Valores, Princípios e Critérios de Comércio, Justo, Ético e Solidário
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- Ana Luísa Maria das Graças Godoi Bardini
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1 Valores, Princípios e Critérios de Comércio, Justo, Ético e Solidário Contextualização, Histórico e Fundamentos Coordenação Apoio
2 Histórico Começo de tudo, por volta de 2002: - inúmeras interpretações do que é CJES - Necessidade de definir o conceito de CJES para o Brasil. Carta de Valores, Princípios e Critérios para o CJES do Brasil
3 Histórico - FACES decide liderar o processo de consulta, debate e definição deste documento. Carta de P&C: plano teórico Sistema de CJES: prática
4 Histórico Imaflora (um dos membros fundadores do FACES) elabora um projeto para definição de um sistema de CJES, como forma de implementar os conceitos contidos na carta de valores, princípios e critérios na prática. O projeto teve como método a definição da carta de P&C, a elaboração de um sistema de avaliação da conformidade segundo esta carta e a aplicação deste sistema em 4 casos piloto no Brasil para sua posterior revisão e aperfeiçoamento.
5 Fundamentos do Sistema de CJES Premissas para o sistema: - pouco burocrático - barato - fácil entendimento e fácil execução - controle público, definições em conjunto e consenso - mais propositivo que seletivo (provocar mudanças positivas)
6 Fundamentos do Sistema de CJES O sistema é a combinação de instrumentos e estruturas Método de pontuação, auditoria, auto-avaliação, consulta pública e documentos relacionados Rede, Fórum, Conselho, Comissão de Avaliação, Articuladores para reconhecer processos produtivos que estão em conformidade com os princípios e critérios de comércio justo, ético e solidário.
7 Fundamentos do Sistema de CJES Referências para este sistema instrumentos e estruturas Rede Ecovida: sistema de certificação participativa IFAT: Rede de parceiros, controle democrático.
8 Contextualização Objetivos do projeto: 1) construir identidade comum: definir parceiros e público 2) Reconhecimento num grupo mais amplo. Possível sistema de certificação. Devido ao cenário internacional, ao mercado crescente de comércio justo e a experiência do movimento de agricultura orgânica, surge um terceiro objetivo: 3) Contribuir para a construção do Sistema Brasileiro de CJES normativa junto ao governo
9 Contextualização FACES passa a trabalhar em duas frentes no mesmo tema: UM Sistema de CJES O Sistema de CJES caráter privado do instituto desenrolar do projeto Imaflora/FACES com os casos piloto : elaborar um sistema e testá-lo na prática experiência prática regulamentação caráter público normativa junto ao governo federal para regulamentar o CJES em todo o Brasil
10 O que já foi feito: UM Sistema de CJES (FACES) - primeira versão dos padrões - definição dos 4 casos piloto e primeiras pesquisas de campo - estudo modelos de avaliação (IFAT, FLO, Ecovida, FSC, RAS) - elaboração do sistema - testes de campo - nova versão dos padrões e sistema - SEMINÁRIO: Tornar públicos os resultados. O Sistema de CJES (normativa) - início das discussões junto ao MDA e articulação entre SAF, SDT e SENAES - entrega do projeto ao Ministro Miguel Rosetto (junho 2004) - definição do GT da SENAES como espaço para discussão e desenvolvimento do tema - Protocolo SENAES novembro de audiência pública marcada
11 Princípios Princípio 1 Fortalecimento da democracia, Respeito à liberdade de opinião, de organização e de identidade cultural; Princípio 2 - Condições Justas de Produção e Comercialização; Princípio 3 - Apoio ao Desenvolvimento Local e Sustentável; Princípio 4 - Respeito ao Meio Ambiente; Princípio 5 - Respeito aos direitos das Mulheres, Crianças, Grupos Étnicos e Trabalhadores(as); Princípio 6 -Informação ao Consumidor.
12 É proibida a utilização de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) por técnicas de transgenia (transgênicos) para a composição ou fabricação de produtos éticos e solidários. Um dos objetivos do CES é favorecer o desenvolvimento local, integrado e sustentável de comunidades a partir do estímulo à geração de renda, à territorialização e ao respeito à cultura local. Produção Ética e Solidária Em um ambiente de bem estar social... Com dignidade humana e profissional... Com respeito aos trabalhadores e trabalhadoras... Em uma estrutura organizacional horizontal, transparente e democrática... Com igual respeito e valorização de homens e mulheres... Com seus filhos e demais crianças da comunidade estudando e brincando... Respeitando o meio ambiente... Valorizando a sua cultura e o conhecimento local... De maneira integrada e preocupada com a comunidade a que pertence... Cooperativas e Associações são a estrutura mais recomendada para a organização de grupos produtores. Para saber um pouco mais consulte a Lei do Cooperativismo Lei n º e os Princípios do Cooperativismo 1. Livre adesão dos sócios 2. Gestão democrática 3. Participação econômica do sócio 4. Autonomia e independência 5. Educação, treinamento e informação 6. Cooperação entre as cooperativas (Intercooperação) 7. Interesse pela comunidade
13 Comercialização Ética e Solidária O Preço Justo... - Oferece uma remuneração justa ao produtor pelo trabalho exercido; - É formulado de comum acordo entre produtor e comerciante; - Incorpora como custo, os impactos socioambientais envolvidos no processo produtivo. -Respeito e valorização do produtor -Pagamento do Preço Justo -Manutenção de uma relação comercial duradoura; -Não praticar a CONSIGNAÇÃO; -Garantir a informação do consumidor acerca do que é o CES, quem são os produtores e do próprio produto, assim como a composição do preço final; É importante lembrar que os espaços de comercialização podem contribuir para a sensibilização e educação dos consumidores para a valorização do consumo ético, solidário e responsável. A Consignação é uma prática comercial exploratória, pois o produtor acaba assumindo, sozinho, os riscos da venda, além de contribuir, eventualmente, para o seu endividamento. Um importante mecanismo de informação ao consumidor é a certificação, de origem ou de qualidade, sendo certo que esta é uma ferramenta possível, mas não a única, devendo ser tratada dentro de uma discussão sobre garantias de qualidade que sejam participativas, pouco onerosas, inclusivas e auto-reguladas.
14 Consumo Ético e Solidário O consumidor da cadeia de CES tem direito à informação sobre a procedência, o processo produtivo e a composição do preço do produto ou serviço que está adquirindo, sendo recomendado ao comerciante anexar rótulo ou etiquetas aos produtos comercializados em seu estabelecimento com tais informações. Consumo responsável é... a capacidade de cada pessoa ou instituição pública ou privada, escolher serviços e produtos que contribuam, de forma ética e de fato, para a melhoria de vida de cada um, da sociedade, e do ambiente A difusão e a conscientização para a prática do Consumo Solidário, Ético e Responsável, deve ser estimulada como forma de ampliação e consolidação do CES como um todo. Consumo como ato de escolha pressupõe um consumidor informado sobre os produtos e serviços que está adquirindo. Entretanto, a publicidade e o marketing não são veículos de informação, sendo, muitas vezes mais de ilusão e persuasão. Assim, o consumidor consciente deve buscar se informar através de outros meios como internet, os rótulos dos produtos, etc...
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