ASPECTOS JURÍDICOS DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RPPN RESUMO

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1 1 ASPECTOS JURÍDICOS DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL RPPN * FERNANDA ROTTILI RESUMO Esta monografia, diante das preocupações da sociedade atual em preservar o meio ambiente, procurou, por meio descritivo, desenvolver os aspectos jurídicos da Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN, previsto na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC, posto que é uma unidade de conservação com características diferenciadas das demais prevista na lei, porque sua criação vem através da iniciativa do próprio proprietário da área, e não, por uma imposição do Poder Público. A pesquisa também abordou a RPPN no Estado de Mato Grosso do Sul, através do Decreto estadual nº /93. Para tanto, foram coletadas informações em acervos bibliográficos, publicações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA), da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), da Associação dos proprietários de RPPN (REPAMS), bem como pela entrevista realizada junto a bióloga responsável e a assessora de comunicação da REPAMS, tudo com o intuito de se concluir sobre a importância que a RPPN tem em nosso ordenamento jurídico, visto que é uma reserva particular que está a disposição das pessoas que detém área com diversidade biológica, em ter a iniciativa de criá-la, preservando o meio ambiente, em benefício de toda a coletividade, para gerações presentes e futuras. O resultado demonstrou que há preocupação na proteção do meio ambiente por parte dos proprietários, os quais criam RPPN em suas áreas, embora ainda faltem ações mais contundentes nesta defesa. PALAVRAS-CHAVE: Reserva Particular do Patrimônio Natural, Meio Ambiente, Unidade de Conservação. * Quintanista pela UNIDERP Campo Grande/MS e estagiária da 8ª Promotoria de Justiça. 1

2 2 INTRODUÇÃO Tendo em vista a grande preocupação mundial em relação ao meio ambiente, ao longo do tempo, vieram a ser desenvolvidas convenções que trataram da matéria, estabelecendo-se para tanto, princípios fundamentais para protegê-lo. Em decorrência desses fatos, a nossa Constituição Federal de 1988, representou um grande marco para o País no que tange à defesa do meio ambiente, pois prevê expressamente em seu art. 225, caput, o dever do Poder Público e de toda a coletividade, a proteção do meio ambiente. A criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN, foi uma forma de alcance desse dispositivo constitucional supramencionado, uma vez que tal unidade de conservação recai sobre área privada, gravada em caráter de perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica, através do ato voluntário do proprietário. Assim, verifica-se que houve o repasse do dever de proteção ambiental do Poder Público para o particular, em que este representará toda a coletividade de forma singela, porém, fundamental. Dessa forma, a pesquisa tem como objetivo demonstrar os aspectos jurídicos da RPPN, principalmente no que tange a sua forma de criação, tanto no âmbito federal, através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), como no âmbito 2

3 3 estadual, aqui representado pelo Estado de Mato Grosso do Sul, mediante o órgão ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), bem como os incentivos e vantagens proporcionadas pelo Estado aos proprietários que criam a RPPN em suas propriedades. Além dos objetivos acima expostos, vislumbra-se também divulgar, através do presente trabalho, este tipo de unidade de conservação, a RPPN, visto acreditarmos que esta categoria de espaço protegido e a iniciativa do particular em criá-la, pode contribuir para gerar a consciência de que o ato de preservar deva ser algo voluntário do homem, ao invés de imposição do Estado, uma vez que nossa existência e de nossas futuras gerações, dependem essencialmente de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, indiscutivelmente ligado às nossas posturas pessoais. Em face de toda essa problemática, a presente monografia se desenvolverá de forma a explorar a legislação que rege a Reserva Particular do Patrimônio Natural (Lei nº 9.985/2000 SNUC), para que se possa transmitir a relevância de se preservar o meio ambiente, mediante instrumento de iniciativa particular, possível a qualquer cidadão que detenha o domínio da propriedade com aspectos a serem preservados, conforme previsto na Lei nº 9.985/2000. Por fim, se enfatizará e se delimitará a presente pesquisa, no Estado de Mato Grosso do Sul, através de seu decreto estadual nº 7.251/93, posto que fora o primeiro Estado a legislar sobre a matéria. Para alcançar tais objetivos, o trabalho foi organizado em quatro capítulos. No primeiro capítulo foram abordadas as primeiras iniciativas em prol do meio ambiente; alguns princípios ambientais e o bem ambiental. 3

4 4 Já no segundo capítulo, de forma a introduzir o tema desenvolvido nessa monografia, foram abordadas as características e a sistematização acerca das unidades de conservação previstas na Lei 9.985/2000 (Lei do SNUC); os aspectos legais na Constituição Federal de 1988, bem como legislações infraconstitucionais. No capítulo terceiro, o qual se inicia com um estudo sobre a RPPN, tema da monografia, abordou-se os aspectos jurídicos da Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN à luz do Sistema Nacional de Unidades de Conservação SNUC, bem como seu procedimento de criação via IBAMA, demonstrando-se a importância jurídica da preservação do meio ambiente através da Reserva Particular do Patrimônio Natural. Por fim, no último capítulo, foram explorados os aspectos jurídicos da RPPN no Estado de Mato Grosso do Sul, através do Decreto estadual nº 7.251/93 e sua criação via Secretaria do Meio Ambiente SEMA. 4

5 5 1 DIREITO AMBIENTAL: NOÇÕES PROPEDÊUTICAS Neste capítulo será apresentado o embasamento histórico, o surgimento das primeiras preocupações em preservar o meio ambiente, os seus princípios norteadores, bem como a classificação do bem ambiental. 1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS Estocolmo O mau uso dos recursos naturais acompanha o homem desde os primórdios de sua história, causando grandes devastações, como contaminação e escassez da água, animais em extinção, desmatamento, ar contaminado, patrimônio genético se degradando, ou seja, um Planeta doente, que compromete as gerações não nascidas (MILARÉ, 2004). Isso ocorre em virtude de uma sociedade de consumo, em prol do desenvolvimento desenfreado e da busca incessante do crescimento econômico. Diante desse quadro preocupante, a Declaração do Meio Ambiente de Estocolmo, realizada em junho de 1972, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, promovida pela ONU, trouxe um grande marco de transformação, pois chamou a atenção do mundo para a necessidade de um meio ambiente de qualidade para gerações presentes e futuras, tendo em vista a grave situação de degradação ambiental, em decorrência do modelo de 5

6 6 crescimento econômico, o que ficou consagrado em seus princípios primeiro e segundo, dentre dos 26 (vinte e seis) princípios formados, consoante: 1. homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de condições de vida adequadas em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita levar uma vida digna e gozar de bem-estar, tendo a solene obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras. A este respeito, as políticas que promovem ou perpetuam o apartheid, a segregação racial, a discriminação, a opressão colonial e outras formas de opressão e de dominação estrangeira são condenadas e devem ser eliminadas. 2. Os recursos naturais da terra incluídos o ar, a água, a terra, a flora e a fauna e especialmente amostras representativas dos ecossistemas naturais devem ser preservados em benefícios das gerações presentes e futuras, mediante uma cuidadosa planificação ou ordenamento. Assim, nota-se que os princípios da Declaração do Meio Ambiente, em Estocolmo, constituem prolongamento da Declaração Universal dos Direitos do Homem (SILVA, 2002, p. 58), além de influírem na elaboração de nossa Constituição Federal de 1988, acerca do capítulo próprio que trata sobre o meio ambiente Eco/Rio 92 Após a Declaração de Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento CNUMAD, reafirmou os princípios de Estocolmo e adicionou outros princípios referentes ao desenvolvimento sustentável e meio ambiente, em junho de 1992, no Rio de Janeiro, conhecida como Eco 92 ou Rio 92, que reuniu mais de 80% dos países do mundo. Esta Declaração, assegurou o direito ao desenvolvimento e o direito a uma vida saudável, conforme seu princípio primeiro: os seres humanos estão no centro das preocupações 6

7 7 com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza. A Rio 92 produziu cinco documentos acerca de seus compromissos específicos a defesa do meio ambiente, quais são: 1) Declaração do Rio de Janeiro, conhecida como Carta da Terra, em que havia 27 (vinte e sete) princípios referentes os desenvolvimento sustentável; 2) Declaração de Princípios sobre Florestas; 3) Convenção sobre Biodiversidade; 4) Convenção sobre o Clima; 5) Agenda 21. Dessa forma, a Rio 92 trouxe o desenvolvimento sustentável como meta, pois houve necessidade da conciliação entre o desenvolvimento, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida, ou seja, uma gestão racional dos recursos naturais. A importância da Estocolmo e da Eco 92 fica sob o ensinamento de Marcelo Abelha Rodrigues (2002, p. 46): A ampla informação acerca da tutela do meio ambiente, em Conferência Internacionais marcantes como Estocolmo/1972 e Rio/92, tem sido peça fundamental na divulgação e implementação do estudo do direito ambiental. A percepção deste fenômeno pode ser visualizada num número cada vez mais recente de normas ambientais, e, por assim dizer, estudos voltados para esta área que, segundo apontam os pesquisadores e estudiosos, é tida como uma das mais promissoras disciplinas no início de século. Destarte, a consciência da necessidade da tutela do meio ambiente, respaldado nessas duas conferências supramencionadas, demonstrou que a qualidade do meio ambiente prima pela qualidade de vida. 7

8 Evolução da legislação ambiental brasileira A primeira norma brasileira a tutelar ainda que de forma indireta o meio ambiente, foi o Código Civil de 1916, em que previa proteção de direitos privados na composição de conflitos de vizinhança, conforme destaques dos artigos 554 e 584, em que o primeiro atribuiu ao proprietário ou inquilino de um prédio o direito de impedir que o mau uso da propriedade vizinha pudesse prejudicar a segurança, o sossego e a saúde dos que o habitam, e o art. 584, que proibia construções capazes de poluir, ou inutilizar, para o uso ordinário, a água de poço ou fonte alheia, a elas preexistentes. Após o Código Civil surgem em nosso ordenamento normas mais específicas de proteção ambiental, quais sejam (MILARÉ, 2004): Regulamento de Saúde Pública Decreto , de ; Código Florestal Decreto , de ; Regulamento de Defesa Sanitária Vegetal Decreto , de ; Código de Águas Decreto , de ; Patrimônio Cultural: organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional Decreto-lei 25, de ; 8

9 9 Código de Pesca Decreto-lei 794, de ; Código de Minas Decreto-lei 1.985, de ; Código Penal Decreto-lei 2.848, de Mais recentemente, houve conscientização no sentido de elaborar-se normas diretamente preventivas, conforme (MILARÉ, 2004): Estatuto da Terra Lei 4.504, de ; Código Florestal Lei 4.771, de ; Proteção à Fauna Lei 5.197, de ; Código de Pesca Decreto-lei 221, de ; Código de Mineração decreto-lei 227, de ; Política Nacional de Saneamento Básico Decreto-lei 248, de ; Criação do Conselho Nacional de Controle da Poluição Ambiental Decreto-lei 303, de ; 9

10 10 Política Nacional de Saneamento, que revogou os Decretos-leis 248/67 e 303/67 Lei 5.318, de ; Lei 5.357, de Estabelece penalidades para embarcações e terminais marítimos ou fluviais que lançarem detritos ou óleo em águas brasileiras; Decreto-lei 1.413, de Controle da poluição do meio ambiente provocada por atividades industriais; Lei 6.453, de Responsabilidade civil por danos nucleares e responsabilidade criminal por atos relacionados com atividades nucleares; Criação de áreas especiais e locais de interesse turístico Lei 6.513, de ; Parcelamento do solo urbano Lei 6.766, de No início da década de 80, após Conferência de Estocolmo de 1972 com a conscientização que esta trouxe sobre a tutela ambiental, adveio normas de maior amplitude, maior proteção, destacando-se as seguintes: Lei da Política Nacional do Meio Ambiente Lei 6.938, de ; Lei de Ação Civil Pública Lei 7.347, de , instrumento processual específico para a defesa do ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, em 10

11 11 que "através dessa lei, as associações civis ganharam força para provocar a atividade jurisdicional e, de mãos dada com o Ministério Público, puderam em parte frear as inconseqüentes agressões ao ambiente. (MILARÉ, 2004, p. 120). Constituição Federal, de 1988, que tratou do meio ambiente em um capítulo próprio, bem como em outros vários artigos da Carta Magna; Lei dos Crimes Ambientais Lei 9.605, de , em que prevê sanções penais e administrativas aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Verifica-se que há várias normas brasileiras a tutelar o meio ambiente, porém, para o doutrinador Édis Milaré (2004), necessária seria a compilação das legislações ambientais, para não haver lacunas na gestão ambiental A nova Constituição Federal do Brasil A Constituição Federal de 1988, dedicou o capítulo VI, do título VIII, ao meio ambiente, isto é, inserido no título da Ordem Social; logo, trata-se de direito social do Homem. (SILVA, 2002, p. 50). A Carta Magna também tratou do meio ambiente em vários outros dispositivos, de forma direta ou indireta, consoante: art. 5º, incisos XXIII, LXXI, LXXIII; art. 20, incisos I, II, III, IV, V, VI, IX, X, XI e 1º e 2º; art. 21, incisos IV, XII, XXVI; art. 23, incisos I, III, IV, VI, VII, IX, XI; art. 24, incisos VI à VIII; art. 43, 2º, IV, e 3º; art. 49, incisos XIV, XVI; art. 91, 1º, 11

12 12 inciso III; art. 129, inciso III; art. 170, inciso VI; art. 174, 3º e 4º; art. 176 e ; art. 182 e ; art. 186; art. 200, incisos VII, VIII; art. 216, inciso V e 1º, 3º e 4º; art. 225; art. 231; art Em conseqüência, as legislações infraconstitucionais se aperfeiçoaram à luz da Carta Magna, sendo que o capítulo específico sobre o meio ambiente encontra-se inserido no art. 225 e seus parágrafos e incisos, que determina: Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.(constituição FEDERAL, 2005, p. 156). Verifica-se que o meio ambiente ecologicamente equilibrado passou a ser um direito do povo (MAGALHÃES, 1998, p. 59), e para assegurar este direito, incumbiu ao Poder Público e a coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. O que a Constituição fez foi criar uma categoria jurídica capaz de impor, a todos quantos se utilizem de recursos naturais, uma obrigação de zelo para com o meio ambiente (ANTUNES, 2004, p. 68). Assim, o meio ambiente sendo direito de todos e bem de uso comum do povo, não estaria incluído somente entre os bens públicos, mas também, entre os de domínio privado. (ANTUNES, 2004). Em suma, o art. 225, da CF, prevê que todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo este um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, com a obrigação do Poder Público e da coletividade em defender e preservar o bem ambiental, com o intuito de resguardar este direito as presentes e futuras gerações. 12

13 PRINCÍPIOS INTERNACIONAIS Princípio do desenvolvimento sustentável O princípio do desenvolvimento sustentável, surge durante a Conferência Mundial de Meio Ambiente realizada em Estocolmo, em 1972 e reafirmada na Conferência Rio 92. Porém, nossa Constituição Federal de 1988, com seu grande avanço, previu este princípio em seus arts. 170, VI e 225. Nas palavras de Sirvinskas (2003, p. 34) o princípio do desenvolvimento sustentável procura conciliar a proteção do meio ambiente com o desenvolvimento socioeconômico para a melhoria da qualidade de vida do homem. É a utilização racional dos recursos naturais não renováveis. O desenvolvimento sustentável tem por objetivo a coexistência harmônica entre economia e meio ambiente (FIORILLO, 2004, p. 25), ou seja, não deve desassociar desenvolvimento econômico com preservação ambiental, pois, o que deve existir é um crescimento econômico planejado, a fim de proteger o meio ambiente, satisfazendo as necessidades presentes, bem como garantindo um meio ambiente ecologicamente equilibrado para as futuras gerações. 13

14 Princípio do poluidor-pagador O princípio do poluidor-pagador surgiu com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE, na Recomendação do Conselho sobre os princípios orientadores relativos aos aspectos econômicos internacionais das políticas ambientais, em 1972 (RODRIGUES, 2002). Em 1992, na Conferência do Rio de Janeiro, foi estabelecido no princípio 16 o princípio do poluidor-pagador, in verbis: As autoridades nacionais devem esforçar-se para promover a internalização dos custos de proteção do meio ambiente e o uso dos instrumentos econômicos, levando-se em conta o conceito de que o poluidor deve, em princípio, assumir o custo da poluição, tendo em vista o interesse público, sem desvirtuar o comércio e os investimentos internacionais. O doutrinador Celso Antonio Pacheco Fiorillo (2004, p. 28) identifica no referido princípio duas órbitas de alcance: a) busca evitar a ocorrência de danos ambientais (caráter preventivo); e b) ocorrido o dano, visa sua reparação (caráter repressivo). No caráter preventivo, o poluidor fica responsável pelas despesas de prevenção aos danos ambientais que possa causar, já no caráter repressivo, ocorrido o dano ao meio ambiente, em virtude de sua atividade, o poluidor deverá fazer sua reparação. Cumpre ressaltar, que a responsabilidade civil em nosso ordenamento é objetiva, ou seja, independe da existência de culpa, pois basta a comprovação do dano e do nexo de causalidade 14

15 15 daquele com a causa do dano, para haver reparação ao meio ambiente, conforme previsto no art. 225, 3º, da CF e art. 14, 1º, da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81) Princípio da participação Nas palavras de Édis Milaré (2004, p. 140) [...] a resolução dos problemas do ambiente deve ser dada especial ênfase à cooperação entre o Estado e a sociedade, através da participação dos diferentes grupos sociais na formação e na execução da política ambiental. Mas como é sabido, a busca pela conscientização ambiental, além do dever de preservar e defender o meio ambiente, é de toda a coletividade e não somente do Poder Público, tem resultado a longo prazo, porém, quando essa conscientização é alcançada, criam-se bases sólidas que passarão de geração para geração. Sendo que para atingir esses objetivos, a Constituição Federal abraçou este princípio em seu art. 225, caput, determinando que é um dever do poder público e da coletividade proteger o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. Contudo, a implementação do princípio da participação, ocorre através da informação e a educação ambiental, pois este princípio só é possível de ser efetivado pela população se tiver informação ambiental e se for capaz de refletir sobre essa informação fazendo um juízo de valor consciente para tomar uma atitude em prol do meio ambiente. (RODRIGUES, 2002, p. 264), ou seja, da informação decorre-se uma educação ambiental capaz de formar uma consciência a favor do meio ambiente. 15

16 Informação ambiental O direito à informação está previsto no art. 5º, XXXIII, da Constituição Federal, pois o acesso à informação faz parte da democracia, por dar publicidade e transparência aos fatos ocorridos, permitindo-se assim, a participação e o controle da sociedade nos atos públicos, conforme leciona Edis Milaré (2004, p. 141): os cidadãos com acesso à informação têm melhores condições de atuar sobre a sociedade, de articular mais eficazmente desejos e idéias e de tomar parte ativa nas decisões que lhes interessam diretamente. Assim, a gestão ambiental praticada pelo Poder Público poderá ser controlada por todos, havendo participação da população mediante a informação, que assegurará a qualidade do meio ambiente Educação ambiental Conforme reiteradamente dito, para garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações, é necessário a conscientização ambiental, sendo a educação ambiental uma das formas de se alcançar tal conscientização, ou seja, a educação ambiental é mais um meio para se obter a consciência ecológica e um novo paradigma ético do homem em relação ao meio ambiente. (RODRIGUES, 2002, p. 263). A educação ambiental está prevista na Lei nº 6.938/81, em seu art. 2º, X, o que posteriormente, foi consagrado pela Constituição Federal, em seu art. 225, 1º, VI e hoje, com 16

17 17 tratamento específico na Lei 9.795/99, que estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental em seu art. 6º, nas palavras de Celso Antonio Pacheco Fiorillo (2004, p. 42): Definiu-se a educação ambiental como processos pelos quais o indivíduo e a coletividade constróem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial e permanente da educação nacional que deve estar presente, de forma articulada, em caráter formal e não formal. O caráter formal vem previsto no art. 9º, da Lei 9.795/99, em que a educação ambiental deverá ser desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino público e privada, englobando educação básica, superior, especial, profissional e de jovens e adultos. O caráter não formal previsto no art. 13, da referida Lei, determina que entende-se por educação não-formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilidade da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente. Diante do exposto, percebe-se que através da educação ambiental, por ser um instrumento de efetivação menos custoso e mais sólido, pode-se alcançar a preservação ambiental, pois predominará a formação dos valores sociais em relação ao meio ambiente Princípio da prevenção Pelo fato de muitas vezes, o dano ambiental ser irreversível e irreparável, o princípio da prevenção tornou-se essencial ao direito ambiental, consubstanciando-se como seu objetivo fundamental (FIORILLO, 2004, p. 37), não podendo a humanidade e o próprio Direito 17

18 18 contentar-se em reparar e reprimir o dano ambiental. A degradação ambiental, como regra, é irreparável (FIELMANN apud MILARÉ, 2004, p. 145). Este princípio está inserido no art. 225, caput, da CF, sendo o Poder Público e a coletividade tem o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. Para Fiorillo (2004, p. 37) a prevenção e a preservação devem ser concretizadas por meio de uma consciência ecológica, a qual deve ser desenvolvida através de uma política de educação ambiental. O princípio da prevenção está presente em dois instrumentos: administrativos e jurisdicionais. O primeiro encontra-se por meio de licenciamento ambiental, sanções administrativas dentre outros, já os jurisdicionais, são os ajuizamentos de ações em caráter preventivo, como a ação civil pública e a ação popular Princípio da ubiqüidade De acordo com os demais princípios acima estudados, o princípio da ubiqüidade também visa tutelar a qualidade de vida, bem como o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, em que a poluição e a degradação ambiental não encontram fronteiras e não esbarram em limites territoriais (FIORILLO, 2004, p. 43), por isso, a preservação ambiental deve ter uma atuação globalizada, assim, o princípio da ubiqüidade exige que em matéria de meio ambiente exista uma estreita relação de cooperação entre os povos, fazendo com que se 18

19 19 estabeleça uma política mundial ou global para sua proteção e preservação. (RODRIGUES, 2002, p. 134). Tal princípio também prevê que as normas ambientais devem ser obedecidas pelos direitos de natureza privada, conforme nos ensina Marcelo Abelha Rodrigues (2002, p. 135): Assim, faz-se necessário que todo e qualquer empreendimento ou atividade, utilização da propriedade e o exercício das liberdades individuais, tout court, devam, primeiro, e antes de tudo, consultar as limitações e regras inibitórias ditadas pelo direito ambiental. É nesse diapasão que se situa a exigência constitucional da função social da propriedade e das avaliações prévias de impacto ambiental para toda obra que seja potencialmente degradante do meio ambiente. Dessa forma, percebe-se que a função social da propriedade está diretamente relacionada com a preservação do ambiente, uma vez que o direito à propriedade não pode mais só atender ao interesse particular, mas sim o interesse de toda a coletividade, já que o meio ambiente resguarda o direito à vida. 1.3 BEM AMBIENTAL Natureza jurídica Devido a massificação, criou-se um abismo entre o direito público e o direito privado, pois os conflitos tornaram-se coletivos, e não mais individuais. Tais conflitos são conhecidos como interesses transidividuais ou metaindividuais, pois há interesse de um, e ao mesmo tempo, de todos, denominando-se bens de natureza difusa. 19

20 20 Diante do supramencionado, conclui-se que o bem ambiental é um bem difuso, porque não há como identificar o seu titular e seu objeto é insuscetível de divisão. Cite-se, por exemplo, o ar. (SIRVINSKAS, 2003, p. 31). Sensível a esses fatos, a Constituição Federal em seu art. 225, definiu o bem ambiental como uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, em que para atingir esses dois fatores, necessário que se garanta o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, art. 1º, III, da CF, pois consoante dizer de Luís Paulo Sirvinskas (2003, p. 31), para que a pessoa possa ter uma qualidade de vida digna é necessário que lhe seja assegurado o direito ao trabalho, à educação, à saúde, à segurança, ao lazer, à previdência social, à proteção à maternidade e à infância, à assistência aos desamparados, com fulcro no art. 6º da CF. Contudo, foi a Lei nº 8.078/90 em seu art. 81 (Código de Defesa do Consumidor), quem definiu os direitos metaindividuais (direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos), em virtude da nova Carta Magna Classificação do meio ambiente É unitário o conceito de meio ambiente, em que não se busca estabelecer divisões, até mesmo porque isso seria um empecilho à aplicação da efetiva tutela, no entanto, busca-se a divisão do meio ambiente em aspectos que o compõem para facilitar a identificação da atividade degradante e do bem imediatamente agredido (FIORILLO, 2004). Ainda acrescenta Celso Antonio Pacheco Fiorillo (2004, p. 20), in verbis: 20

21 21 Não se pode perder de vista que o direito ambiental tem como objeto maior tutelar a vida saudável, de modo que a classificação apenas identifica o aspecto do meio ambiente em que valores maiores foram aviltados. E com isso encontramos pelo menos quatro significativos aspectos: meio ambiente natural, artificial, cultural e do trabalho (grifo nosso). Conclui-se portanto, que para uma maior didática, o meio ambiente classifica-se em: natural, artificial, cultural e trabalho, sendo cada um destes desenvolvidos logo abaixo Meio ambiente natural O meio ambiente natural é o aspecto mais importante, visto que é o que protege todas as formas de vida, inclusive o homem, e os demais aspectos (artificial, cultural e trabalho), ou seja, são os que protegem a qualidade de vida do ser humano em primeiro lugar. O meio ambiente natural é composto pelo solo, subsolo, ar atmosférico, águas superficiais e subterrâneas, estuários, mar, flora, fauna, elementos da biosfera, todos conforme previsto no art. 3º, inciso V, da Lei n.º 6.938/81 Política Nacional do Meio Ambiente. A Constituição Federal, por sua vez, tutelou mediatamente o meio ambiente natural em seu art. 225, caput, e imediatamente pelo art. 225, 1º, I e VII 1. 1 Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; VII proteger a fauna e a flora, vedadas na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais em crueldade. 21

22 Meio ambiente artificial Meio ambiente artificial é a transformação do homem sobre a natureza, pois nos espaços naturais foram construindo os espaços urbanos, que consiste no conjunto de edificações, chamado de espaço urbano fechado, como os edifícios, casa etc., e pelos equipamentos públicos, chamado de espaço urbano aberto, como as praças, ruas, avenidas etc. O ambiente artificial se alastra cada vez mais e altera substancialmente a fisionomia do Planeta. A cada dia que passa a Terra torna-se diferente e mais artificializada. (MILARÉ, 2004, p. 293), por isso, encontra-se fundamento legal para tutelar o meio ambiente artificial na esfera federal, estadual e municipal, tais como: art. 21, XX e IX; art. 25, 3º; art. 30, VIII; art. 182, caput e 1º, todos da CF, além das legislações infraconstitucionais, como o Estatuto da Cidade, Lei n.º / Meio ambiente cultural No art. 216, da CF, observa-se o conceito de meio ambiente cultural, in verbis: Art Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I as formas de expressão; II os modos de criar, fazer e viver; III as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 2005, p. 151). 22

23 23 O patrimônio cultural é de suma importância, porque é a referência à identidade e à memória de diferentes povos, em que formam a sua cultura Meio ambiente do trabalho de forma clara: O conceito de meio ambiente do trabalho restou para Fiorillo (2004, p. 22), o qual expôs Constitui meio ambiente do trabalho o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independente da condição que ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores de idade, celetistas, servidores públicos, autônomos etc.). Tal direito veio consagrado no art. 200, VIII, da Constituição Federal, in verbis: Art Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: (...) VIII colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.(constituição FEDERAL, 2005, p. 143). Assim, pelo fato do trabalhador em seu ambiente de trabalho estar exposto a agentes nocivos a saúde, como gases, poeiras, ruídos entre outros, veio o direito proteger sua qualidade de vida e repelir aquilo que prejudica a saúde, o bem-estar e a segurança do trabalhador, ressalvando-se que ambiente de trabalho entende-se por locais abertos ou fechados, visto que todos tem direito ao meio ambiente do trabalho sadio. O capítulo acima exposto, possibilitou verificar a importância do meio ambiente para toda a coletividade no aspecto de qualidade de vida em harmonia com o desenvolvimento 23

24 24 sustentável, com a cultura, com o ambiente de trabalho, bem como as alterações das áreas naturais em construções urbanas, o que tornou necessário estabelecer unidades de conservação para preservar o meio ambiente, tema este desenvolvido no capítulo a seguir. 24

25 25 2 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Morrer é uma coisa; o fim do nascer é algo bem diferente 2. Tomando como fundamento esta supra frase simples e curta, mas com grande significado, é que este capítulo busca apresentar os conceitos e as características das unidades de conservação previstas na Lei 9.985/00, que trata do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC. 2.1 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS Com base na Constituição Federal de , em 18 de julho de 2000, foi instituído o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC, através da Lei Por esta Lei adveio o conceito de unidade de conservação, in verbis: Art. 2º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.(coletânea DE LEGISLAÇÃO DE DIREITO AMBIENTAL, 2004, p. 873). 2 SOULÉ apud BENJAMIN, 2001, p Art. 225, 1º, inc. III definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção. 25

26 26 Sobre a denominação dada a unidade de conservação, o Prof. Antônio Herman Benjamin (2001, p. 288) leciona: Não se trata de uma opção vernacular aleatória ou acidental do legislador de 1988, que, nesse ponto, seguiu o standard científico apropriado, segundo o qual conservação não é gênero, muito menos gênero do qual preservação seria espécie. Muito contrário, conservação é ela própria modalidade (=espécie) de proteção especial da natureza, contrapondo-se à preservação : esta como garantia integral da biota; aquela, mais flexível, contentando-se em impor certos requisitos à exploração, dita sustentável, dos recursos naturais. Por isso mesmo, a Convenção da Biodiversidade, na linha da Constituição Federal, prefere reportar-se a espaços protegidos, esse, sim, expressão-gênero, sob a qual se incluem conservação e preservação. Superada esta análise e retornando a Lei do SNUC, podemos destacar cinco pressupostos para configurar a unidade de conservação, quais sejam: relevância natural, oficialismo, delimitação territorial, objetivo conservacionista, regime especial de proteção e administração. No sistema da Lei 9.985/2000, relevância natural é uma noção de fundo ecológico e não juízo prisioneiro da percepção ou apreciação humana (BENJAMIN, 2001, p. 292), pois as unidades de conservação não visam preservar somente as belezas paisagísticas, mas também, almeja-se manter e restaurar a biodiversidade, proteger espécies ameaçadas de extinção, assim como as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural e os recursos hídricos e edáficos (BENJAMIN, 2001, p. 292). O oficialismo refere-se a necessidade de declaração normativa expressa para a criação das unidades de conservação, porque estas não são um fenômeno espontâneo, e sim, são instituídas pelo Poder Público, em procedimento solitário (na maioria das vezes) ou complexos, 26

27 27 mediante cooperação com o particular (=RPPNs, Reserva Legal e Servidão Florestal) (BENJAMIN, 2001, p. 293). A delimitação territorial está ligada a territorialidade definida ou individualização espacial e não à extensão territorial, porque o que se objetiva com a unidade de conservação é proteger uma área individualizada, devido suas características relevantes para o equilíbrio ecológico, sendo que essa identidade própria que, ao separar a Unidade de Conservação do seu entorno, possibilita e viabiliza uma conservação diferenciada (BENJAMIN, 2001, p. 295). O objetivo conservacionista está relacionado ao fato das unidades de conservação assegurarem a integridade e a função ecológica da flora, fauna e habitats, conforme a Constituição Federal. Por fim, exatamente por essas características relevantes, a unidade de conservação necessita de uma proteção efetiva, especial, inclusive mediante aplicação de regras processuais e materiais na esfera civil, administrativa e penal Objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC exposto: Os objetivos da Lei 9.985/00 encontram-se definidos em seu art. 4º, conforme infra I contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; II proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; 27

28 28 III contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; IV promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; V promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; VI proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica; VII proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; VIII proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; IX recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; X proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; XI valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; XII favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; XIII proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. (COLETÂNEA DE LEGISLAÇÃO DE DIREITO AMBIENTAL, 2004, p. 874). Para sintetizar estes objetivos expostos, de forma sucinta, conforme Benjamin (2001, p. 298) expõe, a experiência internacional reconhece quatro finalidades principais às unidades de conservação: conservação da natureza, aproveitamento (gozo) público, pesquisa científica e uso econômico sustentável de seus componentes, posto que, primeiramente, nenhum ser vivo consegue sobreviver sem seu habitat natural, porém, por outro lado, é necessário o aproveitamento do público, através de atividades de lazer, bem como o desenvolvimento da pesquisa científica e o uso econômico sustentável, devido a impossibilidade de se manter todas as áreas naturais intactas e ao mesmo tempo a vida econômica da população Classificação As unidades de conservação podem ser públicas, como a maioria, ou privadas, como, especialmente, a Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN. 28

29 29 Ademais, as unidades de conservação podem ser federais, estaduais ou municipais, conforme art. 3º, da Lei do SNUC. E para atender os objetivos perseguidos pela Lei, as unidades de conservação que integram o SNUC, dividem-se em dois grandes grupos, com características específicas (MILARÉ, 2004, p. 246): Unidades de Proteção Integral (proibição de uso econômico direto); Unidades de Uso Sustentável (possibilidade de uso econômico direto). Todavia, existe uma modalidade de conservação não prevista nestes dois grupos de unidades de conservação, mas encontra-se previsto no art. 41 da Lei do SNUC, qual seja, a Reserva da Biosfera Criação, transformação, ampliação, desafetação ou redução das unidades de conservação Conforme prevê o art. 22, caput, da Lei 9.985/00, as unidades de conservação serão criadas por ato do Poder Público, ou seja, podem ser criadas por lei ou decreto. No entanto, a alteração ou supressão desses espaços só pode ser feita por lei, mesmo se criados, delimitados e disciplinados por decreto (MILARÉ, 2004, p. 261), pois a Constituição Federal (art. 225, 1º, III) e a Lei do SNUC (art. 22, 7º), estabelecem, respectivamente, que a alteração e a supressão 29

30 30 das unidades de conservação são permitidas somente através de lei, bem como, a desafetação ou redução dos limites de uma unidades de conservação só pode ser feita mediante lei específica. Assim, Benjamin (2001, p. 305) nos ensina: De toda sorte, só por lei específica, acrescenta a Lei nº pode uma unidade de conservação ser desafetada ou reduzida. Trata-se, aqui, de lei em sentido estrito. E veja-se: não é uma lei qualquer, mas lei que, específica e exclusivamente, aborde a matéria. Vale dizer, mesmo que criadas por decretos ou resoluções, mandam a Constituição e a Lei nº 9.985/2000 que eventuais modificações de unidades de conservação sejam permitidas somente através de lei. Contudo, não depende de lei o simples ato administrativo que, vincula à norma legal que disciplina determinado espaço territorial protegido, decide sobre obras ou atividade a serem nele executadas (MILARÉ, 2004, p. 262). Já a transformação e a ampliação, ambos, conforme art. 22, 5º e 6º, da Lei 9.985/00, podem ser feitos por instrumento normativo do mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos os procedimentos de consulta estabelecidos no 2º deste artigo, ou seja, a criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de estudos técnicos e consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade Desapropriação direta e indireta As Unidades de Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável, podem ser de domínio público ou privado. Ocorre que algumas categorias que compõem estas duas unidades, 30

31 31 como: a Estação Ecológica, a Reserva Biológica, o Parque Nacional, pertencentes as Unidades de Proteção Integral, e, a Floresta Nacional, a Reserva Extrativista e a Reserva de Fauna, pertencentes as Unidades de Uso Sustentável, devem ser obrigatoriamente de domínio público, em que as áreas privadas a serem protegidas em seus limites, devem ser desapropriadas. No entanto, há duas categorias pertencentes as Unidades de Proteção Integral (Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre) e quatro categorias pertencentes as Unidades de Uso Sustentável (Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural), que aceitam a dominialidade privada, em decorrência ora da flexibilidade do regime ambiental implantado, ora do caráter espontâneo de sua criação pelo próprio particular (BENJAMIN, 2001, p. 314). Ressalvando-se que a Lei permite que o Monumento Natural e o Refúgio de Vida Silvestre sejam constituídos por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários, consoante nos arts. 12, 1º e 13, 1º, da Lei do SNUC. Todavia, havendo incompatibilidade entre os objetivos acima expostos ou não havendo concordância do proprietário, a área deve ser desapropriada. Para melhor compreensão, importante expor o ensinamento de Antônio Herman Benjamin (2001, p. 314), in verbis: 31

32 32 Portanto, a lei parece elencar duas situações onde o Estado está obrigado a expropriar. Na verdade, não estamos diante de hipóteses alternativas, mas simplesmente cumulativas, pois sem a oposição do proprietário não há que se falar em desapropriação, conquanto sua concordância, expressa ou tácita como se dá na RPPN -, desqualifica o dever de desapropriar. Assim, para que o Estado seja obrigado a indenizar o proprietário devem estar presentes, simultaneamente, duas situações fáticas. Primeiro, a incompatibilidade entre os objetivos da unidade e os usos atuais e legítimos da área. Segundo, a oposição do proprietário ao regime de uso decorrente da transformação da sua gleba em unidade de conservação. Assim, verifica-se que a área a ser protegida deve estar compatível a atividade privada nela desenvolvida, bem como deve haver a aquiescência do proprietário, nos termos dos 2º, do art. 12 e 2º, do art. 13, da Lei do SNUC. 2.2 ASPECTOS LEGAIS Constituição Federal A forma de criação das unidades de conservação, função esta incumbida ao Poder Público, encontra-se prevista no art. 225, 1º, III, da Constituição Federal, qual seja: III definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.(constituição FEDERAL, 2005, p. 156). Espaços territorias no entender de Édis Milaré (2004, p. 233) são: [...] espaços geográficos, públicos ou privados, dotados de atributos ambientais relevantes, que, por desempenharem papel estratégico na proteção da diversidade biológica existente no território nacional, requerem sua sujeição, pela lei, a um regime de interesse público, através da limitação ou vedação do uso dos recursos ambientais da natureza pelas atividades econômicas. 32

33 33 Contudo, há áreas protegidas diretamente pela Constituição Federal, consideradas como Patrimônio Nacional, quais sejam: a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-grossense e a Zona Costeira, consoante no art. 225, 4º Legislação Infraconstitucional (anterior e posterior a Lei nº 9.985/00) O Parque Nacional de Itatiaia, criado em , através do Decreto 1.713, foi quem instituiu o primeiro parque nacional brasileiro, baseado no Código Florestal de Logo após, em 1965, surgiu a Lei nº 4.771, que instituiu o novo Código Florestal, estabelecendo novos critérios para o estabelecimento de áreas protegidas (ANTUNES, 2004, p. 626), previsto em seu art. 5º. Igualmente, sobre os espaços territoriais especialmente protegidos, havia o art. 5º, da Lei 5.197, de (Código de Proteção à Fauna), bem como o art. 18, da Lei 6.938, de (Política Nacional de Meio Ambiente), todos os artigos supramencionados, foram expressamente revogados pelo art. 60, da Lei 9.985, de (SNUC). A Lei 9.985/00 estabeleceu as unidades de conservação, regulamentando o art. 225, 1º, incisos I, II, III e VII, da Carta Magna, o que torna notável o grande estímulo da Constituição Federal de 1988 para a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, em que mediante a edição de tal lei, o legislador ordinário buscou harmonizar as diferentes unidades de conservação existentes no ordenamento jurídico brasileiro (ANTUNES, 2004, p. 628). 33

34 /00. Em seguida, o Decreto 4.340, de 22 de agosto de 2002, veio regulamentar artigos da Lei 2.3 CLASSIFICAÇÃO Unidades de Proteção Integral De acordo com o conceito do ilustre doutrinador Édis Milaré (2004, p. 246): São aquelas que têm por objetivo básico preservar a natureza, livrando-a, quanto possível, da interferência humana; nelas, como regra, só se admite o uso indireto dos seus recursos, isto é, aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais, com exceção dos casos previstos na própria Lei do SNUC. O grupo das Unidades de Proteção Integral composto das seguintes categorias de unidades de conservação, conforme art. 8º, da Lei n.º 9.985/00, in verbis: a) Estação Ecológica; b) Reserva Biológica; c) Parque Nacional; d) Monumento Natural; e e) Refúgio da Vida Silvestre. De forma sucinta serão conceituadas as categorias acima expostos, conforme a seguir Estação Ecológica A Estação Ecológica tem por objetivo além do que previsto no art. 4º, da Lei do SNUC 4, a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas, consoante disposto do art. 9º, da 4 Ver tópico 1.1 do Capítulo II. 34

35 35 Lei supramencionada. Ressalvando-se que a Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, dada a sua característica de intocabilidade (ANTUNES, 2004, p. 638), tanto que as áreas particulares incluídas em seus limites deverão ser desapropriadas Reserva Biológica A Reserva Biológica estava prevista no art. 5º, do Código Florestal que foi expressamente revogado pelo art. 60 da Lei do SNUC, a qual previa, em seu art. 10, que o objetivo desta unidade de conservação é a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. Também são de posse e domínio público, devendo as áreas particulares serem desapropriadas, visto que a destinação da Reserva Biológica é incompatível com a propriedade privada Parque Nacional No Brasil o primeiro Parque Nacional foi o de Itatiaia, no Estado do Rio de Janeiro, em 1937, criado através do Decreto nº 1.713, de 14 de junho de 1937, com fundamento no Código 35

36 36 Florestal de , constituindo-se a mais antiga e popular modalidade de unidade de conservação (MILARÉ, 2004, p. 249). Com o advento da Lei 9.985/00, o Parque Nacional teve por objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico, conforme previsto no art. 11. Assim observa-se que a finalidade dos parques é múltipla, pois servem tanto ao estudo científico quanto ao lazer (ANTUNES, 2004, p. 641), e para tanto, são estabelecidos em áreas públicas, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal (art. 11, 4º, da Lei do SNUC) Monumento Natural O Monumento Natural é unidade de conservação que visa preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica (art. 12, da Lei do SNUC), em que poderia ter sido classificado entre as unidades de uso sustentável (MILARÉ, 2004, p. 250), pois pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade 5 Ver tópico 2.2 do capítulo II. 36

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