Prova: Disciplina: Gabarito Provisório: CONHECIMENTOS ESPECIFICOS CONTABILIDADE CONTABILIDADE G1=2 D PARECER
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- Gonçalo Coimbra Monsanto
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1 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS G1=2 D Os candidatos recorerram da questão alegando que o item E também estaria incorreto, tornando a questão nula, pois as despesas com terceirização de mão de obra para substituir servidores ou empregados seriam classificadas como Outras Despesas de Pessoal e não Outras Despesas Correntes, conforme mencionado no item, em função do que dispõe o 1º do art. 18 da LRF. Não procedem os argumentos indicados, em função de que as duas coisas não se invalidam. Em verdade, o dispositivo da LRF mencionado não se presta a estabelecer a classificação das despesas públicas, mas tão somente a definir exatamente o que são despesas com pessoal para fins de apuração do cumprimento dos limites contidos na mesma lei. Além disso, não existe qualquer classificação, qualitativa ou quantitativa, da despesa pública cujo grupo receba o nome de "Outras Despesas com Pessoal". Essa nomenclatura está adstrita ao âmbito da LRF e trata se de determinação expressa para que as despesas com terceirização de mão de obra para substituir servidores ou empregados sejam consideradas despesas com pessoal para fins de apuração dos limites da lei. O enunciado que subsidiou o item determinou que fossem avaliadas as alternativas em relação à classificação das despesas públicas. Tal classificação é feita no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público MCASP. Desde a edição da Portaria STN/SOF nº 1/2010, esse manual prevê que as despesas mencionadas no item sejam classificadas no Grupo Natureza de Despesa chamado de "Outras Despesas Correntes". Vide item do MCASP. Isso torna o item em questão correto, restando como alternativa errada somente o item D.
2 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS G1=28 A O candidato recorreu da questão alegando que o reconhecimento da perda com Duplicatas a Receber de Clientes no valor de R$ 3.000,00 reduziria o saldo do ativo em tal valor, pois a estimativa para perda deve ocorrer simultaneamente ao reconhecimento da perda (no resultado) em conformidade com o CPC 25. Consequentemente, o saldo da conta Estimativa para Perdas com Crédito de Liquidação Duvidosa no valor de R$ 2.000,00 já teve sua perda simultaneamente contabilizada e não tem relação com a operação realizada no dia 20/12. Não procedem os argumentos apresentados levando em consideração que o CPC 25 não trata dos critérios de avaliação de Duplicatas a Receber e que, corroborando o que foi afirmado pelo candidato, não se deve reconhecer novamente uma redução no resultado e, consequentemente, no ativo quando uma perda estimada se torna efetiva. De acordo com o art. 183 da Lei nº 6404/76, as Duplicatas a Receber devem ser avaliadas pelo "valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização." "Para tanto, devem ser constituídos ajustes relativos a Perdas Estimadas em Crédito de Liquidação Duvidosa para cobertura dos valores que se estima não receber, sendo esse ajuste uma conta redutora das contas a receber, resultando no valor líquido realizável." (MARTINS, GELBCKE, SANTOS, IUDÍCIBUS, 2013, p.62). "A constituição da perda estimada tem como contrapartida contas de despesas operacionais (Despesas com Vendas). Quando um saldo se torna efetivamente incobrável, ou seja, quando se esgotaram sem sucesso os meios possíveis de cobrança, sua baixa da conta clientes deve ser feito tendo como contrapartida a própria conta redutora." (MARTINS, GELBCKE, SANTOS, IUDÍCIBUS, 2013, p.65). Sobre a situação em que a Estimava para Perdas com Crédito de Liquidação Duvidosa é insuficiente em relação à perda ocorrida, Martins, Gelbcke, Santos e Iudícibus (2013, p.65) afirmam que a perda estimada é realizada integralmente e também ocorre efeito no resultado pelo registro da perda ocorrida no período em virtude da insuficiência da Estimativa para Perdas com Crédito de Liquidação Duvidosa. Sendo assim, os lançamentos contábeis da operação ocorrida no dia 20/12 são os seguintes: D Estimativa para Perdas com Crédito de Liquidação Duvidosa R$ 2.000,00 C Duplicatas a Receber de Clientes R$ 2.000,00 D Perdas com Incobráveis R$ 1.000,00 C Duplicatas a Receber de Clientes R$ 1.000,00 Portanto, a redução do ativo foi R$ 1.000,00.
3 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS G1=33 A Não procedem os recursos apresentados. Para se obter o valor do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), é possível utilizar a seguinte fórmula: CMV = Estoque Inicial + Compras ICMS sobre compras Estoque Final. Estoque inicial: Conforme o comando da questão diz, o valor do Estoque Inicial estava vazio ou seja, seu valor contábil era zero (R$ 0,00). Compras: é possível obter o valor das compras analisando as entradas da mercadoria: 1) 100 unidades a R$ 10,00 = R$ 1.000,00 2) 150 unidades a R$ 12,00 = R$ 1.800,00 3) 250 unidades a R$ 10,00 = R$ 2.500,00 Compras = R$ 1.000,00 + R$ 1.800,00 + R$ 2.500,00 = R$ 5.300,00 ICMS sobre compras: considerando que há aplicação de alíquota de 18% de ICMS sobre as compras, temos o seguinte: ICMS sobre compras = Compras x 18% = 5300,00 x 0,18 = R$ 954,00 Estoque Final: para chegar ao valor contábil do estoque final, deve ser feita a análise do saldo após cada transação, pelo método PEPS (primeiro a entrar é o primeiro a sair). Saldo inicial: R$ 0,00 1) Entrada de 100 unidades a R$ 10,00 em 31/ x R$ 10,00 = R$ 1.000,00 2) Baixa de 50 unidades em 30/04: (100 50) x R$ 10,00 = R$ 500,00 3) Entrada de 150 unidades a R$ 12,00 em 31/05: 50 x R$ 10, x R$ 12,00 = R$ 500,00 + R$ 1.800,00 = R$ 2.300,00 4) Baixa de 150 unidades em 30/06: (50 50) x R$ 10,00 + ( ) x R$ 12,00 = R$ 0,00 + R$ 600,00 = R$ 600,00 5) Entrada de 250 unidades a R$ 10,00 em 31/07: 50 x R$ 12, x R$ 10,00 = R$ 600,00 + R$ 2.500,00 = R$ 3.100,00 6) Baixa de 100 unidades em 31/08: (50 50) x R$ 12,00 + (250 50) x R$ 10,00 = R$ 0,00 + R$ 2.000,00 = R$ 2.000,00 Estoque final: R$ 2.000,00 Agora, chegamos ao cálculo do CMV: CMV = Estoque Inicial + Compras ICMS sobre compras Estoque Final CMV = R$ 0,00 + R$ 5.300,00 R$ 954,00 R$ 2.000,00 = R$ 2.346,00 Portanto, o gabarito da questão é alternativa A. Mantenho a questão. Fonte: Iudícibus, S; Martins, Eliseu. Manual de Contabilidade Societária. Atlas, São Paulo, 2010.
4 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS G1=34 C Não procedem os recursos apresentados. Conforme as informações do comando da questão, para obter o lucro bruto das operações listadas, é possível utilizar a seguinte fórmula: Lucro Bruto = Receita de vendas ICMS sobre vendas Custo das Mercadorias Vendidas Receita de vendas: conforme o comando da questão foram efetuadas as seguintes vendas: 1) 50 unidades a R$ 20,00 em 30/04; 2) 150 unidades a R$ 24,00 em 30/06; e 3) 100 unidades a R$ 20,00 em 31/08. Receita de vendas = 50 x R$ 20, x R$ 24, x R$ 20,00 = R$ 1.000,00 + R$ 3.600,00 + R$ 2.000,00 = R$ 6.600,00 ICMS sobre vendas: considerando a alíquota de 18% temos o seguinte valor: ICMS sobre vendas = Receita de vendas x alíquota = R$ 6.600,00 x 18% = R$ 1.188,00 Custo das Mercadorias Vendidas: R$ 2.346,00 Lucro Bruto = Receita de vendas ICMS sobre vendas Custo das Mercadorias Vendidas = R$ 6.600,00 R$ 1.188,00 R$ 2.346,00 = R$ 3.066,00. Portanto, o gabarito da questão é a alternativa C. Mantenho a questão. Fonte: Iudícibus, S; Martins, Eliseu. Manual de Contabilidade Societária. Atlas, São Paulo, 2010.
5 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS G1=40 A Não procedem os argumentos apresentados, tendo em vista que é possível depreender das informações sobre as variações patrimoniais que o item "Doação de bens inservíveis" se refere a uma variação patrimonial passiva e que o item "Doação de bens" se refere a uma variação patrimonial ativa". Dessa forma, mantenho a questão.
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