Mapeamento da Cobertura Vegetal do Município do Rio de Janeiro, 2010 Autores:
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- Bruna Marques Brezinski
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1 Mapeamento da Cobertura Vegetal do Município do Rio de Janeiro, 2010
2 Desafios Uma cidade com a natureza exuberante e diferenciada merece um levantamento a sua altura: Inédito Único no Brasil Multidisciplinar Resultados abertos ao público
3 Solução Aquisição das imagens de satélites de alta resolução e seu tratamento; Mapeamento propriamente dito, na escala de 1:10.000; Levantamentos Florísticos ; Criação do banco de dados dos fragmentos de floresta; Divulgação dos dados coletados e do cadastro de fragmentos florestais do Rio em formato de Sistema de Informação Geográfica, para consulta na internet.
4 Aquisição das Imagens Foram utilizadas imagens do sensor WorldView-2, junho /2010, com três bandas Natural Color e resolução de 50 cm. As imagens foram retificadas, realçadas e mosaicadas, visando dar correção geométrica e uniformidade.
5 Aquisição das Imagens
6 Mapeamento da Cobertura Vegetal As classes apresentadas tiveram como referências normas técnicas e legais. Os Manuais Técnicos da Vegetação Brasileira (IBGE, 1992) e de Uso da Terra (IBGE, 2006) forneceram as principais definições para as formações mapeadas e o apoio à modelagem dos dados. O arcabouço legal, da mesma forma, permitirá comparar as informações obtidas neste mapeamento com os subsequentes e com os realizados em outras cidades e regiões.
7 Mapeamento da Cobertura Vegetal A partir da definição das classes a serem mapeadas, realizou-se a interpretação visual das imagens. Dezenas de excursões de campo foram realizadas com o objetivo de eliminar possíveis dúvidas encontradas no decorrer da interpretação, permitindo a validação do mapeamento.
8 Mapeamento da Cobertura Vegetal
9 Classes de Mapeamento de Cobertura Vegetal e Uso das Terras, 2010 I - Cobertura Natural Floresta Ombrófila Densa II - Antropismos Estágio Inicial Herbácea Vegetação Secundária Estágio Médio Vegetação com influência marinha restingas Vegetação com influência flúvio-marinha Arbustiva Arbórea Manguezais Campos salinos Estágio Avançado Agricultura Reflorestamentos Vegetação arbóreo-arbustiva Vegetação com influência fluvial (brejo) Afloramento Rochoso Corpo d Água Continental Vegetação gramíneo-lenhosa Áreas Urbanas Atividades Extrativas Minerais
10 Levantamento Florístico Para realização dos levantamentos florísticos foi elaborado plano de amostragem para escolha dos fragmentos estudados dentre as principais unidades de paisagem. Foram adotadas duas abordagens: 1) De caracterização estrutural, fundamentou-se na coleta de dados dendrométricos, em 160 parcelas de 30 x 10 metros. Estas foram dispersas pelo município, abrangendo todas as fitofisionomias arbóreas e suas formações sucessionais.
11 Levantamento Florístico 2) Foi realizado levantamento fitossociológico aprofundado em fragmentos que apresentaram nível sucessional avançado ou composição climácica em cada um dos Maciços Montanhosos (Tijuca, Pedra Branca e Mendanha). Esta abordagem foi fundamentada no método da área mínima, visando garantir a definição de pelo menos 80% das espécies que caracterizam a fitofisionomia. Os resultados foram incorporados ao banco de dados do mapeamento.
12 Levantamento Florístico
13 Criação do banco de dados dos fragmentos de floresta Procedeu-se a criação de uma base de dados complexa, incorporando aos valores básicos do fragmento (área, id e classe de vegetação) os dados dos levantamentos botânicos.
14 Criação do banco de dados dos fragmentos de floresta Os dados dendrométricos dos levantamentos botânicos foram então associados aos fragmentos mapeados. Os dados foram montados em um Geodatabase, permitindo que os objetos geográficos disponham de geometria, atributos e comportamento.
15 Divulgação dos dados Os resultados do Mapeamento foram incorporados ao sistema de informação geográfica (SIG) desenvolvido especificamente para este fim, utilizando a solução ESRI ArcGIS.
16 Divulgação dos dados
17 Arquitetura do Sistema de Informação Geográfica Plataforma de desenvolvimento web: Microsoft ASP.NET; Linguagem de programação: C#; API do ArcGIS Server para Microsoft Silverlight; Servidor Web: IIS; Servidor para publicação de dados geográficos: ArcGIS Server 10; Estruturação e armazenamento das informações: Enterprise Geodatabase ArcSDE 10 /SQL Server 2008.
18 Arquitetura do Sistema de Informação Geográfica
19 Resultados O mapeamento revela a grande proporção que a Mata Atlântica ainda ocupa no Município. Somados os valores das classes de Floresta Ombrófila Densa, Vegetação Secundária, Restinga, Manguezal, Campo Salino e Brejo, chega-se ao valor de ha, ou seja, 28,89% do território. Demonstra ainda que as maiores concentrações de fragmentos de vegetação nativa estão presentes na Zona Oeste
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21 Mapeamento da Cobertura Vegetal e Uso das Terras do Município do Rio de Janeiro Áreas de Cobertura Vegetal de Mata Atlântica (Florestas, Mangues, Restingas e Brejos) 29% Outras áreas (Cursos d'água, praias, afloramentos e reflorestamentos) 5% Áreas Urbanas e Antropizadas 66%
22 Afloramento Rochoso 0,6% Praia 0,5% Corpo d'água continental 1,7% Solo Exposto 0,1% Reflorestamento 1,9% Floresta Ombrófila Densa Vegetação Secundária - Estágio Montana Floresta Ombrófila Densa Inicial 0,7% Submontana 2,5% 0,3% Vegetação Secundária - Estágio Médio 5,0% Áreas de Extração Mineral 0,3% Vegetação Gramíneolenhosa 11,1% Vegetação Arbóreo-arbustiva 7,1% Agricultura 4,3% Vegetação Secundária - Estágio Avançado 13,5% Restinga 1,6% Mangue 2,8% Apicum 1,1% Brejo 1,4% Área Urbana 43,5%
23 AP1 Áreas Urbanas e Antropizadas 89% Outras áreas (Cursos d'água, praias, afloramentos e reflorestamentos) 3% Áreas de Cobertura Vegetal de Mata Atlântica (Florestas, Mangues, Restingas e Brejos) 8%
24 AP2 Áreas Urbanas e Antropizadas 45% Outras áreas (Cursos d'água, praias, afloramentos e reflorestamentos) 11% Áreas de Cobertura Vegetal de Mata Atlântica (Florestas, Mangues, Restingas e Brejos) 44%
25 AP3 Áreas Urbanas e Antropizadas 91% Outras áreas (Cursos d'água, praias, afloramentos e reflorestamentos) 5% Áreas de Cobertura Vegetal de Mata Atlântica (Florestas, Mangues, Restingas e Brejos) 4%
26 AP4 Áreas Urbanas e Antropizadas 48% Áreas de Cobertura Vegetal de Mata Atlântica (Florestas, Mangues, Restingas e Brejos) Outras áreas (Cursos d'água, praias, afloramentos e reflorestamentos) 7% 45%
27 Outras áreas (Cursos d'água, praias, afloramentos e reflorestamentos) Áreas Urbanas e Antropizadas Áreas de Cobertura Vegetal de Mata Atlântica (Florestas, Mangues, Restingas e Brejos) AP1 AP2 AP3 AP4 AP5
28 Bairros com menos de 1% de cobertura de mata atlântica 80 Dentre os quais na AP3 63 Bairros com mais de 50% de cobertura de mata atlântica 9 Dentre os quais na AP4 5 Dentre os quais na AP5 2 Dentre os quais na AP2 2
29 Bairros com maior valor de área de cobertura vegetal de mata atlântica 1 GUARATIBA JACAREPAGUÁ CAMPO GRANDE VARGEM GRANDE ALTO DA BOA VISTA SANTA CRUZ RECREIO DOS BANDEIRANTES BANGU BARRA DA TIJUCA VARGEM PEQUENA 751
30 Bairros com maior percentual de cobertura vegetal de mata atlântica 1 ALTO DA BOA VISTA 88,42% 2 GRUMARI 76,70% 3 VARGEM GRANDE 71,94% 4 CAMORIM 69,24% 5 BARRA DE GUARATIBA 63,99% 6 JACAREPAGUÁ 62,26% 7 SÃO CONRADO 61,03% 8 GERICINÓ 58,01% 9 VARGEM PEQUENA 52,04% 10 GUARATIBA 49,95%
31 Bairros com maior valor de área de cobertura vegetal de mata atlântica por habitante Nome População (Censo IBGE 2010) Índice Florestal (Área em m² por habitante) 1 Grumari Camorim Alto da Boa Vista Vargem Grande Barra de Guaratiba Guaratiba Joá São Conrado Jacarepaguá Vargem Pequena
32 Instrumento de análise de grande precisão para gestão e tomada de decisões. Na FISCALIZAÇÃO, para o controle da grande área de cobertura vegetal nativa, intensamente pressionada pelas atividades urbanas. No LICENCIAMENTO, uma vez que o sistema exibe as características do fragmento a sofrer interferência (diversidade florística, tamanho, forma e estágio sucessional), permitindo que os técnicos tenham maior segurança na análise dos pedidos de implantação de atividades. Vantagem também poderá ser observada quando se determina a localização de áreas prioritárias para a implantação de Medidas Compensatórias, quando autorizado o corte de vegetação para estabelecimento de novas edificações.
33 A RECUPERAÇÃO se beneficiará Na identificação das áreas atualmente desprovidas de vegetação, com potencial de replantio. No estudo para a definição de corredores ecológicos visando restabelecer a conectividade entre fragmentos isolados. No uso do banco de dados do mapeamento que permite definir fragmentos onde o enriquecimento florístico é necessário para amenizar a perda de biodiversidade.
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