21% 21% A Lei das Finanças Regionais prevê que a RAM possa fixar uma taxa 20% inferior à aplicável em Portugal Continental 2.
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- Miguel Theodoro Raminhos Botelho
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1 01 IRC 1 21% 21% A Lei das Finanças Regionais prevê que a RAM possa fixar uma taxa 20% inferior à aplicável em Portugal Continental 2. 5% ; 2.5% (ZFI 8 sob condições) 80% de isenção das derramas (imposto sobre o rendimento das empresas) Para PMEs 3-17% (para os primeiros de matéria coletável) Para se obter a taxa efetiva de imposto, é necessário adicionar ao IRC: Derrama Estadual: - um acréscimo de 3% sobre o lucro tributável entre 1.5 M e 7.5 M; - um acréscimo de 5% sobre o lucro tributável entre 7.5 M e 35 M; - um acréscimo de 7% sobre o lucro tributável acima de 35 M. Worst-case scenario: Lucro tributável acima de 35 M Derrama Estadual (Regional): 1,4% Derrama Municipal - Funchal: 0,1% Derrama Municipal: - de acordo com o município da sede da empresa, variando entre 0 e 1,5%; - no Município do Funchal a taxa é de 0,5% A taxa efetiva sobre o montante acima de 35 M seria de 6,5%, sem prejuízo do que definem os requisitos de substância relativos aos plafonds em função do número de colaboradores Tributação sobre dividendos provenientes de participadas residentes em Portugal Tributação sobre dividendos provenientes de participadas estrangeiras 0% (Participation Exemption 4 ) Aplicável se forem detidos direta ou indiretamente, da empresa que distribui os lucros e/ou reservas: a) um mínimo de 10% no capital social ou dos direitos de voto, durante pelo menos 12 meses; b) a empresa que distribui os dividendos deve ser sujeita e não isenta de IRC. Nota: quando não aplicável a participation exemption, a tributação dos dividendos será de acordo com a linha 1) desta tabela. 0% (Participation Exemption 4 ) Aplicável se forem detidos direta ou indiretamente, da empresa que distribui os lucros e/ou reservas: a) um mínimo de 10% no capital social ou dos direitos de voto, durante pelo menos 12 meses; b) a empresa que distribui os dividendos deve ser sujeita e não isenta de imposto: b.1) referido na Diretiva Mães-Filhas 5 (europeia); ou b.2) de natureza idêntica ou similar ao IRC cuja taxa legal aplicável não seja inferior a 60% da taxa normal de IRC, isto é 12,6%; c) a entidade que distribui os dividendos não pode ser residente num dos países, territórios e regiões com regime fiscal de tributação privilegiada 6. Quando a condição b.2) não se verifica, isto é o imposto é inferior a 60% do IRC, a isenção ainda se pode aplicar caso: - pelo menos 75% dos rendimentos da subsidiária derivarem de: - atividade agrícola e/ou industrial; ou - atividade de trading e/ou prestação de serviços não destinadas ao mercado Português. - a atividade principal da entidade não residente não consista na realização das seguintes operações: - operações próprias da atividade bancária, mesmo que não exercida por instituições de crédito; - operações relativas à atividade seguradora, quando os respetivos rendimentos resultem predominantemente de seguros relativos a bens situados fora do território de residência da entidade ou organismo ou de seguros respeitantes a pessoas que não residam nesse território; - operações relativas a partes sociais representativas de menos de 5% do capital social ou dos direitos de voto, ou quaisquer participações detidas em entidades com residência ou domicílio em país, território ou região sujeitos a um regime de tributação privilegiada 6, ou outros valores mobiliários, a direitos da propriedade intelectual ou industrial, à prestação de informações respeitantes a uma experiência adquirida no setor industrial, comercial ou científico ou à prestação de assistência técnica; - locação de bens, exceto de bens imóveis situados no território de residência. 21
2 Tributação sobre mais-valias da venda de participações em empresas portuguesas Tributação sobre mais-valias da venda de participações em empresas estrangeiras Tributação de rendimentos de patentes e outros direitos de propriedade industrial (royalties) Caso não se possa aplicar o regime de participation exemption, está ainda prevista a possibilidade de: - um crédito de imposto por dupla tributação económica internacional, desde que verificados os requisitos dos pontos a) e c); e/ou - um crédito de imposto por dupla tributação jurídica internacional. Quando existe uma convenção para evitar a dupla tributação 7, a dedução a efetuar não pode ultrapassar o imposto pago no estrangeiro nos termos da convenção. Nota: quando não aplicável o que se descreve acima, a tributação dos dividendos será de acordo com a linha 1) desta tabela. 0% (Participation Exemption 4 ) A aplicação da participation exemption relativa às mais-valias faz-se quando se verificam condições análogas às referidas na linha 2) desta tabela. Aqui em vez da entidade que distribui os lucros ou reservas, será a empresa da qual se vendeu uma participação. A participation exemption não é aplicável às mais-valias, obtidas pela venda de partes sociais quando o valor dos bens imóveis situados em território português represente direta ou indiretamente mais de 50% do ativo da participada (excetuando bens imóveis afetos a uma atividade de natureza agrícola e/ou industrial e/ou comercial, que não consista na locação ou na compra e venda de imóveis). 0% (Participation Exemption 4 ) A aplicação da participation exemption relativa às mais-valias faz-se quando se verificam condições análogas às referidas na linha 3) desta tabela. Aqui em vez da entidade que distribui os lucros ou reservas, será a empresa da qual se vendeu uma participação. A participation exemption não é aplicável às mais-valias, obtidas pela venda de partes sociais quando o valor dos bens imóveis situados em território português represente direta ou indiretamente mais de 50% do ativo da participada (excetuando bens imóveis afetos a uma atividade de natureza agrícola e/ou industrial e/ou comercial, que não consista na locação ou na compra e venda de imóveis). 10.5% 10.5% 2.5% Nota prévia: Os valores em cima são indicativos da taxa efetiva de IRC, pressupondo matéria coletável idêntica ao lucro tributável, isto é, sem dedução de prejuízos fiscais e resultantes da aplicação do regime português de patent box. Não consideram as derramas referidas na linha 1) desta tabela. Patent Box: Concorrem para o lucro tributável apenas 50% dos rendimentos provenientes da cessão ou utilização temporária de patentes, desenhos ou modelos industriais. Os gastos suportados com o desenvolvimento dos direitos de propriedade industrial permanecem dedutíveis na totalidade. Para aplicação da isenção parcial devem preencher-se os seguintes requisitos: - os direitos de propriedade intelectual devem resultar de atividades de investigação e desenvolvimento realizadas ou contratadas pelo sujeito passivo; - o cessionário não pode ser residente numa jurisdição sujeita a um regime fiscal de tributação privilegiada 6 ; - o cessionário deve utilizar os direitos de propriedade intelectual na prossecução de uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola; e - caso o cessionário seja uma entidade relacionada, os direitos de propriedade industrial não podem ser utilizados para criar gastos dedutíveis para o sujeito passivo. Para efeitos da eliminação da dupla tributação jurídica internacional (i.e. quando os rendimentos sejam obtidos no estrangeiro e sujeitos a retenção na fonte), também se consideram apenas 50% desses rendimentos para o cálculo do correspondente crédito de imposto. O regime aplica-se apenas a ativos registados a partir de 1 de Janeiro de Nota: quando não aplicável o que se descreve acima, a tributação será de acordo com a linha 1) desta tabela. 22
3 07 de dividendos pagos a empresas ou pessoas residentes em Portugal Pessoas (IRS): 28% (Participation Exemption 4 ); 25% Participation Exemption 4 Aplicável se forem detidos direta ou indiretamente, da empresa que distribui os lucros e/ou reservas: a) um mínimo de 10% no capital social ou dos direitos de voto, durante pelo menos 12 meses; b) a empresa que distribui os dividendos deve ser sujeita e não isenta de IRC. Se a empresa que distribui estiver instalada no ZFI 8, ou for uma entidade que prossiga a atividade de transportes marítimos ou aéreos: Caso Contrário: Pessoas (IRS): 28% (Participation Exemption 4 ); 25% 08 de dividendos pagos a empresas ou pessoas residentes no estrangeiro Pessoas (IRS): 5%-15%*;28%; 35% 6 (Participation Exemption 4 ); 5%-15%*;25%; 35% 6 * Existindo uma convenção para evitar a dupla tributação (CDT) 7 entre Portugal e o país de residência da entidade beneficiária, a retenção na fonte poderá ser de 5% a 15% consoante os casos. Se o beneficiário for residente num regime fiscal privilegiado 6 : Participation Exemption 4 Pessoas (IRS): 5%-15%*; 35% 6 Empresas (IRC): 5%-15%*; 35% 6 Isenção de retenção na fonte de lucros e reservas colocados à disposição de entidades residentes: - na União Europeia (UE); - no Espaço Económico Europeu (EEE); - num Estado com o qual tenha sido celebrada uma CDT 7 ; Quando a entidade beneficiária verifica as seguintes condições: - é uma empresa sujeita e não isenta de um imposto previsto pela diretiva Diretiva Mães Filhas 5 (europeia), ou - é uma empresa sujeita e não isenta de imposto de natureza idêntica ou similar ao IRC em que a taxa legal não seja inferior a 60% da taxa de IRC; e - detém, direta ou indiretamente, uma participação não inferior a 10% do capital social ou dos direitos de voto da entidade que distribui os lucros ou reservas; - a participação deverá ser detida ininterruptamente durante os 12 meses anteriores à distribuição; * Existindo uma convenção para evitar a dupla tributação 7 entre Portugal e o país de residência da entidade beneficiária, a retenção na fonte poderá ser de 5% a 15% consoante os casos. Nestes casos uma Participation Exemption pode ser aplicável. 23
4 09 de royalties pagos a empresas ou pessoas residentes em Portugal Pessoas (IRS): 16.5% Empresas (IRC): 25% 10 de royalties pagos a empresas ou pessoas residentes no estrangeiro Pessoas (IRS): 5%-15%*; 25%; 35% 6 (Diretiva Juros e Royalties 9 ); 5%-15%*; 25%; 35% 6 * Existindo uma convenção para evitar a dupla tributação (CDT) 7 entre Portugal e o país de residência da entidade beneficiária, a retenção na fonte poderá ser de 5% a 15% consoante os casos. Diretiva Juros e Royalties 9 Está prevista a isenção de retenção na fonte, ao abrigo da Diretiva de Juros e Royalties 9 para juros ou royalties pagos a sociedades residentes noutro país da UE, quando existe uma participação direta mínima de 25%, detida há pelo menos 2 anos (ou no caso do devedor e beneficiário dos rendimentos serem detidos em pelo menos 25% por uma mesma sociedade, durante pelo menos 2 anos). 11 de juros pagos a empresas ou pessoas residentes em Portugal * ; 28% * ; 25% Se empresa que paga estiver instalada no ZFI 8, ou for uma entidade que prossiga a atividade de transportes marítimos ou aéreos: (se sócios ou acionistas) (se sócios ou acionistas) * Aplicável a juros de suprimentos, quando: - o sujeito passivo detém direta ou indiretamente, através de sociedades em que seja dominante, mais de 10% do capital com direito de voto da sociedade devedora; - tenha sido titular da participação, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da colocação à disposição. Caso Contrário: * ; 28% * ; 25% 24
5 12 de juros pagos a empresas ou pessoas residentes no estrangeiro Pessoas (IRS): 5%-15%*; 28%; 35% 6 (Diretiva Juros e Royalties 9 ); 5%-15%*; 25%; 35% 6 * Existindo uma convenção para evitar a dupla tributação (CDT) 7 entre Portugal e o país de residência da entidade beneficiária, a retenção na fonte poderá ser de 5% a 15% consoante os casos. Diretiva Juros e Royalties 9 - Ver linha 10) desta tabela Nota: Caso não se aplique a isenção, poderá ocorrer uma mitigação da tributação aplicada no âmbito de uma convenção para evitar a dupla tributação 7, se esta existir entre Portugal e o país de residência da entidade beneficiária dos juros. Se o beneficiário for sócio ou acionista: Se o sócio for residente num regime fiscal privilegiado 6 : Pessoas (IRS): 5%-15%*; 35% 6 Empresas (IRC): 5%-15%*; 35% 6 Para juros pagos a terceiros: Pessoas (IRS): 5%-15%*; 28%; 35% 6 * Existindo uma convenção para evitar a dupla tributação 7 entre Portugal e o país de residência da entidade beneficiária, a retenção na fonte poderá ser de 5% a 15% consoante os casos. 13 no pagamento de prestação de serviços, a empresas e pessoas residentes em Portugal Pessoas (IRS): 11.5%; 25% (função do tipo de serviço prestado) 14, no pagamento de prestação de serviços, a empresas e pessoas residentes no estrangeiro Pessoas (IRS): 25% Empresas (IRC): 25% 15 Imposto devido em Portugal, por empresas ou pessoas não residentes, pela venda de participações em empresas portuguesas As isenções não se aplicam a participações detidas por: - (IRC) entidades não residentes e sem estabelecimento estável em Portugal, detidas direta ou indiretamente, em mais de 25%, por entidades residentes em Portugal, a menos que se verifiquem as condições de Participation Exemption análogas às referidas na linha 8) desta tabela. Aqui em vez de isenção de retenção na fonte de lucros e reservas, será a isenção de imposto devido em Portugal pela alienação da participação; ou - (IRS e IRC) empresas ou pessoas sujeitas a um regime fiscal privilegiado 6 ; ou Também não são isentas as mais-valias (IRS e IRC) obtidas pela transmissão onerosa de participações em sociedades residentes em Portugal, cujo ativo seja constituído, em mais de 50%, por bens imóveis aí situados ou que, sendo sociedades gestoras ou detentoras de participações sociais, se encontrem em relação de domínio, com sociedades dominadas, igualmente residentes em território português, cujo ativo seja constituído em mais de 50%, por bens imóveis aí situados. Quando por um dos motivos anteriores a isenção não for aplicável a tributação será de acordo com: Pessoas (IRS): 28%; 35% 6 Empresas (IRC): 25% 25
6 16 Exit Taxes Tributação na esfera de sócios não residentes, pelas mais-valias obtidas pela liquidação de sociedades em Portugal: (Participation Exemption) 4 A aplicação da participation exemption (apenas para sócios empresas) faz-se quando se verificam condições análogas às referidas na linha 3) desta tabela. Aqui em vez da entidade que distribui os lucros ou reservas, será a empresa liquidada. Quando não for aplicável a participation exemption, a tributação das mais-valias será de acordo com: Pessoas (IRS): 14% 10 ; 28% Empresas (IRC): 21% Pessoas (IRS): 14% 10 ; 28% Empresas (IRC): 5% Tributação da empresa em Portugal por: cessação de atividade no país; ou deslocalização da empresa para o estrangeiro com cessação da atividade em Portugal: (Participation Exemption) 4 Quando se verificam condições análogas às referidas na linha 3) desta tabela. Aqui em vez da entidade que distribui os lucros e as reservas, será a empresa liquidada. Caso contrário: Empresas (IRC): 21% Empresas (IRC): 5% 17 Capital Duty Não aplicável. 18 IVA (imposto sobre o valor acrescentado) Taxa normal - 23% Taxa intermédia - 13% Taxa reduzida - 6% Taxa normal - 22% Taxa intermédia - 12% Taxa reduzida - 5% A Lei das Finanças Regionais prevê que a RAM possa fixar uma taxa 20% inferior à aplicável em Portugal Continental 2. Acesso ao mercado intracomunitário sem quaisquer restrições e beneficiando da neutralidade de IVA nas operações de trading, pelo sistema de IVA da EU Advance tax rulings Regras anti abuso Aplicável. Regra geral anti abuso (GAAR). Regras de preços de transferência entre empresas relacionadas de acordo com as recomendações da OCDE. Regras na imputação de rendimentos a entidades não residentes, participadas por empresas portuguesas (regras CFC), quando estas são sujeitas a um regime fiscal privilegiado 6. Limitação da dedutibilidade de gastos de financiamento ao maior dos seguintes valores, por cada ano fiscal: - 1 M; ou - 50% do EBITDA em 2015; 40% em 2016; 30% a partir de
7 1 O IRC, Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, tem como base o lucro das empresas, definido como a diferença entre os valores do património líquido no fim e no início do período de tributação, com as devidas correções constantes na lei. 2 Historicamente o valor foi de acordo com o mínimo legal, que até 2013 foi 30% inferior à taxa do Continente. A atual paridade, que se verificou a partir de 2012, pendeu-se com a crise financeira que abalou o país e a RAM, sendo publicamente assumido o objetivo de voltar à diferenciação fiscal, possivelmente até aos 30% anteriores. Note-se que o programa de ajuda à RAM que implicou esta paridade termina no fim de Pequenas ou médias empresas: <250 trabalhadores e (volume de negócios <= 50 M ou ativo total <= 43 M) 4 O regime de participation exemption não é aplicável a entidades sujeitas ao regime de transparência fiscal, no qual as empresas são sujeitas ao IRS, o Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (p. ex. as sociedades de profissionais, como sociedades de advogados). 5 Diretiva da UE Lista, definida pelas autoridades portuguesas, de países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada: Para países com os quais Portugal tenha uma convenção para evitar a dupla tributação internacional, as condições previstas pela convenção terão prevalência sobre as implicações da inclusão do país nesta lista. 7 Lista de convenções assinadas por Portugal para evitar a dupla tributação internacional Zona Franca Industrial Quando a empresa liquidada tem menos de 50 colaboradores e o volume de negócios ou balanço anual não exceder 10 M. 27 Link 5 Link 6 Link 7 Link 9
8 connect mind MADEIRA MANAGEMENT Madeira Rua Direita, nº 35, 3º Andar, Salas A e B Funchal Madeira - Portugal info@connectmind.pt Tel.: Fax:
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