A Situação Atual dos Empreendimentos com Barragens no Brasil 2014 Flavio Miguez de Mello. Fotografia colhida do rio Amazonas
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1 A Situação Atual dos Empreendimentos com Barragens no Brasil 2014 Flavio Miguez de Mello Fotografia colhida do rio Amazonas
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3 Território Brasileiro 8,5 x 106 Km2 4 latitude N a 33 latitude S 40 longitude W a 75 longitude W Diferenças acentuadas : Precipitações Clima Insolação Recursos hídricos Relevo Geologia Vegetação Descargas específicas: Vertente sudeste das serras do Mar e da Mantiqueira: 45 l/s.km2 Amazônia: 35 l/s.km2 Outras regiões: 12 l/s.km2 a 25 l/s.km2 Polígono das secas: 3 l/s.km2
4 Brasil até os anos cinqüenta Arquipélago Bitolas ferroviárias Freqüências
5 Final do século XIX e início do século XX Nordeste: Obras contra as secas Sul e Sudeste: Hidroelétricas
6 POLÍGONO DAS SECAS Evaporação e evapotranspiração atinge 92% do volume das precipitações Primeira seca: secas no século XVIII, 12 no século XIX e 18 no século XX. Grande Seca de 1877 a 1879 Maior catástrofe natural no Brasil Rios intermitentes no Nordeste exceções: São Francisco e Parnaíba Transposição do rio São Francisco Idealizada no Império
7 Em 1859 o navio Esplendide em Fortaleza: 14 Camelos D. Pedro II comissão em 1880 Construção de açudes e de estradas Primeiro açude: Cedro em IOCS 1919 IFOCS DNOCS
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10 Secas de 1915 a 1932 Solução campos de concentração Em 1922 corte de verbas pelo presidente Arthur Bernardes Em 1926 Washington Luiz dá prosseguimento à inanição A meta síntese de JK e o colapso de Orós Açude Cocorobó: enterrando o passado negro? SUDENE: Leviandade na campanha contra açudes Jânio Quadros: Caça as bruxas, interrupção de açudes particulares João Goulart: DNOCS vira autarquia sob a SUDENE Revolução de 1964: Coronéis assumem, DNOCS em ociosidade
11 José Sarney: Irrigação de um milhão de hectares Acaba a reserva de mercado da consultoria FHC: Extingue o DNOCS em 01/01/1999 DNOCS ressuscita em maio de 1999 Barragem do Castanhão (a última obra) Extinção da SUDENE em 2001 Lula : SUDENE ressuscita em 2007 Anos 50: funcionários no DNOCS Obras com recursos humanos próprios 2010: funcionários no DNOCS aposentados e pensionistas Colapso de vários açudes particulares, estaduais e do INCRA
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19 HIDROELÉTRICAS Primeira produção de energia elétrica: Escola Central em 1857 Presença de D. Pedro II Primeira Hidroelétrica: Ribeirão do Inferno em 1883 Segunda Hidroelétrica: rio Macacos em 1887 Primeira Hidroelétrica para Serviço Público: Marmelos 1889 Primeira Grande Barragem: Edgard de Souza em 1901 Disseminação de Pequenas Hidroelétricas Privadas
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22 Do século XIX até 1934: concessões pelos municípios/estados Interesses de indústrias e concessionárias 1934: Código de Águas e cancelamento da Cláusula Ouro Desestímulo de investimentos privados Inexistência de investimentos públicos Crises no fornecimento de energia Contenção da demanda Crise econômica Anos 40: Início dos investimentos de alguns estados O DNOS 1940 A CHESF 1945 (oposições) Anos 50: Forte retração econômica Investimentos estaduais: São Paulo, Minas Gerais e Paraná FURNAS (oposição)
23 Anos 60: Concentração em grandes empreendimentos A verdade tarifaria Anos 70: Concentração em grandes empreendimentos Anos 80: Controle de tarifas Crise das concessionárias Desmonte da engenharia Verba de desmobilização Anos 90: Extinção do DNOS (Collor) Estagnação do setor elétrico As PCHs Modelo do mercado (FHC) Agências reguladoras: ANEEL e ANA (FHC) Operador Nacional do Sistema (FHC) Empresa de pesquisas energéticas (Lula) Novo modelo (Lula)
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36 Evolução Últimos 36 anos: População brasileira cresceu 81% Consumo de energia cresceu 646% Consumo de energia: Países IDH alto: kwh/ano Brasil: kwh/ano
37 Novas hidroelétricas estruturantes Predominantemente na Amazônia Fora de áreas indígenas Potencia total MW Reservatórios menos de 1% da área Operação a fio d água
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39 A Situação Atual dos Empreendimentos com Barragens no Brasil 2014 Flavio Miguez de Mello Vazão m³/s
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41 AHE Belo Monte Queda natural do rio Xingu: 93m Variação da potência média: 1.000MW a MW Fator de capacidade: <40% Área do reservatório: 500km2 Orçamento na licitação: R$28,9 bilhões Valor das mitigações ambientais: R$3,9 bilhões Valor da renúncia energética: R$3 bilhões/ano
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45 Planejamento do setor elétrico para os próximos 10 anos A capacidade hidroelétrica deve crescer 61% A capacidade de regularização sem crescimento Se eólicas e hidroelétricas a fio d água continuarem a ser instaladas, a emissão de CO2 nos próximos 10 anos aumentará 230% por cada MWh consumido (PRS)
46 Produção de hidroelétricas em 2012 China Brasil Canadá USA 694 TWh 403 TWh 376 TWh 328 TWh Percentagem da produção hidroelétricas na matriz em 2012 Noruega Brasil Canadá Outros 95,3% 80,2% 62,0% <16%
47 Resoluções do Conselho Nacional de Política Energética - CNPE Antes de março de 2013: consumidores pagavam os encargos Depois de março de 2013: Metade dos encargos vai para o preço de liquidação das diferenças PLD Metade dos encargos vai para consumidores, geradores e comercializadores Os contribuintes pagam pelos consumidores.
48 Período hidrológico crítico no SIN meses 6,2 meses 5,7 meses 4,7 meses 3,5 meses
49 Sistema Interligado Nacional Confiabilidade Ocorrências nos últimos 3 anos: 200 grandes apagões/ano Brasileiro médio ficou apagado por 18,5 horas/ano Segurança do suprimento Despacho contínuo, dispendioso e poluente das termoelétricas. Boa vontade de São Pedro. Planejamento de expansão Necessidade de adicionar MW/ano.
50 Custo do despacho das termoelétricas Ano Valor em bilhões de reais , , ,
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52 Evolução de populações indígenas Waimiri Atroari (UHE Balbina) índios índios índios Awaete Parakanã (UHE Tucuruí) índios índios índios
53 A energia elétrica no Brasil vem predominantemente da gravidade e da incidência solar Reservatórios de hidroelétricas armazenam água, vento, biomassa e insolação
54 SÉCULO XXI IRRIGAÇÃO Concentração na derivação do rio São Francisco NAVEGAÇÃO Abandono tradicional Projeto de lei SANEAMENTO Situação caótica nos grandes centros Situação caótica em 55% dos municípios Investimentos necessários até 2015: R$ 72 Bilhões
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56 SÉCULO XXI REJEITOS Em alta 700 barragens em Minas Gerais 150 barragens em outros estados Rejeitos de urânio Germano 170m de altura CONTROLE DE CHEIAS Cheias não controladas Municípios sem recursos Fenômeno abrangente
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59 SÉCULO XXI HIDROELÉTRICAS Impostos e taxas: construção 45% consumo 80% Perdas de 15% a 17% Energia mais cara do mundo Apagões freqüentes Tendência a re-estatização Dificuldades de aprovação Dificuldades de licenciamento ambiental Carência de regularização hidráulica
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66 Situação Atual do Setor Elétrico Drástica redução de receita do Grupo Eletrobras (MP579); Má utilização da CCEE; Aparelhamento da agências reguladoras; Dificuldades de aprovação de projetos; Imposição de encargos às geradoras; Comprometimento financeiro das distribuidoras; Sobrecustos das obras de geração; Imposição de participação de Fundos de Pensão; Alongamento da implantação de Angra 3; Não cumprimento de pactos ambientais; Não utilização racional e econômica de energia; Dificuldades de obtenção de licenciamentos ambientais; Atividades nocivas de movimentos sociais ; Falhas de planejamento; Deficiências de leilões de energia e de transmissão; Carência de lógica nas regras para leilão de energia.
67 Obrigado
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