FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA
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- Estela Fidalgo Arruda
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1 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA
2 A Constituição Federal Estabelece a educação como direito social e universal, obrigatório dos 4 aos 17 anos (CF Art. 208 / LDB Art. 4º) Enfatiza a gratuidade da oferta, assegurando a garantia do acesso e permanência. O não-oferecimento do ensino importa responsabilidade da autoridade competente
3 A Constituição Federal Estabelece dentre seus princípios a valorização do magistério, com garantia de piso salarial nacional (Emenda CF 59/2006 Lei /2008) Prioriza a gestão democrática (incluindo a execução dos recursos CF, Art. 206) Implanta a ideia de padrão de qualidade (CF, Art. 206)
4 Art (...) A Constituição Federal 1º A União (...) exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir (...)padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio.
5 A Constituição Federal
6 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO REGRA BÁSICA DA MDE A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. (Art. 212 CF.)
7 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO OS TRIBUTOS E A MDE O sistema Tributário Nacional De acordo com o art. 5º, CTN, os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria Impostos : imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Taxas: têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição (lixo, iluminação, esgoto, passaporte) Contribuições: a) de Melhoria, b) Especiais (IPES,OAB)
8 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO Impostos OS TRIBUTOS E A MDE Da União: II Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros IE Imposto sobre a Exportação de Produtos Nacionais e Nacionalizados IR Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza IPI Imposto sobre Produtos Industrializados IOF Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguros, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários ITR Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural IGF Imposto sobre Grandes Fortunass
9 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO OS TRIBUTOS E A MDE Dos Estados ICMS: Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados ITCMD Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos Dos Municípios IPTU Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana ISS Imposto sobre Serviços ITBI Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos
10 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO Transferências FPE Fundo de Participação dos Estados 21,5% da receita arrecadada com IR e IPI (Art. 159,I) FPM Fundo de Participação dos Municípios 22,5% da receita arrecadada com IR e IPI (Art. 159,I) OUTRAS REPARTIÇÕES Aos Municípios: 25%-ICMS, 50%-IPVA, 50%-ITR, 100%- IR Servidores, 25%-Fundo IPI estadual, FUNDEB Aos Estados: 100%-IR Servidores, 10%- Fundo IPI União Taxas e Contribuições não estão inclusas na cesta da MDE Taxas: Contribuições Sociais: R$ 23 milhões R$ 230 milhões Sergipe 2013
11 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PRINCIPAIS DESPESAS CONSIDERADAS COMO MDE (Art.70 LDB) Remuneração dos profissionais da educação; Aquisição, manutenção, de instalações e equipamentos necessários ao ensino; Realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas de ensino; Aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte escolar.
12 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PRINCIPAIS DESPESAS NÃO-CONSIDERADAS COMO MDE (Art.71 LDB) Subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial, desportivo ou cultural; Formação de quadros especiais para a administração pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos; Programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; Obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar. Pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino
13 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
14 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
15 O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO SALÁRIO EDUCAÇÃO Instituído em 1964, é uma contribuição social destinada ao financiamento da educação básica pública É calculada com base na alíquota de 2,5% sobre o valor total das remunerações pagas ou creditadas pelas empresas Fonte adicional de financiamento da Educação Básica(Art. 212, 5º,CF) Distribuição da Arrecadação pelo FNDE 90% - formar as cotas Estadual/Municipal (2/3) e a cota federal/fnde (1/3) proporção ao nº de alunos 10% para o FNDE financiamento do transporte escolar Arrecadação 2012 SEED: R$ ,02
16 FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
17 FUNDEB O que é o FUNDEB? Fundo de natureza contábil, criado por meio da Emenda Constitucional nº 53/2006, regulamentado pela Lei /2007, instituído, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal. (Art. 60 ADCT)
18 FUNDEB I CONTRIBUIÇÃO FUNCIONAMENTO Estado e Municípios contribuem com 20% dos impostos e transferências: FPE, FPM, ICMS, IPIex, LC 87, ITCM, IPVA, ITR (Art. 3º, /2007; Art.60 ADCT, II). A União complementa os fundos sempre que no Estado o valor médio ponderado por aluno ficar abaixo do mínimo nacional, com no mínimo10% do valor total dos fundos. (Art.60 ADCT, VII, d). Não fazem parte do FUNDEB: IPTU, ITBI, ISS e IR das autarquias e fundações estaduais e municipais
19 FUNDEB II DISTRIBUIÇÃO FUNCIONAMENTO Proporcional ao número de alunos matriculados na Educação Básica Pública Presencial no âmbito de atuação prioritária de cada Rede de Ensino, utilizando-se fatores de ponderação (Art. 8º e 9º, Lei /2007) A distribuição em Sergipe é feita pelo Banco do Brasil Contas únicas e específicas (Art.17, Lei /2007) -consultas/repasse-de-recursos-do-fundeb
20 CONTRIBUIÇÃO Est e Mun colocam 20% Imp + Transf: (FPE, FPM, ICMS, IPVA, ITRm, IPIexp, ITCMD, LC 87/96) Est. e Mun. recebem de acordo com o nº de alunos RECEITA Complem. da União 10% de 20% de Est e Mun
21 FUNDEB PRINCIPAIS ASPECTOS Implementação iniciada em 01/01/2007, (art. 46, Lei Federal n /07); O prazo de vigência é de 14 anos, até 31/12/2020, (art. 48, Lei Federal n /07); Alcance: Educação básica pública presencial Municípios: educação infantil e ensino fundamental; Estado: ensino fundamental e ensino médio (arts. 2º e 8º da Lei Federal n /07); 60% dos recursos anuais totais do FUNDO serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública, (art. 22);
22 FUNDEB PRINCIPAIS ASPECTOS Coeficiente de Distribuição 2013 da Rede Estadual é 0, ; Previsão de Arrecadação do FUNDEB Sergipe 2013: R$ ,16; Estimativa de Receita FUNDEB SEED 2013: R$ 526 milhões (ASPLAN/SEED) Repasse aos Municípios Estimado: R$ 943 milhões (ASPLAN/SEED) Portaria Interministerial nº 04/2013
23 FUNDEB PRINCIPAIS ASPECTOS Valor Aluno Mínimo Nacional: R$ 2.221,73 (E.F.) ; Valor Aluno Mínimo Sergipe: R$ 2.628,13; Complementação da União: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí; Complementação ao Piso Nacional: os mesmos (Resolução MEC nº 07/2012) Portaria Interministerial nº 04/2013
24 Creche: PRINCIPAIS ASPECTOS Fatores de Ponderação Pública: 1,30 (integral) 0,80 (parcial); Conveniada: 1,10 (integral) 0,80 (parcial). Pré-escola Tempo integral: 1,30; Tempo parcial: 1,00; Ensino Fundamental Anos Iniciais: 1,00 (urbano) 1,15 (campo); Anos Finais: 1,10 (urbano) 1,20 (campo); Tempo Integral: 1,30; Ensino Médio Urbano: 1,20 Campo: 1,30 Integrado (ETC) Resolução nº 08/2013
25 PERSPECTIVAS LEGAIS FUTURAS
26 PERSPECTIVAS LEGAIS FUTURAS PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (PLC Nº 103/2012) META 20 Ampliar o Investimento em relação ao PIB: 7% até 5 ano e 10% ao final do decênio Uso de 50% do Pré-sal em educação; Em 02 anos implantar o Custo-Aluno Qualidade Inicial (CAQi) e em 03 o CAQ, com apoio financeiro da União aos Estados e Municípios
27 PERSPECTIVAS LEGAIS FUTURAS CONAE 2014 Definir regime de colaboração Ampliação da MDE para 10% do PIB Ampliar os percentuais de investimento na Educação de 25% para 30% para Estados e Municípios, e para 25% a União; Retirar aposentados (Sergipe já não inclui); Excluir da LRF (limite prudencial) as despesas com o pessoal via FUNDEB; Inlcuir Taxas e Contribuições Sociais; Transformar o FUNDEB em um fundo nacional;
28 OBRIGADO Aristóteles Gomes de Oliveira Diretor da Assessoria de Planejamento/SEED Tel:
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