13 - INSTALAÇÕES DE FORÇA MOTRIZ

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "13 - INSTALAÇÕES DE FORÇA MOTRIZ"

Transcrição

1 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini Introdução 13 - INSTALAÇÕES DE FORÇA MOTRIZ Existem três configurações básicas para alimentação de motores que operam em condições normais. A primeira delas é a dos circuitos terminais individuais, isto é, para cada circuito terminal um motor, conforme mostrado na Figura Figura 13.1: Circuito terminal individual para alimentação de motores. Quadro Terminal M1 M2 M3 Carga Circuito Terminal 1 Circuito Terminal 2 Circuito Terminal 3 Circuito Terminal 4 O tipo da instalação ilustrado na Figura 1 é o caso típico encontrado em sistemas industriais e comerciais de maior porte ma outra configuração muito utilizada para alimentação de motores, e outras cargas de força, é por circuito de distribuição com derivações para circuitos terminais específicos. A Figura 13.2 apresenta um exemplo deste tipo de instalação. Figura 13.2: Circuito de distribuição com derivações de circuitos terminais. Quadro de distribuição Circuito de Distribuição Circuitos de Distribuição que alimentam outras cargas M1 M2 M3 Circuito Terminal 1 Circuito Terminal 2 Circuito Terminal 3

2 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 105 A terceira e última configuração de circuitos para motores é o circuito terminal com várias cargas. m único circuito terminal alimenta vários motores à semelhança dos circuitos de iluminação ou de tomadas para uso geral. Esse tipo de alimentação só deve ser aplicado quando os motores forem de pequeno porte, da ordem de 1 cv. A Figura 13.3 retrata esse tipo de instalação. Figura 13.3: Circuito terminal alimentando vários motores. Quadro Terminal Circuito Terminal Circuitos Terminais que alimentam outras cargas M1 M2 M3 Os circuitos terminais de motores exigem dispositivos específicos que os diferem dos circuitos comuns para alimentação e tomadas. Na origem do circuito terminal deve existir um dispositivo de seccionamento que só deve ser operado sem carga, isto é, com o motor desligado. Sua finalidade é promover o seccionamento para fins de manutenção do circuito. Em seguida, deve existir o dispositivo de proteção contra correntes de curto circuito. Destaca-se que são os condutores que devem ser protegidos, e não o motor propriamente dito. A proteção dos condutores deve ser completada com a utilização de dispositivos de proteção contra correntes de sobrecargas, que devem proteger principalmente as bobinas do enrolamento do motor. Por fim, o circuito terminal deve contar com um dispositivo de manobra para ligar e desligar o motor de forma segura, tarefa típica dos contatores. A Figura 13.4 mostra esquematicamente o circuito terminal de alimentação de um motor. Figura 13.4: Esquema de um circuito terminal de um motor. Seccionamento Proteção contra curto-circuito Dispositivo de manobra (liga/ desliga) Proteção contra sobrecarga Motor

3 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 106 Para atender às exigências funcionais do circuito terminal do motor, existem algumas montagens clássicas dos dispositivos: seccionador / fusível / relé térmico / contator; seccionador-fusível / relé térmico / contator; disjuntor termomagnético / contator Dimensionamento dos condutores do circuito terminal O dimensionamento dos condutores do circuito terminal do motor deve atender aos critérios de capacidade de corrente e da máxima queda de tensão. A corrente do motor a ser considerada é a corrente nominal do motor, obtida em catálogos ou determinada pela seguinte relação: I NM Pmec fp η sendo: Pmec potência mecânica do motor [cv]; tensão nominal de alimentação do motor [V]; fp fator de potência do motor; η rendimento do motor; I NM corrente nominal do motor [A]. Como o motor pode ter um fator de serviço (FS) maior que 1, a capacidade de condução do condutor (I Z ) deve ser superior ao valor da corrente nominal corrigida pelo fator de serviço para o caso de um circuito terminal que alimente um único motor. I Z FS x I NM Para motores com mais de uma potência, como ocorre em alguns casos, o condutor selecionado deve suportar a pior condição possível. Ou seja, devese adotar o de maior seção. Em caso de motores que trabalhem em ciclos de operação com potência variável ou de forma intermitente, a capacidade de condução do condutor deve ser superior à máxima corrente absorvida durante o ciclo de operação. Se um circuito terminal alimenta mais de um motor, deve-se considerar o somatório de correntes, segundo a relação seguinte: n I Z FSi I M i i 1 sendo: FS i fator de serviço do motor i; I Mi corrente nominal do motor i. Para circuitos terminais em instalações residenciais e comerciais que alimentam motores e outras cargas, deve-se considerar a corrente dessas cargas, conforme mostra a relação seguinte:

4 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 107 I Z n FSi I M i + I i 1 j 1 n cj sendo I Cj a corrente da carga j. ma vez determinada a seção do condutor pelo critério da capacidade de corrente, deve-se verificar se ele atende às condições impostas pela queda de tensão. Em situações normais, a queda de tensão total entre a origem da rede de baixa tensão e os terminais do motor deve ser inferior a 4% em instalações alimentadas por rede pública de baixa tensão, e a 7% em instalações alimentadas por transformadores próprios. Durante o processo de partida do motor, a queda de tensão máxima permitida é de 10% entre a origem da instalação e os terminais do dispositivo de partida do motor, e as demais condições devem ser respeitadas. O cálculo da queda de tensão na partida deve ser feito com o valor da corrente de partida e considerando-se fator de potência de 3. Nas condições de operação considera-se o fator de potência nominal do motor. Assim, não é possível utilizar as tabelas de queda de tensão dos fabricantes, pois elas são elaboradas considerando fatores de potência de 95 e 8. Portanto, no caso dos motores, a queda de tensão deve ser calculada através da expressão seguinte: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) sendo: queda de tensão [V]; L comprimento do circuito [km]; I corrente do circuito [A] (corrente nominal do motor, em situação de regime, ou corrente de partida do motor); r resistência elétrica do condutor (Ω/km); XL reatância indutiva do condutor (Ω/km0; cos Φ fator de potência pode ser o nominal do motor, durante o regime, ou 3 durante a partida; 2 sen Φ 1 cos Φ. A resistência de um condutor é fornecida pelo fabricante. Já a reatância indutiva dos condutores depende da maneira de sua instalação. Para nossos cálculos, vamos considerar valores médios apresentados na Tabela 13.1.

5 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 108 Tabela 13.1: Resistência e reatância indutiva dos condutores. Seção [mm 2 R [Ω/km] X L [Ω/km] 1,5 14, ,5 8, , , , , Ressalta-se que todos os conceitos utilizados no dimensionamento de condutores de circuitos normais também são válidos para o dimensionamento dos circuitos de motores (maneira de instalar, fatores de correção, etc). Também é importante considerar que norma NBR 5410 exige uma seção mínima de 2,5 mm 2 para os circuitos de força. Exemplo 13.1: Dimensionar os cabos de cobre com isolação PVC para alimentar um motor elétrico trifásico de 20 cv, 380 V. Os condutores são instalados em eletroduto de PVC embutido em alvenaria. A temperatura ambiente é de 30 o C e há somente um circuito no eletroduto. A queda de tensão na partida é de, no máximo, 10% e na operação de 7%. O comprimento do circuito é de 40 m. Dados do motor: I p /I NM 8,3; FS 1,25; η 89%; fp 86 Solução. Maneira de instalar: B5 (Tabela 3). 3 condutores carregados (motor trifásico). Cálculo da corrente nominal do motor: I Pmec fp η I NM NM 29,2 A Os fatores de correção valem: f1 1,0 (30 o C) e f2 1,0 (um circuito no eletroduto). Logo, não há necessidade de corrigir a corrente do motor.

6 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 109 A capacidade exigida pelos condutores deve atender a seguinte condição: I Z FS x I NM I Z 1,25 x 29,2 I Z 36,8 A. Da Tabela 5 obtém-se a seção dos condutores: 10 mm 2 (I Z 50 A). Deve-se verificar a queda de tensão em dois casos: na partida e em operação normal. Queda de tensão na partida: I p 8,3 x I NM 8,3 x 29,2 I p 242,36 [A]. O valor da queda de tensão pode ser obtido por: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 10 mm 2 : r 2,19 [Ω/km]; X L 15 [Ω/km] , 36 ( 2, ) 13, 42[ 13, 42 % 100 % 100 3, 53% 380 Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 10 mm 2 atende essa condição. Verificação da queda de tensão em operação normal: , 8 ( 2, ) 5, 05[ 5, 05 % 100 % 100 1, 33% 380 Como a queda de tensão máxima permitida em regime é de 7%, o condutor de 10 mm 2 atende essa condição. Exemplo 13.2: m circuito terminal alimenta 3 motores trifásicos, M1, M2 e M3. Dimensionar os condutores de cobre com isolação PVC desse circuito terminal. Dados do problema: V; L 45 m; 1 circuito no eletroduto; eletroduto de PVC instalado em alvenaria; temperatura ambiente de 30 o C. queda de tensão percentual na partida de 10% e em regime de 4%.

7 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 110 Dados dos motores: Motor 1 Motor 2 Motor 3 Potência: 75 cv Potência: 25 cv Potência: 5 cv Ip 6,2 x I NM Ip 4,7 x I NM Ip 5,5 x I NM fp 85 fp 75 fp 83 η 75% η 62% η 69% FS 1 1,25 FS 2 1,35 FS 3 1,25 a) cálculo das correntes dos motores: Solução Pmec INM1 INM1 2,27 A 3 fp η Pmec INM2 INM2 1,04 A 3 fp η Pmec INM3 INM3 1,69 A 3 fp η Como os fatores de correção valem: f1 1,0 (30 o C) e f2 1,0 (um circuito no eletroduto), não há necessidade de corrigir as correntes dos motores. b) critério da máxima corrente admissível. Como o circuito terminal alimenta mais de um motor, a capacidade de condução do condutor (Iz) deve ser obtida através de: I Z n I Z FSi I M i i 1 1,25 2,27 + 1,35 1,04 + 1,25 1,69 I Z 6,35 [A] Da Tabela 5 obtém-se Iz 1 mm 2. Porém a norma NBR 5410 exige, para circuitos de força, um condutor mínimo de 2,5 mm 2, que será utilizado se atender o critério da queda de tensão. c) Critério da máxima queda de tensão admissível na partida. Deve-se considerar a partida simultânea dos três motores. Assim, tem-se: I pm1 6,2 x I NM1 6,2 x 2,27 I pm1 14,07 [A]; I pm2 4,7 x I NM2 4,7 x 1,04 I pm2 4,89 [A];

8 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 111 I pm3 5,5 x I NM3 5,5 x 1,69 I pm3 9,29 [A]; I ptotal I pm1 + I pm2 + I pm3 14,07 + 4,89 + 9,29 I ptotal 28,25 [A]. O valor da queda de tensão pode ser obtido por: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 2,5 mm 2 : r 8,87 [Ω/km]; X L 16 [Ω/km] , 25 ( 8, ) 6, 19[ 6, 19 % 100 % 100 2, 81% Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 2,5 mm 2 atende essa condição. d) Critério da máxima queda de tensão admissível em regime. tiliza-se a soma das correntes nominais de cada motor corrigida pelo fator de serviço dos motores. Assim, tem-se: I NTotal 6,35 [A]. O valor da queda de tensão pode ser obtido por: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 2,5 mm 2 : r 8,87 [Ω/km]; X L 16 [Ω/km]. Vamos considerar um fator de potência médio dos três motores: fp médio fp 3 médio , 35 ( 8, ) 3, 61[ 3, 61 % 100 % 100 1, 64%

9 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 112 Como a queda de tensão máxima permitida em regime é de 4%, o condutor de 2,5 mm 2 atende essa condição. Exemplo 13.3: Dimensionar os cabos de cobre com isolação PVC para alimentar um motor elétrico trifásico de 50 cv, V. Os condutores são instalados em eletroduto de PVC embutido em alvenaria. A temperatura ambiente é de 30 o C e há somente um circuito no eletroduto. A queda de tensão na partida é de, no máximo, 10% e na operação de 5%. O comprimento do circuito é de 95 m. Dados do motor: I p /I NM 7,6; FS 1,15; η 92,2%; fp 87 Solução. Maneira de instalar: B5 (Tabela 3). 3 condutores carregados (motor trifásico). Cálculo da corrente nominal do motor: I Pmec fp η I NM NM 4 Os fatores de correção valem: f1 1,0 (30 o C) e f2 1,0 (um circuito no eletroduto). Logo, não há necessidade de corrigir a corrente do motor. A capacidade exigida pelos condutores deve atender a seguinte condição: I Z FS x I NM I Z 1,15 x 124 I Z 138,46 A. Da Tabela 5 obtém-se a seção dos condutores: 70 mm 2 (I Z 149 A). Deve-se verificar a queda de tensão em dois casos: na partida e em operação normal. A [A]. Queda de tensão na partida: I p 7,6 x I NM 7,6 x 138,46 I p 1052,3 O valor da queda de tensão pode ser obtido por: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 70 mm 2 : r 32 [Ω/km]; X L 12 [Ω/km] , 3 ( ) 36, 36[

10 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini , 36 % 100 % , 53% Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 70 mm 2 não atende essa condição. Deve-se aumentar a seção do condutor e verificar novamente a queda de tensão na partida. A seção imediatamente superior a 70 mm 2 é de 95 mm 2. Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 95 mm 2 : r 23 [Ω/km]; X L 11 [Ω/km] , 3 ( ) 3 04[ 3 04 % 100 % , 66% Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 95 mm 2 não atende essa condição. Deve-se aumentar a seção do condutor e verificar novamente a queda de tensão na partida. A seção imediatamente superior a 95 mm 2 é de 120 mm 2. Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 120 mm 2 : r 19 [Ω/km]; X L 10 [Ω/km] , 3 ( ) 26, 32[ 26, 32 % 100 % % Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 120 mm 2 não atende essa condição. Deve-se aumentar a seção do condutor e verificar novamente a queda de tensão na partida. A seção imediatamente superior a 120 mm 2 é de 150 mm 2. Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 150 mm 2 : r 15 [Ω/km]; X L 09 [Ω/km].

11 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini , 3 ( ) 22, 6[ 22, 6 % 100 % 100 % 10% Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 150 mm 2 atende essa condição. Verificação da queda de tensão em operação normal: , 46 ( ) 3, 98[ 3, 98 % 100 % 100 1, 81% Como a queda de tensão máxima permitida em regime é de 5%, o condutor de 150 mm 2 atende essa condição. Exemplo 13.4: Repetir o Exemplo 13.3 considerando que o motor parte com o uso de uma chave compensadora de tap 65%. Solução. Maneira de instalar: B5 (Tabela 3). 3 condutores carregados (motor trifásico). Cálculo da corrente nominal do motor: I Pmec fp η I NM NM 4 Os fatores de correção valem: f1 1,0 (30 o C) e f2 1,0 (um circuito no eletroduto). Logo, não há necessidade de corrigir a corrente do motor. A capacidade exigida pelos condutores deve atender a seguinte condição: I Z FS x I NM I Z 1,15 x 124 I Z 138,46 A. Da Tabela 5 obtém-se a seção dos condutores: 70 mm 2 (I Z 149 A). Deve-se verificar a queda de tensão em dois casos: na partida e em operação normal. A [A]. Queda de tensão na partida: I p 7,6 x I NM 7,6 x 138,46 I p 1052,3

12 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 115 Como a partida é efetuada através de uma chave compensadora, a corrente de partida será reduzida. Assim, tem-se: ' 65 Ip' Ip Ip' Ip Ip' Ip 65 Ip' 1052, 3 65 Ip' 684[ A] O valor da queda de tensão pode ser obtido por: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 70 mm 2 : r 32 [Ω/km]; X L 12 [Ω/km] ( ) 23, 64[ 23, 64 % 100 % % Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 70 mm 2 não atende essa condição. Deve-se aumentar a seção do condutor e verificar novamente a queda de tensão na partida. A seção imediatamente superior a 70 mm 2 é de 95 mm 2. Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 95 mm 2 : r 23 [Ω/km]; X L 11 [Ω/km] ( ) 19, 53[ 19, 53 % 100 % 100 % 8, 87% Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 95 mm 2 atende essa condição. Verificação da queda de tensão em operação normal: , 46 ( ) 5, 79[

13 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 116 5, 79 % 100 % 100 % 2, 63% Como a queda de tensão máxima permitida em regime é de 5%, o condutor de 95 mm 2 atende essa condição. Os Exemplos 13.3 e 13.4 mostram a importância do uso de chaves de partida quando da instalação de motores de grande porte. De um condutor de 150 mm 2, considerando partida direta, passou-se para um condutor de 95 mm 2 com um dispositivo de partida Proteção contra curto-circuito. A NBR 5410 prescreve que todo circuito, inclusive os de força motriz, devem ser protegidos por dispositivos que interrompam a corrente, quando pelo menos um dos condutores for percorrido por uma corrente de curtocircuito. A interrupção deve ocorrer em um tempo suficientemente curto para evitar as deteriorações dos condutores. A norma aceita a utilização de fusíveis ou disjuntores para proteção exclusiva contra curto-circuitos. As formas construtivas mais comuns dos fusíveis aplicados nos circuitos de motores são os do tipo D e NH. O fusível tipo D é recomendado para uso residencial e industrial, uma vez que possui proteção contra contatos acidentais, podendo ser manipulado por pessoas não especializadas. Os fusíveis NH devem ser manuseados por pessoas qualificadas, sendo recomendados para ambientes industriais e similares. A NBR 5410 recomenda a proteção de circuitos terminais de motores por fusíveis com capacidade nominal dada por: sendo: I NF corrente nominal do fusível [A]; I p corrente de partida do motor [A]; k fator determinado pela Tabela I NF I p x k Tabela 13.2: Fator k para a determinação da corrente nominal do fusível. I p [A] k I p < I p I p > As Tabelas 13.3 e 13.4 apresentam valores de correntes nominais de fusíveis tipo D e tipo NH utilizados na proteção de motores elétricos.

14

15 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 118 Exemplo 13.5: Para o motor do exemplo 13.1, determinar os valores nominais do fusível tipo NH e do disjuntor termomagnético. Solução. a) Fusível tipo NH. Para o fusível a seguinte relação deve ser atendida: I NF I p x k Do exemplo 13.1 obtém-se o valor da corrente de partida do motor: I p 242,36 [A] I NF 242,36 x k Da Tabela 13.2 obtém-se o valor de k: k 4. I NF 242,36 x 4 I NF 96,94 [A] Consultando a Tabela 13.4 obtém-se um fusível de corrente nominal de 100 [A]. b) disjuntor termomagnético. Para o disjuntor a seguinte relação deve ser atendida: I p I DM 12 x I NM Do exemplo 13.1 obtém-se os valores da corrente de partida do motor e da corrente nominal do motor corrigida pelo fator de serviço. I p 242,36 [A]; I NM 36,8 [A]. 242,36 I DM 12 x 36,8 242,36 I DM 441,6 Consultando a Tabela 13.5 adota-se o disjuntor de código DMW25 25 que possui uma corrente de disparo magnética de 300 [A]. Respostas: a) fusível NH de 125 [A]; b) Disjuntor código DMW25 25, I DM 300 [A]

16 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini Proteção contra sobrecargas. O relé térmico é o dispositivo mais indicado para proteção contra sobrecarga. A norma NBR 5410 recomenda que o relé térmico seja ajustado para a corrente nominal do motor multiplicada pelo fator de serviço. Para os motores ligados em triângulo é preciso uma certa atenção para ajustar o relé, que tanto pode estar sujeito à corrente de linha como a uma corrente de fase. Assim, a corrente de ajuste do relé térmico é obtida pela seguinte relação: I ajuste FS x I NM sendo: I ajuste corrente de ajuste do relé térmico [A]; FS fator de serviço do motor; I NM corrente nominal do motor [A]. A Tabela 13.6 indica modelos de relés térmicos fabricados pela Siemens com as respectivas faixas de ajuste disponíveis, indicando os fusíveis D ou NH recomendados para a proteção contra curto-circuitos. Tabela 13.6: Relés térmicos e faixas de ajustes. Relé Faixa de ajuste [A] Fusíveis máximo (D ou NH) [A] 3A A A C A E ,6 3A G A J A A 1 1,6 6 3A C 1,6 2,5 6 3A E 2, A G 4 6,3 16 3A J 6, A K 8 12,5 16 3A G A J A A 1 1,6 6 3A C 1,6 2,5 6 3A E 2, A G 4 6,3 16 3A J 6, A A A C A J 6, A A A B 12, A D A R A D A F A P A A W A W A H A H /300 3A K /300 3A H A K /300 3A M /300 3A C / /355 3A D / A F A G /1000 3RB LG /1250

17 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 120 Exemplo 13.6: Para o motor dos exemplos 13.1 e 13.5, ajustar e escolher um relé térmico apropriado. Solução. A corrente de ajuste é determinada por: I ajuste FS x I NM Do exemplo 13.1 obtém-se os valores do fator de serviço e da corrente nominal do motor: FS 1,25; I NM 29,2 [A] I ajuste 1,25 x 29,2 I ajuste 36,8 [A]. Do exemplo 13,5 tem-se que o fusível NH adotado tem uma corrente nominal de 100 [A]. Assim, da Tabela 13.6 obtém-se: relé térmico 3A F com faixa de ajuste de [A]. Exemplo 13.7: Dois motores trifásicos de V são alimentados por circuitos terminais distintos. Esses circuitos contam com condutores de cobre com isolação PVC instalados em eletrodutos de PVC embutidos em alvenaria. Em cada eletroduto não há mais nenhum circuito e a temperatura ambiente é de 30 o C. Dimensionar os condutores, fusíveis NH e relés térmicos dos dois circuitos. Dados dos motores: Motor 1 Motor 2 Potência: 25 cv Potência: 40 cv Ip 9,0 x I NM Ip 7,8 x I NM fp 85 fp 88 η 94% η 91% FS 1 1,15 FS 1 1,15 % partida 10% % partida 10% % operação 4% % operação 4% L 40 m L 25 m Solução Maneira de instalar: B5 (Tabela 3). 3 condutores carregados (motor trifásico). I Motor de 25 cv. a) especificação dos condutores.

18 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 121 Cálculo da corrente nominal do motor: Pmec INM INM 58,7 A 3 fp η Os fatores de correção valem: f1 1,0 (30 o C) e f2 1,0 (um circuito no eletroduto). Logo, não há necessidade de corrigir a corrente do motor. A capacidade exigida pelos condutores deve atender a seguinte condição: I Z FS x I NM I Z 1,15 x 58,7 I Z 67,51 A. Da Tabela 5 obtém-se a seção dos condutores: 16 mm 2 (I Z 68 A). Deve-se verificar a queda de tensão em dois casos: na partida e em operação normal. Queda de tensão na partida: I p 9,0 x I NM 9,0 x 58,7 Ip 528,3 [A]. O valor da queda de tensão pode ser obtido por: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 16 mm 2 : r 1,38 [Ω/km]; X L 14 [Ω/km] , 3 ( 1, ) 20[ 20 % 100 % 100 9, 1% Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 16 mm 2 atende essa condição. Verificação da queda de tensão em operação normal: , 51 ( 1, ) 5, 83[ 5, 83 % 100 % 100 2, 65% Como a queda de tensão máxima permitida em regime é de 4%, o condutor de 16 mm 2 atende essa condição.

19 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 122 b) especificação dos fusíveis. Para o fusível a seguinte relação deve ser atendida: I NF I p x k I p 528,3 [A] I NF 528,3 x k Da Tabela 13.2 obtém-se o valor de k: k 3. I NF 528,3 x 3 I NF 158,49 [A] Consultando a Tabela 13.4 obtém-se um fusível NH de corrente nominal de 160 [A]. c) especificação do relé térmico. A corrente de ajuste é determinada por: I ajuste FS x I NM I ajuste 1,15 x 58,07 62,84 [A] O fusível NH adotado tem uma corrente nominal de 160 [A]. Assim, da Tabela 13.6 obtém-se: relé térmico 3A com faixa de ajuste de [A]. II Motor de 40 cv. a) especificação dos condutores. Cálculo da corrente nominal do motor: Pmec INM INM 96,48 A 3 fp η Os fatores de correção valem: f1 1,0 (30 o C) e f2 1,0 (um circuito no eletroduto). Logo, não há necessidade de corrigir a corrente do motor. A capacidade exigida pelos condutores deve atender a seguinte condição:

20 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 123 I Z FS x I NM I Z 1,15 x 96,48 I Z 1195 A Da Tabela 5 obtém-se a seção dos condutores: 35 mm 2 (I Z 111 A). Deve-se verificar a queda de tensão em dois casos: na partida e em operação normal. [A]. Queda de tensão na partida: I p 7,8 x I NM 7,8 x 1195 Ip 865,41 O valor da queda de tensão pode ser obtido por: 3 L I ( r cos Φ + X L sen Φ) Da Tabela 13.1 obtêm-se para o condutor de 35 mm 2 : r 63 [Ω/km]; X L 13 [Ω/km] , 41 ( ) 11, 71[ 11, 71 % 100 % 100 5, 33% Como a queda de tensão máxima permitida na partida é de 10%, o condutor de 35 mm 2 atende essa condição. Verificação da queda de tensão em operação normal: ( ) 2, 96[ 2, 96 % 100 % 100 1, 35% Como a queda de tensão máxima permitida em regime é de 4%, o condutor de 35 mm 2 atende essa condição. b) especificação dos fusíveis. Para o fusível a seguinte relação deve ser atendida: I NF I p x k I p 865,41 [A]

21 Instalações Elétricas Professor Luiz Henrique Alves Pazzini 124 I NF 865,41 x k Da Tabela 13.2 obtém-se o valor de k: k 3. I NF 865,41 x 3 I NF 259,62 [A] Consultando a Tabela 13.4 obtém-se um fusível NH de corrente nominal de 300 [A]. c) especificação do relé térmico. A corrente de ajuste é determinada por: I ajuste FS x I NM I ajuste 1,15 x 96, [A] O fusível NH adotado tem uma corrente nominal de 300 [A]. Assim, da Tabela 13.6 obtém-se: relé térmico 3A H com faixa de ajuste de [A]. Respostas. Motor I: condutores de 35 mm 2 ; fusível de corrente nominal de 160 A; relé térmico 3A com faixa de ajuste de [A]. Motor II: condutores de 50 mm 2 ; fusível de corrente nominal de 300 A; relé térmico 3A H com faixa de ajuste de [A].

Os fusíveis NH e Diazed são dotados de características de limitação de corrente. Assim, para

Os fusíveis NH e Diazed são dotados de características de limitação de corrente. Assim, para 5 Proteção e Coordenação Dimensionamento da Proteção 36 Fusível NH Zonasde Atuação 224 A Fusível NH Zonasde Atuação 355 A 5 Proteção e Coordenação Dimensionamento da Proteção 37 5 Proteção e Coordenação

Leia mais

ENE065 Instalações Elétricas I

ENE065 Instalações Elétricas I 07/05/2012 ENE065 Instalações Elétricas I Prof.: Ivo Chaves da Silva Junior ivo.junior@ufjf.edu.br Quadro de Distribuição Circuitos Terminais Circuitos Terminais Quadro de Distribuição Quadro de Distribuição

Leia mais

Para que o sistema de proteção atinja a finalidade a que se propõe ele deve obedecer aos seguintes requisitos básicos:

Para que o sistema de proteção atinja a finalidade a que se propõe ele deve obedecer aos seguintes requisitos básicos: 5 Proteção e Coordenação de Instalações Industriais Para que o sistema de proteção atinja a finalidade a que se propõe ele deve obedecer aos seguintes requisitos básicos: 1 Seletividade É a capacidade

Leia mais

** OBS. Z=R+jωl e o seu módulo: Z R XL R l

** OBS. Z=R+jωl e o seu módulo: Z R XL R l Análise da Corrente de Curto - Circuito A Análise da corrente de curto circuito em sistemas de baixa tensão é necessária para dimensionar corretamente a proteção do equipamento (disjuntor de proteção)

Leia mais

Tipos de linhas. Sumário Linhas Elétricas Dimensionamento. Aspectos Gerais Características Tipos de Linhas

Tipos de linhas. Sumário Linhas Elétricas Dimensionamento. Aspectos Gerais Características Tipos de Linhas Tipos de linhas Sumário Aspectos Gerais Características Tipos de Linhas Instalação dos condutores Aspectos Gerais Características Tipos de Linhas Os cabos multipolares só deve conter os condutores de um

Leia mais

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda.

Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda. Equipamentos Elétricos e Eletrônicos de Potência Ltda. Confiança e economia na qualidade da energia. Recomendações para a aplicação de capacitores em sistemas de potência Antes de iniciar a instalação,

Leia mais

Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Dimensionamento de Condutores e Eletrodutos

Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Dimensionamento de Condutores e Eletrodutos Dimensionamento de Condutores e Eletrodutos Método da capacidade de condução de corrente Roteiro: 1. Calcular a corrente de projeto (I p ) dos circuitos da edificação; 2. Definir parâmetros de instalação

Leia mais

Instalações elétricas resumo

Instalações elétricas resumo Instalações elétricas resumo Na instalação elétrica de um prédio (residencial, comercial ou industrial), temos basicamente: - Equipamentos relacionados com a alimentação da instalação, tais como geradores,

Leia mais

7 - CORRENTES DE FALTA

7 - CORRENTES DE FALTA 36 7 - CORRENTES DE FALTA Toda instalação elétrica está sujeita a defeitos que proporcionam altas correntes elétricas, as denominadas correntes de falta. Sempre da ocorrência de uma falta, os dispositivos

Leia mais

Seminário Online DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS

Seminário Online DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS Seminário Online DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS Leonel Rodrigues Gerente de Aplicação de Produto Nexans Product Application Dept. Sep 2014 1 Dimensionamento de Condutores Elétricos Dimensionamento

Leia mais

PROJETO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS

PROJETO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS PEA - Eletrotécnica Geral 1 PROJETO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS OBJETIVOS Estudar: Constituição de uma instalação elétrica Tipos de instalações elétricas Funcionamento de circuitos típicos Representação de

Leia mais

DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES

DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES Os seis critérios de dimensionamento de circuitos de BT: 1. Seção mínima; 2. Capacidade de condução de corrente; 3. Queda de tensão; 4. Proteção contra sobrecargas; 5. Proteção contra curtos-circuitos;

Leia mais

Disciplina: Eletrificação Rural

Disciplina: Eletrificação Rural UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS RIAS DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRÍCOLA Disciplina: Eletrificação Rural Unidade 6 Condutores elétricos - dimensionamento e instalação.

Leia mais

Manual do Usuário. Complemento da componente curricular Instalações Elétricas do curso Técnico em Eletrônica

Manual do Usuário. Complemento da componente curricular Instalações Elétricas do curso Técnico em Eletrônica Manual do Usuário Complemento da componente curricular Instalações Elétricas do curso Técnico em Eletrônica MANUAL DO USUÁRIO Introdução A norma para Instalações elétricas de baixa tensão, NBR 5410:2004,

Leia mais

VERIFICAÇÃO FINAL DOCUMENTAÇÃO

VERIFICAÇÃO FINAL DOCUMENTAÇÃO VERIFICAÇÃO FINAL DOCUMENTAÇÃO Inspeção visual e documentação............................................................284 Ensaios de campo em instalações...........................................................285

Leia mais

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS DIMENSIONAMENTO DE ELÉTRICOS INTRODUÇÃO Os fatores básicos que envolvem o dimensionamento de um condutor são: tensão nominal; freqüência nominal; potência ou corrente

Leia mais

Instalações Elétricas Industriais

Instalações Elétricas Industriais Instalações Elétricas Industriais ENG 1480 Professor: Rodrigo Mendonça de Carvalho Instalações Elétricas Industriais CAPÍTULO 01 INTRODUÇÃO Flexibilidade: admitir mudanças nas localizações dos equipamentos,

Leia mais

Aula 08 Instalações Elétricas de Distribuição. Professor Jorge Alexandre A. Fotius

Aula 08 Instalações Elétricas de Distribuição. Professor Jorge Alexandre A. Fotius Aula 08 Instalações Elétricas de Distribuição Professor Jorge Alexandre A. Fotius Redes Aéreas Redes Aéreas Redes Aéreas Redes Aéreas Redes Aéreas Redes Aéreas Redes Aéreas Em áreas urbanas com baixa densidade

Leia mais

Eletrotécnica Geral. Lista de Exercícios 2

Eletrotécnica Geral. Lista de Exercícios 2 ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO PEA - Departamento de Engenharia de Energia e Automação Elétricas Eletrotécnica Geral Lista de Exercícios 2 1. Condutores e Dispositivos de Proteção 2. Fornecimento

Leia mais

PROTEÇÃO CONTRA SOBRE CORRENTES

PROTEÇÃO CONTRA SOBRE CORRENTES 9 PROTEÇÃO CONTRA SOBRE CORRENTES 9.1 INTRODUÇÃO O aumento da temperatura nos condutores de uma instalação elétrica, devido a circulação de corrente (efeito Joule), projetada para o funcionamento normal,

Leia mais

AULA 02 REVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TRANSFORMADORES DE MEDIDAS DISJUNTORES DE POTÊNCIA

AULA 02 REVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TRANSFORMADORES DE MEDIDAS DISJUNTORES DE POTÊNCIA AULA 02 REVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TRANSFORMADORES DE MEDIDAS DISJUNTORES DE POTÊNCIA ENE095 Proteção de Sistemas Elétricos de Potência Prof. Luís Henrique Lopes Lima 1 TRANSFORMADORES DE MEDIDAS

Leia mais

ENE065 Instalações Elétricas I

ENE065 Instalações Elétricas I 14/05/2012 ENE065 Instalações Elétricas I Prof.: Ivo Chaves da Silva Junior ivo.junior@ufjf.edu.br Dimensionamento dos Condutores FASE Ampacidade Queda de Tensão Seção Mínima Dimensionamento dos Condutores

Leia mais

ENGEMATEC CAPACITORES

ENGEMATEC CAPACITORES ENGEMATEC CAPACITORES CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA Confiança e economia na qualidade da energia. Equipamentos Elétricos e Elêtronicos de Potência Ltda 2 MODELOS DOS CAPACITORES TRIFÁSICOS PADRONIZADOS

Leia mais

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Capítulo 4 Parte 2 Condutores elétricos: 1. semestre de 2011 Abraham Ortega Número de condutores isolados no interior de um eletroduto Eletroduto é um elemento de linha elétrica fechada,

Leia mais

Questão 3: Três capacitores são associados em paralelo. Sabendo-se que suas capacitâncias são 50μF,100μF e 200μF, o resultado da associação é:

Questão 3: Três capacitores são associados em paralelo. Sabendo-se que suas capacitâncias são 50μF,100μF e 200μF, o resultado da associação é: Questão 1: A tensão E no circuito abaixo vale: a) 0,5 V b) 1,0 V c) 2,0 V d) 5,0 V e) 10,0 V Questão 2: A resistência equivalente entre os pontos A e B na associação abaixo é de: a) 5 Ohms b) 10 Ohms c)

Leia mais

Comandos Elétricos Colégio Técnico de Campinas COTUCA/UNICAMP Prof. Romeu Corradi Júnior WWW.corradi.junior.nom.br

Comandos Elétricos Colégio Técnico de Campinas COTUCA/UNICAMP Prof. Romeu Corradi Júnior WWW.corradi.junior.nom.br Comandos Elétricos Colégio Técnico de Campinas COTUCA/UNICAMP Prof. Romeu Corradi Júnior WWW.corradi.junior.nom.br 1. INTRODUÇÃO A representação dos circuitos de comando de motores elétricos é feita normalmente

Leia mais

COELCE DECISÃO TÉCNICA CRITÉRIO PARA INSTALAÇÃO DT - 106 RELIGADOR AUTOMÁTICO TRIFÁSICO DE 15 KV USO EM POSTE

COELCE DECISÃO TÉCNICA CRITÉRIO PARA INSTALAÇÃO DT - 106 RELIGADOR AUTOMÁTICO TRIFÁSICO DE 15 KV USO EM POSTE DECISÃO TÉCNICA CRITÉRIO PARA INSTALAÇÃO DT - 16 RELIGADOR AUTOMÁTICO TRIFÁSICO DE 15 KV USO EM POSTE DOCUMENTO NORMATIVO DA TRANSMISSÃO DESIM -896-1 I JUN/1 Í N D I C E 1 OBJETIVO...1 2 NORMAS E TRABALHOS...1

Leia mais

Capítulo 3 Circuitos Elétricos

Capítulo 3 Circuitos Elétricos Capítulo 3 Circuitos Elétricos 3.1 Circuito em Série O Circuito Série é aquele constituído por mais de uma carga, ligadas umas as outras, isto é, cada carga é ligada na extremidade de outra carga, diretamente

Leia mais

20 m. 20 m. 12. Seja L a indutância de uma linha de transmissão e C a capacitância entre esta linha e a terra, conforme modelo abaixo:

20 m. 20 m. 12. Seja L a indutância de uma linha de transmissão e C a capacitância entre esta linha e a terra, conforme modelo abaixo: ENGENHEIRO ELETRICISTA 4 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÕES DE 11 A 25 11. Um sistema de proteção contra descargas atmosféricas do tipo Franklin foi concebido para prover a segurança de uma edificação

Leia mais

PARTIDA DIRETA PARTIDA ESTRELA-TRI PARTIDA COMPENSADORA STARTERS PARTIDA COM SOFT-STARTERS DIAGRAMA TRIFILAR DIAGRAMA DE COMANDO L3 L F1,2,3 FT1 FT1

PARTIDA DIRETA PARTIDA ESTRELA-TRI PARTIDA COMPENSADORA STARTERS PARTIDA COM SOFT-STARTERS DIAGRAMA TRIFILAR DIAGRAMA DE COMANDO L3 L F1,2,3 FT1 FT1 1 2 3 4 PARTIDA DIRETA PARTIDA ESTRELA-TRI TRIÂGULO PARTIDA COPESADORA PARTIDA CO SOFT-STARTERS STARTERS Início L1 L2 L3 L 95 96 S1 13 14 DIAGRAA TRIFILAR DIAGRAA DE COADO Chaves 1-7 L1 L2 L3 L 95 96 S1

Leia mais

Transformadores Para Instrumentos. Prof. Carlos Roberto da Silva Filho, M. Eng.

Transformadores Para Instrumentos. Prof. Carlos Roberto da Silva Filho, M. Eng. Transformadores Para Instrumentos Prof. Carlos Roberto da Silva Filho, M. Eng. Sumário 1. Tipos de Transformadores. 2. Transformadores de Corrente - TCs. 3. Transformadores de Potencial TPs. 4. Ligação

Leia mais

Instalações Elétricas BT I. Odailson Cavalcante de Oliveira

Instalações Elétricas BT I. Odailson Cavalcante de Oliveira Instalações Elétricas BT I Odailson Cavalcante de Oliveira Dimensionamento de condutores Tipos de Condutores Condutores isolados Condutores unipolar Condutores multipolar Critérios para dimensionamento:

Leia mais

A Chave de partida compensadora é um dos métodos utilizados para reduzir a corrente de partida de motores trifásicos.

A Chave de partida compensadora é um dos métodos utilizados para reduzir a corrente de partida de motores trifásicos. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA Campus Araranguá Curso: Eletromecânica Disciplina: Instalações Elétricas Local: Laboratório de Eletrotécnica Professor: Giovani Batista

Leia mais

APRESENTAÇÃO... 13. Unidade 1: Revisão de eletricidade básica. 1.1 Primeiras palavras... 17. 1.2 Problematizando o tema... 17

APRESENTAÇÃO... 13. Unidade 1: Revisão de eletricidade básica. 1.1 Primeiras palavras... 17. 1.2 Problematizando o tema... 17 ........... Sumário APRESENTAÇÃO.... 13 Unidade 1: Revisão de eletricidade básica 1.1 Primeiras palavras.... 17 1.2 Problematizando o tema... 17 1.3 Texto básico para estudos.... 17 1.3.1 Tensão Contínua

Leia mais

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA (FP) Prof. Marcos Fergütz Fev/2014

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA (FP) Prof. Marcos Fergütz Fev/2014 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA (FP) Prof. Marcos Fergütz Fev/2014 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA (FP) CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA (FP) CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA (FP) - Objetivo: Manter o FP 0,92 Q

Leia mais

Catalogo Técnico. Disjuntor Motor BDM-NG

Catalogo Técnico. Disjuntor Motor BDM-NG Catalogo Técnico Disjuntor Motor BDM-NG Disjuntores-Motor BDM-NG Generalidade: O disjuntor-motor BDM-NG,Tripolar, são termomagnéticos compactos e limitadores de corrente. Ideal para o comando e a proteção

Leia mais

Partida do Motor de Indução Trifásico

Partida do Motor de Indução Trifásico Partida do Motor de Indução Trifásico 1.Introdução Os motores elétricos durante solicitam da rede de alimentação uma corrente elevada na partida. Essa corrente é da ordem de 6 a 10 vezes a sua corrente

Leia mais

EDI-34 Instalações Elétricas

EDI-34 Instalações Elétricas EDI-34 Instalações Elétricas Plano de Disciplina 2º semestre de 2015 1. Identificação Sigla e título: EDI-34 Instalações Elétricas Curso de Engenharia Civil-Aeronáutica Instituto Tecnológico de Aeronáutica

Leia mais

CURSO TÉCNICO DE ELETROMECÂNICA APOSTILA DE COMANDOS ELÉTRICOS (COMPILADO - 1)

CURSO TÉCNICO DE ELETROMECÂNICA APOSTILA DE COMANDOS ELÉTRICOS (COMPILADO - 1) Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia CURSO TÉCNICO DE ELETROMECÂNICA APOSTILA DE COMANDOS ELÉTRICOS (COMPILADO - 1) PROF. WESLEY DE ALMEIDA SOUTO wesley@cefetba.br 03/ 2004 1. INTRODUÇÃO A representação

Leia mais

Disjuntores-Motor BDM-G. Dados Técnicos Características Gerais. Posições das teclas

Disjuntores-Motor BDM-G. Dados Técnicos Características Gerais. Posições das teclas Disjuntores-Motor BDM-G Generalidade: O disjuntor-motor BDM-G,Tripolar, são termomagnéticos compactos e limitadores de corrente. Ideal para o comando e a proteção dos motores. Possuem alta capacidade de

Leia mais

Instalações Elétricas Prediais A

Instalações Elétricas Prediais A Instalações Elétricas Prediais A ENG04482 Prof. Luiz Fernando Gonçalves AULA 9 Divisão da Instalação em Circuitos Porto Alegre - 2012 Tópicos Quadros de distribuição Disjuntores Divisão da instalação elétrica

Leia mais

Manual Técnico. Transformadores de Potência. Versão: 5

Manual Técnico. Transformadores de Potência. Versão: 5 Manual Técnico Transformadores de Potência Versão: 5 Índice 2 8 Página 1 1 INTRODUÇÃO Este manual fornece instruções referentes ao recebimento, instalação e manutenção dos transformadores de potência a

Leia mais

TEMA DA AULA PROFESSOR: RONIMACK TRAJANO DE SOUZA

TEMA DA AULA PROFESSOR: RONIMACK TRAJANO DE SOUZA TEMA DA AULA TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS PROFESSOR: RONIMACK TRAJANO DE SOUZA MEDIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉTRICAS Por que medir grandezas elétricas? Quais grandezas elétricas precisamos medir? Como medir

Leia mais

PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. 1 Introdução

PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. 1 Introdução PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO 1 Introdução As instalações elétricas de baixa tensão são regidas no Brasil pela norma NBR 5410 (também conhecida por NB-3). Esta norma aplica-se às instalações

Leia mais

4 LINHAS ELÉTRICAS. Figura 5: Exemplos de fios e cabos.

4 LINHAS ELÉTRICAS. Figura 5: Exemplos de fios e cabos. 8 4.1 Condutores elétricos. 4 LINHAS ELÉTRICAS Os condutores elétricos constituem os principais componentes das linhas elétricas que conduzem eletricidade até as cargas elétricas. Define-se condutor elétrico

Leia mais

Projeto de Instalações Elétricas Residenciais

Projeto de Instalações Elétricas Residenciais Projeto de Instalações Elétricas Residenciais Me. Hader Aguiar Dias Azzini hader_azzini@hotmail.com Campinas - ES 2014 Introdução Em geral, o projeto elétrico compreende quatro partes: Memória (justificativa

Leia mais

Chaves 3 KU Seccionadoras e Comutadoras

Chaves 3 KU Seccionadoras e Comutadoras haves 3 KU Seccionadoras e omutadoras haves Seccionadoras e omutadoras Seccionadoras s chaves Seccionadoras E tipo 3KU1, para cargas de 12 a 1000 em 00 Vca 0- Hz, são apropriadas para uso como chaves gerais

Leia mais

- Para se aumentar a quantidade de líquido (W), para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (VAr). Desta forma, melhora-se a

- Para se aumentar a quantidade de líquido (W), para o mesmo copo de chopp, deve-se reduzir a quantidade de espuma (VAr). Desta forma, melhora-se a 6. FATOR DE POTÊNCIA O fator de potência é uma relação entre potência ativa e potência reativa, conseqüentemente energia ativa e reativa. Ele indica a eficiência com a qual a energia está sendo usada.

Leia mais

Relés de Sobrecarga Térmicos 3US

Relés de Sobrecarga Térmicos 3US Relés de Sobrecarga Térmicos US Relés de Sobrecarga Térmicos US /2 / /5 /8 Resumo Tabela de Seleção Informações Técnicas Esquema Dimensional catalogo TS_ cap.indd 1 Relés de Sobrecarga Térmicos US Relés

Leia mais

Proteção de cabos. o valor da relação Uo/U, que representa o quanto o cabo suporta de sobretensão fase-terra (Uo) e entre fases (U).

Proteção de cabos. o valor da relação Uo/U, que representa o quanto o cabo suporta de sobretensão fase-terra (Uo) e entre fases (U). 32 Apoio Proteção e seletividade Capítulo XII Proteção de cabos Por Cláudio Mardegan* Falando em proteção de cabos, este capítulo abordará de proteção deve ficar, no máximo, igual ao valor de alguns critérios

Leia mais

Tabelas de Dimensionamento

Tabelas de Dimensionamento Com o objetivo de oferecer um instrumento prático para auxiliar no trabalho de projetistas, instaladores e demais envolvidos com a seleção e dimensionamento dos em uma instalação elétrica de baixa tensão,

Leia mais

A solução ideal para instalações residenciais e terciárias

A solução ideal para instalações residenciais e terciárias NOVOS Disjuntores RX 3 A solução ideal para instalações residenciais e terciárias Ambiente Residencial - área úmida Ambiente Residencial Soho - Pequeno Escritório ou Home Office Ambiente Residencial -

Leia mais

Dimensionamento de Colunas

Dimensionamento de Colunas Dimensionamento de Colunas Calcular a potência total ST: Moradia Potência a contratar [kva] T1 6.90 ou 10.35 T2 10.35 ou 13.80 T3 10.35 ou 13.80 T4 13.80 ou 17.25 T5 17.25 Trifásico S T = S habita ções

Leia mais

IECETEC. Acionamentos elétricos AULA 1 PROJETO ELÉTRICO

IECETEC. Acionamentos elétricos AULA 1 PROJETO ELÉTRICO AULA 1 PROJETO ELÉTRICO 1- Introdução 2- Normas técnicas Todo projeto deve ser concebido a luz de uma norma técnica. No Brasil, a normatização é de responsabilidade da Associação Brasileira de Normas Técnica

Leia mais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais LEI DE OHM Conceitos fundamentais Ao adquirir energia cinética suficiente, um elétron se transforma em um elétron livre e se desloca até colidir com um átomo. Com a colisão, ele perde parte ou toda energia

Leia mais

Capacitores para Correção do Fator de Potência Bobinas de polipropileno metalizado, auto-regenerativo e com dielétrico seco Perdas dielétricas

Capacitores para Correção do Fator de Potência Bobinas de polipropileno metalizado, auto-regenerativo e com dielétrico seco Perdas dielétricas Capacitores para Correção do Fator de Potência Bobinas de polipropileno metalizado, auto-regenerativo e com dielétrico seco Perdas dielétricas menores que 0,4 W/kvar Dispositivo interruptor de segurança

Leia mais

Para a realizar um projeto Elétrico Industrial, é necessário a aplicação de alguns fatores de projeto. São eles:

Para a realizar um projeto Elétrico Industrial, é necessário a aplicação de alguns fatores de projeto. São eles: Fatores de Projeto Elétrico Para a realizar um projeto Elétrico Industrial, é necessário a aplicação de alguns fatores de projeto. São eles: 1) Fator de Demanda 2) Fator de Carga 3) Fator de Perda 4) Fator

Leia mais

Manual Técnico. Transformadores de potência. Revisão 5 ÍNDICE

Manual Técnico. Transformadores de potência. Revisão 5 ÍNDICE Página 1 de 10 Manual Técnico Transformadores de potência Revisão 5 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO...2 2 RECEBIMENTO...2 3 INSTALAÇÃO...3 3.1 Local de instalação...3 3.2 Ligações...3 3.3 Proteções...7 4 MANUTENÇÃO...9

Leia mais

COMANDOS ELÉTRICOS Este material não é destinado a comercialização.

COMANDOS ELÉTRICOS Este material não é destinado a comercialização. COMANDOS ELÉTRICOS Está apostila é usada nas aulas ministradas na matéria de comandos no curso de pósmédio mecatrônica, não se tratando de um material voltado para a qualificação. Há ainda um complemento

Leia mais

CENTRO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES GERAÇÃO FUTURA

CENTRO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES GERAÇÃO FUTURA MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO DE CÁLCULO PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM MÉDIA TENSÃO 13.8KV CENTRO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES GERAÇÃO FUTURA RUA OSVALDO PRIMO CAXILÉ, S/N ITAPIPOCA - CE 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

BAIXA TENSÃO Uso Geral

BAIXA TENSÃO Uso Geral Dimensionamento OS SEIS CRITÉRIOS TÉCNICOS DE DIMENSIONA- MENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS: Chamamos de dimensionamento técnico de um circuito à aplicação dos diversos itens da NBR 5410/2004 relativos à escolha

Leia mais

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica

Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Existem diversas maneiras de se gerar energia elétrica. No mundo todo, as três formas mais comuns são por queda d água (hidroelétrica), pela queima

Leia mais

Alguns padrões de qualidade são indiscutíveis

Alguns padrões de qualidade são indiscutíveis Alguns padrões de qualidade são indiscutíveis Fabricado no Brasil Disjuntores 5SX1 Proteção para instalações elétricas de baixa tensão Segurança e tecnologia Alavanca embutida Garantia de proteção contra

Leia mais

Chaves de Partida Manobra e Proteção de Motores Elétricos. Motores Automação Energia Tintas

Chaves de Partida Manobra e Proteção de Motores Elétricos. Motores Automação Energia Tintas Manobra e Proteção de Motores Elétricos Motores Automação Eneria Tintas Destinadas à manobra e proteção de motores elétricos trifásicos e monofásicos. De acordo com a aplicação a WEG disponibiliza uma

Leia mais

1.1- DIVISÃO DOS TRANSFORMADORES

1.1- DIVISÃO DOS TRANSFORMADORES Quanto a Finalidade: TRANSFORMADORES 1.1- DIVISÃO DOS TRANSFORMADORES a)transformadores de Corrente; b)transformadores de Potencial; c)transformadores de Distribuição; d)transformadores de Força. Quanto

Leia mais

BAIXA TENSÃO Uso Geral

BAIXA TENSÃO Uso Geral Dimensionamento OS SEIS CRITÉRIOS TÉCNICOS DE DIMENSIONA- MENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS: Chamamos de dimensionamento técnico de um circuito à aplicação dos diversos itens da NBR 5410/2004 relativos à escolha

Leia mais

Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações

Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações Dimensionamento de Condutores Elétricos Dimensionamento de Condutores Elétricos Dimensionamento técnico baixa tensão Seção mínima Capacidade

Leia mais

Capacitores Correção do Fator de Potência. Motores Automação Energia Tintas

Capacitores Correção do Fator de Potência. Motores Automação Energia Tintas Capacitores Correção do Fator de Potência Motores Automação Energia Tintas Unidade Capacitiva Monofásica - UCW g As unidades capacitivas monofásicas WEG, tipo UCW, são produzidas com filme de polipropileno

Leia mais

*OBS: Chave estrela-triângulo: tensão de partida limitada a 58% da tensão nominal.

*OBS: Chave estrela-triângulo: tensão de partida limitada a 58% da tensão nominal. 1 Laboratório Instalações Elétricas Industriais Professor: Marcio Luiz Magri Kimpara PATIDA COMPENADOA AUTOMÁTICA Introdução Assim como a chave estrela-triângulo, a partida compensadora tem a finalidade

Leia mais

Contatores Contatores são dispositivos de manobra mecânica, eletromagneticamente, construídos para uma elevada freguência de operação.

Contatores Contatores são dispositivos de manobra mecânica, eletromagneticamente, construídos para uma elevada freguência de operação. Contatores Contatores são dispositivos de manobra mecânica, eletromagneticamente, construídos para uma elevada freguência de operação. De acordo com a potência (carga), o contator é um dispositivo de comando

Leia mais

DIMENSIONAMENTO OS SEIS CRITÉRIOS TÉCNICOS DE DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS:

DIMENSIONAMENTO OS SEIS CRITÉRIOS TÉCNICOS DE DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS: DIMENSIONAMENTO OS SEIS CRITÉRIOS TÉCNICOS DE DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS: Chamamos de dimensionamento técnico de um circuito à aplicação dos diversos itens da NBR 5410 relativos à escolha

Leia mais

Circuitos Elétricos 1º parte. Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento

Circuitos Elétricos 1º parte. Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento Circuitos Elétricos 1º parte Introdução Geradores elétricos Chaves e fusíveis Aprofundando Equação do gerador Potência e rendimento Introdução Um circuito elétrico é constituido de interconexão de vários

Leia mais

COMUNICADO TÉCNICO Nº 02

COMUNICADO TÉCNICO Nº 02 COMUNICADO TÉCNICO Nº 02 Página 1 de 1 ALTERAÇÕES NAS TABELAS PARA DIMENSIONAMENTO DOS PADRÕES DE ENTRADA DE BAIXA TENSÃO DE USO INDIVIDUAL 1.OBJETIVO Visando a redução de custos de expansão do sistema

Leia mais

RELÉS CONTATORES - BOTOEIRAS

RELÉS CONTATORES - BOTOEIRAS RELÉS CONTATORES - BOTOEIRAS Análise de Circuitos Contatores/Relés Aula 02 Prof. Luiz Fernando Laguardia Campos 3 Modulo Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina Cora Coralina Sobrecarga

Leia mais

Proteção de Sistemas Elétricos Disjuntores, DR e DPS. Júlio Bortolini Engenheiro Eletricista Soprano Eletrometalúrgica e Hid. Ltda

Proteção de Sistemas Elétricos Disjuntores, DR e DPS. Júlio Bortolini Engenheiro Eletricista Soprano Eletrometalúrgica e Hid. Ltda Proteção de Sistemas Elétricos Disjuntores, DR e DPS Júlio Bortolini Engenheiro Eletricista Soprano Eletrometalúrgica e Hid. Ltda DISJUNTORES Definição Disjuntor Disjuntor: dispositivo de seccionamento

Leia mais

DECISÃO TÉCNICA DT-144/2013 R-00

DECISÃO TÉCNICA DT-144/2013 R-00 DIRETORIA TÉCNICA PLANEJAMENTO E ENGENHARIA DA REDE DT-144/2013 DECISÃO TÉCNICA DT-144/2013 R-00 INSTALAÇÃO DE CAIXA DE PROTEÇÃO SECUNDÁRIA NA REDE DE BAIXA TENSÃO FOLHA DE CONTROLE DECISÃO TÉCNICA INSTALAÇÃO

Leia mais

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES:

9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9. MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES: 9.1 OTIMIZAÇÃO E MONITORAMENTO DA OPERAÇÃO DOS TRANSFORMADORES Os transformadores são máquinas estáticas que transferem energia elétrica de um circuito para outro, mantendo

Leia mais

Prof. Manuel A Rendón M

Prof. Manuel A Rendón M Prof. Manuel A Rendón M Regras práticas para projeto elétrico Iluminação, TUG, TUE Recomendações práticas Alguns símbolos diferentes (outra concessionária) Página do Professor - Manuel Rendón UFJF Manual

Leia mais

Informações e Tabelas Técnicas

Informações e Tabelas Técnicas Características dos condutores de cobre mole para fios e cabos isolados 1 Temperatura característica dos condutores 1 Corrente de curto-circuito no condutor 1 Gráfico das correntes máximas de curto-circuito

Leia mais

Capítulo V A IEEE 1584 e os métodos para cálculo de energia incidente e distância segura de aproximação

Capítulo V A IEEE 1584 e os métodos para cálculo de energia incidente e distância segura de aproximação 34 Capítulo V A IEEE 1584 e os métodos para cálculo de energia incidente e distância segura de aproximação Por Alan Rômulo e Eduardo Senger* No artigo anterior foram abordados os métodos previstos na NFPA

Leia mais

Critérios Construtivos do Padrão de Entrada

Critérios Construtivos do Padrão de Entrada Notas: Critérios Construtivos do Padrão de Entrada A fiação do ramal de saída deve ser a mesma fiação do ramal de entrada. O padrão de entrada na zona rural deverá ficar no mínimo de 10 metros e no máximo

Leia mais

ISOTRANS IND. DE TRANSFORMADORES LTDA.

ISOTRANS IND. DE TRANSFORMADORES LTDA. ISOTRANS IND. DE TRANSFORMADORES LTDA. TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS DE ISOLAÇÃO COM BLINDAGEM APLICAÇÃO Os transformadores monofásicos de isolação com blindagens, magnética e eletrostática, foram desenvolvidos

Leia mais

ESTUDO DE PROTEÇÃO METODOLOGIA DE CÁLCULO. SUBESTAÇÕES DE 15kV

ESTUDO DE PROTEÇÃO METODOLOGIA DE CÁLCULO. SUBESTAÇÕES DE 15kV ESTUDO DE PROTEÇÃO METODOLOGA DE CÁLCULO SUBESTAÇÕES DE 5kV Elaborado por Carlos Alberto Oliveira Júnior Maio 26 ÍNDCE. Obtenção dos dados...2.. Documentos necessários...2.2. Dados necessários...2 2. Cálculo

Leia mais

Conhecer as características de conjugado mecânico

Conhecer as características de conjugado mecânico H4- Conhecer as características da velocidade síncrona e do escorregamento em um motor trifásico; H5- Conhecer as características do fator de potência de um motor de indução; Conhecer as características

Leia mais

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 12.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo apresenta-se os conceitos e as principais etapas para a realização de projetos de instalações elétricas prediais de baixa tensão (até 1000 V), monofásicos

Leia mais

DLB MAQ CE - Comandos elétricos DLB MAQCE - COMANDOS ELÉTRICOS LIVRO DE TEORIA E PRÁTICA

DLB MAQ CE - Comandos elétricos DLB MAQCE - COMANDOS ELÉTRICOS LIVRO DE TEORIA E PRÁTICA DLB MAQCE - COMANDOS ELÉTRICOS LIVRO DE TEORIA E PRÁTICA 1 Apresentação O livro Comandos Elétricos tem como objetivo dar subsídios teóricos e facilitar as atividades práticas propostas na Bancada Didática

Leia mais

GUIA DE APLICAÇÃO DE CAPACITORES BT

GUIA DE APLICAÇÃO DE CAPACITORES BT GUIA DE APLICAÇÃO DE Neste guia você tem um resumo detalhado dos aspectos mais importantes sobre aplicação de capacitores de baixa tensão para correção do fator de potência. Apresentando desde conceitos

Leia mais

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas. Relés de Sobrecarga Térmico Linha RW

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas. Relés de Sobrecarga Térmico Linha RW Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas Relés de Sobrecarga Térmico Linha RW Relés de Sobrecarga Térmico RW Informações Gerais - Local para identificação - Tecla Reset + Multifunção

Leia mais

CONCURSO DE ADMISSÃO ENGENHARIA ELÉTRICA CADERNO DE QUESTÕES

CONCURSO DE ADMISSÃO ENGENHARIA ELÉTRICA CADERNO DE QUESTÕES CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO ENGENHARIA ELÉTRICA CADERNO DE QUESTÕES 2014 1 a QUESTÃO Valor: 1,00 A figura acima apresenta o circuito equivalente monofásico de um motor de indução trifásico

Leia mais

DESTAQUE: A IMPORTÂNCIA DOS TRANSFORMADORES EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA

DESTAQUE: A IMPORTÂNCIA DOS TRANSFORMADORES EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA Capítulo 0 Transformadores DESTAQE: A IMPORTÂNCIA DOS TRANSFORMADORES EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA Os geradores elétricos, que fornecem tensões relativamente baixas (da ordem de 5 a 5 kv), são ligados

Leia mais

Mini-Disjuntores. GE Industrial Solutions. GE imagination at work. Aplicações comerciais e industriais Norma IEC (0,5-125A) GE Consumer & Industrial

Mini-Disjuntores. GE Industrial Solutions. GE imagination at work. Aplicações comerciais e industriais Norma IEC (0,5-125A) GE Consumer & Industrial GE Consumer & Industrial GE Industrial Solutions Produzidos no Brasil Séries G5 e G0 MiniDisjuntores Aplicações comerciais e industriais Norma IEC (0,5 A) GE imagination at work 2 1 Parte externa, termoplástica

Leia mais

Centro de Seleção/UFGD Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração.

Centro de Seleção/UFGD Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração. Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração. (A) O movimento de energia de frio dentro de um espaço onde ele é necessário. (B) A remoção de calor

Leia mais

sirius Chaves de partida

sirius Chaves de partida sirius Chaves de partida s Chaves de partida 3RE SIRIUS Aplicações Tamanho S00 Tamanho S0 Tamanho As Chaves de partida direta 3RE SIRIUS são destinadas a manobra e proteção de motores até 20 cv / 15 kw

Leia mais

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas. Automação Contatores para Manobra de Capacitores

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas. Automação Contatores para Manobra de Capacitores Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas Automação Contatores para Manobra de Capacitores Manobras de Capacitores para Correção do Fator de Potência A linha de contatores especiais CWMC

Leia mais

CAPACITORES IMPREGNADOS X CAPACITORES IMERSOS (PPM) EM BT

CAPACITORES IMPREGNADOS X CAPACITORES IMERSOS (PPM) EM BT CAPACITORES IMPREGNADOS X CAPACITORES IMERSOS (PPM) EM BT 1 - Objetivos: Este trabalho tem por objetivo apresentar as principais características técnicas dos capacitores convencionais do tipo imerso em

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA TEMA DA AULA PROFESSOR: RONIMACK TRAJANO DE SOUZA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA TEMA DA AULA PROFESSOR: RONIMACK TRAJANO DE SOUZA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA TEMA DA AULA EQUIPAMENTOS DA SE PROFESSOR: RONIMACK TRAJANO DE SOUZA COMPONENTES SUBESTAÇÕES OBJETIVOS Apresentar os principais equipamentos

Leia mais

PROVA ESPECÍFICA Cargo 18

PROVA ESPECÍFICA Cargo 18 27 PROVA ESPECÍFICA Cargo 18 QUESTÃO 41 De acordo com a NBR 5410, em algumas situações é recomendada a omissão da proteção contra sobrecargas. Dentre estas situações estão, EXCETO: a) Circuitos de comando.

Leia mais

H1 DIMENSIONAR FUSÍVEIS PARA APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS. Aula 2 Prof. Dr. Emerson S. Serafim 1

H1 DIMENSIONAR FUSÍVEIS PARA APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS. Aula 2 Prof. Dr. Emerson S. Serafim 1 H1 DIMENSIONAR FUSÍVEIS PARA APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS Aula 2 Prof. Dr. Emerson S. Serafim 1 CONTEÚDO 2 FUSÍVEIS; 2.1 Tipo D; 2.2 Tipo NH; 2.3 Ultra-rápidos; 2.5 Dimensionamento dos fusíveis;

Leia mais

TE243 Eletricidade Aplicada li. Capítulo 6 Instalações para Força Motriz e Serviço de Segurança

TE243 Eletricidade Aplicada li. Capítulo 6 Instalações para Força Motriz e Serviço de Segurança TE243 Eletricidade Aplicada li Capítulo 6 Instalações para Força Motriz e Serviço de Segurança 1. Generalidades A NBR 5410 trata especificamente de circuitos que alimentam motores em aplicações industriais

Leia mais

BHR5 - SECCIONADORAS "SOB CARGA" FUSÍVEIS NH

BHR5 - SECCIONADORAS SOB CARGA FUSÍVEIS NH BHR5 - SECCIONADORAS "SOB CARGA" FUSÍVEIS NH Página 1 BHR5 - SECCIONADORAS "SOB CARGA" - FUSÍVEIS NH -proteção e comando de instalações elétricas em Baixa Tensão (BT). -prevista para incorporar fusíveis

Leia mais