ISEL. Mini-hídrica da Mesa do Galo. Relatório de Visita de Estudo. 3 Junho Secção de Sistemas de Energia
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- Inês Braga Beltrão
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1 ISEL INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E AUTOMAÇÃO Relatório de Visita de Estudo 3 Junho 2005 Secção de Sistemas de Energia Junho 2005
2 Índice 1. Objectivos 2. Enquadramento 3. Localização 4. Descrição da Central Mini-hídrica Anexos 1. Contactos 2. Docentes do ISEL que acompanharam a visita 1
3 1. Objectivos Observar uma Mini-hídrica com mais de meio século. Analisar as semelhanças entre uma mini-hídrica uma grande hídrica. Visualizar e identificar os diversos equipamentos existentes na central, com algumas décadas, e compará-los com os actualmente utilizados. 2. Enquadramento A visita de estudo enquadrou-se nas disciplinas de Redes de Energia Eléctrica, Produção e Transporte de Energia e Protecções em Sistemas de Energia Eléctrica. 3. Localização A mini central hidroeléctrica da Mesa do Galo situa-se na região norte do território continental português, na localidade da Borralha, concelho de Montalegre, distrito de Vila Real. Figura 1 Localização da Mini-hídrica 2
4 4. Descrição da Central A central está situada na bacia hidrográfica do rio Cávado e é pertença de um produtor independente. Trata-se uma das mais antigas centrais hidroeléctricas em funcionamento em Portugal, tendo entrado em funcionamento em 1944 com dois grupos geradores, um de 1,3 MVA e outro de 0,43 MVA, que inicialmente haviam sido construídos para a central do Lindoso em 1926, mas que nunca tinham sido utilizados. Alguns anos mais tarde foi adicionado um terceiro grupo gerador de 0,8 MVA, cujo gerador é de 1949 e a turbina de No total, estes três grupos geradores representam 2,53 MVA. Figura 2 Visualização dos três grupos da Mini-hídrica A água é conduzida para central por intermédio de duas condutas forçadas, uma que alimenta os dois grupos mais antigos (a de maior secção e mais antiga) e outra mais recente, construída para alimentação do novo grupo (a de menor secção). Figura 3 Condutas forçadas 3
5 No edifício da central a água é encaminhada para os grupos existentes, cujos geradores e turbinas têm as seguintes características principais: Gerador Potência nominal 1,3 MVA 0,43 MVA 0,8 MVA Tensão Nominal 2 kv 2 kv 0,55 kv Corrente Nominal 361 A 123 A 840 A Factor de potência 0,8 Velocidade Síncrona 750 rpm 1000 rpm 750 rpm Frequência nominal 50 Hz Turbina Tipo Francis Queda útil 71 m Caudal 2,06 m 3 /s 0,640 m 3 /s 0,8 m 3 /s Potência 1100 kw 372 kw 552 kw A energia fornecida pelos grupos é transformada para os 15 kv através dos transformadores de potência existentes na central, e é injectada na rede a esse nível de tensão. Esta central é muito interessante na medida em que podemos visualizar diversos equipamentos, na sua maioria, com algumas décadas de existência, como por exemplo os painéis de comando e controlo da central, de onde é possível monitorizar os valores de tensão, corrente e potência, além de comandar igualmente a entrada e saída dos grupos na rede. De salientar que durante a visita foi-nos possível assistir à entrada e saída de dois grupos da rede (um de cada vez), tendo a oportunidade de observar a sincronização dos grupos com a rede de duas formas distintas, manual e automática. Figura 4 Painéis de comando e controlo da central 4
6 Com o objectivo de retirar uma imagem da tensão e transmiti-la, quer para dispositivos de protecção, quer para dispositivos de monitorização existem transformadores de tensão. Figura 5 Transformador de tensão Para protecção dos grupos, existem dois tipos diferentes de disjuntores: disjuntores de grande volume de óleo e de pequeno volume de óleo. Figura 6 Disjuntor de grande volume de óleo Figura 7 Disjuntor de pequeno volume de óleo 5
7 Para se poder retirar determinados equipamentos de tensão, por exemplo para a sua manutenção, pode-se isolar o circuito através de seccionadores de facas. Figura 8 Seccionador de facas No entanto nem todos os equipamentos são antigos, notando-se já a existência de alguns equipamentos modernos, como por exemplo este disjuntor de vácuo aplicado na protecção de interligação. Figura 9 Disjuntor de vácuo 6
8 Anexos 1. Contactos Mini-hídrica Mesa do Galo Morada: Central da Mesa do Galo, Borralha, Salto Tel.: Contacto no local: Sr. Alberto Gonçalves Mail: 2. Docentes do ISEL que acompanharam a visita Eng.º Jorge de Sousa Coordenador da Secção de Sistemas de Energia Eng.º Moisés Antunes Docente da disciplina de Redes de Energia Eléctrica Eng.º João Lagarto Docente da disciplina de Redes de Energia Eléctrica Eng.º Fernando Matos Encarregado de trabalhos da Secção de Sistemas de Energia 7
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