Companies Tax Planning or Countries Tax Competitiveness? Fernando Carreira Araújo Madrid, 28 April 2012
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1 Companies Tax Planning or Countries Tax Competitiveness? Fernando Carreira Araújo Madrid, 28 April 2012
2 Estrutura da apresentação Oferentes nas ofertas públicas de aquisição. Veículos utilizados por accionistas portugueses de empresas do PSI20. Espanha como plataforma de investimento em Portugal. Questão da amortização fiscal do Goodwill. Sucursais portuguesas em Espanha como dominantes de grupos fiscais. Grupos multinacionais portugueses com grupos fiscais em Espanha. Treaty Shopping. Participation Exemption: casos particulares. Híbridos: Capital vs Empréstimo. Operações de Reestruturação Intra-Grupo. Análise Comparativa dos Regimes de Grupo Fiscal. Esquemas de Planeamento Fiscal Agressivo 2
3 Investimento em Portugal (OPA s) Veículos em Espanha não são utilizados para aquisições em Portugal. Ano Origem Empresa Alvo SPV 2012 Brasil Camargo Cimpor Áust 2012 Portugal J. Mello Brisa Lux 2010 Brasil CSN Cimpor Lux 2007 Portugal Sonae P.Telecom NL 2004 Portugal Semapa Portucel NL 3
4 Questões e Justificações: Porquê, dada a proximidade? Vantagem das menos-valias concorrerem fiscalmente. Vantagem (agora mitigada) de encargos financeiros serem dedutíveis. % de investimento requerida de 5% idêntica à da Holanda e Luxemburgo. Todavia Lux requer apenas custo de aquisição de 1,2 milhões de euros (ETVE 6 milhões). Período de detenção requerido de 1 ano, enquanto na Holanda opera de imediato. 4
5 Investimento em Portugal (PSI20) Investidores portugueses utilizam veículos no estrangeiro (mas não Espanha) para deterem activos em Portugal Activo Accionista % SPV Galp Amorim 33,34% NL J. Martins F.S. Santos 56,21% NL P. Telecom Controlinvest 2,28% Lux Portucel Semapa 31,48% NL Sonae Inv. Efanor 46,86% NL 5
6 Questões e Justificações: Porquê, para participações superiores a 10%? Participações inferiores a 10%, podem ter custo de aquisição superior a 1,2 (Lux) ou 6 milhões de euros (Esp) e portanto beneficiarem da deslocalização. Participações inferiores a 10%, são tributadas a 31,5% em Portugal, enquanto detidas por sociedades holandesas ou luxemburguesas, são apenas tributadas a 10% e 15% por retenção na fonte. Poupança superior a 50%. Detenção a partir de Espanha não aconselhável para holdings detidas em mais de 50% por portugueses, por força do ADT. 6
7 Investimento de Espanha Investidores espanhóis não utilizam veículos no estrangeiro. Activo Accionista % SPV Brisa Abertis 15,02% PT EDP Iberdrola, Liberbank 6,79% 3,50% ESP Somague Sacyr 100% ESP REN RED 5% ESP Gescartão Europac 100% PT 7
8 Questões e Justificações: Porquê? Dedução do goodwill. Participações, em regra, superiores a 5%. Dividendos não tributados em Espanha. Menos-valias dedutíveis sem restrição, sem necessidade de liquidação do activo. Encargos financeiros dedutíveis. Quando participações inferiores ao limite da Directiva (actualmente de 10%, mas que já foi de 25%), interposição de SGPS em Portugal dominada a 100%. Actualmente modelo não efectivo a menos que seja joint-venture com terceiros, para atingir limiar mínimo. Caso TUE Caso Secilpar. Caso Portucel/ENCE (TEAC). 8
9 Goodwill em Espanha Dedução em Espanha levou a investidores portugueses utilizarem veículos em Espanha para aquisições em Portugal. Ano Adquirente Alvo Vendedor 2006 Altri Celbi Stora Enso 2007 Sonae Continente Carrefour Só eficiente se tiverem rendimentos tributáveis em Espanha. Ganho apenas temporário. Mais-valia tributável. 9
10 Grupos Fiscais em Espanha Grupos portugueses em Espanha optam por ter no topo sucursal portuguesa em Espanha, no caso de investimentos no país. Entidade Topo EDP Renovables Sucursal EDP Petrogal Sucursal Galp Continente Hipermercados Sucursal Sonae 10
11 Questões e Justificações: Porquê o inverso (grupos espanhóis em Portugal) não é também verdadeiro? Rendimentos/prejuízos de sucursais não são tributadas em Espanha. A Lei não prevê grupos fiscais cuja entidade dominante seja uma sucursal. Idem para sociedades detidas por entidades residentes noutros Estados Membros (acordão TUE Pappillon). Recentemente autoridades fiscais portuguesas evoluíram nesta posição, mas não quanto a sucursais. Vantagem também ao nível de imposto do selo sobre o capital de empréstimos de 0,5% e juros bancários de 4%,, que seriam devidos em Portugal. 11
12 Grupos Fiscais em Espanha No caso de investimentos dentro e fora de Espanha, Espanha detém todos os activos fora de Portugal. Exemplo Cimpor (+EDPR) Portugal Espanha Marrocos Tunísia Egipto Turquia Brasil Moçambique África do Sul China Indía Cabo Verde 12
13 Questões e Justificações: Porquê não o investimento directo a partir de Portugal? Encargos Financeiros não dedutíveis ou mais valias-tributadas em 50%, se SGPS ou não. Tributação adicional em imposto do selo, nos empréstimos. Menor retenção na fonte sobre os juros em Marrocos, Tunísia, Egito e África do Sul. Menor retenção na fonte sobre os dividendos na Tunísia, Egito e África do Sul. Melhor ADT de Portugal apenas no caso do Brasil, pese embora dividendos sejam tributados em 5% do seu valor, Moçambique, indía e Cabo Verde. Regime de incentivo fiscal à internacionalização previsto na lei, mas não operacional. Todavia razões principais são amortização de goodwill e participation exemption mais generosa, 5% de participação requerida e aplícável fora da União Europeia. 13
14 Treaty Shopping - Empréstimos Com excepção dos seguintes países (e Suécia) a Espanha tem melhores wht sobre juros, o que pode incentivar o treaty shopping. Retenções na fonte outros rendimentos. ZFM. Portugal Espanha Canadá 10% 15% Indía 10% 15% 14
15 Questões e Justificações: Porquê, se PIB espanhol superior ao de Portugal? Justificação só pode estar no facto de Portugal se ver ainda como um país da fonte em que existirão mais investimentos inbound que outbound. No seio da União Europeia (com quem Portugal tem as maiores trocas comerciais) menos importante por força da Directiva de Juros e Royalties, pelo menos para participações superiores a 25% (espera-se que brevemente seja reduzido para 10%). Depois dos casos Prévost (Canadá) e Dinamarca (SKM LSR) ficam dúvidas do carácter abusivo destas transacções ou pelo menos da eficácia do seu combate. 15
16 Questões particulares sobre dividendos Investimentos de Portugal no Estrangeiro têm privilegiado os PALOP s. Terá ainda assim o Portugal o melhor regime fiscal? Portugal Espanha Juros s/ Capital Próprio no Brasil ADT diz que são juros TEAC 13/4/2011 Lucros pré-aquisição Tributados? Redução Investimento Isenções Temporárias IRC na Origem Se PALOP s taxa efectiva>10%? 16
17 Questões particulares encargos financeiros Mais relevantes nas holdings. Questão de híbridos. Portugal Espanha Partes de Capital Prestações Suplementares Prestamos Participativos Não dedutíveis Dependerá dos factos Sim. Vencem juros. Motivos económicos? Idem? 17
18 Questões particulares sobre alienações/ fusões/liquidações intra-grupo - Goodwill aplicação de coeficientes de desvalorização moeda Portugal Espanha Alienações Perdas não dedutíveis? Fusões Fora da neutralidade? Liquidações Sim. Há mais 3 anos. 50%?? 18
19 Questões particulares sobre grupos fiscais Portugal Espanha % requerida 90% 75% Período detenção, no início exercício 1 ano 3 meses Resultados internos tributados Eliminados 19
20 Divulgação ao abrigo do artigo 15º do DL nº 29/2008 de 25 de Fevereiro D1 - Utilização de uma sociedade gestora de participações sociais (SGPS) como veículo para a integração de activos no património de uma sociedade residente em território português. D2 - Criação artificial de menos-valias no âmbito do apuramento dos resultados da partilha de uma sociedade. D3 - Aplicação do regime de eliminação da dupla tributação económica aos lucros distribuídos por sociedade residente em país terceiro mediante a interposição de uma sociedade residente em Estado membro da União Europeia (UE) originando dupla não tributação de lucros distribuídos e o apuramento de menos-valias artificiais. D4 Criação de uma estrutura de financiamento intra-grupo recorrendo a veículos constituídos para o efeito. 20
21 Divulgação ao abrigo do artigo 15º do DL nº 29/2008 de 25 de Fevereiro (cont.) D5 Prestação de garantias através de sucursal financeira exterior constituída na ZFM. D6 Aproveitamento dos beneficios da Directiva 2003/49/CE, do Conselho, de 3 de Junho, em matéria de retenções na fonte sobre royalties. D7 Venda de bens seguida da celebração de contrato de locação com o vendedor. D8 Operação de aumento de capital de uma sociedade residente realizada previamente à alienação de partes sociais para reduzir a tributação das mais-valias. D9 Cedência de ramo de actividade para aproveitar a dedução de prejuizos fiscais. 21
22 Divulgação ao abrigo do artigo 15º do DL nº 29/2008 de 25 de Fevereiro (cont.) D10 Aproveitamento abusivo de convenção para evitar a dupla tributação. D11 Encargos de financiamento de uma operação de aquisição das partes de capital de uma sociedade suportados pela entidade adquirida. D12 Operação de titularização de créditos futuros. D13 Utilização abusiva da figura da doação. 22
23 Muito Obrigado Fernando Carreira Araújo Madrid, 28 April 2012
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