MÉTODOS QUALITATIVOS NA ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO - CONFIANÇA E CREDIBILIDADE NA RELAÇÃO ENTRE BANCOS E EMPRESAS. Carlos Arriaga Costa

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1 MÉTODOS QUALITATIVOS NA ANÁLISE DE RISCO DE CRÉDITO - CONFIANÇA E CREDIBILIDADE NA RELAÇÃO ENTRE BANCOS E EMPRESAS Carlos Arriaga Costa Universidade do Minho Escola de Economia e Gestão Campus de Gualtar Braga Portugal e-correio: caac@eeg.uminho.pt Resumo A relação entre bancos e empresas assume uma importância relevante em economia bancária. Podemse observar três estruturas principais nesta relação: relação de mercado, relação hierárquica e relação da quasi-integração. Os bancos avaliam o risco e a qualidade do crédito através de indicadores quantitativos e qualitativos. Os indicadores quantitativos são os mais utilizados pelos bancos mas os indicadores qualitativos começam a ganhar importância na avaliação do risco de crédito. Nesta comunicação analisamos os indicadores quantitativos e qualitativos mais utilizados no sistema bancário português. Não obstante a reputação de uma empresa ser um indicador qualitativo muito importante, os bancos não consideram suficiente este indicador para atribuir à empresa uma classificação de risco baixo. Entretanto, existe uma associação entre risco e reputação. Palavras chave: risco de crédito; reputação; credibilidade; análise qualitativa do risco 3

2 1. Introdução A relação entre bancos e empresas ocupa um lugar importante na literatura económica e financeira. Esta relação insere-se na actividade de intermediação dos bancos. As teorias mais recentes da intermediação desenvolvem esta relação num ambiente de informação assimétrica. Os bancos incluem nos contratos incentivos de modo a enfrentarem problemas de risco moral (Allegret e Baudry, 1996). De acordo com Stiglitz (1985), os princípios da teoria de intermediação fundamentam-se na incapacidade dos intermediários financeiros obterem a informação necessária num clima de incerteza e na incapacidade dos bancos controlarem, com eficácia, os mutuários. Gorton e Kahn (1993) demonstram o interesse do intermediário financeiro em tomar procedimentos credíveis quanto ao conjunto de incentivos a considerar no contrato. Atitudes de credibilidade parecem ser mais importantes para os bancos do que para o mercado financeiro. Ainda de acordo com Allegret e Baudry, podem-se observar três estruturas na relação entre os bancos e as empresas: (1) uma relação de mercado (2) uma relação hierárquica e (3) uma relação da quasi-integração. A relação de mercado (1) é caracterizada por uma maior flexibilidade na relação e por uma ausência de controle do banco na qualidade da informação fornecida pela empresa. Num contexto de mercado, a fidelidade da relação entre os bancos e empresas não parece ser muito importante. O banco diversifica a sua carteira de clientes e a empresa diversifica as suas fontes de financiamento. Neste caso, a empresa sentirá maior dificuldade em iniciar a sua actividade com investimentos que apresentam um determinado grau de risco. As penalizações por crédito mal parado são requeridas pelo próprio mercado. Torna-se fundamental que o banco estabeleça testes estatísticos sobre o comportamento passado das empresas que lhe permitirá justificar uma eventual restrição do crédito em caso de necessidade. Do lado oposto, apresenta-se a estrutura hierárquica (2) onde o banco tem capacidade de proceder a auditorias sobre a empresa. A estrutura do financiamento é marcada pela dependência da empresa ao banco no que concerne aos empréstimos a efectuar. Diversificando os serviços oferecidos, o banco pode seguir de perto a actividade da empresa. Os intermediários financeiros ocupam a parte central do sistema. Uma empresa mantem 4

3 um relacionamento privilegiado de longo prazo com um banco (princípio de autoridade). Na troca desta relação privilegiada, o banco obtem o direito de interferência na gerência da empresa. Os bancos, neste caso, tomam em mãos a gestão de sectores importantes das empresas que controlam e podem supervisionar e recolher a informação sobre a empresa, quer como emprestadores quer como accionistas. A troca de informação entre eles é muito forte. Finalmente, a estrutura de quasiintegração (3) corresponde às relações usuais dos clientes com os bancos. Esta estrutura é uma combinação dos dois outros princípios, particularmente quanto à necessidade de criar incentivos por um lado e fornecer atitudes de confiança por outro. Para a empresa, a importância desta estrutura é justificada pela durabilidade da relação. Consequentemente, a relação não é exclusivamente baseada num sistema de preços como na estrutura de mercado ou por um tipo de autoridade administrativa como na estrutura hierárquica. A sustentação deste tipo de relacionamento é que a informação é cara e deve ser partilhada entre os agentes. A informação constitui a base da relação e da sua eficiência potencial. As empresas podem ter um relacionamento com diversos bancos, mas somente um obtém o papel de banco principal. Se a empresa quiser substituir o banco com que privilegiou a relação, esta atitude será considerada um sinal de alarme por parte do banco. 2. O valor da confiança na relação entre bancos e empresas A relação entre os bancos e as empresas registou transformações importantes ao longo dos últimos anos. O desenvolvimento tecnológico facilitou o acesso à informação e contribuiu para o aumento do fluxo de capitais entre os países. Ao mesmo tempo, estes fluxos de capital permitiram acelerar a participação dos bancos nas actividades das empresas. Uma maior facilidade de acesso aos mercados financeiros e a intervenção de investidores estrangeiros nos mercados nacionais contribuiram para aumentar o papel dos bancos na gestão destes movimentos. Em resposta ao crescimento dos mercados financeiros em todo o mundo, os bancos desenvolveram diversos serviços, fornecendo análises e aconselhamento na formação de portfólios, fornecendo produtos bancários novos, gestão de carteiras de investimento, créditos associados a investimentos em bolsa, 5

4 etc. Por outro lado, observou-se uma intensificação da competição bancária, expressa por uma redução das margens financeiras e uma maior diversificação dos instrumentos financeiros, quer ao nível da poupança quer ao nível do crédito às empresas. No conjunto das operações verificadas pela relação entre bancos e empresas, a reputação é observada através de uma atitude de confiança recíproca entre os agentes. As atitudes tomadas pelos agentes fundamentam-se, por sua vez, na credibilidade das acções tomadas. De acordo com Gambetta (1988), a confiança é definida como um nível de probabilidade subjetiva com que um agente avalia a acção produzida ou a produzir por um outro agente, num contexto onde a sua própria acção é também avaliada pelo outro agente. A confiança permite resolver problemas complexos resultantes da relação e reduz, de certa forma o clima de incerteza onde a relação é desenvolvida. A incerteza domina os procedimentos considerados nos contratos porque os mercados são imperfeitos ao nível da informação partilhada pelos agentes. Os contratos encontramse incompletos porque não é possível considerar todos os estados da natureza subjacentes à realização do contrato no momento da negociação. A confiança resulta então da relação estabelecida pelos agentes e é reforçada pela proximidade geográfica dos contratantes. Os bancos que mantêm um relacionamento próximo e de longo prazo com empresas de uma área geográfica próxima são supostos terem um comportamento particular para estas empresas. Todavia, a evolução tecnológica e o acesso à informação terá depreciado a importância da confiança? Como é que a confiança entre os agentes permite suportar o valor da reputação? Por exemplo, se uma empresa enfrentar problemas financeiros temporários, o banco pode adoptar um comportamento egoísta e recusar ajudar a empresa a superar as suas dificuldades. Entretanto, esta atitude vai destruir a confiança e o benefício resultante da relação de longo prazo. De acordo com Allegret e Baudry (1996), uma empresa que não reembolse a sua dívida por dificuldades temporárias pode receber algum apoio do banco. Não entanto, o banco espera que a empresa proceda a esforços na resolução das suas dificuldades. 6

5 3. Quantidade e qualidade da informação fornecidas pelas empresas aos bancos Um outro problema da relação entre bancos e empresas é resultante da quantidade e da qualidade da informação requerida pelos bancos às empresas. Apesar de se encontrar relativamente desenvolvida a rede de informação partilhada entre os agentes económicos, obrigação que se encontra usualmente formalizada no contrato, a informação não é fornecida completamente. Há com efeito assimetrias de informação na relação entre empresas e bancos. De acordo com Diamont (1989), é necessário assegurar a transmissão da informação. Quando a empresa requer um empréstimo, comunica informação ao banco. Todavia, o empréstimo corresponde sempre a um reembolso a efectuar no futuro o que torna difícil garantir completamente a realização do empréstimo a priori. Se o problema não ficar resolvido a posteriori, o banco pode enfrentar uma situação de risco moral e a probabilidade do não-reembolso pode ficar aumentada. Por outro lado, com a informação obtida, o banco obtém uma vantagem que lhe permitirá analisar condições de empréstimos futuros. A qualidade da informação transmitida pela empresa apresenta-se assim fundamental. Por isso, a informação é normalmente formalizada por um acréscimo de garantias exigidas à empresa e pela comprovação de auditorias a efectuar regulamente às contas da empresa. 4. Qualidade do crédito Alguns dos problemas enfrentados pelos bancos encontram-se relacionados com o financiamento de projectos de risco elevado. Jordi (1997) classifica as razões das dificuldades atravessadas pelos bancos em dois grupos: razões cíclicas (recessão económica, empréstimos elevados concedidos a alguns clientes) e razões estruturais (desintermediação financeira, globalização dos mercados, inovação financeira, etc.). A análise de risco do crédito e o controle do crédito concedido pelos bancos apresentam-se vitais para a actividade bancária. Apesar da supervisão dos bancos, observa-se que o crédito que os bancos possuem em carteira contêm empréstimos de risco demasiadamente elevado. A competição parece ter levado os bancos 7

6 a tomarem comportamentos mais agressivos, o que poderá ter provocado acréscimos de risco nas suas carteiras de crédito. Por outro lado, a existência de assimetrias de informação tem levado igualmente os bancos a suportar custos acrescidos para superar esta dificuldade. Existem estratégias por parte das empresas para esconder a informação gerada na sua actividade, podendo a empresa dissimular uma posição de lucro se houver maiores vantagens em esconder essa informação do que fornece-la. A perda de reputação poderá estar relacionada com o anúncio de um mau resultado o que pode conduzir a um a uma taxa de juro acrescida no período seguinte. Diversos estudos analisam as condições de um contrato óptimo. Eber (1996) analisa as condições de um contrato óptimo no relacionamento de longo prazo com a empresa. Mojon (1996) privilegia o contrato óptimo no momento em que o crédito é solicitado, através da taxa de juro negociada com o banco. Stiglitz e Weiss (1981) analisam o contrato óptimo de acordo com a existência de colaterais. Diamont (1991) baseia a sua análise na capacidade de observação sobre a actividade da empresa. Pollin e Vaubourg (1996) fundamentam a sua análise em contratos repetidos, que são efectuados entre a empresa e o banco. Estudos empíricos mostram que há uma proporção óptima para o crédito duvidoso que não deve exceder 3 % do crédito total (Sousa, M (1992)). O crédito duvidoso não pode ser totalmente eliminado porque uma análise completa do risco implica custos elevados. Entretanto, não devem os bancos especializados em operações de risco, aceitar uma proporção mais elevada de crédito duvidoso? Bancos especializados têm uma menor capacidade de diversificação da sua carteira de clientes e, consequentemente, essa situação pode fazer aumentar o risco não sistémico. No mercado, encontam-se clientes com um perfil de risco muito baixo, com um perfil de risco médio e com um perfil de risco elevado. Os bancos conhecem somente uma estimativa da proporção de empresas em cada grupo. O primeiro grupo, se reconhecido ex-ante, não necessitará provavelmente de uma monitorização elevada. O terceiro grupo, por outro lado, não tem nada a perder a posteriori com a revelação da sua situação. Deste modo, a monitorização apresenta-se talvez mais eficaz no segundo grupo de empresas. A existência de crédito duvidoso em todos os 8

7 grupos do risco pode ocorrer porque os bancos não sabem ex-ante em que grupo a empresa deve ser classificada. Por outro lado, será que os bancos ganham em atenuar a monitorização das empresas para poderem ganhar quotas de mercado? Será que a expansão rápida do crédito, ocorrida nos últimos dez anos, provocou uma atenuação dos critérios selectivos de concessão de crédito? 5. Investigação empírica Os bancos utilizam indicadores de ordem quantitativa para avaliar o risco de crédito de uma empresa. Esses indicadores revelam normalmente o desempenho da empresa no período de referência. Indicadores de natureza qualitativa traduzem normalmente a opinião sobre a qualidade da gestão, a capacidade dos gerentes na resolução de problemas da empresa, a riqueza dos accionistas, a formação profissional dos empregados ou mesmo a capacidade da empresa para a inovação tecnológica. Enquanto os indicadores quantitativos traduzem uma situação passada da empresa, os indicadores de ordem qualitativa incluem uma expectativa do banco sobre o sucesso da empresa avaliada para o futuro mais próximo. Com efeito, uma situação boa no passado não garante a realização de projectos bem sucedidos no futuro. Interessa-nos investigar que tipo de bancos utilizam mais os indicadores de natureza qualitativa na análise do risco de crédito. Lançámos um inquérito junto dos bancos localizados em Portugal a fim de compreendermos a importância dos indicadores qualitativos na análise do risco de crédito. Considerámos os critérios de risco de crédito para cada banco e pretendemos compreender a importância da reputação da empresa na percepção do risco de crédito. 5.A. Indicadores quantitativos e indicadores qualitativos na análise do risco de crédito Dividimos os bancos que responderam ao inquérito em três categorias, de acordo com a importância dada aos indicadores qualitativos na análise do risco de crédito: - Grupo 1: Este grupo atribui uma importância bastante elevada aos indicadores 9

8 quantitativos na análise do risco de crédito: Estes bancos atribuem mais de 80% do peso aos indicadores quantitativos e menos de 20% aos indicadores qualitativos. - Grupo 2: Este grupo atribui uma importância relativa aos indicadores quantitativos: Os bancos incluídos neste grupo atribuem um peso situado entre 60% e 80% aos indicadores quantitativos. - Grupo 3: Este grupo dá um privilégio, ainda que relativo aos indicadores qualitativos na análise do risco de crédito : Os bancos incluídos neste grupo atribuem mais de 40% aos indicadores de natureza qualitativa. A distribuição dos bancos pelos três grupos é a seguinte: Quadro 1 Grupos (%) 1º Grupo 22 - Mais de 80% aos indicadores quantitativos 2º grupo Entre 70% e 80% aos indicadores quantitativos - 60 % aos indicadores quantitativos 3 ºgrupo entre 60 e 50% aos indicadores quantitativos 4 - o mesmo peso aos dois tipos de indicadores 11 - menos de 50 % aos indicadores quantitativos 11 10

9 Muito embora a maior parte dos bancos privilegiem os indicadores de natureza quantitativa, encontramo-nos interessados neste estudo em observar as características dos bancos que atribuem maior importância aos indicadores de natureza qualitativa. Pretendemos determinar se os bancos que dão maior peso aos indicadores de natureza qualitativa se diferenciam nos critérios de análise do risco de crédito e, se for este o caso, se há diferenças significativas na importância dada à reputação das empresas. Para tal, consideramos primeiro a percentagem de de cada grupo segundo as caractarísticas institucionais dos bancos: Quadro 2 1º+2º grupos (%) (Q>=60%) 3º grupo (%) (Q<60%) Total Bancos Bancos públicos Bancos privados: universais especializados Bancos estrangeiros universais especializados Q: indicadores de natureza quantitativa Indicadores de natureza quantitativa O indicador de natureza quantitativa mais referenciado é a capacidade de endividamento da empresa, seguindo-se a autonomia financeira da empresa. Entretanto, os seguintes indicadores quantitativos diferenciam mais os bancos quanto à sua utilização : volume das vendas; hipotecas efectuadas; despesas em recursos humanos; solvabilidade da empresa; cash-flow gerado pela empresa. 11

10 Indicadores de natureza qualitativa Os indicadores de natureza qualitativa mais referenciados são, por ordem decrescente de importância: Opinião sobre a gerência da empresa (indicador utilizado por 63% dos bancos que responderam ao questionário), capacidade dos gerentes (muito utilizado por 52% dos bancos), indicadores de opinião relativos a factores de ordem comercial (muito utilizado por 13% dos bancos) e introdução de tecnologias novas na empresa (muito ou várias vezes utilizado por 37% dos bancos) Entretanto, os seguintes indicadores de natureza qualitativa parecem diferenciar os bancos: características gerais dos recursos humanos da empresa (muito utilizado por 7% dos bancos mas nunca utilizado por 37% dos bancos); o relacionamento próximo entre o gerente da empresa e o banco (muito utilizado por 37% dos bancos e nunca ou pouco utilizado por 19%). Detalhando os indicadores de natureza qualitativa mais utilizados: Indicadores de gestão O indicador mais utilizado revela ser a experiência da empresa para honrar os seus compromissos. Do lado oposto, o indicador menos utilizado parece ser a alternativa de utilização de dividendos no re-investimento da empresa ou na sua distribuição pelos accionistas (48% dos bancos responderam que o indicador é muito utilizado contra 26% que o referem como pouco ou nunca utilizado). Capacidade dos gestores: A riqueza dos gestores foi referenciada por 77% dos bancos como " sempre " ou " diversas vezes " utilizados e apenas 7% indicam " nunca " ou " pouco " utilizado. Do lado oposto, o indicador menos referenciado é o nível de formação escolar dos gestores : 26% dos bancos utilizam este indicador " diversas vezes" mas 19% indicam nunca o considerar na avaliação de risco; 55% dos bancos utilizam moderadamente este indicador. 12

11 Opinião sobre características económicas e financeiras da empresa Todos os indicadores propostos foram referenciados. Os bancos diferenciam-se somente entre a indicação de ser muito utilizado ou apenas, diversas vezes utilizado: Assim, o indicador mais referenciado é o registo histórico de crédito duvidoso: 37% dos bancos indicam que utilizam sempre este indicador e 52% referem a sua utilização por " diversas vezes ". O facto de uma empresa pertencer a um grupo económico é importante para 88% dos bancos. A quota de mercado da empresa é muito utilizado por 19% dos bancos e 67% referenciam que utilizam este indicador por diversas vezes". Finalmente, sinais de dependência da empresa aos fornecedores é indicado por 19% dos bancos como " sempre utilizado "e 70% como " diversas vezes " utilizado. Inovação tecnológica A introdução de novos equipamentos e as condições físicas da empresa são os indicadores mais referenciados deste grupo. O primeiro é muito utilizado ou diversas vezes utilizado por 48% dos bancos contra 11% que indicam " nunca " ou " poucas vezes " utilizado. O segundo indicador é muito ou diversas vezes utilizado por 26% contra 15% como " pouco " ou " poucas vezes " utilizado. O indicador menos referenciado é o esforço de investigação, o qual é referenciado por 52% dos bancos como " muito " ou " diversas vezes " utilizado contra 48% que indicaram " pouco " ou " poucas vezes " utilizado. Salários e força de trabalho Os indicadores de recursos humanos parecem ser pouco utilizados na avaliação do risco de crédito. No entanto, dentro deste grupo o indicador mais referenciado é o facto da empresa ter salários em atraso, o qual é indicado por 60% dos bancos contra 11% que o refere como nunca ou poucas vezes utilizado. Se as condições de trabalho têm uma importância relativa na avaliação do risco de crédito, as políticas salariais seguidas pelas empresas não parecem influenciar a determinação do risco da empresa. O primeiro indicador obteve 7% das respostas como " sempre " ou " diversas vezes " utilizado contra 37% que indicaram " pouco " ou " nunca" utilizado. O segundo indicador 13

12 foi indicado como " diversas vezes " utilizado por um único banco contra 67% que o refere como nunca ou " pouco " utilizado. Aspectos humanos Este indicador avalia o relacionamento entre os gestores e os bancos. O indicador mais referido é a opinião do gerente da rede bancária local: Todos os bancos referenciaram esta opinião pessoal como " sempre " ou " diversas vezes " utilizado. Do lado oposto, o relacionamento do gerente de conta com o gestor da empresa não é significativamente referenciado pelos bancos. 14

13 5.B A atitude dos bancos face ao risco e ao crédito duvidoso Nesta secção analisámos os critérios de diferenciação relativamente ao risco das empresas. Parecenos relevante observar se a exigência de garantias e o pedido de informação adicional às empresas se encontra ou não dependente da classificação de risco atribuida à empresa. Será que a reputação da empresa determina a classificação atribuída? Ou será que a atribuição de uma classificação de risco muito baixo ou baixo é condição suficiente para determinar a reputação da empresa? Identificamos as seguintes atitudes dos bancos face às empresas de risco muito baixo ou baixo: Reduzir a supervisão da actividade da empresa, considerando que o problema de risco moral se encontra muito reduzido. Diminuição da taxa de juro aproximando-se esta da taxa de juro considerada para as operações sem risco. Interesse do banco em financiar todos os projetos apresentados por estas empresas, propondo-lhes produtos financeiros e linhas de crédito especiais. Redução das garantias, requeridas nãormalmente para as empresas de risco mais elevado. Identificamos as seguintes atitudes dos bancos face às empresas de risco muito elevado ou elevado: Em caso de risco de falência, os bancos têm mais interesse em interferir na gestão da empresa Restrição do financiamento da empresa Aumento das garantias O indicador " aumento das garantias " é o mais referenciado para as empresas de risco elevado: 78% dos bancos indicam ter esta atitude " diversas vezes " ou sempre mesmo para as empresas de risco médio. Se a classe de risco aumentar, as respostas passam de " diversas vezes " para " 15

14 sempre ". Somente para as empresas classificadas de risco muito baixo é que a redução das garantias se encontra mais generalizada. Para as empresas de risco baixo, a redução das garantias não é óbvia: 70% dos bancos indicam reduzir as garantias nas empresas de risco muito baixo, mas nas empresas classificadas de risco baixo, essa frequência encontra-se reduzida a 26% dos casos. Quanto à redução da taxa de juro, parece haver uma diferenciação nítida na atitude dos bancos face às empresas de risco muito baixo ou baixo relativamente às empresas de risco muito elevado, elevado ou mesmo de risco médio. A redução da taxa de juro é referenciada por 63% dos bancos nas empresas de risco muito baixo. Esta percentagem diminui até 41% para as empresas de risco baixo. Do lado oposto, nas empresas classificadas de risco médio, o aumento da taxa de juro é indicado por 41% dos bancos contra 44% que indicaram que o aumento se encontra dependente de outros factores. A restrição do crédito às empresas de risco mais elevado é considerada pela maioria dos bancos: 67% dos bancos indicaram " sempre " relativamente às empresas classificadas de risco muito elevado. Quando o nível do risco aumenta, as possibilidades de racionar o crédito aumentam também: 22% dos bancos consideraram mesmo a possibilidade de racionar o crédito relativamente às empresas de risco médio e 59% dos bancos indicaram que racionar o crédito se encontra dependente de outros factores. Parece-nos óbvio o interesse de financiamento às empresas classificadas de risco muito baixo contra a vontade de reduzir o financiamento às empresas de risco mais elevado. Entretanto, para 59% dos bancos o interesse de financiamento às empresas de risco baixo encontra-se dependente de outros factores. Esta situação mostra a forte precaução dos bancos no financiamento às empresas. Para as empresas de risco elevado parece-nos evidente o desinteresse de financiamento. No entanto, para as empresas de risco médio, parece-nos haver já uma vontade nítida de redução do financiamento : 81% dos bancos indicam uma " redução do financiamento para esta classe de risco; 59% indicam " diversas vezes " e 22% " sempre". Observámos igualmente a relação entre o risco e a necessidade de supervisão da empresa. Reduzir a 16

15 supervisão das empresas classificadas de risco baixo não reuniu uma resposta generalizada: Quase metade das respostas mostram que os bancos não atenuam a supervisão das empresas classificadas de risco muito baixo. Para as empresas do risco baixo, essa percentagem sobe para 56% dos bancos Finalmente, observámos a vontade dos bancos interferirem na gestão das empresas em caso de risco de falência. Ao contrário da intenção de supervisão, a vontade de interferência na gestão das empresas não é seguida pela maioria dos bancos. Relativamente às empresas de risco elevado, encontramos 15% das respostas que mostram intenção de interferência na gestão da empresa contra 30% que responderam " nunca " e 41% que indicaram que a intenção de interferir se encontra dependente de outros factores. Para as empresas de risco muito elevado, a percentagem de intenção de interferência sobe até 37% das respostas. Analisámos seguidamente a diferenciação de atitudes entre os bancos com características universais das dos bancos especializados. Os bancos de características universais parecem recorrer mais aos colaterais como instrumento de distinção do risco entre as empresas. Os bancos universais apostam mais em reduzirem o nível de garantias nas empresas classificadas de risco muito baixo ou baixo e exigirem garantias complementares às empresas de risco muito elevado, elevado ou médio. Ao contrário, os bancos de investimento apostam mais na utilização de "prémios" de risco para distinguir as empresas quanto ao risco, racionando mesmo o crédito às empresas de risco elevado: 17

16 Quadro 3 Bancos universais e bancos de investimento - distribuição em percentagem por atitudes tomadas face ao risco: Empresas de risco muito baixo ou baixo Nível de risco Comportamento do banco Muito baixo baixo NR NR Nenhuma monitorização - banco universal banco de investimento Prémio de risco. (-) - banco universal banco de investimento Financiamento da empresa - banco universal banco de investimento Garantias (-) - banco universal banco de investimento Atitudes: 1-nunca utilizado; 2-não utilizado; 3- utilizaram; 4-muito utilizado 5-sempre utilizado NR: nenhuma resposta 18

17 Quadro 4 Bancos universais e bancos de investimento- distribuição em percentagem por atitudes tomadas face ao risco: Empresas do risco muito elevado e elevado Nível de risco Comportamento do banco Elevado Muito elevado NR NR Reduzir o financiamento - banco universal banco de investimento Garantias (+) - banco universal banco de investimento Racionar o crédito - banco universal banco de investimento interferir na gerência da empresa. - banco universal banco de investimento Atitudes: 1-nunca utilizado; 2-não utilizado; 3- utilizaram;4-muito utilizado 5-sempre utilizado NR: nenhuma resposta Comparando o peso dado aos indicadores quantitativos e qualitativos, os bancos que atribuem maior importância aos indicadores quantitativos parecem encontrar-se mais interessados em requerer às empresas de risco elevado mais garantias ou mesmo racionar o crédito a este grupo de empresas. Do lado oposto, são os bancos que atribuem maior ponderação aos indicadores " qualitativos " os mais interessados em reduzir o prémio de risco ou aumentar sua participação em empresas de mais baixo risco: 19

18 Quadro 5 Bancos que ponderam fortemente os indicadores " quantitativos " (quantitativos > 80%) versus bancos que ponderam relativamente pouco os indicadores quantitativos (quantitativos < 60%) - distribuição em percentagem por atitudes tomadas face ao risco: Empresas de risco muito baixo ou baixo Nível do risco Comportamento do banco Muito baixo baixo Nenhuma monitorização - quantitativos>80% quantitativos<60% Prémio de risco. (+ou -) - quantitativos>80% quantitativos<60% Financiamento da empresa quantitativos>80% quantitativos<60% Garantias (+ ou-) - quantitativos>80% quantitativos<60% Atitudes: 1-nunca utilizado; 2-não utilizado; 3- utilizaram;4-muito utilizado; 5-sempre utilizado 20

19 Quadro 6 Bancos que ponderam fortemente os indicadores " quantitativos " (quantitativos > 80%) versus bancos que ponderam relativamente pouco os indicadores quantitativos (quantitativos < 60%) - distribuição em percentagem por atitudes tomadas face ao risco: Empresas do risco muito elevado e elevado Nível do risco Comportamento do banco Elevado Muito altamente Reduzir o financiamento - quantitativos>80% quantitativos<60% Garantias (+) - quantitativos>80% quantitativos<60% Racionar o crédito - quantitativos>80% quantitativos<60% interferir na gerência da empresa. - quantitativos>80% quantitativos<60% Atitudes: 1-nunca utilizado; 2-não utilizado; 3- utilizaram;4-muito utilizado 5-sempre utilizado A atitude dos bancos ao enfrentar o crédito duvidoso pode ser observada pelas seguintes três acções principais: (1) Atitude extrema: processo no tribunal (2) Atitude de precaução : avaliando os recursos da empresa, reforçando os contactos com os gestores ou mesmo reforçar os contactos com outros bancos. (3) Atitude de participação directa na gestão da empresa: na reorganização da empresa, na renegociação da dívida ou na transformação da dívida em accões da empresa. A atitude mais generalizada face ao crédito duvidoso situa-se na renegociação do empréstimo. 21

20 Dentro da atitude de precaução, a atitude mais seguida parece ser a da reavaliação dos recursos da empresa. Por outro lado, a atitude menos utilizada parece ser a transformação da dívida em accões da empresa. Quadro 7 Comportamento dos bancos perante o crédito duvidoso: Bancos universais versus bancos de investimento- distribuição em percentagem por atitudes tomadas face ao risco: Bancos Comportamento do banco Bancos Comportamento do banco U- Universal Investimento U- Universal Investimento A.Solução judicial 1 E. Participar na 1 2 8,3 reorganização da empresa NR NR B. Reavaliação de activos F. Renegociação do 1 2 débito NR NR C. Reforçar os contactos com 1 G. Transformação da os gestores dívida em accões NR NR D. Reforçar os contactos com 1 outros bancos NR Atitudes: 1-nunca utilizado; 2-não utilizado; 3- utilizaram;4-muito utilizado; 5-sempre utilizado NR: nenhuma resposta 22

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