Monografia. Autor: Leonardo Ribeiro Fernandes Orientador: Prof. José Eduardo de Aguiar

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1 Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Departamento de Engenharia de Materiais e Construção Curso de Especialização emconstrução Civil Monografia " METODOLOGIAS PARA PRODUÇÃO DE PRÉ-FABRICADOS EM CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO COM ABORDAGEM DAS MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS QUE SURGEM NA FABRICAÇÃO E MONTAGEM " Autor: Leonardo Ribeiro Fernandes Orientador: Prof. José Eduardo de Aguiar Belo Horizonte Agosto / 2015

2 Leonardo Ribeiro Fernandes " METODOLOGIAS PARA PRODUÇÃO DE PRÉ-FABRICADOS EM CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO COM ABORDAGEM DAS MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS QUE SURGEM NA FABRICAÇÃO E MONTAGEM " Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Enfase: Tecnologia e produtividade das construções Orientador: Prof. José Eduardo de Aguiar Belo Horizonte Escola de Engenharia da UFMG Agosto / 2015 ii

3 Esta monografia é dedicada ao nosso maior e grandioso mestre DEUS. Dedico com um carinho especial a minha esposa Karina, aos meus filhos, minha família, aos meus colegas do curso em especial ao parceiro Evandro Gonçalves, ao professor José Eduardo de Aguiar e toda equipe da empresa Premo Construções. iii

4 RESUMO Este trabalho descreve as principais metodologias de fabricação das peças de pré-fabricado e as manifestações patológicas mais recorrentes que surgem durante o processo de produção e montagem de pilares e vigas pré-fabricadas em concreto armado e protendido. Através de acompanhamentos, inspeções diárias e análise dos check list do controle da qualidade são levantados dados das ocorrências das anomalias. São apresentadas as especificações das metodologias de aplicações e materiais para recuperação das manifestações patológicas, visando a correção e conformidade do produto para atender os requisitos da qualidade e durabilidade aumentando a vida útil das estruturas. Por fim, o trabalho descreve as melhores práticas para eliminação ou mitigação de tais problemas. Palavras-Chave: Concreto, pré-fabricado, patologias, controle da qualidade iv

5 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... ix LISTA DE TABELAS... x LISTA DE NOTAÇÕES, ABREVIATURAS... xi 1. INTRODUÇÃO OBJETIVO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA MATERIAIS QUE CONSTITUEM O CONCRETO DAS PEÇAS PRÉ-FABRICADAS Tipos de Cimento Portland Principais características técnicas do cimento ARI em relação aos demais tipos de cimentos Tipos de agregados para concreto Tipos de Adições para concreto Tipos de água para amassamento do concreto Tipos de aditivos para concreto Plastificante (Normal) Plastificante (poli-funcional) Superplastificante Superplastificante (policarboxilato) Plastificante Densificador Tipos de aços para concreto Tipos de inserts metálicos Tipos de desmoldantes para concreto TIPOS DE CONCRETO MAIS UTILIZADOS EM PEÇAS DE PRÉ-FABRICADOS Convencional Bombeável Concreto auto-adensável - CAA v

6 5.4 Concreto de alta resistência inicial (ARI) Concreto de Alto Desempenho ou Alta Resistência - CAD Concreto Extrusado ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO CONCRETO CONTROLE DO CONCRETO, DESVIO PADRÃO Controle concreto fresco Controle de concreto endurecido Desvio Padrão METODOLOGIA DE PRODUÇÃO DE PEÇAS PRÉ-FABRICADAS EM CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO Planejamento da produção Montagem da armação Montagem do conjunto forma e armadura Protensão Concretagem Transporte e lançamento do concreto Adensamento do concreto Juntas de Concretagem Cura Cura úmida Cura química Cura acelerada Acabamento após a concretagem Controle da qualidade da concretagem Acabamento de peças após saque Manuseio, estocagem, transporte e montagem das peças Controle da qualidade na produção de peças pré-fabricadas DURABILIDADE DO CONCRETO vi

7 10. PRÁTICAS QUE INFLUENCIAM A DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO Agressividade ambiental Qualidade do concreto Cobrimento nominal VIDA ÚTIL FATORES QUE INFLUENCIAM A DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NA PRODUÇÃO E MONTAGEM DE PEÇAS PRÉ FABRICADAS Presença de Quebras Textura de Superfície do concreto inadequada - Estética Presença de fissuras nas peças Fissuras mais comuns em peças de pré-fabricados TRATAMENTOS E RECUPERAÇÃO DAS PATOLOGIAS Procedimentos recomendados para correções das patologias encontradas Marcação das áreas a serem recuperadas Remoção do concreto nas áreas danificadas Delimitação das áreas de reparo com disco de corte Preparação do Substrato Execução de reparos superficiais com profundidade até 5 cm Execução de reparos profundidade acima de 5 cm Aplicação de graute vertido Aplicação de graute espatulado Argamassa fina para regularização e acabamento (estuque) Cura das argamassas de reparo Tratamento de fissuras não estruturais Selagem de fissuras em peças sujeitas a deformação BOAS PRÁTICAS RECOMENDADAS PARA EVITAR SURGIMENTO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS vii

8 15. 1 Seleção de materiais e dosagem do concreto Processo de produção das peças Transporte, lançamento e adensamento do concreto Cura do concreto Transporte, manuseio e montagem das peças Controle tecnológico do processo, materiais e concreto Ultrassonografia Localização e medição do cobrimento das armaduras CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS viii

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Inspeção de forma metálica Figura 2- Inspeção de peça após desforma Figura 3- Presença de quebra na lateral da viga durante estocagem Figura 4- Presença de quebra na extremidade da viga durante desforma Figura 5- Presença de vazamento de concreto no fundo da viga Figura 6- Presença de micro bolhas (porosidade) no concreto Figura 7- Presença de manchas e porosidade devido uso de desmoldante incorreto Figura 8- Viga apresentando exudação do concreto devido erro na dosagem Figura 9- Presença de retração na superfíice da viga devido cura inadequada Figura 10- Presença de retração na superfíice da viga devido cura inadequada Figura 11- Presença de fissuras transversais no pilar devido esforço durante verticalização da peça para montagem Figura 12- Recuperação extremidade da viga, utilizando forma de madeira e graute vertido Figura 13- Recuperação do consolo de pilar utilizando graute espatulado Figura 14- Viga apresentando lateral com boa qualidade Figura 15- Execução de ensaio especial de ultrassonografia em viga Figura 16- Execução adequada da cura através de lona Figura 17- Viga apresentando lateral com boa qualidade ix

10 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Características dos cimentos... 8 Tabela 2 - Evolução das resistências dos cimentos... 8 Tabela 3 - Influência dos tipos de cimento nas argamassa e concretos... 9 Tabela 4 - Classes de agresssividade ambiental (NBR 6118, 2014) Tabela 5 - Correspondência entre classes de agressidade e qualidade do concreto (NBR 6118, 2014) Tabela 6 Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento para c = 10 mm x

11 LISTA DE NOTAÇÕES, ABREVIATURAS ABCIC - Associação Brasileira das Construções Industrializadas de Concreto ABCP - Associação Brasileira do Cimento Portland ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas CP V ARI - Cimento Portland de Alta Resistência Inicial CP V ARI RS - Cimento Portland de Alta Resistência Inicial Resistente a Sulfatos MPa Mega Pascal CAD Concreto de alto desempenho NBR - Norma Brasileira NM - Norma Mercosul A/C: Água/cimento mm: Mílimetros cm: Centímetros Fck: Resistência característica do concreto á compressão aos 28 dias de idade. PCI - Precast Concrete Institute (Instituto do Concreto Pré-fabricado) CAA - Concreto auto adensável xi

12 1. INTRODUÇÃO A produção e montagem de pilares e vigas em pré-fabricado em concreto armado e protendido exige um bom e rigoroso controle da qualidade dos seus materiais e processos. Todas as fases da cadeia de produção devem ser bem planejadas para uma boa execução principalmente as atividades relacionadas a engenharia, concepção da obra, detalhamento de projetos, fabricação de fôrmas metálicas e todas etapas necessárias para concretagem das peças. Mal planejamento nas etapas de engenharia, produção, fabricação, montagem e não cumprimento das recomendações decritas em procedimentos operacionais e de controle contribuem significativamente para o surgimento das manifestações patológicas nas peças pré-fabricadas. Estas manifestações patologias podem possuir características dimensionais e/ou visuais podendo interferir na qualidade estética, funcional ou até mesmo estrutural. Quando não são realizados tratamentos e reparos adequados no proprio pátio de produção podem honerar o custo do projeto devido a necessidade de serem reparadas em obra aumentando o custo e prazo de entrega da obra, além de gerar insatisfações do cliente quanto a qualidade. Por este motivo são necessárias analises, diagnosticos, intervenções de tratamento para correção e adequação da conformidade das peças, melhorando sua qualidade e durabilidade, para serem utilizadas em obra com maior garantia da vida útil projetada. Projetos bem elaborados, materiais especificados tecnicamente corretos, procedimentos para execução definidos, controles da qualidade mais rigorosos, mão de obra treinada e qualificada são fundamentais para melhorar o desempenho e qualidade da fabricação das peças, eliminando o máximo das manifestações patológicas. 1

13 2. OBJETIVO Apresentar as principais metodologias para produzir e montar peças pré-fabricadas em concreto armado e protendido, abordando as principais patologias encontradas em pilares e vigas pré- fabricadas ocorridas durante o processo produtivo e de montagem, verificando suas causas raízes através de ferramentas de investigações para buscar na sequência as proposições adequadas para evitar ou mitigar tais ocorrências. Após conhecimento o trabalho especificará boas práticas, materiais e técnicas para a execução de tratamento e reparo, visando melhorar a qualidade estética, funcional, estrutural e durabilidade das peças. As lições aprendidas poderão ser aplicadas no uso correto de metodologias de produção, montagem, treinamentos de equipe e boa seleção de materiais, de forma que sejam cada vez mais utilizadas para a mitigação das patologias. 2

14 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA No Brasil a construção civil passa por uma revolução buscando sempre melhorias na qualidade dos serviços e produtos tornando se cada vez mais presente no ambiente das indústrias. Segundo VASCONCELLOS (2002), não se pode precisar a data em que começou a pré-moldagem. O próprio nascimento do concreto armado ocorreu com a pré-moldagem de elementos, fora do local de seu uso. Sendo assim, podese afirmar que a pré-moldagem começou com a invenção do concreto armado. Segundo FERREIRA (2003), o conceito de sistemas flexibilizados na produção vão além da fábrica, com a possibilidade da produção de componentes no canteiro, dentro de um sistema com alto grau de controle da qualidade e de organização da produção. As principais vantagens de utilização de projetos com sistemas préfabricados são: qualidade, economia, já que não há desperdícios na sua execução e montagem, menores prazos para entregas, unindo maior velocidade á redução de custos fixos, proporcionando a garantia de retorno finaceiro mais rápido para o investidor. A construção do edifício não está baseada simplesmente na montagem dos elementos na concepção da arquitetura diversificada, mas em uma série de fatores econômicos, logísticos, organizacionais e culturais. De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR9062/2006, entende-se como pré-moldado o elemento moldado previamente, fora do local de utilização definitiva da estrutura e em instalações temporárias (Canteiros de obras temporários), é definido como pré-fabricado todo elemento moldado, fora do local de utilização, porém industrialmente e em instalações permanentes de empresa destinada para esse fim. Segundo CAMPOS (2006), o Brasil dispõe hoje de um parque produtor de pré-fabricados, cuja experiência e a capacitação técnica permitem o desenvolvimento de produtos extremamente adequados a estas demandas. A falta de disseminação do uso de sistemas pré-fabricados abertos, baseados na utilização de componentes pré-fabricados com um alto valor agregado, é hoje mais uma questão cultural do que o fruto de uma limitação tecnológica 3

15 Para CAMPOS (2006), a industrialização progressiva do pré-fabricado no Brasil,vem vivenciando uma série de transformação, visando atender as exigências do mercado atual, promovendo qualificação no processo construtivo. Atendendo a demanda de projetos com racionalidade, estética, eficácia e otimizando desta forma, a pré-fabricação no país. As empresas de pré-fabricados possuem em sua maioria excelentes sistemas de Gestão da Qualidade através de departamentos para inspeções e controle da qualidade de todas as etapas de produção e montagem das peças. Os procedimentos para fabricação, montagem e controle da qualidade são elaborados de acordo com as normas técnicas vigentes, sendo a NBR 9062 Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado responsável pelas especificações técnicas, requisitos para os critérios de projeto, produção, manuseio, armazenamento, transporte, montagem, fases transitórias da construção, acabamento para finalização e entrega da obra. São realizados inspeções e ensaios no recebimento da matéria prima, garantindo a conformidade com os requisitos especificados e normatizados, impedindo o uso de produtos não conforme. O controle tecnológico dos materiais e do concreto é validado seguindo rigorosamente as especificações e procedimentos exigidos conforme as normas técnicas ABNT NBR Controle Tecnológico de materiais componentes do concreto Procedimento e da ABNT NBR Concreto de cimento Portland Preparo, controle e recebimento Procedimento. O processo de fabricação e montagem das peças exige um rigoroso e confiável controle da qualidade, entretanto, neste tipo de produção existem dificuldades que são inerentes ao próprio processo. Práticas inadequadas, procedimentos não cumpridos, materiais não especificados podem resultar em peças produzidas com desvios, anomalias dimensionais e estéticos não ideais para estruturas de concreto, ocorrendo em manifestações patológicas. Uma peça em concreto armado e protendido produzido inadequadamente, poderá no futuro apresentar manifestações patológicas estruturais, podendo comprometer a sua durabilidade e a segurança de quem utiliza essa estrutura. 4

16 Na construção civil o termo patologia é empregado quando o desempenho de uma estrutura, ou parte, dela não está conforme planejado, seja na capacidade mecânica, funcional ou estética. São analisados também o tempo e condições de exposição, que remetem a associação aspectos de durabilidade, vida útil e desempenho, segundo ANDRADE e ISAIA (2005). Algumas empresas apresentam dificuldades para identificar e prevenir essas manifestações patológicas de produção, por não possuírem referências e experiências próprias ou de outras empresas do setor, o que torna difícil a correção e precaução antecipada dos problemas de produção. Os pesquisadores MEKBEKIAN e AGOPYAN (1997) iniciaram pesquisas de adaptação de sistemas da qualidade como a ISO 9000 para a indústria de pré-fabricação. FILLIPI (2006) desenvolveu pesquisa utilizando o selo da qualidade ABCIC, relatando que procedimentos e cuidados na produção de pré-fabricados tornam as estruturas mais duráveis e resistentes. FORTE e PADARATZ (2004), fizeram um estudo sobre as manifestações patológicas em estruturas pré-fabricadas de concreto na região de Florianópolis, identificando problemas estruturais pré e pós-produção. JOUKOSKI, PORTELLA,GARCIA e demais colaboradores (2002) desenvolveram um estudo de identificação das principais falhas de produção em indústrias de postes préfabricados do Paraná. CÁNOVAS (1988) diz que:... a patologia na execução pode ser consequência da patologia de projeto, havendo uma estreita relação entre elas; isso não quer dizer que a patologia de projeto sendo nula, a de execução também o será. Nem sempre com projetos de qualidade desaparecerão os erros de execução. Estes sempre existirão, embora seja verdade que podem ser reduzidos ao mínimo caso a execução seja realizada seguindo um bom projeto e com uma fiscalização intensa. Patologia pode ser entendida como a parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas, e as origens dos defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema. ( HELENE 1992). 5

17 A escolha e a utilização inadequada de materiais, erro de dosagem, montagem inadequada de formas e utilização de elementos prejudiciais para a desmoldagem de peças, aplicação do concreto sem critérios ou cuidados, cura ineficiente, e transporte precário são algumas causas que dão inicio as patologias na estrutura, ou seja, todos estes fatores devem ser observados antes da execução das estruturas, com o único objetivo de manter as condições mínimas de produção destes elementos fabricados. (FORTES, 2004). Existem grande possibilidade de acontecer falhas na etapa de concepção do projeto da estrutura. SOUZA e RIPPER (1998) constataram que os responsáveis pelo encarecimento do processo de construção, ou por transtornos relacionados à utilização da obra, são geralmente as falhas originadas de um estudo preliminar deficiente, ou de anteprojetos equivocados. As falhas geradas durante a realização do projeto final de engenharia geralmente são as responsáveis pelo surgimento de patologia. A busca da melhoria contínua e garantia de entregar uma obra préfabricada em concreto no custo orçado, prazo planejado e qualidade das estruturas tem mobilizados as empresas para investirem cada vez mais em seus processos de controle visando adotar melhores práticas para análise de causas raízes para mitigação ou eliminação das patologias, tão como, procedimentos adequados para realização dos reparos e acabamentos, tornando as estruturas com um melhor padrão de qualidade e aumento da sua durabilidade visando garantir sua vida útil. 6

18 4. MATERIAIS QUE CONSTITUEM O CONCRETO DAS PEÇAS PRÉ- FABRICADAS Neste capítulo são apresentados os principais materiais e basicamente os mais utilizados na constituição do concreto aplicado para a fabricação de peças pre - fabricadas. 4.1 Tipos de Cimento Portland Geralmente nas fábricas de pré-fabricados se utiliza o cimento de alta resistência inicial, CP V ARI ultra rápido ou CP V ARI RS (resistente a sulfatos). Esta necessidade é devido ao requisito de projeto em função da elevada resistência às primeiras idades para transfêrenica e aplicação da protensão, saque das peças para acabamento e estocagem. Porém deve ser seguido um rigoroso procedimento de cura para evitar a retração e fissuração das peças. O cimento recebido na fábrica para produção das peças é rastreado, de maneira a garantir a correlação entre o lote de cimento recebido e o concreto produzido Principais características técnicas do cimento ARI em relação aos demais tipos de cimentos. As tabelas 1, 2 e 3 a seguir apresentam as principais carateristicas do cimento como resistência, evolução das resistências dos cimentos e a influência dos tipos de cimento nas argamassa e concretos 7

19 Tabela 1- Características dos cimentos CARACTERÍSTICAS DOS CIMENTOS Os cimentos brasileiros ultrapassam expressivamente as exigências mínimas das normas técnicas Cimento 1 dia 3 dias 7 dias 28 dias Norma Média Norma Média Norma Média Norma Média CP II-E-32-9,3 10,0 22,0 20,0 29,8 32,0 40,8 CP II-F-32-14,3 10,0 24,9 20,0 30,7 32,0 38,5 CP III-32-5,2 10,0 15,9 20,0 25,7 32,0 42,7 CP III-40-8,5 12,0 22,1 23,0 33,5 40,0 51,4 CP IV-32-12,0 10,0 21,2 20,0 27,2 32,0 38,8 CP V-ARI 14,0 25,1 24,0 35,5 34,0 41,8-49,8 CP V-ARI-RS 11,0 20,7 24,0 34,2 34,0 41,8-49,8 Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP Resistência à compressão em MPa AGOSTO Fonte ABCP, 2008 Tabela 2 - Evolução das resistências dos cimentos EVOLUÇÃO EM MPa DA RESISTÊNCIA DOS CIMENTOS 1 DIA 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS 91 DIAS 180 DIAS CPII-E-32 9,3 22,0 29,8 40,8 52,0 56,0 CPII-F-32 14,3 24,9 30,7 38, CPIII-32 5,2 15,9 25,7 42,7 50,2 54,6 CPIII-40 8,5 22,1 33,5 51,4 59,1 --- CPIV-32 12,0 21,2 27,2 38,8 46,4 --- CPV-ARI 25,1 35,5 41,8 49, CPV-ARI RS 20,7 34,2 41,8 49, Fonte: CONTROLE DO SELO DE QUALIDADE ABCP AGOSTO Fonte ABCP,

20 Tabela 3 - Influência dos tipos de cimento nas argamassa e concretos INFLUÊNCIA DOS TIPOS DE CIMENTO NAS ARGAMASSAS E CONCRETOS Influência Resistência à compressão Calor gerado na reação do cimento com a água Comum e Composto Padrão Tipo de Cimento Alto-Forno Pozolânico ARI Menor nos primeiros dias e maior no final da cura Menor nos primeiros dias e maior no final da cura Muito maior nos primeiros dias Resistente aos Sulfatos Padrão Branco Estrutural Padrão Padrão Menor Menor Maior Menor Maior Impermeabilidade Padrão Maior Maior Padrão Padrão Padrão Resistência aos agentes agressivos (água do mar e de esgotos) Padrão Maior Maior Menor Maior Menor Durabilidade Padrão Maior Maior Padrão Maior Padrão AGOSTO Fonte ABCP, Tipos de agregados para concreto Os materiais mais utilizados como agregados na fabricação de concreto para produção de peças são de origem: - rochas ígneas ou magnmáiticas como o granito, bassalto; - rochas sedimentares como o arenito, calcário; - rochas metamórficas como gnaisse, mármore. Os agregados devem atender às exigências da norma NBR 7211 e/ou limites de aceitação estabelecidos e documentados para atendimento às especificações do traço de concreto definido pela fábrica, no mínimo em relação aos ensaios de granulometria conforme NBR NM 248, teor de matéria orgânica conforme NBR NM 49 (somente areia), torrões de argila e materiais friáveis conforme NBR 7218 (somente areia). Deve-se determinar a umidade da areia diariamente, pela manhã e à tarde, preferencialmente no início da produção do concreto em cada turno ou a 9

21 cada alteração climática significativa, conforme método de Chapman descrito na NBR Tipos de Adições para concreto É denominado como adição mineral todos os sólidos minerais, em estado seco na forma pulverulenta, inertes ou ativo. As adições mais utilizadas na fabricação de peças pré-fabricadas são as microsílicas e o metacaulim. A análise dos ensaios da microsílica e do metacaulim é para verificar se a qualidade e uniformidade desses reativos utilizados na produção, satisfazem as exigências das especificações, bem como se a homogeneidade se mantém durante o decorrer da produção. Os aglomerantes (adições) devem atender no mínimo as exigências descritas na ABNT NBR Materiais Pozolânicos 4.4 Tipos de água para amassamento do concreto A princípio considera-se que toda água potável é apropriada para uso em concreto. A análise do ensaio visa verificar a qualidade da água que será utilizada para amassamento e cura do concreto. A água destinada à preparação e amassamento dos concretos deverá ser isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas: óleos, sais, ácidos, matéria orgânica e outras que possam interferir com as reações de hidratação do cimento ou afetar o bom adensamento do concreto. A análise qualitativa da água deve ser no mínimo anual, verificando a quantidade de resíduos sólidos, ph, ferro (para elementos aparentes e com funções estéticas), sulfatos e cloretos. As características da água deve atender às característícas técnicas especificadas na NBR NM

22 4.5 Tipos de aditivos para concreto O comportamento dos aditivos se deve a inúmeras variáveis, como sua natureza e quantidade empregada, composição e superfície específica do cimento, natureza e proporcionalidade dos agregados, compatibilidade entre materiais e adições, relação água/cimento, condições de cura, entre diversos outros (MAILVAGANAM, 1999). Os aditivos, eventualmente utilizados na preparação dos concretos, não poderão conter cloretos que venham a provocar a corrosão das armaduras e deverão atender as exigências das normas especificadas abaixo: ABNT NBR Aditivos para concreto de cimento Portland ABNT NBR Aditivos para argamassa e concretos - Ensaios de uniformidade ABNT NBR Verificação de desempenho de aditivos para concreto Plastificante (Normal) Os aditivos plastificantes têm por objetivo reduzir a quantidade de água necessária para a elaboração dos concretos, tornando-o mais plástico e com isso facilitando o lançamento e o adensamento. Os plastificantes agem fisicamente nos concretos, reduzindo a tensão superficial da água, gerando efeito lubrificante e criam um efeito dispersor de partículas finas. O percentual de aditivo plastificante (líquido) varia de % em relação ao peso do cimento, reduzindo, em geral, na quantidade da água de amassamento Plastificante (poli-funcional) Surgiu nos últimos anos os aditivos plastificantes denominados polifuncionais ou multifuncionais, produzidos a base de ácidos lignosulfônicos modificados. 11

23 Este tipo de aditivo têm dupla função, são plastificantes e retardadores e representam o meio termo entre os aditivos plastificantes normais e os super plastificantes Superplastificante Aditivos superplastificantes são produzidos a base de lignosulfonato de sódio, são largamente empregados em concretos fluídos e concretos de alto desempenho, principalmente àqueles dimensionados com adições (aglomerantes). Por serem mais enérgicos no seu efeito de redução de água mantém a plasticidade por um tempo maior que os plastificantes Superplastificante (policarboxilato) Os aditivos superplastificantes também chamados última geração, desenvolvidos a base de Éter policarboxilato modificado, por meio de sua ação química diferenciada esse aditivo consegue resultados bastante superiores aos superplastificantes à base de melamina ou naftaleno. Proporciona ao concreto uma manutenção da plasticidade por tempos prolongados, acima de 1 hora Plastificante Densificador Aditivo plastificante líquido, isento de cloretos. Na diluição com a água de amassamento, promove a redução de água e eleva a plasticidade. Empregado na fabricação de produtos com concreto seco, ou seja, abatimento nulo (slump zero). 12

24 4.6 Tipos de aços para concreto As barras de aço de categoria CA-50, CA 60 e cordoalhas utilizadas são de acordos com as bitolas e comprimentos indicados no projeto para execução das peças. O aço recebido para produção deve atender às exigências das normas NBR 7480, 7481, 7482 e/ou 7483 (de acordo com o tipo de aço utilizado), no mínimo em relação aos ensaios de: a) tração, bitolagem e dobramento, no caso de fios, barras e telas para concreto armado; b) tensão a 1% de alongamento, tração e relaxação (se necessário), no caso de fios e cordoalhas para concreto protendido. Geralmente os aços utilizados são do tipo soldável S. 4.7 Tipos de inserts metálicos Os detalhes construtivos em aço, necessários para transporte e ligação das peças pré-fabricadas na montagem, são embutidos e executados durante a produção, utilizando em sua maioria insertos, chapas metálicas, alças ou outros processos, sendo que estes materiais devem atender às especificações estabelecidas em projeto. Caso seja necessária a utilização de solda para a execução das ligações, esta deve ser realizada por profissional qualificado. 4.8 Tipos de desmoldantes para concreto Os desmoldante geralmente são recebidos na produção já pronto para consumo. Tem como finalidade evitar a adesão do concreto sobre a forma, favorecendo a desmoldagem e melhorando o acabamento superficial da peça. 13

25 Os tipos de desmoldantes mais utilizados para a produção de peças são a base de água, a base de óleos mineirais, a base de vegetais e a base biodegradável. 5. TIPOS DE CONCRETO MAIS UTILIZADOS EM PEÇAS DE PRÉ- FABRICADOS Neste capítulo serão apresentados os principais tipos de concreto e basicamente os mais utilizados na fabricação das peças pré-fabricadas. 5.1 Convencional Concreto comum cujo lançamento ocorre de modo tradicional, através de caçambas, carrinhos. Geralmente a consistência do concreto convencional, medida através do ensaio de abatimento (slump-test) é acima de 40 mm. Com relação à resistência à compressão pode atingir valores superiores á 50,0 MPa, de acordo com as necessidades da obra e/ou condições estabelecidas em projeto. Com relação à dimensão máxima do agregado graúdo o concreto convencional pode ser dimensionado com brita 0, 1 ou britas 1 e Bombeável Concreto lançado por intermédio de bombas hidráulicas que impulsionam o concreto através de tubos apropriados até o local da concretagem. Tem como vantagens a rapidez e facilidade de lançamento em locais de difícil acesso, grandes alturas e distâncias, redução significativa do tempo de concretagem e número de pessoas necessárias ao seu manuseio. O concreto bombeável tem como característica principal um maior teor de argamassa e uma maior plasticidade. 14

26 5.3 Concreto auto-adensável - CAA Considerado como um concreto especial e inovador, o concreto autoadensável (CAA) é uma evolução tecnológica dos concretos convencionais (CC) ou tradicionais. O CAA difere do concreto convencional basicamente por incluir em sua composição um aditivo superplastificante e, às vezes, um modificador de viscosidade, combinado com elevado teor de finos, podendo ser reativos, que garantem alta fluidez e estabilidade durante a concretagem (COLLEPARDI, 2001a). Portanto, a facilidade na operação da concretagem acarreta uma significativa melhora na qualidade e durabilidade das peças ou estruturas acabadas, minimizando a possibilidade de ocorrerem nichos ou outras falhas (TUTIKIAN, 2005). Este tipo de concreto é capaz de fluir, auto adensar pelo seu peso próprio, preencher a forma e passar por embutidos (armaduras, dutos e insertos), enquanto mantem sua homogeneidade (ausência de segregação) nas etapas de mistura, transporte, lançamento e acabamento. Como uma das grandes revoluções para a construção civil o CAA leva como suas principais vantagens a garantia de excelente acabamento superficial das peças eliminando nichos, falhas de concretagens e consequentemente maior durabilidade do concreto, maior impermeabilidade do concreto, aumento das possibilidades de trabalho com formas de pequenas dimensões, grande liberdade de formas geometricas das peças. O CAA elimina a etapa de vibração do concreto reduzindo sensivelmente a necessidade de acabamento das peças, proporcionando uma maior velocidade da produção. Permite a concretagem em regiões com grande densidade de armadura e proporciona uma facilidade no nivelamento do concreto nas peças. 5.4 Concreto de alta resistência inicial (ARI) Concreto que possui em sua composição o cimento de alta resistência inicial ou com cimento Portland comum ou composto, convenientemente dosado, 15

27 tendo como objetivo atingir aos 3 dias de idade, ou menos, resistências iguais ou superiores ao fck estabelecido no projeto. Valores que normalmente só seriam alcançadas com idade igual ou superior a 7 dias. Bastante utilizado em peças estruturais, convencionais ou protendidas. Na produção de peças pré-fabricadas proporciona uma maior rotatividade das formas e um menor tempo para transferência da protensão e estocagem das peças. Em função da desforma das peças acontecer em menores intervalos de tempo de cura, proporciona um melhor aproveitamento das formas, agilizando os tempos de execução das estruturas e economia considerável de custos com mão-de-obra. 5.5 Concreto de Alto Desempenho ou Alta Resistência - CAD Concreto aplicado para atender os projetos que requerem estruturas cada vez mais audaciosas, considerando-se não apenas a sua forma, esbeltez, altura e distância entre vãos, mas também o nível de carregamento previsto para a mesma. Para atender a estas novas condições os calculistas estão ficando cada vez mais ousados e progressivamente o fck das estruturas de concreto tem evoluído. Este tipo de concreto é dividido em dois grupos, conforme ABNT NBR "Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência" sendo: Grupo I :fck 10 MPa a 50 MPa Grupo II :fck 55 MPa a 80 Mpa 5.6 Concreto Extrusado O concreto extrusado é geralmente empregado na execução de lajes alveolares, possui um abatimento nulo, ou seja, slump 0. 16

28 O processo de extrusão exige um concreto com bom nível de coesão para que a peça não sofra deformação após a passagem da extrusora. A coesão está intimamente ligada ao teor de finos do concreto daí a especificação de consumo mínimo de cimento. Os alvéolos são formados por tubos com o concreto sendo compactado ao arredor dos mesmos. 6. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO CONCRETO A especificação técnica do concreto abrange diversas situações relativas a quantitativos ou proporções a serem adotada no dimensionamento do concreto, tais como: - Consumo mínimo ou máximo de cimento; - Tipo e/ou marca do cimento; - Definição do fator A/C (máximo ou mínimo) - Proporção de agregados Os valores de a/c definidos devem atender às exigências mínimas para cada categoria de concreto utilizado, conforme parâmetros definidos na NBR 6118 e NBR O concreto deverá apresentar características específicas em suas propriedades no estado endurecido, tais como: - Definição do módulo de elasticidade; - Caracterização da permeabilidade; - Resistência a temperaturas eleva. 17

29 7. CONTROLE DO CONCRETO, DESVIO PADRÃO Através de procedimento internos, listas, tabelas devem conter as especificações e metodologias estabelecendo para cada um dos traços, as seguintes informações: - volume ou peso de areia e identificação genérica de granulometria (média, grossa, etc,); - volume ou peso de brita e identificação genérica de granulometria (pedrisco, brita 1, etc.); - peso de cimento e sua especificação (classe e tipo); - fator água cimento (a/c) ou quantidade de água (em função das características da areia); - quantidade de aditivos (quando aplicável). Recomenda-se um controle diário da umidade da areia, que deve ser verificada duas vezes ao dia, sendo uma delas antes do inicio da produção do concreto. Para peças protendidas, os aditivos empregados no concreto ou na argamassa em contato com a armadura de protensão não podem conter ingredientes que possam provocar a corrosão do aço, sendo proibido o uso de aditivos à base de cloretos ou quaisquer halogenetos, conforme ABNT NBR 14861, ABNT NBR e ABNTNBR O concreto produzido na fábrica deve ser dosado, preparado e controlado seguindo as especificações estabelecidas pela NBR Deve ser realizada a rastreabilidade de todo o concreto lançado, correlacionando as peças produzidas com os resultados de ensaio de resistência. O concreto após produção deve ser transportado através de caçambas ou carrinhos específicos que não permitam segregação, diretamente do local de produção para as fôrmas das peças pré-fabricadas. 18

30 Os locais de produção e transporte (betoneiras, caçambas, etc) deve ser lavados após 6 horas de uso ininterrupto ou sempre que houver paralisação por mais de 1 hora. 7.1 Controle concreto fresco Quando for utilizado concreto usinado por uma concreteira externa da fábrica de produção, antes de sua aplicação nas formas, deve ter sua consistência analisada com a realização do ensaio de abatimento de tronco de cone, de acordo com as exigências da norma NBR NM 67 e para concreto autoadensável, deve ter sua consistência analisada com a realização do ensaio de espalhamento, de acordo com as exigências na norma NBR Para a tolerância de variação da água de amassamento, em casos específicos, pode ser adimitidido uma variação de + 0,02 em termos de fator água/aglomerante da mistura de concreto. Variações de água que ultrapassam este valor obrigarão a novos ajustes da mistura de concreto através de dosagens experimentais no laboratório. A água de amassamento será ajustada na central de concreto para reproduzir as faixas de trabalhabilidade ao concreto fresco, de acordo com o abatimento (Slump ou Flow) especificado. 7.2 Controle de concreto endurecido O controle da resistência a compressão axial simples do concreto permitirá acompanhamento do desempenho das misturas de concreto da produção, bem como verificar a conformidade do nível de resistência do concreto fabricado com relação ao valor característico de projeto. Amostragem destinada à moldagem de corpos-de-prova deve ser retirada de acordo com NBR Amostragem de concreto fresco. Os ensaios deverão seguir as especificações de execução de acordo com a norma ABNT NBR Concreto - Ensaio de compressão de corpos-deprova cilíndricos 19

31 Os resultados deverão atender os requisitos especificados nas ABNT NBR e ABNT NBR Desvio Padrão O desvio padrão dos traços deve ser determinado em função do controle estatístico dos resultados dos ensaios de resistência conforme NBR Para cálculo de desvio padrão do fcj para transfência de protensão e desforma, recomenda utilizar a NBR ( controle de produção). O controle tecnológico do concreto deve atender às especificações de: - Resistência final - Resistência de desprotensão - Resistência de desforma 8. METODOLOGIA DE PRODUÇÃO DE PEÇAS PRÉ-FABRICADAS EM CONCRETO ARMADO E PROTENDIDO 8.1 Planejamento da produção O planejamento da produção se torna atividade importantíssima na operação, considerando a interface entre as áreas: comercial, orçamento, projeto (engenharia), suprimentos, produção, montagem e financeiro. Tal planejamento possibilita o acompanhamento diário, semanal, mensal e anual. 8.2 Montagem da armação O tipo, quantidade, bitola e dimensionamento das barras será aquele detalhado no projeto. O estoque do aço (bruto recebido ou armaduras montadas) deve ser realizado em local afastado do solo e/ou demais fontes de umidade, de modo a 20

32 garantir a não ocorrência de oxidações excessivas, carepas, materiais aderidos, deformações ou dobramentos (antes da montagem). O armazenamento deve ser separado por tipo (bitola, rolos, painéis, etc.), devidamente identificados por tipo. As armaduras montadas (se estocadas) são identificadas de acordo com a peça ou elemento a que se destinam. O transporte do aço até o local de produção da peça deve ser realizado garantindo a não ocorrência de deformações e no caso de armaduras prémontadas evitar rupturas dos vínculos de posicionamento, conformação das armaduras pré-montadas (incluindo sua identificação) e posicionamento de elementos de ligação ou ancoragens. Para garantir o cobrimento da armadura de acordo com o projeto, serão utilizados como mantenedores do recobrimento, espaçadores plásticos industrializados, espaçadores de grout ou argamassa, mantendo as mesmas características do concreto (resistência, a/c, adensamento, cura, rastreabilidade) com dimensões que garantam o espaçamento indicado nos projetos. O posicionamento e quantidade dos espaçadores na armadura deverão ser em função do tipo e peso da mesma para manter a regularidade do cobrimento conforme especificado em projeto. A montagem e cobrimento devem atender às disposições de projeto e a limpeza deve ser verificada visualmente. 8.3 Montagem do conjunto forma e armadura Em pré-fabricados usam-se predominantemente moldes metálicos, favorecidos pela maior repetição dos elementos construtivos, e com uma vantagem adicional de resultar em um melhor acabamento. (MELO, 2007). As formas para produção devem ser estáveis e possibilitar as peças pré-fabricadas uma superfície uniforme. Sua execução deve ser realizada conforme especificações de dimensionamento, montagem, ancoragem, limpeza e desmoldagem. 21

33 As formas para concreto armado ou protendido devem ter suas dimensões, detalhes, estabilidade, rigidez e limpeza verificadas, inspecionadas e liberadas antes da concretagem. A estabilidade, rigidez, limpeza e lubrificação devem ser verificadas visualmente. Quanto á dimensões das peças, posição de furos, insertos, alças e recortes devem atender o especificado no projeto da peça, aceitando-se desvios com tolerância conforme NBR e NBR A aplicação do desmoldante e a calafetação deve ser realizada antes do fechamento das formas e da colocação da armadura. É aconselhado a aplicação do desmoldante através de espuma ou pistola de aplicação, evitando excessos. Quando necessário a vedação das formas poderá ser feita com através de quebra quinas de borracha e aplicação de silicone. 8.4 Protensão A armação para concreto protendido deve ter montagem, cobrimento, carga de tração e limpeza verificadas antes da concretagem. A limpeza das cordoalhas deve ser verificada visualmente, a posição e cobrimento devem atender às disposições de projeto. A protensão deve ser conferida pela comparação dos valores encontrados durante a leitura nos manômetros ou dinamômetros com a determinação da carga pela medida do alongamento das cordoalhas ou fios. Os valores não podem apresentar diferença superior a 5%. 8.5 Concretagem A dosagem do concreto pré-fabricado deve apresentar uma qualidade de nível superior e ser isento de imperfeições que prejudiquem a estética das peças, pois normalmente, é utilizado de modo aparente, como material de 22

34 acabamento final. Por isso, é necessário um adequado estudo inicial de dosagem precedendo a aplicação do concreto em fábrica. (MELO, 2007). O tipo de concreto dependerá do fck do concreto, das dimensões das peças e espaçamentos das armaduras. 8.6 Transporte e lançamento do concreto No caso de lançamento do concreto por funil, caçambas ou balde as superfícies internas devem ser limpas antes e depois da concretagem. O concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, evitando-se incrustação de argamassa nas paredes das formas e nas armaduras. Cuidados devem ser tomados para manter a homogeneidade do concreto. A altura da queda livre não pode ultrapassar a 2.0m. Durante o lançamento de concreto em peças estreitas e altas, pode ser realizado através de janelas abertas na parede lateral, ou por meio de calhas, podendo haver auxílio dos vibradores de parede. Quando se utilizar vibradores de forma externos, estes devem ser dispostos em quantidades e distâncias tais entre si que garantam o adensamento uniforme do concreto mesmo nos pontos mais afastados dos vibradores. As camadas horizontais devem ser lançadas com espessuras de 15 a 30 cm, nunca ultrapassando ¾ da altura da agulha do vibrador. Não se podendo atender a esta exigência, devem ser empregados vibradores externos, réguas vibratórias e outros processos de adensamento. No caso da utilização do concreto auto-adensável, está dispensada a utilização de vibração. Deve se evitar acumulos de concretos nas formas para não deformálas, sendo que a nova camada deve ser lançada antes do inicio da pega da camada anterior. As espessuras das camadas devem estar compatíveis com os equipamentos de vibração, devendo a velocidade de lançamento ser menor que a 23

35 de compactação. compactação da camada anterior. Somente lançar novas camadas após o término de 8.7 Adensamento do concreto O adensamento deve ser cuidadoso para que o concreto preencha todos os recantos da forma. Durante o adensamento devem ser tomadas as precauções necessárias para que não se formem ninhos ou haja segregação dos materiais. Deve-se evitar, quando da utilização de vibradores de imersão, o contato do vibrador com a armadura, para que não se formem com a vibração vazios a seu redor com prejuízo da aderência. O vibrador de imersão deve penetrar pelo menos 5 cm na camada anterior para efetuar a costura, sendo a aplicação lenta, o mais próximo possível da posição vertical. A retirada do vibrador deverá ser de forma lenta, em torno de 8 segundos, para que o orifício se feche naturalmente e a sua permanência em cada ponto de aplicação no interior da massa de concreto não deverá ser superior a 15 segundos. O raio de atuação de um vibrador aferido (freqüência de rpm) é em torno de 10 vezes o seu diâmetro. Por tanto para haver um bom adensamento, com entrelaçamento das camadas vibradas a distância entre dois vibradores devem ser de 15 vezes o diâmetro deles. Quando utilizados vibradores de parede estes deverão ser posicionados de maneira uniforme para facilitar o adensamento em toda a extensão da peça. 8.8 Juntas de Concretagem As juntas de concretagem originadas de plano ou de lançamento descontínuo serão tratadas após o início da pega do concreto. Este tratamento consiste na retirada da pasta de modo que o agregado graúdo fique aparente e a superfície bem rugosa. 24

36 A superfície da junta de concretagem, no início do endurecimento do concreto, deve ser apicoada e/ou executado corte verde aplicando-se jato de água sob pressão de modo a remover a pasta para expor o agregado graúdo. O corte verde deverá ser executado em período compreendido entre 8 e 12 horas após a interrupção da concretagem. Imediatamente antes do reinício da concretagem, a superfície da junta deve ser perfeitamente limpa com ar comprimido e jato d'água, de modo que todo o material solto seja removido e a superfície da junta fique saturada. As juntas devem ser planejadas evitando as regiões de tração ou maior esforço cortante da peça. 8.9 Cura Segundo MEHTA e MONTEIRO (1994), [...] os dois objetivos da cura são impedir a perda precoce de umidade e controlar a temperatura do concreto durante um período suficiente para que se alcance um nível de resistência desejado. Os processos de cura úmida visam garantir as reações de hidratação e retardar a retração dos concretos, de forma que o concreto possa desenvolver resistência razoável antes que se manifestem as tensões de tração nas superfícies das peças (THOMAZ, 1989). Deve ser realizada obrigatoriamente a cura do concreto produzido, evitando-se a retração do mesmo após a concretagem, até no mínimo a desforma ou desprotensão da peça pré-fabricada. A cura favorece a hidratação do cimento e, portanto, o aumento das resistências do concreto, evita o processo de fissuração por retração plástica e proporciona ao concreto menor permeabilidade, sendo assim, deverá ser verificado no plano de concretagem qual será o produto utilizado. O concreto deve ser protegido contra agentes prejudiciais, tais como mudanças bruscas de temperatura, secagem, chuva forte, água torrencial, 25

37 agentes químicos, bem como choque e vibrações de intensidade tal que possam produzir fissuração na massa do concreto, ou prejudicar a sua aderência à armadura, enquanto não atingir endurecimento satisfatório Cura úmida Proteção do concreto utilizando água potável, pelo tempo necessário à hidratação adequada, levando em conta a natureza do cimento Cura química A cura química é indicada para grandes áreas. Não sendo necessário umedecer várias vezes a mesma região. As superfícies curadas através de produtos químicos, não deverão receber pinturas ou revestimentos posteriores, a não ser que o produto seja removido por apicoamento, lixamento mecânico e hidrojateamento de alta pressão Cura acelerada Para antecipar o endurecimento do concreto pode ser utilizado o processo por tratamento térmico adequado e devidamente controlado, não se dispensando as medidas de proteção contra a secagem. Este tratamento térmico isento de vapor em contato com os elementos de concreto, a superfície do concreto deve ser protegida contra a secagem, mantendo-se umedecida a superfície, ou protegendo-a com uma camada impermeável resistente à temperatura imposta pelo tratamento. Os principais controle para o tratamento térmico são: do calor; a) tempo de espera entre o fim da concretagem e o início da aplicação 26

38 b) velocidade máxima da elevação da temperatura; c) temperatura máxima; d) tempo de aplicação do calor; e) esfriamento. Conforme a NBR 9062 este tratamento deve ser efetuado em ambiente vedado por material isolante, lonas, lençóis plásticos ou outro material adequado, de maneira a garantir a saturação do vapor e impedir excessiva perda do calor e umidade. A vedação deve impedir também a formação de correntes de ar frio do exterior Acabamento após a concretagem As peças pré-fabricadas recebem um acabamento após a concretagem, geralmente conhecido como acabamento verde. Trata-se de um acabamento na superfície superior das peças executado conforme especificado no projeto individual de cada peça de acordo com a aplicação durante a fase de montagem e utilização definitiva na obra. Os tipos de acabamento após concretagem, são: - Superfície lisa e desempenada - Superfície queimada - Superfície rugosa 8.11 Controle da qualidade da concretagem Para controle da qualidade da concretagem pode ser verificado durante o processo de produção: a) Trabalhabilidade do concreto; b) Altura, quantidade e tempo de lançamento; 27

39 c) Perfeitas condições dos vibradores quanto a energia, alcance e tempo de adensamento; d) Qualidade do acabamento; e) Procedimento de cura adequada Acabamento de peças após saque Sempre que necessário, deve-se fazer reparo nas estruturas préfabricadas que apresentem problemas de fissuras, bolhas ou bicheiras, os quais podem causar prejuízos estéticos ao concreto. A estucagem (argamassa) é necessária para preencher os pequenos defeitos de execução, e o caldeamento (pasta fluida) é aplicado na superfície do concreto para conferir maior homogeneidade às superfícies, depois de reparadas. (MELO, 2007). Após o saque das peças realizam acabamentos visando atingir uma melhor aparência e qualidade estética das peças. Os tipos de acabamentos mais utilizados são: a) Lixamento dos quebra-quinas das extremidades da face de enchimento das peças e laterais, retirando as rebarbas; b) Acabamento nas extremidades das peças protendidas cortando a ponta das cordoalhas excendentes, aplicando argamassa e posteriormente uma pintura através de tinta á base de epóxi; c) Eliminação de pequenas manchas presente nas peças; d) Colagem do aparelho de apoio tipo neoprene na posição indicada em projeto; e) Limpeza de inserts metálicos e chumbadores tipo parafuso ou vergalhão. 28

40 8.13 Manuseio, estocagem, transporte e montagem das peças As peças devem ser suspensas e movimentadas por intermédio de máquinas, equipamentos e acessórios apropriados em pontos de suspensão localizados nas peças de concreto perfeitamente definidos em projeto, evitando choques e movimentos abruptos. O local de estocagem das peças deve estar limpo e desobstruído de obstáculos que possam dificultar o seu manuseio, inspeção e acabamento. O armazenamento deve ser efetuado sobre dispositivos de apoio, assentes sobre terreno plano e firme. Podem ser formadas pilhas, intercalando-se dispositivos de apoio para evitar o contato das superfícies de concreto de dois elementos superpostos. Tais apoios devem ser posicionados em regiões previamente determinadas pelo projeto, e devem ser constituídos ou revestidos de material suficientemente macio para não danificar as peças de concreto. O transporte deve ser efetuado em veículos apropriados às dimensões e peso dos elementos pré-moldados, garantindo-se as condições de apoio previstas no projeto. As peças dispostas em uma ou mais camadas devem ser devidamente escorados para impedir tombamentos, deslizamentos longitudinais e transversais durante as partidas, freadas e trânsito do veículo. A superfície de concreto deve ser protegida, para não ser danificada, nas regiões em contado com cabos, correntes ou outros dispositivos metálicos. A montagem deverá prever um planejamento para toda a logística de transporte, sequência de lançamento das peças no local definitivo, plano de ringging para os içamentos, manuseios das peças e principalmente um plano de segurança especifica para cada obra. Como partes fundamentais das atividades e evolução da montagem, devem ser seguidas as principais etapas abaixo: a) Conferência fundação; b) Montagem e solidarização de pilar; 29

41 c) Montagem e solidarização das vigas; d) Montagem de lajes alveolares; e) Acabamentos de obras. montagem são: Os principais pontos importantes para controle da qualidade durante a a) Cálice e bloco de Fundação: Posição e Nível; b) Pilar: Prumo, posição e nível de consolos; c) Vigas: Nível sobre apoios, prumos e distribuição das juntas de ajustes; d) Laje alveolares: nível e posição; e) Verificação da execução das ligações: grout, concreto, solda e tirantes; f) Verificação dos acabamentos especificados no Projeto; g) Limpeza final das peças. Após o lançamento definitivo das peças realizam-se acabamentos visando melhorar a aparência, qualidade estética e funcional da obra. Os tipos de acabamentos mais utilizados são: a) Corte das alças de içamento das peças; b) Acabamentos de pequenos lascamentos ocasionados pelo manuseio e transporte; c) Limpeza das peças; d) Impermeabilização de saída d água e bocais de vigas; e) Soldagem de chumbadores/ inserts de vigas; f) Impermeabilização de calhas em vigas e telhas g) Aplicação de selante elástico nas juntas externas conforme projeto Controle da qualidade na produção de peças pré-fabricadas O controle tecnológico dos materiais e do concreto é validado seguindo as especificações e procedimentos exigidos conforme as normas técnicas ABNT NBR Controle Tecnológico de materiais componentes do concreto 30

42 Procedimento e da ABNT NBR Concreto de cimento Portland Preparo, controle e recebimento Procedimento. Diariamente são realizadas inspeções dimensionais e visuais em toda a fase de produção, tais como montagem da armação, montagem das formas metálicas, fixação de acessórios de ligações, inserts, SPDA (sistema de proteção de descarga atmosférica), tubulações, execução de protensão, dosagem, lançamento, adensamento e cura do concreto, transferência de protensão e desforma (saque) e acabamento final do produto. As peças no processo de produção e já produzidas recebem identificações de acordo com os projetos, procedimentos internos e especificações, para montagem em obra, de modo a prevenir seu uso inadequado, permitindo a recuperação de sua história durante a fabricação. Após o saque as peças são inspecionadas visualmente identificando a ocorrência de deformações muito acentuadas, falhas de concretagem e fissuras ao longo das peças, nos cantos e zonas de tensão de protensão, quando existirem. As dimensões das peças devem atender às especificações de projeto, aceitando-se as tolerâncias dimensionais para o elemento pré-fabricado requeridas pela NBR 9062 Projeto e Execução de Estruturas de concreto Prémoldado. Caso as peças não atendam às exigências de aceitação estabelecidas pela norma, as mesmas devem ser identificadas e apresentar disposições definidas por um profissional responsável, tais como refugo, reparos, ajustes, uso alternativo fora da obra do cliente. As fábricas estabelecem sistemáticas de identificação da aprovação ou não de cada peça pré-fabricada produzida, liberada para expedição e montagem. As inspeções realizadas nas formas, nas armações, nas concretagem e peças prontas, ao longo da sua produção devemser registradas em formulários de tipo checklist, previstos nos procedimentos internos, podendo ser rastreados a partir da identificação e data de fabricação da peça. Todos os equipamentos de medição e inspeção utilizados devem ser identificados e calibrados periodicamente. As etiquetas de calibração devem ser mantidas no equipamento para comprovar sua verificação. 31

43 Serão representados na figura 1 e figura 3 a inspeção de forma e inspeção de peças prontas. Figura 1 Inspeção de forma metálica Fonte - IT Premo, 2015 Figura 2- Inspeção de peça após desforma Fonte IT Premo,

44 9. DURABILIDADE DO CONCRETO Segundo HELENE (1997), a durabilidade das estruturas de concreto deve ser uma resultante das ações realizadas em todas as etapas do processo construtivo (concepção ou planejamento, projeto, fabricação de materiais e componentes, execução e uso da estrutura). Nesta última etapa são realizadas as vistorias, monitoramento e manutenções preventivas e corretivas, indispensáveis numa consideração acerca da vida útil da estrutura. Durabilidade do concreto de cimento Portland é definida como sendo a capacidade de resistir a intempéries, ataques químicos, abrasão ou outros processos de deterioração. O concreto preservará sua forma, qualidade e capacidade de uso original quando exposto ao ambiente ao qual foi projetado. Um material chega ao fim de sua vida útil quando suas propriedades, sob condições de uso, tiverem sido deterioradas de maneira que a sua utilização se torna insegura e caro para ser recuperada (AMORIM, 2010). A durabilidade dos materiais de construção a ser empregados nas estruturas deve ser bem analisada, tanto quanto os outros aspectos de projeto e custo inicial, pois, o custo de reparo e substituição das estruturas por falhas dos materiais é parte substancial no orçamento total da construção (AMORIM, 2010). De acordo com MEHTA e MONTEIRO (2008), o concreto é um material que desperta grandes interesses de sua utilização por parte dos projetistas de estruturas devido a sua resistência. Porém, tem que se ter idéia de sua durabilidade, mesmo sendo aplicado com todos os cuidados necessários para se obter um produto de qualidade, como: dosagens, lançamentos e cura. Pode ser um material durável na maioria dos ambientes, mas, nos casos de deterioração prematura, podem trazer grandes lições para os responsáveis pelas estruturas. O desempenho das estruturas de concreto armado dependerá dos cuidados a serem adotados nas fases, de projeto, execução, controle de materiais, programa de manutenção. Deve-se dar ênfase em fatores que determinam à durabilidade das estruturas, produzindo peças menos permeáveis, mais compactas, treinar a mão de obra para que se aplique o produto de acordo com as especificações, executar a cura do concreto com eficiência, desenvolver 33

45 mecanismos para barrar os agentes agressivos que estão presentes na atmosfera como, o gás carbônico, oxigênio, e chuvas ácidas (AMORIM, 2010). 10. PRÁTICAS QUE INFLUENCIAM A DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO Muitas estruturas de concreto apresentam deterioração precoce, devido a muitos erros cometidos na fase de projeto e na execução obra. A falta de detalhes construtivos importantes, erro na especificação dos materiais, uso de dosagens inadequadas, deficiência de conhecimentos da mão de obra, incluindo os encarregados e engenheiros, cura insuficiente, etc, determinam a redução da vida útil do concreto, onde os maiores problemas referentes à durabilidade são a alta permeabilidade, baixa compactação e deficiência da camada de cobrimento das armaduras (AGUIAR, 2006). A NBR 6118:2003 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, pela primeira vez no Brasil, introduziu diretrizes para a durabilidade das estruturas de concreto. A referida Norma apresenta um quadro com a classificação das agressividades ambientais, onde as estruturas deverão estar enquadradas. A partir deste quadro são feitas exigências quanto à classe do concreto, relação água/cimento e ao cobrimento nominal das armaduras (AGUIAR, 2006) Agressividade ambiental A agressividade do meio ambiente está relacionada com as ações físicas e químicas que atuam sobre a estrutura de concreto, independente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica e da retração hidráulica (AGUIAR, 2006). Classificação das obras de acordo com a exposição ambiental da estrutura ou suas partes, conforme Tabela 4 abaixo (NBR 6118, 2014). 34

46 Tabela 4- Classes de agressividade ambiental (NBR 6118, 2014) 10.2 Qualidade do concreto A durabilidade das estruturas é diretamente relacionada com a qualidade do concreto. Ensaios que comprovam o desempenho da durabilidade da estrutura, frente ao tipo e nível de agressividade ambiental, devem ser realizados para estabelecer os parâmetros mínimos que devem ser utilizados no projeto e execução das obras. (AGUIAR, 2006). Na ausência destes ensaios, quase sempre constatada, e devido a uma forte correlação entre relação água/cimento e a resistência à compressão do concreto, a Norma permite adotar alguns requisitos mínimos quanto à qualidade do concreto (AGUIAR, 2006). Será apresentado na Tabela 5 a correspondência entre classes de agressidade e qualidade do concreto. 35

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