PECULIARIDADES DO MARKETING JURÍDICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PECULIARIDADES DO MARKETING JURÍDICO"

Transcrição

1 PECULIARIDADES DO MARKETING JURÍDICO Cristiano Starling Erse 1 Aline Rocha Guedes 2 RESUMO O presente artigo tem como objetivo verificar quais as melhores e mais adequadas estratégias para a promoção de atividades jurídicas, tendo-se em vista às limitações advindas da legislação específica da advocacia. Trata-se de tema novo e pouco explorado do ponto de vista acadêmico, o que justifica a elaboração do trabalho de pesquisa. Metodologicamente, a pesquisa apresenta natureza exploratória e descritiva quanto aos fins; documental e bibliográfica quanto aos meios; e lógica dedutiva quanto à análise dos dados. Palavras-chave: Marketing jurídico. Estratégias. Estatuto da OAB. 1. INTRODUÇÃO A advocacia é, nos dias atuais, uma das mais relevantes atividades profissionais na conjectura econômica brasileira, movimentando, além de muito capital, grande quantidade de mão de obra especializada. (SELEM, 2008). O mercado jurídico brasileiro é, nestes moldes, altamente competitivo e qualificado, compatível com a economia do país, a maior da América Latina, apresentando crescimento drástico no porte e no número de escritórios de advocacia desde o fim da década de (GONÇALVES; HODGES, 2008). Por essa razão, os escritórios brasileiros, principalmente os de médio e grande porte, evoluíram em termos organizacionais, apresentando uma estrutura de gestão cada vez mais sofisticada, com áreas administrativas, tais como: administração, finanças, recursos humanos e informática. (SELEM, 2008). 1 Mestre e especialista em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Professor de Introdução ao Estudo de Direito e Direito Civil na Nova Faculdade/Contagem. Professor de Direito Civil II, Direito Econômico, Relações Internacionais e Trabalhos de Conclusão de Curso nas Faculdades Arnaldo Janssen (FAJANSSEN). Coordenador de Trabalhos de Conclusão de Curso na FAJANSSEN. Advogado militante. 2 Graduada em Administração pela Faculdade de Administração Padre Arnaldo Janssen. Especializanda em Gestão de Projetos com ênfase em Logística pelo IETEC. Consultora empresarial.

2 A construção de uma marca jurídica sólida e bem posicionada no mercado passou a ser um requisito essencial para o sucesso das organizações que atuam neste ramo, pois o Direito não é mais o mesmo e muito menos seus profissionais. (BERTOZZI, 2008). Dentro do referido contexto, surgiu, primeiro em países de origem anglo-saxônicas e depois internacionalmente, o chamado marketing jurídico, ou seja, o conjunto de esforços estratégicos de posicionamento mercadológico voltado para as organizações jurídicas. Buscase com através de diversas ferramentas servir de elo conclusivo entre o mercado (demandas jurídicas possíveis) e os advogados, criando e oferecendo serviços de valor definitivamente percebidos pelos clientes. (BERTOZZI, 2008). O presente artigo abordará as técnicas de promoção voltadas para o setor jurídico, um dos 4ps da teoria geral do marketing, tendo-se em vista as peculiaridades e limitações existentes, tanto na legislação, quanto nos usos e costumes, conforme os objetivos gerais e específicos apresentados abaixo, com o intuito de fornecer fundamentos sólidos para embasar o parecer solicitado Problema Quais são as técnicas de promoção (comunicação) mercadológica mais adequadas para escritórios de advocacia levando-se em consideração as peculiaridades e limitações do setor? 1.2. Objetivos Como objetivo principal o artigo visa analisar as peculiaridades e limitações atinentes à promoção mercadológica aplicada aos escritórios de advocacia, contemplando as medidas consideradas viáveis e eficazes nesse setor. Como desdobramento do objetivo geral, objetiva-se especificamente identificar a(s): a) limitações legais referentes à promoção dos escritórios de advocacia; b) limitações éticas e culturais específicas dos advogados referentes à promoção mercadológica dos escritórios de advocacia; c) repercussão das limitações verificadas na aplicação das técnicas de promoção mercadológica; d) técnicas de promoção possíveis; e) técnicas de promoção mais adequadas ao marketing jurídico Justificativa

3 Embora os escritórios de advocacia de médio e grande porte estejam inseridos na realidade contemporânea do profissionalismo e especialização em grande escala, a aplicação de técnicas de promoção mercadológica encontra-se ainda em fase embrionária na América Latina. Nas palavras de Gonçalves e Hodges, em trabalho envolvendo Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela (2008, p.5): (...) Por ser um tema ainda novo, atividades de marketing formais e estrategicamente coordenadas encontram-se em estágio inicial, o que certamente mudará na medida em que o interesse pelo marketing jurídico crescer na região. Cerca de um terço dos maiores escritórios nos respectivos mercados estudados ainda não emprega um profissional de marketing em tempo integral. Departamentos de marketing, quando existentes, tendem a ser pequenos, com orçamentos limitados e pouco poder de decisão por parte de seus profissionais. (GONÇALVES; HODGES, 2008, p. 5). Falar de marketing no meio jurídico brasileiro ainda não é, dessa maneira, tarefa das mais fáceis, uma vez que existe um conjunto de variáveis, abordadas a seguir, que dificultam a implantação, desenvolvimento e propagação dessa ferramenta. O preconceito em relação ao marketing jurídico é uma realidade. Muitos o consideram uma ferramenta diabólica para se burlar o respeito à ciência do Direito, promovendo a mercantilização da atividade fim do advogado. Existe uma postura conservadora na classe advocatícia, absolutamente contra a comunicação, entendendo-a como artifício antiético e de pouco merecimento. (BERTOZZI, 2008). Nesse sentido, convém transcrever as palavras do consagrado autor mineiro Gladston Mamede ao tratar da advocacia na mídia: Um aspecto interessante- e, certamente, controverso - da advocacia diz respeito à publicidade da atividade. Sobejam advogados que, mais apegados aos negócios do que à nobreza da atividade advocatícia, depositam seus esforços em variadas estratégias de marketing, como interessados em conquistar mercados, como se a cidadania pudesse ser assim tratada. (MAMEDE, 2008, p.276). Há também limitações impostas pela legislação, especialmente pelos estatutos e resoluções da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), bem como outras compostas pela cultura e costumes adquiridas no decorrer da história. O Direito tem suas características próprias, o que acarreta a necessidade de ajustar as práticas mercadológicas à realidade dos juristas. (VALE JÚNIOR, 2009). Diante do referido quadro, torna-se interessante, do ponto de vista acadêmico e profissional, o estudo das peculiaridades presentes no setor, especialmente no quesito promoção dos empreendimentos jurídicos.

4 Pode-se inferir, igualmente, que a produção intelectual nessa área do conhecimento contribui para diminuir a resistência dos advogados em relação ao marketing, pois desmistifica conceitos pré-estabelecidos pela comunidade em questão, esclarecendo a verdadeira essência do marketing que é a de posicionar, com ética e dignidade, no mercado, a marca e o serviço, algo claramente compatível com a advocacia. Por fim, torna-se importante frisar que a delimitação do objeto de estudo nas técnicas de promoção, excluindo-se, assim, os outros elementos do composto de marketing no que tange as atividades advocatícias, é uma escolha proposital, fruto da percepção que melhor se enquadra à proposta de um artigo científico Metodologia Metodologicamente, a pesquisa apresenta natureza exploratória e descritiva quanto aos fins; documental e bibliográfica quanto aos meios; e lógica dedutiva quanto à análise dos dados. Em termos de organização do texto, por se tratar de tema inter e multidisciplinar, optou-se por seguir o seguinte caminho: a) panorama da atividade jurídica (item 2); b) revisão literária e contextualização do marketing e do marketing jurídico (item 3); c) cruzamento de informações e análise dedutiva (item 4); d) considerações finais (item 5). 2. SERVIÇOS JURÍDICOS De acordo com Nunes (1994, p. 50), advocacia é profissão liberal de quem, legalmente habilitado, se incumbe, mediante honorários, de patrocinar ou pleitear direitos e interesses de terceiro, em juízo ou fora dele. No Brasil, a citada atividade profissional ganhou contornos definidos somente após a Independência, em 1827, com o reconhecimento das Faculdades de Direito de Olinda e de São Paulo. (LÔBO, 1994). Seguiu-se ao reconhecimento universitário, como elementos de consolidação do processo, a fundação do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiros em 1843 e da Ordem dos Advogados do Brasil OAB em (LÔBO, 1994). Em 1931, baseado no modelo francês, foi elaborado e aprovado o primeiro Regulamento da OAB que vigoraria até O referido regulamento foi sucedido pela Lei 4.215/63 e esta pela Lei 8.906/94, atualmente em vigor (LÔBO, 1994).

5 A regulamentação profissional conta também com o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, Código de Ética e Disciplina da OAB, e de vários Provimentos específicos referentes às matérias que merecem maiores detalhamentos como, por exemplo, a publicidade das atividades advocatícias. De acordo com art. 3º da Lei 8.906/94, o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil OAB e dos integrantes da Advocacia-Geral da União, da Procuradoria da Fazenda Nacional, da Defensoria Pública e das Procuradorias e Consultorias Jurídicas dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas entidades de administração indireta e fundacional. (BRASIL, 1994) Características e princípios norteadores A advocacia apresenta características muito especiais. Trata-se de profissão voltada para o sustento próprio do advogado, mas que é considerada pela legislação, ao mesmo tempo, serviço público com exercício de função social. É o que se pode verificar no art. 2º. da 8.906/94 (BRASIL, 1994): [...] Art. 2º O advogado é indispensável à administração da justiça. 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. 2º No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público. 3º No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limites desta Lei. Mamede (2008) esclarece que o paradoxo, representado pela oposição entre a atuação privada, de um lado, e, de outro, do exercício de um serviço que é considerado público e no qual se reconhece uma função social, é apenas aparente. A harmonização dos conceitos é perfeitamente possível, pois é o reconhecimento de que apesar da atividade dos advogados ser regida pelo Direito Privado e com intuito lucrativo, deverá sofrer limitações de ordem pública, uma vez que é um dos pilares da justiça previstas na Constituição Federal de Por essas razões, as normas comportamentais a serem observadas pelo profissional jurídico têm merecido tanta atenção por parte dos legisladores. Atividades deste porte, não poderiam evidentemente ficar ao livre arbítrio dos profissionais da área, em virtude do enorme risco social. Com a regulamentação ética da profissão, o conjunto de prescrições de

6 conduta, passa a ser norma de direito administrativo, implicando em penalidades aos seus infratores. (VALE JR, 2009). Neste contexto, com fundamento nos arts. 33 e 54, V, da Lei 8.906/94, foi elaborado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), o Código de Ética e Disciplina (CED) da OAB, um instrumento normativo que resume os deveres de conduta profissional, contemplando capítulos sobre as relações com os clientes, sigilo profissional, publicidade, honorários, dever de urbanidade e processos e procedimentos disciplinares (NALINI, 2006). Bittar (2007) ressalta a importância da referida norma, uma vez que esta oferece previamente o conjunto de prescrições existentes para os profissionais jurídicos, de forma a proporcionar a consciência dos deveres éticos mesmo antes da escolha pela carreira. Diante do contexto apresentado, boa parte da doutrina tem apontado que a relação entre advogado e cliente é marcada por cinco características/princípios essenciais: a) pessoalidade; b) confiança; c) sigilo das informações; d) exclusividade; e) não mercantilização. (VALE JR, 2008). Por pessoalidade, entende-se o contato direto, reservado e pessoal, capar de garantir o sigilo das informações. Por confiança, compreende-se a relação recíproca de lealdade e honestidade entre eles. Por sigilo, o dever do advogado em não divulgar as informações obtidas por meio de contato com seu cliente. Por exclusividade, o não exercício, tampouco divulgação, em conjunto com outra atividade profissional, com o intuito de evitar a captação de clientela, bem como evitar possíveis conflitos de interesses. Por fim, a não mercantilização está relacionada à vedação de práticas típicas do comércio ligadas à publicidade, aos meios de cobrança, ao local de instalação do escritório, ao relacionamento com os clientes, à oferta de serviços, etc. (VALE JR, 2008) Atividades típicas O Estatuto da Advocacia e Ordem dos Advogados (EAOAB), Lei 8.906/94, define, no seu artigo 1º., essencialmente, dois campos de atuação privativos dos advogados: de um lado, a advocacia de assessoramento, ou seja, aquela que oferece respostas a demandas no campo da consultoria jurídica, envolvendo sugestões de conduta e elaboração de contratos; e de outro, a advocacia curativa, entendendo-se esta como a atividade de defesa de direitos na Justiça. (SELEM, 2008). Veja-se:

7 Art. 1º São atividades privativas de advocacia: I a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais; II as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas. [...] 2.3. Ordem dos Advogados do Brasil A organização dos advogados em uma corporação não é uma invenção nacional. Na maioria dos países desenvolvidos, há um órgão associativo responsável pela defesa e regulamentação da profissão, mais ou menos nos moldes do que acontece no Brasil. (MAMEDE, 2008). Todavia, sua natureza jurídica é bastante curiosa, pois não é, de acordo com a maior parte da doutrina jurídica, uma instituição puramente privada, tampouco pública. Trata-se de instituição que apresenta características mistas, pois presta serviço público sem estar vinculada a qualquer órgão da administração pública, mas não tem a mesma autonomia de outras pessoas jurídicas associativas de direito privado. (CARDELLA, 2006). Vale Jr. (2009, p. 109) sintetiza a referida situação da seguinte maneira: Em suma, a OAB não é nem autarquia nem entidade genuinamente privada, mas serviço público independente, categoria sui generis, submetida fundamentalmente ao direito público, na realização de atividades administrativa e sancionadoras, e ao direito privado, no desenvolvimento de suas finalidades institucionais e de defesa da profissão Mamede (2008, p. 344) reflete sobre algumas das consequências jurídicas da natureza peculiar da OAB. Veja-se: Essa natureza híbrida se reflete na própria instituição. Por sua estrutura privada, a Ordem contrata seu pessoal pelo regime da CLT, e não por concurso público e regime estatutário. Seu patrimônio não é composto por bens públicos (de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais), e suas contas não estão submetidas ao Tribunal de Contas, mas aos próprios inscritos na Ordem. Todavia, por constituir serviço público, a OAB goza de imunidade tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços; por outro lado, os atos conclusivos de seus órgãos, quando reservados ou de administração interna, devem ser publicados na imprensa oficial ou afixados no fórum, na íntegra ou em resumo. [...] De acordo com o Estatuto da OAB, art. 3º. somente os inscritos na OAB podem advogar. Trata-se, portanto, de associação profissional obrigatória, o que levou a questionamentos sobre a constitucionalidade da norma. O Supremo Tribunal Federal repeliu, porém, o referido argumento considerando lícita a exigência em virtude das características da entidade e da função pública do advogado, devendo a OAB zelar pelo controle de qualidade de seus membros (MAMEDE, 2008).

8 O art.44 da EAOAB esclarece as funções primordiais do órgão da seguinte forma: Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil OAB, serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade: I defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; II promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil. 1º A OAB não mantém com órgão da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico. 2º O uso da sigla OAB é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil. O art. 8º. do EAOAB estabelece os requisitos para a inscrição do advogado na OAB: Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário: I capacidade civil; II diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; II título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV aprovação em Exame de Ordem; V não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI idoneidade moral; VII prestar compromisso perante o Conselho. [...] 2.4. Mercado O mercado de atuação jurídica guarda profunda relação com o estágio econômico do país. Quanto maior o movimento empresarial e a evolução qualitativa das demandas, maior a necessidade de escritórios e profissionais qualificados em Direito. (GONÇALVES; HODGES, 2008). Neste sentido, Gonçalves e Hodges (2008, p. 24) confirmam a expansão do mercado jurídico nas últimas décadas, fruto, especialmente, da progressão mercadológica financeira do país. Veja-se: O Brasil possui um vasto e dinâmico mercado jurídico, compatível com a economia do país, a maior da América Latina. A última década foi marcada por um crescimento dramático no porte dos escritórios de advocacia com alguns crescendo de menos de dez advogados para mais de 300. Como resultado, o Brasil possui mais de vinte escritórios com 100 ou mais advogados, incluindo o principal escritório da região, atualmente com mais de 400 advogados. O Ranking da Análise Advocacia no ano de 2009 demonstra o aumento significativo do porte dos 10 maiores principais escritórios de advocacia do Brasil, todos eles com mais de 230 advogados contratados. Transcreve-se a seguir 3 : 3 Disponível em:

9 Todavia, a tendência de aumento do porte dos escritórios de advocacia no Brasil não é o único elemento a ser considerado na análise do mercado, pois o número de escritórios e profissionais atuantes, independente do tamanho da organização, também vem aumentando drasticamente. De acordo com dados do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (2011), o quadro de advogados regulares e recadastrados conta com aproximadamente inscritos, o que faz do Brasil o terceiro país com maior número de advogados do mundo. A análise dos dados demonstra que, apesar de ser um mercado com muitas oportunidades, a advocacia no Brasil é marcada por grande concorrência profissional. Note-se, por fim, que o mercado de advocacia brasileira conta também com a atuação de alguns dos principais escritórios estrangeiros, apesar das restrições impostas pela Ordem dos Advogados do Brasil que limitam suas atividades a um trabalho de consultoria orientado à legislação de seus países de origem. (GONÇALVES; HODGES, 2008) Limitações à publicidade, propaganda e a informação da advocacia A questão da publicidade, propaganda e informação da advocacia tem merecido por parte da OAB grande atenção, uma vez que tais ferramentas podem acarretar a

10 mercantilização da profissão, o que é vedado expressamente pelo art. 5 do CED. (CFOAB, 2005). A regulamentação da matéria encontra-se contida essencialmente no CED e no Provimento 94/2000 do CFOAB. O primeiro traça linhas gerais, enquanto o segundo regulamenta detalhadamente o tema. A primeira limitação relevante que se encontra nos referidos documentos legais é a de que apenas a publicidade informativa é aceita, sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que, diretamente ou indiretamente, impliquem incultação ou captação de clientela 4. A prática da advocacia não pode ser vinculada, portanto, a serviço de outra natureza em oferta, pois esta prática é vista como infração à ética profissional. O Enunciado 2498 do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB/SP (apud VALE JR, 2009, p. 78) confirma no caso concreto essa premissa: E-2498 Exercício da advocacia no mesmo local de atividade imobiliária. Impossibilidade. Desrespeito ao sigilo profissional, com captação de clientela e concorrência desleal. Não é permitido ao advogado o exercício da profissão concomitantemente com outra de natureza comercial, no mesmo local de qualquer das atividades, por configurar captação de clientela, concorrência desleal e desrespeito ao sigilo profissional. Rel. Dr. Cláudio Felippe Zalaf. A legislação da advocacia não proíbe, desse modo, o anúncio das atividades profissionais, todavia restringe bastante a forma como estes podem ser feitos. Neste sentido, transcreve-se o art.1º. do Provimento 94/2000: Art. 1º. É permitida a publicidade informativa do advogado e da sociedade de advogados, contanto que se limite a levar ao conhecimento do público em geral, ou da clientela, em particular, dados objetivos e verdadeiros a respeito dos serviços de advocacia que se propõe a prestar, observadas as normas do Código de Ética e Disciplina e as deste Provimento. O art. 2º. do Provimento 94/2000 vem esclarecer o que é publicidade informativa para a OAB, enumerando as seguintes atividades: a) identificação pessoal e curricular do advogado ou da sociedade de advogados; b) o número da inscrição do advogado ou do registro da sociedade; c) o endereço do escritório principal e das filiais, telefones, fax e endereços eletrônicos; d) áreas ou matérias jurídicas de exercício preferencial; e) o diploma de bacharel em direito, títulos acadêmicos e qualificações profissionais obtidos em estabelecimentos reconhecidos, relativos à profissão de advogado (art. 29, 1º e 2º, do Código de Ética e Disciplina); f) indicação das associações culturais e científicas de que faça parte o advogado 4 Ver art. 7º e 28 do CED e art.1º. do Provimento 94/2000.

11 ou a sociedade de advogados; g) nomes dos advogados integrados ao escritório; h) horário de atendimento ao público; i) idiomas falados ou escritos. Para a doutrina majoritária, a enumeração feita é apenas exemplificativa, podendo se reconhecer outras formas ali não contidas, desde que guardem congruência com os princípios gerais da advocacia e tenham como principal função informar. (MAMEDE, 2008). Na sequência, o art. 3º do Provimento 94/2000 enumera meios considerados lícitos de publicidade da advocacia: a) utilização de cartões de visita e de apresentação do escritório, contendo, exclusivamente, informações objetivas; b) placa identificativa do escritório, afixada no local onde se encontra instalado; c) anúncio do escritório em listas de telefone e análogas; d) comunicação de mudança de endereço e de alteração de outros dados de identificação do escritório nos diversos meios de comunicação escrita, assim como por meio de mala-direta aos colegas e aos clientes cadastrados; e) menção da condição de advogado e, se for o caso, do ramo de atuação, em anuários profissionais, nacionais ou estrangeiros; f) divulgação das informações objetivas, relativas ao advogado ou à sociedade de advogados, com modicidade, nos meios de comunicação escrita e eletrônica. No mesmo artigo, em seus parágrafos explicativos, o CFOAB dispõe que as referidas práticas publicitárias somente serão válidas se realizadas com discrição e moderação; as malas diretas e os cartões de apresentação só podem ser fornecidos a colegas, clientes ou a pessoas que os solicitem ou os autorizem previamente; e todos os materiais devem sempre indicar o nome do advogado ou da sociedade de advogados com o respectivo número de inscrição ou de registro; devem, também, ser redigidos em português ou, se em outro idioma, fazer-se acompanhar da respectiva tradução. Transcreve-se a seguir, com o objetivo de ilustrar, alguns enunciados do TED da OAB/SP (apud VALE JR, 2009, p. 79 e segs.): E-2033 Publicidade. Anúncio de advogado que omite seu nome e inscrição na OAB. Anúncio feito em jornal, que declina apenas o número de telefone e os serviços oferecidos, omitindo o nome com a indicação de mercadorias e serviços, incluindo atividades menos lisonjeiras, fere os princípios da moderação, sobriedade e moralidade, preconizados pelos artigos 21 e 29 do CED [...] Angariação de clientela que tipifica a infranção disciplinar [...] E Impressos de advogados. Logotipo. Desenhos, letras sobressalientes, estilizadas e em cores. Ofensa aos princípios éticos sobre publicidade. A utilização recursos ou artifícios em papeis de petição impressos e cartões do advogado, escritório ou sociedades de advogados gera, à semelhança com anúncios de propaganda, incompatibilidade com a discrição, moderação e sobriedade, três conceitos que regem a publicidade dos advogados e que devem caracterizar o exercício da advocacia [...] E Publicidade. Anúncio de advogado em porta de veículo. Vedação. É vedado o anúncio de atividade advocatícia feita em veículo automotor, especialmente quando nele

12 se insere título de doutor e atividade de ouvidor popular, situação que agrava a infração [...] E 1941 Publicidade. Folder. Mala direta. Constitui infração ética a divulgação e o oferecimento de exercícios profissionais mediante folder impresso, encaminhada através do sistema de mala direta, com autoprogamação do advogados, insinuando a obtenção de sucesso em demandas judiciais [...] As práticas consideradas lícitas podem ser divulgadas, segundo o art.5º., pelos seguintes veículos de informação: a) internet, fax, correio eletrônico e outros meios de comunicação semelhantes; b) revistas, folhetos, jornais, boletins e qualquer outro tipo de imprensa escrita; c) placa de identificação do escritório; d) papéis de petições, de recados e de cartas, envelopes e pastas. O parágrafo único do citado artigo expõe que as páginas mantidas nos meios eletrônicos de comunicação podem fornecer informações a respeito de eventos, de conferências e outras de conteúdo jurídico, úteis à orientação geral, desde que estas últimas não envolvam casos concretos nem mencionem clientes. Por outro lado, aduz o Art. 4º do Provimento 94/00 que não são permitidos ao advogado em qualquer publicidade relativa à advocacia: a) menção a clientes ou a assuntos profissionais e a demandas sob seu patrocínio; b) referência, direta ou indireta, a qualquer cargo, função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido; c) emprego de orações ou expressões persuasivas, de autoengrandecimento ou de comparação; d) divulgação de valores dos serviços, sua gratuidade ou forma de pagamento; e) oferta de serviços em relação a casos concretos e qualquer convocação para postulação de interesses nas vias judiciais ou administrativas; f) veiculação do exercício da advocacia em conjunto com outra atividade; g) informações sobre as dimensões, qualidades ou estrutura do escritório; h) informações errôneas ou enganosas; i) promessa de resultados ou indução do resultado com dispensa de pagamento de honorários; j) menção a título acadêmico não reconhecido; k) emprego de fotografias e ilustrações, marcas ou símbolos incompatíveis com a sobriedade da advocacia; l) utilização de meios promocionais típicos de atividade mercantil. Merece destaque a proibição a referências a valores dos serviços do advogado, o que é considerado prática imoderada e típica do comércio. O enunciado 1752 do TED/SP (apud VALE JR, 2009, p. 81) retrata bem esta situação: E Publicidade. Oferta de serviços no âmbito criminal. Destaque para a nãocobrança de consulta. Infração ética. A oferta de serviços advocatícios criminais ou cíveis, por meio de panfletário, com especificação de vários benefícios, como forma de estímulo a eventuais clientes e dispensa do pagamento de consulta, configura a prática

13 de mercatilização da profissão, inculta captação de causas e angariação de clientela, além de desprestigiar o exercício da advocacia. Rel. Dr. Clodoaldo Ribeiro Machado. Nesta seara, o art. 6º. não admite como veículos de publicidade da advocacia: a) rádio e televisão; b) painéis de propaganda, anúncios luminosos e quaisquer outros meios de publicidade em vias públicas; c) cartas circulares e panfletos distribuídos ao público; d) oferta de serviços mediante intermediários. A participação do advogado em programas de rádio, de televisão e de qualquer outro meio de comunicação, inclusive eletrônica, não é totalmente vedada. Desde que se limite a entrevistas ou a exposições sobre assuntos jurídicos de interesse geral, visando a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos para esclarecimento dos destinatários é considerada lícita e dentro dos padrões éticos da OAB, conforme dispositivo previsto no Art. 7º. do Provimento 94/2000. Em complemento, o Provimento 94/2000, em seu art. 8º., ressalta que em suas manifestações públicas, estranhas ao exercício da advocacia, entrevistas ou exposições, deve o advogado abster-se de: a) analisar casos concretos, salvo quando arguido sobre questões em que esteja envolvido como advogado constituído, como assessor jurídico ou parecerista, cumprindo-lhe, nesta hipótese, evitar observações que possam implicar a quebra ou violação do sigilo profissional; b) responder, com habitualidade, a consultas sobre matéria jurídica por qualquer meio de comunicação, inclusive naqueles disponibilizados por serviços telefônicos ou de informática; c) debater causa sob seu patrocínio ou sob patrocínio de outro advogado; d) comportar-se de modo a realizar promoção pessoal; e) insinuar-se para reportagens e declarações públicas; f) abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega. Sobre o assunto, Vale Jr. (2009, p. 82 e segs) traz enunciados do TED/SP que ilustram bem as limitações, razão pela qual transcreve-se a seguir algumas: E-2456 Publicidade. Perguntas e respostas em jornal. Habitualidade. Não é vedada a participação de advogado em meio de comunicação social escrito, falado, televisivo ou eletroeletrônico, manifestando-se sobre temas de direito, sempre, porém, sem refugir dos objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais e instrutivos, a que alude o art.32 do CED. O que se torna reprovável é transformar-se em habitual essa participação episódica e eventual, e, por outro lado o desvirtuamento daqueles objetivos educacionais e instrutivos, transformando a oportunidade em fator e veículo de promoção pessoal ou profissional da qual, até a insinuação à captação indireta de clientes, é passo ou espaço bem curto. Rel. Dr. Ernesto Lopes Ramos. E Rádio e televisão. Participação periódica, em programas. Assuntos jurídicos. Vedação no Código de Ética. Ao advogado não é dado participar de programas diários, semanais ou periódicos de qualquer forma, gratuita ou remunerada, para comentários

14 sobre temas de direito como protagonista, sob pena de estar praticando publicidade imoderada, mercantilização, captação e concorrência desleal, expressamente vedadas no código de ética [...]. 3. MARKETING Estabelecido o panorama da atividade advocatícia no Brasil, torna-se necessário uma breve, mas significativa contextualização da disciplina marketing e de suas vertentes. Muitas são as tentativas de definição, conceituação e delimitação do que seja marketing, variando seus limites de acordo com o tempo, o espaço e as circunstâncias econômicas. O seu elemento essencial é, sem dúvida, o processo de troca, em que duas ou mais partes se dão algo de valor, com o objetivo de satisfazer necessidades recíprocas, mas as estratégias e o foco não foram e, provavelmente, não serão sempre os mesmos. (COBRA, 1997). Assim, considera-se fundamental realizar um breve e objetivo contexto histórico, pois a compreensão da disciplina parece estar condicionada ao entendimento da realidade dos séculos XX e XXI Evolução histórica Embora suas raízes possam ser encontradas na própria gênese do comércio, o marketing é um campo de estudo relativamente novo se comparado com outras áreas do saber. Ao longo do tempo, sua importância variou de acordo com a própria evolução da sociedade e das ciências gerênciais. (BOONE; KURTZ, 1995). Segundo Santos et al. (2009), vários autores preferem abordar o desenvolvimento do marketing de uma forma abrangente, dividindo sua história em três eras distintas: a) Era da Produção (até 1925); b) Era das Vendas ( ); c) Era do Marketing (a partir de 1950). Até cerca de 1925, a maior parte das empresas estava voltada para a produção. Predominava o conceito de que um bom produto (definido em termos de qualidade física) se venderia por si mesmo. A chamada era da produção perdurou por bastante tempo alcançado o seu auge no início do século XX. Destacaram-se nessa época autores como Frederick W. Taylor, Frank e Lillian Gilbreth, todos enfatizando a eficiência do processo de produção para o sucesso empresarial (BOONE; KURTZ, 1995). Entre 1925 e o início da década de 1950, a denominada era das vendas, as técnicas de produção dos principais países industrializados progrediram substancialmente, o que

15 acarretou um crescimento considerável da produção. O foco de atuação das empresas passou a ser a tentativas de fazer com que o total de produtos fabricados correspondesse ao número potencial de compradores. Boone e Kurtz (1995, p. 8) esclarecem a tendência da seguinte maneira: [...] Uma empresa voltada para vendas pressupunha que os consumidores não iriam adquirir mercadorias e serviços que não julgassem essenciais, e que a tarefa do pessoal de vendas e propaganda seria justamente superar a resistência e convencê-los a comprar. Entretanto, a realidade viria a se transformar novamente. A transferência de um mercado vendedor para um mercado comprador com abundância de mercadorias e serviços, fruto do fim da Segunda Guerra Mundial, onde as fábricas pararam de produzir materiais bélicos e voltaram a produzir bens de consumo, criou a necessidade de uma orientação para o consumidor, a chamada era do marketing. Neste sentido, Boone e Kurtz (1995, p. 8 e segs.): [...] Mercadorias e serviços tinham que ser trabalhados pelo marketing, e não apenas produzidos e vendidos. Esta constatação foi identificada como a emergência do conceito de marketing. [...] O marketing deixou de ser considerado uma atividade suplementar executada após a conclusão do processo de produção. O profissional de marketing, por exemplo, passou a desempenhar o principal papel no planejamento do produto, marketing e venda não eram mais sinônimos. Em 1948, a American Marketing Association (AMA apud COBRA, 1997) definiu marketing como: A realização de atividades direcionadas e que incidam sobre o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário. No mesmo sentido, Santos et al. (2009, p. 94) afirmam que [...] a era do marketing, que teve seu início em 1950 e foi caracterizada pela percepção dos empresários sobre a importância da conquista da manutenção de negócios a longo prazo e, especialmente, da manutenção de relações permanentes com a clientela. Por isso, a partir dessa era passou-se a valorizar mais o consumidor todos os produtos deveriam ser produzidos a partir da constatação dos seus desejos e necessidades. Em 1954, com o lançamento da obra The Practice of Management de Peter Drucker, a difusão do marketing começa a dar seus primeiros sinais, ainda que de forma implícita e tímida. O livro não apresenta um estudo profundo da matéria, porém já aponta a ferramenta como uma força muito poderosa a ser utilizada pelos administradores focados no mercado. (KOTLER, 2009). Entretanto, boa parte da doutrina especializada considera como o verdadeiro divisor de águas na história do marketing o artigo de Theodore Levitt intitulado Marketing myopia, na edição de julho-agosto de 1960 da Haward Business Review. (KOTLER, 2009).

16 Sobre as lições de Levitt sobre o estado das indústrias americanas na época, Baker (2005, p. 5) afirma que: [...] Levitt propôs a tese de que indústrias em declínio ou defuntas chegaram a tal estado porque eram orientadas para o produto e não para clientes. O resultado é que a definição do conceito de seu negócio era demasiadamente estreita. Por isso, as ferrovias deixaram de perceber que estavam e estão no negócio do transporte e assim permitiram que novos meios de transporte conquistassem e roubassem seus clientes. De modo semelhante, os magnatas do cinema de Hollywood ignoraram a ameaça da televisão até que fosse quase muito tarde porque viam a si próprios como indústria do cinema e não como negócio do entretenimento. No livro Innovations in Marketing, o Prof. Levitt esclarece que marketing é diferente de venda, como química de alquimia, astronomia de astrologia, jogo de xadrez de jogo de damas.. (LEVITT apud BOONE; KURTZ, 2005, p.8). Levitt expôs um conjunto de equívocos de compreensão, identificou o valor da satisfação do cliente e modificou o mundo empresarial de forma relevante. O universo mercadológico se revelou, a partir daí, com a elaboração de pesquisas, artigos e dados estatísticos. Verificou-se, desse modo, a necessidade de estudos sérios com tratamento científico e metódico do mercado, o que veio a ser sedimentado por autores como Jerome MacCarthy (1960) em seu livro Basic Marketing e Philip Kotler (1967) com a consagrada obra Marketing Management. (LAS CASAS, 1997). O marketing passa a ser considerado um processo de tomada de decisão ou de solução de problemas que se utiliza de conceitos teóricos de áreas como Economia, Psicologia, Sociologia, entre outros. Nos anos 70, o movimento doutrinário iniciado nas décadas anteriores, trouxe consequências diretas e profundas para as grandes organizações empresariais, que passaram a adotar departamentos e diretorias de marketing com orçamentos próprios e profissionais altamente especializados. Os limites do marketing foram ampliados, pois suas aplicações eram mais largas do que se imaginava inicialmente. Tal conceito evidenciou-se, sobretudo, com a publicação de um artigo de Kotler e Levy que colocava em relevo a importância do marketing, inclusive em setores sem fins lucrativos. Com isso o conceito de marketing assumiu novas dimensões. Boone e Kurtz (1995, p. 12) explicam que: O conceito ampliado não foi aceito imediatamente por todos os profissionais da área. Alguns questionaram uma extensão injustificada do conceito. Outros alegaram que o conceito poderia ser responsável por mudanças e desordens sociais indesejáveis. No entanto, apesar dessas controvérsias, o conceito ampliado foi largamente adotado por organizações sem fins lucrativos. [...] pressões financeiras resultantes da concorrência crescente por doações e do corte de recursos do governo induziram organizações sem

17 fins lucrativos a adotar o conceito de marketing. Na verdade, muitas foram simplesmente forçadas a se voltar para o marketing apenas para sobreviver. Santos et al. (2009, p. 96) corroboram com este pensamento. Veja-se: Nos anos 70, destacou-se o fato de surgirem departamentos e diretorias de Marketing em todas as grandes empresas. Posteriormente, em razão da grande contribuição dada por esta área do conhecimento ao meio empresarial, ela passou a ser rapidamente adotada em outros setores da atividade humana. O governo, organizações civis, entidades religiosas e partidos políticos passaram a valer-se das estratégias de Marketing, adaptando-as às suas realidades e necessidades. Ainda na década de 70, surgem as primeiras variações relevantes do marketing genérico. O marketing de serviços encontra-se inserido neste contexto, fruto da suposta inaplicabilidade ou ineficácia de aplicação direta das ações mercadológicas ao setor de serviços em virtude de suas peculiaridades. Nos dizeres de Malley e Tynan (2005, p.26): ` Tentativas anteriores de aplicar técnicas de marketing foram descartadas como essencialmente concentradas em produto e por não conseguirem lidar com as características dos serviços (Shostack,1977). Essencialmente, as características singulares dos serviços inseparabilidade, intangibilidade, heterogeneidade e perecibilidade (Zeithaml et al.,1985) salientam a importância das pessoas na experiência do serviço. A década de 80 foi marcada pela popularização definitiva do marketing e expansão para médias e pequenas empresas, bem como pelo surgimento de verdadeiros Best Sellers sobre a área de conhecimento. Santos et al. (2009, p. 97) relatam que: O fenômeno dos gurus levou o marketing às pequenas e médias empresas, e a todo tipo de profissional. Talvez por isso, e também por uma necessidade mercadológica, o Marketing passou a ser uma preocupação direta da alta direção de todas as megacorporações, não estando mais restrito a uma diretoria ou departamento. Ainda nesta época, surgiu a escola de pensamento chamada Marketing de Relacionamento que se concretizaria nos anos Segundo Hanza (2005, p. 58): A preocupação com a administração do relacionamento da organização com seus clientes é um tema que ganhou grande importância a partir da década de 1990, com a crescente importância da orientação para o mercado. No entanto, em 1983 Theodore Levvit já enfatizava sua importância, destacando que o relacionamento se torna fator crítico na escolha do vendedor numa próxima vez. (LEVITT, 1990, P.120). Segundo Levitt (1990, p.138), o objeto do marketing é obter e manter clientes, fazendo com que os atuais compradores voltem a comprar da empresa ao invés de comprarem do concorrente. Cabe ressaltar que Theodore Levitt destaca dois principais objetivos de marketing: obter e manter clientes. O foco do marketing de relacionamento se dá no segundo objetivo manter clientes que é o principal objeto deste estudo em função da importância do tema no campo da administração.

18 Uma comparação das diferenças nas filosofias do marketing de relacionamento e do marketing tradicional é apresentada por Nickels e Wood (1999, p. 5) no quadro a seguir transcrito: MARKETING TRANSACIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO Ênfase em conquistar clientes Orientação para o curto prazo Interesse em realizar uma única venda Compromisso limitado com os clientes Pesquisa sobre as necessidades dos clientes utilizadas para completar a transação Sucesso significa realizar uma venda Qualidade é uma preocupação da produção Compromisso limitado com o serviço Ênfase em manter os clientes atuais, bem como conquistar novos clientes Orientação para o longo prazo Interesse em vendas múltiplas e relacionamentos duradouros Alto nível de envolvimento com o cliente Pesquisa contínua a respeito das necessidades dos clientes utilizadas para melhorar o relacionamento Sucesso significa lealdade do cliente, compras repetidas, recomendações dos clientes e baixa rotatividade de clientes Qualidade é preocupação de todos os empregados Alto grau de compromisso com o serviço Fonte: NICKELS, William G.; WOOD, Marian B. Marketing: relacionamento, qualidade, valor. Rio de Janeiro: LTC, p.5. Paralela à sedimentação e ao debate sobre o marketing de relacionamento, o avanço tecnológico dos anos 90 acarretou novos impactos no ambiente e nas ferramentos do marketing. O comércio eletrônico trouxe uma verdadeira revolução em setores da administração como logística, distribuição e formas de pagamento. As consequências mercadológicas se tornaram mais claras na década seguinte, com a era pós-industrial, conforme os ensinamentos de Miranda (2004, p. 50): O início do século XXI é marcado pela passagem da sociedade industrial para a pósindustrial, cujo processo deu-se início a partir de inovações tecnológicas e do mundo globalizado. Surge então o conceito de Cybermarketing, visto como ferramenta básica para o relacionamento com os clientes, representando a evolução mais recente do marketing direto. O marketing de massa, considerado extinto, volta à tona com a possibilidade de ser trabalhado de forma personalizada. Segundo Santos et al. (2009) retratam bem essa concepção as expressões maximarketing de Stan Rapp, marketing 1 to 1, da Peppers & Rogers Group, aftermarketing

19 de Terry G. Vavra e do marketing direto de Bob Stone, caracterizando-se sempre por uma constante busca pela personalização em massa. No mesmo período, houve o fortalecimento do conceito de marketing societal, pois Instituições privadas passaram a participar de eventos e causas sociais com o intuito de gerar visibilidade à marca e contruir uma boa imagem com intuito de retorno junto ao público consumidor. (BALSINI; SILVEIRA, 2004). Na sequência dos fatos, a academia vê o nascimento de novas estratégias como marketing de permissão, de Seth Godin, a conceitualização do marketing boca-a-boca por George Silverman, a explosão do buzz marketing e do marketing viral, por autores como Russell Goldsmith e Mark Hughes, entre outros. Pode-se afirmar que a virada do milênio trouxe ações revolucionárias tanto na logística quanto na oferta de produtos, fruto da democratização dos meis eletrônicos. (SANTOS et al., 2009) Conceitos de marketing Conceituar Marketing não é das tarefas mais fáceis. Disciplina das mais importantes dos cursos de administração de empresas, muitos autores consideram que o Marketing encontra-se em processo de transição de uma arte que é praticada para uma profissão com sólidos fundamentos teóricos. As lições de Baker (2005, p. 3) retratam muito essa realidade: [...] Nesse processo, ele está seguindo de perto os precedentes estabelecidos por profissões como medicina, arquitetura e engenharia, atividades que também foram praticadas por milhares de anos e acumularam uma profusão de informações descritivas relativas às arte que registrou e também promoveu sua evolução. Todavia, em certa conjutura, o progresso continuado demanda uma transição da descrição à análise, tal como a desencadeada pela descoberta de Harvey sobre a circulação do sangue. Se o marketing também quiser desenvolvê-la, deve fazer a transição de arte para ciência aplicada e desenvolver fundamentos teóricos sólidos, cujo domínio se torne uma qualificação essencial para sua prática. Adotar essa proposição é uma ameaça para muitos profissionais de marketing, do mesmo modo que o Conselho Nacional de Medicina foi para o barbeiro-cirurgião. Mas, hoje, você nem sonharia em ir a um barbeiro em busca de orientação médica. Para o Prof. Macmillan (apud BAKER, 2005, p. 3) o enigma do marketing é que ele é uma das atividades mais antigas do homem e, ainda assim, é vista como a mais recente das disciplinas de negócios. Em sentido aproximado, Kenneth D. Hutchinson (apud COBRA, 1997, 26):

20 [...] há uma razão real, no entanto, pela qual o campo de marketing tem-se desenvolvido lentamente como um conjunto único de teoria. E isto é simples: marketing não é uma ciência. Ele é antes uma arte ou uma prática, e, como tal, mais fechada; mais comparável com a engenharia, medicina e arquitetura do que com a física, a química e a biologia. Por outro lado, há doutrinadores como Shelby Hunt (apud COBRA, 1997, p. 26) que defendem o marketing ampliado como ciência sedimentada. Veja-se: [...] Se a amplitude do marketing inclui comportamento do consumidor, marketing de instituições, canais mercadológicos e a eficiência de sistemas de distribuições, então não há razão para que os estudos desses fenômenos não sejam designação científica. Independente da discussão sobre a cientificidade ou não do marketing, de acordo com o enfoque dado, este pode ser compreendido por diferentes conceitos e funcionalidades. Para a American Marketing Association (AMA, 2007, s.p.): marketing é uma função organizacional e um conjunto de processos para criar, comunicar e entregar valor aos consumidores e para gerenciar o relacionamento com o consumidor de modo a beneficiar a empresa e seus stakeholders. Kotler (2000, p. 30) leciona que marketing é um processo social pelo qual pessoas e grupos de pessoas obtêm o que necessitam e o que desejam por meio de criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com os outros. Para McDonald (2004), o conceito de marketing, ao contrário de sua função, subtende que as atividades de uma empresa são impulsionadas em sua totalidade pelo desejo de satisfazer às necessidades dos clientes, ou seja, marketing é, portanto, um processo de compatibilização entre as capacidades da organização e os desejos de seus clientes. Toledo (1994) reunindo vários pontos de vista, afirma que o marketing pode ser entendido em três dimensões: a funcional, a filosófica e a gerencial. A dimensão funcional refere-se à própria natureza do marketing, seu objeto e objetivo, estando focada na troca, de maneira que cada um dos componentes do processo apresente uma proposta de valor para as outras partes. A dimensão gerencial é voltada para o conjunto de atividades organizacionais atinentes ao processo administrativo. A dimensão filosófica procura destacar o conceito ou a orientação subjacente de atividades de marketing O sistema de marketing: os 4Ps A doutrina especializada chama o conjunto de ferramentas à disposição dos administradores para influenciar a venda de produtos ou serviços de composto ou mix de

Dispõe sobre a publicidade, a propaganda e a informação da advocacia

Dispõe sobre a publicidade, a propaganda e a informação da advocacia Provimento No. 94/2000 Dispõe sobre a publicidade, a propaganda e a informação da advocacia O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art.

Leia mais

Ética Geral e Profissional

Ética Geral e Profissional Ética Geral e Profissional Prof. Eurípedes Brito Cunha Júnior britojunior@gmail.com Normas: EOAB: Artigos isolados CEDOAB ANTIGO: Capítulo IV do Título I CEDOAB NOVO: Capítulo VIII do Título I Provimento

Leia mais

MARKETING JURÍDICO Gestão & Ética. Prof. Msc. Luiz Fernando Mello Leitão

MARKETING JURÍDICO Gestão & Ética. Prof. Msc. Luiz Fernando Mello Leitão MARKETING JURÍDICO Gestão & Ética Prof. Msc. Luiz Fernando Mello Leitão CED (Código de Ética e Disciplina). Capítulo IV Da Publicidade. Art. 28. O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais,

Leia mais

Código de Ética do IBCO

Código de Ética do IBCO Código de Ética do IBCO Qua, 14 de Novembro de 2007 21:00 O papel do consultor de organização, no desempenho de suas atividades, é o de assistir aos clientes na melhoria do seu desempenho, tanto nos aspectos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Marketing jurídico: desafios e oportunidades no Brasil Marco Antônio P. Gonçalves * Em março de 1999, o The New York Law Journal publicou o artigo How to Get Past Basic Promotion

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Lei 8.906/1994

Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Lei 8.906/1994 Ética Profissional Aula 05 Professora Clara Brum Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Lei 8.906/1994 DA ADVOCACIA Ponto da aula: Da Publicidade - art. 28 a 34, CED e Prov. 94/2000;

Leia mais

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Multimídia

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Multimídia Área de Comunicação Produção Multimídia Curta Duração Produção Multimídia Carreira em Produção Multimídia O curso superior de Produção Multimídia da FIAM FAAM forma profissionais preparados para o mercado

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

EDITAL PROGRAMA AMBIENTA NOVELIS PELA SUSTENTABILIDADE 5ª Edição 2014-2015

EDITAL PROGRAMA AMBIENTA NOVELIS PELA SUSTENTABILIDADE 5ª Edição 2014-2015 EDITAL PROGRAMA AMBIENTA NOVELIS PELA SUSTENTABILIDADE 5ª Edição 2014-2015 A Novelis, líder global em laminados e reciclagem de alumínio, está presente em 11 países com 26 instalações operacionais e conta

Leia mais

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Publicitária

Área de Comunicação. Tecnologia em. Produção Publicitária Área de Comunicação Tecnologia em Produção Publicitária Curta Duração Tecnologia em Produção Publicitária CARREIRA EM PRODUÇÃO PUBLICITÁRIA Nos últimos anos, a globalização da economia e a estabilização

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom Entrevista esclarece dúvidas sobre acúmulo de bolsas e atividadess remuneradas Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes Quinta, 22 de Julho de 2010 19:16 No dia 16 de julho de 2010, foi publicada

Leia mais

SETE SEMANAS PARA O SUCESSO DE UM ESCRITÓRIO - ETAPAS BÁSICAS PARA IMPLANTAÇÃO DO MARKETING JURÍDICO

SETE SEMANAS PARA O SUCESSO DE UM ESCRITÓRIO - ETAPAS BÁSICAS PARA IMPLANTAÇÃO DO MARKETING JURÍDICO SETE SEMANAS PARA O SUCESSO DE UM ESCRITÓRIO - ETAPAS BÁSICAS PARA IMPLANTAÇÃO DO MARKETING JURÍDICO Ari Lima É possível implantar um plano prático e funcional de marketing jurídico com ótimas chances

Leia mais

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br

Sumário. (11) 3177-7700 www.systax.com.br Sumário Introdução... 3 Amostra... 4 Tamanho do cadastro de materiais... 5 NCM utilizadas... 6 Dúvidas quanto à classificação fiscal... 7 Como as empresas resolvem as dúvidas com os códigos de NCM... 8

Leia mais

REGULAMENTO DE PUBLICIDADE DOS SOLICITADORES

REGULAMENTO DE PUBLICIDADE DOS SOLICITADORES REGULAMENTO DE PUBLICIDADE DOS SOLICITADORES 1 Com rigoroso respeito pelo Estatuto, pelos direitos e deveres deontológicos, pelo segredo profissional e pelas normas legais externas sobre publicidade e

Leia mais

AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA?

AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA? AFINAL, O QUE É ESSA TAL OUVIDORIA? Hélio José Ferreira e Hilma Araújo dos Santos * O título provocativo dessa matéria reflete uma situação peculiar pela qual vem passando as ouvidorias no Brasil, que

Leia mais

A ÉTICA APLICADA AO MARKETING JURÍDICO E À PUBLICIDADE NO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA

A ÉTICA APLICADA AO MARKETING JURÍDICO E À PUBLICIDADE NO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA A ÉTICA APLICADA AO MARKETING JURÍDICO E À PUBLICIDADE NO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA AUGUSTO CARDOSO DE OLIVEIRA JÚNIOR 1 Resumo: Análise das questões éticas relativas ao marketing jurídico e à publicidade

Leia mais

II. Atividades de Extensão

II. Atividades de Extensão REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO I. Objetivos A extensão tem por objetivo geral tornar acessível, à sociedade, o conhecimento de domínio da Faculdade Gama e Souza, seja por sua própria produção, seja

Leia mais

Introdução ao Marketing. História do Conceito

Introdução ao Marketing. História do Conceito História do Conceito O termo marketing, de acordo com Cobra (1988, p. 34) é uma expressão anglo-saxônica derivada da palavra mercari, do latim, que significa comércio, ou ato de mercar, comercializar ou

Leia mais

A. Conceito de Trade Marketing, responsabilidades, atividades, amplitude de atuação e limites

A. Conceito de Trade Marketing, responsabilidades, atividades, amplitude de atuação e limites 5 Conclusão Trade Marketing é um termo conhecido por grande parte dos profissionais das áreas comercial e de marketing, principalmente entre as indústrias de bens de consumo. Muitas empresas já incluíram

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

1º Entende-se por publicidade informativa aquela limitada a informar:

1º Entende-se por publicidade informativa aquela limitada a informar: Projeto de Resolução Regulamenta, no âmbito do Estado de Pernambuco, o Provimento nº 94/2000 do Conselho Federal da OAB, que trata da publicidade, propaganda e a informação da advocacia, institui medida

Leia mais

O Banrisul no relacionamento com os diversos setores da sociedade terá suas posições e ações baseadas nas seguintes disposições:

O Banrisul no relacionamento com os diversos setores da sociedade terá suas posições e ações baseadas nas seguintes disposições: 1.0 - CÓDIGO DE ÉTICA DO BANRISUL Preâmbulo O compromisso maior da instituição deve ser o de possibilitar continuamente a consecução de sua missão, a saber: Ser o agente financeiro do Estado para promover

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO O ESTADO VEIO TENDO, NO DECORRER DO SÉCULO XX, ACENTUADO PAPEL NO RELACIONAMENTO ENTRE DOMÍNIO JURÍDICO E O ECONÔMICO. HOJE, TAL RELAÇÃO JÁ SOFRERA PROFUNDAS

Leia mais

Código de Ética. PARTE I Relação com o cliente de Consultoria

Código de Ética. PARTE I Relação com o cliente de Consultoria Código de Ética PARTE I Relação com o cliente de Consultoria 1. É essencial que o Consultor estabeleça de inicio com o cliente, de forma clara, os objetivos do trabalho previsto, dos meios a serem utilizados,

Leia mais

Estratégias em Propaganda e Comunicação

Estratégias em Propaganda e Comunicação Ferramentas Gráficas I Estratégias em Propaganda e Comunicação Tenho meu Briefing. E agora? Planejamento de Campanha Publicitária O QUE VOCÊ DEVE SABER NO INÍCIO O profissional responsável pelo planejamento

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 012/07 CONSUNI

RESOLUÇÃO Nº 012/07 CONSUNI RESOLUÇÃO Nº 012/07 CONSUNI APROVA A ALTERAÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR E ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO EM MARKETING E O REGULAMENTO

Leia mais

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing

Plano de Marketing. Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing Plano de Marketing Introdução (breve) ao Marketing Análise de Mercado Estratégias de Marketing 1 Plano de Marketing É o resultado de um processo de planejamento. Define o quevai ser vendido, por quanto,

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

PROJETO BÁSICO AGÊNCIA DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

PROJETO BÁSICO AGÊNCIA DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA PROJETO BÁSICO AGÊNCIA DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA Projeto Básico da Contratação de Serviços: Constitui objeto do presente Projeto Básico a contratação de empresa especializada em serviços de comunicação

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

Circular NPJ nº 01/2008:

Circular NPJ nº 01/2008: Rio de Janeiro, 14 de março de 2008. Circular NPJ nº 01/2008: Apresenta o funcionamento do Núcleo de Prática Jurídica e do Escritório Modelo. Estimados Alunos, Essa circular visa ao esclarecimento do funcionamento

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

CURSOS ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSOS ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROJETO DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES ANO 2007 CURSOS ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS INTRODUÇÃO: Tendo como objetivo propiciar ao aluno um conjunto de oportunidades que se refletirão, de forma direta

Leia mais

ESCLARECIMENTOS SOBRE OS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCLARECIMENTOS SOBRE OS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA ISSN 2238-300X ESCLARECIMENTOS SOBRE OS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA Prof. Dr. Francisco Pitanga 1 A Educação Física passa por momento bastante difícil no Estado da Bahia e precisamos

Leia mais

O CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ aprovou e eu, Reitora em exercício, sanciono a seguinte Resolução:

O CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ aprovou e eu, Reitora em exercício, sanciono a seguinte Resolução: Resolução CONSUN n o 046/2003. Credenciada pelo Decreto Federal de 03/07/97 - D. O. U. Nº 126, de 04/07/97 Aprova o Regulamento Geral da Agência de Comunicação Integrada, do Curso de Comunicação Social

Leia mais

FUNDAMENTOS DE MARKETING

FUNDAMENTOS DE MARKETING FUNDAMENTOS DE MARKETING Há quatro ferramentas ou elementos primários no composto de marketing: produto, preço, (ponto de) distribuição e promoção. Esses elementos, chamados de 4Ps, devem ser combinados

Leia mais

CARGOS E FUNÇÕES APEAM

CARGOS E FUNÇÕES APEAM CARGOS E FUNÇÕES APEAM 1. PRESIDÊNCIA A Presidência possui por finalidades a representação oficial e legal da associação, coordenação e integração da Diretoria Executiva, e o acompanhamento, avaliação,

Leia mais

PROJETO DE LEI N /2013, DE SETEMBRO DE 2013. Dispõe sobre a Regulamentação do Marketing Multinível ou de Rede E dá outras providências

PROJETO DE LEI N /2013, DE SETEMBRO DE 2013. Dispõe sobre a Regulamentação do Marketing Multinível ou de Rede E dá outras providências PROJETO DE LEI N /2013, DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre a Regulamentação do Marketing Multinível ou de Rede E dá outras providências O Congresso Nacional Decreta: CAPITULO I DAS DEFINIÇÕES DO QUE SE ENTENDE

Leia mais

FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE PROCESSUS REGULAMENTO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 0 ÍNDICE NATUREZA E FINALIDADE 2 COORDENAÇÃO DOS CURSOS 2 COORDENAÇÃO DIDÁTICA 2 COORDENADOR DE CURSO 2 ADMISSÃO AOS CURSOS 3 NÚMERO

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

O IDEC é uma organização não governamental de defesa do consumidor e sua missão e visão são:

O IDEC é uma organização não governamental de defesa do consumidor e sua missão e visão são: 24/2010 1. Identificação do Contratante Nº termo de referência: TdR nº 24/2010 Plano de aquisições: Linha 173 Título: consultor para desenvolvimento e venda de produtos e serviços Convênio: ATN/ME-10541-BR

Leia mais

Proposta para Formataça o de Franquia

Proposta para Formataça o de Franquia Proposta para Formataça o de Franquia 1- O sistema de franchising para o seu negócio Quando falamos de franchising, não estamos falando de algum modismo e, sim, de um sistema de negócios que veio para

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL

Leia mais

Torna obrigatória a contratação do serviço de Inspeção de Segurança Veicular mediante processo de licitação pública.

Torna obrigatória a contratação do serviço de Inspeção de Segurança Veicular mediante processo de licitação pública. PROJETO DE LEI N 3005 DE 2008 Business Online Comunicação de Dados Torna obrigatória a contratação do serviço de Inspeção de Segurança Veicular mediante processo de licitação pública. Autor: Regis de Oliveira

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Breves considerações tributárias quanto a atividade de empresário (antiga firma individual) na atividade de representação comercial Juliano César Borges de Vito* Um dos fatores preponderantes

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING

GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING GESTÃO ESTRATÉGICA DE MARKETING PÓS-GRADUAÇÃO / FIB-2009 Prof. Paulo Neto O QUE É MARKETING? Marketing: palavra em inglês derivada de market que significa: mercado. Entende-se que a empresa que pratica

Leia mais

Estratégias de Comunicação Ferramentas Utilizadas para Comunicação de Marketing

Estratégias de Comunicação Ferramentas Utilizadas para Comunicação de Marketing Estratégias de Comunicação Ferramentas Utilizadas para Comunicação de Marketing Profa. Waléria Macaciel Comunicação de marketing É o meio pelo qual as empresas buscam informar, persuadir e lembrar os consumidores,

Leia mais

w w w. y e l l o w s c i r e. p t

w w w. y e l l o w s c i r e. p t consultoria e soluções informáticas w w w. y e l l o w s c i r e. p t A YellowScire iniciou a sua atividade em Janeiro de 2003, é uma empresa de consultoria de gestão e de desenvolvimento em tecnologias

Leia mais

Conceito de Marketing Considerações Preliminares Atendimento

Conceito de Marketing Considerações Preliminares Atendimento Conceito de Marketing Considerações Preliminares Atendimento Metodologia de Ensino 1) Noções de Marketing 2) Marketing de Serviço 3) Marketing de Relacionamento 1 2 1) Noções de Marketing 3 4 5 6 www.lacconcursos.com.br

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

ABM BLUE CONVÊNIO E PUBLICIDADE - LTDA CNPJ: 22.153.768/0001-38 Endereço: Rua C-5, lote 09, sala 101, Taguatinga - Centro Brasília / Distrito Federal

ABM BLUE CONVÊNIO E PUBLICIDADE - LTDA CNPJ: 22.153.768/0001-38 Endereço: Rua C-5, lote 09, sala 101, Taguatinga - Centro Brasília / Distrito Federal Sumário A. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA... 3 1. Sobre Nós... 3 1.1. - Missão... 3 1.2. - Visão... 3 1.3. - Valores... 3 2. Serviços... 4 2.1. Das atividades da BLUE CONVÊNIO: seus objetivos e finalidade...

Leia mais

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DO SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO) - PCS A Política de Comunicação do Serviço

Leia mais

DIVISÃO DE ENSINO E PESQUISA DEP COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA COREME PROVA ADMINISTRAÇÃO / RELAÇÕES PÚBLICAS

DIVISÃO DE ENSINO E PESQUISA DEP COMISSÃO DE RESIDÊNCIA MÉDICA COREME PROVA ADMINISTRAÇÃO / RELAÇÕES PÚBLICAS 1. O marketing de relacionamento: (A) Não se relaciona com o endomarketing. (B) Não utiliza ferramentas de CRM (customer relationship management). (C) Pressupõe diálogo entre empresa e cliente, mas a comunicação

Leia mais

Desde 1993 a confiança e credibilidade conquistada é resultado do trabalho constante em comunicação objetiva e atendimento especializado.

Desde 1993 a confiança e credibilidade conquistada é resultado do trabalho constante em comunicação objetiva e atendimento especializado. ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA COM SÓLIDA EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO EM NEGÓCIOS, QUE PELO ATENDIMENTO ESPECIALIZADO, CLARO E ÁGIL, TORNOU-SE UMA MARCA DE EXCELÊNCIA. MSCB Advogados possui uma visão moderna de

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO CÓDIGO DE ÉTICA DA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO 0 ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO... 2 2 - ABRANGÊNCIA... 2 3 - PRINCÍPIOS GERAIS... 2 4 - INTEGRIDADE PROFISSIONAL E PESSOAL... 3 5 - RELAÇÕES COM

Leia mais

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO FACULDADE SUMARÉ 2008 CAPÍTULO I DA CONCEPÇÃO E FINALIDADE Art. 1º. Respeitada a legislação vigente, as normas específicas aplicáveis a cada curso e, em

Leia mais

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020 INDICE POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 1. Objetivo...2 2. Aplicação...2 3. implementação...2 4. Referência...2 5. Conceitos...2 6. Políticas...3

Leia mais

PROJETO SERVIÇOS E CIDADANIA EDITAL N 002/2014

PROJETO SERVIÇOS E CIDADANIA EDITAL N 002/2014 PROJETO SERVIÇOS E CIDADANIA EDITAL N 002/2014 Abertura de prazo para solicitação de serviços pelas entidades cadastradas no Projeto Serviços e Cidadania e sediadas em Curitiba e Região Metropolitana O

Leia mais

DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964

DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964 DECRETO nº 53.464 de 21-01-1964 Regulamenta a Lei nº 4.119, de agosto de 1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo. O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art.87, item

Leia mais

Edital 1/2014. Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica

Edital 1/2014. Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica Edital 1/2014 Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica A (PoloSul.org) torna pública a presente chamada e convida os interessados para apresentar propostas de incubação

Leia mais

PLANO DE NEGÓCIOS. O QUE É?

PLANO DE NEGÓCIOS. O QUE É? NE- CACT O Núcleo de Empreendedorismo da UNISC existe para estimular atitudes empreendedoras e promover ações de incentivo ao empreendedorismo e ao surgimento de empreendimentos de sucesso, principalmente,

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR NÃO OBRIGATÓRIO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA, BACHARELADO REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR NÃO

Leia mais

Política de Suitability

Política de Suitability Política de Suitability Outubro 2015 1. OBJETIVO O objetivo da Política de Suitability ( Política ) é estabelecer procedimentos formais que possibilitem verificar a adequação do investimento realizado

Leia mais

Observa-se que nas três primeiras questões (n 91, 92 e 93), a ênfase do examinador recaiu nas seguintes Resoluções:

Observa-se que nas três primeiras questões (n 91, 92 e 93), a ênfase do examinador recaiu nas seguintes Resoluções: Comentário Prova Auditor Fiscal SEFAZ-RJ 2011 Parte 1 Olá meus amigos! Irei, a partir deste toque, comentar as questões de Auditoria constantes da prova mais recente para Auditor Fiscal (Secretaria de

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

PROGRAMA DE PONTUAÇÃO PARTICIPATIVA

PROGRAMA DE PONTUAÇÃO PARTICIPATIVA PROGRAMA DE PONTUAÇÃO PARTICIPATIVA 1 INTRODUÇÃO O desenvolvimento das ações promovidas no decorrer deste projeto, terão como resultado o estreitamento dos laços Cooperado\Cooperativa que vai integrar

Leia mais

CONCORRÊNCIA N. 2014/01 PROTOCOLO N. 2014/9.924

CONCORRÊNCIA N. 2014/01 PROTOCOLO N. 2014/9.924 CONCORRÊNCIA N. 2014/01 PROTOCOLO N. 2014/9.924 OBJETO: Contratação, sob demanda, de serviços de publicidade e atividades complementares, a serem prestados por intermédio de agência de propaganda. SEGUE

Leia mais

Política de Patrocínios e Doações da Volvo do Brasil

Política de Patrocínios e Doações da Volvo do Brasil Política de Patrocínios e Doações da Volvo do Brasil Data de publicação: 10/07/2007 Última atualização: 10/07/2007 APRESENTAÇÃO Os patrocínios exercem um importante papel na estratégia de comunicação e

Leia mais

A In Company 16/10/2015. Missão Gerar e agregar valor às marcas e aos negócios dos clientes. Assessoria de marketing para sociedade de advogados.

A In Company 16/10/2015. Missão Gerar e agregar valor às marcas e aos negócios dos clientes. Assessoria de marketing para sociedade de advogados. A In Company Assessoria de marketing para sociedade de advogados. A In Company atua desde 2005 com um conceito inovador: É especialista em projetos customizados de marketing jurídico e gestão, desde o

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE

UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE UNIVERSIDADE LIVRE DO MEIO AMBIENTE A INSTITUIÇÃO A Universidade Livre do Meio Ambiente - Unilivre, instalada em Curitiba, Paraná, é uma organização não governamental sem fins lucrativos, recentemente

Leia mais

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2003

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2003 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2003 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática Elisabete Ap. Zambelo e-mail: elisabete.zambelo@usc.br Daniel Freire e Almeida e-mail: daniel.almeida@usc.br Verônica

Leia mais

EDITAL PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO JOVEM DA UFPE

EDITAL PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO JOVEM DA UFPE EDITAL PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO JOVEM DA UFPE A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) torna pública, através da Diretoria de Inovação e Empreendedorismo (DINE) da Pró-Reitoria para Assuntos de

Leia mais

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES ANÁLISE DE REQUISITOS PARA RELATOR E AVALIADOR DA BANCA EXAMINADORA ESBOÇO ESQUEMÁTICO CONSIDERAÇÕES INICIAIS Esta breve análise pretende abordar

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação?

PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação? PÓS-GRADUAÇÃO CAIRU O QUE VOCÊ PRECISA SABER: Por que fazer uma pós-graduação? O mercado do trabalho está cada vez mais exigente. Hoje em dia, um certificado de pós-graduação é imprescindível para garantia

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00040-2 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para realização de um plano de sustentabilidade financeira para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, no âmbito da

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

PROJETO SETORIAL DO POLO DE TI&C DE SÃO CAETANO DO SUL E REGIÃO TERMO DE REFERÊNCIA

PROJETO SETORIAL DO POLO DE TI&C DE SÃO CAETANO DO SUL E REGIÃO TERMO DE REFERÊNCIA PROJETO SETORIAL DO POLO DE TI&C DE SÃO CAETANO DO SUL E REGIÃO TERMO DE REFERÊNCIA Prestação de Serviços em Assessoria e Consultoria Tributária para as empresas do Arranjo Produtivo Local. 1. OBJETIVO

Leia mais

POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO FEV/2015 VERSÃO 1.0

POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO FEV/2015 VERSÃO 1.0 POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO VERSÃO 2 / 6 1. INTRODUÇÃO A Política de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro ( Política ) visa promover a adequação das atividades operacionais da DBTRANS

Leia mais

FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU

FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO INTEGRADA: PESSOAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO TURMA V E EIXOS TEMÁTICOS PARA A MONOGRAFIA FINAL Professor Ms. Carlos Henrique

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

POR QUE SER ASSOCIADO ABESE? CONHEÇA TODOS OS BENEFÍCIOS

POR QUE SER ASSOCIADO ABESE? CONHEÇA TODOS OS BENEFÍCIOS POR QUE SER ASSOCIADO ABESE? CONHEÇA TODOS OS BENEFÍCIOS Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança - ABESE Entidade que representa, nacionalmente, as empresas de sistemas

Leia mais

MANUAL DE INTEGRAÇÃO - DIRETORIA Edição 1 Balneário Camboriú, novembro de 2014.

MANUAL DE INTEGRAÇÃO - DIRETORIA Edição 1 Balneário Camboriú, novembro de 2014. MANUAL DE INTEGRAÇÃO - DIRETORIA Edição 1 Balneário Camboriú, novembro de 2014. OBJETIVO O presente manual se destina a orientar a diretoria da ACIBALC, quanto à administração de suas pastas, o gerenciamento

Leia mais