Jean Paul Metzger (USP) A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade

Transcrição

1 + Jean Paul Metzger (USP) A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade

2 + A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade O que é fragmentação? Por que devemos nos preocupar com a fragmentação? É fácil detectar os efeitos da fragmentação? Estado da arte Implicações para conservação

3 + A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade O que é fragmentação? Por que devemos nos preocupar com a fragmentação? É fácil detectar os efeitos da fragmentação? Estado da arte Implicações para conservação

4 Nós vivemos num mundo em constante mudança... Alta Floresta Carlinda (Oliveira-Filho & Metzger 2006, Landscape Ecology) km

5

6 Florestas temperadas (USA)

7 Mais de 50% da terra está diretamente transformada ou alterada pelo homem (Vitousek 1997, Science)

8 Perda de habitat e fragmentação Quantidade de habitat Tamanho dos fragmentos Conectividade dos fragmentos Isolamento entre os fragmentos Número de fragmentos Borda habitat/não-habitat

9 Fragmentação Redução no tamanho dos fragmentos Grande Pequeno

10 Fragmentação Aumento do isolamento Baixo Alto

11 Fragmentação Redução da conectividade Alta Baixa

12 (Villard & Metzger submetido)

13 FRAGMENTAÇÃO : ruptura na continuidade Perda de habitat SEM fragmentação Perda de habitat COM fragmentação

14 Efeito conjunto de perda e fragmentação Perda de habitat

15 Segundo Fahrig (2003) : PERDA DE HABITAT FRAGMENTAÇÃO Lenore Fahrig Effects of Habitat Fragmentation on Biodiversity Annual Review of Ecology and Systematics

16 (Fahrig 2001)

17 (Villard & Metzger submetido, J. of Applied Ecology)

18 (Villard & Metzger submetido)

19 + A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade O que é fragmentação? Por que devemos nos preocupar com a fragmentação? É fácil detectar os efeitos da fragmentação? Estado da arte Implicações para conservação

20 A teoria da biogeografia das ilhas Esta teoria estava baseada em três observações: (S 1 > S 3 ) S 3 S 1 S c S 4 (S 2 > S 4 ) S 2 (S 3 > S 4 ) (S 1 > S 2 ) (MacArthur & Wilson 1967)

21 A teoria da biogeografia das ilhas Esta teoria estava baseada também numa premissa: (S 1 > S 3 ) S 3 S 1 (S 2 > S 4 ) S c S 4 (S 3 > S 4 ) S 2 (S 1 > S 2 ) (MacArthur & Wilson 1967)

22 Taxa de colonização (espécies / tempo) Taxa de extinção (espécies / tempo) A teoria da biogeografia das ilhas Existe um equilíbrio dinâmico entre extinção e colonização Chegada e fixação de uma espécie nova na ilha 0 Se P Número de espécies

23 Taxa de colonização (espécies / tempo) Taxa de extinção (espécies / tempo) A teoria da biogeografia das ilhas Existe um equilíbrio dinâmico entre extinção e imigração Espécies com maior capacidade de locomoção chegam mais rapidamente 0 Se P Número de espécies Predação e competição aumentam o risco de extinção

24 Taxa de colonização (espécies / tempo) Taxa de extinção (espécies / tempo) A teoria da biogeografia das ilhas Este equilíbrio dinâmico depende da área da ilha. pequena grande 0 Sepq Segrd P Número de espécies

25 Taxa de colonização (espécies / tempo) Taxa de extinção (espécies / tempo) A teoria da biogeografia das ilhas Este equilíbrio dinâmico depende do isolamento da ilha. Próxima Longe 0 Selonge Seprox. P Número de espécies

26 Fragmentação ESTRUTURAL FUNCIONAL Redução na área do fragmento Isolamento > Extinção local < recolonização EXTINÇÃO

27 + Mata Atlântica 12-16% de florestas remanescentes (Ribeiro, Metzger et al. 2009, Biol. Conserv.)

28 + Distribuição dos fragmentos por classe de tamanho (Mata Atlântica) 83,4% (Ribeiro, Metzger et al. 2009)

29 Área acumulada (%) Cumulative area (%) Efeito de borda (Mata Atlântica) 73% está a menos de 250 m da borda 45% está a menos de 100 m da borda Distância Edge Distance à borda (m) (Ribeiro, Metzger et al. 2009)

30 RICHNESS Species-Area Relationship (Arrhenius 1921): S = c A z where: S: richness A: area c and z constants 90% habitat loss 50% species extinction AREA Arrhenius, O Species and area. J. of Ecology 9:

31 + A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade O que é fragmentação? Por que devemos nos preocupar com a fragmentação? É fácil detectar os efeitos da fragmentação? Estado da arte Implicações para conservação

32 Tempo de latência entre o processo de fragmentação e a extinção das espécies Mudança na estrutura da paisagem Tempo de latência Mudança na estrutura da comunidade

33 Fragmentation and species extinction Time Alexandre Uezu - IPE

34 Number of species + Débito de extinção Original number Extinction debt Equilibrium number Relaxation time Time (Tilman et al. 1994)

35 Extinction debt Atlantic Forest Extinction (Brooks & Balmford 1996, Nature)

36 (Lira et al. 2012)

37 (Lira et al. 2012)

38 (Lira et al. 2012)

39 A matriz importa Agricultura b a1 c e a3 a2 d Pastagem Reflorestamento

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41 + A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade O que é fragmentação? Por que devemos nos preocupar com a fragmentação? É fácil detectar os efeitos da fragmentação? Estado da arte Implicações para conservação

42 3 fragmented landscapes 10, 30 and 50% Forest Cover 53 forest patches Area 2 to 150 ha Connectivity 3 continuous landscapes 12 sites Total = 65 sites sampled

43 Tamanho não é documento; depende do contexto! (Banks-Leite et al. 2012, Ecology)

44 Proposed conceptual model (Pardini et al. 2010; Plos One)

45 Riqueza % 30% 5 10% Esforço amostral (Pardini et al. 2010; Plos One)

46 CONECTIVIDADE DA PAISAGEM Capacidade da paisagem de facilitar fluxos biológicos entre fragmentos de habitat Isolamento Corredores Stepping stones (Taylor et al. 1993) Permeabilidade da matriz Slide: Marcelo Awade

47 CONECTIVIDADE DA PAISAGEM X Slide: Marcelo Awade

48 CONECTIVIDADE DA PAISAGEM Capacidade da paisagem de facilitar os fluxos biológicos entre fragmentos de habitat (Taylor et al. 1993) Estrutural Isolamento Corredores Stepping stones Matriz Funcional Movimento das espécies Slide: Marcelo Awade

49 Conectividade funcional segundo a teoria dos grafos 1500 m 1250 m 1000 m 750 m (Urban & Keitt 2001)

50 + A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade O que é fragmentação? Por que devemos nos preocupar com a fragmentação? É fácil detectar os efeitos da fragmentação? Estado da arte Implicações para conservação

51 Number of species + Débito de extinção Original number Extinction debt Equilibrium number Relaxation time Time (Tilman et al. 1994)

52 (Villard & Metzger submetido)

53 + (Villard & Metzger submetido)

54 (Pardini et al. 2010; Plos One)

55 (Tambosi et al. no prelo, Restoration Ecology)

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57 + A fragmentação de habitats como principal ameaça à biodiversidade Fragmentação sub-divisão do habitat É uma das principais ameaças à biodiversidade Considerar a escala temporal e a heterogeneidade espacial A noção de conectividade permite integrar aspectos estruturais e funcionais da fragmentação A pesquisa recente vem fomentando importantes subsídios para políticas de conservação

58 Obrigado! Dept. de Ecologia Universidade de São Paulo