Transferência de Residência CONTEXTO
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- Maria do Mar Palma Furtado
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1 Transferência de Residência CONTEXTO 2 1
2 CONTEXTO 3 CONTEXTO GERAL Mercado português possui dimensão reduzida Grave crise económica e incapacidade para atracção de investimento estrangeiro Administração Pública fortemente burocratizada Morosidade da Justiça Pouca flexibilidade das leis laborais Falta de competitividade e certeza fiscal Crescente internacionalização de empresas portuguesas Relevante movimento de emigração de pessoas singulares 4 2
3 CONTEXTO FISCAL Restrição do âmbito de aplicação da isenção de retenção na fonte sobre lucros distribuídos (a residentes e não residentes) Restrição e falta de clarificação do mecanismo de eliminação e atenuação da dupla tributação económica de lucros distribuídos aplicável às sociedades Limitação do âmbito de aplicação das situações susceptíveis de reinvestimento, no contexto de mais-valias realizadas com a alienação de acções Restrição à utilização de prejuízos fiscais reportáveis Agravamento das taxas de tributação autónoma e das taxas do IVA Alargamento da base de incidência das contribuições (Código Contributivo) 5 CONTEXTO MOU TROIKA Eliminação taxas reduzidas de IRC Limitação dedução de prejuízos fiscais e redução para 3 anos de período de reporte Restrição aos benefícios em vigor, designadamente os de natureza temporária Limitação deduções à colecta do IRC e revogação de isenções fiscais subjectivas Agravamento da tributação incidente sobre viaturas automóveis Redução ou eliminação de deduções à colecta do IRS Aumento dos impostos sobre o património e do IVA Reforço dos poderes inspectivos da Administração Tributária 6 3
4 DE SOCIEDADES 7 SOCIETÁRIA Do ponto de vista societário: Altera a nacionalidade da sociedade, que, em princípio, deixa de estar sujeita à lei portuguesa. Deverá ser aprovada por, pelo menos, 75% dos votos correspondentes ao capital social Mas a mera transferência da sede não determina que uma sociedade deixe de ser considerada residente em território português, caso as decisões de gestão mais importantes continuem a ser tomadas em território português (direcção efectiva) No entanto, caso a direcção efectiva da sociedade se situe noutro território mas a sede estatutária seja em Portugal, esta manter-se-á sujeita às regras societárias e fiscais deste território (v.g. residência fiscal e tributação pelo princípio da universalidade) Excepção: regime dos ADT s Direcção efectiva prevalecerá em caso de conflito de residência 8 4
5 FISCAL Exit taxes na esfera da sociedade: O lucro tributável do período de tributação em que se verificou a transferência é apurado considerando como componentes positivas ou negativas as diferenças entre os valores de mercado e os valores contabilísticos fiscalmente relevantes dos elementos patrimoniais à data da cessação da actividade em território português Todavia, este regime não será aplicável aos elementos patrimoniais que permaneçam efectivamente afectos a um estabelecimento estável e contribuam para o respectivo lucro tributável As mais-valias ou menos-valias realizadas pelas SGPS, pelas SCR e pelos ICR de partes de capital de que sejam titulares, desde que detidas por período não inferior a um ano, e, bem assim, os encargos financeiros suportados com a sua aquisição não concorrem para a formação do lucro tributável destas entidades 9 FISCAL Exit Taxes na esfera dos sócios: Em função da redomiciliação de uma sociedade, poderão os accionistas ser tributados, a título de exit tax pelo valor que corresponda à diferença entre o valor de mercado do património líquido daquela e o preço de aquisição das partes sociais. 10 5
6 FISCAL Exit Taxes portugueses estão em desconformidade com o Direito Comunitário 11 DE PESSOAS SINGULARES 12 6
7 PESSOAS SINGULARES Serão considerados residentes em território português as pessoas que: Permaneçam em território português por mais de 183 dias, seguidos ou interpolados No caso de permanência por período inferior, mantenham habitação, em 31 de Dezembro, em condições que façam supor a intenção de a ocupar como residência habitual (?); e O respectivo cônjuge se mantenha a residir em território português Tributação pela universalidade 13 PESSOAS SINGULARES Mantendo-se o respectivo cônjuge a residir em território português a pessoa singular que pretenda deslocar a sua residência fiscal não será considerada residente se: (i) (i) Não permanecer mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, em território português e Demonstrar a inexistência de ligação entre a maioria das suas actividades económicas e o território português (v.g. contrato de trabalho ou contrato de arrendamento do imóvel comprovando que habita no país de destino) Feita esta prova, o cônjuge que permanece em território português entregará a declaração sozinho 14 7
8 PESSOAS SINGULARES Trabalhador destacado que deixe de residir fiscalmente em território português deve: Apresentar junto da Administração Tributária portuguesa declaração (sem qualquer formalismo específico) a comunicar essa alteração de residência e designar representante fiscal. Designação será feita mediante entrega, no serviço de finanças da área de residência do trabalhador, de declaração que indique o representante fiscal designado e da qual conste expressamente a aceitação dessa designação pelo representante. Tributação pelos rendimentos de fonte portuguesa 15 DESAFIOS E PROPOSTAS 16 8
9 DESAFIOS E PROPOSTAS Manutenção de centros decisórios (sede e direcção efectiva) de principais Grupos em Portugal Reabilitação da SGPS portuguesa como veículo fiscalmente competitivo e seguro para Grupos nacionais e internacionais Posicionamento de jurisdição portuguesa como centro internacional de negócios preferencial para fixação ou emigração de empresas que visem investir no espaço lusófono beneficiando de ADT com Brasil e PALOP e de regras de eliminação de dupla tributação privilegiadas Descongestionamento de tribunais tributários e implementação de Arbitragem Tributária como alternativa credível, célere e especializada Agilização e credibilização de tax rulings e criação de uma Unidade Internacional Fiscal para investidores internacionais 17 CONTACTOS Tiago Marreiros Moreira tm@vda.pt T F
10 O DIREITO À EXCELÊNCIA A RIGHT TO EXCELLENCE 10
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