Palavras-Chave: Turismo, Impacto Sociocultural, Vila Picinguaba, Comunidade Local.

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1 IMPACTOS SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS CAUSADOS PELO TURISMO NA COMUNIDADE DA VILA PICINGUABA, EM UBATUBA SP Iara Monteiro Smeke, Caroline de Moraes, Henry Lesjak Martos (Faculdade de Turismo/PUC- Campinas)* implanta@matrix.com.br Palavras-Chave: Turismo, Impacto Sociocultural, Vila Picinguaba, Comunidade Local. Hoje a indústria de viagens e turismo é a maior do mundo e todos os estudos e projeções feitos para os próximos 20 anos apontam sua crescente consolidação. Segundo Carvalho (1998), no Brasil, apesar de relativamente pequenos diante do enorme potencial de recursos culturais e naturais, os números mostram que essa indústria já representa 58% do faturamento direto e indireto na América Latina. Segundo dados da EMBRATUR, o PIB turístico representou R$ 29,525 bilhões em 2001, sendo, portanto, responsável por 2,5% do PIB nacional (sendo o Estado de São Paulo o maior representante dessa fatia, com participação de 1,75% do PIB nacional proveniente do PIB turístico do estado). A ideologia básica do turismo se justifica na necessidade da busca de novos ambientes. Segundo Almeida (1999), para tal propósito, a natureza, em especial as unidades naturais específicas do litoral, tornou-se o recurso turístico mais explorado pelo capitalismo, a partir da segunda metade do último século. A cidade de Ubatuba, portanto, tendo uma natureza exuberante, praias formadas por um litoral recortado constituindo belíssima paisagem, além da Mata Atlântica e riqueza cultural, torna-se o destino de grande parte dos turistas do estado de São Paulo e também de outros do resto do país (de acordo com dados do COMTUR do município, cuja pesquisa (1999) aponta 85% da demanda turística proveniente de São Paulo). A cidade abrange algumas áreas de preservação ambiental. Dentre elas a mais importante é o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), criado em 1984, localizando-se ao norte do litoral paulista, dentro deste município e que compreende uma área de aproximadamente há. É formado por ecossistemas de mata atlântica e campo de altitude. Devido à sua extensão, o Parque foi dividido em 14 núcleos, sendo um deles o Núcleo Picinguaba, onde se localiza a Vila Picinguaba foco deste trabalho. Este núcleo representa a porção mais ao norte do Parque e do litoral do estado de São Paulo (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, SMA, 2003), abrangendo a praia de Picinguaba que, de acordo com Petta (2003) é uma das melhores para nadar e ver o pôr do sol. O núcleo Picinguaba abrange uma área de aproximadamente 5.208,47 ha e trata-se da única porção do PESM cujos limites atingem o nível do mar (S.B.E, 1996), protegendo um continuun ecológico, desde ambientes costeiros como a restinga herbácea até os campos de altitude nos picos da Serra do Mar. A Serra do Mar, nessa porção do território paulista, está muito próxima do oceano, resultando numa série de pequenas praias, encaixadas entre a Serra e o mar. A floresta ombrófila densa, assentada nas escarpas íngremes da Serra do Mar, apresenta, na região, mais de 117 espécies arbóreas, sendo cerca de 30% consideradas espécies raras. No total há cerca de 645 espécies de plantas na unidade, incluindo ervas, epífitas, lianas, arbustos e árvores. A costa norte apresenta-se com poucos remanescentes dos ambientes de restingas, sendo o Núcleo Picinguaba do PESM um dos únicos locais que o protegem no litoral norte. Esses ambientes mantiveram-se bem conservados devido ao isolamento econômico e geográfico da região (SMA). O isolamento da região, que anteriormente viveu uma fase mais próspera no período colonial, quando Ubatuba era um dos portos por onde escoavam o ouro de Minas Gerais, só foi quebrado no início da década de 70 com a construção da rodovia BR-101 (Rio-

2 Santos) que acelerou o processo de ocupação da região, através da especulação imobiliária, com a expansão de loteamentos e de bairros peri-urbanos. A Vila Picinguaba hoje abriga caiçaras e descendentes, conservadores da tradição da pesca. Esta população é remanescente da que se formou no litoral durante o ciclo do paubrasil, quando, segundo Arruda (1999), núcleos populacionais se concentraram em busca de uma atividade econômica (baseada no trabalho escravo e na monocultura ou extrativismo de um único produto). Desta forma esta população surgiu da miscigenação entre o europeu recém chegado ao Brasil, o habitante nativo (o índio Tupinambás), juntamente com o negro escravo vindo da África. Esta população, entretanto, de acordo com Kilsa Setti (LUCHIARI, 2000), não é definida apenas por sua etnia, mas também pelo tipo de vida e cultura que lhes é característico - caiçaras. Ainda de acordo com Arruda, a perda da importância econômica deslocou o eixo do povoamento deixando a região em abandono, restando núcleos populacionais isolados (que hoje denominados vilas caiçaras). Esta cultura, porém, vem sofrendo um processo de transformação e degradação constante, devido à expansão da urbanização e do turismo. Segundo Luchiari (1992), se de um lado estes processos trouxeram inovações técnicas e culturais e inseriram definitivamente estas comunidades na economia de mercado, trazendo o progresso, de outro, a expansão desse mercado acabou por descaracterizar os núcleos caiçaras fisicamente preservados, e desestabilizar o equilíbrio permanente existente entre cultura de subsistência, atividade artesanal e ajuda mútua, não substituindo esses mecanismos de sobrevivência por novas oportunidades de emprego, acesso à serviços e bens de consumo. Essa modernização que trouxe novos valores e expectativas de ascensão social à sociedade tradicional trouxe também a miséria, a marginalização e a subordinação desta sociedade aos novos mecanismos de produção. A expansão do setor turístico, nesta área, é o nexo explicativo que liga todas as transformações recentes (sociais, econômicas, culturais e ambientais) que, na totalidade, representam apenas uma parte do processo maior que é a expansão do capitalismo no espaço e de seu modo urbano de vida (LUCHIARI, 2000). Para Tulik (1990) as repercussões que o turismo pode provocar no espaço geográfico não deve considerar apenas questões ambientais mas, também, aquelas particularizadas, como é o caso das comunidades de pecadores artesanais. Por isso, essas questões -foco desde trabalho embora não sejam as únicas, devem ser consideradas e colocadas acima de qualquer interesse, mesmo daqueles de natureza política e econômica. Este trabalho tem como objetivo avaliar se o turismo influencia a estrutura sociocultural e econômica da comunidade da Vila de Picinguaba e de que forma esta pode contribuir e está inserida nas políticas públicas regionais e de conservação ambiental já que, segundo Arruda (1999) vêm sendo persistentemente desprezadas e afastadas de qualquer contribuição que possam oferecer à elaboração das políticas públicas, sendo as primeiras as sentirem os impactos. A Vila Picinguaba tem como maioria de sua população o caiçara, que, como já foi citado, é um termo utilizado para designar a população mestiça que habita a região litorânea paulista, não considerando apenas a sua etnia mas também seu tipo de vida e cultura característica. A Vila, portanto, tem características que a definem a partir desse modo caiçara de ser, constituído a partir da miscigenação europeu/índio/negro e que, assim, envolve aspectos de sua formação e história. Abriga o antigo núcleo de pescadores artesanais da Vila de Picinguaba, um importante centro de pesca de tainha até a década de 30 (FRENETTI, 2000).

3 De acordo com Luchiari (1992), na década de 60, apesar da abertura da rodovia Bertioga- São Sebastião, a configuração espacial da costa paulista ainda era predominantemente caracterizada pelo universo caiçara: pequena propriedade mercantil, agricultura, pesca, habitat, artesanato, casa da farinha e as festas. Nas vilas, originariamente, os caiçaras viviam na praia em casas isoladas em disposição desordenada, interligadas por trilhas. A Vila Picinguaba ainda mantém um pouco dessa característica, não mais como uma vila exclusivamente caiçara mas como um núcleo relativamente isolado e mesclado na ocupação mais recente. A praia, há aproximadamente 30 anos, era o território onde se configuravam as relações sociais do caiçara, sendo o ponto de articulação com o mundo exterior e a convivência entre as famílias. Para ele o território do sertão se contrapunha ao da praia: o sertão era o espaço de trabalho e a praia, se fosse a trabalho, somente para pesca. Essa população lavradora-pescadora teve seu mundo subitamente tranformado a partir da década de 60, já que o litoral norte possuía taxas de urbanização semelhante à do estado de São Paulo e um grande fluxo de turista já se dirigia para lá (LUCHIARI, 2000). A região, tombada pelo Condephaat desde o dia 1º de março de 1983, está no seio da Mata Atlântica. A Vila Picinguaba, em tupi significa Refúgio de peixes, hoje esta Vila refugia muitos pescadores. Localiza-se na Praia do Cambury, que tem cesso para carros, um camping particular com lanchonete, pequeno comércio de peixes e uma bela cachoeira na entrada, junto à Rodovia Rio-Santos (PREFEITURA MUNICIPAL DE UBATUBA, 2003). Além da pesca, atualmente grande parte da população caiçara e seus descendentes da Vila já estão ligados às atividades urbanas (como caseiros, na construção civil, órgão público, pequenos comércios, etc). Segundo Almeida (1999) com a intensificação do fluxo turístico a terra passou a configurar uma mercadoria, fazendo com que muitos deles fossem, direta ou indiretamente, expulsos de suas terras (para dar lugar às casas de veraneio, por exemplo). Embora o crescimento da Vila esteja assumindo formas diferenciadas, há o predomínio da especulação imobiliária e especialização das atividades econômicas centradas no turismo, influenciando, assim, na própria atividade do caiçara. O processo de povoamento do litoral paulista é anterior ao período colonial. Quando os europeus chegaram ao Brasil a costa paulista era então habitada por grupos Tupy- Guaranis. Durante os séculos XVI e XVII, com o surgimento dos engenhos de açúcar e aguardente (período colonial) a região passou a ser povoada também pelos europeus e negros escravos vindos da África. No fim do século XVII e início do XVIII, após a decadência da fase açucareira e a descoberta do ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso as localidades do litoral passaram a servir de pontos estratégicos entre as áreas de mineração e o exterior. No início do século XIX o litoral norte ingressa-se no ciclo cafeeiro, representando uma fase de grande dinamização. Após este período de dinamismo econômico, com a inauguração da ferrovia entre São Paulo e Santos (que passou a polarizar a economia do litoral), aos distritos do litoral norte coube gradativamente a dependência de uma economia familiar com poucos excedentes. Neste período houve um despovoamento da região que somou-se ao êxodo da população escrava, do final do século XIX. Do início deste século à 1950 predominava a população caiçara, remanescente do período anterior e caracterizada pela sua etnia (índio, negro e branco) e modo de vida e cultura, resultantes também do isolamento sofrido que originou as pequenas vilas. Entretanto, a tradição caiçara nunca existiu isoladamente a partir desses povos primitivos, com uma economia fechada e cultura estática. Pelo contrário,

4 ela sobreviveu à integração açúcar/ouro/café e à marginalização do café, de uma economia regional dependente das políticas econômicas. Na metade do século passado o litoral norte paulista conheceu a agricultura comercial da banana nanica para exportação, inversamente à lavoura caiçara ela passou a ser cultivada neste período em escala comercial e em grandes propriedades com mão de obra assalariada. Os caiçaras foram recrutados para essa mão de obra assalariada, porém não se habituaram ao trabalho exclusivo nos bananais, além dos salários baixos. Com isso passaram a cultivar em pequena escala a banana prata, que além de possuir caráter comercial passou a ser fundamental na sua alimentação (originando o prato típico azul marinho - peixe com banana e farinha) (LUCHIARI,1992). Para Marcelino (1999), os usos e costumes mais tradicionais, tais como os relacionados à pesca artesanal e à agricultura, atividades produtivas principais dos municípios predominantemente rurais, estão sendo substituídos por ocupações ligadas ao turismo. Pretende-se avaliar os impactos culturais, sociais e econômicos causados pelo turismo. Para tanto, serão analisadas as características e modificações ocorridas quanto à: alternativas de lazer, saneamento básico, acesso, saúde, energia elétrica, criminalidade, interação turistas/moradores, preocupação das autoridades locais com a comunidade, inserção desta nas políticas públicas regionais e de conservação ambiental, incentivo ou vulgarização das atividades culturais, geração de empregos, qualidade de vida, valorização de mercadorias, dependência econômica do turismo e sazonalidade turística, na ótica da comunidade residente no local. Após coleta de dados sobre a região, foi possível fazer um levantamento real das características da Vila para posterior avaliação do dados obtidos em campo e sobre sua transformação. Para entender o impacto do turismo na população residente, devem ser estudados/ analisados as inter-relações entre os vários elementos do sistema (WILLIAMS, 2001). Por isso, a princípio, será aplicado questionário no local (anexo), abrangendo três enfoques distintos: econômico, social e cultural. Isto segue os princípios básicos da escala de atitudes proposta por LIKERT, conforme indicado por Denker (2000). Esta escala quantifica as atitudes dos indivíduos através de perguntas solicitando o grau de acordo e desacordo. Foi entrevistada 10% da população total (aproximadamente 300 moradores) residente na Vila de Picinguaba, a partir de 18 anos de idade, totalizando 30 pessoas. Após aplicação do questionário os dados foram tabulados, analisados e comparados. Através da pesquisa realizada foi possível traçar um perfil e saber sobre as opiniões dos moradores da Vila de Picinguaba quanto ao impacto que o turismo exerce em suas vidas. A grande maioria dos entrevistados - 70% - reside há mais de 10 anos em Picinguaba, sendo que por volta de 60% tem mais de 30 anos, ou seja, acompanharam as transformações ocorridas após a instalação da Rodovia Rio- Santos. 93,33% dos moradores são extremamente favoráveis à presença de turistas em Ubatuba, o que demonstra, inclusive, a dependência econômica desse tipo de atividade. Segue abaixo os principais resultados, de acordo com o tipo de impacto. Econômico: Dentre os entrevistados, todos concordam que o turismo traz emprego, sendo que 93,33% concordam totalmente. Todos concordam que o nível de vida cresceu e 80% dizem que os preços aumentaram com o turismo. A maioria 90% - concorda que o turismo beneficia um grande número de moradores, confirmando a consciência que têm de que há dependência econômica relacionada com o turismo - 73,33%. Isso é reforçado quando observamos que 93,33% dos intrevistados disseram que na baixa temporada a renda diminui.

5 Social: Quanto às melhorias sociais, 76,66% discorda totalmente que melhorou o saneamento básico, 70% discorda totalmente que o sistema de saúde melhorou. Porém o acesso é indicado como a melhor infra-estrutura por 76,66%, assim como a energia elétrica 60%. 90% não concorda que o turismo traz criminalidade, sendo que 93,33 % acha que os turistas têm consideração com a população local (todos discordam que seria melhor se os turistas não viessem). A metade acha que as autoridades consideram a opinião dos moradores sobre o futuro da vila, sendo que 23,33% discorda totalmente disso e 13,33% discorda parcialmente. Sobre a integração sociocultural entre turistas e moradores, 66,66% acredita que de alguma forma ela existe. Cultural: 56,66% acredita que o turismo não modifica os costumes culturais, mas 23,33% acham que sim. Esse mesmo número de entrevistados não acha que o turismo incentiva o aumento das atividades culturais, e 56,66% concorda com essa afirmação. A metade não acha que os turistas alteraram os costumes locais, enquanto 36,66% concorda totalmente. A comunidade da Vila de Picinguaba, sem dúvida nenhuma é dependente economicamente do turismo. A maioria dos caiçaras nas décadas de 60 e 70 conseguia sobreviver apenas com a venda do peixe, porém hoje também dependem dos turistas para vendê-lo e a preços mais altos. Assim como citado por Paes (1999) em seu estudo em Caraguatatuba, a pesca industrial com seu maquinário moderno foi introduzida no litoral norte em contraposição à pesca artesanal. Porém, ao contrário do que ocorreu em sua região de estudo (Bairro de Porto Novo), Picinguaba, talvez por seu acesso mais difícil que causa seu isolamento, não foi invadida pelos grandes barcos pesqueiros. A pesca artesanal continua até hoje, porém foi muito prejudicada pela pesca predatória, que causou uma diminuição drástica na quantidade de peixes da região. Essa dependência econômica ocorreu de forma gradativa. Apesar do marco de transição representado pela criação da Rodovia Rio Santos, a vila ainda conserva seu aspecto e formas de viver de épocas anteriores. Ainda para Paes (1999), as transformações ocorreram tanto nos espaços como na maneira de pensá-los, após o processo de transformação ocorrido nas as décadas de 60 e 70. Entretanto há ainda a herança passada pelos mais velhos, que ainda estão em cena. A geração dos caiçaras hoje com 30 e 40 anos ainda repete os ensinamentos aos mais novos e estes pretendem repassar as informações aprendidas aos futuros filhos. Com isso uma consciência do que é ser caiçara mantém-se: o caiçara continua circulando com canoas, barcos e com uma mente composta de idéias novas e tradicionais. Como pensa Siffredi e Spadafora (2002), as chamadas culturas primitivas (termo que também podemos utilizar para designar a população caiçara tradicional) apresentam uma grande variedade de formas de pensar e atuar com a natureza, além de implementar formas apropriadas de exploração do meio ambiente. Hoje a Vila de Picinguaba está como alvo da Prefeitura de Ubatuba para implementação de um píer e serviços adicionais, o que, segundo os próprios caiçaras, descaracterizaria o aspecto virgem do local. A prefeitura, através de parcerias e tercerização, busca o aumento do fluxo de turistas, e para isso seria necessário fazer essa urbanização junto a empresas privadas, já que a prefeitura não disponibiliza de verba para tal empreendimento. Como cita Pinheiro (1997), a urbanização é hoje um modo de vida, com diferentes territorialidades que revelam mobilidade, deslocamentos, reflexos da produção, do consumo, dos movimentos sociais, das idéias, etc. A população em geral, é influenciada

6 pela visão de natureza predominante na sociedade capitalista, ou seja, que esta é um recurso a ser utilizado e que a mesma deve ser controlada. Porém em Picinguaba a população, sendo caiçara, não tem essa mesma visão e acredita que a natureza deva sim ser utilizada, mas da sua forma tradicional e harmônica. Para Moraes (1998), as interações do homem com o meio ambiente estão ligados à percepção e ao comportamento que o mesmo tem diante do meio ambiente, de suas aspirações, de seus valores, tendo em vista a satisfação de suas necessidades e desejos. A maioria dos moradores critica a possível construção e implementação do píer e serviços adicionais não apenas pelos impactos ambientais que o mesmo pode causar na vila, mas também a possível diminuição no número de turistas, já que esses se interessam principalmente pela tranqüilidade, simplicidade e características peculiares que a vila proporciona. Esse interesse pode ser confirmado através da pesquisa realizada com os moradores, na qual 66,66% dos entrevistados disseram que há uma integração sociocultural entre turistas e moradores. De acordo com Oliveira (2001) já há alguns séculos o homem talvez cativo de seu cogito sempre pensou estar caminhando numa marcha triunfal em direção ao progresso. Nessa marcha negadora do passado, marcada pelo antes e depois, as tradições (algumas tradições) parecem não ter lugar nem vez na história, a não ser como reminiscência ou como algo perdido nos resíduos do tempo. Na Vila de Picinguaba o que acontece é o inverso, e como já citado anteriormente ela ainda conserva forma e aspectos de viver de épocas anteriores, mesmo com a existência de um número considerável de casas de veraneio bem mais modernas e equipadas - representando de certa forma o progresso - do que as dos moradores, e desses terem um contato direto com esse moderno (já que as esposas dos pescadores trabalham nas casas). Esse posicionamento (contra a urbanização da vila ) da população demonstra que ao contrário do que muitas pessoas pensam, eles não estão parados no tempo, e sim protegendo algo de extrema importância: cultura e natureza. Isso também é percebido por Oliveira (2001), que diz que os povos da tradição não podem ser vistos como estagnados, parados no tempo, mas imersos em outros ritmos temporais (confrontando) com a modernidade. Sem dúvida é nítido o interesse da população pelo futuro da vila, e é através da associação do bairro da Vila de Picinguaba que ela cobra a participação nas decisões realizando reuniões entre a comissão que representa a Associação e as autoridades. Segundo Cunha (1999), as populações tradicionais com toda justiça, querem participar das decisões relativas a seus territórios e usufruir eqüitativamente da parcela dos benefícios. Isto está previsto, inclusive, na Convenção da Diversidade Biológica, cujo art. 8 dispõe: Solicitar aos Estados - membros da Convenção que de acordo com sua legislação nacional, respeitem, preservem e mantenham o conhecimento, as inovações e as práticas das comunidades indígenas e locais que incorporam estilos de vida tradicionais relevantes para conservação e o uso sustentado da diversidade biológica e que promovam sua aplicação mais ampla com o assentimento e envolvimento dos detentores desses conhecimentos, inovações e práticas e encorajem o compartilhar eqüitativo dos benefícios resultantes da utilização desses conhecimentos, inovações e práticas. Como conclusão, detaca-se os seguintes aspectos: Consciência da população; Não houve impacto radical, sim uma introdução gradativa do turismo nos aspectos sócio-econômicos da Vila;

7 Maiores impactos NÃO causados pelo turismo, sim por fatores ligados à urbanização; Perfil diferenciado do turista/comunidade local; O que melhorou foi acesso e eletricidade (o que o turista vê ), enquanto saúde, saneamento, etc. para a população não. ALMEIDA, Maria G. (1999). Turismo e os Novos Territórios do Litoral Cearense. Turismo e Geografia Reflexões Teóricas e Enfoques Regionais. São Paulo, Ed. Hucitec, pp ARRUDA, Rinaldo (1999). Populações Tradicionais e a Proteção dos Recursos Naturais em Unidades de Conservação. Ambiente e Sociedade. V. 2, n. 5, pp , 2º semestre. BRASIL, Marília Carvalho. (2000). As Estratégias de Sobrevivência da População Ribeirinha da Ilha de Marajó. População e Meio Ambiente: Debates e Desafios. São Paulo, Ed. SENAC, pp CARVALHO, Caio L. (1998). Desenvolvimento do Turismo no Brasil. Revista de Administração. São Paulo, v. 33, n. 4, pp , outubro/dezembro. CUNHA, Manuela Carneiro (1999). Populações Tradicionais e a Convenção da Diversidade Biológica. Revista Estudos Avançados. São Paulo, USP, v. 13, n. 36, pp , maio/agosto DENKER, Ada de Freitas M. (2000). Métodos e Técnicas de Pesquisa em Turismo. São Paulo, Ed. Futura. FRENETTE, Marco (org.). Os Caiçaras Contam. São Paulo: Ed. Publisher Brasil, GUERRA, C; RODRIGUES, C; MARTOS, H. (2000). Impactos Socioculturais e Econômicos Causados Pelo Turismo na Comunidade de Maruja, Parque Estadual da Ilha do Cardoso (Cananéia-SP). PUC-SP Ciências Biológicas e Ambientais. SP, v. 2, n. 3, pp , setdez. LUCHIARI, M. T. D. P. (1992). Turismo e Cultura Caiçara no Litoral Norte Paulista. Dissertação de Mestrado. Campinas, IFCH-UNICAMP. LUCHIARI, M. T. D. P. (2000). O Lugar no mundo Contemporâneo: Turismo e Urbanização em Ubatuba-SP. Dissertação de Doutorado. Campinas, IFCH-UNICAMP. MALTA, Flavio J. N. C. (1999). Planejamento e Gestão do Turismo no Litoral Norte Paulista. São Paulo, Ed. Hucitec, pp MARCELINO, Ana Maria T. (1999). O Turismo e sua influência na Ocupação do Espaço Litorâneo. Turismo e Geografia Reflexões Teóricas e Enfoques Regionais. São Paulo, Ed. Hucitec, pp MELO, Márcia (1998). As Diversas Faces de Ilhabela Através da Memória de seus Antigos Moradores. Revita da APG. São Paulo, PUC, ano 5, n. 13, pp MORAES, Damaris P (1998). A Percepção do Meio Ambiente: Contribuições ao estudo dos Riscos Ambientais. Revista do ICH Humanitas. Campinas, PUC, v. 2, n. 2, pp , ago. OLIVEIRA, Lúcia Helena (2001). Olhares Sobre a Tradição. Desenvolvimento e meio Ambiente: Teoria e metodologia em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Curitiba, Ed. UFPR, n. 4, pp PAES, Silvia Regina (1999). Espaço da Vida, Espaço da Morte na Trajetória Caiçara. Cadernos Centro de Estudos Rurais e Urbanos. São Paulo, USP, n.10, pp PETTA, Eduardo.(2003) Feita Sob Medida. Revista Viagem e Turismo. São Paulo, Ed. Abril, ano 9, n. 2, fevereiro, pp PINHEIRO, Antonio Carlos (1997). O Espaço Urbano e a Questão Ambiental. Revista do ICH Humanitas. Campinas, PUC, v. 1, n. 1, pp , ago. S.B.E. (1996). Serra do Mar Um Trecho em Destaque. Revista Sua Boa Estrela. São Paulo, Mercedes Benz do Brasil S/A. ano XXIX, ed.118, pp , fev. SANTOS. Milton (1997). Metamorfose do Espaço Habitado. São Paulo, Hucitec. SIFFREDI, Alejandra; SPADAFORA, Ana Maria (2001). Nativos y Naturaleza: Los Infortúnios de la Traducción em lãs Políticas de la Sustentabilidad. Ilha Revista de Antropologia. Florianópolis, UFSC, v. 3, n. 1, nov.

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