«Consonância perfeita»

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1 ~ noticiasalentejo@sapo.pt «Consonância perfeita» José Sócrates garante há consonância perfeita entre o Presidente da República e o Governo, sobretudo quando Cavaco Silva apela para que o país se mobilize e não baixe os braços. As palavras do primeiro-ministro foram proferidas na sequência do discurso do chefe de Estado nas comemorações da revolução republicana do 5 de Outubro na Câmara Municipal de Lisboa. Gostei muito do discurso do senhor Presidente da República, em particular do apelo que fez à mobilização dos portugueses para terem energia e ambição no sentido de que sejam enfrentadas as dificuldades não apenas portuguesas, mas de todos os países europeus e dos Estados Unidos, declarou o primeiroministro. Segundo José Sócrates, o apelo do Presidente da República à mobilização insere-se numa linha de actuação política desde sempre por ele protagonizada. É um apelo de combate à descrença e ao pessimismo, como aliás tenho sempre dito. As dificuldades do presente resolvemse com acção, com vontade e com ambição e não com um baixar de braços, salientou. Para José Sócrates, há uma consonância perfeita entre o Presidente da República e o Governo. Há três anos atrás Portugal tinha uma gravíssima situação financeira, mas agora já não temos esse problema. Portugal tem as contas públicas em ordem e isso é um património do país que devemos sublinhar e que devemos manter, sustentou o primeiro-ministro. José Sócrates sublinhou ainda a importância do apelo à confiança dos portugueses por parte do Presidente da República. Esse apelo é muito importante, porque nenhum político pode desistir da confiança. O discurso da confiança e o apelo à mobilização dos portugueses são factores da maior importância, reforçou o chefe do Governo. Em relação à questão do combate à pobreza, o primeiroministro considerou que houve desenvolvimentos muito importantes ao longo dos três últimos anos. Nestes últimos três anos, saíram da pobreza mais de 130 mil idosos. O Governo não só fez como está a fazer tudo para tirar mais pessoas da situação de pobreza, reivindicou, dando como exemplos medidas como o aumento dos abonos de família, o complemento solidário para idosos e o complemento pré-natal. O que tenho no meu espírito e o que comanda a acção do Governo é que, neste momento de dificuldade, é preciso ajudar a nossa economia, as nossas empresas e, por outro lado, ajudar as famílias com maiores dificuldades, afirmou. PR e os pobres Na cerimónia comemorativa da revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, na Praça do Município, o Presidente da República, Cavaco Silva, advertiu que o dever do Estado é nunca esquecer os mais pobres e fazer uso ponderado dos dinheiros públicos, assumindo como pilares fundamentais da sua actuação a justiça e a segurança. O chefe de Estado advertiu que o Estado nunca pode esquecer aqueles que têm muito pouco, os mais frágeis e desprotegidos, os que se encontram em situação de pobreza. Num discurso em que se referiu ao actual quadro de dificuldades económicas nacionais e internacionais, o Presidente da República defendeu que os portugueses têm o direito a esperar do Estado que faça bem o que lhe compete fazer: que seja rigoroso e ponderado no uso dos dinheiros públicos e que os impostos sejam justos e razoáveis. O Estado tem de garantir dois valores essenciais, a justiça e a segurança. Deve promover o acesso de todos aos cuidados de saúde, como deve oferecer um ensino de qualidade e uma rede de protecção social que proteja os cidadãos, frisou. Após estes avisos, Cavaco Silva deixou uma mensagem de confiança no futuro do país. Do mesmo modo que não escondo a verdade dos tempos difíceis que vivemos, não escondo a verdade da minha confiança num Portugal melhor, disse. Sobre a saúde da democracia portuguesa, o chefe de Estado referiu que o país vive um período de estabilidade política. PSD aplaude PR Na sequência do discurso de Cavaco Silva, Paulo Rangel disse que o partido sublinha as palavras do Chefe de Estado. «O PSD sublinha aqui uma ideia que ficou muito forte no discurso do Presidente da República: o que é vivido pelo cidadão não pode ser iludido pelos agentes políticos. A verdade gera confiança, a ilusão é fonte de descrença», disse. Em declarações à TSF, Paulo Rangel MUSEU acrescentou ABERTO que o PSD verifica que, «em muitos aspectos, o Governo continua a torcer os números e as estatísticas, muitas vezes aproveitando projectos com uma certa megalomania para criar um optimismo falso». Porparte do CDS-PP, o deputado e dirigente do CDS- PP António Carlos Monteiro sustentou que o Chefe de Estado «fez um discurso muito importante, sobretudo no apelo que fez ao realismo». PCP e BE críticos PCP e Bloco de Esquerda criticaram o discurso do PR. Para o líder parlamentar do PCP, ao contrário do que afirmou Cavaco Silva, «Portugal não vive num momento de apaziguamento nas relações laborais», que «mais se agravarão se for aprovada a proposta de Código do Trabalho do Governo». A deputada do Bloco de Esquerda Helena Pinto considerou que o PR «podia e devia ter ido mais longe nas críticas ao Governo». «O Presidente da República fez um diagnóstico sobre alguns dos problemas do país, como o aumento das taxas de juro, o desemprego e a exigência de serviços públicos de qualidade», advogou. Para Helena Pinto, é «fundamental que o Governo defina que medidas pretende tomar em Portugal e que medidas tenciona defender na Europa para fazer face ao crescente aumento das taxas de juro».

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3 na.diario.pdf@gmail.com LEITORES pub. Que raio de país este! De repente, quase sem darmos por isso, ficámos todos mais inseguros, mais desconfiados e paradoxalmente mais resignados às evidências. A confiança que antes depositávamos nas Instituições, tem vindo a dar lugar a um progressivo mal-estar que nos percorre diariamente ao tomarmos conhecimento do que se está a passar um pouco por todo o país. Este estado de espírito contrasta com o rótulo de optimismo que o nosso primeiroministro se esforça por fazer passar, aparentemente sem grandes resultados práticos, diga-se. Ainda há bem pouco tempo os portugueses acreditavam que tinham um emprego para toda a vida enquanto mostrassem disponibilidade e aptidão para trabalhar; acreditavam que independentemente dos seus recursos financeiros, havia um sistema nacional de saúde que os protegia em caso de doença ou acidente; acreditavam que era possível e seguro circular a pé ou de carro em todas as ruas e bairros das nossas cidades; acreditavam no sistema bancário e consequentemente que as suas poupanças estavam seguras numa qualquer instituição financeira; acreditavam que os seus direitos fundamentais estavam constitucionalmente blindados; acreditavam nos mecanismos pretensamente criados para defesa dos cidadãos contra a prepotência e a arbitrariedade daqueles de quem dependem; acreditavam que quando chegassem à idade da reforma tinham direito a uma pensão que lhes dava uma garantia mínima de decência e estabilidade, e acreditavam que em caso de necessidade, independentemente do valor da sua pensão de reforma, tinham direito a ingressarem num Lar de Idosos de uma IPSS, pagando um valor compatível com o seu rendimento mensal, sem necessidade de dependerem financeiramente dos filhos para o resto da sua vida. Há um desconforto latente na sociedade actual. O céu parece estar prestes a cair em cima dos portugueses. Já nada parece seguro e tudo pode ser colocado em causa pelas mais improváveis contingências. A tudo isto o nosso primeiro-ministro responde com doses maciças de charme, desvalorizando evidências e apontando lacunas nos seus directos opositores. Chega ao ponto de constituir-se como a melhor alternativa a ele próprio prometendo a desejada mudança. Aparentemente não se passa nada que fuja ao controlo de José Sócrates. Mas será que é mesmo assim? Manuel Filipe Quintas

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5 notícias - alentejo~ Setembro ~publicidade TOME NOTA, ESTE CONSELHO VALE DINHEIRO! APROVEITE OS DESCONTOS DE 20% EM PUBLICAÇÕES SELECCIONADAS DURANTE O MÊS DE OUTUBRO SÍTIO DAS LETRAS LIVRARIA Fundação Alentejo-Terra Mãe acolhe pintura de Mário Rodrigues Entre os dias 09 e 31 de Outubro, o Salão de Exposições da Fundação Alentejo-Terra Mãe recebe a exposição de pintura de Mário Rodrigues. A mostra será constituída por cerca de 20 acrílicos que abordam diversos temas e perspectivas. Mário Rodrigues nasceu em Santiago de Montalegre, Sardoal, Portugal, no ano de Frequentou vários cursos ligados às artes, dos quais se destacam os frequentados na Sociedade Nacional de Belas Artes: Pintura, Estética e História de Arte Contemporânea. Com um longo percurso, Mário Rodrigues foi vencedor de diversos prémios de pintura, tendo também participado em vários certames. Uma percentagem das receitas líquidas da exposição resultantes da venda de obras destinam-se a financiar iniciativas e instituições de apoio a crianças em risco e/ou abandonadas apoiadas pela Fundação Alentejo-Terra Mãe. A inauguração desta mostra está marcada para a próxima quinta-feira, dia 9, no Salão de Exposições da Fundação Alentejo-Terra Mãe, a partir das horas, onde será servido um Alentejo de Honra pela Herdade do Pinheiro. Horário: de terça a sábado, das 10h00h às 13h00 e das 15h00 às 18h00 e domingos das 10h00 às 13h00. OPINIÃO Agora a crise internacional Há muito que o PCP vinha alertando para os efeitos que poderiam ter para o país as políticas do Governo PS/Sócrates. Há muito que alertávamos para a gravíssima situação social e económica que estava a tornar o nosso país mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos soberano. Infelizmente a realidade deu-nos razão mais cedo que tarde! Quando há três anos o PS chegou ao Governo e começou a pôr em prática as suas políticas de ataque aos direitos dos trabalhadores e do povo, aos serviços públicos, aos pequenos e médios empresários, aos sectores produtivos do nosso país a justificação tinha dois argumentos: a modernidade e a necessidade de reduzir o défice. É certo que o défice diminuiu, mas à custa de quê? À custa dos salários e das pensões que se desvalorizaram, à custa do acesso à saúde e à educação que é hoje mais difícil, à custa do endividamento das famílias que resulta do aumento do custo de vida, à custa do desenvolvimento económico porque as pequenas e médias empresas foram estranguladas pelas políticas económicas do Governo. Agora, passados três anos e perante as consequências desastrosas destas políticas do Governo PS/Sócrates, a desculpa é a crise internacional. É verdade que a situação internacional influencia a situação no nosso país mas é igualmente verdade que se tivéssemos tido outras políticas hoje podíamos estar em condições de fazer frente à crise. Não temos essas condições e a responsabilidade é inteiramente de quem nos tem (des)governado, do PS e de José Sócrates. RUA S. JOÃO DE DEUS, 18 sitiodasletras.rmz@sapo.pt Tel REGUENGOS DE MONSARAZ João Oliveira Deputado PCP