INSTITUTO CECY LEITE COSTA CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA DISCIPLINA DE ELETROTÉCNICA PROF. ALEXSANDER FURTADO CARNEIRO.

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2 2 INSTITUTO CECY LEITE COSTA CURSO TÉCNICO EM ELETRÔNICA DISCIPLINA DE ELETROTÉCNICA PROF. ALEXSANDER FURTADO CARNEIRO Eletrotécnica

3 Dedicatória Dedico este trabalho a DEUS, pois sem ele nada nesta vida é possível. À família ELOMED. 3 Aos meus alunos. Aos professores do CECY. Aos professores Cassiano Ricardo Groth e Mauro Fonseca, pela oportunidade de ministrar esta matéria. À minha mãe, à minha irmã e à minha sobrinha. À minha ESPOSA, pois é nela que encontro carinho, compreensão e, principalmente, amor. Ao meu FILHO, pois ele é o meu bem maior, minha inspiração para viver. E dedico, principalmente, ao meu PAI (in memoriam), meu exemplo de vida e de homem, o meu maior incentivador para que eu me tornasse professor. Se não foi do jeito que ele tinha planejado, o destino me levou a me formar engenheiro e, após, me tornar, finalmente, professor. Prof. Alexsander Furtado Carneiro

4 Índice Potência elétrica Potência ativa Potência reativa Potência aparente Fator de potência Correção do fator de potência...7 Componentes elétricos Contato elétrico Contatora Relé térmico Disjuntor Fusíveis Fusíveis de efeito rápido Fusíveis de efeito lento (retardado) Dimensionamento do Fusível Botoeira Relé de tempo, ou relé temporizador...16 Projeto de instalações elétricas 19 Eletrotécnica 3.1 Previsão de carga Levantamento de cargas da residência Iluminação Pontos de tomada de uso geral Tomadas de uso específico Definição do tipo de entrada Divisão das instalações Cálculo da corrente dos circuitos Cálculo da corrente de distribuição Dimensionamento da fiação da instalação Dimensionamento da fiação segundo o critério de queda de tensão Dimensionamento da proteção Dimensionamento do dispositivo DR Dimensionamento da tubulação...31 Transformador Partes do transformador...36

5 4.2 Princípio de funcionamento Transformador ideal Transformador com perdas Teste de circuito aberto Teste de curto-circuito Rendimento do transformador Tipos de transformadores Transformador Trifásico Transformador de potencial Transformador de corrente Autotransformador...40 Geradores Princípio de funcionamento...42 Motores elétricos Motor assíncrono trifásico Campo girante Escorregamento Rendimento Categoria de conjugado Classe de isolamento Regime de serviço Fator de serviço (FS) Corrente de partida Sentido de rotação Grau de proteção dos motores (IP) Conexão dos enrolamentos Ligação em estrela Ligação em triângulo Motores monofásicos...54 Métodos de partida de motores 56 Prof. Alexsander Furtado Carneiro 7.1 Partida direta Partida com inversor de frequência Partida com soft-starter Partida estrela-triângulo...57

6 Potência elétrica Nas instalações industriais, temos presentes três formas de potência: a potência ativa, a potência reativa e a potência aparente. Essas três potências, por suas características, formam o triângulo de potências. 6 Figura 1 Triângulo das potências. 1.1 Potência ativa A potência ativa é expressa em Watts, que significa joule por segundo, ou seja, é a energia gasta por um determinado tempo para gerar trabalho (aquecimento, giro de motor, iluminação etc.). O cálculo da potência ativa monofásica é dado pela expressão abaixo: Expressão 1 Fórmula da potência ativa monofásica. Já a potência ativa trifásica é dada pela expressão abaixo: Expressão 2 Fórmula da potência ativa trifásica. Eletrotécnica 1.2 Potência reativa A potência reativa é a energia gasta para gerar os campos elétricos e magnéticos das cargas do circuito elétrico. Como exemplo, citam-se os motores que precisam de parte da energia retirada da rede para gerar o campo magnético que irá fazer o motor se movimentar. A potência reativa é expressa em VAr. O cálculo da potência reativa monofásica é dado pela expressão abaixo: Expressão 3 Fórmula da potência reativa monofásica. O cálculo da potência reativa trifásica é dado pela expressão abaixo: Expressão 4 Fórmula da potência reativa trifásica. 1.3 Potência aparente A potência aparente é a soma vetorial entre a potência ativa e reativa. Essa potência é a que a fonte de alimentação transfere para o circuito, ou seja, a potência ativa e a reativa juntas. A potência aparente é expressa em VA.

7 O cálculo da potência aparente monofásica é dado pela expressão abaixo: Expressão 5 Fórmula da potência aparente monofásica. Por sua vez, o cálculo da potência aparente trifásica é dado pela expressão abaixo: Expressão 6 Fórmula da potência aparente trifásica. A potência aparente também pode ser calculada por meio do teorema de Pitágoras, pois se colocarmos as potências alinhadas teremos o triângulo das potências, onde a potência aparente será a hipotenusa; a potência reativa, o cateto oposto; e a potência ativa, o cateto adjacente. 7 Expressão 7 Teorema de Pitágoras para o triângulo das potências. 1.4 Fator de potência O fator de potência (FP) é a relação entre a potência ativa e a potência aparente, ou seja, representa a parte da potência entregue pelo gerador a ser utilizada pela carga. Exemplo: Se uma instalação elétrica está consumindo uma potência ativa (P) de 900 kw e uma potência aparente (S) de 1000 kva, qual o seu fator de potência? Expressão 8 Fator de potência. Agora, vamos comparar as expressões do cálculo da potência ativa e da potência aparente: Expressão 9 Fator de potência. Como podemos observar (para o sistema senoidal), o fator de potência é o cosseno do ângulo formado entre a potência ativa e aparente. Quando utilizamos uma carga puramente resistiva, temos a situação em que seu fator de potência é igual a 1, ou seja, a potência aparente é igual à potência ativa. Nessa situação, toda a potência absorvida pela rede será consumida pela carga. Prof. Alexsander Furtado Carneiro Correção do fator de potência A potência reativa é muito importante para as máquinas elétricas, porém, para a rede elétrica, ela é considerada um desperdício. Exemplo: Um transformador é projetado para atender uma potência ativa de 500 kw. Considerando dois FP (0,92 e 0,50), podemos calcular qual o transformador necessário para atender à necessidade da carga.

8 FP1 0,92. FP2 0,50. 8 Eletrotécnica A diferença entre a potência calculada do FP1 e FP2 é de 456,53 kva. Para essa situação, significa que o transformador para o FP2 tem que ser 84% maior que o transformador para o FP1. No caso de um fator de potência baixo, toda a instalação deve ser dimensionada acima da potência utilizada para a carga. A resolução 456 da ANEEL define, no seu artigo 64, que o fator de potência de referência fr, indutivo ou capacitivo, terá como limite mínimo permitido, para as instalações elétricas das unidades consumidoras, o valor de fr = 0,92. O fator de potência deve ser tarifado a cada hora, ou seja, a média do fator de potência em uma hora deve ser superior a 0,92. Das 06h30min às 00h30min, o fator de potência deve ser acima de 0,92 indutivos. Das 00h30min às 06h30min, o fator de potência deve ser acima de 0,92 capacitivos. Existem diversas formas de se corrigir o fator de potência, sendo a principal delas a instalação de capacitores para inserir na instalação uma potência reativa capacitiva. Os capacitores utilizados para a correção do fator de potência possuem uma construção específica para esse fim e são vendidos pela sua potência em kvar. Para que se corrija o fator de potência de forma adequada, os capacitores devem ser instalados diretamente com a carga (carga de grande potência), ou em um conjunto de cargas. Para que não ocorram problemas com a correção em grandes indústrias, é aconselhável que seja instalado um controlador de fator de potência. A expressão abaixo demonstra a fórmula para o cálculo da potência com vistas a corrigir o fator de potência. Expressão 10 Potência do capacitor para correção. Abaixo, seguem algumas vantagens de se fazer a correção do fator de potência. Vantagens para a empresa: Redução do custo da energia elétrica; Melhoria na tensão; Aumento da vida útil das instalações e equipamentos; Redução do efeito joule; Redução da corrente reativa na rede elétrica. Vantagens para a concessionária: Diminui os custos de geração; Diminui o efeito joule; Aumenta a capacidade de geração e transmissão.

9 Exercícios: 1) O que é fator de potência? 2) Uma empresa possui um motor de 500 kva e está com uma potência ativa de 250 kw. Qual a potência reativa desse motor? Qual o seu fator de potência? E qual a potência capacitiva necessária para elevar esse fator de potência para 0,92? 9 Prof. Alexsander Furtado Carneiro

10 Componentes elétricos Nas instalações elétricas, existem componentes que são muito comuns, tais como as contatoras, relés térmicos, relés de tempo, fusíveis, disjuntores e disjuntor diferencial residual Contato elétrico O contato elétrico está presente em todos os componentes elétricos. Por isso, alguns pontos devem ser abordados. O contato elétrico possui dois terminais, que são fabricados de metal de baixa resistência elétrica e alta resistência mecânica, de modo a permitir que o mesmo seja acionado milhares de vezes. A estrutura metálica tem área de seção transversal proporcional à corrente que comandam: quanto maior a corrente, maiores os contatos. O valor da corrente também influencia na pressão entre as partes móveis do contato: maiores correntes exigem maiores pressões de contato. Os contatos elétricos são caracterizados por dois estados possíveis: Repouso: sem ocorrência de um evento associado ao contato. Acionado: sob ocorrência de um evento que aciona o contato. Os contatos são classificados pelo seu estado de repouso, ou seja, qual a situação em que se encontram normalmente em repouso (sem acionamento). Normalmente aberto (NA): O contato está aberto na situação de repouso. Normalmente fechado (NF): O contato está fechado na situação de repouso. Eletrotécnica Em alguns casos, podemos encontrar a denominação em inglês para os contatos, sendo a denominação NO para contato normalmente aberto e NC, para contato normalmente fechado. Abaixo, segue a representação gráfica utilizada em diagramas de comando dos contatos elétricos. 2.6 Contatora O contator é um dispositivo eletromecânico, ou seja, é um dispositivo que une parte mecânica com elétrica.

11 V Figura 2 Contatora. A figura 2 é o desenho interno de um contator: 1) Contatos fixos; 2) Contatos móveis; 3) Parte de ferro móvel; 4) Mola; 5) Bobina; 6) Anel de sombra; 7) Parte de ferro fixa; 8) Alimentação da bobina. Quando a bobina é acionada, a parte móvel dos contatos também o é. Nesse caso, os contatos normalmente abertos são fechados e os normalmente fechados são abertos. Os contatos do contator são divididos em dois grupos: Contatos principais: normalmente abertos e suportam maior corrente; Contatos auxiliares: existem contatos normalmente aberto e normalmente fechado, e são utilizados para controle e advertência. As contatoras podem ser do tipo principal, que possuem os contatos principais, mas a maioria possui, também, um contato auxiliar normalmente aberto, chamado popularmente de contato de retenção. Já as do tipo auxiliar possuem somente contatos auxiliares. Os contatos de carga são três e numerados na seguinte ordem: 1 e 2, 3 e 4 e 5 e 6. Os números ímpares constituem a entrada e os números pares, as saídas. O contato de retenção possui a numeração 13 para entrada e 14 para a saída. A alimentação da bobina é feita pelos contatos A1 e A2. Existem várias faixas de alimentação para as contatoras. Nos esquemas elétricos, os contatos de carga são desenhados em separado da alimentação da bobina. 11 Prof. Alexsander Furtado Carneiro A A Figura 3 Representação gráfica da bobina do contator e dos seus contatos.

12 Na seleção do tipo de contatora a ser utilizada, o projetista deve levar em conta a corrente necessária, o tipo de carga (indutiva, capacitiva ou resistiva), a tensão de alimentação da bobina (24VCC, 24VAC, 110VAC, 220VAC, 380VAC), a compatibilidade com o relé de sobrecarga e a tensão de isolação. A tabela a seguir indica o emprego dos contatores, conforme a categoria. 12 Categoria de emprego AC1 AC2 AC3 AC4 Exemplos de uso Cargas fracamente indutivas ou não indutivas. Fornos de resistência. Partida de motores de anel sem frenagem por contracorrente. Partida de motores de indução do tipo gaiola. Desligamento do motor em funcionamento normal. Partida de motores de anel com frenagem por contracorrente. Partida de motores de indução do tipo gaiola. Manobras de ligação intermitente, frenagem por contracorrente e reversão. Eletrotécnica

13 Aula prática Ligação de uma lâmpada utilizando um contator Objetivo geral: Realizar a ligação de uma lâmpada comum com o auxílio de um contator. Objetivos específicos: Que o aluno aplique os conhecimentos adquiridos sobre o dispositivo contator. Materiais necessários: 1 Contator; 2 Uma lâmpada do tipo incandescente. 3 Fios de 1,5 mm e de 2,5 mm. Descrição da atividade: Observe o contator e indique qual a tensão de alimentação: V Após, insira a tensão de alimentação nos contatos A1 e A2 e anote o resultado obtido: Realize montagem do circuito abaixo de descreva os resultados obtidos: 13 A1 A Prof. Alexsander Furtado Carneiro 2.7 Relé térmico O relé térmico é um dispositivo para a proteção de sobrecarga, geralmente instalado após a contator. Sua função é evitar que o motor sofra danos com o aumento da corrente, devido a uma sobrecarga, desligando-o, antes que ocorra um defeito grave. O relé térmico é composto por pares bimetálicos (dois metais de coeficientes de dilatação diferentes, geralmente ferro e níquel) e por um mecanismo de disparo. Quando a corrente do motor atinge valores pré-estabelecidos, os pares bimetálicos abrem e, nesse momento, o circuito de disparo é acionado. Quando devidamente instalado, o relé térmico, através do disparo, faz com que o contator corte a alimentação do motor.

14 Vale lembrar que o relé térmico é preparado para suportar a corrente de partida do motor durante um determinado tempo, sendo acionado somente se esse tempo se prolongar. O relé térmico deve ser escolhido de tal forma que seja compatível com o contator e com o tempo de partida do motor. L1 L2 L v - 50Hz Circuito de Potência DM Ao circuito de comando KM1 FR U1 V1 W1 N1 N 3 Figura 4 Relé térmico e partida direta. 2.8 Disjuntor Eletrotécnica Monopolar Bipolar Tripolar Figura 5 Disjuntores. Os disjuntores são dispositivos utilizados para proteção dos circuitos elétricos contra sobrecarga e curto-circuito. Quando uma dessas situações ocorre, o disjuntor abre o circuito elétrico. O disjuntor possui três funções básicas: Proteção contra curto-circuito: Nessa função, o disjuntor abre o circuito na presença de uma corrente de curto-circuito, ou seja, impede o aumento instantâneo da corrente no circuito. Proteção contra sobrecarga: Nessa função, o disjuntor abre o circuito, quando, por um determinado tempo, temos corrente elétrica acima da corrente nominal do disjuntor. Manobra: Devido ao fato de sua instalação ser no seu início, o disjuntor é utilizado para abrir e fechar o circuito elétrico.

15 A proteção contra sobrecarga é feita por meio de pares bimetálicos, ao passo que a de curto circuito ocorre através de dispositivo eletromagnético. A seleção do disjuntor deve levar em conta o tipo de carga a ser protegida, pois existem curvas de atuação do disjuntor que podem servir para uma determinada aplicação, mas não para outra. Também deve ser considerada a corrente do circuito a ser protegido. 2.9 Fusíveis Os fusíveis são dispositivos utilizados para a proteção contra as correntes de curto- -circuito. Os fusíveis podem ser de efeito rápido, de efeito normal e de efeito lento Fusíveis de efeito rápido Os fusíveis de efeito rápido são utilizados para proteção de circuitos com semicondutores (diodo, transistores e tiristores), onde a corrente de partida do circuito é muito parecida com a corrente nominal do circuito. A principal característica desses fusíveis é a ação rápida à ultrapassagem da corrente nominal Fusíveis de efeito lento (retardado) Os fusíveis de efeito lento ou retardado devem ser utilizados para a proteção de circuitos onde a corrente de partida é muito maior que a corrente nominal e em dispositivos que suportam uma sobrecarga de corrente por um pequeno período. Um exemplo desse tipo de carga são os motores elétricos, cargas indutivas e cargas capacitivas. Eis principais representantes dessa categoria de fusíveis: NH Os fusíveis NH são utilizados em circuitos sujeitos a picos de corrente e onde existam cargas indutivas e capacitivas. Possuem duas partes: a base e o fusível propriamente dito. Esses fusíveis são construídos para valores máximos de 1000A. Prof. Alexsander Furtado Carneiro Figura 6 Fusível NH O fusível NH necessita de uma chave especial para ser retirado e instalado no suporte. Diazed Os fusíveis Diazed podem ser de ação rápida ou lenta. Os de ação rápida são usados em circuitos resistivos, e os de ação lenta, em circuitos com motores, capacitores e indutores. Esses fusíveis são construídos para valores máximos de 200A.

16 Esse tipo de fusível possui uma janela de observação que indica se ele está com o elemento fusível aberto ou fechado, para facilitar a sua inspeção visual. É formado por uma base, pelo fusível e pela parte de fixação. 16 Figura 7 Fusível Diazed Dimensionamento do Fusível Os fusíveis devem ser escolhidos conforme a corrente nominal do circuito que se pretende proteger. A escolha do fusível deve se feita de modo que qualquer anomalia na rede seja isolada na parte do circuito em que ela ocorreu. Para dimensionar o fusível, é necessário levar em conta as seguintes características: Corrente nominal do circuito Corrente de curto-circuito Tensão nominal Eletrotécnica 2.10 Botoeira A botoeira é um dispositivo de acionamento que somente permanece acionada devido a uma força mecânica aplicada. Desse modo, uma vez cessada a força, o dispositivo retorna à posição inicial. Geralmente, a botoeira vem com um contato NF e um contato NA. A botoeira é muito utilizada em quadros de comando, sendo a cor dos botões padronizada (vermelho botão NF e verde NA). Figura 8 Representação gráfica dos contatos NA e do NF. Foto da botoeira Relé de tempo, ou relé temporizador O relé de tempo, ou temporizador é um dispositivo eletrônico, e sua utilização está baseada em aplicações onde é necessário um determinado tempo de retardo. O relé de tempo possui, geralmente, um contato NA e um NF.

17 Há no seu corpo o desenho das funções que possui incorporada e a numeração do contato NA, do contato NF e do contato comum. Os contatos de alimentação seguem o padrão de A1 e A2. Quando é aplicada, uma tensão de alimentação no relé de tempo é inserida nos terminais A1 e A2. O mesmo irá permanecer sem nenhuma ação, até que seja transcorrido o tempo pré-determinado, e, após, irá realizar a comutação do contato NF para o NA. 17 Prof. Alexsander Furtado Carneiro

18 Aula prática Ligação de um contator com retenção própria 18 Objetivo geral: Realizar a ligação de uma lâmpada comum com o auxílio de um contator e de uma botoeira. Objetivos específicos: Que o aluno possa aplicar na prática os conhecimentos sobre botoeira e contator. Materiais necessários: 1 Contator; 2 Uma lâmpada do tipo incandescente; 3 Fios de 1,5 mm e de 2,5 mm; 4 Botoeira. Descrição da atividade: Realize montagem do circuito abaixo, acionando inicialmente o botão verde e, após, o botão vermelho. Em seguida, descreva os resultados obtidos. 21 B B Eletrotécnica A1 A N

19 Projeto de instalações elétricas Todo projeto de uma instalação elétrica deve seguir algumas normas. No Brasil, a norma que rege as instalações elétricas é a NBR 5410 e, no Rio Grande do Sul, as instalações elétricas são baseadas no Regulamento de Instalações Consumidoras de Baixa Tensão (RIC), elaborado pelas concessionárias de energia do estado (RGE, CEEE e AES SUL). 3.1 Previsão de carga Antes de qualquer cálculo do projeto elétrico, o seu responsável deve receber a planta baixa do local onde o mesmo será executado. Exemplo de planta (Essa planta será usada para os exemplos de cálculos) 19 Prof. Alexsander Furtado Carneiro Outro aspecto importante, no momento de realizar o projeto, é saber que equipamentos de grande consumo serão instalados nessa planta, pois tal informação auxilia no levantamento de cargas da residência. 3.2 Levantamento de cargas da residência O levantamento de cargas deve ser baseado na norma NBR 5410, que apresenta as seguintes prescrições: NOTAS 1) Os equipamentos de utilização de uma instalação podem ser alimentados diretamente (caso de equipamentos fixos de uso industrial ou análogo), através de tomadas

20 de corrente de uso específico ou através de tomadas de corrente de uso não específico (tomadas de uso geral). 2) As caixas de derivação utilizadas para a ligação de equipamentos de utilização são consideradas, para os efeitos desta Norma, como tomadas de uso específico. 3) Os flats e as unidades de apart-hotéis e similares devem ser considerados como unidades residenciais. A carga dos equipamentos deve ser calculada através da potência aparente = tensão nominal x corrente nominal. Nos casos em que for dada a potência ativa, devem ser considerados o rendimento e o fator de potência Iluminação 20 Eletrotécnica A norma NBR 5410 estabelece os seguintes pontos para as instalações residenciais: c) Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima de 100 VA, comandado por interruptor de parede. NOTA Nas acomodações de hotéis, motéis e similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no teto por tomada de corrente, com potência mínima de 100 VA, comandada por interruptor de parede. d) em unidades residenciais, como alternativa, para a determinação das cargas de iluminação, pode ser adotado o seguinte critério: - em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m² deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA; - em cômodo ou dependências com área superior a 6 m² deve ser prevista uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60VA para cada aumento de 4 m² inteiros. NOTA Os valores apurados correspondem à potência destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas. Iniciando o projeto da planta exemplo, fazemos o levantamento de iluminação para cada dependência da residência. Dependência Largura Comprimento Área Potência de iluminação Área de Serviço 3,40 1,75 5, Cozinha 3,05 3,75 11, Dormitório 2 3,40 3,15 10, Copa 3,05 3,10 9, Sala 3,05 3,25 9, Banheiro 2,30 1,80 4, Dormitório 1 3,40 3,25 11, Hall 1,80 1,00 1, Tabela 1 A tabela acima apresenta o resultado obtido para cada cômodo da residência Pontos de tomada de uso geral Seguindo a NBR 5410, temos as seguintes recomendações: a) nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, o núme-

21 ro de pontos de tomadas e de uso geral deve ser fixado de acordo com o seguinte: em banheiros, pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório, desde que observadas as restrições de 9.1; em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo um ponto de tomada a cada 3,5 m, ou fração de perímetro, sendo que, acima de cada bancada com largura igual ou superior a 0,30 m, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; em halls, corredores, subsolos, garagens, sótãos e varandas, pelo menos uma tomada; NOTA No caso de varandas, quando não for possível a instalação da tomada no próprio local, esta deverá ser instalada próxima ao seu acesso; nos demais cômodos ou dependências, se a área for igual ou inferior a 6 m², pelo menos um ponto de tomada; se a área for superior a 6 m², pelo menos uma tomada para cada 5 m, ou fração de perímetro espaçados tão uniformemente quanto possível. Com relação à potência, a norma indica que: b) nas unidades residenciais e nas acomodações de hotéis, motéis e similares, às tomadas de uso geral devem ser atribuídas as seguintes potências: em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, área de serviço, lavanderias e locais análogos, no mínimo 600 VA por tomada, até três tomadas, e 100 VA, por tomada, para as excedentes, considerando cada um desses ambientes separadamente; nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por tomada; c) em halls de escadaria, salas de manutenção e sala de localização de equipamentos, tais como casas de máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos, deverá ser previsto no mínimo um ponto de tomada. d) aos circuitos terminais que sirvam às tomadas de uso geral nos locais indicados na alínea c) deve ser atribuída uma potência de no mínimo 1000 VA. Seguindo o projeto da planta exemplo, vamos determinar a quantidade de pontos de tomadas de uso geral em cada cômodo. Cômodo L C Área Perímetro Potência de iluminação Nº de tomadas de uso geral Potência de tomadas de uso geral Área de Serviço 3,40 1,75 5,95 10, Cozinha 3,05 3,75 11,44 13, Dormitório 2 3,40 3,15 10,71 13, Copa 3,05 3,10 9,46 12, Sala 3,05 3,25 9,91 12, Banheiro 2,30 1,80 4,14 8, Dormitório 1 3,40 3,25 11,05 13, Hall 1,80 1,00 1,80 5, Tabela 2 A tabela acima apresenta o número de tomadas para cada cômodo, bem como a potência que lhes é atribuída. Observação: As células grifadas na tabela se referem à alínea b) da norma NBR Prof. Alexsander Furtado Carneiro Tomadas de uso específico Seguem abaixo as recomendações da norma para tomadas de uso específico: a) às tomadas de uso específico deve ser atribuída uma potência igual à potência

22 nominal do equipamento a ser alimentado; a) quando não for conhecida a potência nominal do equipamento a ser alimentado, deve-se atribuir à tomada de corrente uma potência igual à potência nominal do equipamento mais potente com possibilidade de ser ligado, ou a potência determinada a partir da corrente nominal da tomada e da tensão do respectivo circuito; b) as tomadas de uso específico devem ser instaladas, no máximo, a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado. Para a nossa planta de exemplo, iremos considerar as seguintes tomadas de uso específico: Uma torneira elétrica na cozinha de 5000 W; Uma geladeira na cozinha de 500 W; 22 Um chuveiro no banheiro de 5600 W; Uma máquina de lavar roupa na área de serviço de 1000 W. Reunindo os dados de potência, temos a tabela abaixo: Eletrotécnica Cômodo L C A P Potência de iluminação Nº de tomadas de uso geral Potência de tomadas de uso geral Nº de tomadas de uso específico Potência de tomadas de uso específico Área de Serviço 3,40 1,75 5,95 10, Cozinha 3,05 3,75 11,44 13, Dormitório 2 3,40 3,15 10,71 13, Copa 3,05 3,10 9,46 12, Sala 3,05 3,25 9,91 12, Banheiro 2,30 1,80 4,14 8, Dormitório 1 3,40 3,25 11,05 13, Hall 1,80 1,00 1,80 5, Tabela Definição do tipo de entrada Depois de realizado o levantamento de todas as potências da residência, observamos que as potências de iluminação e de tomadas de uso geral estão apresentadas na sua potência aparente, sendo necessária a sua transformação para potência ativa. Para isso, vamos definir que o FP para iluminação é igual a 1 e para tomadas de uso geral, igual a 0,8. Obtidos todos os valores de potência, definimos a carga total do projeto. O Regulamento de Instalações Consumidoras (RIC) da RGE, concessionária de energia de Passo Fundo, informa que serão atendidas em tensão secundária as instalações com carga instalada de até 75 kw.

23 Para atendimento de prédios de múltiplas unidades consumidoras residenciais e/ou mistos com demanda total superior a 115 kva, deverá ser prevista uma área do condomínio para o(s) posto(s) de transformação de uso exclusivo, conforme RIC de MT. O RIC define três tipos de fornecimento, conforme o número de fases: Tipo A monofásico dois condutores (uma fase e o neutro). Tipo B bifásico três condutores (duas fases e o neutro). Tipo C trifásico quatro condutores (três fases e o neutro). Conforme o RIC, em Passo Fundo, a tensão de alimentação trifásica é 380/220. Como a potência calculada é de W, para essa instalação o tipo de entrada será B2 (carga instalada abaixo de 25 kw). Dessa forma, o próprio RIC definiu o disjuntor de proteção da entrada (disjuntor termomagnético de 50 A), o condutor de entrada (10mm²), eletroduto de entrada (aço 20mm² e PVC 25mm²) e por final o limite de potência que pode ser ligada (motor de máquina de solda de 3CV monofásico e 5CV bifásico) Divisão das instalações Agora que temos o tipo de entrada do nosso projeto de exemplo, devemos iniciar a divisão da instalação. Para tanto, vamos seguir o que é indicado na norma NBR Qualquer instalação deve ser dividida, de acordo com as necessidades, em vários circuitos, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de realimentação inadvertida, através de outro circuito Qualquer instalação deve ser dividida em tantos circuitos quantos forem necessários, de forma a proporcionar facilidade de inspeção, ensaios e manutenção, bem como evitar que, por ocasião de um defeito em um circuito, toda uma área fique desprovida de alimentação (por exemplo, circuitos de iluminação) Circuitos de distribuição distintos devem ser previstos para partes das instalações que necessitem de controle específico, de tal forma que estes circuitos não sejam afetados pelas falhas de outros (por exemplo: minuteiras, circuitos de supervisão predial, etc.) Em função da ocupação do local e da distribuição de circuitos efetuada, deve-se prever a possibilidade de ampliações futuras, com a utilização de circuitos terminais futuros. Tal necessidade, conforme mencionado em , deverá se refletir, ainda, na taxa de ocupação dos condutos elétricos e quadros de distribuição Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser previstos circuitos terminais distintos para iluminação e tomadas de corrente Em unidades residenciais e acomodações (quartos ou apartamentos) de hotéis, motéis e similares, devem ser previstos circuitos independentes para cada equipamento com corrente nominal superior a 10 A Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível Quando houver alimentação a partir de vários sistemas (subestação, gerador, etc.), o conjunto de circuitos alimentados por cada sistema constitui uma instalação. Cada uma delas deve ser claramente diferenciada das outras, observando-se que: a) um quadro de distribuição só deve possuir componentes pertencentes a uma única instalação, com exceção de circuitos de sinalização e comando e de conjuntos de manobra especialmente projetados para efetuar o intercâmbio das fontes de alimentação; b) os condutos fechados só devem conter condutores de uma única instalação; c) nos condutos abertos, bem como nas linhas constituídas por cabos fi xados diretamente em paredes ou tetos, podem ser instalados condutores de instalações diferentes, desde que adequadamente identifi cados. Prof. Alexsander Furtado Carneiro

24 Voltando a nossa planta de exemplo e seguindo as recomendações da norma, iremos dividir a instalação em seis circuitos, assim distribuídos: Circuito 1 Iluminação social Circuito 2 Iluminação de serviço Circuito 3 Pontos de tomadas de uso geral Circuito 4 Pontos de tomadas de uso geral Circuito 5 Torneira elétrica e geladeira Circuito 6 Chuveiro elétrico Circuito 7 Máquina de lavar 24 Nº do CKT Descrição do circuito Potência de iluminação Nº de tomadas de uso geral Potência de tomadas de uso geral Nº de tomadas de uso específico Potência de tomadas de uso específico Potência Total Fase (S e R) 1 Iluminação social S 2 Iluminação de serviço R 3 Uso geral - direito S 4 Uso geral - esquerdo R 5 Torneira elétrica e geladeira R 6 Chuveiro S 7 Máquina de lavar R Eletrotécnica Tabela 4 Na planilha acima, temos a divisão dos circuitos, discriminadas as potências de cada circuito e assinalada a fase em que o mesmo será atribuído. A soma de potências na Fase S é de 9160 W e na Fase, de R 9440 W, sendo uma diferença de aproximadamente 3%. Portanto, o projeto está bem equilibrado, haja vista que os circuitos estão divididos de igual forma, pois ambos possuem um circuito de iluminação, tomadas de uso geral e tomadas de uso específico. 3.5 Cálculo da corrente dos circuitos Já sabemos a potência de cada circuito. A partir de agora, iremos calcular a sua corrente, que será utilizada para o dimensionamento da fiação e das proteções contra sobrecarga e corrente de curto-circuito. Outra informação importante é que o dimensionamento da fiação deve ser realizado com base na potência aparente. A tabela abaixo apresenta as correntes para cada circuito. Nº do CKT Descrição do circuito Potência total Fase (S e R) Corrente (A) 1 Iluminação social 520 S 2,36 2 Iluminação de serviço 460 R 2,09 3 Uso geral direito 3800 S 17,27 4 Uso geral - esquerdo 3100 R 14,09 5 Torneira elétrica e geladeira 5500 R 25,00 6 Chuveiro 5600 S 25,45 7 Máquina de lavar 1000 R 4,55 Tabela 5

25 3.6 Cálculo da corrente de distribuição Para o cálculo da corrente de entrada, deve ser utilizado o fator de demanda. O RIC utilizado no estado do Rio Grande do Sul traz o anexo D para os diversos tipos de demanda a ser considerada na hora do projeto do circuito. Para fins de estudo, iremos utilizar o fator de demanda para iluminação e tomadas de uso geral. Para tanto, a potência a ser considerada é de 6500 W. 25 Prof. Alexsander Furtado Carneiro Figura 9 Anexo D (RIC da RGE, CEEE e AES SUL). Observando o RIC, podemos ver que o nosso projeto se enquadra na faixa de fator

26 demanda de 0, Dimensionamento da fiação da instalação Nessa fase do projeto, algumas informações devem ser definidas, antes que possamos realizar o dimensionamento da fiação. Segue abaixo a relação de itens que devem ser definidos: O tipo de instalação (no nosso exemplo, o tipo de instalação elétrica será a A1 Eletroduto embutido na parede); A localização do quadro de comando; Quantos circuitos irão passar por cada eletroduto. Com essas definições, podemos realizar o dimensionamento da fiação do circuito. A norma NBR 5410 traz, na tabela, 28 tipos padrão de instalações que podem ser realizadas. O dimensionamento da fiação utiliza duas importantes informações: a primeira é a corrente e a segunda, a distância da corrente até o quadro de comando para cálculo da queda de tensão. A norma exige que tenhamos no máximo 7% para o ramal de alimentação e 5% para os ramais internos. Antes de tudo, iremos realizar o dimensionamento, seguindo o critério da corrente. No nosso circuito, já temos os valores de corrente que estão presentes na tabela 5 e o tipo de linha que iremos utilizar (A1). Eletrotécnica

27 27 Tabela - Capacidades de condução de corrente, em ampères, para os métodos de referência A1, A2, B1, B2, C e D tabela 36 da NBR 5410 A NBR traz, também, fatores de correção, conforme o tipo de isolação do condutor, lembrando que a norma estabelece o condutor mínimo para iluminação e de tomadas de uso geral, sendo 1,5mm e 2,5mm, respectivamente. Nº do CKT Descrição do circuito Potência Total Fase (S e R) Corrente (A) Fiação 1 Iluminação social 520 S 2, Iluminação de serviço 460 R 2,09 1,5 3 Uso geral - direito 3800 S 17, Uso geral - esquerdo 3100 R 14, Torneira elétrica e geladeira 5500 R 25, Chuveiro 5600 S 25, Máquina de lavar 1000 R 4,55 2,5 Prof. Alexsander Furtado Carneiro 3.8 Dimensionamento da fiação segundo o critério de queda de tensão A queda de tensão provocada pela passagem de corrente elétrica nos condutores dos circuitos de uma instalação deve estar dentro de determinados limites máximos, a fim de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos de utilização ligados aos circuitos terminais. Uma tensão inferior ao valor nominal é capaz de provocar redução de iluminância em

28 circuitos de iluminação, redução de torque ou impossibilidade de partida de motores, podendo, ainda, reduzir a vida útil dos equipamentos. Existe um método simplificado feito para calcular a queda de tensão em circuitos com pequenas cargas. Esse método pode ser aplicado a circuitos terminais de instalações de casas e apartamentos, nos quais se tem diversas cargas (lâmpadas e tomadas) distribuídas. O método tem por base o emprego das tabelas Watts metros referentes, respectivamente, às tensões 110 V e 220 V. O valor Σ(P(Watts) l(metros)) representa: P: Potência da carga, em watts; l: Distância, em metros, da carga ao quadro que a alimenta. 28 Soma dos produtos potências (Watts) x distâncias (m) V = 110 Volts (V) Circuito a dois condutores. Soma dos produtos potências (Watts) x distâncias (m) V = 220 Volts (V) Eletrotécnica 3.9 Dimensionamento da proteção A seleção do disjuntor, termomagnético ou DR, para proteção contra sobrecarga, ocorre a partir da curva de característica de disparo do disjuntor. Os disjuntores de curva B são apropriados para proteção de circuitos que alimentam cargas com características predominantemente resistivas, como lâmpadas incandescentes, chuveiros, torneiras e aquecedores elétricos, além dos circuitos de tomadas de uso geral. Os disjuntores de curva C são apropriados para proteção de circuitos que alimentam, especificamente, cargas de natureza indutiva que apresentam picos de corrente no momento de ligação, como micro-ondas, geladeiras, máquinas de lavar, ar condicionado, motores para bombas, além de tomadas das áreas de serviço. Os disjuntores de curva D são apropriados para proteção de circuitos que alimentam cargas altamente indutivas que apresentam elevados picos de corrente no momento de liga-

29 ção, como grandes motores, transformadores, além de circuitos com cargas de características semelhantes a essas. Características nominais do disjuntor termomagnético: Número de polos; tensão nominal; frequência; capacidade de ruptura (ka); corrente nominal (A); faixa de ajuste do disparador magnético (caso opcional); faixa de ajuste do disparador térmico (caso opcional). 29 Linha de disjuntores NEMA GE Um dispositivo de proteção contra correntes de sobrecarga funciona corretamente se: Sua corrente nominal, ou de ajuste for igual ou superior à corrente de projeto do circuito, porém inferior à capacidade de condução de corrente dos condutores do circuito. OBS: Geralmente, a corrente de projeto utiliza 80% da capacidade da corrente nominal do disjuntor. Prof. Alexsander Furtado Carneiro

30 Na tabela abaixo, a última coluna apresenta o disjuntor escolhido para cada circuito. Nº do CKT Descrição do circuito Potência Total Fase (S e R) Corrente (A) Fiação Corrente máxima dos condutores Disjuntor 30 1 Iluminação social 520 S 2, , Iluminação de serviço 460 R 2,09 1,5 14, Uso geral - direito 3800 S 17, , Uso geral - esquerdo 3100 R 14, , Torneira elétrica e geladeira 5500 R 25, Chuveiro 5600 S 25, Máquina de lavar 1000 R 4,55 2,5 19, Dimensionamento do dispositivo DR A utilização de proteção diferencial residual (disjuntor ou interruptor) de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a: Tomadas de corrente em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens; Tomadas de corrente em áreas externas; Tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas, possam alimentar equipamentos de uso em áreas externas; Pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro. NOTA: os circuitos não relacionados nas recomendações e exigências acima poderão ser protegidos apenas por disjuntores termomagnéticos (DTM). Eletrotécnica Dimensionar o dispositivo DR é determinar o valor da corrente nominal e da corrente diferencial-residual nominal de atuação de tal forma que se garanta a proteção das pessoas contra choques elétricos que possam colocar sua vida em risco. Corrente diferencial - residual nominal de atuação Corrente nominal A NBR 5410 estabelece que o valor maximo para esta corrente é de 30mA (trinta mili ampères). De um modo geral, as correntes nominais típicas disponiveis no mercado seja para Disjuntores DR ou Interruptores DR são: 25, 40, 63, 80 e 100A. O dispositivo DR deve ser escolhido conforme o disjuntor de proteção do circuito.

31 Corrente nominal do disjuntor (A) 10, 15, 20, 25 30, 40 50, , 100 Corrente nominal mínima do IDR (A) A tabela abaixo mostra qual DR vai ser utilizado na planta exemplo. Nº do CKT Descrição do circuito Potência Total Fase (S e R) Corrente (A) Fiação Corrente máxima dos condutores Disjuntor DR 31 1 Iluminação social 520 S 2, , Iluminação de serviço 460 R 2,09 1,5 14, Uso geral - direito 3800 S 17, , Uso geral - esquerdo 3100 R 14, , Torneira elétrica e geladeira 5500 R 25, Chuveiro 5600 S 25, Máquina de lavar 1000 R 4,55 2,5 19, Dimensionamento da tubulação De acordo com o manual da PRYSMIAN, para instalações elétricas residenciais, é obrigatório que os condutores não ocupem mais que 40% da área útil dos eletrodutos. Para dimensionar os eletrodutos, basta saber o número de condutores no eletroduto e a maior seção destes. 60% 40% Condutores Diâmetro interno Esse procedimento descrito no manual da PRYSMIAN pode ser utilizado para instalações simples, nas quais o comprimento do trecho de eletrodutos esteja dentro dos limites de comprimento máximo. Prof. Alexsander Furtado Carneiro

32 Tabela para dimensionamento dos eletrodutos de PVC. 32 Eletrotécnica Exemplo: Em um trecho do eletroduto, estão inseridos seis condutores, sendo a maior seção dos condutores de 4 mm2. De acordo com a tabela acima, o tamanho nominal do eletroduto é de 20 mm2. Sendo assim, é necessária a planta com a representação gráfica da fiação com as seções dos condutores indicados. De acordo com a NBR-5410, a taxa máxima de ocupação em relação à área de seção transversal dos eletrodutos não deve ser superior a: a) 53% no caso de um condutor (fio ou cabo); b) 31% no caso de dois condutores (fios ou cabos); c) 40% no caso de três ou mais condutores (fios ou cabos). Eletrodutos de PVC rígido roscável classe A (NBR 6150).

33 33 Prof. Alexsander Furtado Carneiro A figura acima mostra o projeto da planta exemplo pronto.

34 EXERCÍCIOS 1) Dimensionar os condutores para um circuito terminal (F-F) de um chuveiro elétrico, dados: Pn =4500 W; V = 220 V; condutores de isolação PVC; eletroduto de PVC embutido em alvenaria método B1; temperatura ambiente de 30 distância 20m. Dimensionar pelos três métodos. 34 Eletrotécnica 2) Considerando o circuito terminal do exercício anterior e supondo que ele esteja instalado em um eletroduto, no qual, em certo trecho, também estejam mais três circuitos monofásicos (F-N), determine a nova bitola do condutor do circuito que alimenta o chuveiro.

35 3) Dimensionar o circuito terminal de um apartamento cujas cargas estão representadas na figura (instalação em eletroduto de PVC embutido em alvenaria; temperatura ambiente 30 o C; isolação PVC; tensão 127 V). Utilizar fator de potência ) Dimensionar os condutores de neutro e proteção dos exercícios 1, 2 e 3. 5) Dimensionar os eletrodutos dos exercícios 1, 2, e 3. 6) Dimensionar o dispositivo de proteção para o circuito abaixo, sabendo que ele é constituído de condutores unipolares de cobre com isolação de PVC e está instalado em eletroduto de PVC embutido em alvenaria. Prof. Alexsander Furtado Carneiro

36 Transformador É um equipamento que transfere energia entre seus enrolamentos, provocando a variação de valores de tensão e corrente, mas mantendo constantes os valores de potência e de frequência Partes do transformador O transformador é composto, basicamente, de três partes: Enrolamento primário (enrolamento que recebe a tensão); Enrolamento secundário (enrolamento que fornece a tensão); Núcleo (parte de ferromagnético em que o fluxo magnético percorre). Enrolamento Primário Enrolamento Secundário Vp a.c Np Ns carga Eletrotécnica 4.2 Princípio de funcionamento No transformador, vemos alguns conceitos importantes do eletromagnetismo, dentre eles a experiência de Oersted, que foi realizada em uma audiência pública em 1820, durante a qual ele fez passar uma corrente elétrica por um fio. Próxima do condutor estava uma bússola. Desde que não seja perturbada, qualquer bússola orienta-se para o Norte. Oerted verificou que, quando a corrente elétrica atravessava o fio, a bússola desviava-se, passando a orientar-se de uma forma perpendicular ao fio. Outro conceito importante é a Lei de Faraday, na qual todo condutor mergulhado em um campo magnético variável terá em seus terminais uma fem (força eletromotriz) induzida. Portanto, se aplicarmos, no enrolamento primário do transformador, uma tensão alternada, observaremos o aparecimento de uma corrente elétrica, denominada corrente de excitação. Essa corrente se cria no enrolamento primário um fluxo (Đm), que circulará pelo núcleo de ferro, passando pelo enrolamento secundário. Se a corrente de excitação for alternada, o fluxo produzido também será alternado, o que provocará o aparecimento de uma fem (força eletromotriz) induzida no enrolamento secundário. Nesse ponto, foi considerado o transformador ideal, isto é, sem perdas, e o secundário está em aberto (sem carga).

37 4.3 Transformador ideal 37 O transformador ideal traz algumas relações que são úteis para o estudo de transformadores. A principal delas é que a potência de entrada é igual à potência de saída. Com isso, chegamos a uma outra relação: Igualmente importante é a relação do número de voltas das bobinas do primário e do secundário: Exercício: Um transformador possui uma potência nominal de 1 kva e tensão no primário de 220 V. No seu enrolamento primário, ele possui 500 espiras e no secundário, 250 espiras. Qual a corrente no primário, no secundário e qual a tensão de saída? Prof. Alexsander Furtado Carneiro

38 4.4 Transformador com perdas No transformador, quando consideramos as perdas, temos os seguintes parâmetros: G, que considera as perdas de potência no núcleo por histerese e correntes parasitas; B, que é uma suscetância indutiva que considera o armazenamento de energia; R, que é a resistência equivalente que considera as resistências de ambos os enrolamentos, vista no secundário; X, que é a reatância equivalente que considera as perdas por dispersões magnéticas em ambos os enrolamentos, vista no secundário. i 1 R X i 2 38 i E i c V 1 ai 2 G i M i 2 av 2 Figura 10 Modelo de transformador com perdas. Os parâmetros acima relacionados são determinados por dois testes com o transformador. 4.5 Teste de circuito aberto Nesse teste, deve-se deixar o secundário vazio, medir a tensão no secundário, tensão no primário, corrente no primário e potência no primário. Como nesse caso a potência nos enrolamentos é muito baixa, podemos desconsiderá- -la, e a potência medida será somente as perdas no núcleo. Eletrotécnica 4.6 Teste de curto-circuito Nesse teste, deve-se colocar o secundário em curto-circuito, medir a corrente no secundário, tensão no primário, corrente no primário e potência no primário. O teste de curto-circuito consiste em alimentar o primário com uma fonte de tensão variável e elevar a tensão até que o secundário atinja a corrente nominal. Como a tensão no primário será muito baixa, a densidade de fluxo também será baixa. Nesse caso, podemos desconsiderar as perdas no núcleo.

39 Exercício: O primário de um transformador tem capacidade nominal de 10 A e 1000 V. Em circuito aberto, os instrumentos conectados no primário indicaram 0,42 A e 100 W. Já o voltímetro colocado no secundário indicou 500 V. Em curto circuito, obteve-se 400 W e 125 V no primário. Determine os parâmetros do transformador Rendimento do transformador Considerando as perdas do transformador, podemos determinar o seu rendimento, ou seja, quanto da potência de entrada realmente é entregue à carga. 4.8 Tipos de transformadores Transformador Trifásico Prof. Alexsander Furtado Carneiro Os transformadores trifásicos são utilizados para a redução ou elevação da tensão do sistema trifásico. Sua construção é semelhante à do transformador monofásico. Porém, em vez de termos um único par de enrolamentos (enrolamento primário e enrolamento secundário), no transformador trifásico temos três pares de enrolamentos. A ligação do transformador trifásico pode ser de duas maneiras:

40 40 Na ligação em estrela, existe a possibilidade de utilização de um condutor neutro. Temos a tensão de fase menor que a tensão de linha, e a corrente de linha é igual à corrente de fase. Na ligação em triângulo, a tensão de linha é igual à tensão de fase e a corrente de fase é menor que a corrente de linha. É possível a ligação de três transformadores monofásicos para fazer a transformação de um sistema trifásico, porém os três transformadores devem ser iguais nas suas características. Eletrotécnica Transformador de potencial É um transformador utilizado para a redução de tensão alta e média para valores de baixa tensão. Sua principal utilização é para a medição (concessionária de energia) e proteção. Os transformadores de potencial são projetados para uma tensão secundária nominal de 115 V, embora possam ser encontrados transformadores de potencial com outros valores de saída Transformador de corrente Quando o enrolamento primário do transformador de corrente é atravessado por uma corrente, no primário irá aparecer uma corrente menor, porém com uma relação conhecida. Esse tipo de transformador é utilizado em aparelhos de medida e de proteção Autotransformador Possui apenas um enrolamento, considerando que o enrolamento secundário deriva do enrolamento primário.

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