CONTAMINAÇÃO DE SOLOS: LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
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1 CONTAMINAÇÃO DE SOLOS: LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Otávio Eurico de Aquino Branco Março de 2015
2 INTRODUÇÃO SUMÁRIO BASE LEGAL DA AVALIAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO DE SOLOS GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS FUNDAMENTOS DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS PANORAMA ATUAL DE AC NO ESTADO DE MINAS GERAIS COMENTÁRIOS FINAIS
3 INTRODUÇÃO Contaminação do solo e das águas subterrâneas: Indústrias, minerações, aterros sanitários, agricultura, etc. Contaminação do solo e das águas subterrâneas implica em potenciais riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
4 FONTE: modificado de ANL, 2001 RESRAD-CHEM
5 Ilustração de um perfil típico de contaminação no solo por gasolina Tanque de armazenam ento Fase re sidual Va pores de gasolina Nível d água Fluxo de á gua subterrâne a Ga solina na fase livre móvel Fonte: FETT ER, 1999
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9 Zona não saturada Poço Aqüífe ro Córre go
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12 Represa do Rio Índice Drastic vuln Contorno da Bacia do Lamas Drenagem fluvial Projeto Vulnerabil da Contaminação Águas Subterrâne Agrotóxicos CDTN - IMA - FAP
13 BASE LEGAL A CONTAMINAÇÃO DO SOLO É UM TEMA AMBIENTAL COM AÇÕES REGULAMENTADORAS E NORMATIVAS RECENTES. ATÉ POUCO TEMPO, AS AÇÕES ERAM ORIENTADAS PELA LEGISLAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, POLUIÇÃO DAS ÁGUAS, PLANOS DIRETORES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DE RECURSOS HIDRICOS E DE LICENCIAMENTO EM GERAL.
14 BASE LEGAL (cont.) A LEGISLAÇÃO FEDERAL ESPECIFICA PARA AC É RECENTE. JÁ EXISTEM LEGISLAÇÕES ESTADUAIS ( SÃO PAULO E MINAS GERAIS) FINALIDADE DE CRIAÇÃO DE LEGISLAÇÃO: ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS DE QUALIDADE REGULAMENTAÇÃO DE MEDIDAS DE GERENCIAMENTO DE AREAS CONTAMINADAS
15 BASE LEGAL Federal: Resolução CONAMA nº 420 de 30/12/2009 dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas em decorrência de atividades antrópicas. Resolução alterada pela Resolução460 /2013 Parágrafo 8. Estadual-MG: Deliberação COPAM/CERH nº 02 de 08/09/2010 institui o Programa Estadual de Gestão de Áreas Contaminadas, que estabelece as diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por substâncias químicas.
16 LEGISLAÇÃO FEDERAL BASE LEGAL - Lei 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente introduz instrumentos de planejamento ambiental e determina a responsabilidade/penalidade para casos de poluição. - Lei 6.766/79 - parcelamento do solo urbano Define as competências do Estado e do Município sobre a questão do parcelamento do solo. É um instrumento importante na interface de áreas contaminadas com o desenvolvimento urbano. A lei não permite o parcelamento do solo em áreas poluídas.
17 BASE LEGAL RESOLUÇÃO - Resolução CONAMA 307/2002 dispõe sobre os resíduos da construção civil. - Resolução CONAMA 273/2000, dispõe sobre prevenção e controle da poluição em postos de combustíveis e serviços. - Resolução CONAMA nº 420/2009 dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas.
18 BASE LEGAL DELIBERAÇÕES (DO ESTADO DE MINAS GERAIS) - Deliberação Normativa COPAM nº116/2008 Dispõe sobre a declaração de informações relativas à identificação de áreas suspeitas de contaminação e contaminadas por substâncias químicas no Estado. - Deliberação Normativa COPAM nº 117/2008 Dispõe sobre a declaração de informações relativas às diversas fases de gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pelas atividades minerarias no Estado.
19 BASE LEGAL - Deliberação Normativa COPAM n. 131/2009 Prorroga prazos previstos para apresentação dos inventários de resíduos sólidos industriais e minerários, do cadastro de áreas suspeitas de contaminação e contaminadas por substâncias químicas e da declaração de carga poluidora. - Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH 02 Institui o Programa Estadual de Gestão de Áreas Contaminadas, que estabelece as diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por substâncias químicas.
20 BASE LEGAL As áreas são classificadas como: I - Área com Potencial de Contaminação (AP); II - Área Suspeita de Contaminação (AS); III - Área Contaminada sob Investigação (AI); IV - Área Contaminada sob Intervenção (ACI); V - Área em Monitoramento para Reabilitação (AMR); VI - Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR);
21 BASE LEGAL (cont.) RESOLUÇÃO DO CONAMA Dispõe sobre o estabelecimento de critérios e valores orientadores referentes à presença de substâncias químicas para a proteção da qualidade do solo e diretrizes e procedimentos para o gerenciamento de áreas contaminadas.
22 Resolução CONAMA nº 420/2009 Art. 13. Ficam estabelecidas as seguintes classes de qualidade dos solos, segundo a concentração de substâncias químicas: I - Classe 1 - Solos que apresentam concentrações de substâncias químicas menores ou iguais ao VRQ; II - Classe 2 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior do que o VRQ e menor ou igual ao VP; III - Classe 3 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VP e menor ou igual ao VI; e IV - Classe 4 - Solos que apresentam concentrações de pelo menos uma substância química maior que o VI.
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26 Solo (mg.kg -1 de peso seco) (1) Substâncias CAS n o Referência de qualidade Prevenção Investigação Água Subterrânea (µg.l -1 ) Agrícola Residencial Industrial Investigação Inorgânicos Alumínio (3) E Antimônio (2) E Arsênio (2) E Bário (2) E Boro E Cádmio (2) E 1, Chumbo (2) E Cobalto E Cobre (2) E Cromo (2) E Ferro (3) E Manganês (3) E Mercúrio (2) E 0, Molibdênio E Níquel E Nitrato (como N) (2) E Prata E Selênio (2) E Vanádio E Zinco (3) E
27 Resolução CONAMA nº 420/2009 Art. 20. Após a classificação do solo deverão ser observados os seguintes procedimentos de prevenção e controle da qualidade do solo: I - Classe 1: não requer ações; II - Classe 2: poderá requerer uma avaliação do órgão ambiental, incluindo a verificação da possibilidade de ocorrência natural da substância ou da existência de fontes de poluição, com indicativos de ações preventivas de controle, quando couber, não envolvendo necessariamente investigação; III - Classe 3: requer identificação da fonte potencial de contaminação, avaliação da ocorrência natural da substância, controle das fontes de contaminação e monitoramento da qualidade do solo e da água subterrânea; IV - Classe 4: requer as ações estabelecidas no Capítulo IV.
28 GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS - GAC OBJETIVO : Minimizar os riscos a que estão sujeitos a população e o meio ambiente, por meio de um conjunto de medidas que possibilitem à tomada de decisão quanto às formas de intervenção mais adequadas
29 PROBLEMAS GERADOS POR ÁREAS CONTAMINADAS - existência de riscos à segurança das pessoas e das propriedades, - riscos à saúde pública e dos ecossistemas (curto e longo prazo), - restrições ao desenvolvimento urbano, - redução do valor imobiliário das propriedades.
30 GAC: METODOLOGIA UTILIZADA ESTRATÉGIA : AVALIAÇÃO EM ETAPAS SEQÜENCIAIS. FASES DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO: PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO
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32 GAC : CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS Áreas potencialmente contaminadas: áreas onde estão sendo ou foram desenvolvidas atividades potencialmente contaminadoras. Áreas suspeitas de contaminação: áreas onde foram observados indícios ou constatação de vazamentos, induzindo a suspeitar da presença de contaminação no solo e nas águas subterrâneas. Área contaminada: área onde há comprovadamente contaminação, confirmada por análises.
33 GAC: PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO Objetivo: localização das áreas contaminadas Estratégia: 1) definição da região de interesse 2) identificação de áreas potencialmente contaminadas (AP) 3) identificação de áreas suspeitas (AS) - avaliação preliminar 4) identificação de áreas contaminadas (AI) - investigação confirmatória
34 GAC : CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS I - Área com Potencial de Contaminação (AP); II - Área Suspeita de Contaminação (AS); III - Área Contaminada sob Investigação (AI); IV - Área Contaminada sob Intervenção (ACI); V - Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR); VI - Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR);
35 GAC: PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DAS AC Objetivo: adoção de medidas corretivas que possibilitem recuperar as AC, para o uso estabelecido, a ser atingido após a intervenção. Estratégia: 1) investigação detalhada 2) avaliação de risco 3) investigação para remediação 4) projeto de remediação 5) remediação 6) monitoramento
36 INVESTIGAÇÃO DETALHADA Etapa do GAC em que devem ser avaliadas as características da fonte de contaminação e do meio afetado, através da determinação das dimensões da área afetada, dos tipos e concentração dos contaminantes e da pluma de contaminação, visando obter dados suficientes para a realização da avaliação de risco e do projeto de recuperação.
37 COMPLEMENTAR o texto abaixo 2) avaliação de risco 3) investigação para remediação 4) projeto de remediação 5) Remediação 6) monitoramento
38 FUNDAMENTOS DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS A recuperação de áreas contaminadas envolve aplicação de medidas corretivas necessárias para CONTER, MINIMIZAR ou ELIMINAR a contaminação, visando à utilização dessa área para um determinado uso. Podem ser adotadas duas estratégias, isoladamente ou em conjunto: * à compatibilização ao uso; * à adoção de medidas de remediação.
39 FUNDAMENTOS DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS Quatro abordagens para o planejamento da recuperação: mudança do uso definido da área (minimização do risco); remoção dos contaminantes com ou sem mudança do uso (eliminação do risco); redução da concentração dos contaminantes com ou sem mudança do uso (minimização do risco); contenção dos contaminantes com ou sem mudança do uso (eliminação ou minimização do risco).
40 FUNDAMENTOS DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS CONTAMINADAS A seleção da técnica de remediação depende: do uso futuro estabelecido, características do meio contaminado, características dos contaminantes, objetivos da recuperação, localização da área, tempo e recursos disponíveis.
41 PANORAMA ATUAL DE AC NO ESTADO DE MINAS GERAIS Inventário 2012 de Áreas Contaminadas FEAM 530 áreas contaminadas no Estado de MG maioria postos de combustível. DN COPAM 116/2008: Declaração obrigatória de Áreas Suspeitas de contaminação.
42 Panorama de Juiz de Fora (FEAM, 2012): 13 Áreas Contaminadas declaradas ; Atividades: 11 postos de combustível e 1 indústria metalúrgica e siderúrgica; garimpo de ouro (Área órfã) Fonte de contaminação: 11 com Vazamento ou Infiltração e 2 com disposição de resíduos; Contaminantes: 11 com Hidrocarbonetos e 1 com metais e sulfatos e 1 com metal 8 Áreas Contaminada sob Intervenção 3 Áreas Contaminadas sob Investigação 2 Áreas em Processo de Monitoramento para Reabilitação
43 Obrigado.
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