A VOZ NARRATIVA E AS RELAÇÕES DE GÊNERO EM UM CONTO DE MARINA COLASANTI

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1 A VOZ NARRATIVA E AS RELAÇÕES DE GÊNERO EM UM CONTO DE MARINA COLASANTI Considerações iniciais Tássia Tavares de Oliveira 1 Universidade Federal da Paraíba tassiatavares@gmail.com As teorias do texto narrativo avançaram no decorrer do século XX e nos apresentaram várias concepções teóricas sobre as categorias do narrador e do foco narrativo. Tais contribuições teóricas foram alcançadas a partir da observação e análise de vários romances; contudo, dada a própria evolução constante do gênero e a natureza singular da obra literária, é possível ainda hoje realizarmos discussões sobre as contribuições e limites dessas concepções. Ao nos remetermos às teorias do conto, essas discussões permanecem ainda mais evidentes, ao passo que ainda centram-se demasiadamente na extensão do texto como elemento caracterizador do gênero. Em contrapartida a essa aparente paralisia das teorias do conto, o gênero continua vivo e presente nas produções de diversos escritores contemporâneos, que, à parte as teorias, exploram os limites e possibilidades do gênero, desbravando novas possibilidades de expressão literária. É o caso da modalidade miniconto, que passa a ser cada vez mais praticada, sobretudo impulsionada pelas novidades tecnológicas e virtuais das redes sociais e blogs, por exemplo. No entanto, é tarefa do crítico literário distinguir dentre a imensa gama de textos que se proliferam em velocidade cada vez mais acelerada no ritmo da produção industrial, aqueles que realmente trazem um trabalho diferenciado com a linguagem e por algum motivo estritamente estético merecem figurar entre as obras de destaque da nossa literatura enquanto objeto de estudo privilegiado da crítica literária. A nosso ver, esse é o caso dos minicontos da escritora Marina Colasanti, reunidos no volume Contos de amor rasgados (COLASANTI, M. Contos de amor rasgados. 2 ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.), em que a autora explora as possibilidades da linguagem poética através de pequenos textos em prosa, desafiando as fronteiras entre os gêneros poético e narrativo. 1 Aluna do Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal da Paraíba, bolsista CAPES, orientanda da Profª. Drª. Liane Schneider.

2 2 Feitas essas considerações iniciais, o nosso trabalho se propõe a analisar um dos minicontos presentes no livro Contos de amor rasgados, de Marina Colasanti, intitulado Uma questão de educação. A crítica literária feminista Ao nos propormos a abordar um conto de autoria feminina, imediatamente vem-nos em mente a importante contribuição teórica da crítica literária feminista e das pesquisas sobre gênero hoje abarcadas pelos estudos culturais e sua preocupação com a(s) identidade(s) na pós-modernidade. Em termos de estudos literários, tal perspectiva, além de ter proporcionado uma experiência estética voltada para a reflexão sobre o olhar feminino, possibilitou também o questionamento sobre as obras que compõem o cânone literário, sua perspectiva essencialmente patriarcal e suas omissões à perspectiva feminina. Além disso, a representação da mulher na literatura, por mulheres, é capaz de promover uma reflexão sobre o papel social ocupado por elas em meio à sociedade. Nesse sentido, partindo da noção de fragmentação do indivíduo moderno, a crítica feminista procura definir o sujeito mulher, verificar as práticas culturais através das quais esse sujeito se apresenta e é apresentado, bem como reconhecer as marcas de gênero que especificam os modos de ser masculino e feminino, além de sua representação na literatura (ZINANI, 2006, p ). Mais um ponto de partida para a investigação sobre o que representa a autoria feminina em nossa tradição literária pode dar-se a partir da reflexão sobre a relação entre o fenômeno sócio-cultural e a literatura. Para Cevasco (2009), o diferencial dos estudos culturais é que estes se propõem a observar a produção cultural e o modo de vida social como fenômenos articulados (são fatores externos e internos na medida em que estruturam a forma dos produtos sociais e ao mesmo tempo são concretizados e tornados perceptíveis por estes). No mesmo sentido, Candido (2006) analisa que o elemento social externo interessa à crítica enquanto elemento funcional da estrutura literária, e torna-se, portanto, elemento interno. Assim, o elemento social não deve ser considerado exteriormente (puramente para identificar na obra representações sociais), nem como enquadramento (para situá-la historicamente), mas como fator artístico, que interessa ao nível explicativo e não meramente ilustrativo (CANDIDO, 2006).

3 3 Os estudos culturais, quando estudam a literatura, trabalham efetivamente com a forma literária, mas para eles essa forma é objetiva, ela está na realidade social que é ela mesma formada. O trabalho da crítica é evidenciar as ligações entre a forma social e a forma estética, as duas aspectos diferentes, porém não alheios, de uma mesma estrutura (CEVASCO, 2009, p. 323). Durante muito tempo, a suposta universalidade da literatura foi usada como meio de imprimir um caráter assexuado ao escritor (ainda hoje há quem defenda essa tese). Funck (1994), no entanto, nos mostra como o paradigma tradicional da literatura sempre foi o masculino, dito universal. Quando há marcas de gênero explícitas, comumente elas assumem uma conotação negativa. Em contrapartida, a mulher vem se tornando objeto de estudo desde a década de 1960, a partir da explosão do pensamento feminista no âmbito acadêmico. Zolin (2009) afirma que mais importante do que as polêmicas geradas pelo movimento feminista são os seus efeitos em diferentes momentos, entre esses a crítica feminista (originada nos Estados Unidos na década de 1970), que assume o papel de questionadora da prática acadêmica patriarcal, quebrando paradigmas e descobrindo novos horizontes de expectativas, a partir da constatação de que a experiência da mulher como leitora e escritora diverge da masculina; e denunciando como o estereótipo feminino negativo difundido na literatura e cinema é um obstáculo na luta pelos direitos da mulher (ZOLIN, 2009). A crítica literária feminista é profundamente política na medida em que trabalha no sentido de interferir na ordem social. Trata-se de um modo de ler a literatura confessadamente empenhado, voltado para a desconstrução do caráter discriminatório das ideologias de gênero, construídas, ao longo do tempo, pela cultura. [...] implica investigar o modo pelo qual tal texto está marcado pela diferença de gênero, num processo de desnudamento que visa despertar o senso crítico e promover mudanças de mentalidades, ou, por outro lado, divulgar posturas críticas por parte dos(as) escritores(as) em relação à convenções sociais que, historicamente, têm aprisionado a mulher e tolhido seus movimentos (ZOLIN, 2009, p. 218). A partir da década de 1980, a própria definição de gênero passou a ser questionada, apontando para a necessidade de ampliá-la. Enquanto termo da gramática, o gênero é uma categoria gramatical inerente a qualquer língua, tendo o masculino como norma uma vez que o masculino é a forma universal, ou não marcada, enquanto que o feminino é marcado por uma variante ou um sufixo (FUNCK, 1994, p. 20). Por isso, o termo foi tomado pelos

4 4 estudos antropológicos e feministas formando um diferente conceito, o termo gênero vem sendo usado para designar o significado social, cultural e psicológico imposto sobre a identidade sexual biológica (FUNCK, 1994, p. 20). Ou seja, o conceito de gênero é diferente de sexo (identidade biológica: macho/fêmea), e de sexualidade (orientação, preferência, comportamento ou manifestação sexual). Assim, o surgimento do conceito de gênero trouxe a vantagem de abarcar tanto estudos sobre a mulher quanto estudos sobre o homem (permitindo que o gênero se afirmasse como categoria de análise), o que por outro lado foi visto como um momento de crise da crítica feminista (despolitização da prática feminista) em seu sentido primeiro. Nesse momento, desenvolve-se o viés da crítica feminista em torno de estruturas não-eurocêntricas e os estudos sobre as mulheres nas sociedades periféricas (crítica póscolonial). Assim, repudia-se a definição da mulher e sua suposta essência para defender sua pluralidade histórica (diferenças manifestas entre mulheres de contextos e circunstâncias diversas). Esse é o caminho mais promissor da crítica feminista contemporânea, segundo grande parte da crítica. O conceito de diferença assume importância cada vez maior, promovendo a desconstrução da lógica binária. A lógica da essência feminina é reformulada em favor do sujeito do feminismo como uma categoria multifacetada e instável (não há unidade na categoria mulheres). Ou seja, o debate em torno da questão mulher e literatura vem sendo marcado desde o princípio pelo diálogo em torno da revisão de conceitos. A própria oscilação entre o pluralismo ou consenso teórico, no dizer de Showalter (1994), é necessária à crítica feminista: Se vemos nosso trabalho crítico como interpretação e reinterpretação, devemos nos satisfazer com o pluralismo como nossa posição crítica. Mas, se desejarmos colocar questões sobre o processo e os contextos da escrita, se desejamos autenticamente definir-nos aos não iniciados, não podemos excluir o prospecto de consenso teórico nesta fase inicial (SHOWALTER, 1994, p. 27). Uma questão de educação Uma situação narrativa, como qualquer outra, é um conjunto complexo no qual a análise, ou simplesmente a descrição, só pode distinguir retalhando-o um tecido de relações estreitas entre o acto narrativo, os seus protagonistas, as suas determinações espacio-temporais, as suas relações com as outras situações narrativas implicadas na mesma

5 5 narrativa, etc. as necessidades da exposição constrangem-nos a essa violência inevitável pelo simples facto de o discurso crítico, não mais que qualquer outro, não conseguir dizer tudo ao mesmo tempo (GENETTE, p. 1995, 414). Feita a ressalva de Genette, tomada como advertência metodológica (necessidade de recorte), partiremos agora para a leitura do miniconto Uma questão de educação, apresentado logo abaixo: Uma questão de educação Viu sua mulher conversando no portão com o amante. Não teve dúvidas. Quando ela entrou, decapitou-a com o machado. Depois recolheu a cabeça e, antes que todo o sangue escapasse pelo pescoço truncado, jogou-a na panela. Picou a cebola, os temperos, acrescentou água, e começou a cozinhar a grande sopa. Pronta, porém, não conseguiu comê-la. Ânsias de vômito trancavam-lhe a garganta diante do prato macabro. Nunca, desde pequeno, suportara a visão de cabelos na comida. Após a leitura do conto, alguns aspectos que nos chamam mais a atenção enquanto leitores são: o emprego da violência ( decapitou-a com o machado ), o grotesco macabro ( recolheu a cabeça e, antes que todo o sangue escapasse pelo pescoço truncado, jogou-a na panela ) e a grande ironia final do texto ( nunca, desde pequeno, suportara a visão de cabelos na comida ), reforçado pelo título ( Uma questão de educação ), e que nos leva a refletir sobre a condição feminina em situações de extrema violência doméstica. Há também algo de abjeto presente na narrativa, tanto por ligar cabelos à comida, como pelo fato de aqueles cabelos pertencerem a alguém, a mulher assassinada, portanto, um abjeto deslocado do grave para o banal. Iniciaremos a análise a partir do título, Uma questão de educação. Ao término da leitura, percebemos que o título é no mínimo ambíguo: o termo educação refere-se à formação do indivíduo, no caso, do personagem assassino. No entanto, essa formação pode apontar para diversos sentidos expressos no texto; no caso, não conseguir alimentar-se do prato porque aprendera desde cedo a não comer ao ver cabelo na comida (o que indica falta de higiene no manuseio da comida); ou ainda para o sentido expresso no próprio homicídio, no caso, a formação sócio-cultural do personagem, que o ensinou desde cedo a resolver por meio da violência as questões de honra termo que significa dignidade,

6 6 mas a expressão comumente é utilizada para designar o poder do homem sobre a mulher, entendido, nessa perspectiva, como um direito masculino. O mais interessante do texto é que essas duas possibilidades de leitura apresentadas não se excluem mutuamente, ao contrário, é a concomitância das duas que garante o sentido final do texto. A grande ironia é que, por vezes, homens tidos como bem educados, refinados, homens de bem, etc. também cometem atos violentos contra mulheres, o que indica que essa educação não afeta o tratamento destinado às mulheres, prática infelizmente ainda muito comum. Aliás, é parte da educação masculina entender que defender a honra é papel legítimo, seja por suspeita ou fato provado, pouco importa. Além disso, a educação que muitos jovens rapazes recebem desde cedo através da sociedade é a visão de uma suposta superioridade masculina, justificativa para gestos violentos no sentido de reeducar os desvios de comportamento feminino. O título, portanto, como vimos, aponta para diversas possibilidades de leitura, o que nos permite afirmar que, nesse sentido, ele mesmo já faz parte do texto narrado, marca do autor implicado na tentativa de direcionar a leitura da narração. O gesto brutal praticado contra a esposa não causou nojo ao personagem, mas a visão de cabelos na comida sim, ou seja, o homicídio feminino originado por suposto adultério é naturalizado e causa menos repulsa ao personagem que engolir os seus cabelos, denúncia clara do autor implicado da prática misógina (no sentido de ódio direcionado às mulheres). Há também uma clara frieza implícita na estória, pois a cabeça não se vincula ao corpo agredido. Apenas o que escapa dela, na forma de alguns fios soltos, ganha importância ao atrapalhar o paladar. O narrador do conto, em terceira pessoa, é heterodiegético, narra de fora das situações descritas, conta uma estória na qual não está envolvido, algo fundamental para criar o distanciamento acima mencionado. Chama a atenção o fato de o narrador nem mesmo nomear os personagens (o protagonista homem, a mulher assassinada e o suposto amante). Isso, no entanto, é aceito sem inquietações por parte do leitor devido à extensão do texto, que requer a eliminação de maiores especificações; contudo, podemos evidenciar também uma possível generalização do fato narrado que aponta para a recorrência na sociedade de atos violentos contra mulheres essas não precisariam ser nomeadas, não são exceção como vítimas da violência, e sim, regra. Em relação à figura do amante, apresentado na primeira frase do texto, viu sua mulher conversando no portão com o amante, não nos permite conhecer se o homem com quem a mulher conversava no portão era, de fato, um amante; ou seja, trata-se de uma

7 7 afirmação do narrador (através da sua onisciência que tudo sabe sobre a diegese), ou uma suposição do marido que foi representada pelo narrador. A onisciência do narrador aparece mais clara na expressão não teve dúvidas, que indicaria a súbita emoção do personagem que agiu sem pensar duas vezes, ainda no calor da emoção. A expressão também indica que não havia dúvidas que essa era a atitude acertada a ser tomada diante de um caso de adultério feminino de acordo com a formação cultural do personagem, ainda mais sendo tal traição tão explicitamente escancarada. Quando ela entrou, decapitou-a com o machado. O gesto violento é agravado pelo elemento surpresa, não só a personagem foi pega desavisada ao entrar em casa, como também o leitor assusta-se com a repentina guinada brutal que assume o texto a partir da narração da decapitação da mulher com um machado, utensílio atípico em lares da zona urbana. A repentina violência leva, inclusive, o leitor a crer tratar-se de uma forma de expressão do narrador, uma forma crua de narrar o homicídio. O tom violento da narrativa continua, assumindo caráter cada vez mais macabro, Depois recolheu a cabeça e, antes que todo o sangue escapasse pelo pescoço truncado, jogou-a na panela. O aspecto grotesco da cena é realçado pela descrição do preparo do prato: Picou a cebola, os temperos, acrescentou água, e começou a cozinhar a grande sopa. Cozinhar essa grande sopa feita da cabeça da esposa pode ser uma metáfora da possessão do marido por ela - a ingestão da sopa seria o último meio de possuí-la, de ser sua e de mais ninguém. Essa leitura é suscitada pela construção que o leitor faz do personagem masculino como um homem extremamente ciumento e violento. Como não há espaço para descrições no miniconto, esse perfil é construído pela própria ação do personagem ao assassinar a mulher por motivo de ciúme. O perfil da mulher, ao contrário, não pode ser construído pelo leitor. Sua única ação descrita pelo narrador é estar conversando no portão com um homem, provável amante, até o momento em que o marido inesperadamente a mata. Essa figura da mulher indefinida, apagada, remete também ao contexto de silenciamento feminino, de submissão e esgotamento ante a figura masculina agressiva e opressora. Com a indicação da impossibilidade do personagem em comer o prato que acabara de cozinhar, devido às suas ânsias de vômito, o narrador adjetiva o prato feito como macabro. A adjetivação é uma marca da subjetividade do narrador, que nesse momento expõe indiretamente a sua visão sobre a cena narrada e sobre as atitudes do

8 8 personagem. Marca evidente da onisciência é a informação desde pequeno, que indica que o narrador conhece amplamente seus personagens, embora opte por uma onisciência extremamente seletiva, no sentido de selecionar as informações que dispõe ao leitor e suprimir lapsos temporais que julga impertinentes para o entendimento da história (as ações são narradas de forma direta e resumida). A imagem dos cabelos na comida é uma cena repulsiva, nojenta; no entanto, é narrada como sendo mais aceitável do que a própria cabeça da mulher no prato, cena naturalizada pelo personagem masculino e pelo narrador, com doses de ironia, como já foi indicado anteriormente. Também apresenta-se a surpresa dos cabelos como algo ilógico, já que a cabeça foi posta a fervilhar com os ingredientes. Através da leitura do conto, percebemos a predominância da narratividade no texto, através dos verbos de ação que nos permitem resumir a ação do texto em: o homem vê a mulher conversando; o homem mata a mulher decapitada; o homem cozinha a cabeça da mulher como sopa; o homem não consegue comer, pois vê os cabelos no prato. A narratividade é característica elementar do miniconto, sem a qual, este se torna poema em prosa. Destacamos ainda que o grotesco do conto pode servir como modo de chamar a atenção do leitor, criando a repulsa pela misoginia do ato praticado. Nesse sentido, temos um narrador empenhado (mais uma manifestação do autor implicado?), já que não há intrusões explícitas do narrador que permitam tal manifestação de valores. O miniconto em questão aborda simbolicamente a questão da violência contra a mulher. De acordo com Masina (1999, apud ALVES & RONQUI, 2009), os contos de Marina Colasanti revelam uma visão quase essencialista do gênero feminino. Através de retratos da vida cotidiana, a autora trata de questões como o amor, o ciúme, a violência e a morte, e dessa generalização surge nesses contos a história geral de muitas mulheres, o que nos faz refletir sobre a violência contra a mulher, ainda tão presente nos dias de hoje. Não se deve confundir informação dada por uma narrativa focalizada e a interpretação que o leitor é convocado a dar-lhe (GENETTE, 1995, p. 195). Esse seria justamente o jogo de esconder do miniconto, mais preocupado em sugerir uma gama de possibilidades de leitura do que em prolongar-se nas minúcias do enredo. Portanto, finalizamos este trabalho apontando que esta é uma leitura empenhada do miniconto, preocupamo-nos em descortinar a questão da violência contra a mulher e acreditamos ser

9 9 esta uma leitura adequada ao texto, pois o próprio narrador, através da ironia, indica essa direção de sentido. Considerações finais A narrativa diz sempre menos do que aquilo que sabe, mas faz muitas vezes saber mais do que aquilo que diz (GENETTE, 1995, p. 196). Chamamos a atenção para esta citação de Genette, pois acreditamos que sintetiza bem o encanto que pode ser proporcionado ao leitor através da leitura literária. A narrativa em questão parece condensar ao máximo a informação disponível ao leitor e nem por isso é pobre de significado, ao contrário, o leitor pode ainda debruçar-se sobre o texto e encontrar questões relevantes para a discussão, sobretudo sobre as relações de gênero implicadas, como procuramos aqui demonstrar. O conto em questão nos faz refletir sobre a situação da mulher na contemporaneidade; mulher essa que, apesar de muitas conquistas em todos os âmbitos, ainda luta com coragem pelos seus direitos e por igualdade em relação aos homens. Ao mesmo tempo, vale destacar que a autora não apela para argumentos feministas ou antimisóginos, limitando-se a representar explícita e absurdamente um momento de violência enfrentado por determinada mulher de forma gratuita. Nesse sentido, a literatura de Colasanti, de certa forma, possui um caráter militante, voltando, então, à noção de autor implicado, e à questão da ideologia da narrativa, Dal Farra (1978) afirma que Assim, cada romance é sempre uma tomada de partido explícita (por parte do narrador) e implícita (por parte do autor) onde as diferenças de subcódigos (considerando o ponto de vista como subcódigo do códigoótica) podem garantir maior ou menor maleabilidade de disfarce à existência de um código intencional (DAL FARRA, 1978, p. 52). Parece-nos que nesse caso a intencionalidade autoral em condenar a prática de tais atos se torna evidente por meio dessa implicação, o que não descaracteriza a obra literária enquanto tal. Esse trabalho buscou sinalizar que mesmo num miniconto, em que o desempenho do narrador é limitado pela própria curta duração da narrativa, é possível atentar para o trabalho do narrador e a configuração que este garante ao texto. Esperamos que as considerações aqui elaboradas possam constituir uma fonte inicial de pesquisa para os

10 10 leitores dos contos de Marina Colasanti e um convite para os que ainda não conhecem a sua obra. Referências ALVES, Regina Célia S. & RONQUI, Ângela Simone. A representação da violência contra a mulher em alguns contos de Marina Colasanti. In: Ipotesi. Juiz de Fora, v. 13, n. 2. Jul/Dez, DAL FARRA, Maria Lucia. Autor e narrador. In: O narrador ensimesmado: o foco narrativo em Vergílio Ferreira. São Paulo: Ática, GENETTE, G. Modo; Voz. In: Discurso da narrativa. 3 ed. Lisboa: Veja, CEVASCO, Maria Elisa. Literatura e estudos culturais. In: BONNICI, Thomas. ZOLIN, Lúcia Osana (orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3 ed. Maringá: Eduem, FUNCK, Susana Bornéo. Da questão da mulher à questão do gênero. In: FUNCK, Susana Bornéo (org.). Trocando ideias sobre a mulher e a literatura. Pós-Graduação em Inglês UFSC, Florianópolis, SHOWALTER, Elaine. A crítica feminista no território selvagem. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, ZINANI, Cecil Jeanine Albert. Literatura e gênero: a construção da identidade feminina. Caxias do Sul: Educs, ZOLIN, Lúcia Osana. Crítica feminista. In: BONNICI, Thomas. ZOLIN, Lúcia Osana (orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3 ed. Maringá: Eduem, 2009.

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