Urupês Monteiro Lobato

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1 ASSESSORIA DE EDUCAÇÃO PROVÍNCIA DO PARANÁ Central XXX Urupês Monteiro Lobato Prof. Eliana Martens

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4 Coletânea de contos e crônicas em que o pré-modernista Monteiro Lobato inaugura um tipo de regionalismo crítico e mais realista do que o pitoresco e fantasioso praticado anteriormente, no Romantismo. A crônica que dá título ao livro, Urupês, traz uma visão depreciativa do caboclo brasileiro, o fazedor de desertos, estereótipo contrário à visão romântica.

5 Entre os traços típicos de Monteiro Lobato, estão o tom moralizante e didático que também aparece nas obras infantis do autor, além de sua obsessão pela linguagem e gramática.

6 Narrador Varia entre primeira e terceira pessoa. Na explicação do mestre em Literatura Enio José Ditterich, o típico narrador de Monteiro Lobato é aquele contador de causos, um personagem que ouviu a história que está reproduzindo.

7 Personagens Monteiro Lobato apresenta o homem como produto do meio, e utiliza traços do expressionismo alemão para compor muitos dos personagens de Urupês, incluindo o caboclo Jeca Tatu da crônica-título do livro. Dentro da estética expressionista, o mais evidente é o Bocatorta, criatura grotesca semelhante ao Corcunda de Notre Dame.

8 Tempo Está vinculado ao período do autor, portanto retrata o Brasil das primeiras décadas do século XX. Suas descrições minuciosas de um Brasil primitivo, arborizado e provinciano fazem o leitor ser transportado para o período em que a história é narrada.

9 É preciso compreender muito bem o contexto histórico-social brasileiro do período a que pertenceu Monteiro Lobato, pois o autor está intimamente relacionado a ele.

10 Espaço O espaço é bem definido, enfocando a paisagem do interior do estado de São Paulo, onde nasceu o autor. Lobato faz uma descrição detalhada da geografia, fauna e flora da região. Muitas espécies descritas pelo autor já não existem mais e, portanto, são desconhecidas pelo leitor. Nesse sentido, a obra está presa a seu tempo e espaço particulares. Monteiro Lobato tinha uma postura ecológica, antes mesmo dos ecologistas.

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12 Os faroleiros O narrador, em meio a um bate-papo, propõe-se a contar uma história surpreendente. Relata que, seduzido pelo ar solitário e isolado de um farol, consegue realizar seu sonho passando uns dias nesse local. É quando conhece duas figuras misteriosas que não se conversam: Gerebita e Cabrea. O primeiro defende a idéia, insistentemente confessada para o narrador, de que o segundo está louco. Pergunta então se seria crime se defender de um ataque de um maluco matando-o.

13 Os faroleiros É uma premonição, além de deixar nas entrelinhas que o que está para ocorrer tinha sido premeditado. Pouco depois, os dois mergulham num duelo sangrento, em que Gerebita consegue matar o seu oponente com uma dentada na jugular. Quando o narrador abandona o farol, massacrado por experiências tão carregadas, toma conhecimento dos motivos que levaram a essa tragédia. Gerebita fora casado com uma mulher chamada Maria Rita, que o trocou por Cabrea, que também é trocado por outro homem.

14 Os faroleiros Tempos depois o destino fez com que os dois fossem nomeados para trabalhar no mesmo farol, passando a estabelecer uma convivência de tensão surda. Não deixe de notar que a narrativa várias vezes se abre para que haja comentários dos ouvintes com o enunciador. É uma maneira de o texto não ficar pesado, cansativo. Além disso, deve-se observar as técnicas expressionistas (o exagero que beira o grotesco) e naturalistas (preferência pelos aspectos escabrosos do comportamento humano).

15 Os faroleiros Finalmente, não se deve perder de vista que este conto foge ao padrão de Monteiro Lobato, já que não é regionalista. Passa-se no litoral, ou seja, bem longe do seu conhecido Vale do Paraíba.

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17 O Engraçado Arrependido O Pontes, sujeito engraçadíssimo, aos 32 anos resolve mudar de vida, deixando de viver apenas de suas pilhérias. Porém ninguém o leva a sério quando ele procura trabalho entre os conhecidos de sua cidadezinha. Planeja, então, conseguir um cargo público [coletor federal], com auxílio de um parente da capital, que tinha influências políticas.

18 O Engraçado Arrependido Esse parente combinou que, logo que morresse o velho coletor - major Bentes - o Pontes deveria avisá-lo para que sua nomeação fosse conseguida imediatamente. Era preciso, pois, pensou Pontes, 'providenciar' na morte do major Antônio Pereira da Silva. Tratava-se de um velho cardíaco [portador de um aneurisma], e Pontes planeja matá-lo num estouro de riso.

19 O Engraçado Arrependido Acaba conseguindo isso durante um jantar, na própria casa da vítima. Depois de contar a piada fatal, o 'assassino', tomado de profundo remorso e pavor, esconde-se em casa por vários dias, até receber do parente importante a notícia de que o cargo fora dado a outro, por não ter ele [Pontes] se manifestado logo após a morte do Major Bentes, conforme o combinado.

20 O Engraçado arrependido Pouco depois de receber essa notícia, Pontes se suicida, enforcando-se numa perna de ceroula. Todos riram dessa última 'piada' do engraçado arrependido.

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22 A colcha de retalhos Neste conto já se manifesta a temática que tanto consagrou o seu autor: a crítica à decadência da zona rural. O narrador faz uma visita a Zé para propor-lhe negócios. No entanto, este recusa, o que revela sua indolência. Esse seu caráter é responsável pela decadência e atraso em que se encontra sua fazenda, reforçada pelo desânimo de sua esposa e pelo caráter arredio de sua filha, Pingo ou Maria das Dores. A única firme, forte, é uma velha, verdadeira matriarca. Mas é por pouco tempo. Anos depois surge a notícia de que Pingo, verdadeiro bicho do mato, havia fugido com um homem para manter uma relação desonrosa. É a derrocada final.

23 A colcha de retalhos A mãe da moça morre, o pai mergulha mais ainda na decadência e a matriarca já não encontra mais motivos para sua existência. O momento mais tocante é quando ela passa a descrever para o narrador a colcha que estava costurando durante anos, toda composta de peças de roupa que Pingo ia usando e dispensando desde recém-nascida. O último pedaço estava reservado para um retalho do vestido de noiva, que não chegou a existir.

24 A colcha de retalhos A decadência em que a menina mergulha é um símbolo da decadência rural. Note também o colorido da linguagem do contista, que retrata com fidelidade o andamento do registro oral de suas personagens, como no trecho Des que caí daquela amaldiçoada ponte, entre tantos outros.

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26 A vingança da peroba Mais um conto que critica a decadência rural provocada pela indolência dos fazendeiros. Há aqui uma oposição entre duas famílias, os Porunga, fortes e de vida bem estabelecida, graças à força de vontade de suas ações, e os Nunes, mergulhados na preguiça, desorganização e cachaça. Os dois clãs desentendemse por causa de uma paca, há muito desejada pelo Nunes, mas que acabou sendo caçada por um Porunga. Movido por uma mistura de rivalidade e de inveja, Nunes resolve finalmente investir em suas terras.

27 A vingança da peroba Seus esforços têm fruto, gerando uma boa colheita de milho. Resolve então construir um monjolo, pois não quer ficar atrás do seu vizinho em desenvolvimento. Corta uma peroba imensa, que estava na divisa das duas terras. Já há aqui motivo de desentendimento, que arrefece quando os Porunga resolvem não brigar mais pela árvore.

28 A vingança da peroba Semelhante ao conto Faroleiros, há o emprego da premonição no meio da narrativa. Um aleijado, que havia sido contratado por Nunes para ajudar na construção do engenho, conta uma história de que certas árvores se vingam por terem sido cortadas. O fato é que o monjolo é construído, mas todo torto, produzindo mais barulho do que outra coisa, o que justifica o seu apelido: Ronqueira. Decepcionado e envergonhado, mergulha na cachaça.

29 A vingança da peroba Um dia, depois que ele e seu filhinho se embebedaram, acaba adormecendo na rede. Acorda com a gritaria das mulheres de sua casa: o engenho havia esmagado a cabeça da criança no pilão. Irado, Nunes destrói a machadadas a máquina assassina.

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31 Um Suplício Moderno Depois de quase cinco páginas, satíricas e irônicas, sobre as terríveis inconveniências do ofício de estafeta [antigo mensageiro dos Correios, que se deslocava a cavalo], o narrador começa a história propriamente dita. Esta conta as desventuras de Izê Biriba, um humilde cabo eleitoral da cidadezinha de Itaoca.

32 Um suplício moderno Nomeado estafeta, logo após a eleição de um chefete local, seu correligionário, Biriba passa por todos os suplícios do cargo, sem conseguir livrar-se dele. Alguns dos suplícios: andar muitas léguas no lombo do cavalo magro; transitar por péssimos caminhos; suportar todas as intempéries; procurar e carregar as encomendas mais absurdas;

33 Um suplício moderno ouvir xingamentos dos insatisfeitos com as encomendas; pagar os juros pela compra do cavalo que fora obrigado a comprar e era obrigado a continuar sustentando, etc. Biriba bem que tentava pedir demissão do cargo, mas o chefe, espertalhão e inconsciente, aproveitando-se do excesso de subserviência e humildade de Biriba, 'convence-o' de que ele conseguira um ótimo emprego e que Biriba não poderia mostrar-se ingrato.

34 Um suplício moderno E o infeliz estafeta, que tinha o péssimo hábito de replicar a tudo com um submisso 'sim senhor', continua sofrendo por um bom tempo ainda. Quando se aproximam as próximas eleições, Biriba decide evitar, a qualquer custo, que seu partido vencesse de novo.

35 Um suplício moderno Só assim ele terá chances de livrar-se do maldito emprego. Às vésperas da eleição, seu chefe político encarrega-o de importantíssima missão, e ele deixa de cumpri-la, desaparecendo inexplicavelmente de Itaoca, por dez dias. Graças a esta deslealdade política de Biriba, seu partido é derrotado.

36 Um suplício moderno Porém, quando Biriba volta à cidade, certo de que seria demitido, o novo chefe político [Evandro], que já pusera no olho-da-rua todos os partidários de Fidêncio [o vencido], comunica a Biriba que, como ele era o único sujeito bom 'da quadrilha do Fidêncio', seria mantido no cargo de estafeta. Desesperado, Biriba [o 'sim senhor'] desaparece para sempre.

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38 Meu Conto de Maupassant* Um ex-delegado de polícia, viajando de trem, conta a um amigo um fato em que ele tivera certa participação profissional. E diz ao amigo que se lembrou de lhe narrar o seu 'conto de Maupassant' porque estavam passando por uma velha árvore, um saguaragi, que teria sido 'comparsa' dos acontecimentos.

39 Meu Conto de Maupassant* Sucedera que, junto daquela árvore, quando o narrador era delegado naquela região, aparecera o 'corpo morto' de uma velha picada a foice. O principal suspeito do bárbaro crime, um certo italiano de má fama, dona de uma venda, fora preso, mas solto, logo depois, por falta de provas.

40 Meu Conto de Maupassant* Muito tempo depois, preso por outros delitos, o suspeito, recambiado à cidade, donde se afastara logo após o crime, suicida-se em circunstâncias estranhas: joga-se pela janela do trem, justamente no momento em que ele cruza com o saguaragi onde aparecera o corpo da velha assassinada.

41 Meu Conto de Maupassant* Isso leva a pensar que ele realmente havia cometido aquele crime e que se suicidara pelos remorsos que deveria sentir. Logo depois, porém, é preso um filho da velha assassinada: havia matado um companheiro a foiçadas. E, para espanto de todos, confessa Ter sido também o assassino da própria mãe. *Guy de Maupassant: grande contista francês do século XIX, que explorava, principalmente, temas sobre amores trágicos e mortes violentas.

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43 Pollice Verso Obs.: Este título é uma expressão latina que significa polegar para baixo, gesto usado pelos antigos romanos quando desejavam que, nos combates de gladiadores, fosse morto o gladiador vencido.

44 Pollice Verso Nesse conto, ML faz uma sátira mordaz à incompetência e desonestidade no exercício da medicina. Trata-se da história do filho mais moço do Cel. Inácio da Gama, o Inacinho, que sai de Itaoca para estudar medicina no Rio. Formado, volta a Itaoca. Incompetente, mau caráter, sem nenhuma vocação pra o trabalho médico, importa-se apenas em descobrir um meio rápido de ganhar dinheiro.

45 Pollice Verso Seu maior objetivo era uma viagem a Paris, onde poderia reencontrar a amante francesa que conhecera no RJ. Assim, ao tratar o primeiro paciente rico em Itaoca, Inacinho calcula, friamente, que, estendendo o 'tratamento' até deixá-lo morrer, poderia cobrar muito mais caro. E assim faz. Os herdeiros, inconformados com os absurdos honorários cobrados, recorrem à justiça.

46 Pollice Verso Esta decide favoravelmente ao médico inconsequente, apoiada na opinião, também desonesta e interesseira, dos outros médicos da cidadezinha. Consequentemente, o doutor Inacinho recebe a sua bolada e vai encontrar-se com Yvonne em Paris, dizendo ao ingênuo pai [orgulhosíssimo do filho importante] que iria aperfeiçoar estudos na França.

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48 Bucólica Outro conto regionalista que critica a lassidão infinita da zona rural. Narra-se o atraso em que vivem Veva e seu marido, Pedro Suão. Os dois têm uma filha, Anica, deficiente. Esse é o motivo que faz sua mãe tratar-lhe mal, desejando a morte da pequena, já que não vê utilidade em sua existência quase paralítica. O clímax, temperado a doses de crueldade absurda, está no relato que Inácia, a empregada do casal, faz ao narrador. A menina havia morrido de sede, pois a mãe havia-lhe negado água, mesmo sabendo que a coitada estava com febre.

49 Bucólica O mais trágico é que a única que atendia às vontades da enferma era a criada, que naquele momento estava retida fora da casa graças a uma chuva torrencial que aparecera. O funesto está no fato de a mocinha ter se arrastado até o pote d água, morrendo ao pé deste. Observa-se que título do conto estabelece uma ironia com relação ao seu conteúdo.

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51 O mata-pau A história deste conto é introduzida por meio da simbologia do mata-pau, planta que surge discretamente numa árvore, mas que com o tempo cresce a ponto de sugar-lhe toda a seiva. Estabelece-se, pois, relação com Elesbão e Rosa, que há muito queriam um filho, mas não conseguiam. Até que no meio de uma noite surge uma criança na terra deles. Adotam-na, batizando-a de Manuel Aparecido. Quando cresce, acaba tendo um caso com a madrasta.

52 O mata-pau Dominado por sentimento malignamente possessivo, mata o padrasto e depois consegue fazer com que Rosa passe a fazenda para o nome dele. Vende tudo e some com o dinheiro, não sem antes trancar a ex-amante em casa, que incendeia. A sorte dela é que, além de conseguir escapar, enlouquece, o que é-lhe um alívio, pois não tem noção da miséria em que caiu a sua vida.

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54 Bocatorta As terras do Atoleiro, pertencentes ao Major Zé Lucas, abrigavam um profundíssimo pântano, que já engolira muitos animais e um homem, pelo menos. Nas matas da fazenda, habitava o Bocatorta, criatura monstruosa, de corpo e rosto totalmente deformados, que era filho de antiga escrava dos pais do Major.

55 Bocatorta Certa vez, visitando a fazenda, o bacharel Eduardo, noivo de Cristina, única filha do Major, estimulado pelas histórias macabras que se contavam sobre o Bocatorta, pede para ir conhecer o monstro. Apesar dos protestos de Cristina, que sempre temera o Bocatorta, ela e os pais acompanham Eduardo à 'toca' do negro maldelazento.

56 Bocatorta Todos voltam em estado de grande malestar, num fim de tarde em que se arma uma tempestade. Cristina não passa bem à noite, amanhece febril e logo está atacada de pneumonia, doença que mata dez dias depois.

57 Bocatorta Na noite do dia em que a bela Cristina fora enterrada, seu noivo Eduardo resolve visitar o túmulo para lhe dar um último adeus. Chegando ao cemitério, descobre, horrorizado, que a sepultura estava sendo violada pelo repulsivo Bocatorta.

58 Bocatorta Chamados o Major e o capataz da fazenda, perseguem o horrendo monstro necrófilo, lutam com ele já dentro do mato e, finalmente, em vez de matá-lo com um tiro, acabam por arrastá-lo para dentro do pântano, sumidouro implacável, de cujo lodo ninguém saía vivo. Foi a punição imposta ao hediondo ser que desenterrara a infeliz Cristina e 'babujara em seus lábios o beijo único de sua vida'.

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60 O Comprador de Fazendas Espigão era o nome de uma fazenda improdutiva, de má terra e muitos azares. O dono, David Moreira de Souza, quer vendê-la, mas não arranja comprador.

61 O Comprador de Fazendas Pedro Trancoso, o Trancosinho, era um jovem espertalhão, que se fingia, às vezes, de comprador de fazendas, para tirar proveito de alguns dias de bela hospedagem na casa dos fazendeiros. Certa vez, simula interesse em comprar a fazenda arruinada do Moreira, que forjara certas 'arrumações' e benfeitorias para enganar o provável comprador.

62 O Comprador de Fazendas Trancoso, brindado com excelente hospedagem enquanto examina o negócio, leva de presente o rosilho do Moreira e promete voltar logo, para efetivar o negócio. Como demora o seu retorno, Moreira acaba descobrindo que ele era um trapaceiro. A família enche-se de revolta contra o impostor.

63 O Comprador de Fazendas Acontece, porém, que Trancoso acerta na loteria e decide comprar mesmo a fazenda do Moreira, pretendendo, inclusive, casar-se com Zilda, a filha do fazendeiro arruinado. Quando volta, seguro de que tudo daria certo, Moreira, que não sabia do prêmio lotérico, vinga-se do espertalhão, expulsando-o com uma grande surra de rabo de tatu. E perde a única oportunidade que teria de vender a fazenda do Espigão e, de quebra, descarta-se da filha solteira.

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65 O Estigma Bruno, o narrador, encontra Fausto, antigo companheiro de escola, em circunstâncias casuais, na fazenda do próprio Fausto. Bruno dica sabendo, então, que o ex-colega, logo depois de formado, casara-se, por interesse, com uma mulher rica, que logo se revela uma pessoa má. Fausto vivia seis meses na fazenda e seis meses na capital. Além dos filhos, tinha, na fazenda, uma prima órfã, a quem resolvera proteger após a morte dos pais.

66 O estigma Laura [ou Laurita], a órfã, aos 15 anos, tinha viço e beleza irresistível e desperta uma profunda paixão em Fausto, que padecia as agruras de um casamento errado. Bruno parte da fazenda, lamentando a sorte do amigo, e só volta a encontrá-lo vinte anos depois, quando Fausto lhe narra a continuação de seu drama. Apesar de manter o seu amor secreto em segredo, a mulher ciumenta e perversa, 'leu tudo dentro de mim, como se o coração me pulsasse, num peito de cristal'.

67 O estigma A partir daí, a vida de Fausto torna-se cada vez mais infernal, a mulher acusando de amásios a ele e a Laura, que, na verdade, jamais tivera qualquer tipo de relacionamento amoroso. Certo dia, voltando de uma caçada e cientificado de que Laurita desaparecera desde cedo, Fausto organiza uma batida no bosque próximo à fazenda e descobre morta a menina, com um tiro no peito e o revólver dele junto de sua mão direita.

68 O estigma Tudo indicava um suicídio inexplicável. Fausto, além do grande sofrimento pela perda do seu amor secreto, vive angustiado pelo estigma daquela morte trágica. Ficara sabendo que, pouco depois do desaparecimento de Laura, na tarde da tragédia, sua mulher estivera fora de casa por algum tempo. E, durante velório e enterro, ela se recusara a ver a morta, trancando-se no quarto e alegando indisposição pelo estado de gravidez em que se encontrava.

69 O estigma Dias depois, a mulher volta à vida normal, demonstrando mudança de gênio e falando quase nada. Quando, meses depois, nasce-lhe o filho, Fausto constata, espantado, que o menino trazia uma marca no peito, um estigma, que reproduzia com exatidão o ferimento que ele vira no peito de Laurita; 'um núcleo negro, imitante furo de bala, e a 'cobrinha', uma estria enviesada pelas costelas abaixo'. A 'cobrinha', vermelha, representava o sangue escorrido.

70 O estigma Fausto compreende que aquele estigma era a denúncia do crime pelo único ser que o testemunhara: o feto em formação no ventre da criminosa. Quando o marido lhe mostra o peito do menino e a acusa, a mulher desfalece. Logo depois, é atacada de uma febre puerperal gravíssima e vem a morrer.

71 O estigma O filho marcado era um rapazinho imberbe, único dos filhos que ainda vivia com Fausto, quando Bruno reencontra o amigo numa rua do Rio de Janeiro, vinte anos depois do primeiro encontro, na fazenda. A narrativa é feita em primeira pessoa, por Bruno.

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73 Velha praga O artigo que transformou um fazendeirinho em literato disserta, de forma indignada e irônica, sobre o atraso do comportamento do caboclo, que praticamente põe toda a validade do solo e da agricultura a perder por causa de seu costume bárbaro de realizar queimadas.

74 Velha praga O fazendeiro ML chama o caboclo ignorante da roça de 'piolho da terra' e descreve-o como um ser seminômade que se instala em qualquer pedaço de terra, faz o seu rancho de sapé [que brota da terra como um 'urupê', de um dia para o outro], queima e destrói o máximo em troca de uma pequeníssima roça para subsistência mínima e, geralmente 'tocado' pelo proprietário da terra, parte, com a família miserável, para um novo sítio e novas devastações.

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76 Urupês Este é um dos mais famosos textos de Monteiro Lobato. Nele, desanca uma crítica das mais ferozes que já se fez sobre qualquer tipo nacional. O alvo de seu ataque é o caboclo. Derrubando uma tradição cara, inaugurada por José de Alencar, que apontava como a mestiçagem do índio com o branco como geradora de uma nação forte, Lobato crê no contrário. Sua teoria institui a tese do caboclismo, ou seja, a mistura de raças gera um tipo fraco, indolente, preguiçoso, passivo. Sua religião manifesta-se por meio das mais primitivas formas de superstição e magia. Sua medicina é mais rala ainda. Sua política é inexistente, já que vota sem consciência, conduzido pelo maioral das terras em que mora.

77 Urupês Seu mobiliário é o mais escasso possível, havendo, no máximo, apenas um banquinho (de três pernas, o que poupa o trabalho de nivelamento) para as visitas. Não tem sequer senso estético, coisa que até o homem das cavernas possuía. E quanto à produção, dedicase apenas a colher o que a natureza oferece. É, portanto, o protótipo de tudo quanto há de atrasado no país.

78 Urupês ML define e caracteriza, com precisão de detalhes o nosso caboclo, que ele chama de Jeca Tatu, como uma criatura ignorante, preguiçosa, inútil, sem nenhuma ambição, nenhum senso de arte, nenhum desejo de permanência e de realização. Entre outras coisas, o artigo diz: 'Todo o inconsciente filosofar do caboclo grulha nesta palavra atravessada de fatalismo e modorra: nada para a pena.

79 Urupês Nem cultura, nem comodidades. De qualquer jeito se vive. E mais adiante:...o caboclo é o sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas. Urupê, segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda, é uma espécie de fungo da família das poliporáceas; orelha-de-pau, pironga.

80 Referências: as/u/urupes

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