PARECER N, DE RELATOR: Senador GARIBALDI ALVES FILHO
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1 PARECER N, DE 2003 Da COMISSÃO DE EDUCACÃO, sobre o Aviso nº 11, de 2003 (n 416, de 2003, na origem), que encaminha ao Senado Federal cópia do Acórdão n 318/2003 TCU (Plenário), bem como dos respectivos Relatório e Voto que o fundamentam. Referente a monitoramento de auditoria de natureza operacional realizada no Programa Nacional de Informática na Educação Proinfo. RELATOR: Senador GARIBALDI ALVES FILHO I RELATÓRIO O Aviso n 11, de 2003, encaminha ao Senado Federal o Acordão n 318, de 2003, do Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), que dispõe sobre o segundo monitoramento de auditoria de natureza operacional realizada no Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). O Aviso também encaminha o Relatório e o Voto que fundamentam o Acordão do TCU. O monitoramento tem o intuito de verificar a implementação das recomendações e determinações exaradas na Decisão TCU n 389/2001 Plenário, relativa à auditoria de natureza operacional no Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo), administrado pela Secretaria de Educação a Distância (SEED) do Ministério da Educação (MEC). Em maio de 2002, foi realizado o primeiro monitoramento, quando foi constatado que 86% das recomendações constantes na referida Decisão já haviam sido implementadas, ficando as restantes a serem verificadas pelo segundo monitoramento. O segundo monitoramento realizou-se em novembro de 2002, e verificou as providências tomadas pela SEED em relação a duas recomendações e a uma determinação que ainda não haviam sido implementadas à época do primeiro monitoramento, bem como analisou os resultados advindos das ações adotadas no cumprimento de duas recomendações já consideradas como implementadas.
2 2 Primeiramente, a Recomendação 8.1.a (adote medidas que possibilitem reduzir a subutilização de microcomputadores, tanto nas escolas, quanto nos Núcleos de Tecnologia Educacional), considerada implementada pelo primeiro monitoramento, teve prejudicada a análise dos resultados obtidos, que seria realizada pelo segundo monitoramento, uma vez que a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a Universidade de Brasília (UnB) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC), responsáveis pela avaliação externa do Programa, ainda não haviam concluído os seus trabalhos. Quanto à Recomendação 8.1.f (inclua como atribuição dos Núcleos de Tecnologia Educacional a classificação das escolas, por meio de critérios objetivos, de acordo com o nível e a qualidade de utilização de computadores), observou-se que, a época do primeiro monitoramento, ainda não havia sido cumprida. O segundo monitoramento a considerou em processo de implementação, com prazo para conclusão previsto pra o início de Destacou-se, ainda, a atuação da SEED no sentido de atendê-la, por meio da construção dos cinco padrões, etapa fundamental na definição dos critérios para implementar a classificação. A Recomendação 8.1.l (estimule os Núcleos de Tecnologia Educacional a auxiliar as escolas na elaboração dos projetos para habilitação ao recebimento de computadores pelo Proinfo, de forma a estender a oportunidade de acesso ao Programa às escolas mais carente) foi considerada em implementação, pelo primeiro monitoramento. O segundo monitoramento a manteve como em implementação, uma vez que a SEED não explicitou de que forma os Núcleos vêm realizando esse trabalho. Já a Recomendação 8.1.p (estude meios de conectar todos os Núcleos de Tecnologia Educacional e escolas contempladas pelo Proinfo à Internet), foi considerada implementada pelo primeiro monitoramento. O segundo monitoramento verificou que os resultados das ações adotadas demonstram a implementação dessa nova tecnologia nas escolas está promovendo o aprimoramento de habilidades pessoais e o desenvolvimento intelectual e cultural dos alunos. Por fim, com relação à Determinação 8.2 (remeta a este Tribunal, no prazo de 60 dias, o conjunto de metas correspondentes aos indicadores de desempenho expostos no subitem 6.3 do relatório, contemplando o prazo para seu atingimento e cronograma de implementação das recomendações efetuadas, contendo atividades, prazo de implementação e nome do
3 3 responsável) o primeiro monitoramento a considerou não implementada. No segundo monitoramento, foi avaliada como em implementação, sendo que a exigência de apresentação do cronograma de implementação das recomendações foi considerada cumprida. Assim, tendo em vista as observações do segundo monitoramento, o TCU decidiu realizar um terceiro monitoramento, em novembro de 2003, para acompanhar as recomendações e a determinação que, ainda, se encontram em implementação. II ANÁLISE O Proinfo é um programa educacional que visa à introdução das novas tecnologias de informação e comunicação na escola pública, como apoio ao processo ensino-aprendizagem. O Programa é uma iniciativa do Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação à Distância, criado pela Portaria n 522, de 9 de abril de 1997, sendo desenvolvido em parceria com os governos estaduais e alguns municipais. As diretrizes do Programa são estabelecidas pelo MEC e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação. Em cada unidade da federação há uma Comissão Estadual de Informática na Educação, cujo papel principal é introduzir as novas tecnologias de informação e comunicação nas escolas públicas de ensino médio e fundamental. O Proinfo é custeado pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), criado pela Lei n 9.998, de 17 de agosto de A introdução das novas tecnologias de informação e comunicação nas escolas traz um potencial inovador, pois permite superar as paredes da sala de aula, com troca de idéias com alunos de outras cidades, e países, intercâmbio entre os educadores de todo o mundo, pesquisas em banco de dados virtuais, assinaturas de revistas eletrônicas e compartilhamento de experiências em comum. Este novo ambiente de aprendizagem traz novos desafios para os educadores, mais do que nunca chamados a serem facilitadores e motivadores.
4 4 O Programa Nacional de Informática na Educação constitui-se numa política efetiva para propiciar a inclusão digital das escolas da rede pública, fornecendo-lhes o computador, veículo de transporte da mente e instrumento essencial de trabalho no século vinte e um. Além disso, o documento do TCU relata que o Programa atende, também, a portadores de necessidades especiais, tendo em vista o potencial integrador das novas tecnologias de informação e comunicação. Outro resultado positivo apontado pelo relatório do TCU, é o de que a implantação dessa nova tecnologia nas escolas está promovendo o aprimoramento de habilidades pessoais e o desenvolvimento intelectual e cultural dos alunos. Vale ressaltar, entretanto, que o Tribunal, apesar de ter constatado avanços na implementação das recomendações e da determinação que ainda não haviam sido implementadas quando do primeiro monitoramento, verificou, nesse segundo monitoramento, que as mesmas ainda não estão completamente implementadas, e decidiu, portanto, realizar um terceiro monitoramento, previsto para novembro deste ano. Na oportunidade, deverá ser feita nova avaliação das recomendações até agora não completamente implementadas e, em especial, da determinação que ainda se encontra em implementação, uma vez que o descumprimento desta poderá implicar sanções, como prevê o inciso IV do, art. 58 da Lei nº 8.443, de 16 de julho de III VOTO Diante do exposto, recomendo o envio da matéria para o acompanhamento e análise da Comissão de Fiscalização e Controle desta Casa. Sala da Comissão, 23 de setembro de 2003., Presidente, Relator
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