela estrutura institucional de qual organização vai gerir a integração (provavelmente a UNASUL). Há problemas no suprimento de gás natural na região, apesar das grandes reservas potencialmente disponíveis (cf. A. GHIRARDI, 2008b). Há disputa velada entre a Argentina, o Brasil e o Chile, os maiores consumidores pelo gás boliviano, o maior produtor. A integração gasífera tem natureza estratégica e precisa de alto grau de integração comercial. Os principais agentes são os governos nacionais e as empresas do setor. Há necessidade de investimentos em diversos segmentos desde a exploração e principalmente na construção de redes de transportes. A principal área consumidora do subcontinente é ao redor da bacia do Prata que apresenta um anel formado por gasodutos interligando grandes centros consumidores. (cf. A. GHIRARDI, 2008b). A Argentina é o principal consumidor e apresenta esgotamento relativo do recurso. É o país que tem a maior participação do gás na matriz energética (52%) e grande crescimento econômico recente, sinalizando para aumento de demanda. A fonte de importação é a Bolívia, mas é necessário investimentos em gasodutos (cf. A. GHIRARDI, 2008b). O Brasil tem reservas crescentes, mas precisa importar para suprir a demanda interna que também tende a ser crescente. Segundo André Ghirardi, a Bolívia tem abundantes reservas de gás e tem três vizinhos que constituem dois terços da demanda para exportação (Argentina, Brasil e Chile). Esses países são 7

8 altamente demandantes de gás e a Bolívia tem contratados 64 MMm³/dia a partir de 2010, frente a uma capacidade de produção de 40 MMm³/dia. A Bolívia precisa, então, desenvolver novas reservas para honrar os contratos firmados. Mas há problemas, apesar do cenário favorável. O continente tem grandes dimensões e distâncias, o que significa a necessidade da implantação de gasodutos longos e muito caros. A fonte produtora mais próxima dos três maiores demandantes é a Bolívia que tem dificuldades em financiar obras tão dispendiosas. O ambiente institucional é pouco seguro, caso da nacionalização do gás boliviano em Os preços são muito oscilantes, o que é um problema para um país consumidor. Com a nacionalização, os investimentos na Bolívia sofreram interrupção, prejudicando ainda mais a garantia de suprimento. Como não existe gás suficiente na Bolívia para atender ao Brasil e a Argentina criou-se uma competição entre os dois consumidores e há pressões para o Brasil ceder parte de sua cota para a Argentina (cf. A. GHIRARDI, 2008b). A Venezuela tem grandes reservas de gás e poderia ser um fornecedor potencial, bem como um financiador, já que retém boas receitas com a venda de petróleo, mas o país tem a desvantagem da posição geográfica muito longe do mercado consumidor sul-americano. Por isso surgiu em 2005 uma proposta de se criar um gasoduto desde a Venezuela que cortaria a Amazônia e o Centro-Oeste brasileiro, mas os custos muito altos e os evidentes impactos ambientais levaram ao abandono da proposta, bem como a instabilidade institucional na Venezuela, na figura de seu presidente Hugo Chavez, e na mudança de marco regulatório em Outro problema é o descontentamento de setores sociais da Bolívia que vêem tal movimentação venezuelana como uma ameaça a hegemonia boliviana atual no setor gasífero, apesar da aparente afinidade entre os dois atuais governos (cf. A. GHIRARDI, 2008b). Ainda segundo André Ghirardi, para especialistas, diante das incertezas, o mais adequado seria optar pelo GNL (gás natural liquefeito), ainda que a produção seja bem mais cara do que a convencional por gasodutos, O GNL exige investimentos de maior porte, mas tem uma produção mais flexível e permite aos compradores diversificar os fornecedores, já que na forma líquida o gás natural é transportável por navios, trens ou carretas. Mas tal opção não serve para o gás boliviano que para ser liquefeito depara-se com dificuldades do meio físico (barreira da Cordilheira dos Andes), de enormes 8

9 distâncias do oceano Pacífico e dos custos envolvidos. Assim, o gás não é commodity e depende de infra-estrutura de distribuição na formação de preço além de um marco regulatório estável. Na Bolívia, segundo o Centro de Estudios Para o Desarrollo Laboral y Agrário CEDLA (2008), no ano de 1996, sob influência de políticas neoliberais iniciadas em 1985, foi promulgada a Lei dos Hidrocarbonetos (Lei 1689), que permitiu a privatização da YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) em Proliferaram contratos de riscos para as fases de exploração e inicialmente os investimentos deram como resultado um significativo aumento na produção de gás natural. O acordo de venda de gás para o Brasil servia de incentivo para o incremento da produção. Entre 1994 e 1997 no governo de Sanchez de Lozada, foram privatizados os principais poços descobertos. A YPFB perdeu grande parte de seus quadros técnicos e burocráticos e com a nacionalização em 2006, o Estado propôs a refundação da YPFB e sua retomada de participação majoritária nas empresas que tiveram seu capital aberto e na recompra de duas refinarias da Petrobras em Também após o ano 2000 houve uma evidente diminuição de investimentos e aqueles que foram feitos visavam favorecer as exportações para o Brasil e Argentina, em clara preocupação com a provisão para esses dois países. Mas as petroleiras estrangeiras deixaram de fazer novos investimentos para desenvolver novos campos e perfurar poços, enquanto que as exportações para o Brasil subiram significativamente entre 1999 e 2007, bem como as exportações para a Argentina, sendo necessários cerca de nove bilhões de dólares para garantir o abastecimento dos mercados externos e local (incluindo toda a cadeia produtiva exploração, refino, desenvolvimento, transporte e comercialização). Mesmo com maiores investimentos feitos recentemente, não será possível honrar os acordos com a Argentina e Brasil. Cabe citar os gasodutos de exportação, entre os quais se sobressai o GASBOL (operado por GTB-Transredes) que é o maior projeto de transporte de gás natural da AL (3.150 km) entre outros. As medidas assumidas pelo governo de Evo Morales não modificaram significativamente as políticas de hidrocarbonetos adotadas nas gestões anteriores. O controle da produção continua nas mãos das petroleiras que pressionam o governo alegando falta de seguridade jurídica. Mas, apesar delas considerarem o cenário na Bolívia desfavorável, com proliferação de conflitos sociais, a produção boliviana continua, estando focada no mercado externo (cf. CEDLA, 2008). 9

10 3. UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE OS AGRO-COMBUSTÍVEIS No Brasil o Programa Nacional de Biodiesel lançado em 2004 vem gerando fortes discussões. Foi criado inicialmente para ser um programa de inclusão social no campo de pequenos produtores, gerando emprego e renda em regiões como a Norte e Nordeste, as mais pobres do país. É uma forma de energia alternativa que diminui a emissão de gases de efeito estufa. Mas o setor ruralista de agronegócios tem pressionado, visando dominar esse mercado promissor, alegando que a agricultura familiar terá dificuldade de produção e estimando um mercado internacional no qual o Brasil deteria 60% da produção. O processamento das matérias-primas oleaginosas também é disputado pelos pequenos produtores organizados, que vêem a atividade como agregadora de valor (em cerca de 300%) e as grandes empresas (como a Ecodiesel e Agropalma) (cf. R.C.C. LEITE & M.R.L.V. LEAL, 2007). A produção de etanol, que herda a experiência do Proálcool de 1975, ganhou fôlego com a produção de veículos de motor flexível após o ano 2000 e apesar de ter seus defensores, entre o quais o presidente Lula do Brasil, gera muitas críticas que cabem também para os biocombustíveis. São formas de produção de energia alternativa que vão ter de competir com outras formas mais bem estabelecidas e que exigem, por exemplo, substituição de frotas veiculares. É uma forma de produção de energia que necessita amplas terras para a produção, gerando indagações sobre a possibilidade de afetar a já preocupante produção de alimentos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A América Latina é uma região exportadora de petróleo e grande produtora de gás, mas a distribuição de recursos é desigual. No geral, a produção interna não é suficiente para todos os países se auto-abastecerem; mas há um superavit na produção em relação o consumo, apontando para um potencial exportador, que tende a diminuir frente às perspectivas de aumento de consumo interno. As diferentes realidades dos países permitem aventar grandes benefícios de uma coordenação regional energética que já vem sendo discutida preliminarmente no âmbito da UNASUL. 10

11 Este trabalho é resultado preliminar de uma investigação mais ampla. Como ponto para a continuidade do debate, coloca-se a questão: há alguma alternativa? A sugestão é economizar energia e variar as fontes, ampliando o rol de energias renováveis no âmbito individual. No âmbito estatal cabe tratar os recursos energéticos de forma estratégica e como forma de financiar a melhoria das condições sociais das diversas sociedades latino-americanas. BIBLIOGRAFIA Bernal, Frederico. Integración petrolera latinoamericana em Enrique Mosconi. In: Petróleo, Estado y Soberanía, 30 de janeiro de Acesso em 16 de outubro de CARO, Ariela Ruiz. La seguridad energética de América Latina y el Caribe em el contexto mundial. Santiago: CEPAL. Série Recursos Naturais e Infraestrutura, n. 128, novembro de CEDLA. La crisis energética al ritmo de las petroleras. In: Boletín El Observador, n. 04. CEDLA: La Paz, 07 de março de Acesso em 01 de julho de CEVALLOS, Diego. Petrolíferas estatais com vitamina nacionalista. In: 13 de maio de Acesso em 30 de junho de FURTADO, André. Mudança institucional e política industrial no setor petróleo. In: GHIRARDI, André. O petróleo e o tempo. Le Monde Diplomatique. In: Agosto de Acesso em 16 de outubro de 2008a Gás natural na América do Sul: do conflito à integração possível. Le Monde Diplomatique. In: Janeiro de Acesso em 06 de outubro de GOMES, Helder. Os interesses do Brasil e a exploração. In: Acesso em 20 de outubro de LEITE, Rogério Cezar de Cerqueira & LEAL, Manoel Régis L.V. O biocombustível no Brasil. Novos Estudos. São Paulo: CEBRAP, n. 78, julho de

12 MANSILLA, Diego. Petroleras estatales em America Latina: entre la transnacionalización y la integración. In: Acesso em 16 de outubro de MONIÉ, Frederic. A indústria de petróleo em escala mundial: uma visão comparativa. In: EGLER, Claudio (coord.). Geoeconomia do gás natural no Cone Sul. Relatório Final. In: s/d OLIVEIRA, Jorge Gustavo Barbosa de. O ouro negro e a Quarta Frota. In: 30 de setembro de Acesso em 15 de junho de PFC ENERGY 50 REPORT. In: Acesso em 21 de março de WEISSHEIMER, Marco Aurélio. Petróleo é chave para entender o mapa político da América Latina. In: 26 de agosto de Acesso em 15 de outubro de

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