ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO.

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1 55 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. 1 1 Andrew Vinícius de Souza Batista, Elvis Aaron Porto, Gabriela Pereira Molina 1 Ano II, Volume II, Numero I Janeiro Junho de 2011 RESUMO Com o objetivo de descrever a anatomia e as variações anatômicas da artéria coronária esquerda (ACE) foi realizado um estudo observacional analítico transversal com 47 corações dissecados do Laboratório de Anatomia Humana do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Os achados incluíram a bifurcação da ACE em artérias interventricular anterior e circunflexa (padrão clássico) em 59,58% (n=28) dos casos, além de variações como a trifurcação (36,18%), em que a artéria coronária esquerda se divide em ramos interventricular anterior, circunflexo e diagonalis, e a quadrifurcação (2,12%), na qual outra artéria diagonalis se faz presente no padrão de trifurcação. Uma variação anatômica ainda não descrita na literatura foi observada em um coração (2,12%) no qual o ramo circunflexo parte de um ramo intermédio originado da bifurcação da artéria coronária esquerda. Palavras-chave: Circulação coronária. Anatomia. Coração. LEFT CORONARY ARTERY AND ITS BRANCHES: PERSPECTIVES OF NEW CLASSIFICATION ABSTRACTS 1. Graduandos em Medicina. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/UFCG). Correspondência: Rua Antônio Joaquim Pequeno, nº Bairro Universitário. Campina Grande (PB). CEP: We performed a transverse analytical observational study with 47 dissected hearts in the Federal University of Campina Grande Biological Sciences and Health Centre (CCBS - UFCG) with the purpose to describe the left coronary artery (LCA) anatomy and its anatomical variation. The findings included the LCA bifurcation into the anterior interventricular and the circumflex branches (classic pattern) in 59,58% (28 hearts) of cases, as also variation such as trifurcation (36,18%), in which the left coronary artery is divided into anterior interventricular, circumflex and diagonalis branches, and the quadrifurcation (2,12%), in which another diagonalis artery is present in the trifurcation pattern. A non-described anatomical variation was observed in one of the hearts (2,12%) in which the circumflex branch leaves from an intermediary branch originated from the left coronary artery bifurcation. V bv Keywords: Coronary circulation. Anatomy. Heart. andrew_viniciusjp@hotmail.com.

2 56 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. INTRODUÇÃO As artérias coronárias e suas variações têm sido largamente estudadas no decurso do tempo. O motivo do interesse por estes vasos está no fato de que o entendimento de sua anatomia e fisiologia é condição sine qua non para a compreensão de eventos clínicos, para a realização e interpretação correta de exames e para a abordagem cirúrgica de pacientes. As artérias coronárias direita e esquerda são os primeiros ramos da aorta e surgem de sua porção ascendente. De enorme relevância para a vida, são responsáveis pela irrigação do coração e pela manutenção de seu adequado funcionamento, contribuindo indiretamente para a nutrição das células de todo o corpo. A anatomia desses vasos, universalmente aceita como padrão, é descrita da seguinte forma: os troncos das artérias coronárias se originam dos respectivos seios aórticos anteriores direito e esquerdo e seguem pelo sulco coronário, circundando-o até se encontrarem numa região anatômica denominada crux cordis. A artéria coronária direita percorre esse sulco emitindo ramos para o átrio e o ventrículo direitos até o ponto de origem da artéria interventricular posterior no chamado padrão de dominância direita (presente em 75% dos casos). No padrão de dominância esquerda, a artéria interventricular posterior se origina da artéria coronária esquerda, algo que ocorre em 10% dos casos, ao passo que o padrão de codominância se responsabiliza pelos 15% restantes (1). A artéria coronária esquerda se apresenta como um pequeno tronco (em geral mais calibroso que o da artéria coronária direita) que percorre o espaço delimitado pelo tronco pulmonar e aurícula esquerda até atingir o sulco coronário, onde se bifurca em artérias interventricular anterior (ou descendente anterior) e circunflexa (1). Estas são as responsáveis pela irrigação da maior parte do ventrículo esquerdo, além da contribuição, mesmo que discreta, da artéria interventricular anterior para a irrigação do ventrículo direito (1). As artérias coronárias e seus principais ramos são geralmente subepicárdicos, porém há casos em que faixas de miocárdio cruzam condutos arteriais significantes, podendo tal fato assumir um valor clínico importante. A American Heart Association (AHA) propôs uma divisão segmentar das artérias coronárias (Figura 1) com base em ensaios clínicos de CASS, TIMI e BARI, disponível no ACC/AHA-Guidelines for Coronary Angiography. De acordo com esta classificação, o tronco da artéria coronária esquerda corresponde a um segmento único 11, do qual partem os s e g m e n t o s e q u i v a l e n t e s a o s r a m o s interventricular anterior e circunflexo. O primeiro é dividido em porções proximal (12), média (13) e distal (14), dos quais partem os ramos diagonais (15, 16, 29) e seus respectivos segmentos laterais (15a, 16a, 29a), além dos ramos perfurantes septais (17). O segundo ramo principal também é dividido em porções proximal (18), média (19) e distal (19a), dos quais se originam os ramos marginais obtusos (20, 21, 22) e respectivos segmentos laterais (20a, 21a, 22a). Está apresentado, também, o segmento do ramo intermédio 28, presente quando da trifurcação

3 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. da artéria coronária esquerda. Neste contexto, o conhecimento das variações Através da segmentação da árvore arterial anatômicas, especialmente as mais comuns, coronariana, torna-se possível a individualização combinado com técnicas que possibilitem seu e o estudo em separado desses vasos e seus rastreamento e descrição precisos, pode ser ramos, o que confere maior precisão à localização indispensável para a adoção da conduta correta. das anormalidades (congênitas ou adquiridas), à Afinal, anomalias coronarianas têm sido compreensão das consequências clínicas que implicadas como causa de dor torácica, morte delas advêm e ao planejamento do manejo súbita, insuficiência cardíaca, síncope, dispneia, terapêutico, quando este se faz necessário. A fibrilação ventricular e infarto do miocárdio. Além realização de exames em que a observação dos disso, é sabido que as variações anatômicas das vasos coronarianos pode ser feita com maior artérias coronárias são diversas e relativamente acurácia, como a angiografia coronariana, tem frequentes (sendo a artéria coronária esquerda servido bem para esses propósitos. mais variável que a direita). 57 Figura 1. Classificação dos segmentos coronários, segundo a AHA. 1: Segmento proximal da artéria coronária direita; 2: Segmento médio da artéria coronária direita; 3: Segmento distal da artéria coronária direita; 4: Segmento da artéria descendente posterior direita; 5: Segmento atrioventricular posterior direito; 6: Primeiro segmento póstero-lateral direito; 7: Segundo segmento póstero-lateral direito; 8: Terceiro segmento póstero-lateral direito; 9: Segmento perfurantes septais da descendente posterior; 10: Segmento(s) marginal aguda; 11: Segmento tronco da artéria coronária esquerda; 12: Segmento proximal da artéria descendente anterior; 13: Segmento médio da artéria descendente anterior; 14: Segmento distal da artéria descendente anterior; 15: Segmento do primeiro ramo diagonal; 15a: Segmento lateral do primeiro ramo diagonal; 16: Segmento do segundo ramo diagonal; 16a: Segmento lateral do segundo ramo diagonal; 17: Segmentos perfurantes septais da artéria descendente anterior; 18: Segmento proximal da artéria circunflexa; 19: Segmento médio da artéria circunflexa; 19a: Segmento distal da artéria circunflexa; 20: Segmento do primeiro ramo marginal obtuso; 20a: Segmento lateral do primeiro ramo marginal obtuso; 21: Segmento do segundo ramo marginal obtuso; 21a: Segmento lateral do segundo ramo marginal obtuso; 22: Segmento do terceiro ramo marginal obtuso; 22a: Segmento lateral do terceiro ramo marginal obtuso 23: Segmento de continuação da artéria circunflexa na junção atrioventricular; 24: Segmento do primeiro ramo póstero-lateral esquerdo; 25: Segmento do segundo ramo póstero-lateral esquerdo; 26: Segmento do terceiro ramo póstero-lateral esquerdo; 27: Segmento da artéria descendente posterior esquerda; 28: Segmento do ramus intermedius; 22a: Segmento lateral do ramus intermedius 29: Segmento do terceiro ramo diagonal; 29a: Segmento lateral do terceiro ramo diagonal. Os conceitos de anomalia são muitos e alguns divergem entre si, mas, em geral, dizem tratar-se de uma variação do que é encontrado em maior percentagem numa população. Angelini et al. definem uma anomalia coronariana como qualquer padrão que tenha uma característica

4 58 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. (número de óstios, trajeto proximal, número de ramos) raramente encontrada na população geral. Segundo o autor, devem ser considerados os seguintes critérios: é normal qualquer característica morfológica que seja observada em mais de 1% dos integrantes de uma população; é variante da normalidade uma característica morfológica relativamente incomum, mas prevalente em mais de 1% dos membros da mesma população; é anomalia uma característica morfológica vista em menos de 1% da população normal ou cuja prevalência varia em mais que 02 (dois) desvios-padrão do valor médio em uma curva de distribuição gaussiana (2,3). Ogden foi o primeiro a classificar as anomalias das artérias coronárias, em 1969, com base em critérios anatômicos, apenas, dividindo as variações em maiores, menores e secundárias (4). Em 2000, Dodge-Khatami et al. criaram uma nova classificação contendo sete categorias hierarquizadas conforme sua complexidade clínica: artérias coronárias se originando da artéria pulmonar, artérias coronárias com origem anômala na aorta, atresia congênita do tronco coronariano esquerdo, fístulas arteriovenosas coronarianas, artérias coronarianas formando pontes miocárdicas, aneurismas de artérias coronarianas e estenose coronariana. O autor avalia a estratificação de risco para cada malformação coronariana ao atribuir a elas um aspecto benigno ou deletério para a função cardíaca (5). A s a n o m a l i a s b e n i g n a s, s e m repercussões clínicas importantes para o indivíduo, representam a maioria dos dismorfismos coronarianos. Na artéria coronária esquerda, a variação anatômica mais comum da clássica bifurcação, encontrada em 14-40% dos casos(6), é o padrão de trifurcação, em que, juntamente com os ramos interventricular anterior e circunflexo, encontra-se, também, a artéria diagonalis (ou ramo intermédio). Este vaso, quando presente, surge entre os outros dois ramos e supre a parede ântero-lateral do ventrículo esquerdo. Além disso, o variado padrão encontrado nas anastomoses de ramos coronarianos abre um leque de possibilidades de circulação colateral que, em certos indivíduos, pode ser pobre, mas que em outros pode representar o diferencial entre a vida e a morte em casos de doenças coronarianas. O próprio ramo diagonalis tem sido citado como um importante ramo na circulação colateral por permitir redistribuição do fluxo em casos de obstrução dos dois ramos comuns. Este trabalho teve como objetivo estudar a artéria coronária esquerda (ACE) e suas variações anatômicas em corações do Laboratório de Anatomia Humana do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), sendo este tema escolhido devido à sua importância no entendimento de alterações patológicas decorrentes de alterações de fluxo sanguíneo, bem como na realização de exames e abordagens cirúrgicas no sistema de irrigação cardíaca. MATERIAL E MÉTODOS Foi feito um estudo do tipo observacional analítico

5 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. transversal com peças anatômicas pertencentes Para obtenção de fotos, a fim de registro, ao Laboratório de Anatomia Humana do CCBS utilizou-se, como equipamento fotográfico, a UFCG/ Campus de Campina Grande PB. câmera digital Samsung Es17. Foram selecionados, de modo aleatório, 47 corações humanos dissecados em que a RESULTADOS E DISCUSSÃO visualização da artéria coronária esquerda e das porções proximais de seus ramos foi possível; as Ao estudo, todos os troncos das artérias peças foram fixadas e conservadas com soluções coronárias esquerdas (segmentos 11, segundo a de formaldeído a 10% e 5%, respectivamente, em classificação da AHA) foram provenientes do seio recipientes plásticos próprios. Os corações com aórtico anterior esquerdo e seguiram pelo sulco lesões arteriais, cardiomegalia e/ou doença coronário até sofrerem ramificação. valvular comprovada por exame patológico não Os valores médios de comprimento e foram incluídos no estudo. diâmetro encontrados para a ACE foram de 15,2 ± Na maioria das peças, a artéria coronária 2,47 mm e 5,35 ± 1,27 mm, respectivamente. esquerda e as porções proximais de seus ramos Esses dados se aproximam dos de outros estavam completamente dissecadas. Em alguns autores. Ortale et al (2005), por exemplo, casos, houve necessidade de aperfeiçoar a obtiveram comprimento e diâmetro médios dissecção desses vasos para melhor observá-los. ligeiramente menores: 13,1 ± 2,8 mm e 5,0 ± 0,9 Para isso, fez-se uso de bisturi cabo nº. 03/ lâmina mm, respectivamente7. No presente estudo, nº. 10, bisturi cabo nº. 04/ lâmina nº. 20 e tesoura essas medidas variaram em proporção direta com Mayo Stille curva. Depois de prontos, os corações o comprimento longitudinal dos ventrículos foram analisados separadamente por dois esquerdos, cujo valor médio foi de 87 mm. examinadores independentes, que verificaram: o Quanto ao padrão de ramificação, foi ponto de saída da artéria coronária esquerda; observado que em 59,58% (28 corações) dos medidas de comprimento e diâmetro e topografia casos a ACE se bifurcou, originando o ramo dos vasos. Para efeito de comparação entre os interventricular anterior e o ramo circunflexo. Nos valores encontrados para as artérias, o 40,42% (19 corações) restantes, ocorreu variação comprimento longitudinal dos ventrículos anatômica, sendo que destes: esquerdos também foi medido. - Em 36,18% (17 corações), houve trifurcação da As medições de comprimento e largura ACE em ramos interventricular anterior, foram realizadas com a utilização de régua de circunflexo e intermédio; graduação mínima de um milímetro. Os valores - Em 2,12% (01 coração), além dos ramospadrão, a ACE emitiu duas artérias diagonalis, obtidos foram organizados em planilha do Microsoft Office Excel, por meio do qual foram devido à quadrifurcação da ACE (Figura 2) calculados médias e desvios padrões e percentil variação referida por alguns autores como simples. bifurcação da artéria diagonalis (8); 59

6 60 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. - Em outros 2,12% (01 coração) foi observada uma variação anatômica nova ainda não documentada na literatura na qual a artéria circunflexa parte de um ramo equivalente ao segmento 28 da classificação da AHA (ramo intermédio). Este ramo origina-se, juntamente com o interventricular anterior, no tronco da ACE. As evidências que sugerem origem anômala do segmento proximal da artéria circunflexa (segmento 18, segundo a classificação da AHA) são: o maior diâmetro do ramo intermédio e o surgimento daquele vaso distalmente à carina de bifurcação da ACE (Figura 3). As medidas de comprimento e diâmetro da ACE e do comprimento longitudinal dos ventrículos esquerdos (valores médios e das duas mais raras variações) estão apresentados na Tabela 1. Tabela 1. Medidas da ACE e do comprimento longitudinal do VE. Valor médio (mm) Padrões de ramificação variantes Quadrifurcação da ACE (mm) Origem anômala do segmento 18 (mm) Comprimento da ACE 15, Diâmetro da ACE 5, Comprimento longitudinal do VE Figura 2. Quadrifurcação da artéria coronária esquerda (ACE). Ao: aorta; RIA: ramo interventricular anterior; RCX: ramo circunflexo; * artérias diagonalis. REVISTA SAÚDE & CIÊNCIA 2011;55-65

7 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. 61 Figura 3. Origem anômala do ramo circunflexo (RCX) no segmento inicial do ramo intermédio (RIN). Ao: aorta; ACE: artéria coronária esquerda; RIA: ramo interventricular anterior. Diversos estudos a respeito da anatomia da artéria coronária esquerda e suas variações já foram publicados, especialmente após o surgimento da angiografia coronária seletiva. Em alguns deles, os dados são bastante divergentes, embora em outros seja possível identificar informações muito semelhantes. Em estudos similares a este, em que o método utilizado também foi o da dissecção de corações (Tabela 2), o percentual de casos com anatomia da ACE normal (com bifurcação) variou consideravelmente de um autor para outro. Kiliç et Kirici (2007), por exemplo, registraram um percentual de 86% para o padrão de bifurcação da ACE(9), enquanto Surucu et al (2004) e Fazliogullari et al (2010) encontraram valores próximos de 47,5% e 46%, respectivamente, para este mesmo padrão (8,10). O presente estudo, que mostra um percentual de 59,58% para o padrão bifurcado, assemelha-se aos dados de Leguerrier et al, que relataram 65-70% de corações sem variação no tipo de ramificação da ACE (11). Tabela 2. Comparação entre a frequência dos diferentes tipos de ramificação da ACE em vários estudos.

8 62 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. A variação anatômica da ACE mais frequente deste estudo foi a trifurcação, encontrada em 36,18% das peças, o que demonstra grande prevalência de corações com a artéria diagonalis. Gray et al relatam uma frequência de 33 a 50% dos casos para a trifurcação1, intervalo em que se incluem os achados do presente artigo. A artéria diagonalis e as anastomoses entre ela e os outros ramos da árvore arterial coronariana são citadas na literatura como importantes vias de circulação colateral, com significado especial em situações de insuficiência coronariana. Apesar disso, a essa variação está associado maior risco teórico de aterosclerose, em virtude da existência de uma nova área de turbilhonamento do fluxo sanguíneo. O padrão de trifurcação da ACE chama a atenção nos estudos de Surucu et al e Fazliogullari et al, nos quais há similaridade entre os percentuais de bifurcação e trifurcação. O s dados desses dois autores confirmam o que alguns pesquisadores têm discutido: o conceito de normalidade da anatomia das artérias coronárias. Atualmente, ainda não há um consenso que defina e caracterize um tipo padrão de ramificação desses vasos. Por isso, tem-se sugerido repensar a divisão normal da ACE, levando em consideração, inclusive, a possibilidade de variação entre populações humanas distintas. Entre os padrões de ramificação da ACE, a quadrifurcação foi o menos prevalente, com apenas um coração contendo esse disformismo, o que representa 2,12% do total de peças, valor que, diferentemente do que ocorreu para os outros tipos de ramificação, aproxima-se mais dos dados de Surucu et al, que obteve 2,5% de ACE' s quadrifurcadas. Alguns trabalhos descreveram essa variação como uma bifurcação do segmento 28 da classificação da AHA, tendo sido demonstrados casos em que a bipartição do ramo intermédio ocorre mais distalmente ao seu ponto de origem naace. Por fim, o presente estudo apresenta uma variação nova em que o ramo circunflexo tem origem anômala. Neste caso, o tronco da ACE se bifurcou, dando origem ao ramo interventricular anterior e ao ramo intermédio, de cujo segmento inicial partiu o ramo circunflexo. Outras variações do ponto de origem desse vaso foram descritas, como a artéria coronária direita e o seio aórtico anterior direito, consideradas mais comuns(12-17). A incidência de variações da artéria circunflexa em estudos angiográficos e de autópsia varia, segundo dados da literatura, entre 0,2% e 1,1%(18-24). Yamanaka e Hobbs descreveram as seguintes variações desse vaso: origem separada da artéria circunflexa (e da interventricular anterior) do seio de Valsalva esquerdo (513 casos, incidência de 0,41%, 30,4% de todas as anomalias); ausência da artéria circunflexa (com artéria coronária direita dominante) (04 casos, incidência de 0,003%, 0,24% de todas as anomalias); origem da artéria circunflexa do seio de Valsalva direito (467 casos, incidência de 0,37%, 27,7% de todas as anomalias) (22,24). Os autores referiram tais variações como benignas. Note-se que, de todas as anomalias por eles estudadas, as da artéria circunflexa somam quase 60%, o que permite concluir que se trata de um vaso com anatomia

9 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. bastante variável e que, embora nem sempre detectadas, pela inexpressividade clínica, suas alterações morfológicas devem estar presentes 2. Angelini P. Coronary artery anomalies current clinical issues: definitions, classification, incidence, clinical relevance, and treatment guidelines. Tex Heart Inst J. 2002; em grande parcela da população geral. Por isso, 2 9 ( 4 ). apesar de não descrita por outros autores, a origem anômala do segmento 18 (classificação da AHA) não é, necessariamente, uma variação rara. Apenas com rastreamentos amplos é que será possível identificar a real prevalência dessa apresentação anatômica da artéria circunflexa. 3. Angelini P, Velasco JA, Flamm S. Coronary anomalies: incidence, pathophysiology, and clinical relevance. C i r c u l a t i o n ; ( 2 0 ) CONCLUSÃO A anatomia das artérias coronárias, incluindo a da artéria coronária esquerda, não segue sempre o padrão esperado. As variações anatômicas desses vasos são comuns e representam importante campo de pesquisa para que se tenha conhecimento das anomalias embriologicamente determinadas, a fim de entender os processos patológicos que possam surgir em decorrência dessas alterações morfológicas. Para a cardiologia e a cirurgia cardiovascular, essas informações têm valor ímpar no diagnóstico e no tratamento de diversos agravos clínicos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Williams PS, Warwick R, Dyson M, Bannister LH. Gray anatomia. 37ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Ogden JA. Congenital anomalies of the coronary arteries. A m J C a r d i o l ; 2 5 ( 4 ) Dodge-Khatami A, Mavroudis C, Backer CL. Congenital heart surgery nomenclature and database project: anomalies of the coronary arteries. Ann Thorac Surg. 2000; 69(4) Vilallonga JR. Anatomical variations in the coronary arteries. Eur J Anat. 2004; 8(1). Disponível em: 7. Ortale JR, Filho JM, Paccola AMF, Leal JGPG, Scaranari CA. Anatomia dos ramos lateral, diagonal e Antero-superior no ventrículo esquerdo do coração humano. Rev Bras Cir C a r d i o v a s c ; 2 0 ( 2 ) Fazliogullari Z, Karabulut AK, Unver N, Uysal II. Coronary artery variations and median artery in Turkish cadaver hearts. Singapore Med J. 2010; 51(10). Disponível em:

10 64 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO. 9. Kiliç C, Kirici Y. Third branch derived from left coronary artery: the median artery. Gülhane Tip Dergisi. 2007; Kosar P, Ergun E, Öztürk C, Kosar U. Anatomic variations and anomalies of the coronary arteries: 64-slice CT angiographic appearance. Diagn Interv Radiol. 2009; Leguerrier A, Calmat A, Honnart F, Cabrol C. Anatomic variations of the common trunk of the left coronary artery. Bull A s s o c A n a t ; 6 0 ( ) Shirani J. Isolated coronary artery anomalies. Medscape J M e d emedicine. medscape. com/ article/ overview#showall 11. Surucu HS, Karaban ST, Tanyeli E. Branching pattern of the left coronary artery and an important branch. The median artery. Saudi Med J. 2004; 25(2). Disponível em: Frescura C, Basso C, Thiene G, Corrado D, Penneli T, Angelini A, et al. Anomalous origin of coronary arteries and risk of sudden death: a study based on na autopsy population of congenital heart disease. Hum Pathol. 1998; 29(7). 12. Abdellah AAA, Elsayed ASA, Hassan MA. Angiographic coronary artery anatomy in the Sudan Heart Centre. Sudan M e d J ; 2 ( 1 ) Mavi A, Serçelik A, Ayalp R, Pestemalci T, Batyraliev T, Gümüsburun E. Variants in origin of the left circunflex 13. Bezold LI. Coronary artery anomalies. Medscape J Med emedicine. medscape. com/ article/ coronary artery with angiography. Saudi Med J. 2002; 23(11). overview#showall 20. Cieslinski G, Rapprich B, Kober G. Coronary anomalies: 14. Bhimalli S, Dixit D, Siddibhavi M, Shirol VS. A study of variations in coronary arterial system in cadaveric human heart. World Journal of Science and Technology. 2011; 1(5). incidence and importance. Clin Cardiol. 1993; 16(1). df Kurjia HZ, Chaudhry MS, Olson TR. Coronary artery 15. D'Alessandro MP. Anatomy atlases [Internet]. [local desconhecido]: [instituição desconhecida]; c Disponível em: variation in a native Iraqi population. Cathet Cardiovasc D i a g n ; 1 2 ( 6 ).

11 ESTUDO DA ANATOMIA DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA E SUAS VARIAÇÕES: PERSPECTIVAS DE NOVA CLASSIFICAÇÃO Yamanaka O, Hobbs RE. Coronary artery anomalies in 126,595 patients undergoing coronary arteriography. Cathet Cardiovasc Diagn. 1990; 21( 1). Disponível em: Kardos A, Babai L, Rudas L, Gaál T, Horváth T, Tálosi L. Epidemiology of congenital coronary artery anomalies: a coronary arteriography study on a central European population. Cathet Cardiovasc Diagn. 1997; 42(3) Bergman RA, Afifi AK, Miyauchi R. Anatomy atlases [Internet]. [local desconhecido]: [instituição desconhecida]; c cular/text/arteries/coronary.shtml Recebido em: Agosto/2011 Aceito em: Setembro/2011

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