Alto-contraste Laboratório de Fotografia em Filme Gráfico
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- Leonardo Faria Amado
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1 Alto-contraste Laboratório de Fotografia em Filme Gráfico por Rochele Zandavalli Todos os direitos reservados a Fluxo - Escola de Fotografia Expandida
2 Alto-contraste Laboratório de Fotografia em Filme Gráfico A transposição das cenas captadas em nosso cotidiano para o universo da fotografia em Preto e Branco acarreta mudanças extremas nas características visuais das imagens produzidas. Isto devido à própria supressão das cores, mas também por causa da adequação das formas, grafismos, texturas, luminâncias, e outros valores imagéticos gerados pelo material fotossensível, e percebidos nos resultados obtidos. Estas transmutações podem ser ainda mais intensas e utilizadas como meio expressivo, ao constituírem-se como elementos de força e distanciamento entre a representação gráfica e a realidade imposta. Para este workshop de Processos Especiais em Fotografia Preto e Branco, a técnica de alto-contrate à partir do uso de filme gráfico, em voga nos anos 70 e utilizado na construção de diversas peças gráficas, foi eleita como meio de alcançar esta força para as imagens obtidas e estas transmutações frente à realidade cotidiana. O processo de altocontraste com filme gráfico orthocromático transforma uma fotografia de tons contínuos (que apresenta tons de cinza) em uma imagem em tons de preto e branco puros. Isto acontece porque estes filmes registram todos os meiostons como transparentes ou pretos densos. Orthocromático significa que a película não é sensível ao vermelho, portanto os elementos desta cor aparecerão totalmente pretos quando trabalhados com este tipo de filme. O resultado final se parece com o da serigrafia fotográfica, pois os nuances são suprimidos. O inconveniente desta técnica é que filmes de alto-contraste estão cada vez mais em desuso e, portanto, são cada vez mais raros. O filme que usaremos em nosso workshop será o Orthocromático UR da marca IBF, que existe tanto em rolo 35mm, quanto em folhas de tamanhos variados. Como estes filmes são pouco sensíveis (ISO muito baixo) e têm uma latitude de exposição pequena, consegue-se obter maior definição de detalhes se, ao invés de utilizarmos ele diretamente na câmera para a obtenção de fotografias, trabalharmos a partir de negativos de contraste normal. Através das etapas descritas a seguir, conseguiremos obter o resultado do alto-contraste.
3 Pessoalmente, eu gosto da escala tonal da fotografia analógica, do modo como ela parece encobrir tudo atrás de uma camada de prata que imprime profundidade no meu filme, pode-se ter a sensação de que a gelatina já foi viva uma vez e que ela emana vida orgânica. Eu não acho que as imagens digitais alcançaram a mesma profundidade ainda, vi muita arte digital surpreendente, mas, subjetivamente falando, não serve para mim nem para os meus gostos específicos. E eu gosto de sujar minhas mãos também! Ellen Rogers
4 Estrutura do Curso Dia 1 - A linguagem fotográfica em P&B; alguns dos grandes mestres - Materiais fotossensíveis em P&B: papéis, filmes e outros suportes - Apresentação do material escolhido: filme gráfico UR, suas características, manuseio e modos de processamento em laboratório - A fotografia em alto-contraste: Lillian Bassman Dia 3 - Revelação e processamento correto dos filmes obtidos em laboratório P&B Dia 5 - Ampliação e processamento correto das cópias em papel fotográfico P&B Dia 2 - Saída Fotográfica para obtenção das imagens em grupo, com câmeras analógicas 35mm Dia 4 - Ampliação e processamento correto dos filmes gráficos UR em laboratório P&B Dia 6 - Finalização das ampliações em papel fotográfico P&B e apresentação dos trabalhos para o grupo, análise, debate e avaliação compartilhada dos resultados gráficos obtidos. Debate proposto: a escolha técnica e suas consequências estéticas e conceituais
5 Professores Rochele Zandavalli Em 2012, Rochele concluiu o Mestrado em Poéticas Visuais pelo PPGAV do Instituto de Artes da UFRGS. Nesta mesma instituição, se formou em Artes Visuais e participa do projeto de pesquisa em Fotoquímica do Núcleo de Fotografia. Atualmente leciona cursos de fotografia junto à UFRGS e Unisinos. Artista especializada em processos artísticos em fotografia analógica, Rochele já participou de exposições e mostras como as coletivas Labirintos da Iconografia, no MARGS em 2011; Panorâmica, na Usina do Gasômetro em 2009; Sobreimagem, na Galeria Ecarta em 2007; 14th International Athens Month of Photography, na cidade de Atenas, em Em mostras individuais, apresentou OCULTO na Galeria Lunara na Usina do Gasômetro, em 2009, e Rever, no Santander Cultural em Sua produção inclui, além da fotografia, trabalhos em pintura, serigrafia, gravura e videoarte. Possui obras na Coleção Joaquim Paiva de Fotografia em comodato com o MAM/RJ, no acervo do MARGS e MAC/RS. Suas imagens podem ser vistas em:
6 Investimento Formas de pagamento: Pagamento à vista até o 8º dia antes do início do curso: R$522,00 Pagamento a partir do 8º dia antes do início do curso: R$580,00 Parcelamos em até 6x, consulte-nos para saber os valores
7 Fluxo Escola de Fotografia Expandida Rua Tomaz Flores, Porto Alegre/RS
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