Caminhos para as cidades digitais no Brasil. Campinas, 26 de março de 2009
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- Maria Vitória Amélia Carvalhal Campos
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1 Caminhos para as cidades digitais no Brasil Campinas, 26 de março de 2009
2 Atualmente, faz-se necessário o exame de meios que estimulem a difusão de cidades digitais sustentáveis pelo país, porque, além de instrumentos de inclusão digital, elas são essenciais aos recentes modelos de desenvolvimento sócio-econômico, pautados no uso e domínio de novas tecnologias de informação e comunicação. Agenda Revisão do conceito Planejamento da implantação de uma cidade digital Desafios à expansão das cidades digitais no Brasil
3 Histórico e motivadores Histórico Disseminação de experiências nos EUA, Europa, Ásia e Brasil Motivação para governos Melhoria no acesso a serviços públicos e de e-gov (saúde, segurança pública, educação, controle de tráfego, etc) Superação de gaps no mercado de serviços de telecomunicações e-desenvolvimento, desenvolvimento local e inserção global Motivação para empresas Telecomunicações como insumo no processo produtivo, operação distribuída Novo mercado para operadores, fabricantes e integradores Benefício para os cidadãos Inclusão Digital Acesso à informação como um direito
4 Definição de Cidade Digital Cidade Digital é aquela que apresenta, em toda a sua área geográfica, infra-estrutura de telecomunicações e internet, tanto para acesso individual quanto público, disponibilizando à sua população informações e serviços, públicos e privados em ambiente virtual Camada Virtual Camada de Interconexão Camada Física
5 Cidades digitais centradas na rede de comunicação Trajetória das experiências no país: Foco na implantação de redes municipais, pelo governo local Disponibilização de acesso à Internet Disponibilização limitada de serviços (VOIP, impressão de guias para pagamento de impostos) Fonte: Apresentação de Piraí Digital
6 Cidade digital centrada em serviços Adaptado de 3g-generation.com
7 Cenário viável em uma cidade digital plena
8 Conceito de Cidades Digitais O que falta? Conceber projetos a partir de uma visão de serviços locais disruptivos Repensar o urbanismo Incorporar as oportunidades e ameaças das novas tecnologias e serviços, levando-se em conta processos sociais existentes (econômicos, culturais e políticos), nos distintos contextos regionais Criar e aprimorar instrumentos e ferramentas para facilitar a implantação de cidades digitais em escala nacional Proposta Desenvolver soluções para serviços inovadores, inclusivos e sustentáveis, apoiados por uma metodologia de planejamento, adequada às distintas condições regionais do país.
9 Modelo de referência Arquitetura tecnológica e-serviços privados e-serviços públicos (e-gov, e-cid) Soluções para serviços: integração de serviços, usabilidade & acessibilidade, segurança da informação, georeferenciamento,... Soluções de acesso Terminais, redes de acesso, transporte Infraestrutura municipal Redes ubíquas e convergentes com QoS Sensores digitais Novos espaços de acesso público e coletivo Conteúdos inovadores Soluções de apoio: Criação e publicação de conteúdos Ambiente de simulação Metodologias Urbanismo Incorporação das TICs ao planejamento urbano Construções inteligentes Digital Ecocities: controle de poluição, tráfego, energia...
10 Estágios e níveis de urbanização digital Cidades digitais Habilitação Cidade Digital Plena Cidade Digital Integrada Cidade Digital Pré-Integrada Serviços Eletrônicos Telecentros Acesso Básico Integração de cidades, estados e países Construções inteligentes e conectadas Serviços públicos e privados totalmente replicados em ambiente virtual integrado Recursos plenos de acessibilidade, usabilidade e inteligibilidade Cobertura total para acesso público e individual Sem limitação significativa de banda para acesso público e individual (acesso e backbone) Acesso público à Internet (telecentros) Recursos mínimos de acessibilidade Limitação de número de telecentros e de banda (acesso e backbone) Livro Minicom/CPqD: As cidades digitais no mapa do Brasil: Uma rota para a inclusão social
11 Metodologia Aprimoramento do nível de urbanização digital de um município Focos Focos de de atuação atuação Dimensionamento Dimensionamento Análise Análisede de viabilidade viabilidade Monitoramento Monitoramento Focos de atuação: i) Infraestrutura; ii) perfis da população; iii) serviços públicos e privado; iv) integração de serviços e recursos; Dimensionamento: levantamento de demanda (focos de atuação); curvas de sensibilidade aos serviços pagos; agregados de transmissão; grau de integração de serviços de governo; Análise de viabilidade técnica e econômica: escolha de soluções e metas de evolução (técnica de construção de cenários, simulações e riscos) Monitoramento periódico
12 Urbanização digital e inclusão digital Livro Minicom/CPqD: As cidades digitais no mapa do Brasil: Uma rota para a inclusão social
13 Modelos de negócio (Redes sem-fio metropolitanas) Modelos Básicos Monopólio: Um provedor (governo, empresa, ONG) é proprietário e opera uma rede ubíqua em um município Competição entre Redes (Facilities-based competition): Dois ou mais provedores locais competem no município Atacado-varejo (Wholesale-retail) : Um provedor vende serviços no atacado para diversos provedores menores, que os revendem para os usuários finais do município Competição aberta: distintos provedores exploram e competem livremente, qualquer área do município Fonte: New American Foundation: Wireless Future Program
14 Modelos de parceria de propriedade e operação Serviços gerenciados Dispositivo de acesso Rede sem-fio Rede Metro Aplicações Bilhetagem Acesso Atacado-varejo com compartilhamento na rede metropolitana Dispositivo de acesso Rede sem-fio Rede Metro Aplicações Bilhetagem Acesso Múlt. ISPs Modelo Híbrido Dispositivo de acesso Rede sem-fio Rede Metro Aplicações Bilhetagem Acesso Múlt. ISPs Propriedade e operação de um Provedor de Serviço Propriedade e operação do município Propriedade do município, operado por um provedor ou integrador de sistemas Fonte: Succesfull municipalities business models, Cisco
15 Modelos de receita Publicidade WISP Comunidades Prefeituras Fonte: Sítio da Teleco
16 Modelos (Público <-> Privado) Modelos Privado Cooperativas de Atacado-varejo Público Serviços e conteúdos Provedor único de serviços e conteúdos Múltiplos provedores de serviços e conteúdos Empresas públicas, governo local, ou PPP Redes de Backbone e de acesso Provedor único de serviços e conteúdos Operador de rede (ONG) Empresas públicas, governo local, ou PPP Infraestrutura Física Governo Local ou concessionária Governo local / concessionária Empresas públicas, governo local, ou PPP
17 Quadro comparativo Modelo Proposta de valor Financiame nto Parceiros Gestão Infraestrutura Público-alvo Empresa Pública Melhoria nos serviços públicos e inclusão digital Fundos públicos Administração municipal Adm. Municipal ou empresa Qualquer comunidade Comunidade Estimula o capital social, engajamento cívico Doações e voluntariado Adm. Municipal, empresas locais, voluntários Entidade sem fins lucrativos Qualquer comunidade Publicoprivado Utiliza sítios públicos para hospedar infraestrutura. Melhora eficiência de gestão. Fundos privados Provedores de serviços Empresa privada Grandes comunidades Publicidade Provedores de conteúdo atuam na eliminação da exclusão digital Publicidade Provedores de conteúdos, fornecedores de equipamentos Operadores de conteúdos (Google, Yahoo), ou ISP Grandes áreas comerciais ou grandes cidades
18 Desafios a uma implantação nacional Mapeamento do mercado para produtos e serviços para cidades digitais Identificação das alternativas de intervenção para estímulo das áreas de menor interesse de mercado incentivos à criação de serviços de cidadania digital, e-administração, filet&osso Articulação de políticas públicas voltadas para os cenários, onde haverá pouquíssimo investimento privado, no médio prazo: Criação de um programa nacional de cidades digitais, para regiões de baixa densidade populacional e baixo potencial de consumo: Financiamento de soluções para prefeituras, escolas, saúde, associações, etc.
19 Ações para um programa nacional de cidades digitais em municípios e regiões pouco desenv. Selecionar os municípios/áreas-alvo Aplicar a metodologia de elevação do nível de urbanização digital Definir modelos de implantação, exploração e negócios para os serviços identificados Quantificar investimentos necessários e identificar fontes de financiamento.
20 Articulação de políticas públicas Esfera Federal: Gesac & troca dos PSTs Industrial (equipamentos) Educação (conteúdos, formação de professores) Planejamento (governo eletrônico) Cultura (promover a diversidade de conteúdos) Cidades (incorporação do tema ao planejamento urbano municipal) Economia (alternativas de financiamento: BNDES, CEF...) MCT (inovação, software público) Esfera Estadual Definir o papel dos governos estaduais na construção das cidades digitais Municipal Conscientizar governantes locais / formação de uma vontade política local Estimular a participação da população no debate e construção das cidades digitais
21 Reflexão...enfim, o caminho para as Cidades Digitais no Brasil parte da constituição de um referencial para a criação de serviços inovadores, passa pela identificação de alternativas de sustentabilidade para os diversos cenários existentes no país, devendo conduzir a um território onde os diversos atores sociais possam usufruir plenamente das novas possibilidades de mediação das tecnologias da informação e comunicação.
22 Marcos de Carvalho Marques (19)
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