PARECER Nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS

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1 PARECER Nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS Brasília, 27 de fevereiro de INTERESSADO: Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária - ANTEFFA e outros ASSUNTO: Reclamação nº STF - Cumprimento da Súmula Vinculante nº 33 - Aposentadoria especial do servidor REFERÊNCIA: Ofício nº 5990/ STF SIPPS: Comando nº EMENTA Reclamação. Súmula Vinculante nº 33. Instruções do Ministério da Previdência Social acerca da aplicação das normas do Regime Geral de Previdência Social - RGPS na concessão da aposentadoria especial aos servidores amparados em Regime Próprio de Previdência Social - RPPS, que exercem atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Improcedência das alegações. Ausência de descumprimento da determinação do Supremo Tribunal Federal. Em despacho de 10 de fevereiro de 2015 na Reclamação nº 18868, o Senhor Ministro Gilmar Mendes determinou a requisição de informações ao Senhor Secretário de Políticas de Previdência Social deste Ministério, nos termos do art. 14, inciso I da Lei nº 8.038/ Na Reclamação, argui-se o suposto descumprimento, pelo Senhor Secretário de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Senhor Secretário de Políticas de Previdência Social deste Ministério, da Súmula Vinculante nº 33, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal - STF. Solicita-se a cassação e/ou suspensão dos efeitos dos atos normativos proferidos por essas autoridades. 3. Quanto a esta Secretaria, o ato normativo contestado é a Instrução Normativa MPS/SPPS nº 03, de 23 de maio de 2014, publicada no Diário Oficial da União, de 26 de maio de 2014, que estaria desatendendo à autoridade da orientação do STF. 4. É o relatório. Passa-se às informações requeridas. I- Da análise 5. Do exame da inicial da Reclamação nº 18868, observa-se que está em questionamento a amplitude dos efeitos da Súmula Vinculante nº 33, na forma interpretada por este Ministério, que divulgou instruções aos entes federativos a respeito da aplicação das normas do Regime Geral de Previdência Social - RGPS na concessão da aposentadoria especial de que trata o art. 40, 4º, III da Constituição Federal aos servidores amparados em Regime Próprio de Previdência Social - RPPS, que exercem atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. A Súmula nº 33 foi aprovada com o seguinte verbete:

2 Pág. 2 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica. 6. Antes da edição da Súmula Vinculante nº 33, este Ministério já havia editado a Instrução Normativa MPS/SPPS/Nº 01, de 22 de julho de 2010, acerca do reconhecimento, pelos Regimes Próprios de Previdência Social - RPPS da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, do direito à aposentadoria especial por ordem concedida pelo STF, em Mandado de Injunção. A IN MPS/SPPS nº 03/2014 alterou a IN MPS/SPPS/Nº 01/2010, para abranger também as hipóteses de cumprimento da Súmula Vinculante nº 33. As instruções mencionadas estão anexas. 7. Em síntese, são os seguintes os pontos contestados relacionados à referida norma: a) conversão de tempo especial em comum; b) documentação probatória da exposição a agentes nocivos; c) forma de cálculo e revisão dos proventos. 8. De início, cabe registrar que a IN SPPS/MPS nº 1/2010, foi editada no exercício da competência para estabelecer regras gerais e uniformes, de âmbito nacional, com vistas à organização e funcionamento dos RPPS dos entes federativos, atribuída à União, nos termos do art. 9º da Lei 9.717/1998, a ser exercida por intermédio deste Ministério da Previdência Social Nesse sentido, a IN SPPS/MPS nº 01/2010, editada por esta Secretaria no exercício de suas atribuições regimentais de orientar os Regimes Próprios de Previdência Social e estabelecer diretrizes gerais, veio a atender a necessidade de orientação das autoridades administrativas responsáveis pela análise dos pedidos de aposentadoria especial quanto à adequação aos critérios previstos para o RGPS, para fins de cumprimento das decisões emanadas pelo STF. 10. Será demonstrado a seguir que as Instruções deste Ministério, além de estarem adequadas ao que dispõe a Lei nº 8.213/1991 e normas regulamentares acerca da matéria, vigentes no âmbito do RGPS, segue rigidamente às determinações proferidas até então pelo STF no que concerne à aposentadoria especial do servidor. 11. Tudo que será expresso, foi objeto também de esclarecimentos detalhados aos entes federativos pois, além de publicar a IN MPS/SPPS nº 03/2014, esta Secretaria também elaborou e divulgou a NOTA TÉCNICA Nº 02/2014/ CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS, de 15 de maio de 2014, texto anexo, que fundamenta o entendimento de cada previsão normativa. Os argumentos dessa Nota Técnica que forem úteis para refutar as pretensões da Reclamação nº serão reproduzidos neste Parecer. 12. Cabe também anotar que a IN MPS/SPPS nº 03/2014 e a NOTA TÉCNICA Nº 02/2014 foram previamente avaliadas, quanto aos aspectos jurídicos, pela Advocacia Geral da União, por meio da Consultoria Jurídica junto a este Ministério, que proferiu o Parecer nº 228/2014/CONJUR-MPS/CGU/AGU, cópia anexa. 1 LEI Nº DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 Dispõe sobre regras gerais para organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências. (...) Art. 9º Compete à União, por intermédio do Ministério da Previdência e Assistência Social: I - a orientação, supervisão e acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos e dos militares da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e dos fundos a que se refere o art. 6º, para o fiel cumprimento dos dispositivos desta Lei; II - o estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes gerais previstos nesta Lei. (...)

3 Pág. 3 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS I.1- Da conversão de tempo especial em comum 13. O art. 16-A da IN MPS/SPPS nº 01/2010 inserido pela Instrução Normativa MPS/SPPS nº 03/2014 prevê que as Instruções divulgadas não devem ser aplicadas para conversão de tempo especial em tempo comum. O texto é o seguinte: Art. 16-A. Salvo decisão judicial expressa em contrário, esta Instrução Normativa não será aplicada para: (Incluído pela Instrução Normativa SPPS nº 3, de 23/05/2014) I - conversão do tempo exercido pelo servidor sob condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física em tempo de contribuição comum, inclusive para fins de contagem recíproca de tempo de contribuição; (Incluído pela Instrução Normativa SPPS nº 3, de 23/05/2014) 14. Antes de assim estabelecer, esta Secretaria examinou a amplitude dos efeitos das súmulas proferidas pelo STF com fundamento na Lei nº , de 19 de dezembro de A Instrução Normativa SPPS nº 3, de 23/05/2014, em especial o art. 16-A inserido na IN MPS/SPPS/Nº 01/2010, levou em conta a constatação de que o entendimento doutrinário e a jurisprudência recente do STF 2 consolidaram-se no sentido de que os fundamentos das decisões proferidas em controle abstrato também são abrangidos pelo efeito vinculante dessas decisões. Em consequência, não apenas a parte dispositiva das decisões, ou o verbete das súmulas vinculam seus destinatários, mas também os motivos determinantes, as razões para decidir neste ou naquele sentido Conforme estabelecido no art. 103-A da Constituição e no art. 2º da Lei nº /2006, um dos pressupostos para edição de súmula com efeito vinculante é a existência de reiteradas decisões proferidas pelo STF em um mesmo sentido, demonstrando que o entendimento a respeito do tema constitucional sumulado está pacificado. 16. O processo de aprovação de súmula exige que a jurisprudência da matéria debatida esteja antecipadamente consolidada. O enunciado deve traduzir o que foi decidido, sem resultar 2 Citam-se as decisões proferidas pelo STF nos seguintes processos: ADI nº 1662, rel. Ministro Maurício Corrêa, DJ de 11/9/2001; ADI nº 2868, rel. Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 15/6/2004; RCL nº 2986-MC, rel. Ministro Celso de Mello, DJ de 18/3/2005; RCL 2143(Agr), rel. Ministro Celso de Mello, DJ de 6/6/2003; RCL (Agr), rel. Ministro Maurício Correa, DJ de 19/3/2004; e RCL 1880-(Agr-QO), rel. Ministro Maurício Correa, DJ de 19/3/ Gilmar Mendes e Samantha Meyer Pflug trataram da diferenciação existente entre efeito vinculante e eficácia erga omnes nos seguintes termos: Tal como assente em estudo que produzimos sobre esse assunto, que foi incorporado às justificações apresentadas no aludido Projeto, a eficácia erga omnes e o efeito vinculante deveriam ser tratados como institutos afins, mas distintos. Vale transcrever, a propósito, a seguinte passagem da justificação desenvolvida: Além de conferir eficácia erga omnes às decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle de constitucionalidade, a presente proposta de emenda constitucional introduz no direito brasileiro o conceito de efeito vinculante em relação aos órgãos e agentes públicos. Trata-se de instituto jurídico desenvolvido no Direito processual alemão, que tem por objetivo outorgar maior eficácia às decisões proferidas por aquela Corte Constitucional, assegurando força vinculante não apenas à parte dispositiva da decisão mas também aos chamados fundamentos ou motivos determinantes (tragende Gründe).... A concepção de efeito vinculante consagrado pela Emenda n. 3/93, está estritamente vinculada ao modelo germânico disciplinado no 31, (2), da Lei Orgânica da Corte Constitucional. A própria justificativa da proposta apresentada pelo Deputado Roberto Campos não deixa dúvida de que se pretendia outorgar não só eficácia erga omnes, mas também efeito vinculante à decisão, deixando claro que estes não estariam limitados apenas à parte dispositiva da decisão. Embora a Emenda n. 3/93 não tenha incorporado a proposta na sua inteireza, é certo que o efeito vinculante, na parte que foi positivada, deve ser estudado à luz dos elementos contidos na proposta original.(...) (MENDES, Gilmar e PFLUG, Samantha Meyer. Passado e futuro da súmula vinculante: considerações à luz da Emenda Constitucional n. 45/2004. In: RENAULT, Sérgio Rabello Tamm e BOTTINI, Pierpaolo (Coords.). Reforma do Judiciário. Comentários à Emenda Constitucional n. 45/ ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 339 e 354.)

4 Pág. 4 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS em interpretação restritiva ou mais extensiva quanto aos fundamentos determinantes dos processos subjetivos julgados. A súmula não pode definir controvérsia sobre tema que não foi previamente debatido e resolvido antecipadamente. 17. Glauco Salomão Leite 4 esclarece a importância de que o efeito vinculante das súmulas ocorra a partir dos fundamentos das decisões que provocaram sua edição: O caráter obrigatório decorrente do efeito vinculante da interpretação jurídicoconstitucional desenvolvida pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de controle abstrato de normas, não é diferente da exegese consubstanciada em súmula vinculante. Cabe, no entanto, esclarecer alguns pontos em relação ao efeito vinculante das súmulas. Em primeiro lugar, é preciso apontar aquilo que efetivamente vincula nas súmulas. Diferentemente do que ocorre nas ações diretas, o efeito vinculante das súmulas não se refere a uma decisão singular, já que ela exige reiteradas decisões em um mesmo sentido para poder ser editada. Assim, a súmula vinculante representa a síntese de uma jurisprudência. Dessa feita, é importante que a vinculação se faça a partir do fundamento determinante desse conjunto de decisões reiteradas em um mesmo sentido que formaram a base de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional. Com isso, sendo a súmula a síntese dessa jurisprudência, ela deva (sic) representar a sua própria ratio decidendi. Explicando melhor, a ratio decidendi dessa jurisprudência deve se corporificar no enunciado sumular, expressar-se por meio dela, tornando visível a regra de direito que norteou o julgamento de diversos casos semelhantes em um mesmo sentido. Isso significa que a vinculação não deve advir do verbete sumular isoladamente, pois, do contrário, não haveria, de fato, vinculação de fundamentos determinantes, mas apenas a imposição do enunciado que compõe a súmula. Aqui está mais uma forte razão para que haja uma unidade quanto à fundamentação ou argumentação nas reiteradas decisões, pois, ao revés, a súmula não representará ratio decidendi alguma, isto é, ela transmitiria a falsa idéia de uma suposta jurisprudência sólida da corte. (grifo nosso) 18. A atuação do STF no processo de formulação de uma súmula vinculante, conforme a doutrina de André Ramos Tavares 5, encontra-se circunscrita na base, exigindo a provocação e o julgamento de diversos casos anteriores. Por isso, não é um processo em que a Corte tenha atuação oficiosa livre. O autor entende que, se a Constituição (alterada pela EC nº 45) exige um amadurecimento prévio do Tribunal como uma das condições para a edição de súmulas vinculantes, não há a possibilidade de que tais instrumentos contrariem as reiteradas decisões. 19. Dessa forma, o STF não pode adotar, na sessão de aprovação de súmula vinculante, um entendimento sem o necessário amadurecimento ou contrária aos anteriores, debatidos em sede jurisprudencial. 20. Ainda sobre o requisito da preexistência de reiteradas decisões sobre matéria constitucional, e os limites objetivos do efeito vinculante, vale ressaltar o que escreveram Gilmar Mendes e Samantha Meyer Pflug 6 : Outro requisito para edição de súmula vinculante diz respeito à preexistência de reiteradas decisões sobre matéria constitucional. Exige-se aqui que a matéria a ser versada na súmula tenha sido objeto de debate e discussão no Supremo Tribunal Federal. Busca-se obter a maturação da questão controvertida com a reiteração de decisões. Veda-se deste modo, a possibilidade da edição de uma súmula vinculante com fundamento em decisão judicial isolada. É necessário que 4 LEITE, Glauco Salomão. Súmula Vinculante e Jurisdição Constitucional Brasileira. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p TAVARES, André Ramos. Nova Lei da Súmula Vinculante - Estudos e Comentários à Lei nº , de ed. atual. e ampl. São Paulo: Método. set. 2007, p. 32, 50 e MENDES, Gilmar e PFLUG, Samantha Meyer. Passado e futuro da súmula vinculante: considerações à luz da Emenda Constitucional n. 45/2004. In: RENAULT, Sérgio Rabello Tamm e BOTTINI, Pierpaolo (Coords.). Reforma do Judiciário. Comentários à Emenda Constitucional n. 45/ ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 345.)

5 Pág. 5 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS ela reflita uma jurisprudência do Tribunal, ou seja, reiterados julgados no mesmo sentido, é dizer, com mesma interpretação.... Problema de inegável relevo diz respeito aos limites objetivos do efeito vinculante, isto é, à parte da decisão que tem efeito vinculante para os órgãos constitucionais, tribunais e autoridades administrativas. Em suma, indaga-se, tal como em relação à coisa julgada e à força de lei, se o efeito vinculante está adstrito à parte dispositiva da decisão ou se ele se estende também aos chamados fundamentos determinantes, ou, ainda, se o efeito vinculante abrange também as considerações marginais, as coisas ditas de passagem, isto é, os chamados obter dicta.... Nesses termos, resta evidente que o efeito vinculante da decisão não está restrito à parte dispositiva mas abrange também os próprios fundamentos determinantes. É certo, por outro lado, que qualquer pessoa afetada ou atingida pelo ato contrário à orientação fixada pelo Supremo Tribunal Federal disporá de legitimidade para promover a reclamação. Com o efeito vinculante, pretendeu-se conferir eficácia adicional à decisão do Supremo Tribunal Federal, outorgando-lhe amplitude transcendente ao caso concreto. Os órgãos estatais abrangidos pelo efeito vinculante devem observar, pois, não apenas o conteúdo da parte dispositiva da decisão, mas a norma abstrata que dela se extrai, isto é, que determinado tipo de situação, conduta ou regulação e não apenas objeto do pronunciamento jurisdicional é constitucional ou inconstitucional e deve, por isso, ser preservado ou eliminado. (grifo nosso) 21. Essas conclusões foram fundamentais para a definição da impossibilidade de se aplicar ao servidor a conversão de tempo especial em comum, prevista no 5º do art. 57 da Lei nº 8.213, de 1991, com fundamento na Súmula Vinculante nº 33, de acordo com o entendimento proferido pela Corte até a sua aprovação. 22. Mas antes será necessário esclarecer o que representa a conversão e ressaltar a diferença entre duas expressões muitas utilizadas equivocadamente como sinônimas: contagem de tempo e conversão de tempo especial em comum. 23. A contagem de tempo é um procedimento administrativo de verificação de cumprimento, pelo servidor, das condições para a caracterização de um determinado período de atividade, para registro nas fichas funcionais e/ou obtenção de algum benefício estatutário ou previdenciário. Exige o reconhecimento do tempo mediante verificação das condições legalmente definidas em cada hipótese. São exemplos, a contagem de tempo de serviço público, no cargo efetivo, na carreira e de tempo especial. A contagem do tempo especial é feita mediante o exame e reconhecimento do tempo efetivamente cumprido sob condições que prejudicam a saúde ou a integridade física. Depois dessa contagem, o tempo poderá ser utilizado na concessão da aposentadoria especial a pedido do segurado. 24. Ocorre que os servidores que não cumpriram o tempo mínimo exigido para aquisição do benefício pleiteiam à Administração a realização de conversão do tempo especial (que foi objeto do reconhecimento e da contagem prévia) em tempo comum, para obtenção de aposentadoria nas regras comuns (gerais ou de transição) 25. No âmbito do Regime Geral, a conversão do tempo especial em comum está prevista no art. 57 da Lei nº 8.213/ : 7 O Regulamento da Previdência Social - RPS em vigor, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, estabelece, em seu art. 70, os fatores de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum: Art. 70. A conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum darse-á de acordo com a seguinte tabela: (Redação dada pelo Decreto nº 4.827/2003) TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35) DE 15 ANOS 2,00 2,33 DE 20 ANOS 1,50 1,75 DE 25 ANOS 1,20 1,40

6 Pág. 6 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme dispuser a lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032/1995)... 5º O tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, para efeito de concessão de qualquer benefício. (Incluído pela Lei nº 9.032/1995) Esse procedimento gera a totalização de um tempo maior que o efetivamente laborado, para a concessão de aposentadoria nas demais regras vigentes. Em consequência, o benefício será concedido com um tempo efetivamente trabalhado inferior ao mínimo exigido na regra não especial. 27. Por exemplo, se uma segurada do RGPS comprovou tempo de natureza especial por 10 (dez) anos, nas hipóteses em que a aposentadoria especial seria concedida com o cumprimento de 25 (vinte e cinco) anos, o tempo efetivamente exercido será convertido pelo fator 1,20, o que resultará em tempo especial convertido em comum de 12 (doze) anos. Nesse caso, a concessão de aposentadoria na regra geral, que exige 30 (trinta) anos de contribuição, será devida se houver o cumprimento de mais 18 (dezoito) anos de tempo comum. Caso não fosse realizada a conversão do tempo, a segurada teria que cumprir mais 20 (vinte) anos. Portanto, em razão da possibilidade de conversão existente para concessão de aposentadoria pelo RGPS, haverá, nessa hipótese, a contagem de um tempo de contribuição não efetivamente cumprido (considerado ficto) de 2 (dois) anos. 28. Do exame da Súmula Vinculante nº 33, para promover a adequada aplicação de seus termos, esta Secretaria verificou que o STF adotou, na sua formulação, o entendimento de milhares de decisões proferidas em mandados de injunção, no sentido de que a Corte deveria emitir regra hábil a possibilitar o exercício do direito subjetivo em discussão: a concessão de aposentadoria especial. Em face da omissão da legislação e, cumpridos os requisitos exigidos, o Tribunal editou a norma abstrata, suficiente à concretização do direito constitucional do servidor à aposentadoria. Ocorre que, nem na edição, nem por interpretação da súmula, é possível ampliar seus efeitos para além do que foi decidido reiteradamente pela Corte nos casos concretos examinados. 29. Nesse sentido, Glauco Salomão Leite entende (ob. cit. p. 163) que a aplicação da súmula vinculante... em razão de sua inexorável conexão com os motivos determinantes da jurisprudência constitucional do Supremo Tribunal Federal, a sua adequada aplicação exigirá, não raro, que o intérprete leve em conta o conjunto de precedentes que estão na sua base. Cuidase de compreender o texto da súmula considerando o contexto do qual ela emergiu, o que contribui para sua melhor aplicação. 30. Portanto, como intérprete da Súmula Vinculante nº 33 e para cumprir sua atribuição legal de orientar os entes federativos sobre sua amplitude, esta Secretaria examinou o que decidiu o STF a respeito da conversão de tempo especial em comum nos casos subjetivos que a antecederam. Do exame das decisões proferidas em Mandados de Injunção, em que os servidores buscavam a adoção das normas do RGPS, observa-se que o STF, sempre que foi provocado, não autorizou a conversão. Foram dois os principais motivos. 31. O primeiro, e mais recorrente dos fundamentos, é que não há, no art. 40 da Constituição, a previsão de que seja editada lei garantindo/exigindo a conversão de tempo especial em comum na aposentadoria do servidor. Concluiu-se, então, que o dever de legislar contido no art. 40 da Constituição se refere à concessão de aposentadoria e sobre esse tema decidiu repetidamente o Tribunal. Segundo essas decisões, a conversão não se enquadra como um direito hábil a ser exigido via mandado de injunção, instituído para viabilizar o exercício

7 Pág. 7 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS efetivo de um direito ou liberdade constitucional, impedido pela ausência de normas, no caso, o disposto no art. 40, 4º da Constituição Federal que trata da concessão do benefício. 32. Entendeu-se que os pedidos que não se referem à concessão do benefício extrapolam o campo de aplicação de Mandado de Injunção contido no art. 5º, LXXI da Constituição. E não caberia ao Supremo autorizar a conversão sob pena de exorbitar os limites dessa via processual. Nesses casos, não houve sequer a discussão a respeito, muito menos a emissão de juízo de mérito sobre a possibilidade de conversão de tempo, cujos fundamentos determinantes pudessem servir de base para interpretação da Súmula. 33. A título exemplificativo de decisões proferidas nesse sentido, transcreve-se a seguir o entendimento confirmado pelo Plenário do STF no MI nº 1596-Agr, que inclusive foi citado pelo STF como um dos precedentes da Súmula Vinculante nº 33, conforme publicação no Diário da Justiça Eletrônico nº 77 e no Diário Oficial da União de 24/04/2014: MI 1596 AgR Julgamento em 16/05/2013 Plenário -Publicação: DJe nº 102, em 31/5/ Relator: Min. Teori Zavascki EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO. ART. 40, 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, APLICAÇÃO DAS NORMAS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. AGRAVO IMPROVIDO. 1. Segundo a jurisprudência do STF, a omissão legislativa na regulamentação do art. 40, 4º, da Constituição, deve ser suprida mediante a aplicação das normas do Regime Geral de Previdência Social previstas na Lei 8.213/91 e no Decreto 3.048/99. Não se admite a conversão de períodos especiais em comuns, mas apenas a concessão da aposentadoria especial mediante a prova do exercício de atividades exercidas em condições nocivas. (...). 2. Agravo regimental improvido. 34. Nos demais precedentes citados na publicação da Súmula, observou-se que todos asseguraram o exame do pleito à aposentadoria especial, não se tratando de conversão de tempo. 35. Embora diversos outros pleitos analisados pelo STF buscassem a contagem e/ou conversão do tempo especial em comum para aposentadoria nas regras gerais, ou mesmo para simples averbação nas fichas funcionais, essa possibilidade não foi assegurada pela Corte. Definiu-se, como pressuposto do mandado de injunção, a existência de um direito constitucional, cujo exercício esteja inviabilizado pela inexistência de norma infraconstitucional e somente o titular desse direito, que cumpriu os requisitos para exercê-lo, teria legitimidade ativa para pleiteá-lo. 36. O entendimento monocrático quanto à impossibilidade da conversão de tempo foi levado à apreciação do Plenário da Corte no julgamento do MI 2140 AgR/DF, de 06/03/2013, que reformou decisão liminar antes concedida, conforme noticiado no Informativo STF nº 697, trecho a seguir: Contagem diferenciada de tempo de serviço prestado em condições especiais 2 Não se extrai da norma contida no art. 40, 4º, III, da CF ( Art º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:... III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física ) a existência de dever constitucional de legislar acerca do reconhecimento à contagem diferenciada e da averbação de tempo de serviço prestado por servidores públicos em condições prejudiciais à saúde e à integridade física. Ao reafirmar essa orientação, o Plenário, por maioria, deu provimento a agravo regimental interposto, pela União, de decisão do Min. Marco Aurélio, em mandado de injunção do qual relator. Na ocasião, este assentara o direito do impetrante à contagem diferenciada do tempo de serviço prestado em condições insalubres, com observância do sistema do regime geral de previdência social (Lei 8.213/91, art. 57), para fins da aposentadoria de que cogitaria o 4º do art. 40 da CF, cabendo ao órgão a que integrado o exame do atendimento ao requisito tempo de serviço v. Informativo 633. Destacou-se que a jurisprudência da Corte limitar-se-ia à pronúncia do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos. Vencido o Min. Marco Aurélio, que negava

8 Pág. 8 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS provimento ao regimental. Asseverava que, enquanto não editada a lei reguladora do direito assegurado constitucionalmente, o critério a ser levado em conta seria, na integralidade, o da Lei 8.213/91. Assim, se os trabalhadores em geral poderiam ter considerado o tempo de serviço em atividade nociva à saúde, mediante conversão (Lei 8.213/91, art. 57, 5º), não haveria justificativa para obstaculizar o tratamento igualitário aos servidores públicos até o advento da legislação específica. Precedentes citados: MI 4295/DF (DJe de ); MI 2764/DF (DJe de ); MI 795/DF (DJe de ). MI 2140 AgR/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, (MI-2140) (grifamos) 37. Em razão dessa decisão, o plenário deu provimento, em julgamento conjunto, a diversos agravos regimentais nos quais se discutia a contagem diferenciada de tempo de serviço prestado em decorrência de atividades exercidas em trabalho especial, conforme noticiou o mesmo Informativo: Contagem diferenciada de tempo de serviço prestado em condições especiais - 3 Com base nas razões acima expendidas, o Plenário, por maioria, deu provimento a agravos regimentais, julgados em conjunto, nos quais se discutia a possibilidade, ou não, de contagem diferenciada de tempo de serviço prestado em decorrência de atividades exercidas em trabalho especial v. Informativo 640. O Min. Luiz Fux reajustou o voto. MI 2123 AgR/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, MI 2370 AgR/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, MI 2508 AgR/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, O segundo argumento contrário à conversão, observado em diversas decisões proferidas no ano de 2013 e 2014, envolveu o mérito da matéria e foram proferidas no sentido de que não são cabíveis as regras de conversão de tempo especial em comum aos servidores, pela vedação de contagem de tempo fictício estabelecido no 10 do art. 40 da Constituição Federal: Art A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (...) (grifamos) 39. A esse respeito, deve ser lembrado que, de acordo com a Súmula em debate, somente serão utilizadas na aposentadoria do servidor as normas do RGPS que se mostrarem cabíveis em relação à disciplina vigente. Semelhante previsão contém o art. 40, 12 da Constituição que determina a aplicação, na concessão de aposentadoria e pensão aos servidores, das normas do RGPS, no que lhes forem cabíveis, além do que dispõe o próprio artigo. 40. Em diversas decisões, o STF pronunciou-se no sentido de que não são cabíveis as regras de conversão de tempo especial em comum aos servidores, em razão da vedação de contagem de tempo ficto constante no 10 do art. 40 da Constituição Federal. Para ilustrar esse entendimento sobre a vedação de se aplicar, ao servidor, o 5º do art. 57 da Lei nº 8.213/1991, está transcrito a seguir trecho do voto da Ministra Rosa Weber no Agravo Regimental no MI Plenário, de 23/05/2013 que cita o MI nº AgR-Segundo/DF relatado pelo Ministro Teori Zavascki: Agrego que o art. 40, 10, da Magna Carta veda a edição de lei para a contagem de tempo ficto de contribuição. Assim, embora admitida no Regime Geral de Previdência Social, a conversão de tempo especial em comum é prática constitucionalmente vedada no âmbito do serviço público. A propósito, recordo trecho do voto condutor do eminente Ministro Teori Zavascki, ao julgamento do MI AgR-SEGUNDO/DF: Ainda segundo a jurisprudência firmada no STF, não se admite a conversão de períodos especiais em comuns, mas apenas a concessão da aposentadoria especial mediante a prova do exercício de atividades exercidas em condições nocivas. Apesar de ser permitida no RGPS, no serviço público é expressamente vedada a contagem de tempo ficto, com fundamento no art. 40, 10, da Constituição ( A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício ). (grifos nossos)

9 Pág. 9 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS 41. O Ministro Teori Zavascki, negou seguimento à Reclamação nº 10425/DF, relativa ao Mandado de Injunção nº 836, por entender que ao estabelecer que a aposentadoria especial só pode ser concedida ao servidor público se este contar com todo o tempo de serviço prestado sob condições nocivas à saúde ou integridade física, a autoridade reclamada não desobedeceu ao comando da decisão proferida no MI 836. Esse entendimento foi confirmado pelo Plenário da Corte no julgamento de Embargos de Declaração em 27/02/ Além de diversas decisões monocráticas com o mesmo entendimento, os seguintes processos foram julgados pelo Plenário do STF, confirmando decisões proferidas em sentido contrário à conversão de tempo especial em comum para o servidor amparado em RPPS com fundamento também na inconstitucionalidade desse procedimento: - MI-AgR 1481/DF-Plenário (Relatora: Ministra Rosa Weber - Julgado em 23/05/2013); - MI-AgR-segundo 2738/DF-Plenário (Relator: Ministro Teori Zavascki - Julgado em 16/05/2013); - Rcl-ED 10425/DF-Plenário (Relator: Ministro Teori Zavascki - Julgado em 27/02/2014); - MI-AgR 855/DF-Plenário (Relator: Ministro Teori Zavascki - Julgado em 24/04/2013). 43. Portanto, segundo essas decisões, para o servidor que se afasta das condições especiais, seria inconstitucional a conversão do tempo para concessão de aposentadoria nas regras comuns, por resultar ampliação do tempo computado em relação ao efetivamente prestado. Em suma, a soma de tempo decorrente da conversão, por agregar um percentual ao que foi efetivamente exercido, gera um tempo total maior do que aquele em que houve a atividade. Esse acréscimo configura um tempo fictício cujo cômputo está constitucionalmente vedado para concessão de aposentadoria nas regras previstas para os RPPS. Por isso, muito embora a conversão seja prevista para concessão de aposentadoria aos segurados do RGPS, a sua aplicação no âmbito do serviço público encontra empecilho no art. 40, 10 da Constituição Federal, levando à conclusão de que o 5º do art. 57 da Lei nº 8.213/1991, não está entre as normas do RGPS cabíveis no âmbito dos RPPS. 44. Diante dos precedentes apontados, esta Secretaria observou que não seria possível extrair, das decisões proferidas, qualquer razão de decidir da Corte no sentido favorável à conversão de tempo especial em comum, de forma a permitir a inclusão desse tema na aplicação da Súmula Vinculante nº Quando a matéria foi levada à discussão, a possibilidade de conversão não foi reconhecida. Na maior parte das vezes, o tema não foi examinado por impedimento da via processual. Em outros casos, o entendimento de mérito de alguns Ministros foi contrário. Vários desses foram confirmados em processos julgados pelo Plenário, no sentido de que a conversão de tempo representa tempo ficto. O fato é que não houve o endosso do STF sobre a possibilidade de conversão do tempo especial em comum. E esse requisito é indispensável ao entendimento de que a Súmula autorizou o procedimento. 46. Faltou, neste particular aspecto, o requisito exigido pelo art. 103-A da Constituição e art. 2º da Lei nº /2006 para inclusão de determinada matéria no objeto de súmula vinculante: a existência de reiteradas decisões do STF favoráveis à conversão. 47. Então, não se poderia traduzir o enunciado da súmula de forma a dar uma interpretação mais extensiva ou contrária aos fundamentos determinantes dos seus precedentes. Nenhum julgamento de mérito quanto à possibilidade ou não do procedimento foi emanado por esse órgão. Concluiu-se então pela impossibilidade de conversão sem previsão legal própria, conforme entendimento dos precedentes do STF que embasaram a súmula. Assim, como não se poderia restringir sua aplicação também é vedada sua extensão. 48. É verdade que, na sessão em que se debateu a edição da súmula, alguns ministros que haviam votado com os relatores pela negativa da conversão nos processos que julgaram o mérito desse tema mencionaram, teoricamente, a possibilidade de mudança de entendimento. Mas essa alteração de jurisprudência não poderia ser realizada na sessão destinada a decidir sobre a elaboração e o teor da súmula. As divergências demonstradas, por si só, confirmam que o tema da conversão de tempo para concessão de aposentadoria nas regras comuns não foi

10 Pág. 10 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS suficientemente debatido e que a matéria não é pacífica na Corte, não podendo ser incluída nos efeitos vinculantes da Súmula nº No entendimento de Rodolfo de Camargo Mancuso 8, a interpretação da súmula é facilitada porque ela deriva de um longo processo de decantação de muitos julgados uniformes, prolatados sobre o mesmo tema, restando ao juiz do caso concreto, basicamente, duas operações: (i) apreender a exata compreensão e extensão do enunciado, ou seja, sua vera inteligência; (ii) aferir se o caso concreto nele está subsumido, para, conforme o caso, aplicar ou não a súmula (sim, porque aplicar indevidamente a súmula é, também, um modo de... descumpri-la, ficando a decisão equivocada sujeita a cassação pelo STF). (grifo nosso) 50. Por oportuno, observa-se que na inicial da Reclamação (fls. não numeradas), a partir do parágrafo em que consta a nota de rodapé nº 3, os autores afirmam que a jurisprudência do STF consolidou-se em sentido inverso, ou seja, sobre a possibilidade de conversão de tempo. Ocorre que na nota de rodapé, informa-se que, na pesquisa, foi utilizado como argumento a expressão aposentadoria especial servidor público. Esse termo certamente iria conduzir a decisões em que o pleito foi deferido, como já foi antes comentado, porque localiza pedidos de aposentadoria. Entretanto, não é hábil a localizar julgados em que foi julgada a conversão. As transcrições feitas neste Parecer comprovam a repetição de entendimentos em outro sentido. Em outro trecho, menciona-se que a pesquisa foi pelas ementas dos julgados, não havendo, portanto, o cuidado necessário na leitura dos acórdãos para apreender todos os fundamentos das decisões. 51. Posteriormente à edição da Súmula, o tema da conversão foi novamente levado à apreciação do Tribunal que, até o momento, não mudou sua jurisprudência. Em 11/09/2014, o Plenário julgou Embargos de Declaração, admitidos como Agravo Regimental no MI nº DF (Relatora a Ministra Cármen Lúcia), que pretendia a contagem diferenciada de tempo. Vejase trecho do voto aprovado por maioria: (...) 5. No caso em exame, a Agravante afirma estar sendo impedida de proceder à contagem de tempo especial perante o atual Regime Jurídico Único, pois não houve iniciativa legislativa no que concerne à elaboração de lei complementar definindo os critérios para a concessão da aposentadoria especial dos servidores públicos. Contudo, o art. 40, 4º, da Constituição da República não dispõe sobre a contagem de tempo de serviço diferenciado para o servidor público, mas sobre a aposentadoria especial. Nesse sentido, MI AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe ; e MI ED, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Plenário, DJe ). Confira-se: Segundo a jurisprudência firmada no STF, não se admite a conversão de períodos especiais em comuns, mas apenas a concessão da aposentadoria especial mediante a prova do exercício de atividades exercidas em condições nocivas. Apesar de ser permitida no RGPS, no serviço público é expressamente vedada a contagem de tempo ficto, com fundamento no art. 40, 10, da Constituição ( A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício ) (MI 2.637, Relator o Ministro Teori Zavascki, DJe , grifos nossos). Para ser cabível o mandado de injunção, há de se comprovar concreta inviabilidade do exercício de direito ou liberdade constitucional pelo seu titular em razão de omissão legislativa. Daí porque deve ser comprovada, de plano, a titularidade do direito (no caso, à aposentadoria) e a sua inviabilidade decorrente da ausência de norma regulamentadora do direito constitucional. 52. Outro julgamento recente que foi suspenso e que poderá definir a compreensão sobre o tema, é útil justamente porque comprova a ausência atual de determinação da Corte favorável à conversão. No Informativo STF nº 772, foi divulgada a seguinte notícia sobre a apreciação de agravos nos MI 4367 AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, ; MI 6286 AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, , e o MI 2901 AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, : 8 MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Divergência Jurisprudencial e Súmula Vinculante. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010, p.360.

11 Pág. 11 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS O Plenário iniciou julgamento conjunto de agravos regimentais nos quais se discute se a aposentadoria especial em virtude do exercício de atividades em condições insalubres assegurada ao servidor público alcançaria a contagem diferenciada de tempo de serviço em decorrência de atividades exercidas em trabalho especial, com aplicação do regime da Lei 8.213/1991, para fins da aposentadoria de que cogita o 4º do art. 40 da CF. O Ministro Marco Aurélio (relator) desproveu o agravo regimental. Esclareceu que, em face da lacuna normativa da matéria, o Tribunal teria concluído pela aplicação da Lei 8.213/1991. Destacou que a omissão do Congresso Nacional fora reconhecida e, ainda, admitida a impetração do mandado de injunção. A somatória desses elementos desencadearia a necessidade de se disciplinar a matéria, com aplicação da íntegra do art. 57 da Lei 8.213/1991, sem exclusão da parte que prevê, quando o trabalhador deixa o ambiente nocivo sem completar o tempo para a aposentadoria especial, a conversão proporcional do período em que teria trabalhado com prejuízo à saúde no tempo geral. Em divergência, o Ministro Teori Zavascki deu provimento ao regimental. Asseverou que a questão da contagem diferenciada de tempo de serviço deveria ser apreciada em ação própria e não na via do mandado de injunção. Em seguida, pediu vista dos autos o Ministro Roberto Barroso. 53. Diante disso, constata-se que, se em dezembro de 2014, a Corte ainda divergia sobre o tema, não se pode entender como autorizada a conversão pelo verbete da Súmula Vinculante nº 33. Não havendo determinação legal própria ou determinação judicial, a Administração não pode deferir os pleitos, sob pena de desatender os princípios que regem sua atuação, por mais justo e isonômico que o procedimento possa aparentar. 54. Por fim, observa-se que, embora a Instrução Normativa MPS/SPPS nº 01/2010 não tenha feito qualquer referência sobre a conversão de tempo, em razão de o tema estar em discussão inicial, assim que foi observada a tendência jurisprudencial da Corte, esta Secretaria iniciou a orientar os entes federativos a respeito. Em 05 de abril de 2013, foi proferida a NOTA Nº 08/2013/CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS, cópia anexa, esclarecendo órgãos federais sobre o assunto. Coerentemente com a jurisprudência da Corte, o Ministério do Planejamento também adequou suas orientações. 55. Diante do exposto, comprova-se que o entendimento divulgado por este Ministério e adotado no âmbito da União e dos demais entes federativos, foi no sentido de que a Administração Pública tem o dever de observar a Súmula nº 33, juntamente com os motivos determinantes de seus precedentes, não podendo adotar interpretação diversa ou ampliar o que foi determinado pela Corte. E que a ampliação indevida dos efeitos da súmula vinculante pela Administração também representaria seu descumprimento. I.2- Da comprovação e reconhecimento do tempo exercido sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física 56. Outro ponto largamente questionado na Reclamação nº é a forma de comprovação do tempo exercido sob condições especiais que prejudicam a saúde ou a integridade física. Alega-se que as normas estariam impondo a apresentação de provas de exposição sabidamente impossíveis ou de difícil obtenção. 57. Preliminarmente, cabe refutar o cabimento da Reclamação para questionar esse aspecto pois, em nenhum dos julgados, o STF decidiu sobre o mérito do processo de caracterização e reconhecimento do tempo. Portanto, essa irresignação deveria ser levada ao Poder Judiciário por outra via processual. Mas o mérito da matéria será examinado a seguir. 58. Do exame da jurisprudência do STF, observa-se que as decisões em Mandados de Injunção foram proferidas no sentido de determinar que a autoridade administrativa analise o pleito de concessão do benefício de aposentadoria especial a seus servidores sob a ótica da legislação do RGPS. Para isso, o STF indica como norma paradigma o art. 57 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.

12 Pág. 12 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS 59. Portanto, as ordens proferidas pelo STF em MI não asseguram que, efetivamente, os servidores amparados terão direito ao benefício, pois caso não seja comprovado o cumprimento de todos os requisitos legais para a aposentadoria especial, o pleito não deverá ser deferido pela Administração. A Corte vem determinando a aplicação integrativa da lei referente aos trabalhadores vinculados ao RGPS naquilo em que for pertinente, até que seja editada a legislação específica sobre o tema, cuja adequação ao caso concreto será verificada pela autoridade administrativa. 60. Se a decisão do STF somente surtirá efeitos para o impetrante se for comprovado o efetivo direito à aposentadoria nas regras do RGPS, foi necessário a esta Secretaria esclarecer como deve ser realizado o reconhecimento do tempo especial, de acordo com as normas aplicáveis ao RGPS no decorrer do tempo, em obediência às determinações do STF. Esse foi o objetivo central da IN MPS/SPPS nº 01/2010, alterada pela IN MPS/SPPS nº 03/2014. As regras aplicáveis foram sintetizadas nas mencionadas normas deste Ministério, com adaptação do texto às peculiaridades do serviço público, deixando claro que cabe à Administração analisar o quadro fático/funcional do servidor para verificar o cumprimento dos requisitos necessários à caracterização do tempo. 61. O enquadramento da atividade como especial conforme descrito no art. 57 da Lei nº 8.213/1991, deve observar a efetiva exposição aos agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física constantes em relação do Regulamento da Previdência Social. Por isso, a concessão da aposentadoria especial depende de comprovação do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício. 62. Quanto à caracterização e a comprovação do tempo de natureza especial, observou-se que, no âmbito do RGPS, é obedecido o que estabeleceu a legislação em vigor na época do exercício das atribuições do servidor 9. É a aplicação do Princípio Lex Tempus Regit Actum. Atualmente, esta previsão consta do 1º do art. 70 do Regulamento da Previdência Social - RPS aprovado pelo Decreto nº 3.048/ Dessa forma, a comprovação de tempo de atividade especial pelo servidor também deve reger-se pela legislação vigente ao tempo do efetivo exercício das atividades do cargo. 63. A respeito dos critérios para o enquadramento da atividade como especial, segundo a legislação vigente no RGPS em cada período de tempo, a IN SPPS nº 01/2010, discriminou que: Art. 3º Até 28 de abril de 1995, data anterior à vigência da Lei nº 9.032, o enquadramento de atividade especial admitirá os seguintes critérios: I - por cargo público cujas atribuições sejam análogas às atividades profissionais das categorias presumidamente sujeitas a condições especiais, consoante as ocupações/grupos profissionais agrupados sob o código do Quadro anexo ao Decreto nº , de 25 de março de 1964, e sob o código do Anexo II do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº , de 24 de janeiro de 1979; ou II - por exposição a agentes nocivos no exercício de atribuições do cargo público, em condições análogas às que permitem enquadrar as atividades profissionais como perigosas, insalubres ou penosas, conforme a classificação em função da exposição aos referidos agentes, agrupados sob 9 Consoante entendimento pacífico da jurisprudência do STJ, a legislação que rege o tempo de serviço no âmbito do RGPS, é aquela vigente na época do exercício da atividade Cita-se, p. e. STJ - AgRg no REsp RS 2003/ Art º A caracterização e a comprovação do tempo de atividade sob condições especiais obedecerá ao disposto na legislação em vigor na época da prestação do serviço.

13 Pág. 13 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS o código do Quadro anexo ao Decreto nº , de 1964 e sob o código do Anexo I do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº , de Art. 4º De 29 de abril de 1995 até 5 de março de 1997, o enquadramento de atividade especial somente admitirá o critério inscrito no inciso II do art. 3º desta Instrução Normativa. Art. 5º De 6 de março de 1997 até 6 de maio de 1999, o enquadramento de atividade especial observará a relação dos agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física que consta do Anexo IV do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 2.172, de 5 de março de Art. 6º A partir de 7 de maio de 1999, o enquadramento de atividade especial observará a relação dos agentes nocivos prejudiciais à saúde ou à integridade física que consta do Anexo IV do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de Os documentos necessários para instrução do procedimento de reconhecimento do tempo de atividade especial são os seguintes: a) formulário de informações sobre atividades exercidas em condições especiais; b) Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, observado o disposto no art. 9º, ou os documentos aceitos em substituição àquele; c) parecer da perícia médica, em relação ao enquadramento por exposição a agentes nocivos, na forma do art A exigência de elaboração do formulário de informações destinado a comprovar a efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos que, atualmente, é o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP, possui fundamento no 1º do art. 58 da Lei nº 8.213/1991. O PPP, conforme o 8º do art. 68 do RPS, é o documento que contém o histórico laboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter registros ambientais, resultados de monitoração biológica e dados administrativos. Deve ser emitido com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho - LTCAT, expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. 66. A partir de 1º de janeiro de 2004, o PPP substituiu os outros formulários para comprovação da efetiva exposição dos segurados aos agentes nocivos, com vistas ao requerimento da aposentadoria especial. Os formulários anteriores, referentes a períodos laborados até 31/12/2003, desde que emitidos até essa data, continuarão a ser aceitos mesmo após 1º de janeiro de É importante reforçar também que o formulário de reconhecimento do tempo especial, de denominação variável no decorrer do tempo, é um elemento fundamental para análise do direito e não pode ser considerado um requisito adicional, ou ser substituído por outro meio de prova, como por exemplo, o pagamento de adicionais de insalubridade. 68. Segundo esclarece André Studart Leitão 11, a finalidade do perfil profissiográfico previdenciário não é embaraçar o direito à aposentadoria especial, mas facilitar a sua concessão e garantir o cumprimento da lei, in verbis: É verdade que, no âmbito processual, o ordenamento jurídico brasileiro acolheu a liberdade objetiva dos meios de demonstração (art. 332 do Código de Processo Civil), sendo admitidos todos os meios lícitos de prova. Todavia, conforme foi salientado pela Ministra ELLEN GRACIE no julgamento da ADin n. 2555/DF, não raro o ordenamento jurídico afasta a regra geral de admissão de todos os meios de prova legítimos em nome de uma maior cautela no reconhecimento de um determinado direito ou de uma certa situação jurídica. Não se pode esquecer de que há situações concretas em que as normas de regência buscam implementar uma segurança jurídica maior. Em razão disso, estabelecem a tarifação da prova, e por via conseqüencial, contrariam a liberdade objetiva dos meios de demonstração. É o que acontece em relação ao art. 55, 3º e do art. 58, 1º, ambos da Lei nº 8.213/ LEITÃO, André Studart. Aposentadoria Especial - Doutrina e Jurisprudência. 1. ed. São Paulo: Quartier Latin, 2007, p. 156.

14 Pág. 14 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS Ademais, tenha-se em mente que a finalidade do perfil profissiográfico previdenciário não é embaraçar o direito à aposentadoria especial, mas facilitar a sua concessão e garantir o cumprimento da lei (no sentido de somente conceder o benefício quando do exercício de atividade prejudicial à saúde ou à integridade física). (grifamos) 69. Quanto ao adicional de insalubridade, que foi citado na inicial como suficiente para o reconhecimento do tempo, André Leitão menciona (ob. cit. p. 160/161) que o pagamento dessa verba é irrelevante como prova de tempo especial, pois os escopos da lei trabalhista e da lei previdenciária são absolutamente distintos: A prova acerca de pagamento de adicional de insalubridade também se apresenta como início de prova material, porém, como leciona WLADIMIR NOVAES MARTINEZ, não é garantia do direito à aposentadoria especial. Da mesma forma, só pela concessão da prestação por uma dessas causas o percipiente do benefício não tem direito a esses adicionais. De efeito, a aposentadoria especial tem como destinatários os trabalhadores que, durante o exercício de suas atividades estão sujeitos a certo grau de risco e prejuízo à saúde, sendo esta a razão de sua concessão antecipada (se comparada à aposentadoria por tempo de contribuição). Portanto, mostra-se irrelevante o percebimento ou não do adicional de insalubridade, afinal os escopos da lei trabalhista e da lei previdenciária são absolutamente distintos. Enquanto aquela visa a proteger e a estabilizar as relações de trabalho, esta encontra fundamento no risco social, amparando os filiados do sistema securitário em face de determinadas contingências. (grifamos) 70. Diante disso, conclui-se que não procedem as argumentações formuladas na inicial no sentido de que, diferentemente do que ocorre no RGPS, a relação jurídica previdenciária do servidor com a Administração se dá de forma direta, confundindo-se com a relação administrativa. Desde a edição da Emenda Constitucional nº 20/1998, houve a segregação da relação funcional da previdenciária do servidor com a Administração. Com a alteração inserida no art. 40 por essa Emenda, a previsão simples de concessão de aposentadoria aos servidores foi substituída pela exigência de que esses benefícios integrem um sistema previdenciário com caráter contributivo e equilíbrio financeiro e atuarial. 71. Mesmo se o ente federativo encontrar dificuldades na elaboração extemporânea do formulário para o cumprimento da determinação do STF, tais empecilhos não podem servir de motivação para o descumprimento das normas vigentes ou criação de outras sem amparo legal. Somente a Lei Complementar específica para o servidor, ainda em tramitação no Congresso Nacional, poderá autorizar, se for o caso, algum tratamento diferenciado a ser dado ao servidor. Não é permitido à Administração adotar um sistema próprio de reconhecimento do tempo especial, ao arrepio da legislação vigente. Isso sim, representaria descumprimento da autoridade da corte e das normas do RGPS. 72. Observa-se que, mesmo no âmbito do RGPS, é comum o empregador não elaborar os documentos de forma contemporânea ao exercício da atividade especial. Ainda assim, é possível resgatar documentalmente as condições em que foram prestados os serviços, evitando prejuízo ao segurado. Cabe lembrar ainda que, na real e absoluta impossibilidade de obter prova suficiente da exposição a situação especial, poderá ser empregada a previsão do art. 142 do Regulamento da Previdência Social, que prevê o recurso da justificação administrativa 12. Mas esse instrumento não pode representar um substituto para os documentos regulares, como forma de facilitar a obtenção do benefício. 12 Art A justificação administrativa constitui recurso utilizado para suprir a falta ou insuficiência de documento ou produzir prova de fato ou circunstância de interesse dos beneficiários, perante a previdência social. (...)

15 Pág. 15 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS I.3- Das regras de cálculo e reajustamento dos proventos 73. O terceiro questionamento da Reclamação é da forma de cálculo e revisão dos proventos da aposentadoria especial, estabelecida nos normativos federais que estariam destoando do real objetivo da proteção que emana do citado normativo constitucional. Argui-se que a Administração suprimiu o direito do segurado ao instituto da aposentadoria integral e a extensão dos atributos da integralidade e da paridade remuneratória entre ativos e inativos. 74. Esse é mais um tema que não foi objeto das reiteradas decisões do STF proferidas em Mandados de Injunção e que, portanto, não se pode ter por sumulado em um ou em outro sentido. Não deveria então ser objeto de exame em sede de Reclamação. 75. Quanto a esse aspecto, o art. 14 da IN MPS/SPPS nº 01/2010, com redação da IN MPS/SPPS nº 03/2014, estabeleceu que: Art. 14. No cálculo e no reajustamento dos proventos de aposentadoria especial aplica-se o disposto nos 2º, 3º, 8º, 14, 15, 16 e 17, do art. 40 da Constituição Federal. (Redação dada pela Instrução Normativa SPPS/MPS nº 3, de 23/05/2014) 76. O 1º do art. 40 da Constituição, com a redação da Emenda nº 41/2003, prevê que os servidores titulares de cargo efetivo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3º e 17, que preveem: Art º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003) (...) 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no 3º serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003) (...) 77. Esses dispositivos foram disciplinados pelo art. 1º da Lei nº /2004, a seguir, válido no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que estabeleceu cálculo similar ao empregado no âmbito do RGPS que leva em conta a média das remunerações de contribuição do servidor a todos os regimes previdenciários a que esteve vinculado: Art. 1º No cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo efetivo de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, previsto no 3º do art. 40 da Constituição Federal e no art. 2º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior àquela competência. 1º As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos terão os seus valores atualizados mês a mês de acordo com a variação integral do índice fixado para a atualização dos salários-de-contribuição considerados no cálculo dos benefícios do regime geral de previdência social. (...) 5º Os proventos, calculados de acordo com o caput deste artigo, por ocasião de sua concessão, não poderão ser inferiores ao valor do salário-mínimo nem exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria. (...)

16 Pág. 16 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS 78. Além disso, todos os proventos das aposentadorias concedidas com fundamento no art. 40 da Constituição Federal, na redação da Emenda nº 41/2003, passaram, em obediência ao que dispõe a redação vigente do 8º desse artigo, a ser reajustados de forma a preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, in verbis 13 : Art º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, de 19/12/2003) (...) 79. O 4º do art. 40 da Constituição prevê as situações de exceção em que, por meio de Lei Complementar, poderão ser estabelecidos requisitos e critérios de concessão diferenciados de concessão de aposentadoria. É duvidoso se estas leis poderiam estabelecer também forma diferenciada de cálculo e reajustamento em relação às demais regras de benefício previstas nas regras permanentes do art. 40 ou se seria necessário promulgar Emenda à Constituição. Todas as hipóteses vigentes de regras em que se prevê proventos correspondentes à integralidade da remuneração do servidor no cargo e a revisão pela paridade foram estabelecidas por emenda constitucional. Prova disso é que tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda à Constituição nº 54/2013 com objetivo de alterar o art. 6º-A da Emenda Constitucional nº 41/2003, para estabelecer critérios para o cálculo e a correção dos proventos da aposentadoria especial dos servidores públicos que ingressaram no serviço público até a data da publicação daquela Emenda Constitucional. 80. No entanto, essa discussão não é importante no momento, pois a Administração não poderia, por norma infralegal, mesclar regras vigentes e permanentes de cálculo e reajustamento das aposentadorias previstas no art. 40, sejam elas gerais ou especiais, com as regras previstas constitucionalmente apenas nas regras de transição dos arts. 6º e 6º-A da Emenda nº 41/2003 e do art. 3º da Emenda nº 47/ Observe-se que, para que o servidor que ingressou antes de cada reforma obtenha direito a um benefício com valor e revisão diferenciadas, as regras de transição exigem o cumprimento de requisitos muito mais rigorosos que os estabelecidos na regra permanente. O tempo de serviço público e de carreira é majorado de 10 para 20 ou 25 anos, conforme a hipótese. Foi também estabelecido o requisito de tempo na carreira de 10 ou 15 anos que não é previsto nas regras permanentes do art Observa-se que a matéria envolve a possibilidade de se conjugar normas específicas de cada regra de aposentadoria. A jurisprudência do STF tem rechaçado a adoção de sistemas jurídicos híbridos em diversos julgados em que os autores pretendiam usufruir da soma de vantagens de dispositivos constitucionais diversos. Entende-se não ser lícita a mescla de vantagens de regras distintas de aposentadoria, em que o segurado se beneficiará da criação de um sistema próprio, diferente daqueles previstos. 83. As regras de transição para concessão de aposentadoria, estabelecidas nas Emendas Constitucionais (nº 20, de 1998, nº 41, de 2003, nº 47, de 2005 e nº 70, de 2012) constituem, atualmente, verdadeiros sistemas diferenciados de concessão de benefícios aplicáveis aos grupos de servidores de acordo com a data de ingresso e com a data em que foram integralmente cumpridos os requisitos. Não deve prevalecer a possibilidade de aplicação 13 No âmbito da União, o disposto no art. 40, 8º da Constituição Federal, está disciplinado pelo art. 15 da Lei nº , de 2004: Art. 15. Os proventos de aposentadoria e as pensões de que tratam os arts. 1 o e 2 o desta Lei serão reajustados, a partir de janeiro de 2008, na mesma data e índice em que se der o reajuste dos benefícios do regime geral de previdência social, ressalvados os beneficiados pela garantia de paridade de revisão de proventos de aposentadoria e pensões de acordo com a legislação vigente. (Redação dada pela Lei n o , de 22/09/2008) (Em seção plenária do dia 28/09/2011, o STF concedeu medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.582, para restringir a aplicabilidade do preceito contido no art. 15 da Lei nº /2004, com a redação que lhe foi atribuída pela Lei nº , de 22/09/2008, aos servidores inativos e pensionistas da União.)

17 Pág. 17 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS qualquer regra de inativação em outra que não a preveja. É incabível a soma de requisitos favoráveis de concessão em uma regra com a forma de cálculo e reajustamento de outra por ser mais benéfica. A concessão, pelo STF da pretendão em análise, será um precedente para diversos pleitos de mescla de regras em situações variadas, podendo desconstituir todo o conjunto de hipóteses pré-estabelecidas 84. Portanto, o que iria ferir o instituto da isonomia seria permitir o cálculo e reajustamento favorável nas aposentadorias especiais, sem qualquer requisito adicional semelhante aos exigidos dos demais servidores, que além desses, necessitam cumprir tempo total de contribuição superior em 10 anos (para a servidora) ou 15 anos (para o homem) 85. Quanto à alegação de que a Administração teria suprimido o direito do segurado ao instituto da aposentadoria integral, alguns esclarecimentos devem ser feitos, pois há diferença conceitual e prática entre concessão de proventos integrais e a integralidade dos proventos em relação à remuneração. 86. A regra dos proventos integrais significa que estes corresponderão a 100% da base de cálculo da aposentadoria. A base de cálculo dos proventos antes da Emenda 41/2003, correspondia à remuneração do servidor no cargo efetivo. Depois dessa Emenda, a base de cálculo passou a ser calculada pela média das contribuições com limite máximo na remuneração do servidor no cargo efetivo. Por outro lado, os proventos proporcionais são concedidos com percentual inferior a 100%, em razão de o segurado não ter cumprido todo o tempo previsto para a inativação. São exemplos de proventos proporcionais ao tempo de contribuição a aposentadoria por idade, a compulsória e a aposentadoria por invalidez que não seja decorrente das situações especificadas no art. 40, 1º, I da Constituição Federal. 87. Deduz-se que as reformas previdenciárias advindas com as Emendas nº 20, nº 41 e nº 47 não excluíram o direito aos proventos integrais dos servidores nas hipóteses de aposentadoria voluntária por tempo de contribuição especial ou não, conforme as hipóteses definidas no art. 40, porque não prescreveram a proporcionalidade ou a redução dos proventos da aposentadoria como regra geral permanente. No entanto, apesar de não ter alterado o direito aos proventos integrais, a EC nº 41/2003 afastou a correspondência (integralidade) dos proventos em relação à remuneração, quando modificou a apuração da base de cálculo dos proventos, substituindo a remuneração do cargo efetivo pela média das maiores remunerações de contribuição, nos termos da Lei n o / Em suma, a integralidade dos proventos em relação à remuneração não se confunde com proventos integrais, como bem esclarecem os Procuradores Federais Eduardo R. Dias e José L. M. de Macêdo, na obra Nova Previdência Social do Servidor Público (2ª Edição. São Paulo: Método, p nota 11): Não confundir proventos integrais com integralidade da base de cálculo dos proventos. O valor da aposentadoria é encontrado aplicando-se um percentual sobre uma base de cálculo. Essa base de cálculo, com a Emenda Constitucional 41/2003, deixou de ser a remuneração integral do cargo efetivo. Quando o percentual incidente sobre a base de cálculo (seja a remuneração integral ou não) for igual a 100%, afirma-se que os proventos da aposentadoria serão integrais. Quando o percentual for inferior a 100%, tem-se a aposentadoria com proventos proporcionais. A Emenda Constitucional 41/2003, desse modo, extinguiu a integralidade (remuneração integral do cargo efetivo) da base de cálculo da aposentadoria, mas não os proventos integrais (permanece a existência de aposentadoria com proventos integrais, ou seja, com a aplicação do percentual de 100% sobre a base de cálculo da aposentadoria). 89. Por isso, é totalmente improcedente a alegação de que Administração teria adulterado as regras de cálculo e reajustamento da aposentadoria especial dos servidores, retirando o direito à integralidade do valor da última remuneração e à paridade. Essas regras especiais somente são asseguradas aos servidores que cumprirem os requisitos exigidos nas Emendas Constitucionais e nas condições em que foram fixadas. Não se pode mesclar regimes jurídicos diferenciados como tem declarado repetidamente o STF em diversos julgados.

18 Pág. 18 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS 90. A aposentadoria especial é integral sim, pois não se enquadra em nenhuma das situações de proporcionalidade definidas no art. 40. Porém, não corresponderá necessariamente à última remuneração do servidor no cargo efetivo, pois, no seu cálculo, deve ser aplicado o que prevê a redação vigente dos 3º e 17 do art. 40, disciplinados pelo art. 1º da Lei nº /2004. I.4- Outras considerações 91. Na inicial, alega-se que a mudança de entendimento da Administração Federal quanto à conversão, mais especificamente nas normas da Secretaria de Gestão Pública- SEGEP, não poderia ser aplicada aos benefícios concedidos em razão da vedação de aplicação retroativa de nova interpretação, de que trata o inciso XIII do parágrafo único do art. 2º, caput, da Lei nº 9.784, de A esse respeito, deve ser dito que a vedação de aplicação retroativa de nova interpretação não deve excluir o dever que a Administração tem de anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, de acordo com o que prescreve o art. 53 da mesma Lei: Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 93. Observa-se também que as Orientações da SEGEP obedecem ao que dispõe a Súmula nº 199 do TCU e não acarretarão a devolução dos valores recebidos de boa-fé pelo servidor público: Art. 29. Os valores percebidos de boa-fé pelo servidor público a título de proventos de aposentadoria ou abono de permanência, decorrentes dos atos revistos em razão do que dispõe o art. 27 e o art. 28 desta Orientação Normativa, não serão objeto de reposição ao erário, nos termos do disposto na Súmula nº 34, de 16 de setembro de 2008, da Advocacia-Geral da União. 94. Além disso, a ON SEGEP nº 16 determina a revisão de atos administrativos que, pela sua natureza (de atos complexos), não são considerados definitivos antes de serem apreciados pelo Tribunal de Contas da União TCU quanto à sua legalidade. Salvo por sua determinação, não podem ser cancelados pela autoridade administrativa concedente, os atos originários ou de alterações, relativos a aposentadoria, reformas e pensões, já registrados pelo Tribunal de Contas, ao apreciar-lhes a legalidade, no uso da sua competência constitucional. II- Conclusões 95. Diante de todo o exposto, restou demonstrado que não houve descumprimento da Súmula Vinculante nº 33 ou de qualquer outra decisão do Supremo Tribunal Federal por esta Secretaria. 96. A IN SPPS/MPS nº 01/2010, com alterações da IN SPPS/MPS nº 03/2014, foi editada no exercício da competência para estabelecer regras gerais e uniformes, de âmbito nacional, com vistas à organização e funcionamento dos RPPS dos entes federativos, atribuída à União, nos termos do art. 9º da Lei 9.717, de 27 de novembro de 1998, a ser exercida por intermédio deste Ministério da Previdência Social. 97. Essa Instrução está de acordo com as determinações do STF e com o que dispõe o art. 40, 12 da Constituição Federal que prevê similaridade entre os Regimes Próprios e o Regime Geral de Previdência Social. Além disso, está adequada ao que dispõe a Lei nº 8.213/1991 e normas regulamentares acerca da matéria, vigentes no âmbito do RGPS, possibilitando aos entes federativos dar cumprimento às determinações do STF. 98. Em relação aos pontos impugnados na Reclamação, esta Secretaria concluiu o seguinte, depois do exame da legislação aplicável, da jurisprudência da Corte que antecedeu a aprovação da Súmula e da doutrina:

19 Pág. 19 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS a) A necessária correspondência que deve existir entre o verbete sumular e as decisões que o originaram exige que os efeitos vinculantes das súmulas abranjam também os fundamentos das interpretações pronunciadas nos casos concretos. A existência de reiteradas decisões em um mesmo sentido sobre o tema é requisito legal e constitucional para a extensão dos efeitos vinculantes da norma abstrata construída pelo STF. Se o tema não foi decidido previamente em sentido uniforme, em processos de natureza jurisdicional, não pode ser incluído como consequência da Súmula. b) Os efeitos da Súmula Vinculante nº 33 não abrangem a conversão de tempo especial em comum pelos servidores, pois, ao contrário do que se afirma na inicial, nos julgados que serviram de base para a elaboração do verbete sumular, não houve autorização do STF para a conversão. Os motivos para tais conclusões são os seguintes: b.1) O STF declarou reiteradamente haver impedimento processual ao exame do tema em Mandado de Injunção, porque a simples contagem de tempo e/ou a conversão de tempo especial em comum não se enquadra como um direito hábil a ser exigido por essa via. O instituto do Mandado de Injunção existe para viabilizar o exercício efetivo de um direito ou liberdade constitucional, impedido pela ausência de normas, no caso, o disposto no art. 40, 4º da Constituição Federal que trata da concessão do benefício de aposentadoria, não havendo a garantia de conversão nesse dispositivo. Foi o exercício do direito constitucional à aposentadoria que a Corte tornou viável. b.2) Nos julgados que abordaram o mérito da conversão de tempo especial em comum, vários confirmados pelo Plenário em agravos regimentais, o entendimento foi proferido no sentido de que a conversão de tempo resulta em contagem de tempo ficto, vedada no art. 40, 10 da Constituição. Portanto, as decisões de mérito do Plenário foram pronunciadas em sentido contrário à conversão de tempo, significando que não é norma cabível quanto ao servidor. c) Do exame atentos dos julgados, observou-se evolução diferente do que se afirma, de forma genérica, na Reclamação. Inicialmente, as decisões da Corte em mandados de injunção eram gerais, no sentido de determinar a aplicação das regras do RGPS para concessão de aposentadoria. Em seguida, diante da diversidade de pedidos formulados, dentre os quais a simples contagem do tempo para registro nas fichas funcionais e/ou conversão e revisão de benefícios, a Corte passou a ser mais específica, negando essa possibilidade e deixando claro em que situação é cabível esse instrumento, ou seja, na concessão da aposentadoria prevista no 4º, III do art. 40 da Constituição. d) Nos debates havidos na sessão de aprovação da Súmula Vinculante nº 33, confirmou-se que, no mérito, o tema relativo à conversão de tempo não é uma questão estabilizada na corte, porque não foi exaustivamente debatida por falta de pré-requisito processual. E uma das exigências para a edição de súmulas é que haja jurisprudência sedimentada, julgados uniformes sobre o mesmo tema. Por isso mesmo, não pode ser entendida como autorizada a conversão pelo verbete sumular. Em resumo, o entendimento de não ser cabível a conversão de tempo ao servidor com fundamento na Súmula Vinculante não foi adotado discricionariamente por esta Secretaria ou pela Administração Pública em geral, uma vez que decorre de forma direta do próprio conteúdo da decisão do Supremo Tribunal Federal. e) Tampouco depois da edição da Súmula Vinculante nº 33 houve decisão do STF favorável à conversão. No último julgamento iniciado relativo a esse tema (MI 4367 AgR/DF, MI 6286 AgR/DF, e o MI 2901 AgR/DF, ), dois Ministros votaram em sentidos opostos e o julgamento foi suspenso por pedido de vistas, o que demonstra que o cabimento do procedimento de conversão não foi definido como consta na inicial. f) Os meios de prova para o reconhecimento do tempo de exercício de atividade sob condições especiais indicados na Instrução Normativa SPS/MPS nº 01/2010 estão de acordo com os legalmente exigidos pelo RGPS para o mesmo fim, em consonância com as decisões do STF em Mandados de Injunção e na Súmula Vinculante nº 33.

20 Pág. 20 do Parecer nº 02/2015/CGNAL/DRPSP/SPS/MPS g) Os formulários de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais utilizados no âmbito do RGPS até dezembro de 2003 devem corresponder ao período do exercício da atividade. Esses formulários são válidos para utilização posterior se emitidos até aquela data. Se a emissão ocorreu a partir de 1º de janeiro de 2004, somente o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP é admitido, sendo válida a sua emissão para períodos anteriores, em que estavam vigentes os demais formulários adotados no RGPS. h) A Administração não tem autorização judicial ou legal para substituir o Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP ou os formulários que o antecederam por outro meio de prova, como, por exemplo, o pagamento de adicional remuneratório por insalubridade, pois a motivação deste é de ordem trabalhista ou estatutária, dela não decorrendo necessariamente a consequência previdenciária do direito ao benefício de aposentadoria especial. i) Às aposentadorias especiais previstas no 4º do art. 40 da Constituição Federal, aplicam-se as regras de cálculo e reajustamento estabelecidas pelos 3º, 8º e 17 do mesmo artigo, na redação da Emenda nº 41/2003, que foram disciplinadas pelos arts. 1º e 15 da Lei nº /2004. Entretanto, a aplicação da regra geral de cálculo pela média não significa que os proventos não serão integrais. Os proventos corresponderão a 100% da média, observado como limite a remuneração do servidor no cargo efetivo, como prevê o art. 1º da Lei nº /2004, não se aplicando qualquer proporcionalidade pois o benefício não será concedido com tempo inferior ao mínimo exigido. Essa é a regra a ser aplicada a todos os benefícios previstos no art. 40, inclusive as aposentadorias especiais. j) As regras gerais de cálculo e de reajustamento atualmente aplicáveis aos proventos dos servidores são similares àquelas definidas no âmbito do RGPS, conforme estabelecido nos arts. 28, 29 e 41-A da Lei nº 8.213/1991. Então, seja por aplicação das normas do RGPS ou das regras do art. 40, não é possível conceder aposentadoria especial sem aplicar a regra dos proventos calculados pela média das remunerações de contribuição. k) Não é permitido à Administração mesclar critérios de concessão e regras de cálculo definidos para as regras permanentes do art. 40 da Constituição (comuns e especiais) com os previstos apenas para as regras de transição de que tratam o art. 6º da Emenda nº 41/2003 e o art. 3º da Emenda nº 47/2005, independentemente da data de ingresso do servidor no serviço público, em cargo efetivo. O próprio STF não admite a adoção de regimes jurídicos híbridos com a soma de regras de uma hipótese constitucional com outra. l) Esta Secretaria não vislumbrou permissão, na legislação ou nas decisões do STF, de utilização de outros meios de provas do tempo especial ou aplicação de outras regras para o cálculo e revisão das aposentadorias especiais independentemente da data de ingresso do servidor no serviço público, em cargo efetivo. Na realidade, o STF sequer entrou no mérito dessas questões, limitando-se a autorizar que a autoridade administrativa examine o pleito de concessão de aposentadoria de acordo com as normas do RGPS, constatação que impediria o exame desses dois temas em sede de Reclamação. m) As instruções desta Secretaria para os entes não poderiam ser outras, pois a ampliação indevida dos efeitos das súmulas editadas com fundamento na Lei nº /2006, para além do que foi decidido reiteradamente pela Corte nos casos concretos antecipadamente analisados, representaria seu descumprimento pela Administração /STF. É o que se tem a informar a respeito da matéria tratada na Reclamação nº À consideração do Senhor Coordenador-Geral. Marina Andrade Pires Sousa Coordenadora de Normatização

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