Bacharelanda em Engenharia de Telecomunicações pelo Instituto de Estudos Superiores da Amazônia 1

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1 TV Digital: Uma Visão Geral da Escolha de um Padrão As telecomunicações tiveram um grande crescimento na área referente à Televisão, através de avanços tecnológicos relacionados ao tratamento de sinais analógicos e digitais. Este tutorial apresenta, além do estudo das tecnologias de transmissão de dados digitais e dos padrões existentes, alguns comentários e dúvidas sobre a definição do padrão brasileiro para a tecnologia digital e a disputa da telefonia móvel no mercado digital criando uma futura concorrência para a TV digital. José Francisco Meireles Aleixo Júnior Engenheiro de Telecomunicações pelo Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM, 2007), e Mestrando em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, SP). Atuou como Técnico em Informática na Powertec Assistência Técnica (Belém, PA), realizando a manutenção e configuração de roteadores, computadores e impressoras e o suporte e apoio a usuários. A seguir atuou como Tecnólogo em Informática no IESAM, realizando a configuração e manutenção física e lógica da rede de dados, nos ambientes Linux e Microsoft, e, posteriormente, como coordenador da manutenção, foi responsável pelo suporte e apoio a usuários e pelo atendimento a feiras e eventos internos e externos. Atualmente dedica-se exclusivamente ao mestrado realizando pesquisas em Comunicações Ópticas pelo DSIF Departamento de Semicondutores e Fotônica da UNICAMP. aleixo_telecom@hotmail.com Luciana Figueiredo Santos Bacharelanda em Engenharia de Telecomunicações pelo Instituto de Estudos Superiores da Amazônia 1

2 (IESAM), e Técnica em Telecomunicações pela Escola Técnica federal do Pará (ETFPA 1995). Atuou como Técnica na Telepará (Belém, PA), nas áreas de teste, gerenciamento e manutenção de Centrais Telefônicas, na Ericsson, nas áreas de teste de equipamentos para ERB s, e de planejamento e implantação de sites para ERB s, na Amazônia Celular (Belém, PA), nas áreas de operação e manutenção de ERB s e Centrais Telefônicas, e de Gerência de Redes de Transmissão e Informática, e na TIM (Rio de Janeiro), na área de validação de aparelhos celulares na rede celular. lucisant2002@yahoo.com.br Categoria: TV e Rádio Nível: Introdutório Enfoque: Técnico Duração: 15 minutos Publicado em: 11/09/2006 2

3 TV Digital: Introdução A TV Digital no mundo tem sido alvo de diversas discussões, principalmente no que se refere aos padrões tecnológicos existentes. Para dar início a este trabalho, apresentamos a seguir os padrões mais importantes existentes atualmente. ATSC T (Advanced Television System Committee Terrestrial) O padrão ATSC T (ATSC Terrestre, Norte Americano), como será visto adiante, em sua versão atual, não permite aplicações móveis e portáteis, devido a um conjunto de características, tais como: modulação, entrelaçamento temporal e inflexibilidade na configuração dos parâmetros de transmissão, que causam uma baixa imunidade a multipercurso afetando a recepção em campo (outdoor) e interiores (indoor) [2]. Atualmente, esse padrão somente é utilizado com os canais de 6 MHz da TV analógica. Utiliza, além do MPEG-2 para a codificação do sinal de vídeo e multiplexação de fluxos elementares, a codificação Dolby AC-3 para áudio e um sistema de modulação conhecido como 8-VSB para a camada de transporte (no caso da radiodifusão terrestre). DVB - T (Digital Video Broadcasting Terrestrial) O padrão denominado DVB (Digital Vídeo Broadcasting) foi criado por um consórcio europeu para transmissão de televisão digital e é o padrão adotado pela maioria dos países no mundo. Admite 5 modos de transmissão com resoluções que variam, de acordo com a especificação, de 240 a 1080 linhas. O DVB T (DVB Terrestre) também comporta a recepção por dispositivos móveis. Entretanto, segundo seus críticos, não funciona satisfatoriamente, principalmente no modo hierárquico, quando transmite ao mesmo tempo para televisão de alta definição e sistemas móveis. ISDB T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial) O ISDB (Integrated Services Digital Broadcasting) é um padrão de radiodifusão de serviços multimídia desenvolvido no Japão pelo consórcio DIBEG (Digital Broadcasting Experts Group), contando principalmente com o suporte da emissora pública japonesa NHK. Esta característica do ISDB T (ISDB Terrestre) não só possibilita uma extensa gama de serviços, como também confere significativos benefícios aos radiodifusores e fabricantes de receptores, em termos da popularização da radiodifusão digital e do cultivo de um novo mercado. 3

4 TV Digital: Estrutura dos Padrões A estrutura dos padrões de TV digital mencionados é apresentada nas figuras a seguir: Figura 1: Estrutura do Padrão ATSC. Figura 2: Estrutura do Padrão DVB. [5]. Modulação no sistema ATSC Figura 3: Estrutura do Padrão ISDB. [7]. A figura a seguir mostra o diagrama de blocos simplificado do modulador 8-VSB. Figura 4: Diagrama de blocos do modulador 8-VSB. 4

5 O "Reed Solomon Encoder" é um FEC ("forward error corrector" = corretor posterior de erro). Ele acrescenta 20 bytes no "packet" de MPEG-2, com o objetivo de corrigir erros no sinal que irá chegar no receptor. O "Reed Solomon" não corrige erros concentrados, tais como o ruído impulsivo. O "Interleaver" embaralha os bits de tal modo que, se no percurso do sinal, entre o transmissor e o receptor, houver uma interferência concentrada, no receptor, ao se fazer o desembaralhamento, os erros ficam distribuídos. O "Trellis Encoder" é um FEC convolucional. A cada 2 bits ele acrescenta 1 bit com a finalidade de corrigir possíveis erros no receptor. Assim, tem-se: "code rate" = taxa de código = (CR)C = 2/3. O "8 VSB Modulator" modula uma portadora localizada a 310 khz do início da banda de 6 MHz, em AM-VSB / SC (amplitude modulada, com banda vestigial e portadora suprimida). Na modulação 8-VSB, existem 8 níveis bem definidos: 4 positivos e 4 negativos. Esses níveis são tais que, cada conjunto de 3 bits consecutivos do sinal irá corresponder a um nível. Consequentemente, a taxa de bits fica dividida por 3 e assim, a freqüência do sinal modulador resultante torna-se compatível com a banda de 6 MHz, visto que a modulação é em VSB. A figura a seguir mostra o aspecto do espectro do sinal ATSC, para um canal com banda de 6 MHZ (canal 14 de UHF). A função do "piloto" (7%) é enviar uma pequena porção de sinal da portadora, para sincronizar o oscilador do receptor, que irá permitir a recuperação do sinal enviado pelo processo de "portadora suprimida". Modulação no sistema DVB-T Figura 5: Espectro do sinal ATSC (canal 14 UHF). O DVB-T é um sistema multiportadora. A taxa de bits do sinal na entrada do modulador pode ser variável (até 20 Mbit/s), dependendo da qualidade da imagem ou da robustez que se deseja na transmissão. A modulação utilizada é o COFDM (Coded Ortogonal Frequency Division Multiplex). O sistema DVB-T foi implantado na Europa em 1998 e visa, principalmente, a transmissão de vários canais de SDTV no lugar de um canal analógico. A figura a seguir mostra o diagrama de blocos simplificado do sistema DVB-T. 5

6 Figura 6: Diagrama de blocos do DVB T. O "Outer Coder" executa uma função idêntica à do "Reed Solomon" do sistema ATSC. A única diferença é que, no sistema DVB-T são acrescentados apenas 16 bytes no "packet", que ficará com 204 bytes na saída. No "Outer Interleaver" os bits são embaralhados da mesma maneira que no "Interleaver" do sistema ATSC. O "Inner Coder" é semelhante ao "Tellis Encoder" do sistema ATSC. A diferença é que, no sistema ATSC o valor de (CR)C é fixo em 2/3 e, no sistema DVB-T ele pode ser programado para diversos valores (1/2; 2/3; 3/4; 5/6 ou 7/8). O sistema DVB-T possui dois métodos de mutiportadoras: 2K e 8K. No "OFDM Modulator" são criadas 1705 portadoras ortogonais simultâneas para o modo 2K ou 6734 portadoras ortogonais simultâneas para o modo 8K. Isto é obtido por DSP ("Digital Signal Processing" = processamento digital de sinal), pelo uso de uma IFFT ("Inverse Fast Fourier Transform" = transformada rápida inversa de Fourier) e por um conversor D/A (digital / analógico). No padrão M (banda de 6MHz), a separação entre as portadoras é fx=3348,1 Hz para o modo 2K, e fx=837,025 Hz para o modo 8K. O sistema DVB-T pode ser programado para modulação QPSK ( Quaternary Phase Shift Keying = 2 feixes digitais), 16QAM ( 16 Quadrature Amplitude Modulation = 4 feixes digitais) ou 64QAM ( 64 Quadrature Amplitude Modulation = 6 feixes digitais). No Inner Interleaver o sinal é transformado em 2, 4 ou 6 feixes digitais (conforme o tipo de modulação escolhido) e, através do Mapper, esses feixes são destinados, consecutivamente, às 1705 portadoras do modo 2K ou às 6734 portadoras do modo 8K. Na saída do OFDM Modulator surgem blocos estáticos de portadoras simultâneas moduladas em QPSK, 16QAM ou 64QAM. O tempo útil de cada bloco, também conhecido pelo nome de símbolo será Tu=1/fx. Assim sendo, tem-se: Tu=298,67ms para o modo 2K, e Tu=1,1947ms para o modo 8K. Após cada símbolo, é deixado um intervalo de tempo sem nenhuma informação, conhecido como intervalo de guarda (Delta t=ktu). Para o sistema DVB-T o fator k pode ser programado para 1/4, 1/8, 1/16 ou 1/32. A introdução do intervalo de guarda dá ao sistema DVB-T uma proteção natural contra interferências por multicaminhos ou fantasmas. Suponha-se, como exemplo (figura 7), uma transmissão no modo 8K com k=1/32 e que, além do sinal principal, esteja chegando ao receptor um sinal retardado de 20 us. Como Delta t=ktu= (1/32)*1,1947ms=37,3ms, conclui-se que o sinal retardado não irá invadir o símbolo seguinte. Figura 7: Exemplo de propagação multicaminhos. 6

7 Sistema ISDB-T O ISDB-T também é um sistema multiportadora. A taxa de bits do sinal na entrada do modulador pode ser variável (até 20 Mbit/s), dependendo da qualidade da imagem ou da robustez que se deseja na transmissão. A modulação utilizada é o COFDM (Coded Ortogonal Frequency Division Multiplex). O sistema ISDB-T está em fase de implantação no Japão. O sistema ISDB-T foi uma evolução do sistema DVB-T, ao qual foram acrescentadas as seguintes implementações: Compressão Foi acrescentado um Interleaver temporal para melhorar o desempenho na presença de interferências concentradas, tais como o ruído impulsivo; A banda de RF de 6MHz foi subdividida em 13 segmentos independentes, com a possibilidade de serem enviadas 3 programações diferentes ao mesmo tempo, por exemplo: uma em QPSK, outra em 16QAM e outra em 64QAM; Foi acrescentado o modo 4K; Foi acrescentado o método de modulação DQPSK Differential Quaternary Phase Shift Keying. O objetivo de comprimir um sinal digital de vídeo é representá-lo com uma redução de bits, preservando a qualidade e a inteligibilidade necessárias à sua aplicação. A compressão no vídeo facilita sua transmissão (redução da largura de banda) ou armazenamento. Na TV Digital é utilizado o padrão MPEG-2 (Moving Pictures Experts Group) para reduzir a taxa de bits de 1 Gbit/s para aproximadamente 20 Mbit/s. O MPEG-2 utiliza algoritmos que exploram a percepção visual humana e as informações estritamente necessárias da imagem sem prejudicar a qualidade do vídeo. Na figura 8 é apresentado um modelo simplificado de um encoder MPEG-2. Figura 8: Modelo simplificado do encoder MPEG-2. O Down Sample permite realizar a redução da taxa de amostragem para 4:2:2 ou 4:2:0. O sinal de vídeo que entra no encoder MPEG-2 HDTV é digital com taxa aproximada de 1 Gbit/s. O Conversor de Bloco tem como função principal subdividir o vídeo em blocos de 8 x 8 pixels. A Transformada Discreta de Cosseno DCT (Discrete Cosine Transform) tem como objetivo processar os blocos de 8 x 8 pixels. A DCT é uma poderosa ferramenta matemática semelhante à Transformada de Fourier. A DCT transforma a amplitude espacial dos pixels em coeficientes de freqüência espacial. 7

8 A figura 9 ilustra a codificação da DCT em um bloco de 8 x 8 pixels. Em sua codificação são gerados coeficientes com altas freqüências de valores pequenos que podem ser desprezados e aproximados a zero. Como pode-se observar a quantidade de coeficientes de freqüência espacial é menor e portanto há necessidade de menor taxa de bits para a transmissão [9]. Figura 9: Codificação DCT para um bloco de 8x8 pixels. A Codificação Entrópica tem como objetivo extrair toda informação redundante da imagem reduzindo ainda mais a taxa de bits. Usam-se diversos códigos tais como: Run Length, Huffman, Zig-Zag, etc. A Predição de Quadros é uma compressão temporal e determina três tipos de quadros, como pode ser visto na figura 10: I, Intra codec pictures: Intraquadros. São codificados sem nenhuma dependência com os outros quadros e formam uma imagem completa sendo referência para os quadros P e B. O uso de quadros do tipo I facilita a inicialização da imagem quando ocorre a mudança de canal no receptor; P, Predective codec picture: Preditivos. Possuem apenas as diferenças que ocorreram em relação ao quadro anterior; B, Bidirectionally predicted pictures: Bidirecionais. Além da diferença em relação ao quadro anterior também informam a diferença em relação ao quadro posterior. Figura 10: Funcionamento da Predição de Quadros. O Buffer tem como função controlar a taxa de bits de saída e armazenar quadros para a predição. Os bits são organizados por pacotes de 187 bytes de informação útil e 1 byte de sincronismo ( packet ). A figura 8 ilustra um packet do encoder MPEG-2 [6]. 8

9 Figura 11: Packet do encoder MPEG-2. Na saída do encoder MPEG-2 a compressão de um vídeo HDTV ou de múltiplos programas de SDTV resulta em taxas de aproximadamente 20 Mbit/s. 9

10 TV Digital: Foco da Escolha A escolha do padrão de TV digital no Brasil foi alvo de muitas especulações, e tinham como pano de fundo os interesses dos diversos segmentos envolvidos no futuro da TV no país. Apresentamos a seguir um artigo que trata das mudanças que a adoção da TV digital pode trazer ao país e um conjunto de perguntas e resposta que procuram elucidar os pontos mais obscuros para o público em geral. Saiba O Que Muda Com A Adoção Da Tv Digital No Brasil [8] Artigo de André Silveira, especial para o IDG Now! e Computerworld, publicado em 29 de junho de 2006 às 09h41, e atualizado em 29 de junho de 2006 às 19h31: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a escolha do padrão japonês para a implantação da TV digital brasileira, em cerimônia que começou às 12 horas desta quinta-feira (29/06), em Brasília. No Palácio do Planalto, o presidente assinou o decreto para a implantação do sistema e o termo do acordo tecnológico entre os governos do Brasil e do Japão, cujo padrão de TV digital foi escolhido como base para o brasileiro. O encontro contou com a presença do ministro das Comunicações do Japão, Heizo Takenaka. O documento, no entanto, não estabelece as diretrizes para elaboração das especificações técnicas a serem adotadas no sistema e atribui essa responsabilidade ao Comitê de Desenvolvimento, que também terá a responsabilidade de promover a criação do Fórum do SBTVD-T, que deverá desenvolver políticas referentes às inovações tecnológicas, desenvolvimento e implantação do sistema.o decreto também estabelece que o Fórum deverá ser composto por representantes das áreas de radiodifusão, industrial e da comunidade científica e tecnológica. [10]. Em relação aos prazos, o documento diz que o Ministério das Comunicações deverá conceder às emissoras de televisão concessionárias e autorizadas um canal de radiofreqüência com largura de banda de 6 MHz e definir o cronograma para a consignação dos canais de transmissão digital. A medida tem como objetivo obrigar as emissoras a fazer transmissão digital e analógica ao mesmo tempo. O documento também institui que as emissoras deverão iniciar a transmissão digital em um prazo de 18 meses, contados a partir da data da aprovação do projeto de instalação da emissora. O decreto, por fim, cria quatro canais educativos, que serão viabilizados por meio de convênios. Durante a solenidade de assinatura do decreto, o presidente Luís Inácio Lula da Silva disse que o início da implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) marcará o início da recuperação de uma grave lacuna do passado, ao se referir ao início dos anos 1990, quando fábricas de componentes deixaram o País. Seção de Perguntas e Respostas P. Eu vou ter de trocar a minha TV por uma nova? R. Não. Você poderá adquirir um adaptador, conhecido como set-top box, que permitirá que a TV que você tem em casa receba o sinal digital. Qualquer televisor será compatível com o aparelho, desde que tenha entrada para DVD ou aparelho de videocassete. Porém, se você quiser assistir à TV digital em alta definição, que exige mais linhas de resolução, terá que adquirir um novo aparelho compatível com HDTV (High 10

11 Definition Television) P.Minha antena de TV vai para o lixo? R. Não, o sistema brasileiro foi desenvolvido de forma a aproveitar as antenas externas e internas para a recepção do sinal, tanto as que recebem sinal em UHF, quanto as parabólicas, que operam na banda C. P. Quando vai custar o set-top box? R. O preço do set-top box para o consumidor hoje, segundo estimativa do LSI (Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), seria de cerca de 500 reais, com recursos de interatividade, compatibilidade com alta definição e suporte ao forma MPEG-4. Já segundo dados do CPqD, o custo médio de um conversor no Brasil hoje seria de 400 a 800 reais de acordo com os recursos disponíveis em cada modelo, mas poderia chegar a uma faixa de 300 a 700 até a data de início do funcionamento da TV digital no País. P. Quais as vantagens de ter uma TV ou um adaptador para TV digital? R. Nenhuma, a qualidade de imagem é a mesma. A única diferença é que a TV digital traz o adaptador embutido. P. Eu acabei de comprar um TV de plasma ou uma TV LCD. Elas estão prontas para a TV digital? R. Não necessariamente. As TVs de LCD e plasma, em geral, possuem a definição mais adequada para a TV digital, o que significa que a imagem será melhor. Mas para receber o sinal digital será preciso adquirir o conversor ou set-top box. Além disso, para receber conteúdo em alta definição, o aparelho deve ser compatível com HDTV (High Definition Television), ou seja, trazer linhas de resolução. P. Existem televisões à venda no mercado que já estão prontos para a TV digital? R. Não. O único país que comercializa TV s prontas para receber sinal digital é os Estados Unidos, cujo padrão de TV digital não é compatível com o nosso sistema, que será baseado no padrão japonês [11]. P. Vou poder usar o meu adaptador de TV a cabo digital para receber a TV digital aberta? R. Por enquanto não, mas já estão sendo desenvolvidos aparelhos compatíveis tanto com a TV digital paga quanto com a TV digital aberta. Os assinantes de TV paga digital (cabo ou satélite) já assistem a canais da TV aberta com qualidade digital, mas não em alta-definição. P. Vou poder assistir à TV digital no meu computador? R. Sim, já está sendo desenvolvendo um chip que poderá ser acoplado ao desktop ou ao notebook para receber o sinal digital, com custo médio de 50 dólares (130 reais). P. Vou poder assistir à TV digital no meu celular? Vai ser paga? R. Tecnicamente sim e sem nenhum custo (pois a TV aberta é gratuita), mas o modelo de negócio ainda precisa ser definido e isso vai depender de decisões regulatórias do governo e do diálogo entre as indústrias de radiodifusão e telecomunicações. P. Vou poder acessar a internet pela TV digital? R. Tecnicamente sim, mas mais uma vez o modelo de negócio ainda não está definido. A tecnologia, contudo, permite utilizar a TV para fazer compras, acessar serviços e navegar pela web. P. Todos os canais disponíveis na TV aberta hoje vão estar disponíveis de imediato em sinal digital? R. Não necessariamente. Para migrar para o sistema digital, as emissoras terão que investir na troca de 11

12 equipamentos, portanto provavelmente as empresas com mais recursos migrarão primeiro. P. Se eu não comprar o conversor, não vou mais poder assistir a TV aberta? R. Você poderá assistir normalmente a programação aberta na sua TV atual, pois a previsão de tempo para migração do sistema analógico para o digital é de 10 anos. Até lá, as emissoras são obrigadas a manter a transmissão analógica [13]. 12

13 TV Digital: A TV Portátil A possibilidade de ver TV no celular ou em PDA s, a denominada TV portátil, promete ser o novo grande acontecimento do setor de telecomunicações. Operadoras e empresas de tecnologia trabalham para viabilizar este mercado, novidade em todo o mundo [12]. Durante o ITU Telecom Americas 2005, evento internacional do setor que ocorreu em Salvador, os painéis oficiais buscavam encontrar soluções urgentes de inclusão digital para as camadas de baixa renda da América Latina. Porém, o assunto quente que se debatia nos corredores era o futuro da TV pelo celular. No Brasil, ainda existem divergências entre operadoras, emissoras de TV e o Ministério das Comunicações sobre o que pode e o que não pode ser feito. Mesmo assim, todas as empresas de telefonia móvel já oferecem aos clientes algum tipo de vídeo, de olho no novo filão. As emissoras, por outro lado, temem perder o controle sobre o conteúdo audiovisual e não conseguir remuneração adequada com seus produtos. Levantamento da consultoria Value Partners apontava que existiam 60 milhões de TV s no Brasil e quase 80 milhões de celulares (hoje já passam do 90 milhões de celulares). Diante dessa realidade, nas salas de reunião do evento, as gigantes Nokia e Qualcomm já falavam em TV Digital para o telefone móvel, enquanto sequer a digitalização da TV já está definida no País [9]. A Qualcomm, criadora da tecnologia usada pela Vivo, conversava com a operadora sobre uma solução de TV para o ambiente analógico do Brasil. A idéia seria adaptar a tecnologia digital móvel que seria inaugurada no segundo semestre de 2006 nos EUA, chamada de MediaFlo. O presidente da Vivo, Roberto Lima, não quis aprofundar o assunto, pois disse que as conversas estavam em estágio muito inicial. Aqui, o sistema se chamaria MediaFlo-MDS [3]. O presidente de desenvolvimento global da Qualcomm, Jeff Jacobs, afirmou que a transmissão de TV pelo telefone móvel é uma grande aposta da companhia. A idéia seria transformar o celular num ambiente similar ao da TV paga, no qual o usuário pudesse acessar conteúdos das emissoras ao vivo e sob demanda, como um resumo da novela ou os gols da rodada. O padrão da Qualcomm competirá com outros que estão sendo desenvolvidos por empresas européias, como o DVB-H. Mesmo ainda distante da realidade nacional, o vice-presidente e diretor geral da empresa no Brasil, Valerijonas Seivalos Jr, contou que a solução já foi até mesmo apresentada à Anatel. O gerente-geral de certificação e engenharia do órgão regulador, Francisco Carlos Giacomini Soares, achava que era cedo para pensar em TV Digital no celular no Brasil. A próxima medida da agência devem ser ajustes na regulamentação sobre transmissão de conteúdo audiovisual pelas empresas de telefonia. As operadoras já deixaram claro que levar programação de TV aos clientes é uma realidade inevitável [14]. 13

14 TV Digital: Referências [1] A. S. Tanenbaum, (2003). Redes de computadores. Rio de Janeiro: Editora Campus. Quarta edição. [2] Padrões da TV digital, Novembro, ADB Advanced Digital Broadcast. (2004), [3] Broadcast papers.(2000a). asser Management papers, [4] História da TV, [5] U. S. Nince, (1998). Sistemas de Televisão e Vídeo. Rio de Janeiro. LTC Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda. [6] A. Bastos, S. Fernandes. (2004). Televisão digital. Ed. Rio de Janeiro: UFG,UFF. [7] E. Anton. Televisão a cores. Ed, polígono, s.d v.1i. [8] CPqD. (2001). Relatório Integrador dos Aspectos Técnicos e Mercadológicos da Televisão Digital. Anatel. Março. [9] TV Digital 1, [10] Minicom, [11] TV DIGITAL, [12] WIRELESSBR, [13] O IDG Now, [14] Estadão, 14

15 TV Digital: Teste seu Entendimento 1. Qual das afirmações abaixo sobre as implementações do sistema ISDB-T é correta? O DVB-T é o aperfeiçoamento do sistema citado acima com outras implementações ainda melhores. Foi retirado o Interleaver temporal, melhorando assim, o desempenho na presença de interferências concentradas, tais como o ruído branco gaussiano. A banda de RF de 6MHz foi subdividida em 13 segmentos independentes, com a possibilidade de serem enviadas 3 programações diferentes ao mesmo tempo, por exemplo: uma em QPSK, outra em 16QAM e outra em 64QAM. Foi acrescentado o modo 14K e o método de modulação DGPSKI Fibras Ópticas. 2. Qual das alternativas abaixo melhor representa a Codificação Entrópica? Tem como objetivo extrair toda informação abundante da imagem reduzindo ainda mais a taxa de dados. Usam-se diversos códigos tais como: Rum Lengoth, Haulffman, Zig-Zag, etc. Tem como objetivo contrair toda informação redundante da imagem sem reduzir a taxa de bits. Usam-se diversos códigos tais como: Run Length, Huffman, Zig-Zag, etc. Tem como objetivo extrair toda informação redundante da imagem reduzindo ainda mais a taxa de bits. Usam-se apenas 3 códigos tais como: Run Length, Huffman e Zig-Zag. Tem como objetivo extrair toda informação redundante da imagem reduzindo ainda mais a taxa de bits. Usam-se diversos códigos tais como: Run Length, Huffman, Zig-Zag, etc. 3. Qual das afirmações abaixo é verdadeira? As TVs de LCD e plasma, em geral, possuem a definição mais adequada para a TV digital, o que significa que a imagem será melhor. Para receber o sinal digital não será preciso o uso do conversor ou set-top box. Para receber conteúdo em alta definição, o aparelho deve ser compatível com HDTV, ou seja, trazer linhas de resolução. Os únicos países que comercializam TVs prontas para receber sinal digital são os Estados Unidos, Japão, China e Afeganistão, cujo padrão de TV digital não é compatível com o nosso sistema, que será baseado no padrão Holandês. 15

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