DIOCESE DE SANTO ANDRÉ COMISSÃO DO TESTEMUNHO DE COMUNHÃO & COMISSÃO DE LITURGIA

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1 DIOCESE DE SANTO ANDRÉ COMISSÃO DO TESTEMUNHO DE COMUNHÃO & COMISSÃO DE LITURGIA 12 a 16 de Julho de 2010

2 RITOS INICIAIS E RITOS FINAIS Márcio Antônio de Almeida 1 (almajm@ig.com.br) Ritos iniciais: chegada e acolhida do povo sacerdotal, convocado pelo Pai, e congregado em Cristo pelo Espírito 2 Maria de Lourdes Zavarez A missa, como toda celebração cristã é ação simbólica e ritual, uma reunião festiva, um encontro e não uma simples reza, ou ação devocional! E quem é sujeito desta ação, quem participa desta reunião, quem realiza este encontro? Podemos afirmar que a Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo é que toma a iniciativa nesta ação e se mantém como agente invisível, atuando em nós, e através de nós, seu povo reunido. Somos, então o sujeito visível desta ação realizada em conjunto com Deus. Ele nos convida, nos convoca para que, reunidos como irmãos e em seu nome, celebremos com Ele uma aliança de amor e compromisso. A primeira resposta que damos a esta convocação é nossa decisão interior, alegre e convicta de sair de casa e caminhar para o local da celebração. Nossos passos, nossa caminhada pessoal feita no decorrer da semana, junta-se com a caminhada comunitária e social de tantos que peregrinam pelas estradas do mundo em busca de justiça, fraternidade e paz. Junta-se também com todo o universo.temos aí a primeira ação simbólica, abrindo a celebração. São os ritos iniciais. Ao chegar, é o próprio Deus que nos acolhe nos gestos fraternos das pessoas que prepararam com carinho o local, das pessoas que estão à porta nos recebendo afetuosamente, das que criam um clima alegre de entrosamento e oração, ensaiando os cantos para que toda a assembleia, constituindo-se com Cristo, um só corpo, entoe numa só voz, o louvor pascal ao Pai. É o Senhor Ressuscitado na pessoa de quem preside que, de coração, nos saúda, abre a reunião em nome da Trindade, acolhe com amor os motivos que trazemos para celebrar e apresenta-os em oração ao Pai na comunhão do Espírito Santo. Nossa resposta é primeiro uma bênção, uma bendição a Deus que nos congrega pelo Espírito Santo, em Cristo: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. A seguir, pelo ato penitencial, confessamos a bondade e a misericórdia de Deus que sempre ultrapassa nossas falhas e pecados. No tempo pascal e aos domingos renovamos nosso compromisso batismal com o rito de aspersão com água. O encontro não é só de Deus com seu povo ou de irmãos entre si. A celebração é também o encontro do povo com seu Deus. Ele nos chama, nos reúne e nós, chegamos, nos apresentamos, ainda que pecadores, para escutar sua palavra, proclamar sua ação salvadora e firmar nova aliança em seu amor. Os ritos iniciais são um conjunto de vários elementos: procissão e canto de abertura, beijo do altar, saudação, recordação dos fatos da realidade, aspersão com água, retomando o batismo, ou ato penitencial, ou abraço da paz, a ladainha do "Senhor, tende piedade de nós", o canto do "Glória". O ponto alto e elemento indispensável dos ritos iniciais é a oração inicial, feita por quem preside, após oração silenciosa da assembleia que se dispõe a entrar em diálogo com Deus no rito da Palavra. Ritos finais: o corpo eclesial de Cristo é enviado em missão 3 Maria de Lourdes Zavarez A conclusão da celebração eucarística se dá com os ritos finais: avisos da comunidade, bênção final e despedida. 1 Leigo. Especialista em Liturgia pela Assunção; mestre em Música (Unesp-SP); doutorando em música (Unesp-SP). 2 CNBB. Liturgia em mutirão: subsídios para a formação. Brasília: CNBB, p Sobre os Ritos iniciais ver, também, p Id. p

3 Os ritos finais e os ritos iniciais estão ligados entre si e expressam nosso jeito de compreender e ser Igreja, tendo a Trindade como fonte e horizonte: somos povo convocado pelo Pai, reunidos no amor de Cristo, animados pela força do Espírito Santo. Assim reunidos, celebramos a memória do mistério pascal, que nos torna cada vez mais, como batizados, um corpo comunitário, ressuscitado e todo ministerial o corpo eclesial do Cristo. Somos chamados a permanecer com Ele e ser enviados em missão (cf. Mc 3,14) para ser no mundo, o sacramento de unidade e salvação de todo gênero humano (Cf. LG 1), portadores e agentes da boanova do amor, da solidariedade, da justiça, da paz, da transformação pascal da vida e da história, aliança entre todos os povos e culturas. Por isso, tem muito sentido dar os avisos, nos ritos finais. Eles devem ser feitos com muita clareza e objetividade, motivando toda a comunidade a participar das várias tarefas pastorais, como engajamento na missão. Este também é um momento oportuno para saudar aniversariantes ou pessoas homenageadas. A bênção em nome da Trindade expressa que a celebração se prolonga na vida cotidiana em todas as suas dimensões: pessoal, familiar, social, política... É importante valorizar as varias possibilidades de bênçãos e oração sobre o povo que o missal romano apresenta acompanhando os tempos e festas litúrgicas. Também poderá ser cantada. Para as palavras finais de despedida, o missal também apresenta alternativas. Estas palavras devem ressaltar que a graça do Senhor nos acompanha dia-a-dia e nos ajuda a realizar, com nossa vida, um culto espiritual, agradável ao Senhor (cf. Rm 12, 1-2). Também a despedida poderá ser relacionada com o evangelho proclamado. Isto exige preparação e cuidado para não se prolongar demais. Um canto final entoado pela equipe de cantores ou mesmo uma música executada pelos instrumentistas podem acompanhar a saída da assembleia que se dispersa, alegre, conversando descontraída e animada para seus afazeres diários e sua missão no mundo. A celebração da eucaristia constitui a comunidade eclesial. É fonte e cume da vida cristã. Portanto, é necessário e urgente o trabalho de despertar a consciência de cidadania eclesial, para que todas as comunidades, que são impedidas atualmente, por falta de ministros ordenados, possam reivindicar este direito irrenunciável, como povo sacerdotal, de realizá-la, pelo menos aos domingos. Ser comunidade, Corpo eclesial do Senhor, movido pelo sopro divino, sinal e instrumento de transformação pascal, é permanente dom do Pai, é graça, é exigência e finalidade da eucaristia, cujo sentido não se esgota na ação celebrativa, mas se prolonga nas lutas diárias da humanidade, até que o Reino de Deus chegue à sua realização plena e definitiva. BUYST, I. A missa: memória de Jesus no coração da vida. São Paulo: Paulinas ESTRUTURA DOS RITOS INICIAIS 4 - Procissão de entrada e/ou Canto inicial. - Beijo do altar. - Incensação do altar. - Saudação de quem preside. - Abraço de acolhida. - Apresentação e acolhida das pessoas visitantes, lembrança das pessoas ausentes [...]. - Recordação da vida - Introdução ao mistério celebrado. - Aspersão com água ou rito penitencial (eventualmente com abraço de reconciliação) - Ladainha do "Kyrie" (Senhor, tende piedade de nós). - Hino "Glória a Deus nas alturas..." - ORAÇÃO INICIAL ("coleta"). 4 Nem todos os elementos entrarão em todas as celebrações.

4 Lembretes a respeito dos RITOS INICIAIS. 1) O objetivo principal dos ritos iniciais é transformar indivíduos em povo celebrante, assembleia orante, corpo de Cristo animado por seu Espírito, disposto para o encontro pascal e transformador com o Deus vivo. 2) A atitude básica dos ritos iniciais é de ACOLHIDA, alegre e afetuosa. De nada adiante executar todos os elementos rituais [...], se não criarem um ambiente acolhedor, fraterno, e ao mesmo tempo de recolhimento e oração, de alegria pelo encontro com o Senhor. 3) Nos momentos antes do início da missa devemos evitar agitação e correria da equipe, afinação de instrumentos, teste de microfones... É importante que reine um clima de silêncio para a oração pessoal. O leve murmúrio das pessoas se cumprimentando e acolhendo, certamente não atrapalhará este clima. Se houver necessidade de ensaio com todo o povo, que seja breve (somente os refrãos) e que seja feito já em clima orante, predispondo as pessoas para a celebração. 4) Não é necessário anunciar o canto de entrada, nem dizer que a celebração vai começar. Basta os instrumentos e os cantores dar início ao canto e todos acompanharão. 5) O canto de entrada não é para acolher o padre [...]! O canto de entrada é expressão de fé da comunidade reunida, como Corpo de Cristo, no Espírito Santo, louvando a Deus. Deve estar relacionado com o tempo litúrgico e com o sentido dos ritos iniciais. Não nos esqueçamos do valor dos salmos, também no momento da entrada. 6) Muitas comunidades já integraram a dança na procissão de entrada, assim como em outros momentos processionais, como a aclamação ao evangelho ou a preparação das oferendas. Não se trata tanto de uma coreografia para outros verem, mas de um movimento corporal que chama a participação de todos. A comunidade toda participa acompanhando o ritmo da música [...]. 5 7) O único elemento ritual que nunca deve faltar nos ritos iniciais é a oração inicial. Esta oração é chamada de "coleta", (do latim "colligere), porque recolhe as orações do povo feitas em silêncio, depois do convite "Oremos". Coloca a assembleia reunida diante de Deus que a convocou. Os outros elementos são bastante livres, principalmente nas missas com participação de crianças 6 : pode haver procissão de entrada ou não, pode haver rito penitencial ou não, pode haver "Gloria..." ou não..., conforme os dias litúrgicos ou o tipo de assembleia reunida. 8) O lugar do abraço da paz pode variar 7 : como acolhida após a saudação de quem preside; como reconciliação junto com o rito penitencial; como início da liturgia eucarística após as preces; como expressão de comunhão com os irmãos e irmãs antes da comunhão eucarística; como despedida ou como cumprimento de determinada pessoa, após a bênção. 9) Nas celebrações festivas, não deveria faltar o incenso. [...] Nos ritos iniciais, costuma ser usado na procissão de entrada e para incensar o altar e a cruz. 10) Nada impede acrescentar outros elementos, no mesmo espírito dos ritos de acolhida: oferecer uma bacia com água na porta de entrada para se lavar as mãos em sinal de acolhida [...], ou em sinal de purificação [...]; sugerir uma breve conversa com quem está perto, sobre a semana que passou...; passar com o incenso por toda a assembleia, indicando ser ela templo do Espírito Santo, povo sacerdotal. 11) O beijo do altar feito pelo que preside, logo na chegada, costuma ser um gesto pouco valorizado. No entanto, é um gesto significativo. O altar representa o próprio Jesus Cristo, pedra angular, rocha espiritual. Beijando o altar, o que preside expressa sua relação íntima com o Senhor, pois é em nome dele que irá presidir a santa liturgia. 12) O que preside a celebração não deve ficar no altar durante os ritos iniciais, mas no assento que lhe é próprio, significando que exerce a presidência em nome de Jesus. É lugar de honra e de responsabilidade. 13) Depois do canto inicial, as primeiras palavras que ouvimos são palavras bíblicas: Em nome do Pai e o do Filho e do Espírito Santo. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do 5 Cf. Doc. 43, n. 83; 207; Cf. DMCr, n Cf. Doc. 43, n. 313.

5 Espírito Santo estejam com todos vocês! (ou palavras bíblicas semelhantes). É importante que não se diga nenhuma palavra antes disso: nem "Bom dia" ou "Boa noite", nem comentários ou introduções! 14) As palavras bíblicas da saudação terão mais força se forem cantadas. Mas devemos escolher cantos que respeitem a linguagem litúrgica. [...] 15) A liturgia cristã é sempre situada historicamente, no aqui e agora da comunidade celebrante. Por isso, não devemos deixar de recordar os fatos mais significativos do dia ou da semana que passou 8. Neles Deus está presente, atuando com a força do Espírito de Cristo Ressuscitado. Lembramos também neste momento o mistério previsto no calendário litúrgico: que domingo ou festa é, que mistério da vida de Cristo, ou que santo ou santa recordamos... 16) Sendo cada domingo uma páscoa semanal, seria bom assumirmos, no lugar do rito penitencial, a aspersão com água, lembrando o nosso batismo e nossa imersão em Cristo. Há um rito previsto no Missal Romano, que pode ser adaptado e inculturado. Vejam cantos próprios para este momento em HIN III, pp. 83-9; para o tempo pascal, a visão de Ezequiel 47, retomado no livro do Apocalipse 22: Eu vi, eu vi, vi foi água a manar do lado direito do templo a jorrar... ; para o tempo comum, versos do salmo 51(50): Lavaime, Senhor, lavai-me... 17) Não vamos nos esquecer dos preciosos momentos de silêncio que devem possibilitar a descida de cada pessoa em seu íntimo. Só assim a celebração litúrgica poderá assumir a dor, a angústia, a alegria, a esperança, a vida de cada participante. Nos ritos iniciais, estes momentos serão certamente: antes do início da celebração; no rito penitencial, se houver; após o "oremos" da oração inicial... 18) O que ficou dito a respeito da saudação, vale também para a oração inicial: cantada poderá ter mais força. [...] ESTRUTURA DOS RITOS FINAIS. - Avisos. - Bênção. - Homenagem a Maria, mãe de Jesus. - Despedida (envio). - Saída - eventualmente acompanhado de música instrumental. Lembretes a respeito dos RITOS FINAIS. 1) Parece melhor não colocar os avisos logo após a comunhão, antes da oração. Por quê? Para manter o equilíbrio e a beleza na estrutura ritual da missa: a oração após a comunhão encerra os ritos de comunhão, assim como a oração inicial ("coleta") encerra os ritos iniciais e a oração sobre as oferendas finaliza a preparação das oferendas. Os avisos não pertencem aos ritos de comunhão; são de uma outra ordem. Não é bom que venham interromper a dinâmica dos ritos de comunhão. Talvez o problema seja o "senta-levanta", o freqüente sentar e levantar: sentamos depois da comunhão, levantamos para a oração e... teríamos que sentar de novo para ouvir longos avisos... e depois levantar mais uma vez para a bênção. Como resolver isso? Se os avisos não forem muito longos, poderemos ficar em pé. Se forem demorados, talvez possamos ficar sentados durante a oração depois de comunhão? 2) Algumas equipes reclamam: o povo não fica para o canto final; vai saindo e nos deixa cantando sozinhos. Pois é. Afinal, depois do envio ("Vão em paz e o Senhor os acompanhe..."), a missa acabou. Falar ou cantar mais alguma coisa, pode enfraquecer tudo o que foi feito até agora. Vem como que desequilibrar a estrutura, prolongando desnecessariamente a última parte da missa. E o povo, ao sair da celebração, quer conversar, se cumprimentar, confraternizar. Isto é ótimo. Por que impedir isso, obrigando as pessoas a prestar atenção a mais um canto?! Talvez uma linda música instrumental (uma peça de órgão, ou de violão...) acompanhando a saída, satisfaça melhor? 3) Em muitas comunidades, a missa se prolonga em um momento descontraído de confraternização: padre, ministros, povo... ficam conversando, se encontrando, tomando juntos alguma comida ou bebida... (Se é que já não tenham sido servidas logo após a comunhão). 8 Vejam: Ione Buyst, Recordação da vida, In: VV.AA. A esperança dos pobres vive; coletânea em homenagem as 80 anos de José Comblin, São Paulo, Paulus, 2003, pp

6 LITURGIA DA PALAVRA O DIÁLOGO ENTRE OS PARCEIROS DA ALIANÇA A Palavra de Deus a partir da Sacrosantum Concilium Veronice Fernandes Após 40 anos da promulgação da Sacrosanctum Concilium, constatamos em nossas comunidades muitos sinais de vivacidade e eficácia da palavra de Deus, ação constante do Espírito Santo no seio da Igreja. Os padres conciliares, cientes do valor e do significado da palavra de Deus para a vida da Igreja, afirmaram: Nas celebrações litúrgicas restaure-se a leitura da Sagrada Escritura mais abundante, variada e apropriada (SC 35,1). Podemos perguntar aos padres conciliares: Por que restaurar? A liturgia é celebração da história da salvação, que tem como centro e plenitude o mistério pascal de Cristo (cf. SC 5-6). A Sagrada Escritura é o anúncio perene do plano divino da salvação (cf. SC 35,2) e a liturgia é o lugar privilegiado para fazer a experiência da salvação. Por isso, a mesa onde se repartem os tesouros bíblicos deve ser abundante e rica (cf. SC 51). 1. A palavra de Deus recorda e prolonga a história da salvação Deus, que é pleno de amor e misericórdia, quer salvar e fazer com que todas as pessoas cheguem ao conhecimento da verdade (cf. SC 5). Desde o Antigo Testamento vemos um Deus bondoso, que planejando e preparando com solicitude a salvação das pessoas, escolhe um povo a quem confia suas promessas (cf. Gn 15,18; Ex 24,8) e se revela, por meio de palavras e obras, a este povo eleito, como Deus único, vivo e verdadeiro (cf. DV 14). As ações salvíficas eram explicadas pelas palavras dos profetas. Finalmente, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à lei, para resgatar os que estavam sob o jugo da lei (Gl 4,4); assim, a palavra fez-se carne e habitou entre nós (Jo1,14). Até então, a comunicação entre Deus e a pessoa humana era de uma maneira fragmentada e por etapas (cf. Hb 1,1). Em Jesus Cristo, essa comunicação é completa, pois Ele é a palavra única, perfeita e insuperável do Pai. Nele o Pai disse tudo, e não haverá outra palavra senão essa. 9 Esse mistério de salvação, transmitido pela palavra divina, continua na vida dos homens e mulheres que acolhem a palavra na obediência da fé (Rm 1,16) e por ela são convertidos, iluminados e santificados. A palavra tem a missão de fecundar a vida da pessoa de fé e ser para ela bênção copiosa. Então, o cristão(a) torna-se testemunha dessa palavra (cf. At 4,20), vivendo numa continua ação de graças. 2. Cristo: centro, mediador e plenitude da revelação Jesus Cristo, encarnado na história humana até ao ponto de dar a vida para a salvação do mundo, é o centro e a plenitude da revelação, por isso é o centro das Escrituras. Toda a evocação da história da salvação gira em torno dele e é a partir dele que é realizada a leitura e interpretação da Sagrada Escritura Antigo e Novo Testamento. Em Cristo tudo tem sentido, tudo fica esclarecido e tudo se orienta para ele, pois, principalmente pelo mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão, completou a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus (cf. SC 5). A comunidade reunida em oração, pelo poder do Espírito Santo, anuncia e celebra o mistério pascal de Cristo, cada vez que proclama os dois testamentos. No Antigo está latente o Novo, e no Novo se faz presente o Antigo. O centro e a plenitude de toda a Escritura e de toda celebração litúrgica é Cristo; por isso, deverão beber de sua fonte todos os que buscam a salvação e a vida Cf. CATECISMO da Igreja Católica. n Introdução do Ordo Lectionum Missae, n. 5. Ver também Dei Verbum, n. 2, 3, 7, 15, 16, 24.

7 3. A liturgia, celebração da história da salvação A salvação, contida no anúncio da Sagrada Escritura, é perene. A liturgia cristã é ação ritual do evento real da salvação, revelada em Jesus Cristo, o salvador. A revelação, realizada por Deus, que tem como mediador e plenitude Jesus Cristo, contida na Sagrada Escritura, ganha pleno significado quando o texto é proclamado na celebração litúrgica, como relata a introdução do lecionário: a economia da salvação, que a palavra de Deus não cessa de recordar e prolongar, alcança seu mais pleno significado na ação litúrgica, de modo que a celebração litúrgica se converta numa contínua, plena e eficaz apresentação desta palavra. Assim, a palavra de Deus, proposta continuamente na liturgia, é sempre viva e eficaz pelo poder do Espírito Santo, e manifesta o amor ativo do Pai que nunca deixa de ser eficaz entre as pessoas (OLM 4). 4. A presença real de Cristo na palavra O Concílio Vaticano II ampliou e desenvolveu a noção da presença de Cristo na liturgia. Além de estar presente nas espécies eucarísticas, Cristo está presente na palavra, na pessoa do ministro, nos sacramentos, na assembleia reunida para orar e salmodiar. Queremos destacar aqui o valor dado à presença de Cristo na palavra: Cristo está presente na sua palavra, pois é Ele quem fala quando na Igreja se leem as Sagradas Escrituras. (SC 7). Para que os fiéis se alimentem também do Cristo presente na palavra, o Concílio recuperou a tradição de valorizar as duas mesas: palavra e eucaristia como atesta a Constituição Dei Verbum: A Igreja sempre venerou a Sagrada Escritura 11 da mesma forma como sempre venerou o próprio Corpo do Senhor, porque, de fato, principalmente na sagrada liturgia, não cessa de tomar e entregar aos fiéis o pão da vida, da mesa, tanto da palavra de Deus como do corpo de Cristo (DV 21). Portanto, as duas mesas são fontes de alimento para todas as pessoas que delas se aproximam. 12 Dessa forma, a palavra de Deus é tão venerável quanto o Corpo Eucarístico de Jesus Cristo. Comungamos da mesa da palavra, assim como comungamos da mesa da Eucaristia. Resgatando a palavra como alimento, o Concílio retomou o ensinamento da tradição e da teologia cristãs. Encontramos testemunhos dos Santos Padres, os quais afirmam que a palavra da Sagrada Escritura é a presença de Deus entre nós, e que especialmente a palavra dos Evangelhos é a presença do Verbo encarnado. Assim, Inácio de Antioquia pode escrever que busca refúgio no evangelho, como na carne de Jesus. 13 É significativo o texto de Jerônimo (+419/420): Quanto a mim, penso que o Evangelho é o corpo do Cristo e que a Sagrada Escritura é sua doutrina. Quando o Senhor fala em comer sua carne e beber seu sangue, é certo que fala do mistério (da Eucaristia). Entretanto, seu corpo e seu sangue (também) são a palavra da Escritura e sua doutrina. 14 Lemos constantemente nos escritos de Orígenes a idéia da presença de Cristo na palavra, por exemplo: Como Cristo veio escondido no corpo,... assim também toda a Sagrada Escritura é a sua incorporação. 15 Mais tarde, Santo Agostinho vê na Sagrada Escritura uma encarnação permanente do Verbo divino: O verdadeiro Cristo está na palavra e na carne O respeito pela Palavra de Deus era tão grande que, a Escritura Sagrada, especialmente os Evangelhos, eram guardados num cofre semelhante ao sacrário. Na abside das igrejas havia à direita e à esquerda um sacrário, um para guardar a eucaristia, o outro para guardar a Bíblia. LUTZ, G. Teologia da liturgia dominical da comunidade sem padre. Revista de Liturgia, São Paulo, v.9, n. 52, jul./ago. 1982, p Ver também Introdução do Ordo Lectionum Missae, n CARTAS DE SANTO INÁCIO DE ANTIOQUIA, Petrópolis: Vozes, 1978, p S. Jerônimo. In: Isaiam, Prologus. Corpus Christianorum, Series Latina, t. 63, p. 1, apud DEISS, L. A palavra de Deus celebrada: teologia da celebração da Palavra de Deus, Petrópolis: Vozes, 1998, p Orígenes. Commentariorum series, In: Mt 27; GCS 38,45, apud LUTZ, G. Teologia da liturgia dominical da comunidade sem padre. Revista de Liturgia, n. 52, p Augustinus. In: Ev. Joannis Tract. 26,12; CChr SL 36, 266, apud LUTZ, G. Teologia da liturgia dominical da comunidade sem padre. Revista de Liturgia, São Paulo, n. 52, p. 4.

8 Nesta mesma linha, Cesário de Arles, retomando a idéia de Orígenes 17 afirma que a palavra de Deus não vale menos que o corpo de Cristo: Eu lhes pergunto, irmãos e irmãs, digam o que, na opinião de vocês, tem mais valor: a palavra de Deus ou o Corpo de Cristo? Se quiserem dar a verdadeira resposta, certamente deverão dizer que a palavra de Deus não vale menos que o Corpo de Cristo. E por isso, todo o cuidado que tomamos quando nos é dado o Corpo de Cristo, para que nenhuma parte escape de nossas mãos e caia por terra, tomemos esse mesmo cuidado para que a palavra de Deus, que nos é entregue, não morra em nosso coração enquanto ficamos pensando em outras coisas ou falando de outras coisas, pois aquela pessoa que escuta de maneira negligente a palavra de Deus, não será menos culpada do que aquela que, por negligência, permitir que caia por terra o Corpo de Cristo. 18 Portanto, tanto o mistério da palavra como o da Eucaristia conduzem ao mistério do Cristo Senhor O Espírito Santo, intérprete da palavra A Dei Verbum afirma: (...) a Sagrada Escritura é palavra de Deus enquanto escrita por inspiração do Espírito Santo (DV 9). É fruto do Espírito e, consequentemente, deve ser interpretada à luz do mesmo Espírito (cf. DV 12). O apóstolo São João apresenta o Espírito Santo como a inteligência e a memória do cristão: O valedor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse (Jo 14,26). O Espírito nos capacita então para acolher como também para viver a palavra de Deus. Na verdade existe uma relação entre a palavra de Deus que é proclamada e a ação do Espírito Santo: Para que a palavra de Deus realmente produza nos corações aquilo que se escuta com os ouvidos, requer-se a ação do Espírito Santo, por cuja inspiração e ajuda a palavra de Deus se converte no fundamento da ação litúrgica e em norma e ajuda de toda a vida. Assim, a atuação do Espírito Santo não só precede, acompanha e segue toda a ação litúrgica, mas também sugere ao coração de cada um tudo aquilo que, na proclamação da palavra de Deus, foi dito para toda a comunidade dos fiéis, e, ao mesmo tempo que consolida a unidade de todos, fomenta também a diversidade de carismas e a multiplicidade de atuações (OLM 9). Aqui nos encontramos com a liturgia do Espírito e com o Espírito da liturgia, ou seja, com o fundamento do sentido pneumatológico da liturgia e, conseqüentemente, das celebrações da palavra. Assim, quando se celebra a palavra de Deus, o Espírito revela aqui e agora seu conteúdo de salvação. 20 O Espírito nos faz ouvintes da palavra de Deus, e mais, atua de tal forma em nós, que de ouvintes nos faz profetas, capazes de anunciar e denunciar. O Espírito então, nos introduz na celebração e na experiência cristã dos tesouros salvíficos da palavra de Deus, e com Ele a palavra se torna verdadeiro acontecimento de salvação em nossa história. Desse modo, nos situamos no hoje salvífico de Jesus Cristo. 6. A palavra celebrada o diálogo de Deus com seu povo e do povo com Deus A preocupação dos padres conciliares de devolver a palavra de Deus ao povo causou várias implicações para as celebrações litúrgicas O diálogo entre os parceiros da aliança 17 Vocês que podiam participar dos santos mistérios, sabem: Quando lhes é dado o corpo de Cristo, vocês o guardam com todo cuidado e veneração, para que nada caia no chão e nada se perca do dom consagrado. Porque vocês se sentem culpados e sentem certo se algo caísse por negligência. Se tomam cuidado para guardar o seu corpo e tem razão, como podem então pensar que seja uma culpa menor, desprezar a palavra de Deus? Orígenes, Homilias sobre o Haxateuco na Tradução de Rufino, Ex 13,3; GCS 29, 274, apud LUTZ, G. Teologia da liturgia dominical da comunidade sem padre. Revista de Liturgia, n. 52, p Sermon 78,2; Sources Chrétiennes, 330, p. 241, apud BUYST, I. A palavra de Deus na liturgia, São Paulo: Paulinas, 2001, p Cf. DEISS, L. A palavra de Deus celebrada: teologia da celebração da palavra de Deus, p FERNANDEZ, P. Celebraciones de la Palabra. In: SARTORE, D.; TRIACCA, A. M. (Orgs.). Nuovo Diccionário de Liturgia, Madri: Paulinas, 1977, p. 358.

9 Ao celebrar, a assembleia dialoga com Deus que fala ao seu povo e, responde a Ele com cantos e orações (cf. SC 33). Desenvolve-se, então, um verdadeiro diálogo de Deus com seu povo reunido, um colóquio contínuo do Esposo e da Esposa. A liturgia lembra constantemente a palavra revelada e, desta forma, evoca e atualiza os feitos salvíficos de Deus. O lembrar, faz com que a comunidade conheça a vontade de Deus, o que ele quer, seu projeto de salvação. Então, nasce a resposta à palavra de Deus, ou seja, o louvor, a ação de graças, a súplica, a intercessão, os gestos e as ações simbólicas. Assim, sob diversas formas, o Senhor da aliança, ora interpela, ora ensina, ora exorta, ora diz e faz. Por sua vez, a assembleia escuta, responde, medita, suplica, dá graças até se identificar com a palavra que, vinda do Pai, volta para se unir a ele numa comunhão eterna. 21 A dinâmica celebrativa das celebrações litúrgicas nos insere na lógica da revelação. Deus chama, reúne, e a comunidade, atendendo ao seu chamado, se apresenta e responde. A celebração litúrgica, no seu conjunto, possui uma estrutura de base que favorece o diálogo: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. A Sacrosanctum Concilium, falando sobre a celebração eucarística afirma que liturgia da palavra e liturgia eucarística estão tão unidas que formam um só ato de culto (n. 56). Numa relação de aliança os dois momentos estão estreitamente unidos: a palavra constitui o momento do contrato, através do diálogo e a liturgia eucarística o momento em que a comunidade, cheia do Espírito, dá sua resposta e sela o compromisso com Deus. A palavra é então fundamento sobre o qual a aliança se firma. A própria liturgia da palavra possui uma dinâmica dialogal: Deus fala nas leituras (AT, NT e Evangelho) e a comunidade responde, cantando o salmo de resposta, elevando suas súplicas ou agradecimentos, professando a fé... Temos também a homilia que apresenta a proposta de Deus e também a resposta da comunidade. Com razão, a Sacrosanctum Concilum e o Ordo Lectionum Missae valorizaram as leituras bíblicas, o salmo de resposta, a aclamação, a homilia, o silêncio, a profissão de fé e a oração dos fiéis A dimensão simbólico-sacramental da proclamação da palavra de Deus O leitor ou a leitora ao proclamar a palavra de Deus na celebração litúrgica está realizando um gesto simbólico-sacramental. É o próprio Cristo que fala quando se leem as Sagradas Escrituras na Igreja (SC 7). Para fazer experiência da Salvação que a palavra anuncia e realiza, a liturgia se serve de sinais sensíveis (cf. SC 7). Os sinais sensíveis evocam, revelam e manifestam a outra realidade (o mistério da nossa salvação que tem como centro e fundamento o mistério pascal de Cristo). Mais ainda, os sinais sensíveis realizam o que significam. A significação não acontece automaticamente, depende da preparação dos leitores, da assembleia litúrgica, do lugar da proclamação da palavra, ou seja, dos sinais sensíveis. a) Os ministros e ministras da liturgia da palavra São diversos os ministros e ministras que se colocam a serviço do Senhor e da assembleia litúrgica para a proclamação da Palavra de Deus. Os leitores e leitoras assumem um verdadeiro ministério litúrgico (cf. SC 29). Proclamam a palavra do Senhor, são servidores de Jesus Cristo, emprestam a própria voz para que o anúncio salvífico chegue ao coração das pessoas. Para isso, é importante a preparação dos mesmos: O que mais contribui para uma adequada comunicação da palavra de Deus à assembleia por meio das leituras é a própria maneira de proclamar dos leitores, que devem fazê-lo em voz alta e clara, tendo conhecimento do que leem (OLM, 14). Daí exige-se dos que proclamam as leituras uma preparação em primeiro lugar espiritual, mas é necessária também uma preparação técnica. A preparação espiritual supõe pelo menos dupla instrução: bíblica e litúrgica. A instrução bíblica deve encaminhar-se no sentido de que os leitores 21 GELINEAU, J. Em vossas assembleias: sentido e prática da celebração litúrgica, 2. ed., São Paulo: Paulinas, 1975, v. 1, p Cf. Sacrosanctum Concilium, n e Ordo Lectionum Missae, n

10 possam compreender as leituras em seu contexto próprio e entender à luz da fé o núcleo central da mensagem revelada. A instrução litúrgica deve facilitar aos leitores certa percepção do sentido e da estrutura da liturgia da palavra e a relação com a liturgia eucarística. A preparação técnica deve capacitar os leitores para que se tornem sempre mais aptos na arte de ler diante do povo, seja de viva voz, seja com a ajuda de instrumentos modernos para a ampliação da voz (OLM 55). O diácono é o ministro que tem a função de proclamar o Evangelho, ponto alto da liturgia da palavra (cf. OLM 13,17) e também fazer de vez em quando a homilia (cf. OLM 50). O salmista entoa o salmo que é palavra de Deus cantada. Este deve ser dotado da arte de salmodiar e de uma boa pronúncia e dicção (OLM 56; IGMR 102). Para este também é necessário formação bíblico-litúrgica, espiritual, musical e técnica. O homiliasta que na maioria das vezes é o presidente da celebração, ou eventualmente um outro padre ou diácono (cf. OLM 38, 41, 50; IGMR 66), faz a homilia de tal forma que o povo compreenda saborosamente a palavra de Deus e possa ligar textos sagrados à realidade na qual vivemos e o mistério celebrado. O(a) animador(a) introduz as leituras com palavras claras, sóbrias e concisas, ajudando a assembleia a estar atenta à escuta. É importante a postura do corpo, o tom da voz, o olhar dos ministros e ministras da palavra, a boa qualidade do som... Tudo deve ser preparado e realizado com verdadeira unção para que a palavra de Deus seja proclamada dignamente e cumpra sua missão. b) A assembleia ouvinte da palavra Deus quer dialogar com seu povo e transmitir sua palavra salvífica. A assembleia, animada pela fé, escuta atentamente a palavra da aliança, com o ouvido do coração. Da escuta brota a resposta cheia de fé de um povo que quer sempre mais firmar a aliança com o Deus salvador. A palavra reúne, faz crescer e alimenta o povo de Deus (cf. OLM 44; DV 21). A palavra é força de salvação para os que crêem. Cabe à assembleia escutar com disposição interior e exterior para que cresça na vida espiritual e na experiência do mistério na celebração e na vida cotidiana. 23 c) A mesa da palavra A dignidade da palavra de Deus requer um lugar digno da proclamação dos tesouros bíblicos (cf. OLM 32l; IGMR 309). É chamado de ambão, ou seja, lugar elevado ou mesa da Palavra. A mesa onde os fiéis se alimentam da palavra deve ter uma estrutura estável. É importante uma íntima proporção entre as duas mesas: palavra e eucaristia (cf. OLM 32; IGMR 309). Da mesa da palavra se proclamam as leituras (AT, NT e evangelho), o salmo, o precônio pascal, a oração dos fiéis e a homilia (a qual também pode ser feita da cadeira do presidente) e (cf. OLM 33, IGMR 309). d) Os livros Os lecionários e o evangeliário lembram aos fiéis a presença de Deus que fala a seu povo. Portanto, é preciso procurar que estes, que são sinais e símbolos das realidades do alto na ação litúrgica, sejam verdadeiramente dignos, decorosos e belos (OLM 35). Pela importância que o evangelho ocupa na liturgia da palavra, o livro dos evangelhos requer mais veneração: é levado em procissão (cf. IGMR 194) e incensado (cf. IGMR ). e) Os gestos e atitudes do corpo na proclamação e escuta da palavra Na liturgia da palavra numa atitude de discípulos, ouvimos, falamos, cantamos, sentimos o cheiro do incenso, vemos o leitor, a procissão com o evangeliário, tocamos o livro, fazemos silêncio. O silêncio valoriza a palavra. 23 Cf. OLM n

11 Como assembleia de fé, ficamos de pé ao escutar o evangelho, ficamos sentados para ouvir as leituras e responder à palavra de Deus com o salmo responsorial. Os ministros, conforme a função que lhes cabe, proclamam a palavra de pé, carregam o evangeliário em procissão, incensam e beijam o livro. Olham a assembleia com um olhar amoroso e escutam a resposta da assembleia. Os gestos e as atitudes nos ligam ao mistério pascal de Jesus Cristo A reforma dos lecionários O Concílio estabeleceu um critério para a reforma dos lecionários: Com a finalidade de mais ricamente preparar a mesa da palavra de Deus para os fiéis, os tesouros bíblicos sejam mais largamente abertos, de tal forma que dentro de um ciclo de tempo estabelecido se leiam ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura (SC 51). De olho nesse princípio e nas orientações do Concílio, o Consilium (Conselho para execução da Constituição de Liturgia), com a ajuda de peritos, organizou o lecionário que teve sua primeira publicação em 1969 e revisão em Dessa maneira, nas diversas celebrações litúrgicas, a comunidade, reunida para celebrar, recebe os múltiplos tesouros da única palavra de Deus, seja no decorrer do ano litúrgico em que se recorda o mistério de Cristo em seu desenvolvimento anual, semanal e diário, como também nas celebrações dos sacramentos e sacramentais. 24 Temos então um elenco de leituras bíblicas para os domingos (ano ABC), para as celebrações dos sacramentos e sacramentais, para as celebrações eucarísticas semanais (ano par e ano ímpar), para as celebrações dos santos e para a liturgia das horas. Bom seria se as assembleias litúrgicas valorizassem o livro (lecionário) como sinal celebrativo: os livros das leituras que se utilizam na celebração, pela dignidade que a palavra de Deus exige, não devem ser substituídos por outros subsídios pastorais, por exemplo, pelos folhetos, que se fazem para que os fiéis preparem as leituras ou as meditem pessoalmente (OLM 37). 7. A Igreja, praticante da palavra de Deus Podemos dizer que a palavra faz a Igreja e a Igreja faz nascer a palavra, não no sentido de a inventar, mas ao encarná-la e atualizá-la em sua realidade. Vejamos a afirmação do Ordo Lectionum Missae: A Igreja cresce e se constrói ao escutar a palavra de Deus, e os prodígios, que de muitas formas Deus realizou na história da salvação, fazem-se presentes, de novo, nos sinais da celebração litúrgica, de um modo misterioso, mas real; Deus, por sua vez, vale-se da comunidade dos fiéis que celebra a liturgia, para que a sua palavra se propague e seja conhecida, e seu nome seja louvado por todas as nações. Portanto, sempre que a Igreja, congregada pelo Espírito Santo na celebração litúrgica, anuncia e proclama a palavra de Deus, se reconhece a si mesma como o novo povo, no qual a aliança, antigamente travada, chega agora à sua plenitude e perfeição. Todos os cristãos, que pelo batismo e a confirmação no Espírito se converteram em mensageiros da palavra de Deus, depois de receberem a graça de escutar a palavra, devem anunciá-la na Igreja e no mundo, ao menos com o testemunho de sua vida. Esta palavra de Deus, que é proclamada na celebração dos divinos mistérios, não só se refere às circunstâncias atuais, mas também olha o passado e penetra o futuro, e nos faz ver quão desejáveis são as coisas que esperamos, para que, no meio das vicissitudes do mundo nossos corações estejam firmemente postos onde está a verdadeira alegria (OLM 7). A palavra edifica a Igreja, povo de batizados, que reunida em assembleia, movida pelo dom do Espírito Santo, abre o ouvido do coração para escutar, celebrar e mais ainda, para proclamar e anunciar o acontecimento da salvação. 8. Desafios que ainda restam Constatamos que após o Concílio Vaticano II houve muito empenho e realizações para que o povo pudesse se alimentar na mesa da palavra de Deus, contudo ficam ainda desafios: 24 Cf. Ordo Lectionum Missae, n. 3.

12 Buscar uma sistemática preparação de leitores, salmistas, para que a proclamação da Palavra de Deus seja de fato um diálogo amoroso entre Deus e a comunidade de fé. Valorizar a homilia como parte integrante da liturgia e empenhar-se na preparação dos homiliastas. Garantir o silêncio que possibilita a disposição interior para ouvir e responder aos apelos de Deus (cf. OLM 28). Dar o devido valor ao livro (lecionário, evangeliário) como sinal e símbolo da realidade maior celebrada na liturgia. Utilizar as vestes litúrgicas para o exercício do ministério de leitores, revelando que o ministro se reveste de Cristo. Valorizar o lugar da proclamação da palavra de Deus, utilizando material nobre. Melhorar o sistema de som de nossas igrejas. Certamente, cada comunidade, de acordo com sua realidade, poderá avaliar o que pode fazer para que a mesa da palavra seja abundante e rica, bem preparada. Que o diálogo entre os parceiros da Aliança aconteça, de modo que aos poucos, vamos nos transformando e mudando a nossa realidade. Siglas utilizadas: SC (Sacrosanctum Concilium); DV (Dei Verbum); OLM (Ordo Lectionum Missae); IGMR (Instrução Geral do Missal Romano). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: IELM - Introdução geral ao elenco das leituras da missa. IGMR - Instrução Geral do Missal Romano. ALDAZÁBAL, J. A Mesa da Palavra I: elenco das leituras da missa. São Paulo: Paulinas, BECKHÄUSER, Fr. Alberto. A liturgia da missa: teologia e espiritualidade da eucaristia. 3.ed. Petrópolis, Vozes, BECKHÄUSER, Fr. Alberto. Celebrar a vida cristã, Petrópolis, Vozes, BUYST, Ione. A Palavra de Deus na liturgia. 5. ed. São Paulo, Paulinas, (Col. Rede Celebra, 1), p.19. BUYST, Ione. Palavra de Deus, In: BUYST, Ione & SILVA, José Ariovaldo. O mistério celebrado: memória a compromisso I. Siquem Ediciones/Paulinas, Valencia (Espanha)/São Paulo, (Col. Livros Básicos de Teologia, 9), p CECHINATO, Pe. Luiz. A missa parte por parte, Petrópolis, Vozes, CELAM, Homilia, Edições Paulinas, São Paulo CELAM. Manual de Liturgia II: a celebração do mistério pascal fundamentos teológicos e elementos constitutivos. São Paulo: Paulus, DEISS, Lucien. A Palavra de Deus celebrada. Petrópolis: Vozes, FARNÉS, Pedro. A Mesa da Palavra II: leitura da Bíblia no ano litúrgico. São Paulo: Paulinas, Lucien Deiss, A Homilia, em A Palavra de Deus Celebrada. Teologia da Celebração da Palavra de Deus, Vozes, Petrópolis Luis Maldonado, A Homilia: Pregação, liturgia, comunidade, tr. Paulus Editora, São Paulo LUTZ, Pe. Gregório. Liturgia: a família de deus em festa, São Paulo, Paulinas, 1878.

13 INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO C) LITURGIA EUCARÍSTICA CAPÍTULO II ESTRUTURA, ELEMENTOS E PARTES DA MISSA 72. Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e a ceia pascal, que tornam continuamente presente na Igreja o sacrifício da cruz, quando o sacerdote, represente do Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o Senhor fez e entregou aos discípulos para que o fizessem em sua memória69. Cristo, na verdade, tomou o pão e o cálice, deu graças, partiu o pão e deu-o a seus discípulos dizendo: Tomai, comei, bebei; isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de mim. Por isso a Igreja dispôs toda a celebração da liturgia eucarística em partes que correspondem às palavras e gestos de Cristo. De fato: 1) Na preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que Cristo tomou em suas mãos. 2) Na Oração eucarística rendem-se graças a Deus por toda a obra da salvação e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo. 3) Pela fração do pão e pela Comunhão os fiéis, embora muitos, recebem o Corpo e o Sangue do Senhor de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo como os Apóstolos, das mãos do próprio Cristo. Preparação dos dons 73. No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e Sangue de Cristo. Primeiramente prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística70, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credência. A seguir, trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou o diácono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar. Embora os fiéis já não tragam de casa, como outrora, o pão e o vinho destinados à liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e significado espiritual. Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística. 74. O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas (cf. n. 37, b) e se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada (cf. n. 48). O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissão dos dons. 75. O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as fórmulas estabelecidas; o sacerdote pode incensar as oferendas colocadas sobre o altar e, em seguida, a cruz e o próprio altar, para simbolizar que a oferta da Igreja e sua oração sobem, qual incenso, à presença de Deus. Em seguida, também o sacerdote, por causa do ministério sagrado e o povo, em razão da dignidade batismal, podem ser incensados pelo diácono ou por outro ministro. 76. Em seguida, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.

14 Oração sobre as oferendas 77. Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a Oração eucarística com o convite aos fiéis a rezarem com o sacerdote, e com a oração sobre as oferendas. Na Missa se diz uma só oração sobre as oferendas, que termina com a conclusão mais breve, isto é: Por Cristo, nosso Senhor; se, no fim, se fizer menção do Filho, a conclusão será: Que vive e reina para sempre. O povo, unindo-se à oração, a faz sua pela aclamação Amém. Oração eucarística 78. Inicia-se agora a Oração eucarística, centro e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, em nome de toda a comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembleia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. A oração eucarística exige que todos a ouçam respeitosamente e em silêncio. 79. Podem distinguir-se do seguinte modo os principais elementos que compõem a Oração eucarística: a) Ação de graças (expressa principalmente no Prefácio) em que o sacerdote, em nome de todo o povo santo, glorifica a Deus e lhe rende graças por toda a obra da salvação ou por um dos seus aspectos, de acordo com o dia, a festividade ou o tempo. b) A aclamação pela qual toda a assembleia, unindo-se aos espíritos celestes canta o Santo. Esta aclamação, parte da própria Oração eucarística, é proferida por todo o povo com o sacerdote. c) A epiclese, na qual a Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo para que os dons oferecidos pelo ser humano sejam consagrados, isto é, se tornem o Corpo e Sangue de Cristo, e que a hóstia imaculada se torne a salvação daqueles que vão recebê-la em Comunhão. d) A narrativa da instituição e consagração, quando pelas palavras e ações de Cristo se realiza o sacrifício que ele instituiu na última Ceia, ao oferecer o seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinha, e entregá-los aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério. e) A anamnese, pela qual, cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja faz a memória do próprio Cristo, relembrando principalmente a sua bemaventurada paixão, a gloriosa ressurreição e a ascensão aos céus. f) A oblação, pela qual a Igreja, em particular a assembleia atualmente reunida, realizando esta memória, oferece ao Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada; ela deseja, porém, que os fiéis não apenas ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se a si próprios71, e se aperfeiçoem, cada vez mais, pela mediação do Cristo, na união com Deus e com o próximo, para que finalmente Deus seja tudo em todos72. g) As intercessões, pelas quais se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre, que a oblação é feita por ela e por todos os seus membros vivos e defuntos, que foram chamados a participar da redenção e da salvação obtidas pelo Corpo e Sangue de Cristo. h) A doxologia final que exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e concluída pela aclamação Amém do povo. Ritos da Comunhão 80. Sendo a celebração eucarística a ceia pascal, convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos fiéis devidamente preparados. Esta é a

15 finalidade da fração do pão e os outros ritos preparatórios, pelos quais os fiéis são imediatamente encaminhados à Comunhão. A Oração do Senhor 81. Na Oração do Senhor pede-se o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo o pão eucarístico, e pede-se a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos santos. O sacerdote profere o convite, todos os fiéis recitam a oração com o sacerdote, e o sacerdote acrescenta sozinho o embolismo, que o povo encerra com a doxologia. Desenvolvendo o último pedido do Pai-nosso, o embolismo suplica que toda a comunidade dos fiéis seja libertada do poder do mal. O convite, a própria oração, o embolismo e a doxologia com que o povo encerra o rito são cantados ou proferidos em voz alta. Rito da paz 82. Segue-se o rito da paz no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis se exprimem a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do Sacramento. Quanto ao próprio sinal de transmissão da paz, seja estabelecido pelas Conferências dos Bispos, de acordo com a índole e os costumes dos povos, o modo de realizá-lo*. Convém, no entanto, que cada qual expresse a paz de maneira sóbria apenas aos que lhe estão mais próximos. Fração do pão 83. O sacerdote parte o pão eucarístico, ajudado, se for o caso, pelo diácono ou um concelebrante. O gesto da fração realizado por Cristo na última ceia, que no tempo apostólico deu o nome a toda a ação eucarística, significa que muitos fiéis pela Comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo ( 1Cor 10, 17). A fração se inicia terminada a transmissão da paz, e é realizada com a devida reverência, contudo, de modo que não se prolongue desnecessariamente nem seja considerada de excessiva importância. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono. O sacerdote faz a fração do pão e coloca uma parte da hóstia no cálice, para significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus. O grupo dos cantores ou o cantor ordinariamente canta ou, ao menos, diz em voz alta, a súplica Cordeiro de Deus, à qual o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão; por isso, pode-se repetir quantas vezes for necessário até o final do rito. A última vez conclui-se com as palavras dai-nos a paz. Comunhão 84. O sacerdote prepara-se por uma oração em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio. A seguir, o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os ao banquete de Cristo; e, unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, usando as palavras prescritas do Evangelho. 85. É muito recomendável que os fiéis, como também o próprio sacerdote deve fazer, recebam o Corpo do Senhor em hóstias consagradas na mesma Missa e participem do cálice nos casos previstos (cf. n. 283), para que, também através dos sinais, a Comunhão se manifeste mais claramente como participação no sacrifício celebrado atualmente73.

16 86. Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e realça mais a índole "comunitária" da procissão para receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunhão aos fiéis74. Havendo, porém, um hino após a Comunhão, encerre-se em tempo o canto da Comunhão. Haja o cuidado para que também os cantores possam comungar com facilidade. 87. Para o canto da comunhão pode-se tomar a antífona do Gradual romano, com ou sem o salmo, a antífona com o salmo do Gradual Simples ou outro canto adequado, aprovado pela Conferência dos Bispos. O canto é executado só pelo grupo dos cantores ou pelo grupo dos cantores ou cantor com o povo. Não havendo canto, a antífona proposta no Missal pode ser recitada pelos fiéis, por alguns dentre eles ou pelo leitor, ou então pelo próprio sacerdote, depois de ter comungado, antes de distribuir a Comunhão aos fiéis. 88. Terminada a distribuição da Comunhão, ser for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio. Se desejar, toda a assembleia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino. 89. Para completar a oração do povo de Deus e encerrar todo o rito da Comunhão, o sacerdote profere a oração depois da Comunhão, em que implora os frutos do mistério celebrado. Na Missa se diz uma só oração depois da Comunhão, que termina com a conclusão mais breve, ou seja: - se for dirigida ao Pai: Por Cristo, nosso Senhor; - se for dirigida ao Pai, mas no fim se fizer menção do Filho: Que vive e reina para sempre; se for dirigida ao Filho: Que viveis e reinais para sempre. O povo pela aclamação Amém faz sua a oração.

17 CANTANDO AS PARTES FIXAS DA MISSA (ORDINÁRIO DA MISSA) Eurivaldo Silva Ferreira (org.) Chama-se Ordinário as partes fixas da Missa, isto é, aquelas que não variam na celebração, atendendo, pois, a todos os tempos litúrgicos. Os cantos, aqui, são chamados de cantos fixos e são mais importantes que a maioria dos cantos variáveis ou próprios. Relação entre música e rito: três tipos de canto na celebração, em grau de importância: 1º grau - Missa em Canto cantos do presidente da celebração e dos ministros em diálogo do Ordinário com a assembleia: saudação inicial do presidente, oração do dia, introdução ao Evangelho diálogo, oração sobre as oferendas, prefácio, as diversas aclamações na Oração Eucarística, Oração do Senhor (Pai Nosso), com a introdução e o prolongamento, oração e saudação da paz, oração após a comunhão, as fórmulas de despedida. 2º grau - Os cantos que constituem o rito: as partes do Comum da Missa, chamadas também de Partes Fixas ou Cantos do Ordinário, cantados em comum, pelo presidente, os ministros e toda a assembleia: Senhor, tende piedade de nós Kyrie, Aspersão da água, Glória, Salmo responsorial, Creio (Símbolo), Oração universal e resposta, Santo, Aclamações intermediárias da Prece Eucarística, Aclamação memorial, Doxologia final, Pai Nosso. 3º grau - Os cantos que acompanham o rito: as partes da Missa ou o próprio da Missa, cantos de abertura, aclamação ao Evangelho, canto da apresentação dos dons, canto da comunhão. Ainda: canto do abraço da paz, pós-comunhão e louvor final (facultativos). Observações: a) Os cantos que constituem o rito são mais importantes que os que acompanham o rito. Vantagem: não precisam de papel, e sim cantados de cor, favorecendo a comunicação; b) Não devem ser substituídos por paráfrases ou outros cantos; c) As melodias respeitem os diversos gêneros e formas; diálogos, proclamação de leituras, salmodias, antífonas, hinos e cânticos, aclamações (Aleluia, Santo, Amém). Outras formas: balada, coral, spiritual, nossas canções; d) Equilíbrio entre as partes cantadas, usando a criatividade, dependendo da festa ou da solenidade, da assembleia, das possibilidades; e) Na escolha dos cantos, não fazer opção pelo novo, mas pelo melhor (Santo Agostinho); f) Equilíbrio entre cantar tudo e entre cantar nada. Dosar. g) Cantar A liturgia, não NA liturgia, um canto qualquer, dispersivo, mas o rito, a Palavra, a festa, o mistério celebrado. Nosso estudo se fixará nos cantos do 2º grau de importância. ATO PENITENCIAL: O que é: o canto do Ato Penitencial constitui o próprio rito da celebração, o que costumamos chamar de ordinário da missa. Testemunhos antigos nos revelam que os Kyrie estavam relacionados com a resposta da oração dos fiéis, na liturgia da Palavra; a cada invocação o povo respondia com o Kyrie eleison. Mais tarde, este canto foi incluído nos ritos iniciais da missa após o ato penitencial ou como uma variante dele. Finalidade: aclamar o Senhor e implorar a sua misericórdia, o Kyrios. O Senhor, tende piedade, também é igualado ao Hino de louvor por se tratar de uma aclamação ao Senhor. Pode ser omitido quando é substituído pela bênção e aspersão da água, procissão dos ramos, celebração de uma das Horas do Ofício e outras que preveem o Missal.

18 Forma de participação: por todos, participando dele o povo e o grupo de cantores. Há várias possibilidades de se cantar, conforme o Missal que sugere várias possibilidades de execução por parte de quem canta, sobretudo três formas que guardam a estrutura que lhe é característica: Senhor, Cristo, Senhor. É costume usar a forma grega: Kyrie eleison, Christe eleison... Sentido: A assembleia reunida que invoca e reconhece a infinita misericórdia do Senhor. Aliás, Kyrios foi o nome mais comum dado a Cristo ressuscitado pelos primeiros cristãos. O RITO DA ASPERSÃO DA ÁGUA O domingo é o principal dia de festa em todos os tempos litúrgicos, mas no tempo comum ganha uma força própria como páscoa semanal. Nos domingos do tempo comum não focalizamos aspectos particulares do mistério de Cristo, mas o veneramos em sua totalidade, vivo e presente na comunidade. O ato de se reunir, em si, já é um sinal da presença do ressuscitado: Quando dois ou três se reunirem em meu nome, lá estou eu no meio deles (Mt 18,19-20). E cada elemento dos ritos iniciais tem por finalidade reunir a assembleia para que seja sinal sacramental do Corpo de Cristo, ao fazer memória da sua páscoa (cf. SC 6). O rito da bênção e aspersão da água, tem a finalidade de reavivar na assembleia o batismo e invocar a graça de viver de acordo com ele. Enfatiza o domingo, como páscoa semanal, manifestando o caráter sacerdotal da assembleia, povo de batizados/as, a fim de proclamar as maravilhas daquele que faz passar das trevas à luz (cf. 1Pd 2,9). Sendo memória do batismo tem um caráter também penitencial, já que o batismo assinala o início da nossa conversão que deve ser contínua. Por isso substitui o ato penitencial no início da missa e pode ser realizado em qualquer igreja ou oratório, em todas as missas dominicais (IGMR, p. 1001).

19 No missal romano há três opções de oração, sendo a terceira indicada para o tempo pascal. São indicadas aclamações a serem cantadas durante a aspersão: três fora do tempo pascal (Salmo 51,9; Ezequiel 36,25-26; 1Pedro 1,3-5) e três para o tempo pascal (Ezequiel 47,1-2.9; 1Pedro 2,9). Sugestão de aclamação para a Aspersão da Água: A oração pede que se renove em nós a fonte viva da graça ; faz eco às palavras de Jesus em João 7,37-38: Rios de água viva jorrarão do seu seio ; do seio de Jesus para quem nele crer. Ele é a fonte da água viva. A água que jorrou do seu lado aberto na cruz, (João 19,34) é símbolo do Espírito, sua fecundidade espiritual. Os pais da Igreja viram nesta água, o símbolo do batismo, no sangue o da eucaristia e, nos dois, o sacramento da Igreja, nova Eva nascida do novo Adão (cf. Ef 5,23-32). A aclamação Lavados na fonte viva faz é um eco vibrante desta teologia e espiritualidade batismal. Lavados nestas águas que jorram do próprio Cristo nas quais mergulhamos mediante o batismo. Evoca a nossa inserção na páscoa do Cristo pelo batismo. O termo lavado ganha força quando a assembleia se aproxima da Pia batismal, como povo pascal a caminho, chamado a ser testemunho da vida nova em Cristo. Portanto, o rito da bênção e aspersão da água tem um caráter claramente pascal, ligando o domingo à festa anual da páscoa (vigília pascal), ápice da iniciação cristã. É bom lembrar que o Senhor, tende piedade de nós, nossa tradução do Kyrie, conforme antiga tradição da Igreja, não tem caráter penitencial. É invocação a Cristo ressuscitado (Kyrios). Por esta invocação os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia (cf. IGMR n ). Só deve ser omitido, quando o Senhor, tende piedade, aparece no próprio ato penitencial. Portanto, concluída a aspersão segue o Kyrie. HINO DE LOUVOR: O que é: é um hino antiqüíssimo e venerável. Remonta aos primeiros séculos da era cristã. Historicamente só se cantava no Natal (é canto dos anjos que ressoou pela primeira vez nos ouvidos dos pastores de Belém), mais tarde foi introduzido a outros tempos e celebrações. Na sua origem, o Glória era entoado durante o ofício da manhã. Só bem mais tarde por volta do século IV é que aparece prescrito na liturgia eucarística do Natal, podendo aí ser entoado apenas pelo bispo. Durou muito tempo esse costume, porém, no final do século XI já há notícias do uso do Glória em todas as festas e domingos, exceto na Quaresma. Então os presbíteros já podiam entoá-lo. Também é constituído o próprio rito. Finalidade e sentido: a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. Por isso podemos dizer que se trata de um hino doxológico. Dá-se graças pela glória de Deus Pai, pelo Filho, no Espírito. Porém, o Filho se mantém no centro do louvor, da aclamação e da súplica. Forma de execução: pode ser iniciado por quem preside, seguido pelo grupo de cantores, por toda a assembleia ou de forma alternada, coro e assembleia ou solista e assembleia. Em se tratando de um hino, deveria ser sempre cantado. Devem ser usadas melodias simples que facilitem a execução, por se tratar de um texto mais longo.

20 Estrutura: sua estrutura pode ser dividida em 3 partes: 1) O canto dos anjos na noite do nascimento de Cristo: de Glória... até...amados. ; 2) Os louvores a Deus Pai: de Senhor Deus... até...por vossa imensa glória ; 3) os louvores seguidos de súplicas e aclamações a Cristo: de Senhor Jesus Cristo... até...altíssimo Jesus Cristo. Termina com um final majestoso, incluindo o Espírito Santo, que não faz parte da aclamação. O Espírito Santo aparece relacionado com o Filho, pois é neste que se concentram os louvores e as súplicas.

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