Thalles. + Funk, hip hop, batalhas de passinhos:

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1 REVISTA DA UNIÃO BRASILEIRA De COMPOSITORES #21 / agosto 2014 Thalles Roberto Aos 6 anos, já era solista no coral da igreja. Aos 21, abraçou o mundo pop. Aos 36, é um dos maiores do gospel e o primeiro brasileiro na mítica Motown + Funk, hip hop, batalhas de passinhos: a Baixada Fluminense está em alta + Goiás, terra de puro rock n roll + Os novos acordos com operadoras de TV por assinatura + Spok Frevo Orquestra, Mallu e Camelo, Adriana Calcanhotto, Johnny Hooker, Maria Bethânia

2 UBC e você, REVISTA DA UNIÃO BRASILEIRA De COMPOSITORES #21 : agosto 2014 crescendo juntos Editorial Em um ano, os valores distribuídos de direitos autorais de execução pública tiveram aumento de 88%, atingindo R$ 322,12 milhões. Mais de 77 mil titulares nacionais e estrangeiros foram beneficiados, e o nosso quadro de associados saltou 13,1%, atingindo 16 mil associados. Nasc da há 72 anos pa a de ende os d e os au o a s dos c ado es de mús ca a UBC con nua aba hando d a a d a pa a cump os comp om ssos assum dos po seus undado es A ene g a e a un ão de es nos mpu s onam pa a en en a as ba a has que su gem e pa pa a novas conqu s as THALLES ROBERTO Execução pública de obras musicais e fonogramas em território nacional - em milhões de R$ NOTÍCIAS : UBC/5 4/UBC : NOTÍCIAS NOVIDADES INTERNACIONAIS Não são a maquiagem forte, o figurino abusado, original, e a atitude libertária que fazem o multiartista Johnny Hooker. Personalidade ele tem até desmontado desse aparato todo. Prova disso é a elogiada atuação como um dos protagonistas de Geração Brasil, da TV Globo, sua primeira telenovela. Além de atuar nela, também empresta uma de suas canções à trilha. Alma Sebosa é tema do personagem do ator e humorista Leandro Hassum. Antes, Johnny já havia atuado na série A Menina Sem Qualidades, da MTV, no curta Não Me Deixe em Casa, de Daniel Aragão, e no longa Tatuagem, de Hilton Lacerda, pernambucano como ele. Recém-filiado à UBC, Johnny bate um papo rápido com a gente sobre carreira, estética, machismo, caretice, Ney Matogrosso, Pernambuco, grana... BEM ACOMPANHADO, MORENO VELOSO EMPLACA PRIMEIRO DISCO DE ESTÚDIO MALLU E CAMELO ANUNCIAM NOVA BANDA, E DISCO SAI NO SEGUNDO SEMESTRE Qual foi a mudança mais radical que já fez na vida? Esse conceito de mudança radical eu aplico na minha vida todo dia. A cada dois meses. A cada ano. Sabe aquela música de Caetano Veloso que diz Você não vai me reconhecer quando eu passar por você? Essa letra representa muito do que eu sou. Vivo recolhendo os pedaços, os cacos, respirando fundo e começando tudo de novo. E isso se traduz em todos os níveis da vida, até no meu trabalho. Se, de repente, sinto que quero fazer música eletrônica, em vez dessa música latina que é o foco do meu trabalho agora, eu pego minha coisas e me transformo. Já sou outro. Hoje conhecida apenas pelo primeiro nome, Mallu Magalhães anunciou, em seu perfil no Facebook, que ela e o marido, o ex-los Hermanos Marcelo Camelo, criaram o grupo Banda do Mar. O primeiro disco sai em algum momento deste segundo semestre. Na rede social, a cantora paulistana revelou que o casal trabalhará ao lado do português Fred Ferreira, baterista das bandas Buraka Som Sistema e Orelha Negra. A carreira do casal Mallu e Camelo teve outros pontos de contato desde o início do relacionamento afetivo deles, em Tudo começou com uma participação dela no primeiro disco solo dele, Sou, daquele mesmo ano. Já a contribuição de Camelo ao trabalho de Mallu foi ainda mais forte, principalmente no terceiro álbum dela, Pitanga, produzido pelo músico carioca e lançado em Você gosta de ser descrito como artista que adotou a estética andrógina? Muitas pessoas repetem o termo sem saber o que é? Eu acho que me apontar por esse caminho, que realçar isso ao me descrever, é muito fruto do machismo dominante do nosso país. E na música, então! É um meio muito machista. Já me perguntaram até por que você se veste de mulher?. Eu respondo que não, eu não me visto de mulher, maquiarse não é se vestir de mulher. Não sou uma mulher porque exponho meu corpo, porque rebolo. Não, isso não é coisa de mulher. Isso é coisa de gente. Então, cresçam. Me perguntam também você quer ser o próximo Ney Matogrosso?, e essa eu acho especialmente estúpida porque nunca existirá o próximo Ney Matogrosso, só existe um Ney, no mundo inteiro, é completamente única a união da voz com a apresentação no palco, aqueles olhos arregalados, maravilhosos. FEIJOADA DE PRIMEIRA NO SOM DA BANDA CASCABULHO O quarto álbum do Cascabulho, O Dia Em Que o Samba Perdeu Pra Feijoada, já está nas lojas físicas, depois de um lançamento primeiro na internet. O álbum foi mixado produzido por JR Tostói, com projeto gráfico do artista plástico Neílton Carvalho, e mostra o fruto de um processo criativo que envolveu os músicos pernambucanos por parte dos seis anos de hiato desde o último trabalho de estúdio, Brincando de Coisa Séria, de Como numa autêntica feijoada, repleta de carnes nobres da música brasileira, o repertório tem dez faixas, a maioria assinada pelo grupo, formado por Kleber Magrão (voz), Leo Lira (guitarra), Jackson Rocha (baixo), Leo Oroska (percussão) e Junior do Jarro (bateria). BLACK DRAWING CHALKS APRESENTA DUAS MÚSICAS QUE ESTARÃO EM ÁLBUM OU EP Quais são suas expectativas ao se filiar à UBC? Ganhar um dinheirinho, porque a pindaíba na minha vida é muito forte! A Divisão Antitruste do Departamento (ministério) de Justiça americano abriu em junho um expediente legal pelo qual serão revistos os critérios de arrecadação praticados pelas duas maiores sociedades de gestão coletiva dos Estados Unidos, a Ascap e a BMI. O objetivo do governo americano é adaptar as práticas das entidades à era digital. A Ascap, maior do gênero no mundo, com mais de 500 mil associados, fez sua última revisão de procedimentos em 2001, antes sequer da invenção do ipod. Num comunicado, seu presidente, Paul Williams, disse estar contente com o expediente legal lançado pelo Departamento de Justiça, que convidou os cidadãos em geral a opinar sobre as regras de arrecadação. Novas tecnologias transformaram dramaticamente o modo como as pessoas ouvem música. As canções dos nossos associados são ouvidas por mais pessoas, em mais lugares e mais dispositivos do que nunca. Mas o sistema para determinar como os músicos e compositores são remunerados não acompanhou essa evolução, tornando cada vez mais difícil para os criadores sobreviver do seu trabalho. A Ascap está comprometida em modernizar o sistema de licenciamento de músicas, afirmou Williams. Um dos grandes desafios da indústria musical, convencer os jovens a pagar pelas canções, parece viver ventos favoráveis. Pelo menos na Suécia. Segundo um estudo da Universidade de Lund, o total de internautas de 15 a 24 anos que utilizam plataformas piratas diariamente (ou quase) caiu de 32,8%, em 2012, para 29% este ano. Ainda que não seja intensa, a queda mostra uma tendência de normalização do consumo de música pago nos últimos anos, depois da explosão da pirataria com a popularização da banda larga, a partir do início dos anos Um número específico justifica essa visão: o percentual de usuários dessa faixa etária na Suécia que nunca utilizou plataformas piratas saltou de 21,6% para 30,2%. Pela primeira vez pudemos ver que a troca de arquivos se reduziu, indicou Måns Svensson, chefe do laboratório de Lund responsável pela pesquisa. Os jovens atribuem a redução à melhora dos serviços legais, e não a ações policiais contra plataformas como The Pirate Bay. Soluções como Spotify e Netflix estão mudando os padrões de consumo entre eles, continuou. As informações são do site TorrentFreak. Números divulgados pela consultoria Nielsen SoundScan mostram que, no primeiro semestre deste ano, as vendas de álbuns e canções digitais caíram 11,6% e 13%, respectivamente. Contudo, o mercado parece não se alarmar, confiando na força crescente dos streamings para revitalizar a arrecadação. Os streamings de áudio e vídeo, combinados, subiram 42% no mesmo período nos Estados Unidos, atingindo nada menos que 70,3 milhões de reproduções. Ainda que alguns discos tenham ótimo desempenho - Frozen, do filme homônimo da Disney, vendeu 2,7 milhões de cópias digitais, enquanto Beyoncé, Eric Church, Lorde e Coldplay vão de 700 mil a 590 mil unidades -, o panorama geral revela que as descargas têm tido queda similar à dos CDs físicos na última década. Nos primeiros seis meses deste ano, os streamings representaram 22,1 milhões de canções vendidas naquele país, contra 15,9 milhões dos discos (virtuais e físicos). As informações são do site Music Ally. Sem muitos rodeios, o Mombojó escolheu lançar Alexandre (Som LIvre), o quarto disco da carreira, calcado no experimentalismo, usando de vinhetas instrumentais a introduções pesadas de música eletrônica, sob influência de Amnesiac, do Radiohead, como explica o vocalista Felipe S. Alexandre é um álbum espontâneo e contemporâneo. A bateria de Rebuliço, por exemplo, foi composta por Felipe no celular, enquanto Ping Pong é um interlúdio instrumental guiado pelo barulho de bolinhas batendo na mesa. Summer Long traz os vocais da francesa Laetitia Sadier, do grupo que mais influenciou o Mombojó, o Stereolab. Para ouvir dirigindo. Ou, simplesmente, deitado numa rede curtindo o fim de tarde RELATÓRIO 2013 DA UBC FAZ BALANÇO DO ANO PASSADO SUÉCIA: CAI PIRATARIA MUSICAL ENTRE JOVENS DE 15 A 24 ANOS EUA 2: CAEM FORTEMENTE DESCARGAS DE MÚSICA DIGITAL MOMBOJÓ LANÇA ALEXANDRE QUATRO ANOS APÓS O ESTREANTE AMIGO DO TEMPO Victor Rocha (guitarra e voz), Douglas de Castro (bateria), Denis de Castro (baixo) e Edimar Filho (guitarra) acreditavam que ter um hit era pouco. Por isso, o quarteto goiano Black Drawing Chalks lança Smiling Curse e Guided By U, que comporão mais uma obra do grupo, podendo ser um EP ou mesmo um disco. Eles ainda não revelaram qual será o formato, mas anunciaram à MTV que, diferentemente do que mostraram no último álbum, No Dust Stuck on You, de 2002, parecem voltar aos caminhos seguidos em Life is a Big Holliday For Us, o disco de maior sucesso, mais solar, lançado em 2009 e cujo single, My Favorite Way, foi descrita pela edição brasileira da Rolling Stone como a melhor música daquele ano. O que é ser careta para você? Ser careta é ser conivente com o abuso moral, sexual, sociológico, histórico, por motivos religiosos ou políticos. Ser careta é achar tudo lindo, todo mundo talentoso e bacana, quando não é. Ser careta é viver essa música pastelão que virou a música popular brasileira que toca em rádio. Ser careta é viver de passado. Ser careta é achar que a grama do vizinho é sempre mais verde. Poderia passar o dia falando para você o que é ser careta. Sejamos libertários. Por um mundo mais fabuloso. Coisa Boa é o título do primeiro álbum solo que o cantor e compositor Moreno Veloso emplaca, realizado por meio de uma parceria entre a Maravilha 8 e a Pommelo Distribuições. Velhos companheiros como Rodrigo Amarante, Domenico Lancellotti, Kassin e Pedro Sá estão entre os nomes que ilustram a ficha técnica - e o arcabouço estético - da obra, uma aguardada estreia no front do filho de Caetano Veloso. Também participam Melvin Gibbs, Rollins Band, Femi Kuti, Caetano e Marisa Monte, além dos japoneses Hiroshi Takano (guitarra) e Takako Minekawa (voz). Berna Ceppas, Pedrinho Miranda, Arto Lindsay, Luis Felipe de Lima, Daniel Jobim e Luiz Brasil completam o timaço, que imprime um clima profundamente suave, cool, como se espera de Moreno. O destaque é a faixa-título, canção de ninar que Moreno compôs para a filha. Magrão (voz), Leo Lira (guitarra), Jackson Rocha (baixo), Leo Oroska (percussão) e Junior do Jarro (bateria). A primeira oportunidade profissional surgiu como backing vocal no Jota Quest. Eles precisavam de um backing 'negão', com o meu estilo de voz. Foi quando teve mesmo início a minha carreira profissional. Durante sete anos, Thalles viajou pelo Brasil, como músico de apoio não só para o Jota Quest, mas também para a banda baiana Jammil e Uma Noites. E fez participações em shows de Ivete e Roberto Carlos. Mas não se sentia feliz. Tive envolvimento muito forte com bebida, drogas, muita bagunça com mulheres... Aquele exagero começou a não me fazer bem. Cada vez mais me lembrava do passado, da minha religiosidade, que estava esquecida, de como eu cantava na igreja, como nos corais americanos. Simplesmente queria voltar para aquela vida simples de novo, quando eu pegava o violão, tocava, e as pessoas choravam, ele descreve o momento em que teve um estalo e decidiu deixar o trabalho como vocalista de apoio, assumindo as rédeas da sua carreira. Eu queria ser o cantor principal, não mais o backing. 107, Até meados deste de agosto, alguns eventos ainda levarão atrações às serras do Rio e de São Paulo. No mais tradicional evento do gênero no país, por exemplo, o Festival Internacional de Inverno de Campos de Jordão, na Mantiqueira paulista, ainda haverá shows até o próximo dia 3. Especializado em música clássica, o maior do gênero na América Latina vive sua 45ª edição, exibindo uma robusta programação com 27 concertos de orquestras e bandas sinfônicas, além de trazer artistas de renome, como o vencedor do Tony Awards 2008 de Melhor Ator, o brasileiro Paulo Szot, o grupo nova-iorquino Escher String Quartet, o Quarteto Osesp e o pianista russo Kirill Gerstein. Há também dois ciclos dedicados a dois grandes aniversariantes de 2014 o maestro César GuerraPeixe, histórico associado da UBC que faria cem anos de nascimento, e o alemão Richard Strauss, 150 anos. Um diferencial de Campos do Jordão é o núcleo pedagógico, que propicia um encontro anual de bolsistas do mundo da música erudita, os quais convivem durante praticamente um de intensa atividade musical, com aulas teóricas, de prática orquestral e de câmara, sob a orientação de professores de renome internacional. Nesta edição, foram 40 aulas especiais com professores convidados, além de oficinas de aprimoramento. Autores e executivos de grandes gravadoras multinacionais estão no time que integra o júri do ISC - International Songwriting Competition, prêmio de composições musicais. Os inscritos nas 22 categorias irão concorrer a valores que chegam a US$ 30 mil. Na edição deste ano, a competição ganha o reforço de executivos do mercado da música no time de jurados, com o objetivo de dar oportunidade aos artistas de terem suas músicas ouvidas por grandes profissionais. Vencedores de edições passadas chegaram a ter destaque em premiações prestigiosas, como o Grammy. Para mais informações e inscrições, acesse o site da competição (songwritingcompetition.com), até o próximo dia 18 de setembro, e boa sorte. Outro evento de peso é o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, em Minas, que terminou no último dia 20 com o tema Entrecorpos e uma celebração às mais variadas manifestações musicais. Além da programação de shows de música popular, o festival realizou uma série de concertos na Casa da Ópera (teatro colonial de Ouro Preto), no Sesi A Baixada anda em alta. Terra vasta e populosa (com mais de 3,5 milhões de almas), essa região periférica do Rio está bem no centro de uma onda cultural que se espalhou pelo país. Não é de hoje que se faz bom funk (e samba e pagode e hip hop e rock e o que mais você puder pensar) por aqui. Mas a turma que tem movimentado a cena não tem bom ritmo só na voz - é nos pés que ela também manda seu recado. Epicentro do passinho, um fenômeno típico da Baixada Fluminense que ganhou o Brasil por meio de programas como Esquenta, da TV Globo, cidades como Nova Iguaçu e Duque de Caxias se orgulham se produzir, aos montes, coletivos que, numa saudável disputa, esquentam bailes e festas com apresentações completas. VENCEDORA, PELA QUARTA VEZ, DE UM PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRA, A 'BIG BAND' SPOK FREVO ORQUESTRA CONQUISTA PALCOS (E CRÍTICOS) NA EUROPA E NOS EUA COM SUA SOFISTICADA BRASILIDADE INSTRUMENTAL Por Bruno Albertim, do Recife Presença recorrente e festejada nos mais importantes festivais de jazz da Europa, a Spok Frevo Orquestra fazia mais uma de suas acaloradas apresentações, ano passado, na cidade de Marciac, Sul da França, quando capturou uma atenção ilustre na audiência. Arrebatado pela fluência jazzística do frevo praticado pela big band pernambucana, o multiinstrumentista (e verbete de primeira grandeza da música instrumental do Ocidente) Wynton Marsalis foi cumprimentar o maestro, que dá nome à banda, Spok. Acabou por lhe fazer um convite sem qualquer possibilidade de recusa: tocar no prestigioso Lincoln Center, em Nova York, emendando, de quebra, uma turnê de mais 25 dias pelos Estados Unidos. PELO PAÍS : UBC/11 É muito bom ver o frevo circulando assim pelo mundo. Ao lado do choro, o frevo, essa música tão brasileira que nasceu em Recife, é provavelmente a mais autêntica música instrumental do país, diz o recifense, que viaja para os Estados Unidos levando na bagagem seu quarto Prêmio da Música Brasileira. Depois de já ter ganhado nas categorias Revelação, Melhor Disco e Melhor Grupo, a Spok recebeu mais um título, o de Melhor Grupo Instrumental, na última edição do prêmio, em maio. Vamos fazer vários workshops sobre a linguagem do frevo, a forma como é tocado, executado, antecipa, entusiasmado, o maestro. Apadrinhados por Marsalis, Spok e seus músicos embarcam em outubro. Ainda que críticos internacionais - e mesmo os brasileiros de pouca intimidade com o mais pernambucano dos ritmos vejam a Spok como uma grata variável do latin jazz, o maestro insiste que sua big band segue sendo uma grande orquestra de frevo. A grande semelhança entre o frevo e o jazz é que o frevo bebe do jazz na sua formação de big band: saxofones, trombones, trompetes. Mas a música em si, a melodia, tem pouco a ver. O frevo bebe do maxixe, do dobrado, das polcas, das melodias, das bandas militares de música do passado. E, talvez, um pouco da música americana, por causa do dobrado e de informações musicais que começaram a chegar com as orquestras de Duke Ellington, Glenn Miller, conceitua. O próprio Spok, contudo, acabou por encurtar as distâncias entre o jazz e o frevo. De dez anos para cá, passamos a colocar os improvisos em nossa música. Isso ajudou muito a abrir as portas de festivais, porque solos e improvisos são elementos muito apreciados nesses eventos, ele explica. Criada há uma década, a Spok Frevo Orquestra tem dois discos. Passo de Anjo saiu logo no iniciozinho. O segundo, Ninho de Vespa, é um trabalho de ainda maior maturação do estilo: uma complexa comunhão de gêneros musicais brasileiros não eruditos, indo muito além da música para fazer dançar tão comum entre os sons carnavalescos de Pernambuco. Somos, sim, uma orquestra de frevo, mas a gente vem realizando o sonho de levar esse frevo, que nasce nas ruas, para os palcos consagrados do mundo inteiro. Não somos apenas uma orquestra de carnaval. Como músico, era uma falta que eu sentia de fazer não só isso. De fazer uma música maravilhosa, muito forte, importante, que nunca havia sido tocada para a audiência ouvir em silêncio, conta. É costume ter a presença do SFO na chamada Apoteose do Frevo, o grande concerto da Terça-Feira Gorda do Recife. Se, contudo, o frevo frequentou salas de teatro com Capiba, ali ele era cantado. Com Spok, é a primeira vez em que é tratado como música instrumental de câmara. São 17 músicos na formação, distribuídos entre naipes de saxofones, trombones, trompetes, além de guitarra, contrabaixo, bateria e percussão. Nem sempre é fácil. Viajar com todo mundo para a Europa, sem tocar, por exemplo, é complexo. Ficar um dia sem tocar pode significar um custo diário de até dois mil euros, explica. Mas temos felizmente conseguido manter nossa formação. A militância do maestro pelo frevo vai além de seu trabalho na orquestra. Ele está prestes a concluir um longa-metragem documental sobre os grandes mestres vivos do gênero em Pernambuco. Idealizado e produzido com a ajuda de parceiros, está em processo de finalização o filme Sete Corações. Nele, Spok aparece como fio narrativo para apresentar os maestros Guedes Peixoto, Nunes, Clóvis Pereira, Duda, Edson Rodrigues e Ademir Araújo, além de Zé Menezes, que acabou morrendo ano passado, antes de ver o filme pronto. Documentar a trajetória desses grandes mestres é, hoje, meu maior sonho. Tão logo volte da turnê americana, a orquestra deve entrar em estúdio para o terceiro álbum. Aprovado pelo programa cultural da Petrobras, a bolacha vai se chamar Frevo Sanfonado. Em tudo que é lugar aonde chego, os sanfoneiros, que são músicos extremamente habilidosos, virtuosos, têm frevos para mostrar. Sivuca e Dominguinhos, não por acaso, tinham muitos frevos. Então, minha ideia foi reunir acordeonistas do Brasil inteiro, mostrando o frevo no olhar da sanfona, diz o recifense Inaldo Cavalcanti de Albuquerque, que recebeu o apelido que viraria codinome artístico ainda na infância. Eu tinha mania, no colégio, de mexer na orelha. E um amigo começou a me chamar de Spock (que, na adoção do nome artístico, perdeu a letra c), justamente no auge de 'Jornada nas Estrelas'. Vida longa e próspera, maestro. Dentre os shows musicais no formato tradicional, destacam-se os Gó Gó Boys, grupo especializado em fazer música apenas com a voz; o Bloco D O Passo que, com seus tambores, palmas e vozes, conduz os espectadores ao interior do Brasil com samba, maracatu, ciranda e baião; e os Flautistas da Proarte A Pequena África, grupo especializado em espetáculos cujo tema são grandes astros da MPB como Milton Nascimento, Sivuca, Lamartine Babo e Gilberto Gil. ad Os passos a que ela se refere não diferem tanto daqueles clássicos, do funk americano, dos bailes de charme oitentistas, turbinados por movimentos de rua, do break, mais explosivos. A base vintage ganhou roupagem pop, contemporânea. Uma estética maximalista, cheia de cores, de energia, que atrai um número crescente de jovens talentosos por aqui. Como Atualmente, o Enraizados se prepara para gravar o disco Dia da Rima, com a participação de 33 MCs, não só da Baixada, mas de outras regiões do Brasil e do mundo. E produz um documentário que explica todo o processo necessário para o lançamento de um disco, desde a criação até a venda do produto final. Achamos importante também a distribuição digital, dependendo do público-alvo. Temos um canal no Todo Mundo Aperta o Play, versão funk do tema da CocaCola para a Copa do Mundo. Na época, a divulgação foi feita em sites de vídeos como o YouTube, e o time dos sonhos cravou mais de 2 milhões de visualizações em apenas duas semanas. Daí em diante, trocou o cenário humilde onde se criou pelo circuito VIP da cultura pop: camarote de Daniela Mercury no carnaval de Salvador, clipe com Ricky Martin, peregrinação pela TV, contrato com uma grande gravadora (a Sony Music Brasil)... os integrantes do Dream Team do Passinho, muitos têm o desejo de se profissionalizar, mas, sem condições financeiras, contam com projetos sociais como o Movimento Enraizados, de Nova Iguaçu. Criado em 1999, por iniciativa do rapper Dudu de Morro Agudo, o projeto abriga uma escola de hip hop, que ensina técnicas de grafite, rap, break e o ofício de DJ de graça. Forma por ano cerca de 30 alunos em cada um desses segmentos. Tudo com a ajuda de patrocinadores e de profissionais voluntários. O artista da favela entendeu que é possível levar seu estilo para fora dali, mostrar sua arte e se perceber como um atrativo. Isso fez com que rompêssemos as barreiras. Estamos nos profissionalizando e influenciando quem está começando, lembra o cantor/compositor/dançarino Rafael Mike, que comanda o grupo. Os meninos têm entre 15 e 18 anos, em média, e nos procuram porque realmente têm potencial e querem ganhar a vida dessa forma. Damos aulas e oficinas, e, depois de dez meses, eles saem daqui formados e aptos a gerenciar suas carreiras e produzir seus próprios eventos, Dudu explica. Única mulher no Dream Team, Alessandra Aires, a Lellezinha, tem 15 anos, é fã de Beyoncé e Michael Jackson e, apesar de Da organização de militância cultural como eles se intitulam já surgiram grandes nomes da cena do hip hop, como o #ComboIO, composto pelo próprio Dudu junto com Marcão YouTube ensinando a outros artistas como ganhar dinheiro com suas músicas na internet por meio de ferramentas como a ONErpm, lembrando, porém, a importância de o artista estar associado à UBC para receber os direitos autorais das músicas arrecadados pelo Ecad, segue Dudu. Também formado pelo projeto, onde ministrava oficinas de rap, Petter MC acredita que, graças a uma forte demanda por manifestações desse gênero, a produção independente continua crescendo na região. Aqui na Baixada, esquinas, praças, pista de skate, bares, tudo serve de palco para essa galera, resume, empolgado, esse rapper que assina uma coluna no site do movimento, onde discute os rumos que a cena toma e orienta quem quer se lançar na onda cultural mais forte a emergir daqui em muitos anos. Esse encontro democratiza o acesso e aproxima cada vez mais pessoas, comemora. Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo & Luciano, Bruno & Marrone, Lucas & Marcelo, Luan Santana... Fácil entender porque o Centro-Oeste é associado ao mundo sertanejo. Algumas das maiores estrelas deste que inegavelmente é o mainstream musical por aqui são produto legítimo de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. O que muitos não esperam é encontrar, fora de Brasília, uma cena roqueira tão forte e tradicional no Cerrado. Os festivais goianos Goiânia Noise, Bananada, Vaca Amarela, o mato-grossense Grito Rock e o brasiliense Porão do Rock são legítimos lugares de encontro e troca de ideias e sons, vitrines do mercado independente onde surgiram ou se consolidaram várias bandas que acabaram ganhando projeção nacional. Mais importante evento dedicado às guitarras na capital goiana, o Noise, como é conhecido na cena, chega este ano à 20ª edição. Criado em 1995, ganhou forma e corpo pelas mãos dos produtores culturais Leo Bigode e Márcio Júnior. Diretor de comunicação do evento, Leonardo Razuk lembra que as primeiras edições tiveram papel fundamental como celeiro roqueiro no estado. Na época estavam rolando outros festivais de rock em cidades do interior de São Paulo, em Recife, e percebeu-se que poderia acontecer algo também em Goiânia. Leo e Márcio fizeram o primeiro na raça. Trouxeram algumas bandas e deram espaço às de Goiânia, num diálogo Por Marcelo Augusto, de Passos (MG) Ele nasceu, criou-se e mantém suas raízes nesta tranquila e próspera cidade do Sul de Minas. Passos não é só o lugar onde Thalles Roberto mais se sente à vontade. É também uma metáfora para a ascensão incrível, mas calma, estudada, de um cantor que, com somente 11 anos de carreira, tornou-se um dos maiores nomes da música gospel no país. Um milhão de discos vendidos, num momento tão complexo da indústria fonográfica, mais de seis milhões de fãs em redes sociais, 600 shows que reuniram multidões em, literalmente, todas as regiões brasileiras - numa média de uma apresentação a cada 2,4 dias -, fãs como o craque Neymar e a cantora Ivete Sangalo e contratos com a Universal, no Brasil, e a mítica Motown, nos Estados Unidos. Seus sucessos falam por si. Mas não o fazem tirar os pés do chão. Nem se esquecer de onde veio. Este ano, o evento desce a serra e se estende pelo Grande Rio, com shows e atividades paralelas em São Gonçalo e Nova Iguaçu, além das unidades Ramos e Sesc Ginástico, na capital. Também integra o calendário o 24º Festival de Inverno de Garanhuns, que até o último dia 26, levou uma porção de ótimos shows às ruas da cidade serrana pernambucana. Vanessa da Mata, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Céu, Zé Ramalho, Otto, Alceu Valença e Nação Zumbi foram alguns dos associados da UBC que brilharam na programação deste ano, esquentando a temporada A força do heavy metal na capital federal também é notável. Khallice, Vougan e Dynahead estão na estrada há muitos anos, com vários CDs lançados e experiência de shows internacionais. O Khallice já fez abertura do grupo americano Symphony X, além de astros como Sebastian Bach e Guns n Roses, todos ocorridos em Brasília. Flertando com outros palcos, seu vocalista, Alírio Netto, vive Judas no musical Jesus Cristo Super Star, sucesso em São Paulo. de igual para igual, conta Razuk, ressaltando a importância do deslocamento do eixo de produção de Rio-São Paulo-Porto Alegre-Belo Horizonte-Brasília para o interior. A lógica deu tão certo que acabou fortalecendo o improvável movimento heavy metal goiano. Fundada em 2006, a banda Mugo é presença constante na cena da cidade. Para o vocalista, Pedro Cipriano, Goiânia estimula a criação. A nossa cidade tem produzido grandes festivais por muitos anos consecutivos, sem parar, e, se você frequentar esses eventos, vai ver que eles são constituídos basicamente de bandas daqui, bandas profissionais, com talento, material gravado, merchandising a postos e tudo o que pode se esperar de um grupo de verdade. A cidade tem colocado em circulação não só no Brasil, mas em outros países, bandas de rock de verdade, sem frescura, sem conversa fiada, como Hellbenders, Black Drawing Chalks e Boogarins. Essa galera não está de brincadeira, não. São todos muito esforçados e comprometidos com seus trabalhos, analisa. Dos mais fortes representantes do stoner rock no país, o Black Drawing está em processo de composição do próximo álbum. Estamos vindo de uma média de quase cem shows por ano, às vezes mais. Nos últimos sete anos, rodamos o Brasil todo e alguns lugares do mundo, conta o guitarrista Edimar Filho. Em Goiás existe há uns 20 anos um processo contínuo de produção de música autoral e alternativa. Todo mundo da minha geração cresceu ouvindo bandas autorais do mundo inteiro vindo tocar aqui em Goiânia, e acho que isso fortaleceu demais na formação de uma cena. Acho que temos, hoje, a cena alternativa mais interessante e ativa do Brasil, crê o músico. No Mato Grosso, terra do Festival Calango e do Grito Rock, um dos destaques é a banda Revoltz. Surgido em meados da década passada, com sonoridades que misturam uma onda pós-punk oitentista, new wave e garage sessentista, o grupo da vocalista e tecladista Marcella Carmo teve passagem marcante pelo Goiânia Noise. Foi o primeiro festival em que a gente tocou em Goiânia. Eu me lembro de ficar maravilhada com tudo, com a estrutura, com o público... Achei o máximo estar em contato com pessoas de outras bandas de que eu já gostava e ainda conhecer grupos novos. É muito importante esse intercâmbio, ressalta, destacando como a troca entre os criadores ajuda a fortalecer a cena. O produtor André Luiz Donzeli faz coro com ela. Ele exalta a união e o intercâmbio de ideias e sonoridades para fortalecer a turma que, apesar das dificuldades, produz em todo o Centro-Oeste e até em parte do Norte (Donzeli é responsável pelo Tendencies Rock Festival, que acontece anualmente em Palmas). A chamada cena rock é sempre cheia de dedicação, suor, gente que se doa ao extremo. Mato Grosso é cheio de bandas. Goiás também... Todos incríveis, elogia. Como quaisquer artistas independentes, os roqueiros que militam na terra das violas enfrentam dificuldades para viver só da música. Pedro Cipriano, da Mugo, afirma que a agenda incerta de shows torna a arrecadação variável. Às vezes entra (grana), mas fazemos um tipo de som muito menos requisitado por rádios e TVs. A circulação do material é mais limitada, principalmente por se tratar de metal. Conciliamos os shows e a venda de produtos com a arrecadação de direitos autorais, ele explica. O vocalista e baixista da Revoltz, Ricardo Kudla, diz que a própria natureza independente torna os integrantes dessa cena mais aptos a se virar, a cuidar da carreira como um todo. Acredito que qualquer banda que tenha uma construção de carreira sólida po A própria Mugo se conecta com a cena local há bastante tempo. Com nova formação, eles se preparam para um retorno aos palcos justamente onde tudo começou, o festival Vaca Amarela, que terá sua 14ª edição no que vem. O Vaca a UBC é uma pub a ão da Un ão B a e a de Compo o e uma o edade em fin u a bu ão do end men o de d e o au o a e o de en o men o u u a o T agem e emp a e D o que em omo ob e o a de e a e D e o a Fe nando B an p e den e Abe S a A oy o a Gande man Coo dena ão ed o a E a E en oh o Ma e o Augu o Pa bu ão g a u a 22 capa thalles roberto em foco ba xada flum nense rock no centro-oeste d str bu ção tv por ass natura dúv da do assoc ado o é A anne P o e o g áfi o e d ag ama ão 6D Ed o A e and o So e MTB 2629 Co abo a am ne a ed ão A e Chaga V e a B uno A be m B uno Ca Fo o de apa Ma u Ca FENÔMENO DA MÚSICA GOSPEL, COM UM MILHÃO DE CÓPIAS VENDIDAS, SHOWS NO PAÍS E NO EXTERIOR E CONTRATO COM A AMERICANA MOTOWN, THALLES ROBERTO FALA SOBRE VIDA, CARREIRA, CRIAÇÃO E DIREITOS AUTORAIS Em Brasília, o Porão do Rock, surgido em 1998 a partir da união de produtores e 15 bandas que ensaiavam no subsolo da comercial da Quadra 207 Norte, dando mais cor à movimentada cena roqueira da capital federal, é outro dos festivais celebrados nacionalmente. Com o passar dos anos, o PDR foi se fortalecendo e, no final deste, vai para a sua 17ª realização. Brasília, que, a partir dos anos 1980, viu nascerem nada menos que Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e Raimundos, continua a efervescer. Além de integrar constantemente o circuito de shows do calibre de Iron Maiden, Judas Priest, Whitesnake, Aerosmith e Scorpions, vê no PDR uma respeitável média diária de público de dez mil pessoas. Nov dades Nacionais NOVIDADES NTERNACIONAIS f que de olho fest va s de nverno spok frevo orquestra en e de oo dena ão ed o a COMO DAR A VOLTA AO MUNDO SEM TIRAR OS PÉS DO CHÃO PELO PAÍS : UBC/19 Re Manoe Nen nho P n o Rona do Ba o e Sand a de Sá D e o a exe u va Ma A CAPA : UBC/13 12/UBC : CAPA Amarela, que é um festival já consolidado na cidade, sempre teve uma qualidade de produção inquestionável, Pedro elogia. O Vaca se soma ao Bananada, 14ª edição em maio passado, realização da produtora A Construtora Música e Cultura. A turma é encabeçada por Fabrício Nobre, líder da veterana MQN, uma das bandas mais tradicionais do rock goiano Dando passagem a mais um grande evento cultural, até o próximo dia 10 de agosto as cidades de Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis recebem um dos festivais mais importantes do Estado do Rio de Janeiro: o Festival Sesc de Inverno, que chega à sua 14ª edição. Contando com uma curadoria coletiva, o mote principal do evento é Da Cor da Rua, com o qual se busca o ideal artístico da cultura urbana, a exemplo das manifestações de arte nos muros das cidades. A agenda musical conta com boas novidades como o Mundo Som Parque Sonoro Ecológico, um verdadeiro parque musical de diversões em que os brinquedos são os próprios instrumentos. A partir de uma exposição do parque, desenrolam-se as atrações, com direito a apresentações musicais, jogos, oficinas interativas e orquestrações Baixada e Léo da XIII e que, no ano passado, excursionou pela França. Além deles, a Dupla Alma (formada por meninas DJs), a fera das batalhas Biel e os MCs Einstein e Petter lideram essa cena cheia de estilo. A Baixada Fluminense é um polo cultural, e agora vivemos o melhor momento que o rap já teve até hoje. O movimento se pulverizou, saiu daqui e atingiu outras classes sociais. Mas o mais importante é que ninguém nega suas raízes. Os artistas saem daqui para cantar em outros lugares e trazem gente de fora para se apresentar na nossa área. Essa troca também é muito boa, pondera Dudu. Por Paulo Henrique Faria, de Goiânia Destaque no movimento, o Dream Team do Passinho é formado por moradores de diferentes partes da região e se agregou ano passado, depois da gravação do clipe da música Foto: Marcus Castro Com generosa exceção aos estados do Sul e às regiões serranas do Sudeste, o inverno brasileiro tem temperaturas bem amenas. Mas, durante alguns dias, elas podem subir ainda mais. É que algumas cidades oferecem programação musical de alta qualidade em tradicionais festivais, cardápio certo para aquecer a estação. GUITARRAS NA TERRA DAS VIOLAS Por Patrícia Paiva, de Nova Iguaçu (RJ) ATÉ MEADOS DESTE MÊS, EVENTOS EM REGIÕES SERRANAS OFERECEM BOA PROGRAMAÇÃO MUSICAL Por Alex Chagas Vieira, de São Paulo PRÊMIO INTERNACIONAL DE COMPOSIÇÃO TEM INSCRIÇÕES ABERTAS DE UMA ESTRELA de Mariana e no Museu da Música, também em Mariana. Este ano, a programação foi toda dedicada à música erudita contemporânea, com concertos a cargo de Abstrai Ensemble, Qattus, Schlag, Grupo de Percussão da UFMG e Paulo Álvares. Segundo um dos curadores, Guilherme Paoliello, parte da programação é escolhida entre as propostas enviadas quando o edital, divulgado na página da Universidade Federal de Ouro Preto, é aberto. Outra parte é escolhida pelos próprios organizadores. Nos anos anteriores havia uma mescla entre música contemporânea e clássica. Bernardo Fabris, outro curador do evento, explica que a ideia principal é selecionar atrações que ainda não tiveram a oportunidade de se apresentar nas cidades de Ouro Preto e Mariana ou que não costumam ir com frequência à região. Queremos formar público, resume. Nossas ações estão intimamente atreladas à difusão de conhecimento e ao fomento à produção musical independente. Bernardo ainda aconselha: os compositores e intérpretes podem se inscrever para participar do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana submetendo propostas para apresentações e oficinas através do site do evento. As propostas devem ser enviadas no início do ano, normalmente no período entre janeiro e maio, por meio do endereço www. festivaldeinverno.ufop.br A Rev Confira o Relatório 2013 em ubc.org.br e fique por dentro de todos os números da maior sociedade de gestão coletiva do país Aguardada para o primeiro semestre deste ano, a regulamentação da nova lei de direitos autorais (12.853/13), em vigor desde dezembro passado, ainda é um assunto pendente e deixa em aberto dúvidas relativas à norma que alterou a atividade de gestão coletiva no país. Sem a publicação do decreto contendo a regulamentação, ainda não se sabe, por exemplo, como atuará a instância mediadora de conflitos a ser criada no âmbito do Ministério da Cultura. Nem como se dará a fiscalização às associações que defendem os autores. O acesso do poder público ao banco de dados de obras musicais, fonogramas e respectivos titulares dos direitos criados pelas sociedades de autores tampouco teve suas regras publicadas. Enquanto isso, pelo menos uma forma de ingerência estatal numa atividade eminentemente privada já começou: foi estabelecido um calendário para a redução, sem estudo prévio de impacto, das taxas de administração do Ecad e das associações, que são cobradas exclusivamente para custear a gestão coletiva. A nova lei é questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), onde ainda não houve julgamento sobre sua constitucionalidade. O CENTRO-OESTE DAS DUPLAS SERTANEJAS SE TORNOU UM DOS GRANDES POLOS DO ROCK NACIONAL, COM FESTIVAIS INDEPENDENTES ENTRE OS MAIS IMPORTANTES DO BRASIL Como evangélico, Thalles doa grande parte do que ganha a um grupo que auxilia pastores a evangelizar pelos rincões do país. Além disso, participa de projetos sociais e faz doações a hospitais. Por depender do que arrecada para isso, ele reclama da pirataria e das ameaças aos direitos autorais. A composição é um patrimônio do compositor, é um pedaço dele, a essência dele que fica ali exposta para todo mundo usufruir e curtir, isso não pode ser ameaçado. Todo mundo que vive de música é lesado pela distribuição ilegal. Hoje estou entre os dez artistas que mais vendem no país, e em primeiro no segmento gospel. Mas, se não houvesse esse esquema industrial de pirataria, daria para vender mais. Uma forma nova de levar sua mensagem deve vir, em breve, em outra mídia. Depois de ler Olha O Que Ele fez Comigo, biografia de Thalles escrita por Daniel Israel, o diretor de cinema Carlos Manga Jr. apresentou ao cantor a proposta de contar sua história na tela grande. Orçado em R$ 7 milhões, o projeto já está em produção e deve ser lançado no ano que vem. Será um filme forte, impactante, dirigido às famílias, descreve o cantor. Quero mostrar a minha história, quem eu era e no que Deus me transformou. índice 2011 MAIS FORTE MOVIMENTO CULTURAL A EMERGIR DA BAIXADA FLUMINENSE EM MUITOS ANOS, A MISTURA DE HIP HOP, FUNK E BATALHAS DE PASSINHOS REÚNE COLETIVOS CHEIOS DE ESTILO QUE COMEÇAM A CONQUISTAR O PAÍS TODO , Foto: Pedro Henrique 171,09 NOVA LEI DE DIREITOS AUTORAIS AINDA AGUARDA REGULAMENTAÇÃO MÚSICA PARA AQUECER OS OUVIDOS O Ecad teve trabalho para defender os autores em algumas cidades onde se realizou o evento Fifa Fan Fest durante a Copa do Mundo, encerrada no passado. Se Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Cuiabá e Curitiba efetuaram sem problemas os depósitos pelas obras tocadas nas festas públicas promovidas pelas prefeituras, e, em São Paulo, foi preciso muito negociação até se chegar a um acordo, em outras capitais a situação se mostrou bem mais complicada. As Fifa Fan Fests de Fortaleza, Porto Alegre, Manaus, Salvador, Brasília e Natal se recusaram a pagar, obrigando o escritório central a entrar na Justiça para defender os interesses dos criadores. Liminares obrigaram as prefeituras de Natal e Brasília a fazer os pagamentos ainda durante o mundial, sob pena de multas diárias de até R$ 50 mil. Apenas na cidade nordestina, para se ter uma ideia, foram 64 shows realizados nos dias de jogos. Apesar de o pagamento estar claramente previsto em lei, algumas das prefeituras não quiseram negociar. A distribuição aos autores será feita normalmente, de acordo com o calendário de pagamentos. 18/UBC : PELO PAÍS contar com um talento natural, genuíno, quer aprimorar sua técnica. Por enquanto, a agenda lotada de shows não tem permitido, mas a dançarina autodidata não perde tempo e vai se atualizando com passos que encontra na internet. Sou uma menina normal que está realizando o sonho de ser dançarina e cantora. No começo, os homens não gostavam de ver mulher dançando o passinho, achavam feio, meio masculino. Eu nunca liguei, por isso fui a primeira menina a ser aceita dentro do movimento. Quero me tornar uma artista completa, daquelas que se permitem aprender coisas novas todos os dias. A temática é tocante. Mas a voz ajuda a explicar o sucesso. O timbre e a afinação especiais de Thalles sem dúvida contribuem para que ele conquiste tantos fãs. A técnica que desenvolveu ele explica de um modo curioso: Cantar, para mim, é igual a andar de bicicleta. Aprendi a pegar, dominar, equilibrar. Quando equilibrei e comecei a andar sozinho, aí já subia calçada, empinava, ousava. Não parei mais, ri. Sempre fui atrás do inusitado, daquilo que não é provável! Gosto de pesquisar de tudo. Se existe um velhinho no alto da montanha que tem uma técnica vocal, quero ir até lá entender como ele consegue fazer aquilo. Se uma mulher consegue mudar o tom da voz deslocando a laringe, não saio de perto dela até aprender. Se um cara está na calçada, tocando violão com só três cordas, peço que me ensine. Para mim, nunca está bom. Acho que sempre se pode melhorar. Aos poucos, Thalles foi se consolidando no mundo gospel. Em 2010, gravou o primeiro documentário falando sobre seu trabalho e sua vida. Ganhou um disco de ouro. Em 2011, vieram o segundo disco da trilogia e o DVD Uma História Escrita Pelo Dedo de Deus. Disco de platina duplo. Ano passado, Sejam Cheios do Espírito Santo, 75 mil cópias vendidas só no pré-lançamento, encerrou a obra tripla e lhe abriu de vez as portas do mercado musical no país e até no exterior. Suas canções passaram a ser tocadas em rádios pop, vieram convites para entrevistas e a consagração, agora, aos 36 anos: os contratos com a Universal e a Motown. Fiquei feliz demais (com o contrato com a Universal), agora minhas músicas estarão disponíveis em todos os lugares, não só nas lojas e livrarias evangélicas, comemora. Mas essa história da Motown realmente me surpreendeu! Sou o primeiro brasileiro a fazer parte do casting deles. E o trabalho já começou. Thalles gravou cinco canções em inglês e espanhol que devem ser lançadas ainda este ano no mercado americano. Depois, a previsão é de um álbum com 12 músicas. Estou entrando nos Estados Unidos pela porta da frente. É a gravadora por onde passaram Jackson 5, Stevie Wonder, Marvin Gaye, Diana Ross, Lionel Richie, Michael Jackon!, empolga-se. A UBC acaba de se tornar o 13º membro da FastTrack, a principal rede global que fornece a infraestrutura de soluções para o intercâmbio de dados entre as sociedades de gestão coletiva de direitos autorais. Tendo desenvolvido a principal rede de intercâmbio de informações sobre autoria e propriedade de músicas e audiovisuais e de contratos usada por mais de 120 organizações de gestão coletiva de direitos autorais em cerca de cem países, a FastTrack tem a missão de fornecer soluções de alta tecnologia que facilitam a precisão, a eficiência e a rapidez na distribuição e no pagamentos de direitos autorais aos criadores. O convite para a UBC se tornar a primeira sociedade de gestão coletiva da América do Sul a integrá-la foi feito em abril e chancelado durante uma reunião dos membros em Nova York. Num contexto de crescente convergência digital, com obras usadas em múltiplas plataformas, a participação na FastTrack traz à UBC uma presença mais forte e de liderança no cenário global, além de permitir que as informações sobre o nosso repertório sejam disseminadas globalmente com maior confiabilidade. Foto: Marcus Castro 157,06 Embora fosse conhecido no mundo pop, Thalles era um estranho no ninho gospel. Foi um início difícil, segundo conta. Ele não estava preparado para recomeçar e chegou a passar por dificuldades financeiras com a mulher. Com esforço, conseguiu produzir o primeiro trabalho, o CD Acústico Gospel, lançado em 2008 com regravações de hinos tradicionais evangélicos. No ano seguinte, pôde lançar o primeiro trabalho com canções próprias, pela gravadora Graça Music. Na Sala do Pai abriu a trilogia De Volta Para a Casa do Pai, um diálogo meio metalinguístico com a sua própria história, pelo reencontro com a religião familiar e o retorno a Passos. Foram 50 mil cópias vendidas, anunciando o sucesso que estava por vir. JORNADA FESTIVAIS DE INVERNO: ARRECADAÇÃO EM EVENTOS DA COPA DEU TRABALHO AO ECAD EM FOCO : UBC/17 BONS DA CABEÇA E DOS PÉS Em julho, Thalles fez uma turnê com dez apresentações por lá, incluindo uma no maior templo da Igreja Batista de Orlando, na Flórida. Também participou de um congresso de igrejas evangélicas americanas, onde cantou para mais de 50 mil pessoas. Por aqui, além de Ivete (que o divulga nas redes sociais) e Neymar (que compartilha suas músicas com seguidores), estrelas como Michel Teló e Naldo também já se renderam e o elogiaram publicamente. A Ivete postou no Twitter que ela e pessoas próximas estavam assistindo ao meu DVD e chorando. O Neymar postou por três vezes um trecho de uma música minha e disse em entrevista, durante a Copa, que ouve as minhas canções. É muito gratificante, vibra, arriscando uma explicação para o contato tão único que consegue estabelecer com as pessoas. Um artista autoral tem uma grande responsabilidade de levar um legado para os fãs, que acompanham sua história, seu trabalho, acompanham as verdades do coração dele, o que ele pensa a respeito da vida, como ele dirige sua vida. Meu lance é falar com verdade para quem está comigo. A minha verdade é falar de Jesus e trazer de volta aquele que está perdido. Foto: Diego Ruahn Caçula de cinco irmãos numa família humilde chefiada por um pastor evangélico, Thalles descobriu logo cedo que era capaz de explorar a afinação e a musicalidade que sempre percebeu em si. Aos 6 anos, já era solista do coral da igreja, estimulado pelos pais. Aos 11, começou a tocar violão. Aos 14, com a ajuda do pai, começou a compor suas primeiras músicas. Aos 21, decidiu ir para Belo Horizonte, uma das capitais da música pop brasileira, em busca de oportunidades. Comecei na igreja Sara Nossa Terra. Já tinha comigo a intenção de viver da música, mas, quando cheguei lá, vi que teria que ralar e trabalhar bastante. Para me manter, gravava jingles. Logo meu nome ficou conhecido no mercado de propaganda, lembra. UBC SE TORNA MEMBRO DA FASTTRACK A União Brasileira de Compositores acaba de divulgar, num documento em português e inglês, seu Relatório Anual A publicação apresenta, de forma direta e concisa, os resultados financeiros, o cenário político e as ações tomadas pela nossa associação ao longo do ano passado. Nesse período, a UBC registrou crescimento de 88% nos valores distribuídos de direitos autorais de execução pública. Além disso, o quadro de associados teve aumento de 13,1%, chegando a 16 mil titulares. Uma curiosidade: as mulheres eram 55% do quadro operacional no fim de No site da UBC (ubc.org.br) você pode ver outros números de um bom ano para a nossa associação, além de ficar em dia com assuntos relevantes para os direitos autorais, como a lei /13 e os acordos fechados com a TV Globo, a Sky e a Net /UBC : EM FOCO CAPA : UBC/15 14/UBC : CAPA 10/UBC : PELO PAÍS FIQUE DE OLHO EUA 1: GOVERNO QUER REVER NORMAS DE ARRECADAÇÃO DA ASCAP E DA BMI Foto: Rodrigo Rosenthal UM PAPO COM O CANTOR, COMPOSITOR, ATOR, PERFORMER E (POR QUE NÃO?) PENSADOR PERNAMBUCANO JOHNNY HOOKER, UM ARTISTA DE ESTILO ÚNICO QUE FAZ BARULHO NA TV E MUITO ALÉM DELA Foto: Leo Aversa Como você se encaixa neste cenário? Eu acho que não me encaixo. Nunca me senti muito acolhido por nenhum "cenário" na verdade. As pessoas inclusive tiveram e têm um preconceito enorme comigo em Pernambuco. Não estou generalizando, não é todo mundo. Tem gente que me ama de verdade, mas tem gente que me odeia de verdade também. São mais de 50 anos de carreira e 50 discos, entre trabalhos de estúdio e registros de shows, mas nada disso faz Maria Bethânia parar. A cantora investe na sutileza para confeccionar as 12 faixas do semiacústico Meus Quintais, disco que, como ela define, tem o cheiro da infância como motor. No álbum, que sai pela Biscoito Fino, mesclam-se inéditas e regravações de artistas como Zé Martins e Zé do Norte ( Lua Bonita ), Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro (na faixa de abertura, Alguma Voz ), Adriana Calcanhotto (música) e Clarice Lispector (texto) em Uma Iara/Uma perigosa Yara, Tom Jobim e Aloysio de Oliveira ( Dindi ), entre outras belas pérolas. O mar de Portugal foi a fonte onde navegou Adriana Calcanhotto ao criar o show Olhos de Onda, que se desdobrou no novo trabalho fonográfico da cantora gaúcha, lançado pela Sony Music. Representa uma espécie de libertação para ela, uma transição, uma superação. Depois de um ano e meio sem tocar violão por conta de uma complicada lesão na mão direita, Adriana recebeu um convite para tocar em Lisboa. Aceitou. E lá ela simplesmente voltou a tocar o instrumento. Decidiu criar o show a partir desse retorno. No projeto, Adriana apresenta as inéditas e autorais Motivos Reais Banais, E Sendo Amor, além da faixa-título. Alguns sucessos de sua carreira, como Esquadros, Inverno e Vambora, também foram escalados. Mas dois covers mostram que Adriana não manda bem só nas composições próprias. Ela apresenta versões deliciosas de Back to Black e Me Dê Motivo, hits inesquecíveis nas vozes de, respectivamente, Amy Winehouse e Tim Maia. PELO PAÍS : UBC/9 8/UBC : NOTÍCIAS CHEIRO DE INFÂNCIA INSPIRA A INCANSÁVEL BETHÂNIA ADRIANA CALCANHOTTO LANÇA COMPILAÇÃO DE INÉDITAS E REGRAVAÇÕES EM CD E DVD SIMPLESMENTE LIBERTÁRIO NOTÍCIAS : UBC/7 6/UBC : NOTÍCIAS Por Bruno Calixto, do Rio Despontar na farta seara de talentos originais pernambucanos é tarefa dura, não? Realmente, Pernambuco é um grande celeiro, tem uma energia poderosa e, culturalmente, é uma nação em si. Mas não acho que eu tenha sido repetidamente encontrado pelo Sudeste e pelo cinema Pernambucano por acaso. Acho que meu trabalho é fundamentado em aspectos universais, apesar do sotaque de Recife. Foto: Diego Ruahn NOVIDADES NACIONAIS Foto: Beto Figueiroa 322,12 a E p no a e Pau o Hen que Fa a

3 Notícias : UBC/5 4/UBC : Notícias NOVIDADES NACIONAIS Por Bruno Calixto, do Rio Adriana Calcanhotto lança compilação de inéditas e regravações em CD e DVD Como você se encaixa neste cenário? Eu acho que não me encaixo. Nunca me senti muito acolhido por nenhum "cenário" na verdade. As pessoas inclusive tiveram e têm um preconceito enorme comigo em Pernambuco. Não estou generalizando, não é todo mundo. Tem gente que me ama de verdade, mas tem gente que me odeia de verdade também. Simplesmente libertário Um papo com o cantor, compositor, ator, performer e (por que não?) pensador pernambucano Johnny Hooker, um artista de estilo único que faz barulho na TV e muito além dela Não são a maquiagem forte, o figurino abusado, original, e a atitude libertária que fazem o multiartista Johnny Hooker. Personalidade ele tem até desmontado desse aparato todo. Prova disso é a elogiada atuação como um dos destaques de Geração Brasil, da TV Globo, sua primeira telenovela. Além de atuar nela, também empresta uma de suas canções à trilha. Alma Sebosa é tema do personagem do ator e humorista Leandro Hassum. Antes, Johnny já havia atuado na série A Menina Sem Qualidades, da MTV, no curta Não Me Deixe em Casa, de Daniel Aragão, e no longa Tatuagem, de Hilton Lacerda, pernambucano como ele. Recém-filiado à UBC, Johnny bate um papo rápido com a gente sobre carreira, estética, machismo, caretice, Ney Matogrosso, Pernambuco, grana... Qual foi a mudança mais radical que já fez na vida? Esse conceito de mudança radical eu aplico na minha vida todo dia. A cada dois meses. A cada ano. Sabe aquela música de Caetano Veloso que diz Você não vai me reconhecer quando eu passar por você? Essa letra representa muito do que eu sou. Vivo recolhendo os pedaços, os cacos, respirando fundo e começando tudo de novo. E isso se traduz em todos os níveis da vida, até no meu trabalho. Se, de repente, sinto que quero fazer música eletrônica, em vez dessa música latina que é o foco do meu trabalho agora, eu pego minha coisas e me transformo. Já sou outro. Você gosta de ser descrito como artista que adotou a estética andrógina? Muitas pessoas repetem o termo sem saber o que é? Eu acho que me apontar por esse caminho, que realçar isso ao me descrever, é muito fruto do machismo dominante do nosso país. E na música, então! É um meio muito machista. Já me perguntaram até por que você se veste de mulher?. Eu respondo que não, eu não me visto de mulher, maquiarse não é se vestir de mulher. Não sou uma mulher porque exponho meu corpo, porque rebolo. Não, isso não é coisa de mulher. Isso é coisa de gente. Então, cresçam. Me perguntam também você quer ser o próximo Ney Matogrosso?, e essa eu acho especialmente estúpida porque nunca existirá o próximo Ney Matogrosso, só existe um Ney, no mundo inteiro, é completamente única a união da voz com a apresentação no palco, aqueles olhos arregalados, maravilhosos. O que é ser careta para você? Ser careta é ser conivente com o abuso moral, sexual, sociológico, histórico, por motivos religiosos ou políticos. Ser careta é achar tudo lindo, todo mundo talentoso e bacana, quando não é. Ser careta é viver essa música pastelão que virou a música popular brasileira que toca em rádio. Ser careta é viver de passado. Ser careta é achar que a grama do vizinho é sempre mais verde. Poderia passar o dia falando para você o que é ser careta. Sejamos libertários. Por um mundo mais fabuloso. Quais são suas expectativas ao se filiar à UBC? Ganhar um dinheirinho, porque a pindaíba na minha vida é muito forte! Foto: Leo Aversa Despontar na farta seara de talentos originais pernambucanos é tarefa dura, não? Realmente, Pernambuco é um grande celeiro, tem uma energia poderosa e, culturalmente, é uma nação em si. Mas não acho que eu tenha sido repetidamente encontrado pelo Sudeste e pelo cinema Pernambucano por acaso. Acho que meu trabalho é fundamentado em aspectos universais, apesar do sotaque de Recife. O mar de Portugal foi a fonte onde navegou Adriana Calcanhotto ao criar o show Olhos de Onda, que se desdobrou no novo trabalho fonográfico da cantora gaúcha, lançado pela Sony Music. Representa uma espécie de libertação para ela, uma transição, uma superação. Depois de um ano e meio sem tocar violão por conta de uma complicada lesão na mão direita, Adriana recebeu um convite para tocar em Lisboa. Aceitou. E lá ela simplesmente voltou a tocar o instrumento. Decidiu criar o show a partir desse retorno. No projeto, Adriana apresenta as inéditas e autorais Motivos Reais Banais feita em parceria com Waly Salomão, E Sendo Amor, além da faixa-título. Alguns sucessos de sua carreira, como Esquadros, Inverno (parceria com seu irmão Antonio Cícero) e Vambora, também foram escalados. Mas dois covers mostram que Adriana não manda bem só nas composições próprias. Ela apresenta versões deliciosas de Back to Black e Me Dê Motivo, hits inesquecíveis nas vozes de, respectivamente, Amy Winehouse e Tim Maia. Mallu e Camelo anunciam nova banda, e disco sai no segundo semestre Hoje conhecida apenas pelo primeiro nome, Mallu Magalhães anunciou, em seu perfil no Facebook, que ela e o marido, o ex-los Hermanos Marcelo Camelo, criaram o grupo Banda do Mar. O primeiro disco sai em algum momento deste segundo semestre. Na rede social, a cantora paulistana revelou que o casal trabalhará ao lado do português Fred Ferreira, baterista das bandas Buraka Som Sistema e Orelha Negra. A carreira do casal Mallu e Camelo teve outros pontos de contato desde o início do relacionamento afetivo deles, em Tudo começou com uma participação dela no primeiro disco solo dele, Sou, daquele mesmo ano. Já a contribuição de Camelo ao trabalho de Mallu foi ainda mais forte, principalmente no terceiro álbum dela, Pitanga, produzido pelo músico carioca e lançado em Black Drawing Chalks apresenta duas músicas que estarão em álbum ou EP Victor Rocha (guitarra e voz), Douglas de Castro (bateria), Denis de Castro (baixo) e Edimar Filho (guitarra) acreditavam que ter um hit era pouco. Por isso, o quarteto goiano Black Drawing Chalks lança Smiling Curse e Guided By U, que comporão mais uma obra do grupo, podendo ser um EP ou mesmo um disco. Eles ainda não revelaram qual será o formato, mas anunciaram à MTV que, diferentemente do que mostraram no último álbum, No Dust Stuck on You, de 2002, parecem voltar aos caminhos seguidos em Life is a Big Holliday For Us, o disco de maior sucesso, mais solar, lançado em 2009 e cujo single, My Favorite Way, foi descrita pela edição brasileira da Rolling Stone como a melhor música daquele ano.

4 6/UBC : notícias Feijoada de primeira no som da banda Cascabulho O quarto álbum do Cascabulho, O Dia Em Que o Samba Perdeu Pra Feijoada, já está nas lojas físicas, depois de um lançamento primeiro na internet. O álbum foi mixado produzido por JR Tostói, com projeto gráfico do artista plástico Neílton Carvalho, e mostra o fruto de um processo criativo que envolveu os músicos pernambucanos por parte dos seis anos de hiato desde o último trabalho de estúdio, Brincando de Coisa Séria, de Como numa autêntica feijoada, repleta de carnes nobres da música brasileira, o repertório tem dez faixas, a maioria assinada pelo grupo, formado por Kleber Magrão (voz), Leo Lira (guitarra), Jackson Rocha (baixo), Leo Oroska (percussão) e Junior do Jarro (bateria). Mombojó lança Alexandre quatro anos após o estreante Amigo do Tempo Sem muitos rodeios, o Mombojó escolheu lançar Alexandre (Som LIvre), o quarto disco da carreira, calcado no experimentalismo, usando de vinhetas instrumentais a introduções pesadas de música eletrônica, sob influência de Amnesiac, do Radiohead, como explica o vocalista Felipe S. Alexandre é um álbum espontâneo e contemporâneo. A bateria de Rebuliço, por exemplo, foi composta por Felipe no celular, enquanto Ping Pong é um interlúdio instrumental guiado pelo barulho de bolinhas batendo na mesa. Summer Long traz os vocais da francesa Laetitia Sadier, do grupo que mais influenciou o Mombojó, o Stereolab. Para ouvir dirigindo. Ou, simplesmente, deitado numa rede curtindo o fim de tarde. Cheiro de infância inspira a incansável Bethânia São mais de 50 anos de carreira e 50 discos, entre trabalhos de estúdio e registros de shows, mas nada disso faz Maria Bethânia parar. A cantora investe na sutileza para confeccionar as 12 faixas do semiacústico Meus Quintais, disco que, como ela define, tem o cheiro da infância como motor. No álbum, que sai pela Biscoito Fino, mesclam-se inéditas e regravações de artistas como Zé Martins e Zé do Norte ( Lua Bonita ), Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro (na faixa de abertura, Alguma Voz ), Adriana Calcanhotto (música) e Clarice Lispector (texto) em Uma Iara/Uma perigosa Yara, Tom Jobim e Aloysio de Oliveira ( Dindi ), entre outras belas pérolas. Bem acompanhado, Moreno Veloso emplaca primeiro disco de estúdio Coisa Boa é o título do primeiro álbum solo que o cantor e compositor Moreno Veloso emplaca, realizado por meio de uma parceria entre a Maravilha 8 e a Pommelo Distribuições. Velhos companheiros como Rodrigo Amarante, Domenico Lancellotti, Kassin e Pedro Sá estão entre os nomes que ilustram a ficha técnica - e o arcabouço estético - da obra, uma aguardada estreia no front do filho de Caetano Veloso. Também participam Melvin Gibbs, Rollins Band, Femi Kuti, Caetano e Marisa Monte, além dos japoneses Hiroshi Takano (guitarra) e Takako Minekawa (voz). Berna Ceppas, Pedrinho Miranda, Arto Lindsay, Luis Felipe de Lima, Daniel Jobim e Luiz Brasil completam o timaço, que imprime um clima profundamente suave, cool, como se espera de Moreno. O destaque é a faixa-título, canção de ninar que Moreno compôs em parceria com Domenico Lancellotti para a filha. novidades Internacionais EUA 1: governo quer rever normas de arrecadação da Ascap e da BMI A Divisão Antitruste do Departamento (ministério) de Justiça americano abriu em junho um expediente legal pelo qual serão revistos os critérios de arrecadação praticados pelas duas maiores sociedades de gestão coletiva dos Estados Unidos, a Ascap e a BMI. O objetivo do governo americano é adaptar as práticas das entidades à era digital. A Ascap, maior do gênero no mundo, com mais de 500 mil associados, fez sua última revisão de procedimentos em 2001, antes sequer da invenção do ipod. Num comunicado, seu presidente, Paul Williams, disse estar contente com o expediente legal lançado pelo Departamento de Justiça, que convidou os cidadãos em geral a opinar sobre as regras de arrecadação. Novas tecnologias transformaram dramaticamente o modo como as pessoas ouvem música. As canções dos nossos associados são ouvidas por mais pessoas, em mais lugares e mais dispositivos do que nunca. Mas o sistema para determinar como os músicos e compositores são remunerados não acompanhou essa evolução, tornando cada vez mais difícil para os criadores sobreviver do seu trabalho. A Ascap está comprometida em modernizar o sistema de licenciamento de músicas, afirmou Williams. EUA 2: caem fortemente descargas de música digital Números divulgados pela consultoria Nielsen SoundScan mostram que, no primeiro semestre deste ano, as vendas de álbuns e canções digitais caíram 11,6% e 13%, respectivamente. Contudo, o mercado parece não se alarmar, confiando na força crescente dos streamings para revitalizar a arrecadação. Os streamings de áudio e vídeo, combinados, subiram 42% no mesmo período nos Estados Unidos, atingindo nada menos que 70,3 milhões de reproduções. Ainda que alguns discos tenham ótimo desempenho - Frozen, do filme homônimo da Disney, vendeu 2,7 milhões de cópias digitais, enquanto Beyoncé, Eric Church, Lorde e Coldplay vão de 700 mil a 590 mil unidades -, o panorama geral revela que as descargas têm tido queda similar à dos CDs físicos na última década. Nos primeiros seis meses deste ano, os streamings representaram 22,1 milhões de canções vendidas naquele país, contra 15,9 milhões dos discos (virtuais e físicos). As informações são do site Music Ally. Suécia: cai pirataria musical entre jovens de 15 a 24 anos Notícias : UBC/7 Um dos grandes desafios da indústria musical, convencer os jovens a pagar pelas canções, parece viver ventos favoráveis. Pelo menos na Suécia. Segundo um estudo da Universidade de Lund, o total de internautas de 15 a 24 anos que utilizam plataformas piratas diariamente (ou quase) caiu de 32,8%, em 2012, para 29% este ano. Ainda que não seja intensa, a queda mostra uma tendência de normalização do consumo de música pago nos últimos anos, depois da explosão da pirataria com a popularização da banda larga, a partir do início dos anos Um número específico justifica essa visão: o percentual de usuários dessa faixa etária na Suécia que nunca utilizou plataformas piratas saltou de 21,6% para 30,2%. Pela primeira vez pudemos ver que a troca de arquivos se reduziu, indicou Måns Svensson, chefe do laboratório de Lund responsável pela pesquisa. Os jovens atribuem a redução à melhora dos serviços legais, e não a ações policiais contra plataformas como The Pirate Bay. Soluções como Spotify e Netflix estão mudando os padrões de consumo entre eles, continuou. As informações são do site TorrentFreak. UBC se torna membro da FastTrack A UBC acaba de se tornar o 13º membro da FastTrack, a principal rede global que fornece a infraestrutura de soluções para o intercâmbio de dados entre as sociedades de gestão coletiva de direitos autorais. Tendo desenvolvido a principal rede de intercâmbio de informações sobre autoria e propriedade de músicas e audiovisuais e de contratos usada por mais de 120 organizações de gestão coletiva de direitos autorais em cerca de cem países, a FastTrack tem a missão de fornecer soluções de alta tecnologia que facilitam a precisão, a eficiência e a rapidez na distribuição e no pagamento de direitos autorais aos criadores. O convite para a UBC se tornar a primeira sociedade de gestão coletiva da América do Sul a integrá-la foi feito em abril e chancelado durante uma reunião dos membros em Nova York. Num contexto de crescente convergência digital, com obras usadas em múltiplas plataformas, a participação na FastTrack traz à UBC uma presença mais forte e de liderança no cenário global, além de permitir que as informações sobre o nosso repertório sejam disseminadas globalmente com maior confiabilidade.

5 8/UBC : notícias fique de olho pelo país : UBC/9 Relatório 2013 da UBC faz balanço do ano passado A União Brasileira de Compositores acaba de divulgar, num documento em português e inglês, seu Relatório Anual A publicação apresenta, de forma direta e concisa, os resultados financeiros, o cenário político e as ações tomadas pela nossa associação ao longo do ano passado. Nesse período, a UBC registrou crescimento de 88% nos valores distribuídos de direitos autorais de execução pública. Além disso, o quadro de associados teve aumento de 13,1%, chegando a 16 mil titulares. Uma curiosidade: as mulheres eram 55% do quadro operacional no fim de No site da UBC (ubc.org.br) você pode ver outros números de um bom ano para a nossa associação, além de ficar em dia com assuntos relevantes para os direitos autorais, como a lei /13 e os acordos fechados com a TV Globo, a Sky e a Net. Nova lei de direitos autorais ainda aguarda regulamentação Aguardada para o primeiro semestre deste ano, a regulamentação da nova lei de direitos autorais (12.853/13), em vigor desde dezembro passado, ainda é um assunto pendente e deixa em aberto dúvidas relativas à norma que alterou a atividade de gestão coletiva no país. Sem a publicação do decreto contendo a regulamentação, ainda não se sabe, por exemplo, como atuará a instância mediadora de conflitos a ser criada no âmbito do Ministério da Cultura. Nem como se dará a fiscalização às associações que defendem os autores. O acesso do poder público ao banco de dados de obras musicais, fonogramas e respectivos titulares dos direitos criados pelas sociedades de autores tampouco teve suas regras publicadas. Enquanto isso, pelo menos uma forma de ingerência estatal numa atividade eminentemente privada já começou: foi estabelecido um calendário para a redução, sem estudo prévio de impacto, das taxas de administração do Ecad e das associações, que são cobradas exclusivamente para custear a gestão coletiva. A nova lei é questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), onde ainda não houve julgamento sobre sua constitucionalidade. Prêmio internacional de composição tem inscrições abertas Autores e executivos de grandes gravadoras multinacionais estão no time que integra o júri do ISC - International Songwriting Competition, prêmio de composições musicais. Os inscritos nas 22 categorias irão concorrer a valores que chegam a US$ 30 mil. Na edição deste ano, a competição ganha o reforço de executivos do mercado da música no time de jurados, com o objetivo de dar oportunidade aos artistas de terem suas músicas ouvidas por grandes profissionais. Vencedores de edições passadas chegaram a ter destaque em premiações prestigiosas, como o Grammy. Para mais informações e inscrições, acesse o site da competição (songwritingcompetition.com), até o próximo dia 18 de setembro, e boa sorte. Arrecadação em eventos da Copa deu trabalho ao Ecad O Ecad teve trabalho para defender os autores em algumas cidades onde se realizou o evento Fifa Fan Fest durante a Copa do Mundo, encerrada no passado. Se Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Cuiabá e Curitiba efetuaram sem problemas os depósitos pelas obras tocadas nas festas públicas promovidas pelas prefeituras, e, em São Paulo, foi preciso muito negociação até se chegar a um acordo, em outras capitais a situação se mostrou bem mais complicada. As Fifa Fan Fests de Fortaleza, Porto Alegre, Manaus, Salvador, Brasília e Natal se recusaram a pagar, obrigando o escritório central a entrar na Justiça para defender os interesses dos criadores. Liminares obrigaram as prefeituras de Natal e Brasília a fazer os pagamentos ainda durante o mundial, sob pena de multas diárias de até R$ 50 mil. Apenas na cidade nordestina, para se ter uma ideia, foram 64 shows realizados nos dias de jogos. Apesar de o pagamento estar claramente previsto em lei, algumas das prefeituras não quiseram negociar. A distribuição aos autores será feita normalmente, de acordo com o calendário de pagamentos. Foto: Rodrigo Rosenthal Festivais de inverno: música para aquecer os ouvidos Até meados deste, eventos em regiões serranas oferecem boa programação musical Por Alex Chagas Vieira, de São Paulo Com generosa exceção aos estados do Sul e às regiões serranas do Sudeste, o inverno brasileiro tem temperaturas bem amenas. Mas, durante alguns dias, elas podem subir ainda mais. É que algumas cidades oferecem programação musical de alta qualidade em tradicionais festivais, cardápio certo para aquecer a estação. Até meados deste de agosto, alguns eventos ainda levarão atrações às serras do Rio e de São Paulo. No mais tradicional evento do gênero no país, por exemplo, o Festival Internacional de Inverno de Campos de Jordão, na Mantiqueira paulista, ainda haverá shows até o próximo dia 3 de agosto. Especializado em música clássica, o maior do gênero na América Latina vive sua 45ª edição, exibindo uma robusta programação com 27 concertos de orquestras e bandas sinfônicas, além de trazer artistas de renome, como o vencedor do Tony Awards 2008 de Melhor Ator, o brasileiro Paulo Szot, o grupo nova-iorquino Escher String Quartet, o Quarteto Osesp e o pianista russo Kirill Gerstein. Há também dois ciclos dedicados a dois grandes aniversariantes de 2014 o maestro César Guerra-Peixe, histórico associado da UBC que faria cem anos de nascimento, e o alemão Richard Strauss, 150 anos. Um diferencial de Campos do Jordão é o núcleo pedagógico, que propicia um encontro anual de bolsistas do mundo da música erudita, os quais convivem durante praticamente um de intensa atividade musical, com aulas teóricas, de prática orquestral e de câmara, sob a orientação de professores de renome internacional. Nesta edição, foram 40 aulas especiais com professores convidados, além de oficinas de aprimoramento. Outro evento de peso é o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, em Minas, que terminou no último dia 20 com o tema Entrecorpos e uma celebração às mais variadas manifestações musicais. Além da programação de shows de música popular, o festival realizou uma série de concertos na Casa da Ópera (teatro colonial de Ouro Preto), no Sesi de Mariana e no Museu da Música, também em Mariana. Este ano, a programação foi toda dedicada à música erudita contemporânea, com concertos a cargo de Abstrai Ensemble, Qattus, Schlag, Grupo de Percussão da UFMG e Paulo Álvares. Segundo um dos curadores, Guilherme Paoliello, parte da programação é escolhida entre as propostas enviadas quando o edital, divulgado na página da Universidade Federal de Ouro Preto, é aberto. Outra parte é escolhida pelos próprios organizadores. Nos anos anteriores havia uma mescla entre música contemporânea e clássica. Bernardo Fabris, outro curador do evento, explica que a ideia principal é selecionar atrações que ainda não tiveram a oportunidade de se apresentar nas cidades de Ouro Preto e Mariana ou que não costumam ir com frequência à região. Queremos formar público, resume. Nossas ações estão intimamente atreladas à difusão de conhecimento e ao fomento à produção musical independente. Bernardo ainda aconselha: os compositores e intérpretes podem se inscrever para participar do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana submetendo propostas para apresentações e oficinas através do site do evento. As propostas devem ser enviadas no início do ano, normalmente no período entre janeiro e maio, por meio do endereço www. festivaldeinverno.ufop.br. Dando passagem a mais um grande evento cultural, até o próximo dia 10 de agosto as cidades de Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis recebem um dos festivais mais importantes do Estado do Rio de Janeiro: o Festival Sesc de Inverno, que chega à sua 14ª edição. Contando com uma curadoria coletiva, o mote principal do evento é Da Cor da Rua, com o qual se busca o ideal artístico da cultura urbana, a exemplo das manifestações de arte nos muros das cidades. A agenda musical conta com boas novidades como o Mundo Som Parque Sonoro Ecológico, um verdadeiro parque musical de diversões em que os brinquedos são os próprios instrumentos. A partir de uma exposição do parque, desenrolam-se as atrações, com direito a apresentações musicais, jogos, oficinas interativas e orquestrações. Dentre os shows musicais no formato tradicional, destacam-se os Gó Gó Boys, grupo especializado em fazer música apenas com a voz; o Bloco D O Passo que, com seus tambores, palmas e vozes, conduz os espectadores ao interior do Brasil com samba, maracatu, ciranda e baião; e os Flautistas da Proarte A Pequena África, grupo especializado em espetáculos cujo tema são grandes astros da MPB como Milton Nascimento, Sivuca, Lamartine Babo e Gilberto Gil. Este ano, o evento desce a serra e se estende pelo Grande Rio, com shows e atividades paralelas em São Gonçalo e Nova Iguaçu, além das unidades Ramos e Sesc Ginástico, na capital. Também integra o calendário o 24º Festival de Inverno de Garanhuns, que até o último dia 26, levou uma porção de ótimos shows às ruas da cidade serrana pernambucana. Vanessa da Mata, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Céu, Zé Ramalho, Otto, Alceu Valença e Nação Zumbi foram alguns dos associados da UBC que brilharam na programação deste ano, esquentando a temporada.

6 10/UBC : pelo país pelo país : UBC/11 Jornada de uma estrela Vencedora, pela quarta vez, de um Prêmio da Música Brasileira, a 'big band' Spok Frevo Orquestra conquista palcos (e críticos) na Europa e nos EUA com sua sofisticada brasilidade instrumental Por Bruno Albertim, do Recife Presença recorrente e festejada nos mais importantes festivais de jazz da Europa, a Spok Frevo Orquestra fazia mais uma de suas acaloradas apresentações, ano passado, na cidade de Marciac, Sul da França, quando capturou uma atenção ilustre na audiência. Arrebatado pela fluência jazzística do frevo praticado pela big band pernambucana, o multiinstrumentista (e verbete de primeira grandeza da música instrumental do Ocidente) Wynton Marsalis foi cumprimentar o maestro, que dá nome à banda, Spok. Acabou por lhe fazer um convite sem qualquer possibilidade de recusa: tocar no prestigioso Lincoln Center, em Nova York, emendando, de quebra, uma turnê de mais 25 dias pelos Estados Unidos. Foto: Beto Figueiroa É muito bom ver o frevo circulando assim pelo mundo. Ao lado do choro, o frevo, essa música tão brasileira que nasceu em Recife, é provavelmente a mais autêntica música instrumental do país, diz o recifense, que viaja para os Estados Unidos levando na bagagem seu quarto Prêmio da Música Brasileira. Depois de já ter ganhado nas categorias Revelação, Melhor Disco e Melhor Grupo, a Spok recebeu mais um título, o de Melhor Grupo Instrumental, na última edição do prêmio, em maio. Vamos fazer vários workshops sobre a linguagem do frevo, a forma como é tocado, executado, antecipa, entusiasmado, o maestro. Apadrinhados por Marsalis, Spok e seus músicos embarcam em outubro. Ainda que críticos internacionais - e mesmo os brasileiros de pouca intimidade com o mais pernambucano dos ritmos - vejam a Spok como uma grata variável do latin jazz, o maestro insiste que sua big band segue sendo uma grande orquestra de frevo. A grande semelhança entre o frevo e o jazz é que o frevo bebe do jazz na sua formação de big band: saxofones, trombones, trompetes. Mas a música em si, a melodia, tem pouco a ver. O frevo bebe do maxixe, do dobrado, das polcas, das melodias, das bandas militares de música do passado. E, talvez, um pouco da música americana, por causa do dobrado e de informações musicais que começaram a chegar com as orquestras de Duke Ellington, Glenn Miller, conceitua. O próprio Spok, contudo, acabou por encurtar as distâncias entre o jazz e o frevo. De dez anos para cá, passamos a colocar os improvisos em nossa música. Isso ajudou muito a abrir as portas de festivais, porque solos e improvisos são elementos muito apreciados nesses eventos, ele explica. Criada há uma década, a Spok Frevo Orquestra tem dois discos. Passo de Anjo saiu logo no iniciozinho. O segundo, Ninho de Vespa, é um trabalho de ainda maior maturação do estilo: uma complexa comunhão de gêneros musicais brasileiros não eruditos, indo muito além da música para fazer dançar tão comum entre os sons carnavalescos de Pernambuco. Somos, sim, uma orquestra de frevo, mas a gente vem realizando o sonho de levar esse frevo, que nasce nas ruas, para os palcos consagrados do mundo inteiro. Não somos apenas uma orquestra de carnaval. Como músico, era uma falta que eu sentia de fazer não só isso. De fazer uma música maravilhosa, muito forte, importante, que nunca havia sido tocada para a audiência ouvir em silêncio, conta. É costume ter a presença do SFO na chamada Apoteose do Frevo, o grande concerto da Terça-Feira Gorda do Recife. Se, contudo, o frevo frequentou salas de teatro com Capiba, ali ele era cantado. Com Spok, é a primeira vez em que é tratado como música instrumental de câmara. São 17 músicos na formação, distribuídos entre naipes de saxofones, trombones, trompetes, além de guitarra, contrabaixo, bateria e percussão. Nem sempre é fácil. Viajar com todo mundo para a Europa, sem tocar, por exemplo, é complexo. Ficar um dia sem tocar pode significar um custo diário de até dois mil euros, explica. Mas temos felizmente conseguido manter nossa formação. A militância do maestro pelo frevo vai além de seu trabalho na orquestra. Ele está prestes a concluir um longa-metragem documental sobre os grandes mestres vivos do gênero em Pernambuco. Idealizado e produzido com a ajuda de parceiros, está em processo de finalização o filme Sete Corações. Nele, Spok aparece como fio narrativo para apresentar os maestros Guedes Peixoto, Nunes, Clóvis Pereira, Duda, Edson Rodrigues e Ademir Araújo, além de Zé Menezes, que acabou morrendo ano passado, antes de ver o filme pronto. Documentar a trajetória desses grandes mestres é, hoje, meu maior sonho. Tão logo volte da turnê americana, a orquestra deve entrar em estúdio para o terceiro álbum. Aprovado pelo programa cultural da Petrobras, a bolacha vai se chamar Frevo Sanfonado. Em tudo que é lugar aonde chego, os sanfoneiros, que são músicos extremamente habilidosos, virtuosos, têm frevos para mostrar. Sivuca e Dominguinhos, não por acaso, tinham muitos frevos. Então, minha ideia foi reunir acordeonistas do Brasil inteiro, mostrando o frevo no olhar da sanfona, diz o recifense Inaldo Cavalcanti de Albuquerque, que recebeu o apelido que viraria codinome artístico ainda na infância. Eu tinha mania, no colégio, de mexer na orelha. E um amigo começou a me chamar de Spock (que, na adoção do nome artístico, perdeu a letra c), justamente no auge de 'Jornada nas Estrelas'. Vida longa e próspera, maestro.

7 12/UBC : capa capa : UBC/13 Como dar Foto: Diego Ruahn a volta ao mundo sem tirar os pés do chão Fenômeno da música gospel, com um milhão de cópias vendidas, shows no país e no exterior e contrato com a americana Motown, Thalles Roberto fala sobre vida, carreira, criação e direitos autorais Por Marcelo Augusto, de Passos (MG) Ele nasceu, criou-se e mantém suas raízes nesta tranquila e próspera cidade do Sul de Minas. Passos não é só o lugar onde Thalles Roberto mais se sente à vontade. É também uma metáfora para a ascensão incrível, mas calma, estudada, de um cantor que, com somente 11 anos de carreira, tornou-se um dos maiores nomes da música gospel no país. Um milhão de discos vendidos, num momento tão complexo da indústria fonográfica, mais de seis milhões de fãs em redes sociais, 600 shows que reuniram multidões em, literalmente, todas as regiões brasileiras - numa média de uma apresentação a cada 2,4 dias -, fãs como o craque Neymar e a cantora Ivete Sangalo e contratos com a Universal, no Brasil, e a mítica Motown, nos Estados Unidos. Seus sucessos falam por si. Mas não o fazem tirar os pés do chão. Nem se esquecer de onde veio.

8 14/UBC : capa capa : UBC/15 Caçula de cinco irmãos numa família humilde chefiada por um pastor evangélico, Thalles descobriu logo cedo que era capaz de explorar a afinação e a musicalidade que sempre percebeu em si. Aos 6 anos, já era solista do coral da igreja, estimulado pelos pais. Aos 11, começou a tocar violão. Aos 14, com a ajuda do pai, começou a compor suas primeiras músicas. Aos 21, decidiu ir para Belo Horizonte, uma das capitais da música pop brasileira, em busca de oportunidades. Comecei na igreja Sara Nossa Terra. Já tinha comigo a intenção de viver da música, mas, quando cheguei lá, vi que teria que ralar e trabalhar bastante. Para me manter, gravava jingles. Logo meu nome ficou conhecido no mercado de propaganda, lembra. A primeira oportunidade profissional surgiu como backing vocal no Jota Quest. Eles precisavam de um backing 'negão', com o meu estilo de voz. Foi quando teve mesmo início a minha carreira profissional. Durante sete anos, Thalles viajou pelo Brasil, como músico de apoio não só para o Jota Quest, mas também para a banda baiana Jammil e Uma Noites. E fez participações em shows de Ivete e Roberto Carlos. Mas não se sentia feliz. Tive envolvimento muito forte com bebida, drogas, muita bagunça com mulheres... Aquele exagero começou a não me fazer bem. Cada vez mais me lembrava do passado, da minha religiosidade, que estava esquecida, de como eu cantava na igreja, como nos corais americanos. Simplesmente queria voltar para aquela vida simples de novo, quando eu pegava o violão, tocava, e as pessoas choravam, ele descreve o momento em que teve um estalo e decidiu deixar o trabalho como vocalista de apoio, assumindo as rédeas da sua carreira. Eu queria ser o cantor principal, não mais o backing. Embora fosse conhecido no mundo pop, Thalles era um estranho no ninho gospel. Foi um início difícil, segundo conta. Ele não estava preparado para recomeçar e chegou a passar por dificuldades financeiras com a mulher. Com esforço, conseguiu produzir o primeiro trabalho, o CD Acústico Gospel, lançado em 2008 com regravações de hinos tradicionais evangélicos. No ano seguinte, pôde lançar o primeiro trabalho com canções próprias, pela gravadora Graça Music. Na Sala do Pai abriu a trilogia De Volta Para a Casa do Pai, um diálogo meio metalinguístico com a sua própria história, pelo reencontro com a religião familiar e o retorno a Passos. Foram 50 mil cópias vendidas, anunciando o sucesso que estava por vir. Aos poucos, Thalles foi se consolidando no mundo gospel. Em 2010, gravou o primeiro documentário falando sobre seu trabalho e sua vida. Ganhou um disco de ouro. Em 2011, vieram o segundo disco da trilogia e o DVD Uma História Escrita Pelo Dedo de Deus. Disco de platina duplo. Ano passado, Sejam Cheios do Espírito Santo, 75 mil cópias vendidas só no pré-lançamento, encerrou a obra tripla e lhe abriu de vez as portas do mercado musical no país e até no exterior. Suas canções passaram a ser tocadas em rádios pop, vieram convites para entrevistas e a consagração, agora, aos 36 anos: os contratos com a Universal e a Motown. Fiquei feliz demais (com o contrato com a Universal), agora minhas músicas estarão disponíveis em todos os lugares, não só nas lojas e livrarias evangélicas, comemora. Mas essa história da Motown realmente me surpreendeu! Sou o primeiro brasileiro a fazer parte do casting deles. E o trabalho já começou. Thalles gravou cinco canções em inglês e espanhol que devem ser lançadas ainda este ano no mercado americano. Depois, a previsão é de um álbum com 12 músicas. Estou entrando nos Estados Unidos pela porta da frente. É a gravadora por onde passaram Jackson 5, Stevie Wonder, Marvin Gaye, Diana Ross, Lionel Richie, Michael Jackon!, empolga-se. Foto: Marcus Castro Foto: Diego Ruahn Foto: Marcus Castro Foto: Pedro Henrique Em julho, Thalles fez uma turnê com dez apresentações por lá, incluindo uma no maior templo da Igreja Batista de Orlando, na Flórida. Também participou de um congresso de igrejas evangélicas americanas, onde cantou para mais de 50 mil pessoas. Por aqui, além de Ivete (que o divulga nas redes sociais) e Neymar (que compartilha suas músicas com seguidores), estrelas como Michel Teló e Naldo também já se renderam e o elogiaram publicamente. A Ivete postou no Twitter que ela e pessoas próximas estavam assistindo ao meu DVD e chorando. O Neymar postou por três vezes um trecho de uma música minha e disse em entrevista, durante a Copa, que ouve as minhas canções. É muito gratificante, vibra, arriscando uma explicação para o contato tão único que consegue estabelecer com as pessoas. Um artista autoral tem uma grande responsabilidade de levar um legado para os fãs, que acompanham sua história, seu trabalho, acompanham as verdades do coração dele, o que ele pensa a respeito da vida, como ele dirige sua vida. Meu lance é falar com verdade para quem está comigo. A minha verdade é falar de Jesus e trazer de volta aquele que está perdido. A temática é tocante. Mas a voz ajuda a explicar o sucesso. O timbre e a afinação especiais de Thalles sem dúvida contribuem para que ele conquiste tantos fãs. A técnica que desenvolveu ele explica de um modo curioso: Cantar, para mim, é igual a andar de bicicleta. Aprendi a pegar, dominar, equilibrar. Quando equilibrei e comecei a andar sozinho, aí já subia calçada, empinava, ousava. Não parei mais, ri. Sempre fui atrás do inusitado, daquilo que não é provável! Gosto de pesquisar de tudo. Se existe um velhinho no alto da montanha que tem uma técnica vocal, quero ir até lá entender como ele consegue fazer aquilo. Se uma mulher consegue mudar o tom da voz deslocando a laringe, não saio de perto dela até aprender. Se um cara está na calçada, tocando violão com só três cordas, peço que me ensine. Para mim, nunca está bom. Acho que sempre se pode melhorar. Como evangélico, Thalles doa grande parte do que ganha a um grupo que auxilia pastores a evangelizar pelos rincões do país. Além disso, participa de projetos sociais e faz doações a hospitais. Por depender do que arrecada para isso, ele reclama da pirataria e das ameaças aos direitos autorais. A composição é um patrimônio do compositor, é um pedaço dele, a essência dele que fica ali exposta para todo mundo usufruir e curtir, isso não pode ser ameaçado. Todo mundo que vive de música é lesado pela distribuição ilegal. Hoje estou entre os dez artistas que mais vendem no país, e em primeiro no segmento gospel. Mas, se não houvesse esse esquema industrial de pirataria, daria para vender mais. Uma forma nova de levar sua mensagem deve vir, em breve, em outra mídia. Depois de ler Olha O Que Ele fez Comigo, biografia de Thalles escrita por Daniel Israel, o diretor de cinema Carlos Manga Jr. apresentou ao cantor a proposta de contar sua história na tela grande. Orçado em R$ 7 milhões, o projeto já está em produção e deve ser lançado no ano que vem. Será um filme forte, impactante, dirigido às famílias, descreve o cantor. Quero mostrar a minha história, quem eu era e no que Deus me transformou.

9 16/UBC : em foco em foco : UBC/17 Bons da cabeça e dos pés Mais forte movimento cultural a emergir da Baixada Fluminense em muitos anos, a mistura de hip hop, funk e batalhas de passinhos reúne coletivos cheios de estilo que começam a conquistar o país todo contar com um talento natural, genuíno, quer aprimorar sua técnica. Por enquanto, a agenda lotada de shows não tem permitido, mas a dançarina autodidata não perde tempo e vai se atualizando com passos que encontra na internet. Sou uma menina normal que está realizando o sonho de ser dançarina e cantora. No começo, os homens não gostavam de ver mulher dançando o passinho, achavam feio, meio masculino. Eu nunca liguei, por isso fui a primeira menina a ser aceita dentro do movimento. Quero me tornar uma artista completa, daquelas que se permitem aprender coisas novas todos os dias. Os passos a que ela se refere não diferem tanto daqueles clássicos, do funk americano, dos bailes de charme oitentistas, turbinados por movimentos de rua, do break, mais explosivos. A base vintage ganhou roupagem pop, contemporânea. Uma estética maximalista, cheia de cores, de energia, que atrai um número crescente de jovens talentosos por aqui. Como Baixada e Léo da XIII e que, no ano passado, excursionou pela França. Além deles, a Dupla Alma (formada por meninas DJs), a fera das batalhas Biel e os MCs Einstein e Petter lideram essa cena cheia de estilo. A Baixada Fluminense é um polo cultural, e agora vivemos o melhor momento que o rap já teve até hoje. O movimento se pulverizou, saiu daqui e atingiu outras classes sociais. Mas o mais importante é que ninguém nega suas raízes. Os artistas saem daqui para cantar em outros lugares e trazem gente de fora para se apresentar na nossa área. Essa troca também é muito boa, pondera Dudu. Atualmente, o Enraizados se prepara para gravar o disco Dia da Rima, com a participação de 33 MCs, não só da Baixada, mas de outras regiões do Brasil e do mundo. E produz um documentário que explica todo o processo necessário para o lançamento de um disco, desde a criação até a venda do produto final. Achamos importante também a distribuição digital, dependendo do público-alvo. Temos um canal no Por Patricia Espinoza, de Nova Iguaçu (RJ) A Baixada anda em alta. Terra vasta e populosa (com mais de 3,5 milhões de almas), essa região periférica do Rio está bem no centro de uma onda cultural que se espalhou pelo país. Não é de hoje que se faz bom funk (e samba e pagode e hip hop e rock e o que mais você puder pensar) por aqui. Mas a turma que tem movimentado a cena não tem bom ritmo só na voz - é nos pés que ela também manda seu recado. Epicentro do passinho, um fenômeno típico da Baixada Fluminense que ganhou o Brasil por meio de programas como Esquenta, da TV Globo, cidades como Nova Iguaçu e Duque de Caxias se orgulham de produzir, aos montes, coletivos que, numa saudável disputa, esquentam bailes e festas com apresentações completas. Destaque no movimento, o Dream Team do Passinho é formado por moradores de diferentes partes da região e se agregou ano passado, depois da gravação do clipe da música Todo Mundo Aperta o Play, versão funk do tema da Coca- Cola para a Copa do Mundo. Na época, a divulgação foi feita em sites de vídeos como o YouTube, e o time dos sonhos cravou mais de 2 milhões de visualizações em apenas duas semanas. Daí em diante, trocou o cenário humilde onde se criou pelo circuito VIP da cultura pop: camarote de Daniela Mercury no carnaval de Salvador, clipe com Ricky Martin, peregrinação pela TV, contrato com uma grande gravadora (a Sony Music Brasil)... O artista da favela entendeu que é possível levar seu estilo para fora dali, mostrar sua arte e se perceber como um atrativo. Isso fez com que rompêssemos as barreiras. Estamos nos profissionalizando e influenciando quem está começando, lembra o cantor/compositor/dançarino Rafael Mike, que comanda o grupo. Única mulher no Dream Team, Alessandra Aires, a Lellezinha, tem 15 anos, é fã de Beyoncé e Michael Jackson e, apesar de os integrantes do Dream Team do Passinho, muitos têm o desejo de se profissionalizar, mas, sem condições financeiras, contam com projetos sociais como o Movimento Enraizados, de Nova Iguaçu. Criado em 1999, por iniciativa do rapper Dudu de Morro Agudo, o projeto abriga uma escola de hip hop, que ensina técnicas de grafite, rap, break e o ofício de DJ de graça. Forma por ano cerca de 30 alunos em cada um desses segmentos. Tudo com a ajuda de patrocinadores e de profissionais voluntários. Os meninos têm entre 15 e 18 anos, em média, e nos procuram porque realmente têm potencial e querem ganhar a vida dessa forma. Damos aulas e oficinas, e, depois de dez meses, eles saem daqui formados e aptos a gerenciar suas carreiras e produzir seus próprios eventos, Dudu explica. Da organização de militância cultural como eles se intitulam já surgiram grandes nomes da cena do hip hop, como o #ComboIO, composto pelo próprio Dudu junto com Marcão YouTube ensinando a outros artistas como ganhar dinheiro com suas músicas na internet por meio de ferramentas como a ONErpm, lembrando, porém, a importância de o artista estar associado à UBC para receber os direitos autorais das músicas arrecadados pelo Ecad, segue Dudu. Também formado pelo projeto, onde ministrava oficinas de rap, Petter MC acredita que, graças a uma forte demanda por manifestações desse gênero, a produção independente continua crescendo na região. Aqui na Baixada, esquinas, praças, pista de skate, bares, tudo serve de palco para essa galera, resume, empolgado, esse rapper que assina uma coluna no site do movimento, onde discute os rumos que a cena toma e orienta quem quer se lançar na onda cultural mais forte a emergir daqui em muitos anos. Esse encontro democratiza o acesso e aproxima cada vez mais pessoas, comemora.

10 18/UBC : pelo país pelo país : UBC/19 Foto: Pedro Cipriano Amarela, que é um festival já consolidado na cidade, sempre teve uma qualidade de produção inquestionável, Pedro elogia. O Vaca se soma ao Bananada, 14ª edição em maio passado, realização da produtora A Construtora Música e Cultura. A turma é encabeçada por Fabrício Nobre, líder da veterana MQN, uma das bandas mais tradicionais do rock goiano. Em Brasília, o Porão do Rock, surgido em 1998 a partir da união de produtores e 15 bandas que ensaiavam no subsolo da comercial da Quadra 207 Norte, dando mais cor à movimentada cena roqueira da capital federal, é outro dos festivais celebrados nacionalmente. Com o passar dos anos, o PDR foi se fortalecendo e, no final deste, vai para a sua 17ª realização. Brasília, que, a partir dos anos 1980, viu nascerem nada menos que Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude e Raimundos, continua a efervescer. Além de integrar constantemente o circuito de shows do calibre de Iron Maiden, Judas Priest, Whitesnake, Aerosmith e Scorpions, vê no PDR uma respeitável média diária de público de dez mil pessoas. A força do heavy metal na capital federal também é notável. Khallice, Vougan e Dynahead estão na estrada há muitos anos, com vários CDs lançados e experiência de shows internacionais. O Khallice já fez abertura do grupo americano Symphony X, além de astros como Sebastian Bach e Guns n Roses, todos ocorridos em Brasília. Flertando com outros palcos, seu vocalista, Alírio Netto, vive Judas no musical Jesus Cristo Super Star, sucesso em São Paulo. Raimundos no Goiânia Noise Guitarras na terra das violas O Centro-Oeste das duplas sertanejas se tornou um dos grandes polos do rock nacional, com festivais independentes entre os mais importantes do brasil Por Paulo Henrique Faria, de Goiânia Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo & Luciano, Bruno & Marrone, Lucas & Marcelo, Luan Santana... Fácil entender porque o Centro-Oeste é associado ao mundo sertanejo. Algumas das maiores estrelas deste que inegavelmente é o mainstream musical por aqui são produto legítimo de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. O que muitos não esperam é encontrar, fora de Brasília, uma cena roqueira tão forte e tradicional no Cerrado. Os festivais goianos Goiânia Noise, Bananada, Vaca Amarela, o mato-grossense Grito Rock e o brasiliense Porão do Rock são legítimos lugares de encontro e troca de ideias e sons, vitrines do mercado independente onde surgiram ou se consolidaram várias bandas que acabaram ganhando projeção nacional. Mais importante evento dedicado às guitarras na capital goiana, o Noise, como é conhecido na cena, chega este ano à 20ª edição. Criado em 1995, ganhou forma e corpo pelas mãos dos produtores culturais Leo Bigode e Márcio Júnior. Diretor de comunicação do evento, Leonardo Razuk lembra que as primeiras edições tiveram papel fundamental como celeiro roqueiro no estado. Na época estavam rolando outros festivais de rock em cidades do interior de São Paulo, em Recife, e percebeu-se que poderia acontecer algo também em Goiânia. Leo e Márcio fizeram o primeiro na raça. Trouxeram algumas bandas e deram espaço às de Goiânia, num diálogo de igual para igual, conta Razuk, ressaltando a importância do deslocamento do eixo de produção de Rio-São Paulo-Porto Alegre-Belo Horizonte-Brasília para o interior. A lógica deu tão certo que acabou fortalecendo o improvável movimento heavy metal goiano. Fundada em 2006, a banda Mugo é presença constante na cena da cidade. Para o vocalista, Pedro Cipriano, Goiânia estimula a criação. A nossa cidade tem produzido grandes festivais por muitos anos consecutivos, sem parar, e, se você frequentar esses eventos, vai ver que eles são constituídos basicamente de bandas daqui, bandas profissionais, com talento, material gravado, merchandising a postos e tudo o que pode se esperar de um grupo de verdade. A cidade tem colocado em circulação não só no Brasil, mas em outros países, bandas de rock de verdade, sem frescura, sem conversa fiada, como Hellbenders, Black Drawing Chalks e Boogarins. Essa galera não está de brincadeira, não. São todos muito esforçados e comprometidos com seus trabalhos, analisa. Dos mais fortes representantes do stoner rock no país, o Black Drawing está em processo de composição do próximo álbum. Estamos vindo de uma média de quase cem shows por ano, às vezes mais. Nos últimos sete anos, rodamos o Brasil todo e alguns lugares do mundo, conta o guitarrista Edimar Filho. Em Goiás existe há uns 20 anos um processo contínuo de produção de música autoral e alternativa. Todo mundo da minha geração cresceu ouvindo bandas autorais do mundo inteiro vindo tocar aqui em Goiânia, e acho que isso fortaleceu demais na formação de uma cena. Acho que temos, hoje, a cena alternativa mais interessante e ativa do Brasil, crê o músico. A própria Mugo se conecta com a cena local há bastante tempo. Com nova formação, eles se preparam para um retorno aos palcos justamente onde tudo começou, o festival Vaca Amarela, que terá sua 14ª edição no que vem. O Vaca Banda Mugo No Mato Grosso, terra do Festival Calango e do Grito Rock, um dos destaques é a banda Revoltz. Surgido em meados da década passada, com sonoridades que misturam uma onda pós-punk oitentista, new wave e garage sessentista, o grupo da vocalista e tecladista Marcella Carmo teve passagem marcante pelo Goiânia Noise. Foi o primeiro festival em que a gente tocou em Goiânia. Eu me lembro de ficar maravilhada com tudo, com a estrutura, com o público... Achei o máximo estar em contato com pessoas de outras bandas de que eu já gostava e ainda conhecer grupos novos. É muito importante esse intercâmbio, ressalta, destacando como a troca entre os criadores ajuda a fortalecer a cena. O produtor André Luiz Donzeli faz coro com ela. Ele exalta a união e o intercâmbio de ideias e sonoridades para fortalecer a turma que, apesar das dificuldades, produz em todo o Centro-Oeste e até em parte do Norte (Donzeli é responsável pelo Tendencies Rock Festival, que acontece anualmente em Palmas). A chamada cena rock é sempre cheia de dedicação, suor, gente que se doa ao extremo. Mato Grosso é cheio de bandas. Goiás também... Todos incríveis, elogia. Como quaisquer artistas independentes, os roqueiros que militam na terra das violas enfrentam dificuldades para viver só da música. Pedro Cipriano, da Mugo, afirma que a agenda incerta de shows torna a arrecadação variável. Às vezes entra (grana), mas fazemos um tipo de som muito menos requisitado por rádios e TVs. A circulação do material é mais limitada, principalmente por se tratar de metal. Conciliamos os shows e a venda de produtos com a arrecadação de direitos autorais, ele explica. O vocalista e baixista da Revoltz, Ricardo Kudla, diz que a própria natureza independente torna os integrantes dessa cena mais aptos a se virar, a cuidar da carreira como um todo. Acredito que qualquer banda que tenha uma construção de carreira sólida pode ter sucesso. Para isso, além de estar numa associação como a UBC, é preciso acompanhar a legislação. A associação protege o autor e cuida da arrecadação. Acho que funciona. Tem país de primeiro mundo que não tem essa estrutura, compara. Black Drawing Chalks Revoltz Foto: Nine Label Vaca Amarela

11 20/UBC : distribuição distribuição : UBC/21 Avançam acordos para regularizar pagamentos de operadoras de TV por assinatura Alteração no calendário Os acordos fechados com grandes operadoras de TV por assinatura e o crescimento na arrecadação do segmento pesaram decisivamente para a recente mudança no calendário de distribuição. Fruto de decisão da Assembleia Geral do Ecad, a modificação visa a melhorar a distribuição dos direitos autorais de execução pública, realizada trimestralmente (em fevereiro, maio, agosto e novembro) a partir de agosto de 2014, diminuindo o tempo entre a arrecadação e a distribuição dos rendimentos. Anteriormente, a distribuição era semestral (fevereiro e agosto). Na fase de transição dessa mudança, foi realizada uma distribuição de TV por assinatura no de maio, referente ao julho a dezembro de A distribuição de agosto passará a contemplar as obras musicais executadas no janeiro a março do mesmo ano. A distribuição de novembro vai se referir às obras executadas de abril a junho. Em fevereiro do ano que vem serão distribuídas as obras musicais executadas de julho a setembro do ano anterior e, na distribuição de maio, as execuções de outubro a dezembro do ano anterior. Veja o novo calendário na contra-capa da revista. Com decisão do STJ, que entende que critérios de cobrança são válidos, mais algumas deixam o rol das inadimplentes Por Bruno Calixto, do Rio Por meio de acordos recentes ou decisões judiciais, a situação de operadoras de TV por assinatura há anos inadimplentes - a despeito da execução pública de músicas em sua programação - começa a mudar. Última a fechar um acordo com o Ecad e as associações de autores, a ClaroTV se regularizou em maio passado e vem se somar a Net e Sky, que, no final de 2013, haviam aceitado quitar os débitos em aberto, numa soma que, apenas no caso das duas maiores do setor, ultrapassa R$ 335 milhões entre 2004, quando começou a querela, e o ano passado. O caminho para normalizar o uso de obras musicais pelo conjunto das operadoras, contudo, ainda é acidentado: continuam ajuizadas Oi TV, GVT, Vivo TV e CTBC/Image Telecom. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) informa que unificou o entendimento de que os critérios de cobrança praticados pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) são válidos, incluindo a cobrança do direito autoral oriundo da execução pública musical realizada pelas TVs por assinatura. Segundo o setor jurídico do Ecad, esse entendimento balizou os acordos fechados com operadoras como Net e Sky/DirecTV. O fim da disputa com a Net renderá dividendos aos compositores já em novembro deste ano, quando ocorre a distribuição dos R$ 125 milhões referentes ao período que estava em atraso. A operadora também vem realizando, desde janeiro, os depósitos regulares pela execução pública, com distribuição de acordo com o calendário de pagamentos. Os valores das mensalidades já começarão a ser distribuídos este. No caso da Sky, que aceitou pagar R$ 210 milhões por obras e fonogramas executados no 2004 a 2013, a distribuição do montante se deu em dezembro do ano passado e maio deste ano. Entretanto, o processo que viabilizará as formas de pagamento das mensalidades da operadora ainda está em andamento. No caso da ClaroTV, o valor ainda não foi divulgado pelo Ecad, mas se sabe que a forma de pagamento será similar à da Net - um repasse do período em atraso e, também, a normalização dos depósitos mensais. Para o gerente de arrecadação do Ecad, Márcio Fernandes, o acordo com a Sky trouxe reflexos para a arrecadação em 2013, enquanto que o fim da disputa com a Net acarretou impacto positivo tanto ao ano passado como a Em 2012, o Ecad havia arrecadado com o segmento de TV por assinatura a quantia de R$ 36,88 milhões, sendo que, em 2013, o montante subiu para R$ 252,73 milhões. O crescimento, portanto, foi de 585,2%, reflexo, principalmente, do pagamento dos débitos de Sky e Net. Para 2014, a expectativa é recolher R$ 293,38 milhões, prevê. Tanto o Ecad quanto a UBC reduziram sua taxa administrativa para a distribuição desse montante referente ao período retroativo. O Ecad, que normalmente retém 17% para administração, reteve 15%. A UBC, que recebe 7,5% do valor arrecadado para cobrir seus custos de administração, derrubou ainda mais a taxa, para 5%. Pertencentes ao mesmo conglomerado, Net e ClaroTV representam 53,3% do mercado, enquanto a Sky alcança 30% de fatia. Somadas, as três têm a grande maioria dos assinantes. De acordo com o setor jurídico do Ecad, por serem os maiores players na atualidade, existe um entendimento de que a celebração do acordo com essas três possa estimular outras inadimplentes a acertar os pagamentos de seus débitos e das mensalidades atuais. A distribuição de TV por assinatura é considerada indireta. O total devido é rateado por grupos de canais da TV fechada, classificados em razão da característica de sua programação. Estabelecido isto, cada grupo terá róis específicos de amostragem para a distribuição de audiovisual e para distribuição de planilha (outros programas excluídos séries, filmes e desenhos) obedecendo a uma proporção determinada. Um longo caminho A TV por assinatura é hoje uma das mais significativas fontes de arrecadação de direitos autorais de execução pública de música, mas, ao mesmo tempo, é um dos maiores desafios para a distribuição. Por um lado, as operadoras de TV por assinatura foram responsáveis pela decisão do Cade que nos condenou por formação de cartel, alegando que a cobrança deveria ser proporcional ao uso efetivo da música. Por outro, elas afirmam que na verdade não podem informar as músicas que são tocadas em cada canal pelo fato de que desconhecem os detalhes da programação, alegando que apenas transmitem, explica a diretora-executiva da UBC, Marisa Gandelman, que aposta na mudança da lógica dos contratos. Devese estabelecer um valor a ser pago pela operadora por cada canal ofertado em sua grade, prossegue. Se e quando isso acontecer, vamos andar um grande passo em direção a uma distribuição mais justa, de melhor qualidade, contemplando efetivamente aqueles que têm suas músicas tocadas. A TV é paga. O autor também deve ser As operadoras de TV por assinatura também são usuários de música e devem pagar os direitos autorais de obras e fonogramas executados pelos diversos canais de televisão que transmitem, assim como as rádios e as TVs abertas. Segundo a Confederação Internacional de Sociedade de Autores e Compositores (Cisac), a distribuição dos valores arrecadados de TV por assinatura cresceu 26% no mundo em 2011, atingindo a porcentagem de 16% do total distribuído. Nos EUA, por exemplo, este setor representou 26% da distribuição da Ascap (a maior sociedade americana) em Cenário muito diferente do que ocorre no Brasil, onde o setor tem convivido com alto índice de inadimplência. Em 2012, a TV por assinatura representou apenas 6% do total distribuído pela UBC, número bem abaixo da média global, embora os acordos tenham melhorado a situação em 2013 e ACOMPANHE A SITUAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPERADORAS Net O pagamento regular dos direitos autorais foi interrompido em janeiro de O acordo de R$ 125 milhões fechado terá impacto em novembro, quando será feita a distribuição do montante. A operadora também já realiza, desde janeiro, o pagamento de sua mensalidade de direitos autorais de execução pública. Sky Fechado em dezembro, o acordo com a operadora pôs fim à discussão judicial. Não realizava pagamentos desde A distribuição dos R$ 210 milhões pelas obras e fonogramas executados no período em atraso foi feita em dezembro de 2013 e maio passado. ClaroTV No início de 2012, a empresa incorporou a Via Embratel, que já não realizava o pagamento de direitos autorais desde Em maio foi fechado o acordo para a regularização, mas o montante das prestações em atraso ainda não foi calculado. OI TV Está em débito com o Ecad desde Questiona na Justiça o pagamento de direitos autorais. Vivo TV O Ecad cobra na Justiça o pagamento os direitos autorais da empresa, hoje a junção de duas outras, TVA (em débito desde outubro de 1994) e Telefônica (em débito desde agosto de 2007). Existem depósitos judiciais. GVT Está em débito desde outubro de 2011 e questiona na Justiça os valores a serem pagos. A empresa realiza depósitos judiciais.

12 22/UBC : serviço O que é o cálculo de antecipação? E qual é o critério para chegar ao seu valor? Jonas Alves (Fortaleza) REVISTA UBC: O calendário de pagamento dos direitos autorais de execução pública é apresentado na forma de s, que são as fontes pagadoras. Os valores mais altos, recebidos de emissoras de rádio e TV aberta, são concentrados nas distribuições trimestrais, realizadas nos meses de janeiro, abril, julho e outubro. Isso faz com que os valores recebidos por alguns titulares nesses meses sejam bem maiores do que os valores recebidos em outros meses. Para amenizar a variação no recebimento mensal dos titulares contemplados regularmente, é feita uma antecipação de pagamento nos meses que intercalam a distribuição trimestral. Essa prática foi criada há algumas décadas, quando o Brasil enfrentava um inflação muito alta, e se mantém até hoje. Muitos fatores são considerados no cálculo da antecipação. Mas, de forma geral, para um titular pessoa física que seja autor ou intérprete, a antecipação equivale a um sexto da média aritmética entre os recebimentos dos dois últimos trimestres. São retiradas dessa média as distribuições de shows e os valores de liberação de retidos, sendo feita, então, uma análise de alguns fatores que poderiam causar discrepância nos totais, como, por exemplo, o fato de uma música ter sido incluída na trilha sonora de uma novela. Para ficar mais claro, vamos analisar um exemplo prático. Um autor recebeu na distribuição trimestral de janeiro de 2014 um total de R$ 2.300, e, em abril, R$ Desses valores, R$ 800 eram distribuições de shows ou liberações de retidos. Ele também tinha uma música que fazia parte da trilha sonora da novela Sangue Bom, exibida na TV Globo até novembro de 2013, e, nos meses de janeiro e abril, recebeu o equivalente a R$ somente por conta das execuções da sua música no folhetim. Então, o valor de distribuição que será considerado para o cálculo da antecipação será de R$ (R$ ). A média dos últimos dois trimestres será de R$ 1.000, e o valor de antecipação que ele receberá nos meses de maio e junho será um sexto dela, ou seja, R$ 166,66. Quando o autor receber o valor da distribuição de julho, os R$ 333,33 de antecipação serão descontados. Você pode identificar esses valores no recibo de pagamento ou até mesmo no seu extrato de conta corrente no Portal do Associado. Se preferir, pode optar por não receber mais o pagamento de antecipação, bastando, para isso, entrar em contato com a UBC. Em 22 de maio, as três vencedoras da segunda edição do concurso estiveram na sede da UBC, no Rio, para receber seus prêmios. Elas expuseram uma síntese de seus trabalhos aos convidados. O primeiro lugar ficou com Larissa Lacerda de Oliveira e Souza, da Universidade Federal da Bahia, com a monografia "A pirataria de CDs: processos descriminalizatório e criminalizatório". O segundo lugar foi de Elvira Carolina Scapin Martins, da Universidade Federal do Pará, com "Fatores de consolidação da pirataria e seu reflexo no mercado da música. E o terceiro, com Bruna Schlisting Machado, da UniRitter, que escreveu sobre "Os limites dos direitos autorais dos compositores musicais em razão do acesso público às composições musicais. O concurso é uma realização da UBC em parceria com o IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros e a editora Publit Soluções Editoriais. saiba mais em

13 Depois dos recentes acordos fechados com Sky e Net, a distribuição da TV por assinatura passou a ser trimestral. Confira como ficou o calendário jan fev mar abr distribuição trimestral* tv por assinatura cinema distribuição trimestral* julho a setembro julho a setembro setembro a fevereiro outubro a dezembro mai jun jul ago tv por assinatura mídias digitais distribuição trimestral* tv por assinatura outubro a dezembro julho a dezembro janeiro a março janeiro a março carnaval set out nov dez cinema distribuição trimestral* tv por assinatura mídias digitais março a agosto abril a junho abril a junho janeiro a junho festa junina movimento tradicionalista gaúcho *Distribuiçãotrimestral: Rádio, TV ABERTA, Direitos Gerais, Música ao Vivo, casas de diversão, casas de festas e sonorização ambiental. Observações: a distribuição de shows e créditos protegidos ocorre todos os meses. a distribuição de músicos acompanhantes ocorre junto a todas que utilizam fonogramas.

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