1º Colóquio Anual da Lusofonia SLP -NORTE P.1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1º Colóquio Anual da Lusofonia SLP -NORTE P.1"

Transcrição

1 P.1

2 P.2 1º Colóquio Anual da Lusofonia SLP -NORTE Local Fundação Eng.º António de Almeida R. Tenente Valadim, 231/325, Porto Tel Fax PROGRAMA 18 E 19 OUTUBRO 2002 Repensar a Lusofonia como instrumento de promoção e aproximação de culturas. Áreas/Temas de abordagem Língua, Multimédia e Comunicação Social Desenvolvimento curricular Cidadania e Participação Politica Tradução e Cultura (inter e transcultural), Estudos Interculturais Diversidades Culturais Moderadores: Dr. José Manuel Matias, Chrys Chrystello (Mestre), Professor Doutor Embaixador José Augusto Seabra representado por Dr. António José Queirós e Dra. Helena Chrystello Sexta e Sábado Registo Presenças Sexta Apresentação/Cerimónia de Abertura* José Manuel Matias, Vice-Presidente da SLP, Instituto Camões Chrys Chrystello*, University of Technology Sydney, UTS Australia Sábado Apresentação/Cerimónia de Abertura* Leitura da Nota de Encerramento Dra. Elsa Rodrigues dos Santos, Presidente da SLP Chrys Chrystello*, University of Technology Sydney, UTS, Australia Fado Português Amador e Porto de Honra

3 P.3 DISCURSO DE ABERTURA* Antes de mais queria agradecer a todos os que se dignaram honrar-nos com a vossa presença e participação nesta Jornada que visa contribuir para debater a problemática da língua portuguesa no mundo não somente em termos das suas formulações históricas e teóricas mas e sobretudo, de analisá-las nas suas modalidades práticas com as necessárias correspondências em articulação com outras comunidades culturais, históricas e linguísticas lusófonas como agentes fundamentais de mudança. Pretende-se repensar a Lusofonia, como instrumento de promoção e aproximação de povos e culturas. O Porto foi a cidade escolhida porque foi perdida a oportunidade, como Capital Europeia da Cultura, de fazer ouvir a sua voz nos média nacionais e internacionais como terra congregadora de esforços e iniciativas em prol da língua de todos nós da Galiza a Cabinda e Timor, passando pelos países de expressão portuguesa e por todos os outros países onde não sendo língua oficial existem Lusofalantes. Por este motivo, foi escolhida a seguinte temática para o 1º Colóquio da Sociedade de Língua Portuguesa no Porto: - Repensar a Lusofonia como instrumento de promoção e aproximação de culturas: através de cinco áreas temáticas 1. Língua, Multimédia e Comunicação Social; 2. Desenvolvimento curricular; 3. Cidadania e Participação Politica 4. Tradução e Cultura (inter e transcultural), Estudos Interculturais; e 5. Diversidades Culturais Pretendíamos receber propostas de temas abarcando uma vasta área, quer geográfica quer tematicamente, a fim de permitir uma visão globalizante e abrangente do tópico do colóquio e os candidatos corresponderam totalmente a essa nossa intenção, pelo que serão premiados com a publicação dos seus trabalhos na Revista da Língua, da Sociedade de Língua Portuguesa. Convém aqui fazer uma curta resenha do historial atribulado mas nem por isso, menos glorioso desta instituição que teve a visão e a coragem de organizar este evento sem subsídios nem apoios.

4 P.4 Breve Historial da SLP Fundada em 14 de Novembro de 1949, a Sociedade da Língua Portuguesa (SLP), nasce vocacionada para a investigação, difusão e defesa da Língua Portuguesa. Foi uma ideia do Prof. Vasco Botelho do Amaral tornada pública aos microfones do Rádio Clube Português, em 26 de Março de Em 1979, passa a Instituição de Utilidade Pública e, em 1982 a Membro-Honorário da Ordem do Infante Dom Henrique. Em 1989, passa a designar-se Sociedade da Língua Portuguesa, Instituto de Cultura. A SLP afirma-se pelo modo continuado qualitativo como desenvolve o seu trabalho. As suas actividades são diárias e abarcam não só a área específica da língua portuguesa como outras da cultura. Desde 1981, a SLP insiste na criação do Dia Internacional da Língua Portuguesa. Esta ideia, levada ao conhecimento do presidente da Assembleia da República, foi apresentada ao seu Plenário e saudada por aclamação e de pé por todos os Deputados, como vem no Diário das Sessões de , p Funcionou ainda na SLP o Tribunal da Língua Portuguesa, tribunal de pressão junto da opinião pública, onde, por um lado são apreciadas queixas e julgadas agressões públicas à Língua Portuguesa e, por outro, questões relativas ao seu ensino. Em sua substituição, foi criada em 1996 a Provedoria da Língua Portuguesa, com o intuito de alertar a opinião pública e o poder instituído para a situação caótica em que se encontra o nosso idioma. A sua acção traduz-se por um alerta constante às instituições que violam as actuais normas ortográficas. Neste âmbito, procurará sensibilizar o Registo Nacional de Pessoas Colectivas no sentido de assegurar a correcta grafia das novas designações. Tem sido sua missão denunciar casos como os de docentes estrangeiros que impõem, nas aulas e nas reuniões, o Inglês como língua! Desenvolve, também, acções concretas relativas ao uso de estrangeirismos (especialmente anglicismos) quando existem termos equivalentes na Língua Portuguesa. No âmbito da sua actividade, a Provedoria da Língua procura denunciar a falta de apoio às comunidades portuguesas dispersas pelo Mundo, sobretudo no que diz respeito ao ensino da língua aos lusodescendentes. Só através de uma política efectiva de língua se poderá defender e promover o ensinamento salutar do espaço cultural lusófono, contribuindo decisivamente para a sedimentação do Português como um dos principais veículos de expressão. O seu propósito maior é mobilizar todos no sentido de conseguir que nenhum se demita da responsabilidade que efectivamente tem na defesa do idioma pátrio. A SLP ainda toma como função o alertar para os atentados ao Património Cultural. No estrangeiro, os destinatários do Boletim trimestral «Língua Portuguesa» distribuem-se por 40 países. Recebem-no sócios da SLP, Associações de Emigrantes Portugueses, espalhados por 27 países e, ainda, todas as Universidades e Bibliotecas Públicas de Angola, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Três prémios internacionais são atribuídos pela SLP: Grande Prémio Internacional de Linguística, Prémio Internacional de Tradução e Troféu de Estudos Portugueses e ainda Certificado de Capacidade de Conversação, que é entregue a todo o estrangeiro nacional de países de língua não-portuguesa que

5 P.5 visite a SLP e fale correntemente o Português. Recentemente foi criado o Prémio Fernando Sylvan que se destina a galardoar a melhor obra literária ou linguística de temática timorense. Uma importante biblioteca, e cerca de títulos, pertence aos associados e consente leitura domiciliária. O seu livro mais antigo, «Las Obras dei Exceil'ète Poêta Garcilasso de Ia Vega», é do «Afio 1570». A SLP detém os direitos de propriedade de várias obras: Charlas Linguísticas, de Raul Machado e o Grande Dicionário de Língua Portuguesa de José Pedro Machado, de que já incentivou 4 grandes edições. A SLP é frequentemente chamada para comparticipar em comissões. Fez parte da Comissão Executiva das Comemorações do Cinquentenário de Fernando Pessoa (l988). Foi ouvida na organização do Centro Português de Terminologia da Academia das Ciências de Lisboa e é membro permanente da Comissão Nacional da Língua Portuguesa (CNALP). A SLP tem feito parte de júris literários, quer por convite directo, quer por indicação da Associação Portuguesa de Escritores (APE). Hoje como ontem, a nossa língua é vítima de banalização e do laxismo, pois os portugueses, infelizmente, estão pouco conscientes da força e do valor do seu património linguístico. Falta-lhes o gosto por falar e escrever bem, e demitem-se da responsabilidade que lhes cabe na defesa da língua que falam, factor de identidade nacional. Há outros aspectos de que, por serem tão correntes, já mal nos apercebemos: o mau uso das preposições, a falta de coordenação sintáctica, a violação das regras de concordância, estão a atingir a capacidade de raciocínio e, logicamente, afectam a estrutura do pensamento e a expressão. Além dos tratos de polé que a língua falada sofre nos meios de comunicação social, uma nova frente se está a abrir com o ciberespaço e com as novas redes de comunicação. Urge pois apoiar os órgãos de comunicação social, promover uma verdadeira formação dos professores desta área, zelar pela dignificação da língua portuguesa nos organismos internacionais, dotando-os com um corpo de tradutores e intérpretes eficazes. A crise actual portuguesa reflecte uma nação em crise, a crise de valores, a crise actual de identidades. É certo que jamais podemos esquecer que a língua portuguesa mudou através dos tempos, e vai continuar a mudar. A língua não é um fóssil. A mudança dá-se por certas estruturas, produtivas em fases anteriores, estarem já ultrapassadas. Hoje, a mudança está a fazer. A SLP, criada essencialmente para defender a norma, não pode nem deve afastar-se dos seus objectivos estatutários, porque se o fizesse estaria a trair a sua história. Foram mais de 50 anos de desinteressado trabalho de muitos dirigentes, sócios e simpatizantes, animados exclusivamente pelo gosto e pelo amor à língua portuguesa

6 P.6 que vemos florescer "altiva" por todos os cantos do mundo, e de uma forma muito especial, pelo espaço da Lusofonia aqui representada hoje. Recentemente o emérito linguista anglófono Professor David Crystal escrevia dizendo O Português parece-me que tem um futuro forte, positivo e promissor, garantido à partida pela sua população-base de mais de 200 milhões, e pela vasta variedade que abrange desde a formalidade parlamentar até às origens de base do samba. Ao mesmo tempo, os falantes de português têm de reconhecer que a sua língua está sujeita a mudanças, tal como todas as outras, e não se devem opor impensadamente a este processo. Quando estive no Brasil, no ano passado, por exemplo, ouvi falar dum movimento que pretendia extirpar todos os anglicismos. Para banir palavras de empréstimo doutras línguas pode ser prejudicial para o desenvolvimento da língua, dado que a isola de movimentações e tendências internacionais. O inglês, por exemplo, tem empréstimos de 350 línguas, incluindo Português, e o resultado foi ter-se tornado numa língua imensamente rica e de sucesso. A língua portuguesa tem a capacidade e força para assimilar palavras de inglês e de outras línguas mantendo a sua identidade distinta. Espero também que o desenvolvimento da língua portuguesa seja parte dum atributo multilingue para os países onde é falada, para que as línguas indígenas sejam também faladas e respeitadas, o que é grave no Brasil dado o nível perigoso e crítico de muitas das línguas nativas. 1 Posteriormente contactei aquele distinto linguista preocupado com a extinção de tantas línguas e a evolução de outras, manifestando-me preocupado pelo desaparecimento de tantas línguas aborígenes no meu país e espantado pelo desenvolvimento de outras. Mostrava-me preocupado sobretudo pelos ismos que encontrara em Portugal após 30 anos de diáspora. Mesmo admitindo que as línguas só podem ter capacidade de sobrevivência se evoluírem eu alertava para o facto de recentemente terem sido acrescentadas ao léxico 600 palavras pela Academia Brasileira em 1999 das quais a maioria já tinha equivalente em português. 1 Carta de David Crystal 16/02/2001 a Pedro Kaul do governo brasileiro, citada no fórum Ajudar Timor em 16/03/2001

7 P.7 Sabendo como o inglês destronou línguas em pleno solo do Reino Unido, tal como Crystal afirma no caso dos idiomas Cúmbrico, Norn e Manx, perguntava ao distinto professor qual o destino da língua portuguesa, sabendo que o nível de ensino e o seu registo eram cada vez mais baixos, estando a ser dizimados por falantes ignorantes, escribas, jornalistas e políticos sem que houvesse uma verdadeira política da língua em Portugal e alguns esforços para criar uma no Brasil. A sua resposta 2 em Março último pode-nos apontar um de muitos caminhos, que espero ver tratados neste fórum aqui hoje. Diz Crystal: As palavras de empréstimo mudam, de facto, o carácter duma língua, mas como tal não são a causa da sua deterioração. A melhor evidência disto, é sem dúvida a própria língua inglesa que pediu de empréstimo mais palavras do que qualquer outra, e veja-se o que aconteceu ao Inglês. de facto, cerca de 80% do vocabulário inglês não tem origem Anglo-Saxónica, mas sim das línguas Românticas e Clássicas incluindo o Português. É até irónico que algumas dos anglicismos que os Franceses tentam banir actualmente derivem de latim e de Francês na sua origem. Temos de ver o que se passa quando uma palavra nova penetra numa língua. No caso do Inglês, existem triunviratos interessantes como kingly(anglo-saxão), royal (Francês), e regal (Latim) mas a realidade é que linguisticamente estamos muito mais ricos tendo três palavras que permitem todas as variedades de estilo que não seriam possíveis doutro modo. Assim, as palavras de empréstimo enriquecem a expressão. Até hoje nenhuma tentativa de impedir a penetração de palavras de empréstimo teve resultados positivos. As línguas não podem ser controladas. Nenhuma Academia impediu a mudança das línguas. Isto é diferente da situação das línguas em vias de extinção como por exemplo debati no meu livro Language Death. Se as línguas adoptam palavras de empréstimo isto demonstra que elas estão vivas para uma mudança social e a tentar manter o ritmo. Trata-se dum sinal saudável desde que as palavras de empréstimo suplementem e não substituam as palavras locais equivalentes. O que é deveras preocupante é

8 P.8 quando uma língua dominante começa a ocupar as funções duma língua menos dominante, por exemplo, quando o Inglês substitui o Português como língua de ensino nas instituições de ensino terciário. É aqui que a legislação pode ajudar e introduzir medidas de protecção, tais como obrigação de transmissões radiofónicas na língua minoritária, etc. existe de facto uma necessidade de haver uma política da língua, em especial num mundo como o nosso em mudança constante e tão rápida, e essa política tem de lidar com os assuntos base, que têm muito a ver com as funções do multilinguismo. Recordo ainda que não é só o inglês a substituir outras línguas. No Brasil, centenas de línguas foram deslocadas pelo Português, e todas as principais línguas: Espanhol, Chinês, Russo, Árabe afectaram as línguas minoritárias de igual modo. Por partilhar a opinião do professor David Crystal espero que no final deste encontro possam os presentes voltar para os seus locais de residência com soluções e propostas viáveis de Repensar a Lusofonia como instrumento de promoção e aproximação de culturas sem exclusão das línguas minoritárias que com a nossa podem coabitar. 2 Carta de David Crystal ao autor (Chrys Chrystello) em 25 Março passado.

9 P.9 TEMAS APRESENTADOS NO 1º COLÓQUIO ANUAL DE LUSOFONIA SLP PORTO AFONSO, CARLOS Carlos Alberto Conceição Afonso, Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, Mestre em Educação Educação e Desenvolvimento, pela Universidade Nova de Lisboa, Doutorado (Ph.D.) em Educação pelo King s College, Universidade de Londres. Actualmente, é Professor-Adjunto na Escola Superior de Educação de Portalegre, no Departamento de Línguas e Literaturas Estrangeiras. Nesta Escola exerce as seguintes funções: Vice- Presidente do Conselho Directivo, Coordenador do Curso de Jornalismo e Comunicação, Coordenador do Centro de Recursos e Animação Pedagógica, Coordenador do Gabinete de Relações Internacionais. É, ainda, membro do Gabinete de Relações Públicas e Cooperação do Instituto Politécnico de Portalegre, responsável pelas Relações Internacionais. É autor do livro Professores e Computadores, Porto: Edições ASA, 1993, e co-autor do livro Dinâmicas de Integração, Organização e Funcionamento numa Escola Básica Integrada - Estudo de Caso, Ministério da Educação, GEF, 1998, e, ainda, autor de diversos artigos no âmbito da educação em publicações nacionais e estrangeiras. CARLOS ALBERTO C. AFONSO, ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE PORTALEGRE SINOPSE : HISTÓRIAS QUE AS PALAVRAS CONTAM Todas as palavras têm uma História. Nascem, vivem, evoluem. Algumas morrem. Muitas são adoptadas de outras línguas. Nesse processo de adopção e de integração no nosso léxico, perde-se, em grande parte dessas palavras, a raiz etimológica, não sendo raros os casos em que o significado que hoje lhes atribuímos se afasta dessa raiz. É evidente que esse afastamento se justifica com as características de um organismo vivo, como é a nossa língua. Mas até que ponto é aceitável perder-se uma ligação etimológica que enquadra a própria evolução linguística e ajuda a compreender o significado de cada palavra? A partir de um conjunto de palavras de origem estrangeira utilizadas em Português, sobretudo oriundas da Língua Inglesa, pretende-se discutir a sua raiz etimológica e evolução, tendo em vista, sobretudo o modo como a nossa língua as adoptou. Discutem-se, também, de um ponto de vista não especializado, alguns casos polémicos na relação significado-significante e grafia-pronúncia. HISTÓRIAS QUE AS PALAVRAS CONTAM Todas as palavras têm uma História. Nascem, vivem, evoluem. Algumas morrem. Muitas são adoptadas de outras línguas. Nesse processo de adopção e de integração no nosso léxico, perde-se, em grande parte dessas palavras, a raiz etimológica, não sendo raros os casos em que o significado que hoje lhes atribuímos se afasta dessa raiz. É evidente que esse afastamento se justifica com as características de um organismo vivo, como é a nossa língua. Mas até que ponto é aceitável perder-se uma ligação etimológica que enquadra a própria evolução linguística e ajuda a compreender o significado de cada palavra? A partir de um conjunto de palavras de origem estrangeira utilizadas em Português, sobretudo oriundas da Língua Inglesa, pretende-se discutir a sua raiz etimológica e evolução, tendo em vista, sobretudo o modo como a nossa língua as adoptou. Discutem-se, também, de um ponto de vista não especializado, alguns casos polémicos na relação significado-significante e grafia-pronúncia.

10 P.10 O que une a comunidade lusófona, e que constitui, mesmo, a razão de ser para a sua existência, é, sem dúvida, o facto de todos falarmos a mesma língua. Mas será que, de facto, falamos todos a mesma língua? Será, talvez, mais apropriado dizer, não que falamos a mesma língua, mas que cada um dos povos da comunidade fala uma língua com uma origem comum a todos os outros, mas diferente de cada uma delas. É verdade que em Português nos entendemos, mas cada um de nós fala um Português diferente a não ser assim, não haveria necessidade, como me dizem que acontece, que, por exemplo, uma audiência constituída maioritariamente por brasileiros tenha que usar tradução simultânea quando um português usa da palavra... Haverá, então, uma matriz, um padrão que contenha em si os traços identificativos daquilo que é comum a todos nós? E será legítimo considerar que só essa matriz é que é Português? Duas perguntas para duas respostas diferentes: afirmativa para a primeira, isto é, existe, de facto, uma matriz que identifica todos os nossos Portugueses como Português; negativa para a segunda, ou seja, que não é legítimo, longe disso, considerar que só essa matriz é que é Português. Deixo para os especialistas a tarefa de apelarem à diversidade dos fenómenos que explicam o nascimento e a evolução de uma língua, de cada um dos Portugueses que falamos. Eles são, parece-me, científicos, isto é,sobretudo linguísticos, históricos, isto é sobretudo os que explicam como o contacto entre os povos se iniciou e como evoluiu, e culturais, isto é sobretudo os que derivam da riqueza dos contributos locais e autóctones, mas também do contacto com outras culturas e outras línguas. Mas também podem ser políticos, económicos, sociais... Como vêem, é uma tarefa demasiado complicada para ser devidamente abordada aqui e agora sobretudo por mim, que não sou especialista em nenhuma das áreas. Parafraseando Mia Couto, legítimo representante de um dos registos da nossa língua comum, venho aqui brincar no Português, a língua. Essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique (Couto, 2001) ou, permito-me alterar, que nos faz a nós, comunidade lusófona, ficarmos mais comunidade...

11 P.11 Limito-me, pois, neste gosto da palavra, o mesmo que a asa sente aquando o voo (id.)- as palavras continuam a ser de Mia Couto -, a fazer a constatação de que, falando todos Português, falamos um Português diferente. E falamos todos Português porque temos a tal matriz comum que, depois, é enriquecida pela ocorrência dos tais fenómenos de que falava há pouco e que, por conseguinte, a modificam. E qual é, então, a nossa matriz comum? É um código linguístico que deriva do Indo-Europeu, do ramo Românico, constituído como corpus neste minúsculo rectângulo à beira-mar, de onde derivou para outras partes do mundo. Como língua românica, o Português sofre, por definição, uma forte influência do Latim. Mas, seja na variante europeia ou africana, ou americana, foi incorporando outros contributos, de outras culturas, que fizeram dele a língua que cada um de nós hoje fala. E é, precisamente, o contributo da cultura anglo-saxónica no Português actual que me leva a partilhar convosco as reflexões que apresento de seguida. Cientificamente chamados de estrangeirismos, os vocábulos que entram no corpus de uma língua vindos de uma outra língua, transformam-se, mais ou menos rapidamente, em vocábulos que perfilhamos e de cuja origem, não raro, perdemos a noção. Vou apresentar-vos três exemplos, que correspondem à influência de outros tantos fenómenos, de três vocábulos ou expressões que todos os Portugueses adoptaram e incorporaram no seu dia-a-dia. 1. FUTEBOL UMA PALAVRA COXA Quem, hoje, tem consciência de que a palavra futebol é um estrangeirismo? Em todos os cantos onde se fala Português, se usa o vocábulo. Teremos, no entanto, a noção de que, paradoxal e nada apropriadamente, se trata de um vocábulo coxo? Como se sabe, futebol designa um jogo, em que duas equipas de onze jogadores disputam uma bola, usando os pés, com o objectivo de a introduzir na baliza adversária. Trata-se de uma deturpação do Inglês football, em que foot significa pé e ball significa bola. Quase todas as línguas adoptaram a designação proveniente da origem britânica da palavra, embora algumas a tenham adaptado ao seu idioma. Em castelhano, por exemplo, o jogo designa-se, muitas vezes, por balonpié, e em alemão Fussball (de Fuss, pé, e Ball, bola).

12 P.12 Já em italiano, o jogo designa-se por calcio, ou seja pontapé, criando-se, assim, uma palavra nova, que tem pouco que ver com a palavra original inglesa, a não ser à alusão implícita a pé, mas que tem o mérito de transmitir a mesma ideia através de uma palavra totalmente original. Em português, optou-se por deturpar a palavra inglesa, adaptando apenas a grafia, perdendo-se, neste processo, a raiz original. Ou seja, nem se utiliza uma palavra portuguesa que transponha para a nossa língua a ideia original, como fazem espanhóis e alemães, nem se usa o original. Aliás, o mesmo se passa com outros desportos, como andebol (de hand, mão, e ball, bola), ou basquetebol (de basket, cesto e ball). O problema resolve-se no uso da língua, já que o jogo é, muitas vezes, designado, em linguagem popular por bola, como na expressão, Vamos à bola! Curioso é o caso do inglês americano, em que football designa um jogo que constitui uma mistura, porventura mais musculada, como, geralmente, acontece na transposição de alguns desportos para os Estados Unidos, entre futebol e râguebi. Por isso, se distingue entre football e soccer. Este último, deriva da expressão Football Association, constituindo, assim, uma abreviatura sincopada de association. Já agora, Football Association foi uma associação criada na Inglaterra, no final do século XIX, com o objectivo de definir as regras do futebol que, até então, e desde o seu nascimento como jogo, vivia uma fase de grande confusão e falta de regras bem definidas - qualquer jogador podia, por exemplo, jogar a bola com a mão (como faziam em Rugby). Muitas das regras então impostas por aquela Associação são as que se mantêm ainda hoje. Aliás, a entidade que regulamenta o futebol na Inglaterra continua a ser a Football Association. Para distinguir o jogo que obedece às regras definidas por esta associação, passou-se a chamar-se-lhe soccer. E aqui está um fenómeno linguístico em operação: a metonímia. Esse mesmo fenómeno está presente na própria designação original do jogo, em Inglês, uma vez que football designa a bola que se joga com o pé e passou a designar o jogo que se joga com tal objecto. Ou seja, neste caso concreto e, igualmente, no caso de outros vocábulos e expressões ligados a este desporto como golo, penálti, chutar... deu-se um aportuguesamento dos vocábulos, não tendo eles vida própria fora do respectivo

13 P.13 contexto. Parece-me que, no caso de futebol, todos escrevemos do mesmo modo, embora o possamos pronunciar de modo distinto. 2. UM BIFE DE SOJA?! A história das designações utilizadas na língua inglesa para referir as diversas carnes de consumo humano é das mais curiosas e interessantes. E conta-se em poucas palavras. Acontece que a Inglaterra foi invadida no século onze pelos Normandos, povo vindo do Norte de França, e cujo chefe, Guilherme da Normandia, foi, após a conquista da ilha, entronado como chefe também da então Inglaterra, ou terra dos Anglos. Como sempre sucede nestes casos, os conquistadores passaram, naturalmente, à categoria de senhores, enquanto a maioria dos conquistados era remetida a um papel de servidão. Ora, os senhores, de origem francesa, recordemo-lo, quando entendiam que era chegada a hora de tomarem a sua refeição, ordenavam aos servos, Ingleses, tenhamos em conta, que lhes preparassem o banquete. E então os servos escolhiam o animal que haveriam de preparar e cozinhar para levar à mesa dos seus amos. Para eles, servos e Ingleses, aquele animal de cauda pequena e retorcida e narinas avantajadas, que gostava de chafurdar na porcaria, era um pig. O problema é que para os senhores, Franceses, o mesmo animal, já preparada e pronto a comer que chegava à sua mesa era, nem mais nem menos, do que um porc, designação que lhes chegara do Latim porcus. Sucedia, portanto, esta coisa curiosa de a mesma criatura ter duas designações: uma para o animal vivo (pig), como era conhecida pelos Ingleses, e outra para o animal morto (porc), ou seja a respectiva carne, como era usada pelos Franceses... Esta distinção subsistiu e existe ainda hoje no Inglês. Não se espere, pois, que um Inglês diga, olhando para um porco na pocilga, What a fine pork! (Que belo porco!); ele dirá, isso sim, What a fine pig! Já num restaurante em Inglaterra, ninguém espere encontrar no menu, roasted pig ( porco assado ), porque o que encontrará é, sim roasted pork... E o que sucedeu ao pobre suíno foi a sorte de outros animais usados no consumo humano. Para os Ingleses veal (vitela), para os Franceses veau; para os Ingleses sheep (carneiro), para os Franceses mutton, e por aí adiante. Do Francês transferiram-se, ainda, para o Inglês, nesta área vocabular, loin (de loigne), lombo, sausage (de saussiche), salsicha ou chouriço e outras. Nem todos os animais de

14 P.14 consumo humano, no entanto, sofrem deste problema de dupla identidade, desconhecendo-se a razão. O caso mais curioso, no entanto, até pelas implicações que tem na nossa língua é o da palavra inglesa beef. Esta tem origem no Francês boeuf e designa carne de animal vacuum. É um caso de dupla identidade: aquilo que para Ingleses era cow (vaca) ou ox (boi), para os Franceses, era boeuf. Assim sendo, beef não designa um pedaço de carne de determinada parte do corpo do animal apropriado para grelhar ou fritar inteiro, mas quer dizer, simplesmente, carne de vaca. Foi esta confusão que deu origem ao nosso bife. Para nós um bife é, de facto, um pedaço de carne grelhado ou frito, indistintamente do animal de onde sai apesar de o Dicionário da Academia das Ciências registar a palavra como designando uma fatia de carne de bovino, que se serve grelhada ou frita..., referindo-se à sua origem etimológica como derivando do ingl. carne de vaca. O que é certo é que utilizamos bife no sentido mais lato, acima descrito. Temos, assim, bifes de vaca, o que constitui um pleonasmo, mas temos também, o que constitui uma grande asneira, bifes de peru, bifes de porco e, até, bifes de atum. Mas a maior incongruência, neste particular, até pelo desrespeito pelos princípios seguidos pelos vegetarianos, é a existência, calcule-se, de bifes de soja! Acontece, ainda, uma outra curiosidade à volta do bife e que demonstra bem as voltas que, por vezes, as palavras levam. É que os Ingleses usam o vocábulo steak para designar aquilo a que nós chamamos, impropriamente, bife. Temos, assim, um porksteak, ou bife de porco ou beefsteak, bife de vaca. Ora, os Franceses utilizam hoje bifteck com o mesmo significado de beefsteak trata-se, aliás, de uma evidente deturpação da expressão original. Em França se utiliza, também, rosbif, que deriva do Inglês roastbeef e que nós em Português designamos de rosbife. Ou seja, tendo sido os Franceses, mais propriamente os Normandos, a ensinar aos Ingleses a palavra boeuf, que estes últimos adaptaram para beef, foram, depois, os Ingleses a introduzir no léxico francês o vocábulo bifteck, o qual tem, na sua raiz, a mesma palavra que os Franceses levaram para Inglaterra OS MASS MEDIA OU UM CASO DE DUPLA IDENTIDADE Ora aqui está uma expressão que anda, literalmente, nas bocas do mundo, sendo, muitas vezes, usada abreviadamente como [os] media. A expressão, propriamente dita, foi vulgarizada na Língua Inglesa, a qual a foi buscar, sem dúvida, ao Latim.

15 P.15 Esta circunstância levanta uma série de questões, nem sempre pacíficas. Uma delas diz respeito à etimologia da própria expressão. O Dicionário da Academia das Ciências atribui a etimologia da expressão à língua Inglesa: na entrada respectiva a referência etimológica é descrita como derivando (...) (Do ingl. <mass> media meios de comunicação de massas, do lat. media meios ). Ora, se não há dúvidas de que mass, deriva do Latim massa/ae, que significa conjunto, já a origem de media não é tão clara. Na verdade, em Latim existem os vocábulos medium/ii, como substantivo, significando meio, centro, lugar central, lugar público, bem comum de interesse geral, ou medius/a/um, como adjectivo, aqui tomando o significado de o que está no centro, central, ou intermediário. Nos dicionários consultados, não se encontra nenhuma referência à existência, em Latim, de media com o significado de meios, isto é, instrumentos, recursos. Porém, o Dicionário da Academia regista, assim o vocábulo meio: Meio (...) s.m. (Do lat. medium) (...) 9. Recursos empregues para alcançar um objectivo. ~_ Expediente, método (...) 11. Aquilo que exerce uma função intermediária na realização de alguma coisa. ~_ Via (...) meios de comunicação (...) meios de comunicação social, veículos de difusão de informação à opinião pública Nesta acepção, independentemente do significado final, medium é sempre entendido como constituindo a origem etimológica de meios. Deve registar-se, no entanto, que qualquer recurso que se utilize para alcançar um objectivo (definição 9. acima) é, nem mais nem menos, do que um intermediário, isto é, exerce uma função intermediária (definição 11. acima) entre o que se pretende fazer e o que se faz se eu quero transmitir aquilo que escrevi utilizo a minha voz, ou um acetato, como meios para o fazer. No mesmo sentido, o Larousse (1988) regista media como n. m. (amér. mass media, intermediaires de masses) (...). Ou seja, a expressão mass media, significará, à letra, aquilo que serve de intermediário entre a mensagem e o público, constituindo, assim, o canal de comunicação que transporta a mensagem entre o emissor e o receptor (o público, ou as massas) cf. definições do Dicionário da Academia e do Larousse. Sendo assim, a origem etimológica de media deverá, parece-me, situar-se na forma neutra de medius, isto é, medium, e não em medium/ii (cf. acima). Não será, pois, legítimo

16 P.16 considerar que a expressão significa algo como (conjunto de) meios de (comunicação de) massas. A outra questão a esclarecer diz respeito ao modo como deve ser pronunciada a expressão. Uma vez que ela chega ao nosso vocabulário através do Inglês como reconhecem quer o Dicionário da Academia, quer o Larousse, quer o próprio Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa (Machado, 1977) - devemos utilizar a pronúncia inglesa, isto é [mæss/mass mídia]? Ou, apesar disso, o que conta para nós é que a expressão se forma a partir de dois vocábulos latinos e, portanto, não é legítimo utilizar a pronúncia inglesa, antes se devendo usar a portuguesa, como reflexo directo da influência latina? Para responder a esta dúvida, analisemos, com um pouco mais de detalhe a composição da expressão. Na língua Inglesa existem os dois vocábulos, mass e medium. O primeiro designa, entre outros, um conjunto grande de objectos ou de pessoas, dele derivando o adjectivo massive, como significado de impressionante, invulgarmente grande; não há dúvidas, também, que o vocábulo deriva do Latim, como se explicita acima apesar de, ao que parece, o Latim o ter ido buscar ao Grego maza. Por sua vez, a palavra medium, em Inglês significa, entre outras coisas, pessoa que comunica com os espíritos, isto é, intermediário entre o mundo dos vivos e o dos mortos, bem como outras formas de intermediação, ou, no plural media [mídia], meios usados para comunicar alguma coisa; igualmente, não há dúvidas de que o vocábulo deriva do Latim. Por seu lado, em Português também se usa o vocábulo massa ou massas, para significar um conjunto grande de pessoas como na expressão grande massa de gente, ou falar às massas. Existe, também, meio, para, entre outros significados, designar instrumento ou forma de, ou através de como nas expressões enganar alguém por meio de um estratagema, ou o computador é um meio de comunicação. Assim, de forma a designar em Português o conjunto de meios utilizados para alcançar um grande número de pessoas (ou massa(s)), deveríamos dizer, para manter a construção e estruturas frásicas da nossa Língua, media massa e não mass media. É que esta última estrutura é tipicamente inglesa ou anglo-saxónica, com a inversão da ordem que nós consideramos natural: em expressões compostas, como é o caso, a Língua Inglesa coloca em segundo lugar aquilo que nós, em Português, dizemos em primeiro lugar e vice-versa atente-se, a título de comparação e de

17 P.17 exemplo, nas expressões goal keeper, que significa guarda (keeper)-redes (goal), ou passenger train, isto é comboio (train) de passageiros (passenger). Em suma, se é verdade que cada um dos componentes da expressão mass media, deriva de vocábulos latinos, e, por essa circunstância, se deveria utilizar a pronúncia portuguesa, também não deixa de ser verdade que a expressão, no seu conjunto, é de origem inglesa. Ela surge no vocabulário de variadíssimas línguas mundiais, incluindo o Português, por empréstimo da Língua Inglesa, tratando-se, por conseguinte, de um estrangeirismo, na maioria dessas línguas. Ora, se nas línguas românicas, com origem directa no Latim, se deverá usar a pronúncia latina, nas outras línguas, admite-se que a pronúncia utilizada seja a inglesa. No nosso caso específico, deverá, pois, pronunciar-se como se escreve mass media apesar de tal constituir, por assim, dizer, um aportuguesamento da expressão sublinha-se, da expressão como um todo, e não de cada um dos seus componentes. Se se utilizar, apenas, um dos componentes da expressão, como muitas vezes se faz, dizendo-se os media, para designar os meios (de comunicação social), então, aí, não deve haver dúvidas em dizer como se escreve, e não como se diz em Inglês, isto é [midia]. Reconheço que não é pacífica a forma como acabei de apresentar a questão. É que há dois fundamentalismos aqui, que eu procurei evitar: o dos puristas que defendem que sendo a expressão constituída por dois vocábulos de origem latina, se deverá dizer sempre mass media. A isto respondem os mais cosmopolitas, digamos assim, com o argumento de que foram os Ingleses que inventaram a expressão e que, portanto, se deverá dizer [mass midia]. Marques (2001), por exemplo, é peremptório na defesa da pronúncia latina, acusando os que defendem a pronúncia inglesa de ignorantes ou snobes... (Marques, 2001: 34-35). Acabei de apresentar três exemplos de vocábulos ou expressões que foram incorporados na língua Portuguesa, vindos do Inglês. Foram, como vimos, sujeitos a um processo de aportuguesamento, com diferentes efeitos. No caso de futebol, perdeu-se qualquer ligação etimológica ao vocábulo original. Em bife, aconteceu uma completa adulteração da origem etimológica e da justificação histórica para o surgimento da palavra. Em mass media, o aportuguesamento também aconteceu, mas, vá lá, manteve-se a grafia e a origem etimológica.

18 P.18 Como explicar, então, que no Brasil não só se diga mas se escreva midia? Neste caso, tal como no caso em que se opta pela pronúncia Inglesa, estamos em presença da emergência de um dos outros fenómenos de que falava no início: são as influências culturais, fruto do contacto com a cultura inglesa e americana, que o exigem... O que se faz no Português do Brasil com media é, assim, o que se faz no Português europeu e nas outras variantes, além de outras línguas, em relação a futebol: utilizase um vocábulo cuja grafia e pronúncia foram adaptados, nesse processo se perdendo a respectiva raiz etimológica. Pode a Língua Portuguesa, que todos falamos, alguma vez combater a força da cultura anglo-saxónica e proteger-se da intrusão de vocábulos ou expressões como os que apresentei? A questão será tanto mais pertinente num momento em que parece que caminhamos para uma globalização acelerada e, tantas vezes, cega e em que, neste como noutros domínios, não conseguimos resistir à força das manifestações culturais da cultura anglo-saxónica - no cinema, na música, etc. A dimensão da nossa comunidade, no entanto, talvez justificasse um esforço mais consistente na defesa do património linguístico, de cuja manutenção e enriquecimento, todos somos responsáveis. Termino, recorrendo, uma vez mais a Mia Couto, que, interrogando-se sobre quantas são as dimensões da vida: Meu desejo é desalisar a linguagem, colocando nela as quantas dimensões da vida. E quantas são? Se a vida tem é idimensões (...) (id.), afirma: a língua que quero é essa que perde função e se torna carícia. Assim, embarco nesse gozo de ver como escrita e o mundo mutuamente se desobedecem... (id.) 4. BIBLIOGRAFIA Couto, Mia (2001), in Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea Academia das Ciências de Lisboa, Lisboa: Editorial Verbo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea Academia das Ciências de Lisboa, Lisboa: Editorial Verbo Ferreira. A. G. (s/d), Dicionário de Latim-Português. Porto: Porto Editora Langenscheidts Taschenwörterbuch Zweiter Teil Deutsch-Portugiesisch, Langenscheidt. Larousse Dictionnaire de la Langue Française Lexis, Paris : Larousse. Longman Dictionary of Contemporary English, Pearson Education Machado, J. P. (1977), Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Lisboa: Livros Horizonte. Marques, A. (2001), Tento na Língua!... gralhas que por aí grasnam... erros que por aí grassam, Lisboa: Plátano. Petit Larousse Illustré, Paris : Larousse Sykes, J. B. (Ed.) (1976), The Concise Oxford Dictionary. Oxford: Oxford University Press Webster s Encyclopedic Unabridged Dictionary of the English Language, New York: Gramery Books.

19 P LAURA BRANCO, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E LÚCIA VIDAL SOARES, ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE LISBOA 2.1 BRANCO, LAURA Laura Fernandes Cravo Branco, professora requisitada no Departamento de Educação Básica, no Núcleo de Ensino Português no Estrangeiro - Sector Pedagógico, natural de Angola, 49 anos de idade, realizou a sua formação inicial na Escola do Magistério Primário - Luís Gomes Sambo de Benguela, Angola, iniciando a sua vida profissional como professora do 1º ciclo em Setembro 1974, em Angola, e posteriormente em Portugal, até Junho de No início desse ano lectivo ingressou nos Serviços de Ensino Básico e Secundário de Português no Estrangeiro, onde tem desenvolvido a sua actividade, no sector de Apoio Pedagógico, quer na área de materiais pedagógico-didácticos, quer na gestão pedagógica dos dossiers de diversos países onde se leccionam cursos de Língua e Cultura Portuguesas, junto das diversas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, coordenando diversos projectos, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Ao longo dos anos tem participado em fora no âmbito das temáticas ligadas à língua portuguesa no mundo, sua promoção e divulgação, quer num registo de língua materna, quer num registo de língua não-materna. Nos anos lectivos de 1992/93 e 1993/94 leccionou cursos de Língua e Cultura Portuguesas nos EUA, na Costa Leste, no estado de Rhode Island. Em 1997 realizou um CESE na área de Ciências da Educação, nomeadamente em Supervisão e Gestão Pedagógica da Formação, com 17 valores. Em 1998/99 realizou a área curricular do mestrado de Relações Interculturais estando, neste momento, para defesa a Dissertação subordinada ao tema Percursos da Língua Portuguesa em Timor SOARES, LÚCIA Lúcia Maria Vidal Soares, professora adjunta da Escola Superior de Educação de Lisboa, mestre em Relações Interculturais pela Universidade Aberta e licenciada em Linguística - Românicas pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Professora de português e francês, em diferentes níveis de ensino, com Estágio Pedagógico do Ensino Preparatório ( 2º grupo). Desde 1979 tem estado directamente ligada à formação contínua de professores e, a partir de 1988 até ao momento, tem sido responsável também pela sua formação inicial. Participou em vários Programas Europeus e nacionais, no âmbito dos quais produziu alguns documentos. Na sequência da investigação realizada para a obtenção do grau de mestre em relações interculturais, na área da sociolinguística, e no âmbito específico do ensino de línguas, tem continuado a apostar num trabalho de investigação direccionado para a relação língua, cultura e sociedade, envolvendo abordagens não só interculturais, mas também interdisciplinares, sobretudo ligado a práticas de sala de aula. O ensino do português como língua não materna tem sido um outro objectivo da sua vida profissional. LAURA BRANCO, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E LÚCIA VIDAL SOARES, Escola Superior de Educação de LISBOA SINOPSE: A LÍNGUA PORTUGUESA COMO TRAÇO DE UNIÃO ENTRE CULTURAS: O CASO DO MANUAL ESCOLAR Quem elabora manuais escolares não pode contentar-se em levar em linha de conta unicamente os eixos pedagógicos (como?) e científicos (o quê?). O seu trabalho inscreve-se num quadro mais vasto que tem que responder ao "porquê?". No caso do manual de língua, ele reflecte uma sociedade. E que representação da sociedade subentende o manual? Como representa outras sociedades? Estas preocupações não visam apenas o autor de manual, mas dependem igualmente de todo o contexto cultural no qual este se insere. Encontram-se, normalmente, expressas na denominada política educativa. Mas uma política educativa não nasce do nada.

20 P.20 Fundamenta-se em: opções de base que levam em conta as prioridades individuais e sociais; valores; na concepção do conhecimento e da cultura, etc.... Uma metodologia construída à volta da relação Língua/Civilização retém o princípio de uma ligação unívoca e indissociável entre a língua e a cultura ensinada e também sobre uma coerência intracultural. Hoje, apregoa-se o ensino comunicativo da língua, mas comunicar não é apenas um meio através do qual se enviam mensagens, mas é sobretudo um meio de interagir com o Outro; comunicar com alguém requer igualmente o estabelecimento de uma relação humana. Mas é ao aprendente de língua estrangeira que compete estabelecer a ligação entre as duas culturas (a sua cultura de origem e a cultura da língua que está a adquirir), este tem que adquirir não só uma certa forma de comunicação intercultural, isto é, capacidade de comunicar (no sentido de estabelecer uma relação humana e ainda no sentido de apreender os significados específicos da cultura corporizados nessa língua). (trabalho final não recebido) 3. CHRYSTELLO, CHRYS J. Chrys Chrystello prestou serviço no exército colonial português sendo destacado para o CTIT (Comando Territorial Independente de Timor) onde chegou em Setembro 1973, regressando a Portugal dois anos mais tarde. Começou então a escrever o seu livro Timor Leste , O Dossier Secreto antes de rumar a Macau em 1976 e posteriormente à Austrália onde se fixou e naturalizou. Ao longo de mais de três décadas de jornalismo político, trabalhou em rádio, televisão e imprensa escrita, tendo sido correspondente estrangeiro durante vários anos da agência noticiosa portuguesa ANOP/LUSA, da RDP/Rádio Comercial, TDM (Macau), J. N., Europeu, PÚBLICO, tendo sido publicado em inúmeros jornais e revistas em todo o mundo, para além de ter escrito guiões de filmes e documentários australianos sobre Timor. Entre 1976 e 1994, data em que se reformou do jornalismo activo, esforçou-se por divulgar a saga do povo timorense que o mundo (incluindo a Austrália e Portugal) teimava em não querer ver. Tendo-se interessado pela linguística ao ser confrontado com mais de 30 dialectos em Timor, descobriu na Austrália provas da chegada ali dos Portugueses ( ) mais de 250 anos antes do capitão Cook, e da existência de tribos aborígenes falando Crioulo Português (herdado quatro séculos antes). Membro Fundador do AUSIT (Australian Institute for Translators and Interpreters) e Examinador da NAATI (National Authority for the Accreditation of Translators and Interpreters) desde os anos 80, e pertencendo a vários órgãos internacionais congéneres, Chrys dedicou as últimas décadas à sociolinguística e tradução, tendo apresentado trabalhos em dezenas de conferências internacionais (da Austrália a Portugal, Espanha, Brasil, EUA e Canadá) onde os temas da língua e cultura portuguesas estão presentes. Tendo concluído em 1999 o seu Master of Arts (mestrado com Major in Applied Social and Communication Studies.) publicou nesse ano, o ensaio político (versão portuguesa) Dossier Timor Leste cuja primeira edição esgotou ao fim de 3 dias. Mais tarde publicou a monografia Crónicas Austrais Actualmente continua a ser Assessor de Literatura (Portuguesa) no Australia Council, UTS (Universidade de Tecnologia de Sydney) e lecciona numa instituição universitária. E CHRYSTELLO, HELENA Desde cedo ligada aos estudos franceses, Helena continua a ensinar e a traduzir com o mesmo vigor, energia e dedicação com que iniciou a sua carreira. Nos últimos anos, tem estado activa em conferências internacionais e em estudos de tradução, tendo organizado seminários internacionais de tradução para académicos e profissionais. Na Austrália impressionou-a o elevado número de turistas que afinal eram habitantes dessa multicultural nação. Depois de estudar o percurso do AUSIT (Australian Institute for Translators and Interpreters) e da NAATI (National Accreditation Authority of Australia) para se estabelecerem na vanguarda do profissionalismo na Tradução, foi ao Canadá estudar a situação naquele país onde a Tradução e o Ensino andam de mão em mão. Depois, regressou a Portugal para terminar uma licenciatura na área da Educação e está a fazer um mestrado em Relações Interculturais aplicadas ao Ensino de Línguas Estrangeiras. É Membro da CATS/ACT (Association Canadienne de Traductologie).

Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action

Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action Hans J. Vermeer Skopos and commission in translational action 1 Synopsis? Introdução de conceitos importantes para a Skopostheorie de Vermeer: Skopos - termo técnico para o objectivo ou propósito da tradução;

Leia mais

Relatório Final de Avaliação. Acção n.º 8A/2010. Quadros Interactivos Multimédia no Ensino/ Aprendizagem das Línguas Estrangeiras Francês/Inglês

Relatório Final de Avaliação. Acção n.º 8A/2010. Quadros Interactivos Multimédia no Ensino/ Aprendizagem das Línguas Estrangeiras Francês/Inglês Centro de Formação de Escolas dos Concelhos de Benavente, Coruche e Salvaterra de Magos Relatório Final de Avaliação Acção n.º 8A/2010 Quadros Interactivos Multimédia no Ensino/ Aprendizagem das Línguas

Leia mais

XI Mestrado em Gestão do Desporto

XI Mestrado em Gestão do Desporto 2 7 Recursos Humanos XI Mestrado em Gestão do Desporto Gestão das Organizações Desportivas Módulo de Gestão de Recursos Rui Claudino FEVEREIRO, 28 2 8 INDÍCE DOCUMENTO ORIENTADOR Âmbito Objectivos Organização

Leia mais

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Metodologia da Investigaça

Leia mais

Relatório Final de Avaliação. Acção n.º 8B/2010. Quadros Interactivos Multimédia no Ensino/ Aprendizagem das Línguas Estrangeiras Francês/Inglês

Relatório Final de Avaliação. Acção n.º 8B/2010. Quadros Interactivos Multimédia no Ensino/ Aprendizagem das Línguas Estrangeiras Francês/Inglês Centro de Formação de Escolas dos Concelhos de Benavente, Coruche e Salvaterra de Magos Relatório Final de Avaliação Acção n.º 8B/2010 Quadros Interactivos Multimédia no Ensino/ Aprendizagem das Línguas

Leia mais

1) Breve apresentação do AEV 2011

1) Breve apresentação do AEV 2011 1) Breve apresentação do AEV 2011 O Ano Europeu do Voluntariado 2011 constitui, ao mesmo tempo, uma celebração e um desafio: É uma celebração do compromisso de 94 milhões de voluntários europeus que, nos

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

Apresentação. Olá! O meu nome é Paulo Rebelo e sou apostador profissional.

Apresentação. Olá! O meu nome é Paulo Rebelo e sou apostador profissional. Apresentação Olá! O meu nome é Paulo Rebelo e sou apostador profissional. Ao longo dos últimos anos, tem aumentado o interesse em redor das apostas. A imprensa tem-se interessado pelo meu trabalho pelo

Leia mais

IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global. Grupo Parlamentar Português sobre População e

IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global. Grupo Parlamentar Português sobre População e IX Colóquio Os Direitos Humanos na Ordem do Dia: Jovens e Desenvolvimento - Desafio Global Grupo Parlamentar Português sobre População e Cumprimentos: Desenvolvimento Assembleia da República 18 de Novembro

Leia mais

Projecto de Lei n.º 54/X

Projecto de Lei n.º 54/X Projecto de Lei n.º 54/X Regula a organização de atribuição de graus académicos no Ensino Superior, em conformidade com o Processo de Bolonha, incluindo o Sistema Europeu de Créditos. Exposição de motivos

Leia mais

Mitos da Lusofonia -1 1 por J. Chrys Chrystello

Mitos da Lusofonia -1 1 por J. Chrys Chrystello Mitos da Lusofonia -1 1 por J. Chrys Chrystello Uma das questões que mais interessa a certos meios mais ligados à preservação da língua e culturas portuguesas é o de provarem que estão vivas. Contudo,

Leia mais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais

ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer. multiplicar parcerias internacionais ENTREVISTA Coordenador do MBA do Norte quer multiplicar parcerias internacionais entrevista novo mba do norte [ JORGE FARINHA COORDENADOR DO MAGELLAN MBA] "É provinciano pensar que temos que estar na sombra

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1 Entrevista G1.1 Entrevistado: E1.1 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 51 anos Masculino Cabo-verde 40 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias : São Tomé (aos 11 anos) Língua materna:

Leia mais

Mestrado em Sistemas Integrados de Gestão (Qualidade, Ambiente e Segurança)

Mestrado em Sistemas Integrados de Gestão (Qualidade, Ambiente e Segurança) Mestrado em Sistemas Integrados de Gestão (Qualidade, Ambiente e Segurança) 1 - Apresentação Grau Académico: Mestre Duração do curso: : 2 anos lectivos/ 4 semestres Número de créditos, segundo o Sistema

Leia mais

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES Bernardete Gatti: o país enfrenta uma grande crise na formação de seus professores em especial, de alfabetizadores.

Leia mais

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano 24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano Mariana Tavares Colégio Camões, Rio Tinto João Pedro da Ponte Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação Faculdade de Ciências

Leia mais

PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013

PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013 ESCOLA SECUNDÁRIA DE VALONGO PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013 SALA DE ESTUDO ORIENTADO 2009/2013 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 3 PRIORIDADES... 4 OBJECTIVOS DA SALA DE ESTUDO ORIENTADO... 5 Apoio Proposto...

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

ÁREA A DESENVOLVER. Formação Comercial Gratuita para Desempregados

ÁREA A DESENVOLVER. Formação Comercial Gratuita para Desempregados ÁREA A DESENVOLVER Formação Comercial Gratuita para Desempregados Índice 8. Sobre nós 7. Como pode apoiar-nos 6. Datas de realização e inscrição 5. Conteúdos Programáticos 4. Objectivos 3. O Workshop de

Leia mais

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção 02 Estratégia Nacional de

Leia mais

THIS FORM IS ONLY FOR TESTING AND ONLY FOR INTERNAL EUROPEAN COMMISSION / NATIONAL AGENCIES USE. PLEASE DO NOT DISTRIBUTE!

THIS FORM IS ONLY FOR TESTING AND ONLY FOR INTERNAL EUROPEAN COMMISSION / NATIONAL AGENCIES USE. PLEASE DO NOT DISTRIBUTE! Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida Versão do : 1.3 / Versão Adobe Reader: 9.302 THIS FORM IS ONLY FOR TESTING AND ONLY FOR INTERNAL EUROPEAN COMMISSION / NATIONAL AGENCIES USE. PLEASE DO NOT DISTRIBUTE!

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

Entrevista com i2s. Luís Paupério. Presidente. www.i2s.pt. (Basada en oporto) Com quality media press para LA VANGUARDIA

Entrevista com i2s. Luís Paupério. Presidente. www.i2s.pt. (Basada en oporto) Com quality media press para LA VANGUARDIA Entrevista com i2s Luís Paupério Presidente www.i2s.pt (Basada en oporto) Com quality media press para LA VANGUARDIA Esta transcrição reproduz fiel e integralmente a entrevista. As respostas que aqui figuram

Leia mais

CANDIDATURA À DIRECÇÃO DA UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

CANDIDATURA À DIRECÇÃO DA UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM CANDIDATURA À DIRECÇÃO DA UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM Pedro Jorge Richheimer Marta de Sequeira Marília Oliveira Inácio Henriques 1 P á g i n a 1. Enquadramento da Candidatura

Leia mais

PROJETO de Documento síntese

PROJETO de Documento síntese O Provedor de Justiça INSERIR LOGOS DE OUTRAS ORGANIZAÇÔES Alto Comissariado Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) Provedor de Justiça de Portugal Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal

Leia mais

GRITO PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

GRITO PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO Apresentação Esta cartilha representa um grito dos educadores, dos estudantes, dos pais, dos trabalhadores e da sociedade civil organizada em defesa da educação pública de qualidade, direito de todos e

Leia mais

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado

Por despacho do Presidente da Assembleia da República de 26 de Julho de 2004, foi aprovado Regulamento dos Estágios da Assembleia da República para Ingresso nas Carreiras Técnica Superior Parlamentar, Técnica Parlamentar, de Programador Parlamentar e de Operador de Sistemas Parlamentar Despacho

Leia mais

NCE/10/01121 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/01121 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/10/01121 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universitas, Crl A.1.a. Descrição

Leia mais

7) Providenciar e estimular a publicação de estudos sobre o Direito de Macau;

7) Providenciar e estimular a publicação de estudos sobre o Direito de Macau; REGULAMENTO DO CENTRO DE REFLEXÃO, ESTUDO, E DIFUSÃO DO DIREITO DE MACAU DA FUNDAÇÃO RUI CUNHA CAPÍTULO I - DEFINIÇÃO E OBJECTIVOS Artigo 1º - Definição O Centro de Reflexão, Estudo, e Difusão do Direito

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

Proposta de Metodologia na Elaboração de Projectos

Proposta de Metodologia na Elaboração de Projectos Proposta de Metodologia na Elaboração de Projectos A Lei n.º115/99, de 3 de Agosto, estabeleceu o regime jurídico das associações representativas dos imigrantes e seus descendentes, prevendo o reconhecimento

Leia mais

1. Motivação para o sucesso (Ânsia de trabalhar bem ou de se avaliar por uma norma de excelência)

1. Motivação para o sucesso (Ânsia de trabalhar bem ou de se avaliar por uma norma de excelência) SEREI UM EMPREENDEDOR? Este questionário pretende estimular a sua reflexão sobre a sua chama empreendedora. A seguir encontrará algumas questões que poderão servir de parâmetro para a sua auto avaliação

Leia mais

INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS?

INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS? INTERVENÇÃO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO NO SEMINÁRIO DA APAVT: QUAL O VALOR DA SUA AGÊNCIA DE VIAGENS? HOTEL TIVOLI LISBOA, 18 de Maio de 2005 1 Exmos Senhores ( ) Antes de mais nada gostaria

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

Avaliando o Cenário Político para Advocacia

Avaliando o Cenário Político para Advocacia Avaliando o Cenário Político para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

LEITURA DA ENTREVISTA 2. E Boa tarde. Desde já quero agradecer-lhe a sua disponibilidade para colaborar neste

LEITURA DA ENTREVISTA 2. E Boa tarde. Desde já quero agradecer-lhe a sua disponibilidade para colaborar neste LEITURA DA ENTREVISTA 2 E Boa tarde. Desde já quero agradecer-lhe a sua disponibilidade para colaborar neste trabalho que estou a desenvolver. Como lhe foi explicado inicialmente, esta entrevista está

Leia mais

Entrevista com Tetrafarma. Nelson Henriques. Director Gerente. Luísa Teixeira. Directora. Com quality media press para Expresso & El Economista

Entrevista com Tetrafarma. Nelson Henriques. Director Gerente. Luísa Teixeira. Directora. Com quality media press para Expresso & El Economista Entrevista com Tetrafarma Nelson Henriques Director Gerente Luísa Teixeira Directora Com quality media press para Expresso & El Economista Esta transcrição reproduz fiel e integralmente a entrevista. As

Leia mais

Relatório de Actividades do Provedor do Estudante - 2009/2011 -

Relatório de Actividades do Provedor do Estudante - 2009/2011 - Relatório de Actividades do Provedor do Estudante - 2009/2011 - Caros Estudantes e restante Comunidade Académica do IPBeja, No dia 29 de Abril de 2009 fui nomeado Provedor do Estudante pelo Presidente

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade Do Minho A.1.a. Descrição

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

Call centres, regiões e ensino superior

Call centres, regiões e ensino superior Call centres, regiões e ensino superior Call centres, regiões e ensino superior Frank Peck Center for Regional Economic Development University of Central Lancashire (UK) A UCLAN (Universidade de Central

Leia mais

Ministério da Ciência e Tecnologia

Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia Decreto n.º4/01 De 19 de Janeiro Considerando que a investigação científica constitui um pressuposto importante para o aumento da produtividade do trabalho e consequentemente

Leia mais

Estabelecendo Prioridades para Advocacia

Estabelecendo Prioridades para Advocacia Estabelecendo Prioridades para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE

José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE José Fernandes de Lima Membro da Câmara de Educação Básica do CNE Cabe a denominação de novas diretrizes? Qual o significado das DCNGEB nunca terem sido escritas? Educação como direito Fazer com que as

Leia mais

Entrevista com BPN Imofundos. António Coutinho Rebelo. Presidente. www.bpnimofundos.pt. Com quality media press para LA VANGUARDIA

Entrevista com BPN Imofundos. António Coutinho Rebelo. Presidente. www.bpnimofundos.pt. Com quality media press para LA VANGUARDIA Entrevista com BPN Imofundos António Coutinho Rebelo Presidente www.bpnimofundos.pt Com quality media press para LA VANGUARDIA Esta transcrição reproduz fiel e integralmente a entrevista. As respostas

Leia mais

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra. Senhor Representante de Sua Excelência o Presidente da República, General Rocha Viera, Senhor Ministro da Defesa Nacional, Professor Azeredo Lopes, Senhora Vice-Presidente da Assembleia da República, Dra.

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL REGULAMENTO DE ACTIVIDADE PROFISSIONAL RELATÓRIO FINAL

INSTITUTO SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL REGULAMENTO DE ACTIVIDADE PROFISSIONAL RELATÓRIO FINAL REGULAMENTO DE ACTIVIDADE PROFISSIONAL RELATÓRIO FINAL MESTRADO EM MARKETING ESTRATÉGICO MESTRADO EM COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 1. Princípios Gerais O presente normativo tem por finalidade, possibilitar aos

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Entrevista com DVA David Valente de Almeida S.A. Presidente. Joaquim Pedro Valente de Almeida. Com quality media press para LA VANGUARDIA

Entrevista com DVA David Valente de Almeida S.A. Presidente. Joaquim Pedro Valente de Almeida. Com quality media press para LA VANGUARDIA Entrevista com DVA David Valente de Almeida S.A. Presidente Joaquim Pedro Valente de Almeida Com quality media press para LA VANGUARDIA www.dva.pt (en construcción) Ver http://www.afia-afia.pt/assoc13.htm

Leia mais

MINISTÉRIO DO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO AMBIENTE REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DO AMBIENTE O Ministério do Ambiente tem o prazer de convidar V. Exa. para o Seminário sobre Novos Hábitos Sustentáveis, inserido na Semana Nacional do Ambiente que terá

Leia mais

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste:

O Ministério da Justiça da República Portuguesa e o Ministério da Justiça da República democrática de Timor - Leste: Protocolo de Cooperação Relativo ao Desenvolvimento do Centro de Formação do Ministério da Justiça de Timor-Leste entre os Ministérios da Justiça da República Democrática de Timor-Leste e da República

Leia mais

Projecto de Lei n.º 408/ X

Projecto de Lei n.º 408/ X Grupo Parlamentar Projecto de Lei n.º 408/ X Consagra o processo eleitoral como regra para a nomeação do director-clínico e enfermeiro-director dos Hospitais do Sector Público Administrativo e dos Hospitais,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 38 Discurso na cerimónia do V Encontro

Leia mais

Instrumento que cria uma Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional dos Países de Língua Portuguesa

Instrumento que cria uma Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional dos Países de Língua Portuguesa Instrumento que cria uma Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária Internacional dos Países de Língua Portuguesa TÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Criação 1. A Conferência dos Ministros da Justiça

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) 1 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) Acrescenta e altera dispositivos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir no ensino fundamental e médio, e nos

Leia mais

nossa vida mundo mais vasto

nossa vida mundo mais vasto Mudar o Mundo Mudar o Mundo O mundo começa aqui, na nossa vida, na nossa experiência de vida. Propomos descobrir um mundo mais vasto, Propomos mudar o mundo com um projecto que criou outros projectos,

Leia mais

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot Viver com atenção O c a m i n h o d e f r a n c i s c o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot 2 Viver com atenção Conteúdo 1 O caminho de Francisco 9 2 O estabelecimento

Leia mais

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações

A Gestão, os Sistemas de Informação e a Informação nas Organizações Introdução: Os Sistemas de Informação (SI) enquanto assunto de gestão têm cerca de 30 anos de idade e a sua evolução ao longo destes últimos anos tem sido tão dramática como irregular. A importância dos

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 53 Discurso na solenidade de lançamento

Leia mais

MINISTÉRIO DA HOTELARIA E TURISMO

MINISTÉRIO DA HOTELARIA E TURISMO República de Angola MINISTÉRIO DA HOTELARIA E TURISMO DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA, DR. PAULINO BAPTISTA, SECRETÁRIO DE ESTADO PARA A HOTELARIA DA REPÚBLICA DE ANGOLA, DURANTE A VIII REUNIÃO DE MINISTROS

Leia mais

A criança e as mídias

A criança e as mídias 34 A criança e as mídias - João, vá dormir, já está ficando tarde!!! - Pera aí, mãe, só mais um pouquinho! - Tá na hora de criança dormir! - Mas o desenho já tá acabando... só mais um pouquinho... - Tá

Leia mais

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa.

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa. DOCUMENTO DE CONSULTA: COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA (2011-2014) 1 Direitos da Criança Em conformidade com o artigo 3.º do Tratado da União Europeia, a União promoverá os

Leia mais

OF. FÓRUM nº 024/2015. Brasília, 27 de outubro de 2015.

OF. FÓRUM nº 024/2015. Brasília, 27 de outubro de 2015. OF. FÓRUM nº 024/2015 Brasília, 27 de outubro de 2015. Ao Senhor Erasto Fortes Mendonça Presidente da Câmara de Educação Superior Conselho Nacional de Educação Brasília/DF Senhor Presidente, O Fórum das

Leia mais

(Prof. José de Anchieta de Oliveira Bentes) 3.

(Prof. José de Anchieta de Oliveira Bentes) 3. TRADUÇÃO E INTÉRPRETAÇÃO DE LIBRAS EM PROCESSOS SELETIVOS: O CASO DA UEPA. 1 ANDRÉ LUIZ SILVA DANTAS 2 Resumo: A proposta deste artigo é, de maneira inicial e exploratória, discutir como a tradução/interpretação

Leia mais

CQEP Centro para a Qualificação e Ensino Profissional

CQEP Centro para a Qualificação e Ensino Profissional CQEP Centro para a Qualificação e Ensino Profissional Em março de 2014, o Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) da Escola Secundária de Felgueiras iniciou a sua missão de informar,

Leia mais

NÚCLEO DE MEDICINA INTERNA DOS HOSPITAIS DISTRITAIS ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E OBJECTIVOS

NÚCLEO DE MEDICINA INTERNA DOS HOSPITAIS DISTRITAIS ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E OBJECTIVOS ESTATUTOS CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E OBJECTIVOS Art. 1 - O Núcleo de Medicina Interna dos Hospitais Distritais, também designado abreviadamente por N. M. I. H. D., é uma Associação sem fins lucrativos

Leia mais

PRÉMIO NACIONAL DE JORNALISMO SOBRE TRIBUTAÇÃO

PRÉMIO NACIONAL DE JORNALISMO SOBRE TRIBUTAÇÃO Pr émio Nacional Jornalismo sobre Tributação PRÉMIO NACIONAL DE JORNALISMO SOBRE TRIBUTAÇÃO I. Justificação 1. A comunicação social desempenha, nos dias de hoje, um papel insubstituível na sociedade, ao

Leia mais

DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DISCURSO DE SUA EXCELÊNCIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 1. Congratulo-me vivamente com a realização deste Congresso do Ano Internacional dos Voluntários. Trata-se de um acontecimento da maior importância

Leia mais

SÍNTESE DAS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

SÍNTESE DAS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS, COOPERAÇÃO E COMUNIDADES SÍNTESE DAS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES INTRODUÇÃO O Iº Encontro dos Órgãos de Comunicação e Informação de Caboverdianos na Diáspora, realizado

Leia mais

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952

NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Convenção (n.º 102) relativa à segurança social (norma mínima), 1952 Bureau Internacional do Trabalho 1 Ratificação Como são utilizadas as Normas Internacionais do Trabalho?

Leia mais

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO A COMUNICAÇÃO NA INTERNET PROTOCOLO TCP/IP Para tentar facilitar o entendimento de como se dá a comunicação na Internet, vamos começar contando uma história para fazer uma analogia. Era uma vez, um estrangeiro

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas OBJECTVOS: Avaliar a capacidade do/a professor(a) de integrar esta abordagem nas actividades quotidianas. sso implicará igualmente uma descrição

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 29 Discurso na cerimónia de premiação

Leia mais

Define claramente o tema, o seu objectivo e os aspectos a desenvolver. De seguida deves ser capaz de levantar questões sobre o que pretendes

Define claramente o tema, o seu objectivo e os aspectos a desenvolver. De seguida deves ser capaz de levantar questões sobre o que pretendes Como fazes os teus trabalhos escritos? Há dois métodos para fazer trabalhos 1-Vais à Net copias a informação, colas num novo documento, imprimes e já está! 2-Pesquisas informação em fontes diversas, retiras

Leia mais

Tendo isso em conta, o Bruno nunca esqueceu que essa era a vontade do meu pai e por isso também queria a nossa participação neste projecto.

Tendo isso em conta, o Bruno nunca esqueceu que essa era a vontade do meu pai e por isso também queria a nossa participação neste projecto. Boa tarde a todos, para quem não me conhece sou o Ricardo Aragão Pinto, e serei o Presidente do Concelho Fiscal desta nobre Fundação. Antes de mais, queria agradecer a todos por terem vindo. É uma honra

Leia mais

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso

Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso Área de Intervenção IV: Qualidade de vida do idoso 64 ÁREA DE INTERVENÇÃO IV: QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO 1 Síntese do Problemas Prioritários Antes de serem apresentadas as estratégias e objectivos para

Leia mais

Ficha de Identificação. Nome: Sónia Joaquim Empresa: Universidade de Aveiro Cargo/Função: Produtora Programa: 3810-UA. Questões. 1.

Ficha de Identificação. Nome: Sónia Joaquim Empresa: Universidade de Aveiro Cargo/Função: Produtora Programa: 3810-UA. Questões. 1. Ficha de Identificação Nome: Sónia Joaquim Empresa: Universidade de Aveiro Cargo/Função: Produtora Programa: 3810-UA Questões 1. O Programa Com a reestruturação da televisão pública portuguesa em 2003,

Leia mais

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS DE CONSUMIDORES, FCRL

FEDERAÇÃO NACIONAL DAS COOPERATIVAS DE CONSUMIDORES, FCRL COMENTÁRIOS DA FENACOOP PROCEDIMENTOS DE MUDANÇA DE COMERCIALIZADOR As cooperativas de consumo são, nos termos da Constituição e da Lei, entidades legítimas de representação dos interesses e direitos dos

Leia mais

CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM

CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM Assembleia de Parceiros 17 de Janeiro 2014 Prioridades de Comunicação 2014 Eleições para o Parlamento Europeu 2014 Recuperação económica e financeira - Estratégia

Leia mais

REGULAMENTO DO 2º CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTES AO GRAU DE MESTRE EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS

REGULAMENTO DO 2º CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTES AO GRAU DE MESTRE EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Faculdade de Ciências Sociais e Humanas REGULAMENTO DO 2º CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTES AO GRAU DE MESTRE EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS Artigo 1º Natureza O presente regulamento

Leia mais

Enquadramento 02. Justificação 02. Metodologia de implementação 02. Destinatários 02. Sessões formativas 03

Enquadramento 02. Justificação 02. Metodologia de implementação 02. Destinatários 02. Sessões formativas 03 criação de empresas em espaço rural guia metodológico para criação e apropriação 0 Enquadramento 02 Justificação 02 de implementação 02 Destinatários 02 Sessões formativas 03 Módulos 03 1 e instrumentos

Leia mais

3 Dicas MATADORAS Para Escrever Emails Que VENDEM Imóveis

3 Dicas MATADORAS Para Escrever Emails Que VENDEM Imóveis 3 Dicas MATADORAS Para Escrever Emails Que VENDEM Imóveis O que é um e- mail bem sucedido? É aquele e- mail que você recebe o contato, envia o e- mail para o cliente e ele te responde. Nós não estamos

Leia mais

REGULAMENTO DAS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DESTINADAS A ESTUDANTES AFRICANOS DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE TIMOR LESTE

REGULAMENTO DAS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DESTINADAS A ESTUDANTES AFRICANOS DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE TIMOR LESTE REGULAMENTO DAS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA PÓS-GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO DESTINADAS A ESTUDANTES AFRICANOS DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE TIMOR LESTE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artº. 1º. 1. Com o fim principal

Leia mais

Percepção de Portugal no mundo

Percepção de Portugal no mundo Percepção de Portugal no mundo Na sequência da questão levantada pelo Senhor Dr. Francisco Mantero na reunião do Grupo de Trabalho na Aicep, no passado dia 25 de Agosto, sobre a percepção da imagem de

Leia mais

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Resumo: O programa traz uma síntese das questões desenvolvidas por programas anteriores que refletem sobre o uso de tecnologias

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

Cerimónia de Assinatura Protocolo AICEP/CRUP

Cerimónia de Assinatura Protocolo AICEP/CRUP Cerimónia de Assinatura Protocolo AICEP/CRUP Lisboa, 10 janeiro 2014 António Rendas Reitor da Universidade Nova de Lisboa Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas Queria começar

Leia mais

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva

Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva PROCESSO DE AVALIAÇÃO EM CONTEXTOS INCLUSIVOS PT Preâmbulo Indicadores Gerais para a Avaliação Inclusiva A avaliação inclusiva é uma abordagem à avaliação em ambientes inclusivos em que as políticas e

Leia mais

Caracterização dos cursos de licenciatura

Caracterização dos cursos de licenciatura Caracterização dos cursos de licenciatura 1. Identificação do ciclo de estudos em funcionamento Os cursos de 1º ciclo actualmente em funcionamento de cuja reorganização resultam os novos cursos submetidos

Leia mais

Ser Voluntário. Ser Solidário.

Ser Voluntário. Ser Solidário. Ser Voluntário. Ser Solidário. Dia Nacional da Cáritas 2011 Colóquio «Ser Voluntário. Ser Solidário». Santarém, 2011/03/26 Intervenção do Secretário Executivo do CNE, João Teixeira. (Adaptada para apresentação

Leia mais