Empresa faz roupa que inibe mau cheiro para ciclista ir de bike ao trabalho

Transcrição

1 Uol - SP 10/03/ :00 Empresa faz roupa que inibe mau cheiro para ciclista ir de bike ao trabalho Afonso Ferreira A Velô lançou uma coleção feitas com fibras sintéticas voltada aos ciclistas que vão de bike ao trabalho; as peças prometem proteger contra raios solares e inibir o mau cheiro causado pelo suor; os preços variam de R$ 30 a R$ Pedalar sob o sol, suar e ter que trocar de roupa ao chegar à são alguns incômodos enfrentados por ciclistas que vão de bicicleta para o trabalho. O que é problema para muitos virou uma oportunidade de negócio para a jornalista Nina Weingrill, 29. Ao lado da mãe Claudia Pereira Weingrill, 49, e da estilista Camila Silveira, 30, ela criou a Velô, uma marca da cidade. As peças são feitas com fibras sintéticas, que são mais leves, não amassam e permitem a entrada de ar, segundo a empresária. Além disso, a composição do tecido também tem proteção contra raios solares (ultravioleta) e acabamento bacteriostático, que inibe a proliferação das bactérias e o mal cheiro causado pelo suor. De acordo com Weingrill, as roupas são desenhadas com o objetivo de facilitar os movimentos durante a pedalada. As calças, por exemplo, possuem aberturas nos joelhos que deixam as pernas mais livres para pedalar. Já as saias e os vestidos têm um mini por baixo que esconde a roupa íntima. "Pedalar de saia é um problema porque o movimento [das pernas] faz com que a calcinha fique à mostra", diz. "Nossas peças vêm com s por baixo ou são s-saia, possibilitando uma movimentação ampla das pernas." A vende, em média, 60 peças por mês, segundo Weingrill. Os preços variam de R$ 30 para uma tornozeleira, que evita que a barra da calça enrosque na coroa da bicicleta, a R$ 380 para uma capa de chuva ajustável ao corpo. As roupas são voltadas para o público feminino, mas uma linha masculina está prevista para ser lançada em abril, de acordo com a empresária. As vendas são feitas pelo site da e na loja Aro 27 Bike Café, um espaço voltado para ciclistas na capital paulista. O faturamento e a margem de lucro do negócio não foram revelados. Ciclofaixas de São Paulo ajudaram a crescer A foi aberta em agosto de 2014 com investimento inicial de R$ 100 mil, mas o planejamento começou dois anos antes, de acordo com a empresária. Ela diz que percebeu a oportunidade no mercado no período em que ia para o trabalho de bicicleta. "Minha mãe tem um ateliê de costura e meu pai pratica mountain bike. Em nossas conversas, percebemos que enquanto essa modalidade tem uma série de aparatos e roupas específicas, quem pedala na cidade sofre com calor, mau cheiro e desconforto", afirma.

2 A entrou para o mercado na mesma época em que a implantação das ciclofaixas na capital paulista ganhou destaque, o que, segundo Weingrill, ajudou a impulsionar o negócio. "São Paulo começou a viver uma transformação social onde a bike começa a ser enxergada também como alternativa de transporte", diz. Ladeiras e longas distâncias restringem uso de bike Para Marcelo Sinelli, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), a iniciativa corresponde a uma tendência de abertura de negócios voltados à mobilidade urbana. Porém, as barreiras os ciclistas ainda enfrentam nas cidades inibem esse público de crescer muito rápido. "Uma das grandes restrições [para o uso da bike] é que as pessoas não têm onde tomar banho ou se trocar no trabalho. Essa logística, talvez, restrinja o número de pessoas que vão de bike ao trabalho", afirma. Sinelli diz, ainda, que o preço dos produtos é elevado, o que pode limitar o público consumidor. "Quantas pessoas podem pagar esse valor [de R$ 30 a R$ 380] hoje? É um nicho de mercado e o desafio da será superar a fase inicial do negócio e conquistar clientela", declara. Onde encontrar: Velô: velo.iluria.com Blazer feminino desenvolvido pela grife Velô, de São Paulo; produto possui um recorte nas costas para a entrada de ar e é vendido a R$ 295 no site da Por mês, a grife de roupas para ciclistas Velô, na capital paulista, vende, em média, 60 peças, de acordo com a ; na foto, o vestido esconde um que vem por baixo para

3 por baixo para impedir que a roupa íntima fique à mostra; preço: R$ 330 Os vestidos da grife Velô, de São Paulo, possuem um para impedir que a roupa íntima fique à mostra durante a pedalada; no site da, produto custa R$ 360 Capa de chuva desenvolvida pela grife Velô, de São Paulo; peça possui faixa luminosa nas costas, transparência nas laterais da touca (para facilitar quando o ciclista precisa olhar para trás) e as "asas" das mangas protegem a parte superior Calça com abertura nos joelhos feita pela Velô para facilitar o

4 facilitar o movimento das pernas durante a pedalada; abertura só fica aparente quando ciclista está sobre a bike e "desaparece" quando a perna está esticada; preço: R$ 280 Vestido com vendido a R$ 340 pela grife voltada Velô, em São Paulo; trabalha apenas com roupas femininas, mas pretende lançar uma coleção masculina em abril de 2014 Criada em agosto de 2014, a grife urbanos Velô aproveitou a implantação das cliclofaixas na capital paulista para atrair mais clientes; na foto, blusa feminina feita com fibras sintéticas vendida no site da por R$ 195

5 Luvas para ciclistas vendidas a R$ 50 o par pela grife Velô, na capital paulista; produtos da são pensados para oferecer maior conforto para as pessoas que vão de bicicleta para o trabalho O investimento inicial para tirar a grife de roupas para ciclistas Velô do papel foi de cerca de R$ 100 mil, segundo a ; na imagem, camisa feminina sem mangas 220 Saia com 230 pela grife Velô, em São Paulo; por mês, a vende, em média, 60 peças com valores entre R$ 30 e R$ 380

6 Tornozeleira 30 no site da grife Velô; produto impede que a barra da calça enrosque na coroa da bicicleta durante a pedalada A grife Velô lançou uma coleção com o objetivo de oferecer mais conforto aos ciclistas; na foto, regata feminina com tela e bolso nas costas 220 no site da Saia com vendida por R$ 295 no site da grife Velô; criada em agosto de 2014 aproveitou implantação das ciclofaixas em São Paulo para atrair mais clientes

7